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sábado, 7 de setembro de 2024

É NECESSÁRIO FAZER UMA REFORMA OBRIGATÓRIO E PROFUNDAS NA LIDERANÇAS DOS PARTIDOS POLÍTICOS TRADICIONAIS.

Fonte: Sá Maria Victor
ESSE É O ÚNICO CAMINHO PARA ENCONTRARMOS UMA VERDADEIRA PAZ, TRANQUILIDADE E DEMOCRÁCIA!
Por enquanto os líderes víciosos que têm passado negro dirigem os partidos políticos tradicionais, nunca o povo/Guiné-Bissau irá encontrar o seu melhor caminho de uma convivência pacífica e do desenvolvimento sustentável em todos sectores, por este motivo, devem ser obrigado a deixarem as lideranças nos partidos que dirigem, custa que custar!
No P.A.I.G.C a mudança precisa-se urgentemente sem demora, mesmo que iremos fazer empréstimo no FMI/BM em nome da Guiné-Bissau, para fazermos mudanças naquele partido, mas isso tem que ser feito agora, para bem de todos eo país em geral, caso contrário nada irá mudar.
#Pedimos um Congresso extraordinário no P.A.I.G.C já já já.
Nô bai só dianti ki caminho.
Por:Sá Maria Victor, Leão de teclados

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Guiné-Bissau: Campanha de Caju 2024 está à evoluir de forma satisfatória.

Mais 140 mil toneladas da castanha de cajú já foram escoladas para Bissau. Deste número, 36 mil toneladas já foram exportadas. Diferente do ano transacto que, neste período, ainda se tinha iniciado o escoamento para depois a exportação. 

A informação avançada pelo diretor-geral do Comércio Externo, Lassana Faty, durante a reunião com a equipa técnica do FMI em missão de sexta revisão do Programa Financeiro com a Guiné-Bissau.

Radio Voz Do Povo

O Presidente da República recebeu em audiência a delegação do FMI para a Guiné Bissau.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Administração pública - PM garante que Sistema de “Blockchain” reforçará transparência na gestão dos recursos de Estado

Bissau, 29 Mai 24 (ANG) - O primeiro-ministro garantiu esta quarta-feira que, a implementação do Sistema de “Blockchain” (Sistema de Controle) na Guiné-Bissau vai reforçar a transparência no que concerne a gestão dos recursos de Administração pública guineense.

Rui Duarte de Barros falava ao presidir a cerimónia oficial de lançamento da solução “Blockchain” no país.
O Primeiro-Ministro Rui Duarte Barros presidiu hoje (29.05) a cerimónia de lançamento oficial do Blockchain e dos novos módulos do Sistema de Registo e Gestão de Funcionários Públicos (SIRGHAP). @Radio Voz Do Povo
O primeiro-ministro explicou que, o Blockchain é como base de dados que funciona de forma mais seguro, no qual os dados são destribuídos em várias plataformas de modo à reforçar a segurança e de ter uma alerta a qualquer situação anormal.

“A nossa massa salarial é mais de 80 por cento das receitas fiscais que nós arrecadamos, isso significa que, arrecadamos as receitas simplesmente para pagar salário e isso é insustentável. Devemos estar em condições de promover algo que possa desenvolver o país. Assim sendo só o controle é que nos ajudará a mudar essa situação”, disse o Chefe do Governo.

Aproveitou a ocasião para agradecer a equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) por ajudar na concretização da implementação do Sistema de Blokchain no país. Tendo contado que, a Guiné-Bissau será um dos primeiros países da África Ocidental à implementar o Sistema de Blockchain (nova tecnologia).

Rui Duarte de Barros garantiu que, o Sistema Blockchain é totalmente seguro e permitirá o controle de qualquer ataque ao dados públicos.

Por sua vez, o ministro das Finanças Ilídio Vieira Té disse que o Sistema  Blockchain vai transformar a Administração Pública em termos de controle dos Recursos Humanos e da massa salarial.

“A massa salarial em particular, representa uma parte significativa nos nossos orçamentos anuais, por isso, é a nossa responsabilidade garantir que este recurso seja gerido de forma eficiente, justa e da melhor maneira possível”, disse Vieira Té.

Ilídio considerou a implementação do Sistema Blockchain de um desafio para Administração Pública em geral. Tendo manifestado que, é um orgulho apresentar a mencionada solução digital na base de um controle detalhado e preciso em termos dos recursos humanos e da massa salarial da Guiné-Bissau.

Garantiu que, até final de Junho do corrente ano, serão concluídas as ações necessárias para alargar o Sistema de Blockchain à todos os Ministérios. Tendo informado que, todo isso será possível graças ao Ministério das Finanças em colaboração com o Ministério de Administração Pública através da Secretaria de Estado da Reforma Administrativa.

O ministro das Finanças contou que, comprometeram em atualizar as orgânicas dos Ministérios e das Secretarias de Estado, regulamentar composição dos Gabinetes de Órgãos de Soberania, criar um diploma que define quadro orgânico e quadro pessoal dos Ministérios e das Secretarias de Estado com o objetivo de facilitar a transparência na Administração Pública.

“Com um controlo mais rigoroso podemos identificar e eliminar o desperdícios, garantir que o dinheiro dos contribuintes seja utilizado de forma mais racional e transparente”, garantiu aquele governante.

Vieira Té disse ainda que, o Sistema Blockchain é um passo importante na Administração Pública moderna, eficiente e transparente e que assim sendo,  convida à todos que procurem descobrir as vantagens do mesmo  sistema para o progresso da Guiné-Bissau.

O Princípio da Solução Blockchain é de connetar todos os pontos para criar o único registo da verdade de massa salarial, proteger os sistemas de integridade dos dados entre tantos.

O Projeto de implementação do Sistema de Blockchain se encontra atualmente  na sua fase efetiva em todos os servíços da Administração Pública de Guiné-Bissau.

ANG/AALS/ÂC

São Tomé e Príncipe sem dinheiro para bens necessários e dívida elevada

© Lusa
Por Lusa  29/05/24 

São Tomé e Príncipe tem a dívida "a um nível muitíssimo elevado" e não tem financiamento para importar bens necessários, alertou hoje uma missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), após um encontro com o Presidente são-tomense.

"Naturalmente que o centro das nossas discussões e debates têm a ver com a necessidade de fechar o fosso de financiamento que existe no país. Neste momento, não há financiamento para importar os bens necessários para São Tomé e Príncipe e, por outro lado, a dívida está a um nível muitíssimo elevado", disse o chefe da missão, Slavi Slavov.

A missão do FMI está em São Tomé há cerca de uma semana, e já se reuniu com o ministro das Finanças, Ginésio da Mata, com o governador do Banco Central, Américo Ramos, e hoje com o Presidente da República, Carlos Vila Nova.

A missão enquadra-se no âmbito das negociações com o Governo são-tomense, em curso há mais de um ano, tendo em vista a assinatura do novo acordo de facilidade de crédito alargado.

Numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, Slavi Slavov referiu como positiva a estabilidade energética assegurada desde dezembro do ano passado por uma empresa de investimento turco à qual o Governo atribuiu a gestão de uma central térmica da cidade de São Tomé.

"Um aspeto extremamente positivo e que nos apraz constatar é o desenvolvimento a nível do setor da energia devido a um projeto estrangeiro. Relativamente a isto precisamos de saber mais alguns detalhes", apontou o chefe da missão do FMI.

O contrato com a empresa turca que assegura o fornecimento de 10 megawatts de energia não foi divulgado e a empresa assumiu a gestão da central térmica de Água Grande antes de o contrato ser submetido ao visto do Tribunal de Contas, situação que mereceu criticas por parte do MLSTP-PSD, o maior partido da oposição são-tomense.

Slavi Slavov disse que a missão vai estar em São Tomé por mais uma semana e assegurou que terão "mais factos a partilhar" no final.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

A polícia da Guiné-Bissau dispersou hoje um grupo de pessoas à porta do tribunal que aguardavam pela audiência de julgamento de oito ativistas que se posicionaram contra o regime.

© Lusa
Por Lusa 24/05/24 

Polícia guineense dispersa grupo que manifestava apoio a ativistas detidos
A polícia da Guiné-Bissau dispersou hoje um grupo de pessoas à porta do tribunal que aguardavam pela audiência de julgamento de oito ativistas que se posicionaram contra o regime.


O tribunal regional de Bissau deveria analisar, na quinta feira, um pedido de 'habeas corpus' interposto pelos advogados de oito cidadãos detidos há cerca de uma semana.

Os detidos são membros da Frente Popular, plataforma que junta associações juvenis, grupo de mulheres e sindicatos.

A audiência de quinta-feira foi protelada para as 12:00 de hoje (13:00 em Lisboa) e o grupo de ativistas juntou-se à porta do tribunal, em solidariedade.

Por volta das 13:00 um contingente da Polícia de Ordem Pública chegou ao local, dando ordens de dispersão aos ativistas e jornalistas.

O grupo ainda esboçou protestos, mas rapidamente acabou por abandonar a porta do tribunal, retirando os dísticos que aí tinham colocado em sinal de solidariedade aos detidos.

Os ativistas foram para a Casa dos Direitos e neste momento o contingente da polícia encontra-se nas imediações do edifício.

Um membro da equipa de advogados que vai defender os detidos da Frente Popular disse à Lusa que vão continuar no tribunal à espera "para ver se os trazem ou não".

A zona da baixa de Bissau, onde se encontra o tribunal regional de Bissau, regista a presença de muitos agentes e viaturas da polícia.

Reação dos advogados, sobre audição do Armando Lona coordenador de Frente Popular, que devia ser ouvido hoje no Tribunal Regional de Bissau, pelo juiz de investigação Criminal... Radio TV Bantaba

Leia Também: FMI alerta para dívida e vulnerabilidade da banca na Guiné-Bissau   


sexta-feira, 17 de maio de 2024

ONU saúda decisão do FMI que desbloqueia 80 mil milhões para países pobres

© Getty Images
Por Lusa  17/05/24
 
O secretário-geral das Nações Unidas elogiou hoje a decisão do FMI de permitir a alocação, pelos Estados membros, dos Direitos Especiais de Saque, afirmando que pode desbloquear 80 mil milhões de dólares em ajuda ao desenvolvimento.

"Esta é uma etapa importante e inovadora para a expansão do financiamento para o desenvolvimento sustentável", comentou António Guterres, citado num comunicado de imprensa hoje divulgado pela ONU sobre a decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de permitir a utilização deste capital, conhecido pela sigla inglesa SDR.

Em causa está a possibilidade de os bancos vocacionados para financiar o desenvolvimento poderem receber dos Estados membros do FMI as verbas que não estão a ser usadas desde a alocação de 650 mil milhões de dólares, cerca de 597 mil milhões de euros, feita no seguimento da pandemia da covid-19, que poderão agora transformar-se em até 80 mil milhões de dólares, ou 73,5 mil milhões de euros, segundo a ONU.

Estas verbas, que resultam de uma alocação de 'novo capital' do FMI que foi distribuído pelos países membros do fundo consoante a sua quota, acabaram por beneficiar os países mais ricos, já que têm uma quota maior no Fundo.

O que a administração do FMI agora decidiu é que, do ponto de vista contabilístico, essas verbas possam ser canalizadas para bancos de desenvolvimento ou outros detentores prescritos de SDR e, ao mesmo tempo, manterem-se contabilizadas nas contas desses países.

"Este tipo de capital é um recurso financeiro com maturidade perpétua que possui características tanto de capital, como de dívida", explica-se no comunicado da ONU, que dá conta que a iniciativa do FMI "pode desbloquear imediatamente até 80 mil milhões de dólares em recursos extremamente necessários para os países em desenvolvimento, incluindo ajuda para enfrentar a crise climática".

No comunicado, Guterres apela aos países que não estão a usar esses SDR para os redirecionarem para bancos multilaterais de desenvolvimento, que os vão comprar e depois alavancar no mercado financeiro para aumentar os empréstimos concessionais aos Estados mais pobres.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Funcionários do FMI em greve

IMF and World Bank’s 2024 annual Spring Meetings in Washington
Por  Voaportugues.com  01/05/2024

Os funcionários do FMI estão hoje, 1 de Maio, em greve. Na base da paralisação estão as actualizações dos salários. Trabalhadores acusam a liderança do FMI de ceder a pressões políticas.

WASHINGTON — Parece um dia normal nas instalações do Fundo Monetário Internacional, FMI, em Washington DC, mas, pela primeira vez em 40 anos, os trabalhadores do Fundo Monetário Internacional, FMI, estão em greve. Os funcionários dizem que os salários não estão ajustados às tabelas do mercado financeiro e acusam a administração de ceder a pressões políticas, nomeadamente dos Estados Unidos.

A Voz da América (VOA) foi informada da paralisação por alguns funcionários do FMI que, anonimamente, por medo de represálias, indicaram que a greve mão foi comunicada aos meios de comunicação, devido a receios internos. O Comité da Associação de Trabalhadores do Fundo Monetário Internacional decidiu avançar com a greve depois da reunião do Conselho Executivo do Fundo onde foi aprovada a actualização salarial.

De acordo com uma das funcionárias entrevistada pela VOA, “os ajustamentos salariais médios são agora consistentemente inferiores aos de empregos comparáveis no mercado dos EUA”. “Estou hoje em greve para protestar contra o desrespeito e a manipulação das remunerações, estabelecendo regras pelo conselho executivo e pela direcção do FMI nos últimos anos como forma de ceder a pressões políticas”, revela a funcionária do fundo.

Os funcionários dizem que a pressão de manter os salários abaixo das tabelas do mercado financeiro é feita, sobretudo, pelos Estados Unidos, o maior contribuinte cumulativo para o FMI.

A trabalhadora, que não quis revelar o nome, diz que os funcionários do Fundo estão “sobrecarregados de trabalho”, e que a administração “sente que pode fazer o que quiser, sem consequências de perder pessoal”, já que muitos dos trabalhadores encontram-se nos Estados Unidos “com vistos que não permitem que as pessoas procurem emprego noutro lugar e mantenham as suas famílias aqui”.

“Trata-se, portanto, de uma força de trabalho cativa, e a maior farsa é o facto de recomendarmos sistematicamente aos nossos Estados-Membros que sigam regras institucionais claras nos seus próprios países, enquanto a nossa administração opta por ignorar as nossas”, afirma a funcionária do FMI.

O FMI disse não ser possível adiantar o número de trabalhadores em greve.

Numa nota enviada à Voz da América, um porta-voz do FMI diz respeitar o direito dos trabalhadores, acrescentando que num recente inquérito, “90% dos funcionários indicaram que se sentem orgulhosos por estarem associados ao Fundo e cerca de 80% recomendariam o Fundo como um bom local para trabalhar”.

“Como sempre, o FMI continua empenhado em apoiar os direitos dos seus funcionários e continua a colaborar de forma construtiva com eles para garantir que as suas vozes sejam ouvidas”, afirma o porta-voz do FMI no comunicado.

A VOA tentou contactar o Comité da Associação de Trabalhadores do FMI, mas até ao momento não obteve resposta.

A última greve de trabalhadores do Fundo Monetário Internacional ocorreu a 23 de Maio de 1986, em protesto contra a decisão dos seus accionistas do governo de congelar os salários.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Governo de iniciativa presidencial. “FINANÇAS PÚBLICA NÃO REÚNE CONDIÇÕES PARA CONTINUAR A SUBVENCIONAR O ARROZ”

Por  Radiosolmansi.net

O governo da Iniciativa Presidencial justifica que colocaram fim a subvenção do arroz, porque põe em causa o Programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O justificativo do executivo foi tornado público pelo Secretário de Estado do Tesouro esta terça-feira, numa conferência de imprensa realizada no Palácio do Governo na qual tomaram parte, os titulares das pastas do Comércio, dos Transportes e da Comunicação Social.

O Secretário de Estado do Tesouro, Mamadu Baldé, disse que as Finanças Públicas não reúnem condições para continuar a subvencionar o arroz, porque não tem sustentabilidade orçamental.

“O verdadeiro problema é que as finanças Públicas da Guiné-Bissau não têm condições e não tem sustentabilidade orçamental para continuar a enveredar na via de subvenção do arroz porque primeiro, põe em causa o programa com fundo em que corremos os riscos de não ter apoios orçamentais”, justificou Mamadu Balde.

Questionado sobre o aumento salarial para colmatar as despesas dos funcionários públicos, dada ao aumento dos preços do arroz, Mamadu Baldé, disse que o governo não está em condição de proceder aumento salarial neste momento.

“Quase 90% das receitas fiscais são destinados ao pagamento do salário por isso, nem se fosse aumentar a cada funcionário públicos mil franco CFA, terá um impato negativo na massa salarial, outro sim o executivo tem um déficit estrutural negativo ao longo dos anos e que as receitas arrecadas pelo tesouro não cobrem as despesas”, acrescentou o Secretário de Estado Tesouro.

Por seu turno, o ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital, José Carlos Esteves defendeu a produção local para fazer face às demandas da falta de arroz no mercado.

“Qualquer subvenção feita ao produto, não pode dar certo é por isso que o FMI tem vindo a rejeitar as subvenções desta natureza. Neste caso, é fundamental a produção local para fazer fase aos desafios do mercado”, afirma José Carlos Esteves.

Perante o aumento dos preços do arroz, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), liderado por Júlio Mendonça, reage com tristeza e culpabiliza o Presidente da República pelo aumento dos preços deste cereal no mercado.


Por: Marcelino Iambi

terça-feira, 23 de abril de 2024

Guiné-Bissau: "O novo preço do arroz não é normal"

Foto: DW/B. Darame 
Iancuba Dansó (Bissau) DW

Insatisfação cresce após subida do preço do arroz na Guiné-Bissau. Governo explicou hoje porque o fez, mas sociedade civil alerta para a iminência de fome.

Após ter suspendido, na véspera, o pagamento da subvenção para a importação do arroz, o Governo guineense decidiu, na sexta-feira passada (19.04), aumentar o preço do produto de maior consumo na Guiné-Bissau.

O novo preçário está a ser alvo de forte contestação por várias franjas da sociedade: "Não há dinheiro, o salário que temos é péssimo e o aumento do preço de arroz está-nos a prejudicar muito", comentou um cidadão ouvido pela DW África em Bissau.

"O novo preço de arroz não é normal, porque a Guiné-Bissau é um dos países mais pobres [do mundo] e isto não é normal. Nós consumidores finais não podemos comprar o arroz a este preço", afirmou outro cidadão nas ruas da capital guineense.

A produção nacional de arroz não consegue responder à procura na Guiné-Bissau  Foto: DW/B. Darame

Anteriormente, um saco de 50kg de arroz 100% partido, conhecido na Guiné-Bissau por "Nhelen", custava pouco mais de 26 euros; passa agora a ser comprado por cerca de 33 euros. O arroz 5% partido, conhecido por "arroz grosso", que custava pouco mais de 34 euros, é vendido agora por mais de 36 euros. 

A justificação do Governo

A subvenção estatal à importação do arroz contribuía para que o cereal fosse mais barato para o consumidor final. Mas o Executivo decidiu suspender a sua contribuição.

Esta terça-feira, o ministro do Comércio, Orlando Mendes Viegas, explicou, em conferência de imprensa, que o custo da subvenção era insuportável e que o Governo tem de cumprir os compromissos assumidos com os parceiros internacionais, nomeadamente o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mendes Viegas sublinhou que, nos últimos anos, o país terá gastado mais de quatro mil milhões de francos CFA (mais de seis milhões de euros) com a subvenção à importação do arroz.

O governante desdramatizou, no entanto, o aumento do preço do produto no mercado e fez uma comparação com os países vizinhos da Guiné-Bissau: "O nosso preço de arroz é igual ao do Senegal e ainda mais barato do que o preço da Guiné-Conacri". 


Alerta para situação de fome

Isabel Almeida, coordenadora da organização das mulheres guineenses MIGUILAN, alerta para uma situação de emergência na Guiné-Bissau.

"Na ausência de programas e políticas públicas que visem e salvaguardem as necessidades e os problemas prementes das populações, podemos falar até de emergência em termos da segurança alimentar e de sobrevivência", afirmou.

Segundo Isabel Almeida, a situação torna-se ainda mais difícil para a população face a um governo de iniciativa presidencial "sem legitimidade" e carente de ferramentas para enfrentar os desafios e propor soluções para os problemas sociais.

Dados recentes da Direção-Geral das Alfândegas indicam que a Guiné-Bissau importa, anualmente, entre 130 mil e 140 mil toneladas de arroz para o consumo da população.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Canibalismo? Papua-Nova Guiné responde a Biden: "País não merece"

© DAVID GRAY/AFP via Getty Images
Por Notícias ao Minuto  22/04/24 

 O primeiro-ministro do país exortou Biden a fazer com que a "Casa Branca procure limpar restos mortais da Segunda Guerra Mundial para que a verdade sobre militares desaparecidos".

O primeiro-ministro da Papua-Nova Guiné, James Marape, respondeu aos comentários do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que sugeriu que o seu tio foi comido por canibais naquele país da Oceânia durante a Segunda Guerra Mundial.

Em comunicado, citado pela agência de notícias Reuters, o governante afirmou que Biden "pareceu insinuar que o seu tio foi comido por canibais após o seu avião ter sido abatido sobre o Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial".

"Os comentários do presidente Biden podem ter sido um lapso de linguagem. No entanto, o meu país não merece ser rotulado como tal", acrescentou Marape na nota divulgada na noite de domingo.

Neste sentido, o responsável exortou Biden a fazer com que a "Casa Branca procure limpar restos mortais da Segunda Guerra Mundial para que a verdade sobre militares desaparecidos", como o tio do presidente norte-americano, Ambrose Finnegan, "possa ser esclarecida".

Sublinhe-se que, na semana passada, durante um evento em Pittsburgh, Pensilvânia, Biden falou sobre o seu tio, o segundo-tenente Ambrose J. Finnegan Jr., com o objetivo de estabelecer um contraste com os relatos que Donald Trump, enquanto presidente, fez quando classificou os militares caídos em combate como otários e perdedores.

Finnegan, irmão da mãe de Biden, "foi abatido na Nova Guiné", frisou Biden. O chefe de Estado disse que o corpo de Finnegan nunca foi recuperado e que "havia muitos canibais" na região.


Leia Também: O economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) que coordenou o relatório sobre África subsaariana considerou hoje à Lusa que Cabo Verde registou um "forte crescimento de 5,1%" em 2023, refletindo um forte desempenho do setor turístico.  

 

Leia Também: Segunda fase da greve geral em Angola com "paralisação total"  

terça-feira, 16 de abril de 2024

Guiné-Bissau vive penúria de arroz... O arroz, base da dieta alimentar, está em falta no mercado guineense. A população pede ajuda ao Governo e este, por sua vez, diz que vai encontrar uma solução em breve.

Arroz © RFI/Aurore Lartigue

Por: Mussá Baldé   RFI  16/04/2024 

A escassez do arroz é relatada pela população e confirmada pelos comerciantes.

Pelo menos nas regiões de Oio, no Norte, Bafatá, no Leste, Quinara, no Sul, e no arquipélago dos Bijagós, há relatos, nas últimas duas semanas, de que falta arroz.

Há zonas no sul, por exemplo, onde os comerciantes que ainda detém alguma quantidade de arroz já não o vendem por sacos, mas sim por quilogramas.

O Governo, através do director-geral do Comércio Externo, Lassana Faty, admitiu a escassez do arroz nalgumas zonas do país, salientando que o problema não se coloca a Bissau onde ainda há o produto embora em poucas quantidades.

Lassana Faty prometeu que ainda no decurso desta semana, alguns comerciantes de Bissau vão distribuir arroz para as zonas mais críticas do interior.

Contudo o director geral do Comércio Externo observa que o preço do arroz vai ter de ser aumentado porque o Fundo Monetário Internacional está a apertar com o Governo no sentido de parar com as subvenções feitas à importação do arroz.

Desde Agosto passado, e durante o Governo da coligação PAI Terra Ranka, que o preço do arroz é subvencionado pelo Estado para permitir que seja vendido a baixo custo no mercado à população.

O FMI entende que o Estado já perdeu mais de quatro mil milhões de francos CFA com estas subvenções, uma situação que deve acabar.

Ouça a Crónica de Mussá Baldé, o nosso correspondente.👇


quinta-feira, 21 de março de 2024

SÃO TOMÉ: O primeiro-ministro são-tomense advertiu hoje os professores que "três semanas é demasiado" e pediu o fim da greve que paralisa as escolas do arquipélago, deixando cerca de 80 mil crianças sem aulas.

© Lusa

POR LUSA    21/03/24 

 Professores em greve em São Tomé. "Três semanas já é tempo demasiado"

O primeiro-ministro são-tomense advertiu hoje os professores que "três semanas é demasiado" e pediu o fim da greve que paralisa as escolas do arquipélago, deixando cerca de 80 mil crianças sem aulas.

"A greve é um direito, mas é preciso saber acabar as greves e três semanas já é tempo demasiado, e nós temos que acabar com a greve", disse Patrice Trovoada.

"Nós estamos abertos, nós estamos a sofrer por ver os pais e os miúdos nessa situação, mas eles são são-tomenses também, conhecem a realidade do país. Vamos acabar essa greve", referiu ainda o primeiro-ministro são-tomense.

A greve geral dos professores teve início nas primeiras horas do dia 01 de março e paralisou todas as escolas do arquipélago, do ensino pré-escolar ao secundário, para exigir o aumento do salário base de 2.500 para 10 mil dobras, cerca de 100 para 400 euros, sendo este o único ponto ainda sem acordo, segundo o primeiro-ministro.

"A questão do salário de base de 10 mil dobras, não é possível", insistiu o primeiro-ministro, referindo que o salário base do primeiro-ministro é 9.700 dobras e cerca de 7 mil dobras para os ministros.

No entanto, Patrice Trovoada assegurou que os subsídios de natal e de férias que serão pagos a partir deste ano permitirão um aumento de rendimento dos professores do pré-escolar, primeiro ciclo do básico e ensino secundário,  entre 15,9% a quase 40%, sem incluir a regularização das carreiras, numa altura em que a inflação se situa em 16%.

"Ao nível dos rendimentos estamos a fazer um esforço que toda a gente tem que reconhecer e não passar imagem para os pais que o Governo não está a fazer nada", apelou Patrice Trovoada.

Por outro lado, assegurou que está em curso o processo de reforma da administração pública que implicará também a revisão da grelha salarial da função pública e alertou que não pode aumentar a massa salarial para garantir a possibilidade, mais tarde, de assinar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Nós não podemos mexer muito nas contas, o Orçamento está fechado", precisou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro exigiu melhor desempenho dos gestores e funcionários das empresas públicas que "não entregam dinheiro ao cofre do Estado", mas "têm salário muito mais superior que toda a gente, incluindo o Presidente da República, e o primeiro-ministro".

"Temos que falar claro: aqui não é nenhuma vaca que toda a gente vem espremer para tirar o leite. A vaca já não tem leite", advertiu o chefe do Governo são-tomense.

O primeiro-ministro reagiu também às declarações do secretário-geral da Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe (ONT-STP), João Tavares, que pediu a intervenção do Presidente da República, Carlos Vila Nova, para por fim à greve na maior empresa privada do país, a Agripalma, que dura há mais de um mês, acusando o Governo de não agir.

Patrice Trovoada reafirmou que o Governo não pode intervir neste processo, mas já reconheceu as reivindicações dos trabalhadores e apelou à direção da empresa para flexibilizar as suas posições.

"Eu até saí do lugar de mediador [...], eu disse que a Agripalma deveria fazer mais [pelos trabalhadores]", disse Patrice Trovoada.

O primeiro-ministro são-tomense falava após o lançamento da primeira pedra para a reabilitação de escolas no distrito de Lobata.


quarta-feira, 20 de março de 2024

ANGOLA: Funcionários públicos angolanos iniciam hoje greve geral

© Lusa

POR LUSA    20/03/24  

Os funcionários públicos angolanos iniciam hoje a primeira fase da greve geral convocada pelas três centrais sindicais, que terá a duração de três dias, reivindicando aumentos salariais e redução dos impostos.

As três centrais sindicais angolanas aprovaram, por unanimidade, uma greve geral interpolada com início a 20 de março e que vai decorrer em três fases, com um primeiro período de três dias entre 20 e 22 de março, outro de sete dias entre 22 e 30 de abril e outros 11 dias entre 03 a 14 de junho de 2024.

Após auscultação aos trabalhadores, a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Força Sindical - Central Sindical (FS-CS) concluíram que o Governo não respondeu de forma satisfatória ao seu caderno reivindicativo - aumento do salário mínimo, subida dos salários da função pública,  atualização de subsídios e desagravamento dos impostos - e decidiram, em assembleia geral, avançar para uma paralisação total.

As centrais sindicais começaram por exigir o aumento do salário mínimo dos atuais 32.000 kwanzas (35 euros), para 245.000 kwanzas (268 euros), proposta "flexibilizada", entretanto, para 100.000 kwanzas (109 euros), redução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho para 15% e um representante no conselho de administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) angolano, "exigências" que dizem terem sido recusadas pelas autoridades em seis rondas negociais.

As centrais sindicais exigem, também, o reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento, e a redução do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) em 10 por cento.

O executivo angolano decidiu propor um salário mínimo em função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas (52 euros) para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas (76 euros) para médias empresas e 96.000 kwanzas (104 euros) para as grandes empresas, o que foi recusado pelos sindicatos.

Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão cumpridos e mostram-se disponíveis para continuar com as negociações.

O MPLA, partido no poder desde 1975, manifestou-se solidário com os trabalhadores, mas contesta a aplicação de uma tabela salarial que coloque problemas à solvabilidade do Estado e às famílias, alertando para o aumento do desemprego.

O partido que suporta o executivo angolano defende o aumento salarial fracionado no quinquénio do atual mandato com aumentos de 25% ao ano.


Leia Também: Diversificação económica "não acontece de um dia para o outro", diz FMI

terça-feira, 12 de março de 2024

FMI reconhece "desempenho mais fraco do programa" em curso na Guiné-Bissau, mas desembolsa mais financiamento

Sede do Fundo Monetário Internacional, Washington (Foto de Arquivo)

VOA Português  12/03/2024

Missão que visitou o país recomendou o desembolso de uma nova tranche de financiamento, num total de milhões de dólares em maio.

WASHINGTON — O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu um desempenho mais fraco do Programa de Financiamento Ampliado em curso na Guiné-Bissau, há um ano, no entanto aprovou a nível técnico a quarta e a quinta revisões do mesmo e recomendou o desembolso de 8,2 milhões de dólares em maio, ainda sujeito à aprovação do Conselho de Administração do FMI.

Em nota divulgada no seu site nesta terça-feira, 12, a missão do órgão que esteve em Bissau de 28 de fevereiro a ontem, diz que "o desempenho do programa foi mais fraco do que o esperado, refletindo um ambiente económico e sociopolítico difícil".

"A agenda de reformas estruturais está a progredir, embora com alguns atrasos", afirma a nota que, no entanto, assegura que "o Governo está firmemente empenhado em implementar as políticas subjacentes ao programa apoiado pelo FMI".

A instituição financeira com sede em Washington reconhece que "os desafios temos pela frente são significativos e o apoio contínuo dos parceiros internacionais é crucial".

Entre outras conclusões da equipa dirigida por Jose Gijón estão "melhorar a mobilização de recursos internos e fortalecer os controlos da despesa serão fundamentais para apoiar a consolidação orçamental e colocar a dívida pública numa firme trajetória descendente".

Gijón, segundo a nota, recomenda que "as autoridades da Guiné-Bissau devem fazer esforços para mitigar os riscos orçamentais que surgem das empresas públicas, melhorar a gestão financeira e da dívida, e melhorar a governação".

O Programa de Financiamento Ampliado, que decorre desde 30 de janeiro de 2023, disponibiliza à Guiné Bissau cerca de 47 milhões de dólares para o ajustamento da sua economia.

quinta-feira, 7 de março de 2024

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE MISSÃO DO FMI

 Presidência da República da Guiné-Bissau / @Radio Voz Do Povo

O Chefe de Estado recebeu, hoje, uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), liderada por Jose Gijon, que se encontra no país para a avaliação ao programa de Facilidade de Crédito Alargado para a Guiné-Bissau, aprovado no final de Janeiro, 2023, no valor de 35,3 milhões de euros, que será executado nos próximos três anos.  

O programa do FMI relativo a Guiné-Bissau visa apoiar as reformas desenhadas pelo país, com o objetivo de estabilizar a economia, melhorar a competitividade e fortalecer a governação. A missão tem como objectivo avaliar como as metas e critérios exigidos no âmbito do Programa Alargado de Crédito estão a ser atingidos.

Até finais do Maio, a Guiné-Bissau pode beneficiar de 6 biliões de CFA para o apoio orçamental no quadro Programa de Assistência financeira do FMI. O Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo recebeu hoje (06.03) a missão do Fundo que se encontra no país para avaliar o Programa.  @Radio Voz Do Povo


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Inteligência artificial vai afetar 40% dos empregos em todo o mundo

Inteligência Artificial (Getty Images)

Cnnportugal.iol.pt, 15/01/2024

Dados provêm de um relatório divulgado pelo FMI antes das reuniões do Fórum Económico Mundial em Davos

O desenvolvimento da inteligência artificial (IA) terá consequências para 40% dos empregos em todo o mundo, sobretudo nas economias avançadas, sublinhou domingo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"No mundo, 40% dos empregos serão afetados. E mais será o caso quanto mais qualificado for o emprego. Portanto, para as economias avançadas e alguns países emergentes, 60% dos empregos serão afetados", declarou Kristalina Georgieva.

Em entrevista à agência de notícias France-Presse (AFP), a dirigente esclareceu que os impactos mencionados não são necessariamente negativos, pois também podem resultar num “aumento dos rendimentos”.

Os dados provêm de um relatório divulgado pelo FMI antes das reuniões do Fórum Económico Mundial em Davos, que começam esta segunda-feira na estância alpina suíça.

O documento alerta que a IA poderá agravar as desigualdades salariais, prejudicando sobretudo a classe média, enquanto os trabalhadores com rendimentos já elevados poderão ver os seus salários “aumentarem mais do que a proporção” dos ganhos de produtividade com esta tecnologia.

"É certo que haverá um impacto” disse Georgieva, notando que a IA pode acabar com alguns empregos e melhorar outros. A dirigente defendeu que a prioridade deve ser ajudar os trabalhadores afetados e “partilhar os ganhos de produtividade”.

De acordo com o relatório, Singapura, os Estados Unidos e o Canadá são os países que estão melhor preparados até agora para a integração da IA.

“Devemos concentrar-nos nos países de rendimento mais baixo", sublinhou a diretora-geral do FMI, que demonstrou receio com o risco de abandono escolar nos Estados mais pobres.

"Devemos agir rapidamente, permitindo-lhes aproveitar as oportunidades oferecidas pela IA. A verdadeira questão será deixar de lado os receios ligados à IA para nos concentrarmos em como obter o melhor benefício para todos", insistiu Georgieva.

Especialmente porque, num contexto de abrandamento do ritmo de crescimento global, precisam-se "desesperadamente" elementos capazes de aumentar a produtividade, defendeu a dirigente

“A IA pode ser assustadora, mas também pode ser uma grande oportunidade para todos”, concluiu Georgieva.