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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Funcionários do FMI em greve

IMF and World Bank’s 2024 annual Spring Meetings in Washington
Por  Voaportugues.com  01/05/2024

Os funcionários do FMI estão hoje, 1 de Maio, em greve. Na base da paralisação estão as actualizações dos salários. Trabalhadores acusam a liderança do FMI de ceder a pressões políticas.

WASHINGTON — Parece um dia normal nas instalações do Fundo Monetário Internacional, FMI, em Washington DC, mas, pela primeira vez em 40 anos, os trabalhadores do Fundo Monetário Internacional, FMI, estão em greve. Os funcionários dizem que os salários não estão ajustados às tabelas do mercado financeiro e acusam a administração de ceder a pressões políticas, nomeadamente dos Estados Unidos.

A Voz da América (VOA) foi informada da paralisação por alguns funcionários do FMI que, anonimamente, por medo de represálias, indicaram que a greve mão foi comunicada aos meios de comunicação, devido a receios internos. O Comité da Associação de Trabalhadores do Fundo Monetário Internacional decidiu avançar com a greve depois da reunião do Conselho Executivo do Fundo onde foi aprovada a actualização salarial.

De acordo com uma das funcionárias entrevistada pela VOA, “os ajustamentos salariais médios são agora consistentemente inferiores aos de empregos comparáveis no mercado dos EUA”. “Estou hoje em greve para protestar contra o desrespeito e a manipulação das remunerações, estabelecendo regras pelo conselho executivo e pela direcção do FMI nos últimos anos como forma de ceder a pressões políticas”, revela a funcionária do fundo.

Os funcionários dizem que a pressão de manter os salários abaixo das tabelas do mercado financeiro é feita, sobretudo, pelos Estados Unidos, o maior contribuinte cumulativo para o FMI.

A trabalhadora, que não quis revelar o nome, diz que os funcionários do Fundo estão “sobrecarregados de trabalho”, e que a administração “sente que pode fazer o que quiser, sem consequências de perder pessoal”, já que muitos dos trabalhadores encontram-se nos Estados Unidos “com vistos que não permitem que as pessoas procurem emprego noutro lugar e mantenham as suas famílias aqui”.

“Trata-se, portanto, de uma força de trabalho cativa, e a maior farsa é o facto de recomendarmos sistematicamente aos nossos Estados-Membros que sigam regras institucionais claras nos seus próprios países, enquanto a nossa administração opta por ignorar as nossas”, afirma a funcionária do FMI.

O FMI disse não ser possível adiantar o número de trabalhadores em greve.

Numa nota enviada à Voz da América, um porta-voz do FMI diz respeitar o direito dos trabalhadores, acrescentando que num recente inquérito, “90% dos funcionários indicaram que se sentem orgulhosos por estarem associados ao Fundo e cerca de 80% recomendariam o Fundo como um bom local para trabalhar”.

“Como sempre, o FMI continua empenhado em apoiar os direitos dos seus funcionários e continua a colaborar de forma construtiva com eles para garantir que as suas vozes sejam ouvidas”, afirma o porta-voz do FMI no comunicado.

A VOA tentou contactar o Comité da Associação de Trabalhadores do FMI, mas até ao momento não obteve resposta.

A última greve de trabalhadores do Fundo Monetário Internacional ocorreu a 23 de Maio de 1986, em protesto contra a decisão dos seus accionistas do governo de congelar os salários.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

"KONTAKTU", UMA PLATAFORMA DE PAGAMENTO ELECTRÓNICO NA GUINÉ-BISSAU É FORMALMENTE ESTABELECIDO.

Ministério das Finanças  14/04/23

O Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ assinou esta quinta-feira, (13.04) em Washington, Estados Unidos da América com o Director-Geral do Departamento das Finanças Públicas do (FMI), Victor Gaspar o  acordo que formaliza a utilização do MOU KONTAKTU na Guiné-Bissau.

O KONTAKTU é uma plataforma que permite a entrega de declarações e pagamento eletrônico, acessível através da internet, em qualquer lugar, por qualquer contribuinte, em computadores e telemóveis. De igual modo, o serviço KONTAKTU assegura a realização de operações Online, permitindo o contribuinte interagir com as autoridades fiscais.


Depois da assinatura do documento, o Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ destacou a importância da plataforma KONTAKTU, que  considerou "uma iniciativa revolucionária de transformação digital" da Direção Geral das Contribuições e Impostos, DGCI.

"Gostaria de reiterar o meu compromisso e da nossa equipa em prosseguir e aprofundar as reformas na administração fiscal, incluindo na implementação total do Kontaktu, na aplicação da Lei Geral Tributária, na implementação do IVA, entre outras", frisou o Ministro das Finanças.

Na sua comunicação,  o Director-Geral do Departamento das Finanças Públicas do FMI, Victor Gaspar enalteceu o empenho para melhorar arrecadação tributária, facto que, associa a utilização da plataforma KONTAKTU.

"Esta iniciativa vai melhorar sobremaneira a mobilização de receitas e assegurar a transparência na gestão das finanças públicas", afirmou Director-Geral do Departamento das Finanças Públicas do FMI.

A Plataforma KONTAKTU funciona na Guiné-Bissau desde 2022.



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O Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ encontrou-se esta quinta-feira (13.04) em Washington, no âmbito das reuniões de primavera com as instituições de BrettonWoods, (BM/FMI), a quem reiterou o empenho do governo na implementação das políticas formuladas para a estabilização da economia, melhoria da competitividade e o reforço da boa governação.

A reunião que contou com a participação do  Director Adjunto do Fundo Monetário Internacional, (FMI), Bo Li, serviu para analisar, entre outros assuntos,  as reformas em curso, contenção da massa salarial com enfoque na redução dos assessores e conselheiros dos titulares dos órgãos da soberania.

"Essas medidas são pertinentes e, corajosas" enfatizou o Director Adjunto do FMI, Bo Li que enalteceu igualmente, a "determinação" do executivo guineense para implementação dos compromissos assumidos com os parceiros multilaterais, sublinhou a importância  da consolidação da reforma fiscal.

Ainda, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial encorajaram o Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ  para prosseguir com a restruturação da EAGB e, reafirmam "apoio total"  ao Governo.

Do encontro com Banco Mundial, debruçou-se  sobre gestão da dívida pública, durante o qual, o Banco anuncia assistência na implementação e consolidação do Comitê Nacional de Gestão da Dívida "que não funciona até agora", porém é sistema essencial que deve ser recuperado", prometendo reforçar Ações para Performance Políticas na Guiné-Bissau.




O Diretor do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional, (FMI), Abebe Aemro Selassie elogiou esta  quarta-feira (12.04) o  desempenho financeiro económico do governo da Guiné-Bissau, não obstante, apontado "alguns desafios" que devem ser superados.

"As reformas implementadas  nas  finanças públicas são medidas corajosas para a moralização da administração pública e relançar a economia", referiu Abebe Aemro Selassie.

Além disso, Senhor Selassie referiu-se os desafios que a Guiné-Bissau tem pela frente, tendo o mesmo,  incentivar o Governo a prosseguir com as reformas das Finanças públicas, que até aqui, "são positivas" e precisam de ser demonstradas.

Em sinal do engajamento, o Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ prometeu a implementar na íntegra os compromissos assumidos com (FMI), mesmo com eleições legislativas à porta e, 
voltou a sublinhar a situação da EAGB, que segundo ele,  requer reformas "estruturantes" no sector.

"São medidas corretivas necessárias para relançar a empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau, ( EAGB)", ressaltou o Ministro das Finanças. A gestão da massa salarial que continua a consumir mais de 80% das receitas fiscais, foi também objecto da análise entre a delegação guineense e, o Diretor do Departamento Africano do FMI,  Abebe Aemro Selassie.

O Diretor do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional, (FMI), Abebe Aemro Selassie  dirigiu a Missão do FMI para Portugal em 2008 durante a crise na zona Euro e, ocupa actualmente de 45 países africanos.


terça-feira, 12 de outubro de 2021

Ministro das Finanças em conferência sobre a Missao do FMI, visando o Programa de Referência.

Ministério das Finanças em conferência conjunta com o FMI sobre a primeira missão de avaliação no âmbito do Programa de Monitoramento, visando o Programa de Referência.

Por RadioBantaba

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FMI dá uma nota positiva a autoridades guineense

Por: Martinho Mendes     capgb.com

O Fundo Monetário Internacional (FMI) registou um “progresso satisfatório” na Guiné-Bissau, apesar da difícil situação socioeconómica, que o país atravessa, agravada pela pandemia do novo coronavírus.

Uma missão técnica do FMI terminou esta segunda-feira, 11-10-201, a primeira de três avaliações à execução do programa de referência e duas outras missões de avaliação estão marcadas para dezembro próximo e março de 2022 indica o comunicado do FMI redação da cap-gb teve acesso.

O Programa Monitorizado pelo Corpo Técnico visa reduzir os grandes desequilíbrios macroeconómicos intensificados pelo impacto da pandemia provocada pelo novo coronavírus, reforçar a governação e a rede de apoio social, para um desenvolvimento mais inclusivo.

Segundo o comunicado, emitido no final da missão, que termina as autoridades registaram um progresso satisfatório em matéria do seu programa de reformas, apesar da difícil situação socioeconómica, agravada pela pandemia.

De acordo com o comunicado, em contexto dos recursos muito limitados,se conseguiu atingir níveis relativamente elevados numero de vacinação, comparado com outros países subsaarianos.

O FMI destaca também por outro lado que, apesar da pandemia, a “recuperação económica continuou em 2021 e as perspetivas a médio prazo mantêm-se robustas”.

A instituição financeira espera que a inflação continue modesta e abaixo do limiar dos 3% da União Económica Monetária da África Ocidental e que o défice orçamental continue nos 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), “em linha com os objetivos do programa”.

FMI com a sede em Washington refere também que a equipa do FMI e as autoridades guineenses acordaram medidas a ter em conta no Orçamento do Estado para 2022 que possam permitir a “redução do défice orçamental” para pouco mais de 4% do PIB em 2022 até chegar aos 3% em 2025, respeitando a normal regional da UEMOA.

A equipa do FMI e as autoridades acordaram ainda que para o programa ser bem-sucedido, deverá ser dada prioridades a medidas focadas na sustentabilidade marco orçamental, o que ajudará a criar espaços para despesas em áreas críticas de emergência e pró crescimento, como a saúde, educação e infraestruturas.

O FMI recomenda também que seja evitada a “acumulação de atrasados ou recurso à onerosa contratação de empréstimos não concessionais”, tendo em conta o nível de endividamento público “acima do limite previsto no pacote de convergência da UEMOA”.

“Será necessário redobrar esforços a nível da mobilização de recursos e das medidas de contenção de despesas, incluindo uma gestão mais eficiente que contenha o aumento da massa salarial e reduzindo o serviço de juro da dívida” lê-se no comunicado.

A massa salarial e o serviço de juro da dívida representaram em 2020 80% e 20,5%, respetivamente, da receita fiscal. “A atração de donativos externos será chave para cobrir despesas públicas correntes”, disse.

O fundo salienta também que o sucesso do programa e vai depender de um “forte empenho governamental na melhoria da transparência nas finanças públicas, responsabilização e eficiência, mediante medidas que visem assegurar que as decisões de despesa com impacto orçamental sejam exclusivamente autorizadas pelo Ministério das Finanças, de acordo com a lei em vigor.

A instituição financeira pediu também uma auditoria independente às dotações orçamentais relacionadas com a covid-19 e assumidas no contexto da Linha de Crédito Rápido, disponibilizado em janeiro de 2021.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Dívida pública da Guiné-Bissau é a mais alta do mundo -- FMI

LUSA   13 dez 2021 

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional para a Guiné-Bissau disse hoje que a dívida pública do país "é a mais alta do mundo" e aconselhou o Governo a adotar medidas de equilíbrio no próximo Orçamento do Estado.

Em conferência de imprensa sobre a segunda avaliação de um conjunto de metas acordadas com o Governo, visando a retoma do programa de cooperação entre Bissau e o FMI, José Giron considerou que a evolução "é globalmente positiva", mas alertou para a situação da dívida pública.

O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, admitiu que o país ultrapassou o limite máximo da dívida no âmbito dos critérios de convergência da União Económica e Monetária Oeste Africano (UEMOA) fixados em 70%.

Fadiá afirmou que a dívida pública da Guiné-Bissau atualmente é na ordem de 79% do Produto Interno Bruto (PIB), mas acredita que as medidas acordadas com o FMI e plasmadas no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2022 "vão ajudar o país a reduzir gradualmente a divida".

Já em 2022, o ministro das Finanças espera reduzir em um ponto percentual a dívida e em 2026 conta atingir o limite máximo da UEMOA, fazendo situar a dívida pública em 70%, disse.

João Fadiá afirmou que ficou acordado com o FMI que as próximas dívidas devem ser concessionais, com uma taxa de juro baixo e ainda com um prazo de reembolso alargado.

O chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, que em março deve voltar a avaliar o desempenho macroeconómico do Governo e saber se existem ou não condições para avançar então para as negociações para assinatura de um programa de cooperação financeira, exortou as autoridades a serem equilibrados na execução do OGE.

Congratulou-se com a aprovação do OGE no parlamento e disse não ser sua missão discutir as políticas internas do país, em referência às críticas que os sindicatos da Função Pública fazem ao orçamento, que consideram penalizador para os trabalhadores.

"O FMI é conselheiro do Governo. Sabemos que o orçamento é equilibrado, conforme a nossa recomendação, porque deixa margem para pagar salários, juros da dívida e ainda fazer investimento no país", notou José Giron.

O ministro das Finanças guineense enalteceu o facto de o FMI ter constatado "evolução positiva" do desempenho macroeconómico do país, o que disse ser fruto de "sacrifícios consentidos", mas também pelo facto de os salários da Função Pública terem sido pagos em 2021.

"É por esta razão que a avaliação do FMI é positiva, como já tinha sido em setembro", considerou João Fadiá.

MB // JH

Lusa/Fim

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FMI conclui missão à GBissau. Foi a segunda avaliação FMI no âmbito do Programa de Referência c/GBis  @Radio Bantaba👇

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Governo guineense congratula-se com apoio disponibilizado pelo FMI

Por LUSA

O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, congratulou-se hoje com o crédito de cerca de 16,86 milhões de euros que o Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu ao país no âmbito de assistência no combate à pandemia da covid-19.

O ministro defendeu que o apoio representa a retomada de assistência com o FMI ao país o que, disse, já não acontecia desde abril de 2018.

"No dia 02 de abril de 2018 foi a última vez que o dossiê da Guiné-Bissau foi apreciado pelo conselho de administração" do FMI, assinalou João Fadiá, para reforçar a sua satisfação pela retoma da cooperação entre o país e a instituição financeira mundial.

"O FMI aprovou o desembolso de 20,47 milhões de dólares [16,86 milhões de euros] ao abrigo da Facilidade de Crédito Rápido para ajudar a Guiné-Bissau a cumprir as necessidades urgentes da balança de pagamentos que surgem devido à pandemia de covid-19", lê-se numa nota enviada à Lusa na terça-feira.

O ministro das Finanças disse que a verba será utilizada para fazer face às despesas urgentes ligadas à saúde, mas também para a recuperação da economia.

João Fadiá disse ser um "final feliz" a forma como o conselho de administração do FMI apreciou o dossiê da Guiné-Bissau e ainda assinalou que o desembolso agora aprovado representa 50% da quota do país na instituição.

O ministro não escondeu que o crédito do FMI "chegou numa boa altura" dada a situação da tesouraria do país, que disse ter sido afetada em 2020 com uma perda de receitas fiscais previstas na ordem de 28%.

João Fadiá notou que se não fossem os empréstimos angariados junto de instituições financeiras regionais e internacionais e apoios de países e organizações amigas, o país teria tido mais dificuldades para enfrentar os efeitos da pandemia da covid-19.

"A nossa economia continua a ressentir-se fortemente dos efeitos da pandemia", declarou o governante guineense perante a nova vaga de infeções.

João Fadiá afirmou que a "debilidade das finanças públicas continua presente" e que o apoio do FMI ajudará o país em vários domínios.

O ministro notou que a verba disponibilizada pelo FMI, por exemplo, vai ajudar a atender o pedido feito ao Ministério das Finanças pelo Alto-Comissariado de Luta contra a Covid-19, no valor de mil milhões de francos CFA (cerca de 1,5 milhões de euros) para enfrentar a doença.

Segundo o último balanço do alto-comissariado, a Guiné-Bissau regista 45 mortos devido à covid-19 e 2.542 infetados desde o início da pandemia.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

FMI aprova novo alívio da dívida à Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe

África 21 Digital com Lusa  5 DE ABRIL DE 2021

O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira (5) uma extensão do mecanismo de alívio da dívida para 28 países, incluindo os lusófonos Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O conselho executivo do FMI aprovou a 01 de abril a prorrogação do mecanismo até 15 de outubro, disse a instituição, sediada em Washington, numa declaração divulgada hoje.

O Fundo Fiduciário de Assistência e Resposta a Catástrofes do FMI (CCRT, na sigla em inglês) proporciona alívio da dívida sob a forma de subvenções aos países mais pobres e mais vulneráveis, atingidos por catástrofes naturais ou de saúde pública com consequências desastrosas.

O objetivo é “libertar recursos financeiros” para a saúde e dar apoio social e económico para mitigar o impacto da pandemia, disse o FMI.

Esta é a terceira extensão deste programa de ajuda do FMI no contexto da pandemia de covid-19 e permitirá a estes países receberem assistência financeira de um fundo de catástrofes para cumprir as obrigações da dívida durante os próximos seis meses.

Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe contam-se entre os países beneficiários da medida, a maioria dos quais se localizam em África.

No continente africano, além dos três lusófonos, a extensão irá beneficiar o Benim, Burkina Faso, Burundi, República Centro-Africana, Chade, Comores, República Democrática do Congo, Jibuti, Etiópia, Gâmbia, Guiné-Conacri, Libéria, Madagáscar, Maláui, Mali, Níger, Ruanda, Serra Leoa e Togo.

A lista fica completa, fora de África, com o Afeganistão, Haiti, Nepal, Ilhas Salomão, Tajiquistão e Iémen.

“Os diretores registaram os progressos feitos na implementação dos compromissos de salvaguarda da governação nas despesas relacionadas com a covid-19 nos países elegíveis para o CCRT”, disse o FMI numa declaração.

Ainda assim, a direção da agência financeira multilateral lamentou “atrasos na implementação em alguns países, particularmente na divulgação de informações sobre a propriedade de entidades a quem foram adjudicados contratos governamentais”.

O alívio da dívida ao abrigo do Fundo Fiduciário foi originalmente aprovado em abril de 2020, no início da pandemia, cobrindo 25 países durante um período de seis meses.

Em outubro passado, a iniciativa tinha sido alargada a um total de 28 países e prolongada até 13 de abril de 2021.

Em resposta à pandemia, em março de 2020, o FMI promoveu um esforço de angariação de fundos para permitir ao fundo fiduciário fornecer até mil milhões em alívio do serviço da dívida.

“Até agora, os doadores prometeram contribuições num total de cerca de 775 milhões da União Europeia, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Holanda, Suíça, Noruega, Singapura, China, México, Filipinas, Suécia, Bulgária, Luxemburgo e Malta”, refere o FMI.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.853.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

O continente africano regista, desde o início da pandemia, quase 114 mil mortes associadas à covid-19 e mais de 4,2 milhões infeções pelo SARS-CoV-2.


sábado, 11 de maio de 2019

Situação orçamental da Guiné-Bissau continua sob stresse – FMI


O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que a situação orçamental da Guiné-Bissau está sob stresse e que é preciso "estancar" os aumentos da dívida pública, conter a despesa e arranjar financiamento adicional.

“A situação orçamental da Guiné-Bissau continua sob stresse. Primeiramente devido a despesas mais elevadas do que o previsto, o défice público em inícios de 2019 ultrapassou significativamente a meta do projeto de orçamento. O défice foi também significativamente superior ao período homólogo de 2018, ano em que se estima ter atingido 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB), numa base de compromissos”, afirmou, em conferência de imprensa, Tobias Rasmussen, chefe da missão do FMI.

Segundo o responsável, em simultâneo aumentaram as pressões sobre o financiamento, o que resultou num “crescente saldo de contas para pagar”.

O FMI estima o diferencial de financiamento para 2019 em cerca de 3% do PIB, mas uma “maior produção de caju deve ajudar a fazer aumentar o crescimento do PIB real estimado de 3,8% em 2018 para cerca de 5% em 2019”, mas, ressalva, “preços inferiores de caju implicam riscos de queda da atividade económica e da cobrança da receita fiscal”.

Nesse sentido, durante as reuniões que a missão teve em Bissau foram discutidos os passos que assegurar a sustentabilidade orçamental e reforço das finanças públicas.

“Para reduzir o défice, garantir o pagamento de salários e outras obrigações, assim como estancar os aumentos da dívida pública, será necessária uma combinação abrangente de mobilização acrescida de receita, contenção da despesas e identificação de financiamento adicional”, salienta o FMI.

Durante a sua estada em Bissau, o FMI também abordou a questão da evolução do setor financeiro, no qual, sublinhou, se “registou um avanço encorajador no sentido da resolução dos litígios relacionados com o resgate bancário de 2015, cancelado pelo Governo”.

Segundo o FMI, depois do declínio do crédito bancário à economia, estão a “avançar de forma célere planos no sentido de uma resolução amigável do litígio e concomitante recapitalização de um dos bancos que, se concluído com sucesso, representariam um apoio relevante à estabilidade financeira e crescimento a longo prazo”.

O FMI deverá regressar a Bissau para mais consultas e possível assinatura de um acordo de Facilidade de Crédito Alargado, com o novo Governo, em setembro.

GOVERNO ADMITE SITUAÇÃO FINANCEIRA DIFÍCIL



O Primeiro-ministro admite a gravidade da situação economica e financeira do país, agravada por aquilo que chamou de expansão das despesas, má campanha de caju de 2018, financiamento às eleições, aumento das despesas salariais e custos de fornecimento da energia electrica.


Na conferencia de imprensa conjunta com a missão técnica do FMI, Aristides Gomes diz que o país está perante um desafio enorme para reduzir as despesas e aumentar as receitas, caso necessário recorrer a privatização de algumas empresas.

Por interlusofona.info/ Aliu Cande

Bissau: Nomeação de primeiro-ministro guineense "é crucial", diz ONU

Chefes das missões da ONU na África Ocidental pedem marcação das presidenciais até ao fim do ano e salientam preocupação com impasse na ANP. Oposição aponta dedo ao PAIGV. FMI alerta para stresse orçamental.
    
Parlamento da Guiné-Bissau

Os responsáveis pelas missões das Nações Unidas em África reuniram-se em Bissau para um encontro de alto nível a convite do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas (ONU) para a África Ocidental e Sahel, Mohamed Ibn Chambas.

Num comunicado, emitido na sexta-feira (09.05) ao final do dia, os chefes das missões congratularam-se com a realização das eleições legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau, mas manifestaram preocupação com o "facto de os esforços de estabilização pós-eleitorais estarem a enfrentar sérios desafios relacionados com o ressurgimento de divisões partidárias em torno da eleição dos membros da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP)". 

"Além disso, sublinharam que a oportuna nomeação de um novo primeiro-ministro pelo Presidente da República é crucial e pediram ainda às autoridades nacionais e à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que completem o ciclo eleitoral organizando as eleições presidenciais antes do final de 2019", refere o comunicado.

Dois meses depois da realização de legislativas, o Presidente guineense, José Mário Vaz, ainda não indigitou o novo primeiro-ministro devido a um novo impasse no parlamento guineense. O chefe de Estado guineense disse, também na sexta-feira, que aguarda a resolução do impasse no Parlamento do país para marcar as eleições presidenciais.

MADEM-G15 e PRS apontam o dedo ao PAIGV

O Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e o Partido de Renovação Social (PRS) anunciaram, em comunicado, que só vão reconhecer uma mesa da Assembleia Nacional Popular constituída com base no regimento e Constituição da Guiné-Bissau.

Num comunicado, emitido no final de uma cimeira de líderes de ambos os partidos realizada quinta-feira (09.05) numa unidade hoteleira da cidade, o MADEM-G15 e o PRS reafirmam a sua determinação em "não caucionar nenhuma violação das disposições legais em vigor e em consequência não reconhecer qualquer mesa da Assembleia Nacional Popular que não seja constituída em estrita observância do regimento e da Constituição da República".

Os dois partidos responsabilizam também o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e os seus aliados pelos "bloqueios políticos institucionais criados" no parlamento, com "consequências económicas e sociais que poderão mergulhar o país no caos total".

O MADEM-G15 e o PRS advertem também o PAIGC e os seus aliados políticos para as "consequências que possam advir" do que qualificam de "comportamento irresponsável se continuarem a persistir no caminho da confrontação, incitamento à desordem e à violência e do não respeito pela Constituição da República e do regimento da Assembleia Nacional Popular.

Inauguração dos deputados guineenses

Crise pós-eleitoral

A Guiné-Bissau está a viver um novo impasse político, dois meses depois de realizadas as eleições legislativas de 10 de março, o que tem condicionado a nomeação do futuro primeiro-ministro e a formação de um novo Governo.

Os deputados eleitos nas legislativas de 10 de março levaram mais de um mês a tomar posse, a 18 de abril, mas o início da X legislatura demonstrou logo as fraturas político-partidárias que existem no país com o impasse criado com a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O MADEM-G15 recusou avançar com outro nome para o cargo.

Por outro lado, o PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o MADEM-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

Sede do FMI em Washington

Economia: FMI aleta para stresse orçamental

Paralelamente à crise política, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou na sexta-feira (10.05) que é preciso "estancar" os aumentos da dívida pública guineense, conter a despesa e arranjar financiamento adicional.

"A situação orçamental da Guiné-Bissau continua sob estresse. Primeiramente devido a despesas mais elevadas do que o previsto, o défice público em inícios de 2019 ultrapassou significativamente a meta do projeto de orçamento. O défice foi também significativamente superior ao período homólogo de 2018, ano em que se estima ter atingido 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB), numa base de compromissos", afirmou, em conferência de imprensa, Tobias Rasmussen, chefe da missão do FMI.

Segundo o responsável, em simultâneo aumentaram as pressões sobre o financiamento, o que resultou num "crescente saldo de contas para pagar".

O FMI estima o diferencial de financiamento para 2019 em cerca de 3% do PIB, mas uma "maior produção de caju deve ajudar a fazer aumentar o crescimento do PIB real estimado de 3,8% em 2018 para cerca de 5% em 2019", mas, ressalva, "preços inferiores de caju implicam riscos de queda da atividade económica e da cobrança da receita fiscal".

Nesse sentido, durante as reuniões que a missão teve em Bissau foram discutidos os passos que assegurar a sustentabilidade orçamental e reforço das finanças públicas.

"Para reduzir o défice, garantir o pagamento de salários e outras obrigações, assim como estancar os aumentos da dívida pública, será necessária uma combinação abrangente de mobilização acrescida de receita, contenção da despesas e identificação de financiamento adicional", salienta o FMI.

Durante a sua estada em Bissau, o FMI também abordou a questão da evolução do setor financeiro, no qual, sublinhou, se "registou um avanço encorajador no sentido da resolução dos litígios relacionados com o resgate bancário de 2015, cancelado pelo Governo".

Segundo o FMI, depois do declínio do crédito bancário à economia, estão a "avançar de forma célere planos no sentido de uma resolução amigável do litígio e concomitante recapitalização de um dos bancos que, se concluído com sucesso, representariam um apoio relevante à estabilidade financeira e crescimento a longo prazo".

O FMI deverá regressar a Bissau para mais consultas e possível assinatura de um acordo de Facilidade de Crédito Alargado, com o novo Governo, em setembro.

DW

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

FMI DÁ NOTA NEGATIVA AO GOVERNO DE ARISTIDES GOMES


Segundo o chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, contrariamente à taxa do crescimento do PIB, que chegou aos 6% entre 2015 a 2017, a economia terá um crescimento real de 3,8%.

A fraca campanha de comercialização da castanha de caju, principal produto agrícola e de exportação da Guiné-Bissau, motivou uma desaceleração do crescimento da economia guineense, para 3,8%, assinalou esta terça-feira em Bissau, Tobias Rasmunssen, do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Rasmunssen, que é o chefe da missão do FMI para Guiné-Bissau, fez a constatação, numa conferência de imprensa, convocada para apresentar as conclusões preliminares da sexta avaliação ao abrigo do FCA (Acordo de Facilidade de Crédito Alagado) que o FMI mantém com a Guiné-Bissau desde 2015. 

No âmbito do FCA, o FMI prevê disponibilizar ao Governo guineense 32,2 milhões de dólares (cerca de 28 milhões de euros), mediante um conjunto de performances a atingir na gestão das Finanças Públicas.

A sexta avaliação, que decorreu entre 19 de setembro e esta terça-feira, concentrou-se essencialmente na apreciação de medidas do Governo para mobilização de receitas e perceber qual a estratégia das autoridades para o reforço do setor bancário, confrontado com “altos níveis” de créditos malparado.

Segundo o chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, contrariamente à taxa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que chegou aos 6% entre 2015 a 2017, a economia terá um crescimento real de 3,8%, enquanto o défice da conta-corrente externa vai ter um aumento na ordem de 3,6% contra os estimados de 1,9% em 2017.

A missão liderada por Tobias Rasmussen também constatou que as receitas fiscais ficaram aquém do esperado, em cerca de 9,7%, derivado da fraqueza da campanha de comercialização da castanha do caju, bem como com as demoras na cobrança de impostos ligados aos transportes aéreos, entre outros motivos.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, que é também ministro das Finanças, aceitou a avaliação do FMI ao desempenho macroeconómico do país, tendo salientado que o Governo e os cidadãos terão que redobrar esforços para diversificar a produção agrícola e gerir melhor as Finanças Públicas.

Aristides Gomes disse ser “difícil ter uma boa performance da economia” quando um produto que representa mais de 90% das exportações do país e estratégico, como é o caso do caju, regista uma baixa de preço no mercado internacional e uma diminuição na produção interna. “Não podíamos evitar essas dificuldades em termos de crescimento económico e de receitas fiscais”, observou Aristides Gomes, que promete ainda maior vigor na cobrança de dívidas ao Estado, no pagamento de taxas aduaneiras bem como na gestão de fundos públicos.

Notabanca; 03.10.2018

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

FMI continua a verificar desenvolvimentos positivos na economia da Guiné-Bissau

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que a Guiné-Bissau continua a demonstrar "desenvolvimentos positivos" da sua economia, suportados pelo elevado preço do caju e boa gestão orçamental.


"Estamos no princípio das nossas conversações, mas posso dizer que há muitos desenvolvimentos positivos", afirmou Tobias Rasmussen, chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau.

O FMI iniciou quarta-feira a sua quarta avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do programa que tem com o país e também a visita vinculada ao abrigo do artigo IV, que ocorre a todos os países que trabalham com aquela organização financeira internacional.

"O crescimento que se tem verificado na economia durante os últimos dois anos continua, apoiado pelos elevados preços do caju e uma boa gestão orçamental que tem melhorado as finanças públicas", disse Tobias Rasmussen.

O responsável sublinhou, contudo, que a avaliação só termina a 03 de outubro.

Questionado pela Lusa sobre as primeiras impressões divulgadas pelo FMI, o ministro das Finanças guineense, João Fadiá, disse que o Governo continua a seguir as "boas práticas".

"Não há nada de novo. É gerir aquilo que temos e da melhor forma, procurando distribuir da forma mais racional e é isso que estamos a fazer e eles estão a constatar", sublinhou João Fadiá.

Em maio, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a transferência de uma tranche de 3,7 milhões de euros do empréstimo em curso ao país, depois de uma visita técnica.

A proposta de transferência de mais esta tranche faz parte de um plano de financiamento aprovado em 2015, e que pode atingir os 21 milhões de euros, mas que esteve suspenso e que apenas foi retomado em dezembro de 2016, depois de as autoridades guineenses terem recuado na tomada de algumas medidas, com as quais a organização financeira internacional discordava.

O FMI não concordou com a compra da carteira de créditos malparados do setor privado à banca comercial e ainda com o destino que se estava a pensar dar a toros de madeira cortada nas florestas do país e que foram confiscados pelo Estado.

A instituição mundial exigiu a anulação da operação da compra da dívida aos bancos e ainda instou às autoridades a venderem a totalidade da madeira confiscada com o dinheiro a reverter para o Tesouro Público.

O FMI prevê um crescimento económico de cinco por cento para este ano e para 2018 para a Guiné-Bissau.

MSE // PJA
Lusa/Fim

domingo, 16 de outubro de 2022

GUINÉ-BISSAU: O ministro das Finanças guineense afirmou à Lusa que o programa do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em nada está relacionado com o eventual adiamento das eleições legislativas, pelo que não afetaria o seu cronograma.

Por LUSA  16/10/22 

Guiné nega que adiamento de legislativas atrase programa do FMI

O ministro das Finanças guineense afirmou à Lusa que o programa do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em nada está relacionado com o eventual adiamento das eleições legislativas, pelo que não afetaria o seu cronograma.

"Não tem nada a ver, porque o Fundo (FMI) trabalha com o país, independentemente das eleições. Nós sabemos que existe um decreto do Presidente da República que marcou eleições para dia 18 e quem tem a competência e o direito de pronunciar se vai haver uma eleição geral tem de ser o mesmo Presidente, através de um outro decreto. Portanto, eu aqui continuo a falar que enquanto não existir o decreto, haverá eleição no dia 18", frisou Ilídio Té.

"Mas o programa do Fundo não tem nada a ver com eleições. Já falámos sobre isso e o Governo está a fazer o seu trabalho para ter um programa financeiro, porque será um programa entre o Fundo Monetário Internacional e a Guiné-Bissau", disse o governante, em entrevista à Lusa, em Washington, à margem dos encontros anuais do FMI.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu em 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

Contudo, partidos políticos com e sem assento parlamentar consideraram ser difícil realizar eleições em 18 de dezembro.

Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.

Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau participou ao longo da semana numa série de reuniões na sede do FMI e do Banco Mundial, em Washington, fazendo um "balanço positivo" desses trabalhos "intensos e duros" que manteve.

"Podemos fazer um balanço positivo de todos os encontros que tivemos nestas reuniões com diferentes departamentos. Na sexta-feira estivemos reunidos com uma delegação do departamento legal, que era umas das reuniões mais complicadas. Mas, ao fim e ao cabo, acho que correu bem no final", avaliou.

À Lusa, Ilídio Té disse que aproveitou os encontros para reforçar o interesse do Governo em ter um programa financeiro com o FMI.

"Também [tivemos um reunião] com o chefe da própria missão do Fundo. Uma reunião aprofundada e, sobretudo, para fazer uma abordagem mais séria e mostrar qual o empenho do Governo em ter um programa financeiro com o Fundo. Portanto, toda a nossa dedicação e vontade política em cumprir com todos os pontos foram lá sublinhados", detalhou.

O ministro salientou ainda que apesar da "própria conjuntura e fragilidade do país", há um esforço "para pôr o carro dentro da estrada".

"Portanto, como dizem que temos um Ferrari dentro da garagem, estamos a trabalhar para tirar o Ferrari para pô-lo na estrada", comparou, numa alusão ao trabalho que diz que o seu Governo está a desenvolver.

O FMI anunciou em junho que iria retomar brevemente a assistência financeira à Guiné-Bissau no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado e destacou no âmbito das consultas do artigo IV que a gestão orçamental sustentável é uma "prioridade" e que a consolidação orçamental deve continuar em 2022 para "conter o elevado risco" de aumento da dívida pública.


quarta-feira, 19 de julho de 2017

Não objeção de Angola permitiu ao FMI libertar apoio de 3,5 MEuro à Guiné-Bissau

Angola não apresentou qualquer objeção à revisão do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Guiné-Bissau e à libertação de um apoio financeiro de 3,5 milhões de euros, apesar de ser um dos principais credores do Estado guineense.

De acordo com um documento governamental a que a Lusa teve hoje acesso, a Guiné-Bissau contraiu com o Estado angolano "várias dívidas no âmbito de alguns protocolos financeiros desde 1978 que estão avaliadas em 45 milhões de dólares (39 milhões de euros)", tendo solicitado, entretanto, o apoio do FMI para fazer face à crise económica que atravessa.

Através de um despacho do Presidente José Eduardo dos Santos, o Governo angolano recorda que o FMI "exige" que a Guiné-Bissau "negocie a sua dívida com os países credores", entre os quais Angola, "e que honre os seus compromissos com esses países", pelo que emitiu uma declaração de "não objeção" à aprovação da terceira revisão do programa de assistência em curso.

Para justificar esta decisão, o governo angolano invoca o facto de a Guiné-Bissau, um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), estar "entre os grupos de países pobres altamente endividados" e que "merece um tratamento diferenciado no capítulo das ajudas financeiras".

Esta decisão, entre outras, viabilizou a conclusão da terceira revisão do programa de apoio financeiro do FMI à Guiné-Bissau, permitindo a libertação, aprovada a 06 de julho pelo conselho de administração daquele organismo, de mais cerca de 4,1 milhões de dólares (3,5 milhões de euros), no âmbito do programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês).

Com esta decisão, elevam-se a 15,2 milhões de dólares (13,1 milhões de euros) o montante total já desembolsado pelo FMI neste programa de apoio à Guiné-Bissau, informou aquele organismo.

O programa apoiado pelo ECF na Guiné-Bissau pretende "restaurar a estabilidade macroeconómica e melhorar a eficiência na prestação de serviços públicos para promover o crescimento inclusivo e proteger os gastos sociais", anunciou o FMI.

No entanto, entre outras ressalvas, o Fundo defende que é "necessária uma ação firme para enfrentar deficiências no sistema bancário" da Guiné-Bissau, bem como uma reforma do setor da energia, de forma a "impedir prejuízos e melhorar a oferta".

"Para aumentar o investimento e melhorar a prestação de serviços públicos, será importante fortalecer os esforços de combate à corrupção, melhorar as estatísticas, aumentar a transparência e promover uma concorrência saudável no setor privado", remata a avaliação feita pelo conselho de administração do FMI.

Dn.pt/lusa

sábado, 20 de maio de 2017

FMI acorda com Guiné-Bissau tranferência de 3,7 milhões de euros

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acordou com a Guiné-Bissau a transferência de uma tranche de 3,7 milhões de euros do empréstimo em curso ao país, depois de uma visita técnica que terminou hoje.

"A recuperação da atividade económica iniciada em 2015 está a prosseguir e a consolidar-se. O crescimento está a ser apoiado pela alta dos preços do caju, o aumento da atividade de construção e melhorias contínuas no abastecimento de eletricidade e água", refere o FMI.

No entanto, a manutenção deste crescimento obriga o poder político a manter "esforços para preservar e fortalecer a disciplina orçamental e avançar nas reformas estruturais", avisa a equipa do FMI, liderada por Tobias Rasmussen.

No comunicado final, o FMI explicou que as discussões com as autoridades foram centradas nas "principais medidas de disciplina orçamental assentes na melhoria da mobilização de recursos e no reforço do controlo da despesa".

Por outro lado, o FMI registou "progressos significativos na gestão das finanças públicas", dando como exemplo a "institucionalização de um Comité de Tesouraria operacional", que "permitiu um melhor controlo da despesa".

A isso somaram-se melhorias na administração tributária e aduaneira que "contribuíram para o reforço da arrecadação da receita", salientou a organização internacional.

Contudo, para manter esta "trajetória económica positiva serão necessários esforços contínuos para manter e reforçar a disciplina orçamental e prosseguir com as reformas estruturais".

Entre essas medidas, o FMI destaca a necessidade de "garantir o rigoroso cumprimento do processo da aprovação do orçamento, reforçar a gestão da dívida pública, enfrentar as pressões financeiras provenientes do sector energético e permitir variações nos preços dos combustíveis internos em linha com os preços internacionais".

Na produção de caju, uma produção agrícola decisiva para a saúde económica do país, é "igualmente importante assegurar um ambiente de competitividade saudável" e "eliminar as incertezas em torno do quadro regulamentar" do setor.

A proposta de transferência de mais esta tranche do plano de financiamento aprovado em 2015, e que pode atingir os 21 milhões de euros, deverá agora ser aprovada pelo conselho de administração do FMI, sediado em Washington.

PJA // ANP
Lusa/Fim

domingo, 4 de dezembro de 2016

FMI anuncia retoma da cooperação financeira

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, esta sexta-feira, que vai retomar o programa de assistência técnica e financeira à Guiné-Bissau, «após o Governo ter cumprido com as diretrizes acordadas», indicou o ministro guineense das Finanças, Henrique Horta dos Santos.


Em conferência de imprensa conjunta com o representante do FMI em Bissau (Óscar Melhado), o ministro guineense anunciou «com alegria» o reatar da «cooperação com a instituição financeira mundial», suspensa em junho.

Todavia, o FMI não gostou de algumas medidas tomadas pelos anteriores governos, nomeadamente «a compra da carteira de créditos malparados do setor privado à banca comercial» e ainda o destino que seria dado a toros de madeira cortada nas florestas do país e que foram confiscados pelo Estado.

A instituição exigiu a anulação da operação de compra da divida pública aos bancos e instou o governo de Umaro Sissoco Embaló a vender a totalidade da madeira confiscada e reverter os montantes daí resultantes «para o Tesouro Público».

Ainda assim, o FMI condicionou a retoma de qualquer assistência, após a observância das duas medidas referidas, «bem como o desembolso de um empréstimo de 7,1 milhões de dólares, que deverá acontecer nos próximos dias», anunciou o representante do FMI em Bissau.

Óscar Melhado confirmou, de seguida, o cumprimento das duas medidas, enquanto o ministro das Finanças guineense disse que «o país deve orgulhar-se da resposta que deu às exigências do FMI», alertando, todavia, para «a necessidade de prosseguir com o rigor para evitar novas derrapagens das finanças públicas».

«O país está de parabéns e decidido a lançar-se no desafio de adotar medidas de rigor nas contas públicas», enfatizou Henrique dos Santos, acrescentando que a Guiné-Bissau ganhou «um voto de confiança» do FMI.

Abola.pt

segunda-feira, 2 de abril de 2018

FMI mostra optimismo quanto à Guiné Bissau

Aspecto da fachada do FMI, em Washington
AFP/ Getty Images

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje que o défice orçamental da Guiné-Bissau baixou de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 para 1,5% em 2017, e que o crescimento económico deverá situar-se em cerca de 6%.

Os altos preços do caju no mercado interno constituem a base de sustentação da avaliação do Fundo Monetário Internacional, tendência que poderá vir a baixar este ano, já que as perspectivas de exportação do caju não são nada animadoras.

As condições de comércio para a Guiné-Bissau, em 2018, não são nada encorajadoras, tendo em conta o custo do petróleo no mercado mundial. Mas, mesmo com temores, o FMI antevê um crescimento de 5,9 por cento no Produto Interno Bruto guineense, a inflação média a fixar-se em 1,1 por cento, e o défice externo da conta corrente do Estado a quedar-se para 0,5 por cento do PIB.

O FMI diz ter notado um dinamismo na actividade económica, dinamismo impulsionado pelo preço do caju, e um controlo apertado nos investimentos feitos pelo Estado. Com as receitas a crescerem, e as despesas melhor controladas, o FMI apontou que houve uma redução drástica do défice orçamental em relação ao PIB de  4,7%, em 2016, para 1,5% em 2017.

Três chamadas de atenção às autoridades de Bissau: O crédito malparado persiste e é preciso arranjar uma solução para o problema; as tensões políticas poderão prejudicar as reformas estruturais inadiáveis, e ainda a última palavra quanto ao pedido de prorrogação para mais um ano do programa de Facilidade de Credito Alargado será tomada pelo conselho de administração do FMI, cuja reunião está prevista para Junho.

Para já, a missão de avaliação preliminar do FMI, liderada por Tobias Rasmussen, considera que a economia guineense está de boa saúde.

Mussa Baldé, em Bissau, para a RFI

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

DEPOIS DE MANDAR AÇOITAR SEUS CAMARADAS NA PRÓPRIA SEDE CENTRAL DO PAIGC DSP CONTINUA METENDO PÉS PELAS MÃOS, MANDANDO INSULTAR REPRESENTANTE DO FMI, TAL COMO FAZ EM RELAÇÃO AO P5, QUE SEMPRE VEM INJURIANDO QUANDO ESTES RELATAM AS REALIDADES DO PAÍS.

Há facto que é preciso desmistificar: ESTE GOVERNO NA VERDADE É DE TRABALHO E COM RESULTADOS CONCRETOS!

Sem sombras para dúvidas: o nível e a performance da gestão de coisas públicas pelo actual Governo é invejável.


Os actuais governantes dão mostras de determinação, seriedade na gestão pública dos bens de Estado. Tudo a justa medida e sem exageros ou esbanjamentos característicos dos governos do DSP, que “PA MAMA TAKO” SE ENVEREDARAM POR VIAS POUCOS TRANSPARENTES E MENOS CLAROS DE DNT’S (DESPESAS NÃO TITULADAS)

ALÉM DE ESBANJAR DINHEIRO DO ESTADO DSP ATÉ FEZ RECURSOS A FUNDO PRIVADO DE FUNPI, DESBARATANDO-O COMO SE DE PROPRIEDADE PESSOAL SE TRATASSE. E MAIS, OS GOVERNOS MADE IN DSP TIVERAM ATÉ A OUSADIA DE DESRESPEITAR AS POSIÇÕES E OBJECÇÕES DO FMI, PARA PROMOVEREM O FALSO RESGATE AOS BANCOS DE BISSAU, OBVIAMENTE COM O PROPÓSITO DE RETEREM PARTE CONSIDERÁVEL DE COMISSÕES DESTA DESASTROSA E PERNICIOSA OPERAÇÃO.

ESTA FAMIGERADA OPERAÇÃO DE CONVENIENCIA DO DSP E DA SUA ALA DO PAIGC LESOU A ECONOMIA NACIONAL.

A TUDO ISTO JUNTA-SE AS OPERAÇÕES DE FALSAS EMPREITADAS OU ADJUDICAÇÕES DE OBRAS FICTICIAS OU MAL CONCEBIDAS, PARA O ENTÃO MINISTRO DE FINANÇAS GERALDO MARTINS EMBOLSAR ALGUMAS SOMAS EXTRAS.
Com gestão danosa e gravosa não conseguiam cumprir as metas com o FMI e tão pouco satisfazer as necessidades das populações.

O porquê de então do DSP e sua gentes invejarem os rasgados elogios do FMI ao Governo do General Sissokó Embaló? 

A SITUAÇÃO DA GUINÉ BISSAU HOJE:
É INQUESTIONAVÉL A EFICÁCIA DE FUNCIONAMENTO DESTE GOVERNO, CUJOS MEMBROS ESTÃO COMPROMETIDOS UNICAMENTE EM SERVIR O POVO E CADA UM NO SEU ESPAÇO, SEM INGERENCIAS, E  DA MELHOR FORMA. 

JÁ O DISSEMOS ALGUMAS VEZES E VAMOS CONTINUAR A DIZÊ-LO, ISTO PORQUE ALGUMAS MENTES MALDOSAS E FUNESTAS, OBCECADOS PELAS COISAS DO DSP FINGEM NÃO REPARAR QUE A GUINÉ BISSAU MUDOU E ESTÁ MUDANDO CADA VEZ MAIS. PARA POSITIVA.

DEPOIS DE CERCA DE 40 ANOS DE INEFICIÊNCIAS E DE PAGAI, OS “NHA DJINTIS” DE DSP TENTAM CONFUNDIR A POPULAÇÃO DE QUE TUDO TEM DE SER RESOLVIDO E IMEDIATAMENTE. SEM, CONTUDO, LEMBRAR QUE APESAR DA BOA GESTÃO - ENVOLVENTE E TRANSPARENTE - , TEM DIFICULDADES QUE AINDA VÃO ESTAR PRESENTES POR MAIS ALGUNS ANOS, EM CONSEQUÊNCIA, INCLUSIVÉ, DA MÁ GESTÃO DE GOVERNOS TIPO DSP, QUE USARAM E ABUSARAM DE FUNDOS PÚBLICOS E PRIVADOS.

ALGUNS GOVERNOS PASSADOS, SOBRETUDO OS DE DSP NÃO TIVERAM O PUDOR E O BOM SENSO DE GERIR O BEM PUBLICO ESTRITAMENTE PARA O ESSENCIAL, SENÃO, JAMAIS TERIAM MONTADOS ESQUEMAS PARALELOS QUE PREJUDICARAM O ESTADO E O POVO GUINEENSE.

A este propósito, o Governo de CONCRETO do General Sissokó Embaló tem recebido notas positivas e menções honrosas vindas de todos os quadrantes, seja do FMI, BM, assim como de CEDEAO, UEMOA, BOAD, União Africana e atá das Nações Unidas que se regojizam com os êxitos alcançados por este Governo e que muito contribuíram para a paz social (que o DSP inveja e quer perturbar).

Importa aqui referir que os sucessos e distinções vem acontecendo desde o tempo do Governo de BACIRO DJÁ, contudo a mafia instalada na ANP a mando do DSP não permitiu que este Governo continuasse, embora com notas positivas e bons resultados.

Foi pena, porque na altura o regime não tinha experiências para se lidar com o mafioso bloqueio da ANP, encomendado por DSP.

A este propósito, ocorre-me que o Presidente da República, inclusive, chegou de convocar uma sessão da ANP, que logo foi desvirtuada por Cipriano Cassamá, feito cão de fila do DSP.

Fizeram de tudo para prejudicar o Governo de Baciro Djá que tal como o actual Governo obteve notas positivas do FMI e ainda da própria sociedade civil guineense, ambos por terem assumido entre outras obrigações o pagamento de salários em tempo real, além de assegurarem luz quase permanente e resolução de problemas dos sectores da saúde e do ensino, além de outras conquistas. 

Por tudo isto e por se sentir estar sendo ultrapassado DSP resolve tentar embaraçar  e fazer de tudo para anular os efeitos ou impacto de notas positivas do FMI.

DSP lança até campanhas para tentar lançar a ideia de  que o Governo não consegue satisfazer as demandas sociais e que falta salários, falta luz e que o ano lectivo está por começar, etc.. felizmente que estas afirmações vem sendo desmontado pelos próprios populares.

Eles vão até ao ponto de insultarem certos responsáveis de P5 e do FMI, que não cansam de destacar e de salientar os bons resultados que vem sendo obtidos pelo actual Governo.

Fonte: Publicada por Ditadura do Progresso à(s) 17:02:00