terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

DIRIGENTE DE APU-PDGB AMEAÇA CONVOCAR REVOLTA POPULAR PARA “TRAVAR DESMANDOS” DO CHEFE DE ESTADO GUINEENSE

22/02/2021 / Jornal Odemocrata 

O dirigente da Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB), Mídana Nantcha, revelou hoje que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, tomou “simbolicamente” posse como o chefe de Estado graças ao apoio de Nuno Gomes Nabiam e de Alberto Nambeia, por supostamente estes terem pessoas ligadas aos setores de segurança.

Em conferência de imprensa, realizada, esta segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021, na sua residência em M’Pantcha, na presença do líder da bancada da APU-PDGB, Marciano Indi, Mídana  Nantcha, que também foi diretor da campanha de uma ala da APU que apoiou o candidato presidencial do PAIGC, Domingos Simões Pereira, acusou Sissoco Embaló de estar a “fomentar o conflito étnico e de dividir” os guineenses na Guiné-Bissau.

Inconformado com atual situação política do país, Nantcha acusou ainda o chefe de Estado de “usurpar as competências do governo” e de estar a cumprir a agenda do Presidente do Senegal, Macky Sall.

“Ele não é o Presidente da República da Guiné-Bissau. Ele é o governador de uma província do Senegal” ao serviço do Macky Sall. Umaro  quer entregar o nosso petróleo ao estado senegalês. Mas isso não vai acontecer. Não se pode hipotecar o país para o benefício pessoal” avisou.

Para além de acusar o chefe de Estado de não “ter preparação para ser presidente”, o dirigente de APU-PDGB acusou também Sissoco Embaló de estar a violar as normas democráticas a seu belo prazer, lembrando que “o nosso sistema é semi-presidencialista. Ele preside todas as reuniões do conselho de ministros como se fosse um sistema presidencialista. Nuno Gomes Nabiam é agora o seu chefe de Gabinete. Nomeou Soares Sambú para vice-primeiro ministro e coordenador da área econômica sem respeitar os preceitos constitucionais”.

Mídana avisou que, doravante vai mobilizar uma revolta popular para exigir o fim de desrespeito de estado de direito democrático no país, adiantando que “ou  morremos todos ou que ele atue com base nos preceitos constitucionais“ e convida os jovens a juntarem- se a essa causa comum para pôr fim “aos desmandos de Umaro Sissoco Embalo”.

“Ele criou subsídios elevados. Como pode Umaro  Sissoco Embaló receber subsídios de 50 milhões por mês, enquanto há pessoas a morrer a fome no país. Estão a guardar o dinheiro para as próximas eleições, outras pessoas a construírem prédios, outras a receberem três bilhões de francos cfas, enquanto as estradas continuam esburacadas e a situação econômica das populações continua péssima” denunciou.

Recentemente o chefe de Estado denunciou que teria havido um plano de golpe de estado e para assassiná-lo e mais dois membros do governo, Sandji Fati, Ministro da Defesa, e Botche Cande, Ministro do Interior.

Esse dirigente apuano  questionou “porque é que ele não chamou o primeiro ministro, o presidente da ANP, por outras palavras ele quis-nos dizer que Nuno Gomes Nabiam é que estaria a planear este suposto golpe de estado”.

Quem não escapou às críticas do dirigente de APU–PDGB é o antigo candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior.

Mídana Nantcha afirmou que foi dado ao Carlos Gomes Júnior o ministério da justiça e o ministério público para “queimar o arquivo de assassinatos ocorridos em 2009”, período em que “CADOGO” era  primeiro ministro e Presidente do PAIGC, acusando o procurador geral da República, Fernando Gomes, de estar a fazer uma justiça seletiva ao referir-se à destruição da rádio capital FM, a 26 de julho de 2020.

“A rádio foi vandalizada. Como é que vão notificar o jornalista da rádio?! É assim a justiça?! O processo não deveria começar com a identificação e consequentemente tradução a justiça dos autores que vandalizaram a rádio?! Não sei se se lembram, antes de a rádio  ser vandalizada, o deputado Braima Camará apresentou uma lista de ouvintes que supostamente são pagos para ligar e insultar as figuras na rádio capital FM” recordou, questionando “não podemos desconfiar que seja ele [Braima Camara] o autor da destruição da rádio capital.

Por: Tiago Seide

O TENENTE CORONEL LUSO ( DESCENDENTE DA GUINÉ) MARCELINO DA MATA E O JULGAMENTO DA HISTÓRIA

Por Joaquim Batista Correia 

Na Glóriosa História  da nossa Pátria (Guiné- Bissau) desfilam registos de homens e mulheres  com bravura, inteligência e patriotismo inquestionáveis  nas suas revoltas contra a ocupação colonial Europeia (sec. XVIII e Principios do seculo XX) bem como na senda  dos protestos anti- colonialista e anti- imperialista que veriam a culminar com a Luta de Libertação pela Independencia Nacional.

 Entretanto, em nenhum destes Registos gloriosos  consta o nome do lendário ( lendàrio para as crónicas portuguesas ) Comando Operacional MARCELINO DA MATA, figura  heróica para Portugal, na História e Glória das Forças de Ocupacão portuguesa  no nosso território nos anos 60 e Principios dos anos 70 do seculo XX e no contexto das operações de anti- guerrilha num total de 2412 ACTOS levados a cabo por ele o que lhe valeu segundo as fontes  portuguesas muitos prestigios e  condecoraçôes que consubstanciam para nós, os Guineenses, a acumulação de ACTOS de Tirânía e Crimes de Guerra, praticados por ele, à luz da nossa História e das Convênções Internacionais que regulam conflitos armados .. 

Uma história da Guerra Colonial, praticamente desconhecida pela maioria dos  nossos  jovens e que urge não fazer o Revisionismo e o seu branqueamento tal como é alvo em Portugal país que ele serviu com Honra e Lealidade. Isso tanto mais que o seu precurso para com as então  autoridades de  Lisboa não corresponde a infámia que ele praticou para com o solo guineense que o viu nascer, numa vâ tentativa de substituir, se possivel o  colonialismo pelo o neocolonialismo. Mas ele falhou nos seus métodos e estratégias que redundaram em crimes de Guerra. 

Outrossim, o Tenente Coronel luso  MARCELINO DA MATA permanece na História do Exercito Português como  o Militar mais condecorado de todos os tempos  com mais de 2400 operações especiais levadas a cabo por ele. 

Reza a História de que aquando da retêncão e cativeiro  de uma Companhia de tropas metropolitanas na fronteira norte com o Senegal (Kumbamori) na qual se tinham infiltrado no território estranho as suas operações, sem darem conta o que, desde logo, originou um embroglio diplomatico com este país francofono independente com o Governo de Lisboa. De imediato e tendo em conta a gravidade do caso foi reunido em Lisboa um Conselho de Ministro Extraordinário para que naquela mesma noite sejam resgatados todos integrantes da Companhia Metropolitana para que não se consumasse a denúncia internacional de que  Portugal teria invadido o território Senegalês sendo este País fronteiriço uma Nação neutral no conflito. Finda a reunião extraordinária foi instruido   via telegrama o General ANTÓNIO SEBASTIÂO RIBEIRO DE SPINOLA, então Governador da Provincia de Guiné que encontrasse uma solução ùrgente e plausível para a salvaguarda dos interesses diplómaticos portugueses que passam por operação de Comando Rápido, eficaz e eficiente ao que desde logo foi chamado de úrgência o então Capitão dos Comandos africanos MARCELINO DA MATA  para derigir esta arriscada operacão Resgate conhecido pelo o nome de RESGATE, com 25 comandos Africanos a sua livre escolha, todos equipados com materials de combate dos nossos guerrilheiros por uma questão  estratégica de simulação (armamento e fardas). 

Eram 02 horas de madrugada quando se deu o assalto final no aquartalemento dos Páraquedistas Senegalese em Kubamori,  resultando no resgate dE mais de 150 tropas Metropolitanas presas e acantonadas no aquartelamento a espera de uma Conferência de Imprensa para serem expostas como prova Material da agressão do Governo Português contra o território neutral da República do Senegal. 

Entretanto os nossos guerrilheiros, tão cedo já, se tinham dado conta da estratégia e tática das tropas coloniais,  tendo por isso montado emboscadas nas trajectorias que davam  acesso ao aquartelamento para impedir a eventual consumação do Resgate, facto que veria acontecer naquela madrugada.

Com a consumação do Resgate, este facto militar evitou que as autoridades Senegalesas estejam na posse de provas materials para uma denúncia internacional contra o Governo português, porque todas as tropas Metropolitanas foram libertas ( Resgate) pelo então Capitão dos Comandos MARCELINO DA MATA naquela madrugada tendo as noticias chegado a Lisboa nas primeiras horas do dia seguinte com a consequente convocacão de um Conselho de Ministro para  atribuição da mais antiga Ordem Militar ao chefe da Operacão de Resgate CAJADO.

 Acresce a este seu mérito na perspectiva colonial as Operações  CAJADO , " AMETISTA REAL  (levada a cabo pela Companhia dos Comandos em 8 de Maio de 1973 na area de Guidajde -  Bidjene), TRIDENTE (ilha de Komo), bem como a sua participação na operação da Invasão de Guiné de SECO TURÉ por mar conhecida por Operacão MAR VERDE que os documentos Coloniais diziam que  era para libertar alguns prisioneiros Portuguese que se encontravam na Prisão de "Montanha " do Paigc. Tudo isso e varias outras  acções em combate lhe rendeu no seu peito 5 Cruzes de  Guerra Colonial bem como nos seus ombros brilha um colar  da nobre e antiga Ordem Militar de Torre e Espada, do Valor,  Lealidade e Mérito. Sublinha - se que esta é entre todas as condecorações, a mais alta condecorado Militar do Exercito Português 

Porém, apesar das nobres insignias atribuidas a este homem, a sua morte não teve consensos em Lisboa quanto ao ceremonial do Enterro com Honras Militares que depois não aconteceram. 

Daí que é de sublinhar que acumulativamente as  nobres insignias Lusas atribuidas no passado, o Tenente Coronel DA MATA fica na História da Guerra Colonial como o mais Tirâno e sanguinário Comando Operacional  das Colonias Portuguesas cujos excessos enlutaram várias familias inocentes naquele lapso temporal . 

Hoje com a sua ausência do mundo dos vivos,  resta- nos rogar pelo o PERDÃO dos seus excessos mas NUNCA ESQUECER O SEU NEGRO PASSADO  para que não haja mais no nosso solo Pátrio figurinos com evidências que se assemelham a sua trajectória.

PAZ A SUA ALMA !

By: Joaquim Batista Correia

مسائية الإثنين 22-02-2021PR Umaro Sissoco Embalo, proveniente de N'djamena-Tchad, chegou a Nuakchott-Mauritânia para uma visita de algumas horas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Diplomata de Bissau diz que Marcelino da Mata é um problema português

Marcelino da Mata DR

Por PÚBLICO 

“Marcelino da Mata é um problema luso-português”, considera o diplomata Fernando Delfim da Silva, actual conselheiro para os Assuntos Políticos do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

Fernando Delfim da Silva, que foi representante permanente da República da Guiné-Bissau nas Nações Unidas, marca distância em relação à polémica em Portugal que envolveu a memória do tenente-coronel Marcelino da Mata, que morreu a 11 de Fevereiro em Lisboa, vítima de covid-19. Num texto partilhado no Facebook por Sidney Monteiro, assessor de Nuno Nabian, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Delfim da Silva defende que o passado de quem optou por lutar ao lado das tropas portuguesas não deve ter consequências presentes. “Não pode perturbar a construção de respeito, amizade e cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal”, defendeu.

Entre os que assinalaram ter sido o membro do Exército português mais condecorado pela ditadura e os que o acusaram de crimes de guerra e o voto de pesar aprovado nesta quinta-feira na Assembleia da República com os votos do PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega, Fernando Delfim da Silva opta por outro enfoque.

O diplomata recua 47 anos e recorda a proclamação unilateral da independência da Guiné-Bissau, em 24 de Setembro de 1973. Refere o apoio internacional que esta decisão do PAIGC [Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde] então suscitou e os problemas, externos e internos, que causou ao regime de Marcello Caetano, como prova da insustentatibilidade do império colonial português em África e prenúncio de novos tempos.

Sete meses depois da proclamação da independência do PAIGC, a 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas animado pelos capitães derrotava a ditadura e anunciava, no seu programa, os conhecidos três “D” do futuro de Portugal: democratizar, descolonizar e desenvolver.

“O grito de Medina do Boé [proclamação da independência] tinha acabado com todas as dúvidas”, recorda o diplomata. E, em 11 de Novembro de 1975, com a proclamação da independência de Angola, terminava o ciclo imperial português em África. “Era isto que devia contar para uma boa cultura histórica das novas gerações, claro, não apenas das novas gerações de guineenses”, escreve.

Por isso, Fernando Delfim da Silva considera que Marcelino da Mata foi derrotado na Guiné-Bissau, a terra onde nasceu. “Marcelino da Mata tropeçou e caiu na Guiné-Bissau”, lembra. E acentua que o passado de quem optou por lutar ao lado das tropas portuguesas não deve ter consequências presentes. “Não pode perturbar a construção de respeito, amizade e cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal”, sublinha.

A Guiné-Bissau tem acumulado 3115 casos de COVID.

Partilhamos a versão compacta do Boletim Semanal:

Na semana de 15 a 21 de fevereiro foram registados 191 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, totalizando 507 casos ativos no país.

Foi registado 1 óbito por COVID-19 na região de Gabú, subindo o total de mortes para 47.

#somos2milhõesdecomportamentos

Alto Comissariado para o Covid-19

Ensino - CONAEGUIB exige ao governo solução definitiva para evitar paralisações das aulas

Bissau, 22 Fev 21 (ANG)- O Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis  da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) Bacar Darame recomenda que o  governo negoceie com os sindicatos do sector educativo para que juntos possam encontrar uma solução definitiva de modo a não atrapalhar o sucesso do presente ano lectivo com sucessivas situações de paralisações das aulas.

A recomendação foi feita na conferência de imprensa conjunta da CONAEGUIB e a Associação Nacional dos Pais e Encarregados de Educação, na sequência do  levantamento da suspensão das aulas no Sector Autónomo de Bissau decidido pelo Conselho de Ministros no passado 18 do corrente mês.

Bacar Darame disse que a CONAEGUIB  nunca concordou com a  suspensão das aulas no Sector Autónomo de Bissau, e que, por isso, confrontaram o governo no sentido de não o fazer.

O Presidente da CONAEGUIB exortou as direcções das escolas públicas e privadas à tomarem  medidas administrativas rigorosas, de modo a cumprir  as orientações da Alta Autoridade de luta contra a Covid-19 para se evitar  possíveis casos de contaminação .

Por seu turno, o representante da Associação dos Pais e Encarregados de Educação, Lassana Bangura considera que não  havia  motivo se quer para a suspensão das aulas por um mês, uma vez que a escola não representa  um perigo  caso as medidas preventivas contra a Covid-19 sejam respeitadas.

“Eu não entendo as decisões dos nossos governantes. Se os transportes funcionam com a lotação completa, os mercados estão sempre cheios de pessoas sem respeito pelo distanciamento e medidas preventivas, o Ministério da Justiça aglomera as pessoas nos últimos tempos. Será que a covid-19 está apenas nas escolas?”, questionou Lassana Bangura.

Sublinhou que  a educação deve merecer bastante atenção por parte dos governantes devido a  sua importância no processo de desenvolvimento de uma nação.

Bangura considerou de alarmante ver as máscaras disponibilizadas para oferecer ao povo guineense  serem vendidas nos mercados. 

ANG/AALS/ÂC//SG

Covid-19: Músicos guineenses passam fome e pedem subvenção

Por capitalnews.gw  fevereiro 22, 2021

A Associação Profissional dos Músicos da Guiné-Bissau revelou esta segunda-feira (22.02), que os seus associados estão a passar fome e os seus filhos por “enormes dificuldades”, devido ao encerramento de espaços culturais, por causa da pandemia da Covid-19.

Os músicos realizaram conferência de imprensa, na qual denunciaram a “situação difícil” que dizem estar a enfrentar.

“(Podemos) sair às ruas com os nossos filhos, com tambores e latas e os nossos filhos a dizer pai, mãe, não comemos e estamos a passar, para as pessoas ouvirem. Mas não vamos fazer isso, porque somos ricos, somos ricos e somos a classe que mais trabalhou para a Guiné-Bissau. Vimos como associação de músicos legalizada, para não dizer que o Estado não pode dar alguma coisa de forma individual. Mas pode dar à associação para resolver os seus problemas”, disse Luís Mendes (Iche), vice-presidente da Associação Profissional dos Músicos da Guiné-Bissau.

Justino Delgado, presidente da organização, anuncia que vai entregar uma proposta ao governo e ao Alto Comissariado de Luta Contra a Covid-19, para “minimizar” as dificuldades.

“Vamos produzir um documento que vamos entregar ao governo e ao Alto Comissariado de Luta Contra a Covid-19. Quero que levem a conta de que já há um ano que os artistas não têm nada, há um ano que estão nesta situação e devem ser recompensados. Enquanto há confinamento, artistas têm que receber (dinheiro) até terminar o confinamento. Vamos elaborar um documento de forma cívica e pacífica para lhes entregar de forma a perceberem que somo gente que percebe. O que exigimos é a subvenção à classe artística, que é a única penalizada com o confinamento”, disse Justino Delgado.

Devido à pandemia do novo coronavírus e ao estado de calamidade decretado pelas autoridades guineenses, todos os espaços culturais, discotecas e salões de espetáculos foram encerrados.

Por CNEWS

A NAÇÃO PORTUGUESA E OS SEUS “CRIMINOSOS”

Por Umaro Djau

Nas memórias recentes norte-americanas, John McCain destacou-se como uma das figuras mais reconhecidas do país, um acto resultante da Guerra de Vietname. McCain foi um prisioneiro nessa guerra durante seis anos (1967 e 1973), quando o seu avião militar foi abatido sobre a cidade de Hanói. Esse estatuto de prisioneiro fez de McCain um herói nacional dos Estados Unidos da América.

Mais tarde, McCain teve uma brilhante carreira política como Senador pelo estado de Arizona (por mais de 30 anos), para além de ter sido um candidato presidencial por parte do Partido Republicano, entretanto, derrotado por Barack Obama em 2008.

McCain serviu na Guerra de Vietname com mais outros 2.5 milhões de norte-americanos, numa das guerras mais fratricidas para os EUA. Os leitores desta publicação podem também lembrar-se de uma outra figura, na pessoa de John Kerry, também um antigo candidato presidencial, presentemente a ocupar o lugar de Enviado Especial do Presidente Biden para os assuntos climáticos. Kerry é considerado um herói da Guerra de Vietname, tendo recebido várias medalhas de combate, incluindo a Estrela de Prata, Estrela de Bronze e três Corações Púrpuras.

Apesar das frustrações dos militares norte-americanos (quanto à estratégia da guerra) e dos populares (sobre a sua justificação), a América nunca retirou o heroísmo aos seus combatentes na “injusta” Guerra de Vietname. Porquê? Porque John McCain, John Kerry e outros tantos milhões de norte-americanos estiveram a servir a nação americana e a sua bandeira, independentemente da justeza ou não dessa guerra. Até hoje, John McCain e John Kerry continuam a ser heróis indiscutíveis da nação norte-americana.

No caso de Portugal, no auge da sua guerra colonial em África (1961-1973), durante a chamada “africanização” das Forças Armadas Portuguesas, mais de 400 mil africanos estavam a servir nas FAP, entre um total de aproximadamente 1 milhão e 400 mil soldados. Independentemente das suas origens, cada um desses soldados esteve a servir o Estado português e a bandeira de Portugal – voluntária ou involuntariamente – sobretudo depois da abolição do Estatuto Político, Civil e Criminal dos Indígenas em 1961. Esse acto permitiu o tratamento igual de todos (portugueses e africanos), independentemente da origem, cultura ou religião de cada um.

Sabemos o resto da história. Portugal perdeu as suas guerras coloniais – teórica ou praticamente, dependendo de quem faz o argumento. Mas, também é sabido que muitos desses soldados portugueses (das ex-colónias e da metrópole) foram agraciados com as mais altas condecorações do Exército de Portugal.

Todavia, só porque o Portugal perdera as suas guerras na Guiné/Cabo Verde e noutras suas ex-colónias africanas, não significa que os portugueses de hoje devem diabolizar àqueles que ontem serviram a bandeira lusitana, assumindo todos os riscos inerentes à uma guerra militar -- e sob o comando de Portugal. 

Aliás, no caso da Guiné, a ideia da progressiva substituição das tropas da metrópole com os destacamentos africanos, incluindo os comandos, era de próprio António Sebastião Ribeiro de Spínola, de acordo com os arquivos da Defesa Nacional portuguesa. Será Spínola, o ex-presidente de Portugal e um oficial militar, um criminoso da guerra? Será o General António dos Santos Ramalho Eanes, o ex-presidente de Portugal, também um criminoso da guerra?

Sei que o tenente-coronel Marcelino da Mata não ganhou o seu estatuto e a sua fama por ter sido um "Santo" nas frentes de batalha. Mas, qual outro militar português (ou dos movimentos de libertação) que pode reclamar o estatuto de "santidade" durante as guerras de ocupação/libertação mais sangrentas em África? 

A interrogação anterior leva-me a concluir que é mais fácil diabolizar o tenente-coronel Marcelino da Mata por se tratar pura e simplesmente de um nativo africano (nascido na Guiné), mesmo sendo o militar mais condecorado na história de Portugal.

O que não entendo, no entanto, é se essa diabolização trata-se apenas de uma distracção, de uma tentativa de lhe retirar o lugar e o mérito na história de Portugal, ou de uma pura manifestação racial contra um africano.

Todavia, cabe aos portugueses debater se devem reconhecer os seus heróis ou não. Mas, eu, sendo uma pessoa que vos é ligada através de uma história comum e até “criminosa”, cabe-me apenas lembrar-vos que milhares de ex-soldados africanos desmobilizados foram perseguidos, presos, exilados e fuzilados na Guiné-Bissau (e noutras partes do continente) por se terem lutado “criminosamente” (e inocentemente) sob à bandeira de Portugal que vocês, or portugueses, se orgulham tanto, e reconhecidamente. Uma nação portuguesa que -- criminosamente ou não -- Marcelino da Mata ajudou a construir com o seu suor e com o sangue (e invalidez) de milhares doutros combatentes africanos desconhecidos, esquecidos e negligenciados, até hoje, apesar do estipulado nos artigos 25˚ e 26˚ do anexo ao Acordo de Argel, de 26 de Agosto de 1974.

--Mestre Umaro Djau

22 de Fevereiro de 2021

Ministro das obras públicas Habitação e Urbanismo Sr. Fidelis Forbs em visita de trabalho dos troços no interior do país concretamente em Buba Fulacunda Nova Sintra Tite Intchude Sandjon…05


Vídeo by: Mustafa Cassamá

Ministro das obras públicas Habitação e Urbanismo Sr. Fidelis Forbs em visita de trabalho dos troços no interior do país concretamente em Buba Fulacunda Nova Sintra Tite Intchude Sandjon…04


Vídeo by: Mustafa Cassamá

Ministro das obras públicas Habitação e Urbanismo Sr. Fidelis Forbs em visita de trabalho dos troços no interior do país concretamente em Buba Fulacunda Nova Sintra Tite Intchude Sandjon…03



Vídeo by: Mustafa Cassamá

Ministro das obras públicas Habitação e Urbanismo Sr. Fidelis Forbs em visita de trabalho dos troços no interior do país concretamente em Buba Fulacunda Nova Sintra Tite Intchude Sandjon…02


Vídeo by: Mustafa Cassamá

Ministro das obras públicas Habitação e Urbanismo Sr. Fidelis Forbs em visita de trabalho dos troços no interior do país concretamente em Buba Fulacunda Nova Sintra Tite Intchude Sandjon…01



Vídeo by: Mustafa Cassamá

Guiné-Bissau: "GOVERNAÇÃO DE CAMPO 2021" - "FOME ZERO"

O ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural visitou este domingo, 21 de Fevereiro de 2021, as bolanhas de Campossa no setor de Bafatá, onde está em curso as operações da primeira Campanha Agrícola da época seca.

A visita, que começou este sábado, 20 de Fevereiro de 2021, nas regiões de Bafatá e Gabú, visa acompanhar de perto os primeiros passos a serem desenvolvidos pelos técnicos nesta Operação da época Seca.

Sob a orientação do titular da pasta de Agricultura, os técnicos estão fortemente empenhados na Instalação das moto-bombas e na produção dos viveiros.

Depois de percorrer quilómetros a volta das bolanhas de Campossa, Abel da Silva Gomes saudou os esforços dos seus técnicos e das Cooperativas Agrícolas prometendo uma luta sem tréguas no combate a fome e a pobreza.

A primeira Campanha Agrícola da época seca visa aumentar a produção e produtividade agrícola, reduzir o défice alimentar, a fome, a pobreza, melhorar a resiliência e diminuir os riscos de insegurança alimentar e nutricional crônicos na Guiné-Bissau. 



 










O assessor de imprensa

       Mamadú Baldé 

21 de Fevereiro de 2021

Ministério da Agricultural e Desenvolvimento Rural

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Tragédia: Poilão cai e destrói uma casa por completo


Um poilão caiu este domingo 20 de Fevereiro de 2021, em cima de um condomínio em Cuntum Madina, Subúrbios de Bissau, originando

Apesar de não houver vítimas mortais, o proprietário da casa Aguibo Djaló disse que há muito que tem alertado do perigo que o poilão constitui, mas foi informado que o lugar é ” sagrado ” e indicado para a realização das cerimónias tradicionais. O que segundo ele, impossibilita o seu derrube.

” Danificou quase a casa inteira, casa de banho, cozinha, sala jantar e despensa ” Informa acrescentando que o incidente aconteceu na madrugada de hoje provocado pelo forte vento, causando danos graves que sozinho não poderá reparar, por isso, apela apoio de pessoas de boa vontade.

O referido poilão, segundo uma testemunha tinha mais de duas décadas e tinha uma ” Baloba ” cujo nome de ” Cansarré ” considerado por muitos como juíz, uma vez que resolvia os problemas das pessoas que o confiavam seus assuntos, frisou Djaló

Guiné-Bissau: Boletim Diário n. 29... - 24 novos casos de COVID-19

Boletim Diário n. 29

- 24 novos casos de COVID-19

- 55 recuperados de COVID-19

- 1 óbito por COVID-19

- 507 casos ativos de COVID-19

Veja o post anterior e perceba como distanciamento social contribuí para travar a propagação da infeção.

#somos2milhõesdecomportamentos

Alto Comissariado para o Covid-19

Leia Também:

Covid-19: Guiné-Bissau regista mais uma vítima mortal e 26 casos

A Guiné-Bissau registou mais uma vítima mortal e 26 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, para um total acumulado de 3.115, segundo os dados divulgados hoje pelo Alto-Comissariado para a Covid-19.

Segundo as autoridades, no sábado registou-se, no país, mais uma vítima total e 26 casos.

Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau tem um total acumulado de 47 vítimas mortais e 3.115 casos de covid-19.

Os dados indicam também que há 507 casos ativos e que foram dadas como recuperadas mais 55 pessoas, elevando o total acumulado de recuperações para 2.555.

Na sequência do aumento de casos registado desde o início do ano, o Governo guineense decidiu na quinta-feira prolongar o estado de calamidade, que devia terminar terça-feira, por mais 30 dias.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.461.254 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló - Na República do Tchade a convite do Presidente Marechal Idriss Déby, para uma visita oficial.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló