Ponto a reter: O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá e do PAIGC, Domingos Simões Pereira não marcaram presenças no ato solene das comemorações da festa de independência nacional.
Apesar do acordo para a saída da crise sob a égide da CEDEAO, o desentendimento no seio da classe política guineense, gravado por estremar de posições, falou mais alto no Dia da Independência, contrariando o lema das comemorações que é, o Renovar da Esperança numa Guiné-Bissau de Diálogo e Prosperidade.
Os 43 anos da Independência Nacional são assinalados no meio de uma grave crise político-institucional que dividiu o PAIGC e o PRS(??), dois principais partidos no Parlamento.
O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas, agora na oposição, após a perda do controlo de quinze deputados que se juntaram ao PRS com 41 deputados, para constituir o suporte do Governo de Baciro Dja, organizador das festividades da independência.
A grande ausência no acto central foi o PAIGC e o Presidente do Parlamento, depois do PRS e do PND se terem ausentado ontem na sessão especial dedicada a juventude e a democracia, organizada pelo Parlamento com apoio das Nações Unidas.
Perante este bloqueio do país, o Presidente da República apelou a reconciliação num discurso com estratos no Hino Nacional, para lamentar a situação dos sectores sociais e, saudar os militares e as Forças de Alerta da CEDEAO estacionadas no país.
José Mário Vaz defendeu que a solução da crise guineense passa pela formação de um Governo de Unidade Nacional.
O PR reconheceu que o país perdeu tempo de mais no jogo de poder e calculismos partidários, tempo que devia ser dedicado ao desenvolvimento.
O acordo para a saída de crise político-institucional sob a égide da CEDEAO prevê a constituição de um governo inclusivo para assegurar, nos próximos dois anos, a reforma da Constituição, a lei eleitoral e a modernização dos sectores da defesa e segurança, justiça e administração publica.
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O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá e do PAIGC, Domingos Simões Pereira não marcaram presenças no ato solene das comemorações da festa de independência nacional.
José Mário Vaz entende que as prioridades de momento passam, a seu ver, pela formação de um governo de Unidade Nacional, na base de entendimento entre o PAIGC, o PRS e o grupo dos 15, para fazer face aos grandes desafios do presente e do futuro.
O chefe de Estado disse que cabe aos guineenses interpelarem os subscritores do documento assinado por todas as partes desavindas sobre a implementação dos seis pontos que constam do Acordo da CEDEAO para acabar com a crise guineense.
"Num dia de celebração, entendo que o melhor presente que os guineenses esperam de todos quantos se dignaram assinar esse Acordo é que sejam capazes de honrar a palavra assinada" referiu no discurso proferido no acto das celebrações da data de independência.
Para o Chefe de Estado guineense a implementação do Acordo não seria remédio santo para todos os males, mas trata-se de um passo importante e plataforma de consenso para apaziguamento de tensões políticas, que permita garantir a estabilidade governativa até ao fim da presente legislatura.
José Mário Vaz apelou aos atores políticos a não olharam para os seus interesses individuais, mas ao interesse coletivo dos guineenses, e encoraja todos atores a darem prova de patriotismo e maturidade política, em prol dos mais altos interesses do povo.
"Hoje, celebramos o dia da nossa Independência, que é o resultado da força da nossa união. E, hoje mais do nunca, necessitamos de mais união, mais solidariedade e mais altruísmo para que a nossa luta pelo progresso tenha mais força e mais resultados concretos", afirmou. Com a Radio Jovem.