quarta-feira, 6 de abril de 2022

UNTG DENUNCIA PLANO DE RECENSEAMENTO SELETIVO E PARTIDÁRIO NA FUNÇÃO PÚBLICA

 O DEMOCRATA  06/04/2022 

O vice-secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Yasser Turé, denunciou a existência de um plano de recenseamento seletivo e na base de militância partidária na função pública.

Yasser Turé fez essa denúncia em conferência realizada esta quarta-feira, 6 de abril de 2022, defendendo que o governo faça um trabalho com base na meritocracia e garantir que o país possa poupar oito biliões de francos CFA que mensalmente gasta para pagar trinta e seis mil trabalhadores fantasmas.

“Nunca o país conseguirá definir um plano ou implementar uma estratégia de desenvolvimento sem uma máquina apta para fazê-lo, ou seja, a seleção rigorosa de quadros à altura dos desafios de desenvolvimento”, disse, alertando que é necessidade o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional intervirem para acabar com injustiça social no país.

“Essas duas instituições financeiras internacionais têm que ter a coragem de questionar o governo para obter respostas das despesas injustificáveis com o dinheiro proveniente dos impostos e taxas do povo”, frisou, para de seguida afirmar que a  UNTG vai continuar a exigir que o princípio da legalidade seja respeitado, porque “perseguir líderes sindicais constitui uma das violações do direito sindical”.

O vice-secretário-geral de uma das maiores centrais sindicais do país frisou que a reforma que a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau tem reclamado há um ano deve obedecer a critérios de convergência da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA).

“A UNTG não fixou nenhum critério. Os critérios foram fixados pela organização a qual a Guiné-Bissau aderiu, quer dizer que atualmente nenhum país membro pode ter sete funcionários por mil habitantes”, salientou. 

Yasser Turé afirmou que a UNTG  não está interessada em provocar nova crise, mas sublinhou que se for empurrada, será obrigada a paralisar novamente a função pública.

O sindicalista acusou o governo de falta de capacidade para travar a subida de preços dos produtos de primeira necessidade e de ter aprovado um Orçamento Geral de Estado para o ano económico 2022 “hostil”. 

“Atualmente estamos acima de vinte trabalhadores por mil habitantes. Se o governo quer contornar a situação da massa salarial que está acima de trinta e cinco por cento das nossas receitas, tem que limitar o déficit público e baixar a massa salarial, bem como respeitar o critério de número de funcionários públicos definido em conjunto com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional”, notou.

“É óbvio que é nossa obrigação falar com as duas instituições financeiras internacionais para exigir que o governo respeite  os critérios, porque o dinheiro que dão emprestado ao executivo é gasto em nome dos trabalhadores “, disse.

Yasser denunciou que o processo de diligências para o pagamento dos técnicos de saúde anunciado pelo Ministro da Saúde Pública está a ser mal conduzido e de forma ” ilegal”.

Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S

ÚLTIMA HORA - PAIGC: Tribunal Regional de Bissau ideferiu o pedido de providência cautelar interposto por Oscar Barbosa (CANCAN), visando a suspensão do X Congresso do PAIGC.


Por ditaduraeconsenso.blogspot.com

Embaixador russo na ONU comete gafe e compromete narrativa da Rússia

Twitter

Notícias ao Minuto  06/04/22 

Vassily Nebenzia cometeu uma gafe numa conferência de imprensa que o próprio convocou na sede da ONU.

O embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily Nebenzia, cometeu uma gafe comprometedora numa conferência de imprensa que o próprio convocou, na sede da ONU, sobre as acusações de crimes cometidos contra civis na cidade ucraniana de Bucha. 

Num vídeo, é possível ouvir-se o responsável a afirmar que “os cadáveres em Bucha não existiam antes das tropas russas chegarem”. Depois corrige: “saírem, desculpem, antes de elas saírem”.

Na mesma conferência de imprensa, Nebenzia defendeu que “nenhum residente de Bucha sofreu qualquer violência às mãos dos russos” e prometeu apresentar provas na reunião do Conselho de Segurança da ONU de que as agressões foram “encenadas” e são “uma falsa narrativa apresentada por Kyiv”.

Ontem, na reunião da ONU, não apresentou as provas prometidas e acusou apenas a Ucrânia de atacar os próprios civis. “Os neonazi mostram uma crueldade ímpar contra civis, que usam como escudos humanos”, afirmou.

Recorde-se que os primeiros relatos de crimes contra civis na cidade ucraniana de Bucha surgiram durante o fim de semana. Segundo as autoridades ucranianas, civis foram violados, torturados e mortos pelas tropas russas. Os ataques têm sido negados pelo Kremlin, que defende que as imagens divulgadas são “falsas”. 

Assinala-se esta quarta-feira o 42.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.195 civis morreram e 1.480 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A guerra já levou à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, 4,1 milhões das quais para países vizinhos.


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Empresa estatal de energia ucraniana tinha alegado que soldados russos estariam contaminados por terem cavado trincheiras.

Filmagens captadas por um drone e divulgadas nas redes sociais parecem mostrar trincheiras, que terão sido cavadas por soldados russos, na zona de exclusão de Chernobyl, na Ucrânia.

Sublinhe-se que quem visita a área é aconselhado a não tocar no solo devido ao perigo dos resíduos radioativos.  A semana passada, a imprensa internacional já tinha noticiado que os ucranianos alegavam que os soldados russos estavam a cavar trincheiras e a conduzir tanques no terreno sem qualquer proteção.

É de realçar que as forças russas chegaram a controlar Chernobyl no início da invasão, mas nos últimos dias acabaram por abandonar a área, que foi recuperada pela Ucrânia.

Na sexta-feira, o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) das Nações Unidas (ONU), Rafael Mariano Grossi, disse que os oficiais de Moscovo com quem falou não o informaram do porquê de terem abandonado Chernobyl, não confirmando os relatos da empresa estatal de energia ucraniana, Energoatom, que disse que os soldados russos estariam contaminados por terem cavado trincheiras...Ler Mais  

Guerra na Ucrânia: Banco dá 4 mil milhões de dólares contra impactos em África

Sede do Afreximbank, no Cairo

Dw.com  06.04.2022

Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) anuncia a aprovação de um programa de crédito no valor de 4 mil milhões de dólares para os países africanos lidarem com os impactos da guerra na Ucrânia.

"A crise entre a Rússia e a Ucrânia, que aumentou em 24 de fevereiro, teve um efeito significativo na economia global; dada a importância dos dois países como fontes de petróleo e gás, matérias-primas e cereais, a deflagração do conflito tem repercussões generalizadas à escala global, incluindo um impacto adverso nas economias africanas, especialmente aqueles que dependem fortemente de importações de cereais, fertilizantes e importações de combustível", argumenta o Afreximbank na apresentação, esta quarta-feira (06.04), da linha de crédito de 4 mil milhões de dólares, cerca de 3,6 mil milhões de euros.

Os países africanos, principalmente os do norte do continente, são alguns dos principais importadores de cereais quer da Rússia, quer da Ucrânia, o que, devido à predominância deste alimento na dieta de grande parte da população africana, origina um impacto ainda maior, com vários analistas a alertarem para a possibilidade de instabilidade social devido ao aumento dos preços e à dificuldade de garantir as importações.

"O programa de financiamento comercial para ajustamento de África à crise da Ucrânia (UKAFPA) tem como objetivos ajustar o custo do financiamento, para ajudar os países a cumprirem as necessidades imediatas de importações face ao aumento dos preços enquanto a procura interna se ajusta", lê-se no comunicado enviado à agência de notícias Lusa.

Mais apoios 

Além disso, o programa hoje anunciado pelo Afreximbank visa também o financiamento da recompra de petróleo e metais, uma estabilização das receitas de exportações de matérias-primas, o financiamento da quebra do turismo e lançou também um mecanismo de aceleração das receitas de exportação, através de um rápido acesso a moeda estrangeira para garantir o cumprimento dos projetos em curso.

"O UKAFPA é uma resposta aos pedidos urgentes dos Estados-membros para uma intervenção de emergência do banco, cujos pedidos de financiamento já excedem os 15 mil milhões de dólares [13,7 mil milhões de euros]", lê-se no comunicado, que dá conta que "há urgência na resposta a estes pedidos para evitar condições sociais catastróficas em todo o continente e reduzir o risco de evoluírem para desafios políticos".

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,7 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


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Por LUSA 06/04/22 

O antigo presidente do Burkina Faso Blaise Compaoré foi hoje condenado à revelia a prisão perpétua pelo seu envolvimento no assassinato do seu antecessor, Thomas Sankara, morto com 12 dos seus companheiros num golpe de Estado em 1987.

O tribunal militar de Ouagadougou também condenou a prisão perpétua o comandante da sua guarda Hyacinthe Kafando e o general Gilbert Diendéré, um dos líderes do exército durante o golpe de 1987.

O general Diendéré já está a cumprir uma pena de prisão de 20 anos pelo seu envolvimento numa tentativa de golpe em 2015, um ano após a queda de Blaise Compaoré, na sequência de uma revolta popular.

Blaise Compaoré, no exílio desde 2014 na Costa do Marfim, e Hyacinthe Kafando, em fuga desde 2016, não compareceram neste julgamento, que começou há seis meses.

Os três homens são condenados por "ataque à segurança do Estado". Blaise Compaoré e Gilbert Diendéré foram também considerados culpados de "cumplicidade no assassinato" e Hyacinthe Kafando, suspeito de ter liderado o comando que matou Thomas Sankara, de "assassinato".

Têm 15 dias para recorrer destas pesadas sentenças.

Os juízes foram além das exigências da acusação militar, que tinha pedido 30 anos de prisão contra Compaoré e Kafando e 20 anos contra Diendéré.

Oito outros arguidos foram condenados a penas entre três e 30 anos de prisão. Três arguidos foram absolvidos.

O veredicto foi saudado por aplausos na sala de audiências, segundo relatou a agência AFP.

Afastado do poder em 2014 após uma forte contestação nas ruas, Blaise Compaoré vive desde então na Costa do Marfim e é o grande ausente deste julgamento, tendo os seus advogados denunciado "um tribunal de exceção".

'Braço direito' de Sankara, Blaise Compaoré sempre negou ter sido o mandatário do massacre.

As circunstâncias da morte de Sankara foram mantidas em total segredo durante o período em que Blaise Compaoré esteve no poder e isso, só por si, faz aumentar as suspeitas sobre si.

Thomas Sankara, que chegou ao poder através de um golpe de Estado em 1983, foi morto com 12 dos seus companheiros por um comando durante uma reunião na sede do Conselho Nacional da Revolução (CNR) em Ouagadougou. Tinha 37 anos.

Deixou uma marca indelével em África, onde ficou conhecido com o "Che Guevara Africano", que queria "descolonizar as mentalidades" e perturbar a ordem mundial através da defesa dos pobres e oprimidos.

Logo no ano seguinte à sua chegada ao poder, Sankara mudou o nome do país, numa tentativa de enterrar com as insígnias da República do Alto Volta a herança do poder colonial francês. O país de Sankara passou a chamar-se República Democrática e Popular do Burkina Faso, que significa "país do povo honesto".

Sankara é uma referência ainda muito presente junto dos burquinabês - foi citado pelo novo homem forte do país, Sandaogo Damiba, no seu primeiro discurso ao país - mas mantém igualmente um lugar de destaque no panteão dos ícones pan-africanos.


Estudo revela suspeitas de que a China recolhe órgãos para transplante em prisioneiros vivos

SIC Notícias 6 Abril, 2022 

Em 71 dos relatórios médicos analisados pelos investigadores, o estado de morte cerebral do prisioneiro “não podia ser declarado”.

Existem suspeitas de que a China esteja a retirar órgãos a prisioneiros vivos, com o objetivo de utilizar em transplante. A denúncia é feita por um estudo, desenvolvido pela Universidade Nacional da Austrália e publicado no American Journal of Transplantation, onde foram analisados milhares de relatórios médicos.

A lei chinesa permite a recolha de órgãos de prisioneiros que foram executados para transplante. No entanto, este novo estudo afirma que os prisioneiros ainda estavam vivos quando foi realizada a cirurgia.

Os investigadores, Matthew Robertson e Jacob Lavee, analisaram os relatórios médicos para perceber se os prisioneiros estavam em morte cerebral quando foi realizado procedimento de remoção dos órgãos. Em 71 dos casos analisados, os relatórios chineses referiam que o estado de “morte cerebral não podia ser declarado”.

“Nestes casos, a remoção do coração durante a colheita de órgãos deve ter sido a causa da morte do dador”, afirma Matthew Robertson, citado pela Sky News – parceira da SIC. “Como estes dadores de órgãos só poderiam ter sido prisioneiros, a nossa descoberta sugere fortemente que os médicos na República Popular da China participaram na execução por remoção de órgãos.”

Os dois autores do estudo acreditam também que o número de vítimas mortais por remoção de órgãos pode ser muito maior do que as identificadas, afirmando que esta prática decorre há décadas. A China nega as acusações.

As cirurgias de remoção de órgãos são realizadas em prisioneiros condenados a pena de morte, mas também em presos de consciência – ou seja, pessoas que cumprem pena de prisão pelas suas crenças ou por terem estilos de vida não aceites no país.

EUA impõem sanções à Rússia contra financiamento ilícito e cibercrime

© Erin Scott/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto  06/04/22 

Os Estados Unidos sancionaram hoje a Hydra Market, "a maior plataforma global de vendas" na 'darknet' a operar em língua russa, e a casa de câmbio virtual Garantex, numa ação de combate ao financiamento ilícito e cibercrime.

Em comunicado, o Departamento de Estado assegurou que os EUA estão "comprometidos a tomar medidas contra aqueles que se envolvem em lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo e permitem que os seus sistemas sejam utilizados distorcidamente para fins ilícitos".

"O desrespeito arbitrário pelos regulamentos e leis, por pessoas que administram trocas de moeda virtual será investigado e, se apropriado, os responsáveis serão responsabilizados pelas suas ações", pode ler-se na nota de imprensa do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

As ações do Departamento de Tesouro norte-americano surgem após a justiça alemã ter divulgado hoje que desmantelou a Hydra Market, "a maior plataforma global de vendas" na sub-rede 'darknet' a operar em língua russa desde 2015, tendo ainda sido apreendidas bitcoins no valor de 23 milhões de euros.

A 'darknet' permite aceder a informação ou adquirir bens ou transacionar divisas de forma anónima, usando dados encriptados. Consiste em partes da internet que não são encontradas pelos motores de pesquisa populares ou pelos navegadores conhecidos. Caracteriza-se também pela sua invisibilidade e pela vocação ilegal ou criminal dos 'sites' que dela fazem parte, bem como dos utilizadores que lhe acedem.

Segundo o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, a Hydra Market fornece um mercado para serviços ilícitos, incluindo 'ransomware' (ataque informáticos com pedido de resgate) e serviços e 'software' de 'hackers', informações pessoais roubadas, moeda falsa, moeda virtual roubada e drogas ilícitas.

Já a Garantex é apontada pelo Tesouro norte-americano como uma casa de câmbio virtual que processou milhões de dólares em transações associadas a atores ilícitos, incluindo quase 6 milhões de dólares (cerca de 5,5 milhões de euros) do gangue russo de 'ransomware' Conti e mais de 2 milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros) da Hydra.

Os Estados Unidos salientaram que as sanções anunciadas hoje, coordenadas com os aliados e parceiros, permitem "interromper a infraestrutura e os agentes de 'ransomware'".

Antony Blinken instou ainda a "comunidade internacional a implementar efetivamente" os padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento de terrorismo contra agentes virtuais e particularmente contra provedores de serviços virtuais.


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O representante da China na ONU, Zhang Jun, disse numa reunião do Conselho de Segurança que as imagens do massacre de Bucha são "profundamente perturbadoras", mas acrescentou que "qualquer acusação deve ser baseada em fatos".

"As circunstâncias relevantes e as causas específicas devem ser verificadas e estabelecidas. (...) Até que todo o contexto fique claro, todas as partes devem agir com moderação e evitar acusações infundadas", disse, na terça-feira, o diplomata.

"As questões humanitárias não devem ser politizadas. As necessidades humanitárias da Ucrânia e países vizinhos são enormes", sublinhou, acrescentando que "a China apoia todas as iniciativas e medidas destinadas a aliviar a crise humanitária"...Ler Mais


Numa informação enviada à secretária-geral do Serviço de Informações de República Portuguesa, representante dos ucranianos avisa que "há agentes de influência russos infiltrados em Portugal" nas organizações que estão a dar apoio aos refugiados. Uma situação que garante estar a colocar em causa a segurança de quem foge da guerra e das famílias que ficaram na Ucrânia a lutar contra a Rússia

A Associação dos Ucranianos em Portugal garante que, no país, há neste momento infiltrados pró-Putin em Organizações Não Governamentais (ONG) que apoiam os ucranianos, e já alertou as secretas portuguesas.

Numa carta enviada no sábado, dia 2 de. abril, à secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Graça Mira Gomes, a que a CNN Portugal teve acesso, o presidente daquela associação explica que a situação “é muito grave e pode pôr em causa a segurança dos ucranianos refugiados de guerra que vão chegando a Portugal, dos familiares deles na Ucrânia e a segurança da Ucrânia em tempos de invasão russa”...Ler Mais

Ataque rebelde deixa onze soldados mortos e 19 feridos na Nigéria

© Lusa

Por LUSA 06/04/22 

O exército nigeriano avançou que pelo menos 11 soldados foram mortos e 19 ficaram feridos na terça-feira, num alegado ataque de rebeldes em Birnin Gwari, no estado de Kaduna.

"Os bandidos entraram em confronto com os soldados durante cerca de duas horas. Eles mataram 11 homens, 19 soldados ficaram feridos e três veículos foram queimados", disse um porta-voz militar ao jornal local 'Vanguard'.

O Exército indicou que os rebeldes atacaram uma base militar em Polewire, ao longo da autoestrada entre Kaduna e Birnin, na cidade de Birnin Gwari, segundo o jornal nigeriano 'Premium Times'.

O ataque, em que os assaltantes usaram lança-granadas e outras armas, ocorreu às 16:45 (15:45 em Lisboa). O Exército disse que reforços foram enviados de outra base, em Gwaska, por volta das 21:15 (20:15 em Lisboa).

Os ataques na Nigéria, anteriormente focados no nordeste do país -- onde operam o Boko Haram e o Estado Islâmico na África Ocidental -- espalharam-se nos últimos meses para outras áreas do norte e noroeste do país.

Desde há anos que numerosos sequestros ocorrem na autoestrada que liga Abuja e Kaduna, principal via com destino a Kano, segunda cidade do país e importante entreposto comercial no Sahel.

Face a esta insegurança crescente, numerosos viajantes preferem apanhar o comboio ou o avião, mais caros, mas considerados mais seguros.

Em 28 de março, pelo menos oito pessoas foram mortas e 168 raptadas, num ataque em que homens armados fizeram explodir uma bomba sobre a linha e abriram fogo contra o comboio que ligava a capital, Abuja, a Kaduna.

Rádios podem "calar" a partir nos próximos dias na Guiné-Bissau

 Locutora de rádio comunitária, Guiné Bissau

voaportugues.com

BISSAU — As rádios na Guiné-Bissau têm até esta quarta-feira, 6, para fazer o pagamento da licença de radiodifusão em dívida ou deverão fechar as portas, de acordo com a mais recente decisão do Governo.

Os responsáveis das rádios aceitam negociar e há quem sustenta que o Governo não tem competência para retirar as licenças.

O Executivo diz que concedeu licenças provisórias a 88 estações emissoras de cobertura local, regional e nacional, mas segundo o ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonças, a maioria não tem as licenças em dia.

Neste sentido, o Executivo decidiu, por incumprimento do prazo de renovação, cancelar as licenças de exercícios de actividades de radiodifusão no país.

Entretanto, o jurista Françoal Dias entende que as licenças só podem ser canceladas mediante uma decisão judicial.

“O que neste caso se tenta fazer não é cancelamento, mas sim uma revogação da licença que é um acto completamente diferente do cancelamento. Cancelamento só pode cancelar o Tribunal mediante uma acção judicial transitada em julgado em que o órgão de comunicação social tenha sido condenado por violação gritante de alguma norma”, explica Dias.

O director em exercício da Rádio Pidjiguiti, Tiano Badjana, manifesta sua disponibilidade de se sentar à mesa com o governo:

“Para discutir como garantir maior autonomia económica e financeira das rádios. Nós também achamos que deve ser a prioridade do Governo a questão da atribuição de carteira profissional, trabalhar para elevar a qualidade e produção de conteúdos que nós levamos até ao povo, assim como trabalhar com vista a elaboração da lei da concessão de alvará, porque o país já fez quase trinta e um anos, depois das leis da liberdade de imprensa e da rádio, sem ter a lei da concessão de alvará", defende Badjana.

Entretanto, para o jornalista e analista político Abdurame Djaló deve prevalecer bom senso e exorta as rádios visadas a regularizarem a sua situação.

“As rádios em falta devem cumprir com as suas obrigações, mas os diferentes governos também falharam porque uma licença provisória não pode perpetuar, há muito que o governo deveria atribuir licenças definitivas às estações emissoras”, sustenta Djaló.

Nesta terça-feira, 5, o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS) reuniu-se com as rádios visadas para analisar a situação, de modo a evitar que elas sejam silenciadas.

Com este processo, o Governo vai arrecadar cerca de 176 mil dólares.

Cada rádio é obrigada a pagar, anualmente, dois mil dólares americanos, um montante que a grande maioria das estações não têm, nomeadamente as rádios comunitárias.

terça-feira, 5 de abril de 2022

Notícias da Guiné Bissau : Atualidade Nacional 5-4-22 ...RTP Africa Reporter Africa.

@Radio Bantaba

ÚLTIMA HORA: Detido hoje em Espanha o guineense responsável pelas ameaças de morte à Ministra Suzi Barbosa e insultos ao Presidente da República. Júlio Gomes, vulgo Julinho, vai cumprir 1 pena de prisão de 18 meses, que poderá ser agravada pelo nível das ameaças à vida dos governantes guineenses.


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 Radio TV Bantaba

FMI inicia avaliação do programa de apoio à Guiné-Bissau

África 21 Digital com Lusa

O Fundo Monetário Internacional (FMI) inicia nesta terça-feira (5) a terceira e última avaliação no âmbito do programa de referência iniciado em julho de 2021 com o Governo da Guiné-Bissau, anunciou hoje o Ministério das Finanças guineense.

“Esta terceira missão do FMI se for satisfatória vai conduzir a Guiné-Bissau à Facilidade de Crédito Alargado, o que será essencial para assegurar um empréstimo ao abrigo de um novo programa financeiro, o que permite mobilizar fundos junto de outros parceiros”, refere o Ministério das Finanças, em comunicado.

A missão, que será chefiada por José Gijon, vai decorrer inicialmente de forma virtual e presencial a partir de 12 de abril.

O FMI vai realizar encontros com instituições nacionais, incluindo os ministérios das Finanças, Administração Pública e Economia e com o Tribunal de Contas e a direção do Banco Central dos Estados da África Ocidental.

A missão vai também reunir-se com o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú.

O FMI anunciou em fevereiro ter aprovado a segunda avaliação do programa de ajustamento económico da Guiné-Bissau, um passo fundamental para garantir um empréstimo ao abrigo de um novo programa financeiro.

As autoridades da Guiné-Bissau “fizeram progressos satisfatórios para estabelecer um histórico forte de implementação de políticas e reformas, um requisito fundamental para avançar na possibilidade de um acordo sobre uma Linha de Crédito Ampliada [Extended Credit Facility, ECF, no original em inglês] em 2022”, refere o FMI.

Para o Fundo, será importante manter “o bom desempenho na terceira e última revisão do SMP [‘Staff-Monitored Program’, no original em inglês], e que os parceiros internacionais da Guiné-Bissau garantam apoio suficiente nesta transição”.

O programa monitorizado pelo corpo técnico foi aprovado em 19 de julho de 2021 e a primeira revisão foi aprovada em outubro do ano passado, sendo um passo prévio para que a Guiné-Bissau possa beneficiar de apoio financeiro do FMI ao abrigo destes programas de ajustamento financeiro que vão desembolsando tranches do empréstimo à medida que os países cumprem o estipulado no acordo em termos de reformas e nova legislação para relançar a economia e corrigir os desequilíbrios.

O programa do FMI relativo à Guiné-Bissau “apoia o programa de reformas desenhado pelo país, com o objetivo de estabilizar a economia, melhorar a competitividade e fortalecer a governação”.

De acordo com o Fundo, os frutos estão já à vista: apesar da pandemia, o país cresceu 1,5% em 2020, mas deverá ter acelerado para 3,8% em 2021 devido ao aumento da exportação de caju, investimento público, levantamento gradual das restrições pandémicas e melhorias na confiança dos empresários.

“As autoridades fizeram um progresso satisfatório no programa de reformas apesar das difíceis condições socioeconómicas devido à pandemia de covid-19”, diz o FMI, salientando a “boa taxa de vacinação pelos padrões regionais” e a redução do défice orçamental, que deverá ter melhorado no ano passado para 5,4%, quando em 2020 estava nos 10%.


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Bissau, 05 Abr 22(ANG) – O Governo procedeu hoje a abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de caju 2022, sob o lema: “Pela promoção e desenvolvimento da fileira de caju na Guiné-Bissau”.

 A cerimónia foi presidida pelo Vice primeiro-ministro, Soares Sambú que no ato disse que a definição da estrutura de custo para o presente ano tomou em consideração a atual conjuntura, tanto nacional como internacional, que têm sido afectada pela pandemia da Covid-19, com todas as suas consequências.

O governo fixou para a presente campanha como preço mínimo de compra da castanha junto do produtor, o valor de 375 francos cfa, por quilograma.

 “Constiui igualmente a preocupação do governo, a necessidade de se cumprir com a legislação postulada para este sector, nomeadamente os seguintes diplomas: a lei de comercialização interna, profissão dos intermediários, lei da comercialização externa da castanha de caju “In Natura”, lei da regulamentação da profissão de exportador com seus derivados, e por último a lei da industrialização e seus devidos derivados,” disse  o vice PM.

Segundo Soares Sambú, o governo encetou diligências  junto de bancos comerciais para a garantia de   créditos  bancários aos  operadores económicos  do sector de caju, por forma a maximizar os resultados esperados.

O vice PM afirmou que o executivo pretende  com está estratégia a elevação, paulatinamente,  da taxa de industrialização até atingir 20 por cento do  Produto Interno Bruto(PIB) até 2030.

A cerimónia de abertura da campanha deste ano foi marcada com a de encerramento da campanha do ano transacto, em que se exportou 239 mil toneladas de castanha, quantidade nunca antes  registada no país.

Em mensagem transmitida no decurso da cerimónia, o Presidente da República destacou a importância da agricultura na economia nacional.

“O impacto da agricultura na economia da Guiné-Bissau é indiscutível, tanto no sector agrícola como na exportação da castanha de cajú. Apesar da pandemia da Covid-19, o país conseguiu um recorde na  exportação de 239 mil toneladas na campanha do ano passado”, referiu Umaro Sissoco Embaló em  mensagemtransmitida aos participantes da cerimónia.

ANG/JD/ÂC//SG


A falta de contentores para a exportação da castanha de caju da Guiné-Bissau está a preocupar o setor privado do país, disse hoje o presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) guineense, Mama Samba Embaló.

"É a grande ameaça à exportação de 2022", afirmou o engenheiro guineense.

Segundo Mama Samba Embaló, o setor privado guineense tem neste momento duas preocupações em relação à campanha de comercialização da castanha de caju, que foi hoje lançada oficialmente numa cerimónia, que decorreu no Palácio do Governo, em Bissau.

"Primeiro há os contentores de caju exportado no ano passado que ainda não chegaram ao destino e que se encontram em trânsito em outros portos", afirmou, explicando que a segunda preocupação está relacionada com "algum estoque de caju do ano passado que ainda não saiu devido à falta de contentores e de navios"...Ler Mais


Federação nacional das associações dos motoristas transportadores da Guiné-Bissau ameaça aumentar os preços dos transportes terrestres caso o governo avance com o aumento do preço do combustível no país, exortando seus associados de absterem de especularem os preços enquanto nao é tomada ainda decisão.

A Federação manteve reunida com os associados esta terça-feira,05-04-2022, na sua sede nacional sito em bairro de São Paulo o ponto essêncial da discussão é o possível aumento do preço do combustível no país segundo os relatos do porta voz do sindicato que esteve reunido com o executivo na manhã desta terça-feira, por isso avisam a todos, caso o governo avançar com esta proposta também vão aumentar os preços.

“Segundo garantia que recebemos do governo é que os fornecedores do combustível estão prestes a fechar por isso é urgente aumento dos preços, se assim for também vamos subir os preços nas nossas tabelas unilateralmente”...Ler Mais


O Governo da Guiné-Bissau admitiu hoje retirar licenças a quem comprar ao produtor castanha de caju abaixo do valor de referência fixado pelas autoridades, que é de 375 francos cfa (cerca de 0,57 euros) por quilograma.

“O Governo deixa aqui uma mensagem muito clara no que concerne ao respeito escrupuloso do preço de base de 375 francos cfa por quilograma, como valor mínimo de compra junto do agricultor, tomando em conta a posição atual do mercado internacional”, afirmou o ministro do Comércio, Tcherno Djaló.

“Os infratores vão expor-se ao rigor da lei, correndo o risco de lhes ser retirada as licenças de comercialização da castanha”, salientou...Ler Mais


O vídeo que prova que cadáveres estavam em Bucha há 3 semanas

© Reprodução NYT

Notícias ao Minuto  05/04/22 

As imagens contrariam a tese russa de que as imagens de civis mortos foram manipuladas pelo governo da Ucrânia. Tropas russas ocuparam a cidade a 26 de fevereiro.

Um vídeo com imagens de satélite mostra cadáveres espalhados nas ruas de Bucha, contrariando a tese russa de que as imagens de civis mortos na cidade conhecidas este fim de semana foram manipuladas pelo governo da Ucrânia.

A notícia foi avançada pelo New York Times e, segundo a publicação, as imagens têm cerca de três semanas, quando as tropas russas ainda ocupavam a cidade. O exército russo terá abandonado o local a 30 de março, segundo o Kremlin, e as autoridades ucranianas relatam ter encontrado cadáveres de civis baleados na cabeça e com as mãos atadas, assim como corpos de mulheres com indícios de abusos sexuais e queimaduras.

Recorde-se que este fim de semana foram  descobertas valas comuns nesta cidade, que fica a 60 km de Kyiv, e que as autoridades ucranianas acreditam que mais de 300 civis tenham sido mortos e torturados pelas tropas russas durante a ocupação da cidade, que aconteceu a 26 de fevereiro, menos de 72 horas depois de o início da guerra.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

África Ocidental enfrenta catástrofe alimentar com 38 milhões com fome

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Por LUSA  05/04/22 

Onze Organizações Não-Governamentais (ONG) alertaram hoje para a catástrofe alimentar que se avizinha na África Ocidental, com 27 milhões de pessoas a passar fome, a que se poderão juntar mais 11 milhões nos próximos três meses.

"A África Ocidental está a ser atingida pela pior crise alimentar da última década, com 27 milhões de pessoas a passar fome; este número pode subir para 38 milhões até junho, um novo nível histórico e já de si um aumento de mais de um terço face ao último ano, a não ser que sejam tomadas medidas urgentes", lê-se no comunicado assinado por 11 ONG, entre as quais estão a Oxfam, Action Against Hunger, Save the Children, CARE International, Comité de Resgate Internacional (IRC) e o Conselho de Refugiados da Noruega.

O alerta agora difundido surge na véspera da conferência virtual sobre a crise alimentar e nutritiva na região do Sahel e do Lago Chade, organizada pela União Europeia e pelo Clube do Sahel e da África Ocidental.

"Na última década, em vez de diminuírem, as crises alimentares têm aumentado na região da África Ocidental, incluindo no Burkina Faso, Níger, Chade, Mali e Nigéria; entre 2015 e 2022, o número de pessoas que necessitam de assistência alimentar urgente quase quadruplicou, passando de 7 para 27 milhões", lê-se ainda no comunicado.

Citado no comunicado, o diretor para a África Ocidental e Central da ONG Save the Children, Philippe Adapoe, diz que "a situação está a forçar centenas de milhares de pessoas a mudarem de sítio e a viverem em famílias de acolhimento que já estão, elas próprias, em dificuldades; não há comida suficiente, quanto mais comida nutritiva para as crianças".

As Nações Unidas estimam que 6,3 milhões de crianças entre os 5 e os 9 meses ficarão severamente mal-nutridas este ano, o que compara com os 4,9 milhões de crianças que já tinham problemas de subnutrição no ano passado.

Além das secas e do efeito que isso tem na vida animal e nas colheitas, as principais fontes de rendimento da maior parte da população nesta região africana, a crise na Europa está a originar uma forte descida na ajuda internacional para África.

"Muitos doadores já indicaram que podem fazer cortes no financiamento a África; por exemplo, a Dinamarca anunciou que vai adiar parte da sua ajuda bilateral ao desenvolvimento ao Burkina Faso (50% em 2022) e ao Mali (40% em 2022), para financiar a receção de pessoas que fugiram das suas casas na Ucrânia", lê-se no comunicado.

A região da África Ocidental, de acordo com a definição das Nações Unidas, inclui 16 países: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

As 11 ONG que assinam o comunicado conjunto são a Oxfam, Action Against Hunger, Save the Children, CARE International, Comité de Resgate Internacional (IRC), Conselho da Noruega para os Refugiados (NRC), Aliança para a Ação Médica Internacional (ALIMA), Tearfund, World Vision (WV), Handicap International - Humanité & Inclusion e Mercy Corps.

Ucrânia. Dinamarca e Itália expulsam um total de 45 diplomatas russos

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Notícias ao Minuto  05/04/22 

A Dinamarca e a Itália vão expulsar 15 e 30 diplomatas russos, respetivamente, anunciaram hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros, um dia depois de vários outros países europeus terem tomado a mesma medida.

"Constatámos que os 15 agentes [russos] expulsos realizaram atividades de espionagem em solo dinamarquês", explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Jeppe Kofod, à imprensa, adiantando que o país quer "enviar um sinal claro à Rússia: espionagem em solo dinamarquês é inaceitável".

Segundo o ministério dinamarquês, o embaixador russo foi informado hoje da decisão, ao mesmo tempo que a Dinamarca condenava fortemente "a brutalidade da Rússia contra civis ucranianos em Bucha" e sublinhava que "ataques deliberados contra civis são um crime de guerra".

Os diplomatas terão duas semanas para deixar a Dinamarca, referiu Kofod, acrescentando que "eles representam um risco para a segurança nacional".

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, referiu que o país decidiu expulsar 30 diplomatas russos por razões de "segurança nacional".

Na segunda-feira, a Alemanha declarou 40 diplomatas russos da embaixada de Berlim 'persona non grata', instando-os a deixar o país, enquanto a França avançou com a decisão de expulsar 35 diplomatas russos "cujas atividades eram contrárias aos interesses" do país.

De acordo com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, os diplomatas russos visados são pessoas que "trabalham dia a dia contra a liberdade e contra a coesão social", representando um regime de "incrível brutalidade", como ficou "provado pelas imagens de crimes de guerra cometidos na cidade ucraniana de Bucha".

A França, por seu lado, explicou que a sua decisão "faz parte de uma abordagem europeia" e que o objetivo prioritário do país "é garantir a segurança dos franceses e dos europeus".

Também a Lituânia decidiu, na segunda-feira, expulsar o embaixador da Rússia e encerrar o consulado russo na cidade de Klaipeda, em resposta às ações militares de Moscovo na Ucrânia, como explicou o chefe da diplomacia lituana, Gabrielius Landsbergis.

A expulsão de diplomatas russos já tinha acontecido noutros países europeus, como a Bulgária ou a Eslováquia, e nos Estados Unidos, no âmbito da invasão da Ucrânia.

Em retaliação, o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou, na segunda-feira, um decreto para restringir a concessão de vistos para países da União Europeia e para a Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, devido às suas "ações hostis" contra a Rússia.

As medidas de retaliação tomadas por Moscovo afetarão delegações oficiais e jornalistas, explicou o Kremlin, em comunicado, referindo que o decreto presidencial ordenou a suspensão parcial do acordo de simplificação de vistos assinado com a UE em 25 de maio de 2006.

Nos últimos dias, dezenas de civis mortos foram encontrados em Bucha, uma cidade a 60 quilómetros de Kiev que esteve várias semanas ocupada pelas tropas russas e foi recentemente reconquistada pelos ucranianos.

Muitos dos mortos estavam espalhados na rua ou em valas comuns, tendo as autoridades ucranianas e os seus aliados acusado os soldados russos de terem cometido esses crimes.

Moscovo rejeitou em absoluto qualquer responsabilidade e disse que foi feita uma encenação por Kiev.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exigiu que o caso seja levado à justiça internacional e várias organizações e países preparam-se para recolher e documentar evidências do que terá acontecido na cidade.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


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Militares russos estarão a sujeitar mulheres ucranianas a agressões antes de matá-las.

Émais um relato chocante dos abusos de que estarão a ser alvo as mulheres ucranianas e que, mais uma vez, são partilhados pela deputada Leslie Vasylenko.

A governante, que já havia anteriormente denunciado as "táticas medievais" usadas contra idosas ou o facto de as tropas russas estarem a disparar contra civis à 'queima-roupa' em Kyiv, faz agora um relato impressionante no Twitter sobre abusos sexuais sobre menores e violência contra mulheres.

"Soldados russos saqueiam, violam e matam meninas de 10 anos [que apresentam] ferimentos vaginais e retais. [Há] Mulheres com queimaduras em forma de suástica. Rússia. Os homens russos fizeram isto. E foram mães russas que os criaram. Uma nação de criminosos imorais", escreve a deputada do partido liberal Holos. 

Uma imagem de um torso com uma suástica cravada foi também partilhada nas redes sociais. E embora não seja claro onde é que a imagem foi tirada, tudo indica que o crime terá sido cometido perto de Mariupol, relata o Daily Mail, com base em informações denunciadas pelo Batalhão de Azov, da Ucrânia.

Leslie Vasylenko fez esta partilha numa altura em que tropas russas abandonam território ucraniano junto a Kyiv, deixando para trás um rasto de destruição, com centenas de corpos abandonados. A Ucrânia acusa a Rússia de crimes de guerra e as imagens que foram partilhadas do local deixaram a comunidade internacional chocada. Já a Rússia alega que as imagens foram encomendadas pelos EUA e que visam, apenas, prejudicar a imagem da Rússia.


Deste modo, caso as mães sejam mortas e as crianças sobrevivam, alguém as poderá ajudar.

Omedo das famílias ucranianas transparece através das redes sociais, onde é demonstrado o que o povo tem experienciado ao longo do último mês de guerra. Um dos sinais do grande desespero sofrido pelas famílias ucranianas pode notar-se na decisão de alguns pais que, temendo ser mortos, decidiram escrever contactos de parentes nos corpos dos filhos para que, caso lhes aconteça algo, as crianças possam ser ajudadas. 

As fotos destas crianças estão a ser partilhadas não só pelos pais das crianças como também por diversos jornalistas ucranianos, como Anastasiia Lapatina, jornalista do The Kyiv Independent, que chamou à atenção para a situação: "Mães ucranianas a escrever contactos de familiares nos corpos dos filhos, caso sejam mortas e os filhos sobrevivam. E a Europa ainda está a discutir o gás"...Ler Mais


França debate venda de bens russos confiscados para financiar reconstrução da Ucrânia

Guarda civil espanhola confisca em Maiorca um iate de luxo do oligarca Viktor Vekselberg   -   Direitos de autor  AP Photo/Francisco Ubilla

Por pt.euronews.com  05/04/2022 

A Ucrânia apelou perante o senado francês ao reforço das sanções internacionais contra o Kremlin e em cima da mesa parece estar a nacionalização dos bens russos confiscados no âmbito das sanções já em curso para os converter em apoio financeiro à reconstrução do país e aos ucranianos vítimas desta guerra já descrita como um "genocídio" ordenado pelo Kremlin.

"Acreditem, é muito importante reforçar as sanções e ajudar o mundo a perceber ser esta, agora, a única forma de forçar o agressor a assumir uma posição negocial aceitável. Um embargo energético seria muito doloroso e vantajoso para obrigar a Rússia a pôr fim a esta guerra", afirmou Vadym Halaichuk, o vice presidente adjunto da comissão ucraniana para a integração europeia.

O alto responsável ucraniano, deputado pelo partido "Servo do Povo", do Presidente Volodymyr Zelenskyy, foi aplaudido pelos deputados franceses, os embaixadores de diversos países e os especialistas em direito financeiro presentes numa conferência no senado francês, organizada por Nathali Goulet para debater novas formas de apoiar a reconstrução da Ucrânia.

"Irá a comunidade internacional repetir o que fez no Iraque e na Síria, por exemplo, e transformar os bens congelados em bens confiscados para vender em benefício de um fundo de reconstrução? Este é um problema sobre o qual temos de trabalhar agora porque não há tempo a perder", explicou à Euronews Nathalie Goulet, sublinhando a urgência de uma decisão para que seja possível "reconstruir rapidamente a Ucrânia e a compensar as vítimas".

Os bens atualmente apreendidos a empresas e individualidades russas próximas do Kremlin por diversos países europeus, incluindo Portugal, têm de ser devolvidos aos proprietários quando as sanções europeias forem levantadas.

Para evitar essa devolução, os tribunais nacionais ou internacionais têm de intervir e por exemplo condenar eventuais crimes fiscais dos visados com a entrega dos bens aos estados que os apreenderam para que possam depois ser capitalizados para ajudar a Ucrânia, defende o conhecido advogado francês William Bourdon, que representa além do português Rui Pinto também o conhecido opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, atualmente detido na Rússia.

"Talvez um dia as autoridades judiciais desses países considerem que, além das sanções, existam também fortes indícios de branqueamento fiscal, porque é disso que falamos. É por isso que está em ponderação converter essas apreensões administrativas em apreensões criminais", afirmou à Euronews William Bourdon.

De acordo com o respetivo ministro das Finanças, só a França já tinha congelado até 23 de março mais de 800 milhões de euros em bens russos e as apreensões continuaram desde então. A maior parte são propriedades, mas há também contas bancárias e iates.

A Alemanha anunciou há poucos dias ter congelado contas bancárias de oligarcas russos avaliados em perto de 100 milhões de euros.

A Suíça, que abandonou a tradicional neutralidade neste conflito com o Kremlin, anunciou há alguns dias o congelamento de contas e a apreensão de propriedades de milionários russos avaliadas, no global, em cerca de 5.62 mil milhões de euros, uma quantia com tendência a aumentar afirmou o governo helvético.

De acordo com a Bloomberg, desde a imposição de sanções internacionais à Rússia já terão sido confiscados pelo menos 13 iates luxuosos de oligarcas russos num valor global estimado de mais de 1,8 mil milhões de euros.

Cada embarcação apreendida no âmbito destas sanções a empresas e individualidades russas está avaliada entre os 7,2 milhões e os 550 milhões de euros.

Espanha terá confiscado pelo menos quatro iates de oligarcas russos, a França e a Itália três cada e a Alemanha presume-se que tenha apreendido o "Dilbar", de Alisher Usmanov, que está avaliado em 550 milhões de euros.

Inglaterra e o território britânico autónomo de Gibraltar têm um iate apreendido cada a milionários russos.

Se a decisão de nacionalizar estes bens russos confiscados for por diante, só estes barcos representam uma importante quantia para a investir na reconstrução das cidades atualmente a ser destruídas pelos contínuos bombardeamentos indiscriminados da artilharia russa, nomeadamente em Mariupol, Kharkiv, nos arredores de Kiev e agora em Odessa.