quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

BURKINA FASO: Soldados franceses saem do Burkina Faso "dentro de um mês"

© Reuters

POR LUSA  25/01/23 

A França recebeu na terça-feira o pedido da junta militar no poder no Burkina Faso para retirar as suas tropas e respeitará o prazo de um mês exigido, disse hoje uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

"Na terça-feira (...) recebemos formalmente a denúncia, por parte do governo burquinabê, do acordo de 2018 relativo ao estatuto das forças francesas presentes neste país. De acordo com os termos do acordo, a denúncia produz efeitos um mês após o recebimento da notificação por escrito. Respeitaremos os termos deste acordo ao dar seguimento a este pedido", disse a porta-voz.

Na passada segunda-feira, o Quai d'Orsay tinha anunciado que aguardava esclarecimentos do Presidente do governo de transição do Burkina Faso sobre o pedido do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros para a saída das tropas francesas no prazo de um mês.

"Recebemos a nota verbal [do ministério do Burkina Faso] transmitida à nossa embaixada", disse a porta-voz do Quai d'Orsay, Anne-Claire Legendre, à agência AFP, através de uma declaração escrita.

"Como o Presidente da República [Emmanuel Macron] afirmou ontem [domingo], estamos à espera que o Presidente da transição no Burkina Faso, Ibrahim Traore, esclareça o alcance desta nota", acrescentou.

O porta-voz do governo do Burquina Faso, Jean-Emmanuel Ouédraogo, tinha afirmado, numa entrevista à Radio-Télévision du Burkina (RTB), que o que estava a ser denunciado era "o acordo que permite que as forças francesas estejam presentes no Burkina Faso".

"Isto não é o fim das relações diplomáticas entre o Burkina Faso e a França", disse.

O Burkina Faso acolhe atualmente um contingente de cerca de 400 forças especiais francesas, a força Sabre.

África. Presidente da União Africana defende fim da dependência alimentar

@Macky_Sall

POR LUSA    25/01/23

O chefe de Estado senegalês e presidente rotativo da União Africana (UA), Macky Sall, descreveu hoje a crise alimentar mundial que afeta África como algo "da maior urgência" e defendeu o fim da dependência alimentar do continente.

"É evidente que esta prioridade se tornou um assunto da maior urgência, uma vez que os nossos países estão a experimentar toda a força das alterações climáticas, a pandemia de covid-19 e uma grande guerra (Rússia-Ucrânia)", disse Sall no seu discurso de abertura na Cimeira Africana da Alimentação de Dacar 2, que está a ser realizada em Diamniadio, uma cidade em construção a cerca de 36 quilómetros da capital senegalesa.

"Se acrescentarmos a escassez de fertilizantes e o aumento dos preços (...), esta crise sem precedentes desafia-nos sobre a urgência de o nosso continente acabar com a sua dependência alimentar do mundo exterior", acrescentou.

Durante o seu discurso, Sall salientou que "a África deve aprender a alimentar-se a si própria e a contribuir para alimentar o mundo".

A este respeito, recordou o potencial agrícola do continente africano, com mais de 65% das terras aráveis inexploradas do mundo.

"É o paradoxo de um continente que continua a importar a maior parte dos seus produtos alimentares", advertiu.

Sall recordou o "compromisso voluntário" exigido na sequência do acordo dos chefes de Estado e de Governo africanos na Declaração de Maputo de julho de 2003, de consagrar pelo menos 10% do orçamento nacional ao setor agrícola.

"Face a uma crise sem precedentes, encontramo-nos numa encruzilhada. Há o caminho da 'África dos problemas', que nos mantém no 'status quo' de uma agricultura que continuará a expor-nos à insegurança alimentar altamente dependente dos riscos climáticos", indicou Sall.

"Mas há, por outro lado, o caminho da 'África das soluções' que nos coloca na perspetiva de uma agricultura moderna e nos leva para além da resiliência em direção à sobriedade alimentar", acrescentou, referindo que espera que esta cimeira de alto nível entre na dinâmica da "África das soluções".

Por seu lado, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sublinhou hoje a necessidade de se concentrar na transformação do sistema alimentar no continente africano.

"A transformação do sistema alimentar é fundamental para aliviar a pobreza, promover a segurança alimentar, promover o desenvolvimento sustentável e criar empregos produtivos, especialmente para mulheres e jovens", disse Guterres através de uma declaração lida por um porta-voz da ONU, uma vez que não pode estar presente.

Guterres apelou à "plena implementação da Área de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), com o seu enorme potencial para aumentar a produtividade agrícola, criar cadeias de valor agrícola e expandir o comércio, incluindo o comércio intra-africano".

Também salientou a necessidade de trabalhar para resolver "urgentemente" a crise no mercado global de fertilizantes.

"A escassez global de fertilizantes transformar-se-á rapidamente numa escassez global de alimentos este ano", advertiu Guterres.

Sob o tema "Alimentar África: Soberania e Resiliência Alimentar", este fórum decorre até sexta-feira e reunirá mais de 20 chefes de Estado e de Governo, bem como o setor privado, agências da ONU e ONG no Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf (CICAD), em Diamniadio.

Esta cimeira de alto nível foi organizada pelo Senegal e pelo Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para procurar soluções para o desafio da segurança alimentar em África e para reforçar a resistência a futuras crises.

Esta é a segunda edição da cimeira, a seguir à que se realizou em Dacar em 2015, que adotou a estratégia do BAD "Feed Africa: Strategy for the Transformation of Agriculture in Africa (2016-2025)".

O continente africano tem 65% das terras mais aráveis do mundo e recursos hídricos abundantes, com potencial para alimentar 9 mil milhões de pessoas no mundo até 2050, de acordo com o BAD.

Só as suas vastas áreas de savana estão estimadas em 400 milhões de hectares, dos quais apenas 10% são cultivados.

No entanto, com 249 milhões de pessoas, representa um terço da atual população mundial faminta.

Segundo o BAD, com a eliminação dos obstáculos ao desenvolvimento agrícola e a ajuda de novos investimentos, a produção agrícola africana poderia aumentar de 280 mil milhões de dólares por ano para 1 bilião de dólares até 2030.


FALECEU ALBERTO NAMBEIA PRESIDENTE DO PRS


JORNAL ODEMOCRATA 
25/01/2023  

O Presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto N´bunhe Nambeia, faleceu esta quarta-feira, 25 de janeiro de 2023, no hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (antigo hospital Amadora – Sintra), em Portugal, aos 59 anos, vítima de uma doença prolongada.

A informação foi avançada aO Democrata por uma fonte partidária.

Nambeia foi reeleito Presidente do PRS no VIº congresso realizado em janeiro de 2022 em Gardete, nos arredores de Bissau.

Devido ao debilitado estado de saúde, Nambeia, depois do congresso, nomeou o antigo líder da juventude dos Renovadores, Fernando Dias, Presidente em exercício do partido.

Informações avançadas a O Democrata apontam que, nos últimos dias, o estado de saúde de Nambeia não tem evoluído positivamente, tendo sido declarada a sua morte no princípio da tarde desta quarta-feira.

A direção do PRS não se pronunciou ainda oficialmente sobre a morte do seu líder. 

Por: Tiago Seide/ Assana Sambu

Senegal. 2 anos de pena suspensa para donos de autocarros que colidiram

© Getty Images

 POR LUSA   25/01/23 

Um tribunal senegalês condenou hoje a uma pena suspensa de dois anos os dois proprietários dos autocarros que colidiram em 8 de janeiro no centro do país, acidente que provocou mais de 40 mortos.

O tribunal de Kaolack (centro) também condenou os dois arguidos ao pagamento de uma multa de 106.000 francos CFA (cerca de 163 euros cada), disse a advogada Abdy Nar Ndiaye.

Durante o julgamento, o procurador tinha pedido dois anos, incluindo um ano de pena efetiva para um dos proprietários e um ano, incluindo seis meses de pena efetiva, para o outro.

Os arguidos, presos em 13 de janeiro, foram acusados de "pôr em perigo a vida dos outros" e de falta de seguro (um deles) e de pneus defeituosos (o outro).

Além disso, alguns dos transportadores, que estão em greve há uma semana para protestar contra cerca de 20 medidas decididas pelo Governo após o acidente de 08 de janeiro, anunciaram que tinham suspendido o seu movimento na quarta-feira, após um pedido do khalifa geral da irmandade Mouride, Serigne Mountakha Mbacké, um guia religioso muito influente neste país, mais de 95% muçulmano.

Os transportadores criticam muitas destas medidas, como a proibição de autocarros e miniautocarros viajarem à noite ou a proibição de importação de pneus usados.

O acidente de 08 de janeiro em Sikilo (centro), causado por um pneu rebentado que provocou a colisão dos dois autocarros, matou 42 pessoas, de acordo com o último relatório. Em 16 de janeiro, um outro acidente no norte do país causou a morte a 22 pessoas.

Os acidentes rodoviários provocam anualmente 700 mortos no Senegal, um país com mais de 17 milhões de habitantes.

Em 2019, o Senegal tinha uma taxa de mortalidade rodoviária de 24 por 100.000 habitantes e a África subsaariana de 27 por 100.000. Na União Europeia essa taxa é de 6 por 100.000, de acordo com dados do Banco Mundial.


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© Pedro Rocha / Global Imagens

POR LUSA  14:05 - 24/01/23 

Mais de 800 quilos de cocaína foram apreendidos num navio ao largo da costa de Dacar pela Marinha senegalesa, anunciou hoje a Direção de Relações Públicas senegalesa (Dirpa).

Os 805 quilos de cocaína foram apreendidos no domingo por um "barco patrulha de alto mar" do exército, a 335 quilómetros da capital, indicou a Dirpa através de uma declaração, sem adiantar detalhes da embarcação intercetada, a sua tripulação, o seu ponto de partida ou o valor da carga.

A alfândega senegalesa anunciou, em outubro, a apreensão de 300 quilos de cocaína, no valor de quase 37 milhões de euros, num camião refrigerado do vizinho Mali.

Há muito considerada uma mera zona de trânsito para drogas produzidas na América Latina, África Ocidental e Central tornou-se também uma região de elevado consumo, de acordo com o relatório anual do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), publicado em junho de 2022.

"Entre 2019 e 2022 (...) foram apreendidas pelo menos 57 toneladas de cocaína em ou a caminho da África Ocidental, principalmente em Cabo Verde (16,6 toneladas), Senegal (4,7 toneladas), Benim (3,9 toneladas), Costa do Marfim (3,5 toneladas), Gâmbia (3 toneladas) e Guiné-Bissau (2,7 toneladas)", diz o relatório.


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Câmara de Comércio Indústria assina acordo, esta quarta-feira (25.01), com a empresa Innovalab.

Radio TV Bantaba

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Radio TV Bantaba 

DETIDO HOMEM QUE OBRIGA FILHO MENOR DE IDADE A TRABALHAR COMO SEGURANÇA NOTURNO

Por  pjguinebissau.com   25//01/23

Um homem morador de bairro de Hafia, arredores de Bissau, que obrigava o seu filho de 15 anos de idade a trabalhar como segurança noturno, foi detido pelos agentes da Polícia Judiciária.

O suspeito foi detido por ter espancado filho menor de idade que fazia serviço de segurança noturno numa casa que estava em construção no bairro de enterramento, que depois foi assaltada.

Na sequência do assalto, o pai responsabilizou o seu filho pelo roubo e de todos os materiais roubados, por isso espancou-o brutalmente, tendo deixado o adolescente com cicatrizes nas costas.

A Polícia Judiciária vai apresentar o homem ao ministério público na quarta-feira, 25 de janeiro, para audição e aplicação das medidas de caução.

O EX-COMISSÁRIO DE PERIGRINAÇÃO À CIDADE SANTA DE MECA, REVELA QUE, FORAM SOMENTE 11 FIÉIS NACIONAIS QUE PAGARAM ENTRE CANDIDATOS QUE FALHARAM VIAGEM

Djana Sanó, conta que os 141 fiéis muçulmanos que falharam a  peregrinação passada, já foram reembolsados os seus respetivos valores depositados, na qual a maioria é da origem de Conacri.

Embora, entre várias irregularidades denunciadas, o antigo encarregado assume a culpa de não participação dos fiéis muçulmanos na peregrinação à Meca passada.

Rádio Jovem Bissau

Papa despede clérigo francês alvo de denúncias por agressão sexual

CHADCHAI RA-NGUBPAI

Por sicnoticias.pt  25/01/23

Um religioso francês foi demitido pelo Papa Francisco após denúncias que remontam aos anos 90.

Um religioso francês da comunidade católica Irmãos de São João, Benoît-Emmanuel Peltereau-Villeneuve, que tinha sido alvo de denúncias por "graves agressões sexuais", foi demitido do estado clerical pelo Papa Francisco.

"O Papa Francisco decidiu demitir Benoît Peltereau-Villeneuve do estado clerical sem possibilidade de recurso ou interposição de recurso", escrevem os Irmãos de São João em comunicado.

Os Irmãos de São João "tomam nota desta decisão que era esperada e que veio concluir anos de procedimentos, longos e dolorosos para as pessoas em questão", acrescentam.

A CDF já tinha proferido esta sentença em 2011, mas o religioso recorreu da decisão, segundo o instituto.

Os factos alegados, que remontam "à década de 1990" no caso das vítimas mais velhas, "são numerosos e graves", em particular "no contexto do acompanhamento espiritual das irmãs de São João e das mulheres adultas", afirma o instituto.

Peltereau-Villeneuve foi "prior em Genebra durante 12 anos entre 1988 e 2008 e organizador de eventos importantes", como o Festival Agapé, um festival internacional de música e arte sacra, segundo a mesma fonte.

No início de 2008, "na sequência de denúncias", o bispo de Genebra demitiu Peltereau-Villeneuve do seu ministério e apresentou denúncia à justiça suíça, que então encerrou o processo por prescrição dos factos.

Segundo o instituto, o religioso também acionou a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) contra a justiça suíça e, em 2014, a CEDH condenou a Suíça por violação da presunção de inocência.

"Também apresentou queixa contra um irmão, uma irmã e vários leigos, acusando-os de o terem caluniado", avança o instituto.

Os Irmãos de São João têm cerca de 450 religiosos apostólicos presentes nos cinco continentes.

No passado, vários irmãos da comunidade, que são chamados de "pequenos cinzas" por causa da cor de sua roupa, foram julgados por violência sexual.

Em 2015, o instituto criou uma comissão "SOS-abuso", responsável por "tratar dos casos de abuso sexual de que os irmãos são culpados ou pelos quais estão implicados".

Em 2019, esta comissão contabilizou 27 irmãos que cometeram agressões sexuais a adultos e seis a menores, tendo Benoît-Emmanuel Peltereau-Villeneuve sido um deles, disse o instituto religioso à AFP.

CIA e Zelensky discutem assassinato de líder do Grupo Wagner? "Boa ideia"...

© Getty Images

Notícias ao Minuto  

Yevgeny Prigozhin ironizou as declarações, assegurando que "certamente” ajudará, se entrarem em contacto consigo.

O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, terão discutido o assassinato de Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, durante o encontro que ocorreu há cerca de duas semanas, na capital ucraniana. O responsável pela milícia militar reagiu, esta terça-feira, a estas informações, avançadas pelos meios de comunicação russos, ironizando que, a ser verdade, trata-se de “uma ideia muito boa”.

"Sim, estou a par. É uma ideia muito boa. Concordo que está na hora de liquidar Prigozhin. Caso entrem em contacto comigo, certamente ajudarei”, lançou o oligarca, na rede social Telegram.

O conteúdo da reunião entre Zelensky e Burns terá sido avançado por Vladimir Rogov, presidente da associação We Are Together with Russia, segundo diz a agência TASS.

Por seu turno, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, remeteu essa questão para os serviços de informação, recordando, contudo, a morte de Darya Dugina, filha do filósofo Alexander Dugin, que perdeu a vida a 20 de agosto, atribuindo responsabilidades ao governo de Zelensky.

“A Ucrânia está envolvida tanto em tentativas de assassinato, quanto em assassinatos absolutamente monstruosos. Vamos recordar as tentativas de assassinato que ocorreram, vamos recordar o assassinato de [Darya] Dugina. O envolvimento do regime de Kyiv nessas tentativas de assassinato é óbvio, portanto, há perigo para os nossos cidadãos", disse, citado pela agência TASS.

De notar que Dugina, de 29 anos, morreu na explosão do carro que conduzia na região de Moscovo, naquilo que as autoridades russas suspeitam ter-se tratado de um atentado que poderia ter como alvo o seu pai. Apesar das acusações, o regime de Kyiv negou estar envolvido.

Recorde-se também que Burns terá visitado Zelensky em Kyiv, há cerca de duas semanas, fornecendo-lhe informações quanto aos passos do regime de Moscovo no conflito tanto nas próximas semanas, como nos próximos meses. O responsável terá adiantando, contudo, que a ajuda fornecida pelo Ocidente poderá diminuir no futuro, à medida que a guerra se alastra no tempo, avançou o The Washington Post.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 7.068 civis desde o início da guerra e 11.415 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) condenou hoje a Rússia em dois casos, por atos de tortura contra um cidadão russo residente na Chechénia e por violações de direitos humanos contra uma família de jornalistas.


Leia Também: "O combate prático mostrou que a defesa aérea da Rússia é uma das melhores do mundo", disse o chefe de Estado, esta terça-feira, à margem de um encontro com o governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.


Leia Também: Guerra na Ucrânia arrisca piorar estagnação da governação africana

Guiné-Bissau cai em índice de governação e preocupa especialistas

© Lusa

POR LUSA   25/01/23

A Guiné-Bissau desceu para a 44.ª posição do Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG) 2022, continuando a mostrar sinais preocupantes de declínio recente, segundo um relatório publicado hoje. 

O país está num grupo de oito, juntamente com o Burkina Faso, Essuatíni, Guiné-Conacri, Libéria, Madagáscar, Namíbia e Ruanda, que mostram sinais de preocupação porque inverteram a tendência para uma trajetória negativa ou pararam completamente o progresso.

Apesar de progressos relevantes nas categorias de "Participação, direitos e inclusão", "Segurança e Estado de Direito" e "Desenvolvimento humano", registou uma deterioração acentuada em "Bases para as oportunidades económicas", de acordo com o índice elaborado pela Fundação Mo Ibrahim. 

O Índice Ibrahim de Governação Africano (IIAG) mede anualmente a qualidade da governação em 54 países africanos através da compilação de dados estatísticos do ano anterior.  

Apesar de ter registado um progresso ligeiro de 1,1 pontos na última década, entre 2012 e 2021, a curva de crescimento que o IIAG vinha a registar desde 2014 estagnou desde 2019.  

A desaceleração, que coincide com o período da pandemia covid-19, deve-se sobretudo ao aumento de conflitos armados, repressão contra civis e retrocessos democráticos em geral, que causaram deteriorações em termos de segurança, respeito do estado de direito, participação e direitos civis.

Estes recuos anularam avanços registados em África com mais oportunidades económicas e desenvolvimento humano, em particular no acesso a cuidados de saúde. 


Leia Também: Angola subiu para o 40.º lugar do Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG) 2022, continuando a mostrar sinais de progresso crescente, de acordo com um relatório hoje publicado. 


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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHEGOU ESTA TARDE À DAKAR

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente Umaro Sissoco Embalo chegou a dakar hoje à tarde para participar amanhã na abertura da Cimeira "Dakar2 sobre Agricultura".

A sua chegada foi acolhido pelo seu homólogo senegalês, Presidente Macky Sall.

No Salão de Honra o Chefe de Estado guineense manteve um encontro com o Presidente da República Federal da Nigéria, General Muhammadu Buhari.



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Na sua primeira etapa, o Chefe de Estado guineense chegou a Dakar para participar amanhã na abertura da Cimeira "Dakar2 sobre Agricultura"

O PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO, GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ PRESIDE ABERTURA DO SEMINÁRIO DE INFORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DOS PARLAMENTARES DA CEDEAO SOBRE A MOEDA ÚNICA NA ÁFRICA OCIDENTAL DENOMINADA ECO, SOB O TEMA ”A MOEDA COMUM E O SISTEMA DE PAGAMENTO INTERBANCÁRIO DA CEDEAO COMO PROMOTOR DE COMÉRCIO REGIONAL”.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Na sua intervenção, nesse Fórum, o Presidente da República Sissoco Embalo afirma que o sistema monetário que se pretende criar dará novo impulso à integração regional

O Presidente da República disse na sua alocução que o sistema monetário que se pretende criar no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), vai dar um novo e grande impulso à integração regional.

O General Umaro Sissoco Embaló falava na abertura do seminário de informação e sensibilização dos parlamentares da CEDEAO sobre a moeda única na África Ocidental denominada de Eco, sob o tema” A moeda comum e o sistema de pagamento interbancário da CEDEAO como promotor de comércio regional”.

Na ocasião, o chefe de Estado disse que a nova moeda via cimentar, mais fortemente, os laços de amizade, solidariedade e cooperação que unem os países e povos irmãos.

O Chefe de Estado guineense salientou que, contudo, este processo que deve ser conduzido de maneira serena e abrangente, coloca vários desafios, tendo  dito que, citamos, “por isso, mesmo a tarefa de pôr de pé a Moeda Comum da CEDEAO e o Sistema de Pagamento Interbancário como Promotores do Comércio Regional, representa uma tarefa complexa que interpela a classe política e necessita de uma larga e inclusiva reflexão por parte de todos os interessados”, frisou.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló referiu  que o espaço CEDEAO engloba 15 países  economicamente diferentes.

“São diferentes pela sua dimensão territorial e importância demográfica, pela capacidade de produção de cada país  e de criação de  riquezas e de se inserir vantajosamente numa economia globalizada”, disse.

O Presidente da República salientou que a expetativa  dos Estados-Membros é de que a Moeda Única Comum da CEDEAO se torne um instrumento catalizador, uma alavanca para impulsionar as trocas comerciais e, por via disso, uma integração e um forte crescimento económico, capaz de garantir o desenvolvimento sustentável de todos os países membros.


MICROSOFT: Versão do Windows deixará de ser vendida na próxima semana... No entanto, a Microsoft continuará a apoiar esta versão do sistema operativo até outubro de 2025.

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Notícias ao Minuto  24/01/23

A Microsoft anunciou que deixará de vender o Windows 10 (Home e Pro) aos clientes a partir da próxima semana.

“O dia 31 de janeiro de 2023 será o último dia em que o Windows 10 estará à venda por via de download”, pode ler-se na página desta versão do sistema operativo.

Quer isto dizer que o Windows 10 deixará de ficar disponível através da página oficial, sendo provável que esta versão do sistema operativo continue acessível através de lojas a retalho por algum tempo.

A Microsoft adianta, no entanto, que os detentores desta versão do Windows poderão continuar a contar com atualizações de segurança. “O Windows 10 continuará a apoiado com atualizações de segurança que ajudem a proteger o teu PC de vírus, ‘spyware’ e outro software malicioso até 14 de outubro de 2025", pode ler-se no aviso da Microsoft.


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OMS denuncia sequestro de um dos seus médicos no Mali

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POR LUSA  24/01/23 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou hoje o sequestro de um dos seus trabalhadores no Mali, na segunda-feira, e pediu uma investigação às autoridades daquele país para que o médico "possa, ??em breve, voltar para a sua família".

"Os profissionais de saúde nunca devem ser alvo de um conflito", lamentou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O médico Mahamadou Diawara foi parado por desconhecidos enquanto viajava no seu carro na cidade de Menaka.

O homem trabalha na zona desde o início de 2020, com o objetivo de apoiar a saúde de comunidades isoladas numa área frequentemente atingida por insegurança e violência.

O Mali, com a presença de grupos terroristas leais ao Estado Islâmico e à Al-Qaida, sofre de grande insegurança, principalmente no centro e norte do seu território com numerosos ataques que provocam vítimas mortais e fluxos de deslocados.

O país é governado por uma junta militar liderada pelo coronel Assimi Goita, desde o último golpe de Estado, e que se recusa a convocar eleições desde fevereiro passado, apesar de ter manifestado esse compromisso, e sugeriu realizá-las em fevereiro de 2024.


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A Alemanha aprovou o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia e está disposta a autorizar a transferência para aquele país de pelo menos uma companhia do modelo Leopard 2A6, avançou hoje o semanário alemão Der Spiegel.

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POR LUSA  24/01/23

Ucrânia. Alemanha envia e autoriza envio de tanques Leopard

A Alemanha aprovou o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia e está disposta a autorizar a transferência para aquele país de pelo menos uma companhia do modelo Leopard 2A6, avançou hoje o semanário alemão Der Spiegel.

"Após meses de debate, o chanceler [Olaf] Scholz decidiu entregar tanques de guerra à Ucrânia. Os aliados também parecem querer alinhar. Os tanques Abrams podem vir dos EUA", lê-se na edição online do jornal alemão.

A agência EFE, citando o Der Spiegel e o canal de televisão NTV, acrescenta que o exército alemão disponibilizará tanques do modelo Leopard 2A6 e que o Governo de Scholz autoriza os outros países a reexportarem unidades dos Leopard 2 comprados à Alemanha.

O Leopard 2 é um carro de combate desenvolvido no início dos anos 70, e as diferentes versões têm servido nas forças armadas da Alemanha e de outros países europeus, bem como de países não europeus.

A versão Leopard 2A6 distingue-se das anteriores (A1 a A4), devido á sua blindagem de terceira geração, como é explicado no site do exército português, e relativamente à versão A5, possui uma peça mais moderna, com maior alcance, que garante vantagem tática no campo de batalha.

A informação avançada pelo Der Spiegel será confirmada na quarta-feira por um anúncio do chanceler alemão, Olaf Scholz, segundo o jornal Bild.

Kiev solicitou há vários meses o envio do Leopard 2 para travar os avanços das tropas russas, mas no governo de coligação alemão parecia haver posições divergentes sobre o assunto, embora o argumento oficial fosse que qualquer remessa tinha de ser coordenada com os aliados ocidentais que apoiavam a Ucrânia.

A pressão sobre a Alemanha para autorizar a reexportação destes tanques de guerra de fabrico alemão aumentou nas últimas semanas e hoje, confrontada com um pedido formal apresentado pela Polónia, Berlim abriu caminho para isso vir a acontecer.

Numa conferência de imprensa em Berlim com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também hoje o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius tinha já encorajado os países que pretendem fornecer tanques Leopard à Ucrânia a iniciar o treino dos militares ucranianos que os venham a operar.

Na semana passada, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que vários países europeus, incluindo Portugal, estão disponíveis para fornecer tanques de guerra ocidentais, como o Leopard 2.

Posteriormente, após uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, que decorreu em Ramstein, na Alemanha, o Ministério da Defesa Nacional indicou em comunicado que Portugal vai enviar mais 14 viaturas blindadas M113 e oito geradores elétricos de grande capacidade para a Ucrânia, elevando "para 532 toneladas o total de equipamento militar, letal e não letal" fornecido ao país.

No que se refere ao envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, o ministério indicou que, durante o encontro em Ramstein, "Portugal participou numa reunião convocada pela Ucrânia e pela Polónia onde estiveram presentes os países que possuem estes meios", durante a qual a ministra da Defesa Nacional "reiterou a oferta de treino nesta tipologia carros de combate e manifestou a disponibilidade do Governo português para identificar, de forma coordenada com os seus parceiros, formas de apoiar a Ucrânia com esta capacidade".


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CEDEAO - Presidente da República afirma que o sistema monetário que se pretende criar dará novo impulso à integração regional


Bissau, 24 Jan 23 (ANG) – O Presidente da República disse hoje que o sistema monetário que se pretende criar no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), vai dar um novo e grande impulso à integração regional.

Umaro Sissoco Embaló falava  na abertura do seminário de informação e sensibilização dos parlamentares da CEDEAO sobre a moeda única na África Ocidental denominada de Eco, sob o tema” A moeda comum e o sistema de pagamento interbancário da CEDEAO como promotor de comércio regional”.

Na ocasião, o chefe de Estado disse que a nova moeda via cimentar, mais fortemente, os laços de amizade, solidariedade e cooperação que unem os países e povos irmãos.

Embaló salientou que, contudo, este processo que deve ser conduzido de maneira serena e abrangente, coloca vários desafios.

“Por isso, mesmo a tarefa de pôr de pé a Moeda Comum da CEDEAO e o Sistema de Pagamento Interbancário como Promotores do Comércio Regional, representa uma tarefa complexa que interpela a classe política e necessita de uma larga e inclusiva reflexão por parte de todos os interessados”, frisou.

Umaro Sissoco Embaló referiu  que o espaço CEDEAO engloba 15 países  economicamente diferentes.

“São diferentes pela sua dimensão territorial e importância demográfica, pela capacidade de produção de cada país  e de criação de  riquezas e de se inserir vantajosamente numa economia globalizada”, disse.

O Presidente da República salientou que a expetativa  dos Estados-Membros é de que a Moeda Única Comum da CEDEAO se torne um instrumento catalizador, uma alavanca para impulsionar as trocas comerciais e, por via disso, uma integração e um forte crescimento económico, capaz de garantir o desenvolvimento sustentável de todos os países membros.

O ministro das Finanças afirmou na ocasião que o seminário organizado pelo Parlamento da CEDEAO se reveste de capital importância, na medida em que permitirá aos parlamentares da comunidade debruçarem-se sobre os grandes desígnios da integração económica e monetária.

Ilídio Vieira Té disse  que constitui um grande desafio para as autoridades, a implementação efetiva de uma moeda única da CEDEAO, o Eco.

“Os precursores dos desígnios da nossa integração económica e monetária, que teve início com a criação da CEDEAO, em 1975, tinham em mente, certamente, o provérbio, a união faz a força”, disse.

O governante afirmou que a noção da força aqui pode ser traduzida como benefícios, em termos de melhoria da eficiência económica, através da eliminação dos custos de transação, da supressão de custos de câmbio e da estabilidade de preços que a União Económica e Monetária traz às economias e às populações do espaço de integração.

Informou que, nos anos 80, as Autoridades da Comunidade adoptaram várias iniciativas com vista ao aprofundamento da integração regional, com o objetivo de criar uma união económica e monetária no seio da  CEDEAO, em 2020.

Ilídio Vieira Té apela  maior engajamento de todas as autoridades políticas para se  chegar, rapidamente, aos compromissos que possam acelerar, de forma segura, os passos tendentes à adopção, em 2027, do Eco.

Pediu igualmente ajudas na sensibilização das populações quanto aos ganhos que todos podem ter coma implementação da Moeda Única.

O seminário que decorre entre os dias 24 e 26 do corrente mês em Bissau, visa dotar os participantes de informações sobre as vantagens da Moeda Única e do projeto do desenvolvimento do Sistema de Pagamento Interbancário no espaço CEDEAO.

ANG/ÂC//SG

Energia - Bissau acolhe 48ª sessão de reunião de Conselho de Ministros da OMVG


Bissau, 23 Jan 23 (ANG) – Bissau vai acolher, brevemente, os trabalhos da 48ª sessão de reunião  de Conselho de Ministros da Organização para Valorização do Rio Gâmbia (OMVG).

Para o efeito, decorre entre hoje e o próximo dia 27, uma reunião técnica preparatória dessa  reunião de Conselho de Ministros.

Ao presidir a reunião preparatória,esta segunda-feira, o Secretário-geral do ministério dos Recursos Naturais, Julião Agostinho Combem reafirmou o comprimisso do governo em relação aos ideais da cooperação sub regional  e da integração na organização.

Julião Agostinho Combem disse que os trabalhos da reunião de hoje  permitirão encontrar soluções coerentes com vista a ultrapassar os desafios de implementação do projeto da Organização para Valorização do Rio Gâmbia (OMVG), designadamente a interconexão do projeto elétrica da Organização entre quatro países.

Garantiu o empenho das autoridades nacionais para se  supurar os obstáculos relativos a indemnização das pessoas  afectadas pelo projeto.

Salientou  que o país aguarda a chegada da eletricidade de Kaleta, assim como a de Samba Galo, cujos os trabalhos estão em curso.

“Isso irá reduzir drasticamente, a fatura do consumo, e assegurar o fornecimente da corrente elétrica à todo o país”, disse.

 “ À luz dos pontos inscritos para esta reunião e tendo en conta os resultados esperados estamos convencidos de que os projetos da OMVG  terão uma boa dinâmica na sua implementação, e peço aos presentes a darem as suas contribuições de forma significativa para o sucesso do trabalho”, exortou Julião Agostinho Combem.

O Alto Comissariado da Orgaização para Valorização do Rio Ganbia (OMVG)  Lansana Fofana  dirigiu as boas vindas aos participantes e agradeceu ao Presidente Sissoco Embaló, ao Primeiro-ministro, Nuno Nabiam e ao povo guinense pela acolhimento e hospitalidade reservados às diferentes delegações.

“Esta reunião de técnicos permitirá de um lado a aprovação do programa de atividade anual e por outro,  o orçamento de funcionamento do alto comissariado para 2023, e ainda a estratégia para  finalização rápida dos trabalhos restantes da interconexão elétrica entre os nossos países, do projeto de energia da OMVG”, disse.

Fofana referiu que  2022 registou avancos significativos dos  trabalhos, nomeadamente a instalação de vários postos e linhas de interconexão elétrica nos países baneficiários do projeto, e a assinatura de contratos entre empresas de exploração de eletricidade nesses países.

Coodenador da Celula Nacional da OMVG Vicente Có reiterou  que os trabalhos do projeto estão muito avançado, faltando  conectar Saltinho com Bissau e Quebo, para se transportar a corrente  elétrica para o Sul do país.

Relativamente a construção da linha, disse que faltam 20 por cento para conclusão dos trabalhos, mas que até  Abril os trabalhos poderão ser concluídos.

Em relação aos bloqueios disse que ainda estão por resolver algumas questões relacionadas a indemnização das pessoas cujos bens foram afetados pelo projeto.  

Trata-se de um projeto de interconexão elétrica entre Gâmbia, Guiné-Bissau, República da Guiné e Senegal, países membros da OMVG.

ANG/LPG//SG

Burkina Faso nega "quaisquer ligações" ao grupo paramilitar russo Wagner

© iStock

POR LUSA    24/01/23 

As autoridades burquinabês garantiram hoje que não têm quaisquer ligações com o Grupo Wagner, propriedade de um oligarca próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, e afirmaram que as suas forças são "o Wagner do Burkina Faso".

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso para o período de transição, Olivia Rouamba, afirmou, em declarações ao enviado checo para a região do Sahel, Thomas Ulicny, que Ouagadougou procura "uma solução endógena para combater a insegurança", provocada pelos grupos extremistas islâmicos a operar no país.

Em resposta às preocupações levantadas pelo enviado checo, de acordo com o portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) burquinabê, Olivia Rouamba afirmou que o seu país não tem "qualquer ligação com o grupo militar privado russo Wagner".

"Acreditamos na solução endógena para combater a insegurança. As nossas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e os 'Voluntários para a Defesa e a Pátria" (VDP) que recrutámos são os Wagner do Burkina Faso" afirmou Rouamba, citada pelo portal.

O Burkina Faso solicitou a saída das tropas francesas do seu território no prazo de um mês, numa carta enviada pelo ministério tutelado por Rouamba ao Eliseu no passado dia 18, em que "denuncia e põe termo, na sua totalidade, ao acordo" de 17 de dezembro de 2018 "relativo ao estatuto de intervenção das Forças Armadas francesas" no país.

As atuais autoridades do Burkina Faso, que chegaram ao poder através de um golpe de Estado em setembro último, o segundo em oito meses, expressaram o desejo de diversificar as suas parcerias, particularmente na luta contra o extremismo islâmico, que se expande no país desde 2015.

Entre os novos parceiros previstos, é frequentemente apontada a aproximação da Rússia. O próprio primeiro-ministro para a transição, Apollinaire Kyelem de Tembela, afirmou no final da semana passada, após uma reunião com o embaixador russo no país, Alexey Saltykov, que "a Rússia é uma escolha razoável nesta dinâmica" de reforço das alianças no combate ao extremismo islâmico].

"Pensamos que a nossa parceria deve ser reforçada", acrescentou Tembela, que fez uma visita discreta a Moscovo no início de dezembro.

O Presidente ganês, Nana Akufo-Addo, denunciou em dezembro a existência de "mercenários russos na fronteira norte" do Gana e acusou o Burkina Faso ter chegado a "um acordo para se juntar ao Mali no emprego de forças do Grupo Wagner" no país.

Na nota publicada no portal do MNE burquinabê, Olivia Rouamba sublinha ainda o "empenho" do governo de transição no Burkina Faso em corresponder aos compromissos assumidos no "consenso alcançado com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)".

O Governo está a "trabalhar para recuperar uma certa estabilidade, para reunir as condições necessárias para a realização de eleições dentro do prazo indicado", até julho de 2024, afirmou.

O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde um golpe de estado em janeiro último contra o então presidente, Roch Marc Christian Kaboré, é palco de ações terroristas e insegurança crescente desde 2015.

A junta é agora chefiada por Ibrahim Traoré, protagonista de uma revolta em setembro, que foi considerada por vários analistas um "golpe palaciano" contra o anterior líder golpista, Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Sucessivos ataques, tanto do grupo fundamentalista Al-Qaida como de grupos associados aos extremistas do Estado Islâmico na região, contribuíram para um aumento da violência intercomunitária e conduziram ao florescimento de grupos de autodefesa, muitos dos quais o Governo burquinabê integrou como "voluntários".

A deterioração da situação de segurança desde 2015 causou até agora milhares de mortos e pelo menos dois milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.


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