quinta-feira, 12 de julho de 2018

Igreja - 9 freiras ficam grávidas num mosteiro que abriga refugiados, irmãs falam em milagre

Foto: Sobral 24 Horas

Uma notícia publicada recentemente por jornais italianos gerou muita polêmica. No mês de julho de 2016, em um mosteiro feminino de Milão, foram abrigados cinco refugiados do Norte da África.

A princípio, as irmãs superioras acreditaram estar fazendo caridade inspiradas pela graça de Deus, ajudando os homens perseguidos em seus países de origem. 

Tudo ia muito bem, até as intenções originais serem extrapoladas, pois segundo o Giornale Italiano, nove jovens freiras apareceram grávidas. A Madre Superiora Abadessa, cuja mãe idosa estava gravemente doente, deixava o mosteiro durante a noite, mesmo devendo permanecer no recinto para controlar as noviças, detalha a notícia da publicação italiana. 

Possivelmente, as irmãs mais novas aproveitaram a situação, passando noites com os refugiados após as orações do dia. Mas após 6 meses, as barrigas cresceram. As religiosas foram obrigadas a fazer o teste de gravidez e, após comprovação, tiveram que abandonar a vida monástica.

As irmãs, no entanto, garantem que não tiveram relações sexuais com os refugiados. "Nós não fizemos nada de errado. Estes sofredores necessitaram de amor e conforto. Maria também engravidou, permanecendo virgem, e a inocência [de Maria] é sabida tanto por Madre Abadessa como por nós. Recebemos o mesmo milagre, não há outra explicação. Agradecemos a Deus por isso." 

Segundo as religiosas, tal situação é a prova de que, "se Maria voltasse hoje ao nosso meio, muitos homens que se dizem piedosos e religiosos não acreditariam em sua virgindade e diriam que ela tem feito coisas pecaminosas". 

Diversão com as irmãs

Mas um dos refugiados fez o seguinte relato sobre o incidente: "A gente se divertiu com as irmãs e vamos aconselhar este lugar para todos os nossos amigos. Obrigado, irmãs. Obrigado, Itália."

Fonte: Sobral 24 Horas

lusopt.pt

Hospital Simão Mendes de Bissau sem oxigénio há mais de um mês -- ONG

O hospital Simão Mendes, o maior centro médico da Guiné-Bissau, está sem oxigénio há mais de um mês e vários pacientes aguardam pelo produto para que possam ser submetidos a cirurgias, denunciou hoje a Liga Guineense dos Direitos Humanos.


Confrontado com a situação, o diretor-geral do Simão Mendes, Agostinho Semedo, confirmou que a fábrica de produção do produto se avariou e que o hospital tem estado a comprá-lo numa loja em Bissau, para atender "problemas pontuais".

"Não há oxigénio porque a nossa fábrica está avariada, mas compramos e resolvemos os problemas pontuais", disse Agostinho Semedo.

"Não vamos esconder que não há oxigénio. Quem puder apoiar que nos apoie", acrescentou o responsável pelo maior centro hospitalar da Guiné-Bissau.

Para a Liga Guineense dos Direitos Humanos, a situação "é grave e vergonhosa", por colocar em risco a vida dos utentes do sistema nacional da Saúde Pública guineense, nomeadamente aqueles que precisam de intervenções cirúrgicas.

A Liga exige ao Ministério de Saúde Pública, a adoção de "medidas urgentes para uma rápida resolução desta triste e lamentável situação" que, diz, "levanta o véu" sobre "o estado calamitoso" do sistema da Saúde Pública do país.

A organização lembra que os deputados "tiveram a coragem" de pedir viaturas de luxo ao rei de Marrocos, enquanto nos hospitais públicos "faltam serviços básicos", nomeadamente luvas, oxigénios, camas, medicamentos, entre outros.

"Esta triste realidade, transformou a Guiné-Bissau como um dos piores sítios para se ser mulher, pois em cada 100 mil partos 900 mulheres morrem devido à falta de condições do sistema de saúde", refere a Liga dos Direitos Humanos.

MB // EL
Lusa/Fim

Eleições Legislativas - Conheça os novos presidentes regionais da Comissão Nacional de Eleições empossados hoje pelo presidente da Comissão Nacional das Eleições, José Pedro Sambú



Braima Darame



Braima câmara e Luís Oliveira sanca Coordenador e 1º vice Respetivamente, tiveram o Encontro com o novo representante na Guiné Bissau, do secretário geral das nações unidas, o Embaixador Brasileiro José Viégas Filho.


Foram abordados vários temas da atualidade política entre quais a posição do Movimento Para Alternância Democrática Grupo dos 15( MADEM-G15).

O MADEM  considera que as eleições legislativas deve ter lugar imperativamente no dia 18/11/2018 e sem falta, caso a contrario o Presidente da República deve tirar todas e quaisquer consequências.

Na verdade o país não pode continuar neste clima de incerteza o MADEM exorta cada um dos atores políticos e a comunidade internacional em assumirem  as suas respetivas responsabilidades....

POR OUTRO LADO:


dokainternacionaldenunciante

Condutor de ambulâncias matava doentes por ter acordo com funerárias


Homem ganhava cerca de 300 euros por cada corpo Foto: DR
Um paramédico italiano matou pelo menos três pacientes com doença terminal e manipulou as famílias para organizarem o funeral numa agência com ligações à máfia, da qual recebia comissões.

Na ilha italiana de Sicília, a polícia deteve um paramédico suspeito de matar pelo menos três doentes terminais nas ambulâncias com o objetivo de ganhar comissões de uma funerária com ligações à máfia. Em Itália estão a chamar-lhe o caso da “ambulância da morte”.

Segundo a BBC, o suspeito, de 42 anos, injetava ar nas veias das vítimas, causando-lhes uma morte por embolismo, enquanto estas eram transportadas para as suas casas, na localidade de Biancavilla. Após a morte dos doentes o homem aproveitava-se das famílias das vítimas, recomendando-lhes uma agência funerária com ligações à máfia e da qual recebia 300 euros por cadáver.

A detenção do homem, que é acusado de homicídio voluntário, aconteceu após uma fonte anónima, que disse ser um antigo membro da máfia, ter informado as autoridades da cidade de Catania e um programa televisivo de investigação.

Suspeita-se que o esquema entre o paramédico e a funerária acontecia desde 2012, pelo que o número de vítimas pode ser substancialmente maior do que aquelas que agora se conhecem. As autoridades já estão a investigar outras mortes, mas por enquanto apenas três de doze suspeitas foram entregues a um magistrado de investigação.

Fonte: Observador | Foto: JN

luso24pt.blogspot.com

NOVIDADES - Militares recusam a intervenção da Agência da Aviação Civil, dizendo que eles é que têm de controlar esses aeroportos e aeródromos no interior do país..

Fonte: ditaduraeconsenso

NOTAS FINAIS SOBRE O “REGASTE”

Ontem, 11 de Julho de 2018, o Tribunal Regional de Bissau proferiu um despacho em que rejeita a acusação do Ministério Público contra a minha pessoa, por suposta violação de normas de execução orçamental nos contratos que assinei em 2015 com dois bancos comerciais em Bissau, na minha qualidade de Ministro da Economia e Finanças.

A operação, vulgarmente conhecida por ‘resgate’, gerou muita discussão e polémica no seio da opinião pública nacional, sendo porventura a decisão de política pública mais escrutinada da nossa história governativa. Depois de dois anos de investigação em que tudo foi visto e revisto, de cima para baixo, de baixo para cima, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, qual é a conclusão?

Sempre estive convencido de que não havia nenhuma prática criminal naquilo que fizemos. Contudo, o Ministério Público, entendendo o contrário, acusou-me da prática de três tipos de crime:
a) Administração danosa sob forma tentada (basicamente por a operação comportar endividamento do Estado);

b) Usurpação de funções públicas (por suposta incompetência minha em assinar tais contratos sem o aval do Conselho de Ministros);

c) Violação de normas de execução orçamental (por não ter os contratos inscritos no Orçamento Geral de Estado 2015).

No debate instrutório, o próprio Ministério Público abandona a acusação de administração danosa, por ter constatado que não houve nenhum prejuízo ao Estado na operação. O Juiz de Instrução Criminal chega à mesma conclusão de forma independente do Ministério Público.

O Juiz de Instrução Criminal também profere o Despacho de Não Pronúncia em relação ao crime de usurpação de funções públicas, mas pronuncia o crime de violação de normas de execução orçamental que sobe para o Tribunal Regional de Bissau para julgamento. Agora, este despacho de 11 de Julho do Tribunal Regional de Bissau vem dizer que não existe nenhum fundamento para a acusação do crime de violação de normas de execução orçamental, tendo declarado nula a acusação. 

Obviamente, para além do facto de esta decisão significar que estamos certos na nossa posição, importa realçar uma peculiaridade neste processo que me parece interessante. A acusação da prática do crime de violação de normas de execução orçamental colocou o Ministério Público numa situação muito desconfortável. É que a provar-se que o crime não existe, como se provou, o Ministério Público sai beliscado num processo que cedo se percebeu tratar-se de uma arma de arremesso político. 

A provar-se que o crime existe, o Ministério Público teria sempre dificuldades em explicar porque me acusa só a mim (por não ter inscrito a operação de empréstimo no OGE 2015, que fiz aprovar na ANP) e não acusa nenhum dos Ministros das Finanças que me sucederam (por operações de empréstimo que efectuaram sem terem um OGE aprovado), violando claramente o princípio da igualdade consagrado na Constituição (art. 24 da CRGB). 

Sobre o Ministério Público muito se tem falado nos últimos tempos. De Procurador-Geral em Procurador-Geral, a instituição foi-se banalizando aos olhos dos Guineenses e para desconforto de muitos magistrados honrados que nela labutam, tornando-se a ovelha negra do nosso sistema judicial.

O Ministério Público nunca esteve tão mal visto como hoje. O actual Procurador-Geral da República é um desastre, uma lástima em todos os sentidos. Sancionado pela CEDEAO, desprezado pelos parceiros de desenvolvimento, e desautorizado pelos seus próprios pares (veja-se o recente comunicado do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público), ele continua a sua saga persecutória contra pessoas seleccionadas, descredibilizando cada vez mais a instituição. 

A credibilização do Ministério Público vai exigir um esforço concertado de todos, mas será crucial para voltarmos a ter confiança numa justiça justa, que trate os cidadãos em pé de igualdade e não seja um instrumento político ao serviço de alguns.

Bissau, 12 de Julho de 2018

Geraldo Martins

Fonte: Geraldo Martins

ÚLTIMA HORA - NOTÍCIA DC: CADEIA PARA DOIS

Detidos nas celas da PJ o PCA da Aviação Civil, e o segundo vogal, Manafa Djanco e Gregório Gomes.

Levantaram mais de 13 milhões de fcfa, mesmo com a proibição de movimentação das contas públicas ordenadas pelo primeiro-ministro.

Foram chamados à PJ, e depois detidos, por volta das 11 horas. para justificar as despesas, apurou o DC, apresentaram facturas falsas.

Ficam detidos 48 horas, e depois apresentados ao JIC no ministério Público. 

Fonte: ditaduraeconsenso

REVELAÇÕES - Médico acusa pai de Michael Jackson de ter castrado quimicamente o cantor

"O Joe Jackson foi um dos piores pais da história", afirmou Conrad Murray.



A família Jackson voltou a estar no centro das atenções, depois do médico Conrad Murray – que foi condenado a quatro anos de prisão pelo homicídio involuntário de Michael Jackson – ter alegado que o artista foi quimicamente castrado pelo pai.

De acordo com o Mirror, Murray afirmou que “Joe Jackson foi um dos piores pais da história”, acrescentando que este “castrou quimicamente o filho para que não perdesse a voz  aguda”.

Conrad diz que Joe deu injeções de hormonas a Michael, quando este tinha 12 anos, com o objetivo de “curar o acne e prevenir que a voz ficasse mais grossa”. 

Esta não é a primeira vez que Murray, de 65 anos, fala sobre o sucedido. Em 2016, o médico abordou o tema pela primeira vez no livro ‘É isto! As vidas secretas de Dr. Conrad Murray e Michael Jackson’.

Em 1993, Michael - que morreu em 2009 devido a uma overdose de propofol e outros sedativos - contou a Oprah Winfrey que sofreu abusos do pai. O artista disse que o progenitor se sentava com um cinto nas mãos enquanto ele e os irmãos, Jackie, Tito, Jermaine e Marlon, ensaiavam para a banda The Jackson Five durante os anos 60. “Se não fizéssemos da maneira certa, ele fazia-nos sofrer e sabia realmente como o fazer”, desabafou na altura.

Por sua vez, o filho de Michael Jackson, Prince, defendeu o avô, frisando que “ele criou bem os filhos”. “Caso contrário, fariam parte de gangues ou estariam mortos”, rematou.

NAOM

Pai inventa truque para “amamentar” a filha quando a mãe não está em casa

A esposa de Anthony Favors estava trabalhando e sua filha queria o peito. Ele, então, teve essa ideia genial…


A criatividade resolveu o problema deste pai, que ficou em casa cuidando da filha enquanto sua esposa saiu para trabalhar. Lily’ahna, 10 meses, começou a chorar desesperadamente porque queria mamar, mas isso não foi motivo de apuro para Anthony Favors, pai de cinco crianças. Ele resolveu o problema com um truque: fez um furo em uma camiseta, colocou o leite em uma mamadeira e a ofereceu à pequena, simulando o seio materno.

“Minha esposa estava trabalhando e minha filha não me queria porque eu não tinha leite materno, então eu a ‘enganei’ com um pequeno buraco na camiseta”, escreveu ele, em um post no Facebook. Pelo olhar da bebê, dá para arriscar dizer que ela não foi enganada. O peito da mãe é inconfundível, mas, naquele momento, foi o suficiente para, ao menos, driblar a fome. Esperto, temos que admitir!

ideiasonline.net

Crenças populares dificultam o planeamento familiar na Guiné-Bissau -- Governo

A ministra da Saúde Pública da Guiné-Bissau, Maria Sanhá, afirmou hoje que as crenças populares dificultam o planeamento familiar entre vários grupos da população que considera a questão "cosias dos europeus" ou contrárias "à cultura guineense". 

No seu discurso por ocasião do Dia Mundial da população que este ano é celebrado sob o lema planeamento familiar um Direito Humano, a governante aproveitou para fazer uma radiografia da temática na Guiné-Bissau.

Maria Sanhá disse ser preciso reconhecer a existência de "uma grande lacuna na cultura científica da população" guineense, que, sublinhou, conduz uma parte da população a achar que o planeamento familiar "são questões dos europeus ou que vão contra as suas crenças".

"É preciso incutir na mente dos guineenses" a importância do planeamento familiar e todas as suas vantagens, "é preciso fazer ver" à população que o planeamento familiar "não é a proibição de ter filhos, mas sim de os terem segundo as suas possibilidades", defendeu a ministra da Saúde Pública, Família e Coesão Social.

Mesmo com as crenças populares, a ministra afirmou que o Governo "está empenhado" em adotar políticas concretas para combater o crescimento desproporcional da população confrontada com problemas como falta de habitação condigna, de assistência sanitária, educação, emprego, doenças, mutilação genital feminina e o abandono escolar de crianças.

Presente na cerimónia, que decorreu no bairro de Hafia, arredores de Bissau, a primeira-dama guineense, madrinha da luta contra a mortalidade neonatal na Guiné-Bissau, Rosa Vaz, pediu que a questão do planeamento familiar seja "tratada como uma norma" no país, para desta forma evitar as gravidezes indesejadas e outras complicações.

A representante do Fundo das Nações Unidas para População (FNUAP) na Guiné-Bissau, Kourtoum Nacro, exorou os países desenvolvidos a reforçarem o investimento em programas ligadas ao planeamento familiar, para sair dos atuais 27 cêntimos de dólar por pessoa em África, tendo em conta os retornos que o planeamento familiar pode trazer, disse.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o planeamento familiar contribui para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS3) e pode evitar mais de 30% das mortes maternas e de 10% da mortalidade infantil. 

Considera-se que cada dia morrem quase 800 mulheres e meninas devido às complicações relacionadas com a gravidez.

Os mesmos dados indicam que pelo menos 222 milhões de mulheres nos países em desenvolvimento, dos quais 58 milhões na África Subsariana, têm uma necessidade não atendida do planeamento familiar, ou seja, querem evitar a gravidez, mas não têm acesso ou não utilizam um método eficaz de planeamento familiar. 

dn.pt/lusa

Realizou-se hoje, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, consultas políticas entre Portugal e a Guine Bissau.


A delegação Portuguesa foi chefiada pelo Sr. Embaixador Pedro Costa Pereira, Diretor Geral da Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Guine Bissau liderada pelo Embaixador Joao Soares da Gama, Diretor Geral da Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A delegação garantiu apoios de Portugal, a semelhança dos processos eleitorais anteriores, às eleições legislativas de 18 de Novembro na Guine Bissau com fornecimentos de alguns materiais essenciais de votação tais como: Boletins de Voto, Atas de Apuramento, Folhas diversas de Descarga, Minutas de Protesto e de Reclamações e Carimbos para as Mesas de Voto e disponibilizou ainda apoiar os avanços tecnológicos de recenseamento eleitoral no futuro próximo, sem com isso dizer que vai disponibizar Kits a ponto de serem utilizados nestas eleições. 

As consultas terminaram com a assinatura do Memorando de Entendimento entre os dois países.

 



Cne Guiné Bissau

Vice-presidente de APU-PDGB: “CNE ACABA DE NOS MOSTRAR QUE NÃO TEM DINHEIRO PARA O SEU PRÓPRIO FUNCIONAMENTO”

O quinto vice-presidente da Assembleia de Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), revelou hoje, 11 de julho de 2018, que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) não tem o dinheiro para o seu próprio funcionamento.

O político falava à imprensa, depois de uma reunião mantida com o presidente da CNE para se  inteirar do processo de preparação das próximas eleições legislativas de 18 de Novembro.

Do encontro com o presidente da CNE, Baptista Té disse ter retido que há dificuldades em fazer cumprir o cronograma que a sua instituição elaborou e entregue ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).

“Como sabem, a CNE apenas supervisiona os trabalhos do GTAPE e se este gabinete  não está ainda em condições de iniciar os trabalhos de recenseamento, devido às dificuldades, significa que a CNE deve estar a passar por mesmas dificuldades que o GTAPE”, admitiu.

O político e dirigente da APU-PDGB, uma formação política extraparlamentar, realça o aspeto financeiro que, segundo disse, tem estado a dificultar o início dos trabalhos do  processo recenseamento na Guiné-Bissau.

“A CNE acaba de nos mostrar que até ao momento não tem dinheiro para o seu próprio funcionamento e as eleições estão marcadas para 18 de Novembro. Justamente, foi nesta base que temos vindo a reunirmo-nos com essas entidades e no final de tudo, depois de recolhermos as informações necessárias, o partido poderá ter uma posição sobre este assunto”.

A delegação de auscultação da APU-PDGB que integra também o seu Secretário-geral, Juliano Fernandes, não quis fazer comentários sobre ações do governo em relação ao processo, porquanto está a tratar o assunto apenas com as entidades técnicas.

Contudo, pondera desencadear nos próximos dias contatos com entidades políticas com o poder de decisão, nomeadamente Ministério de Administração Territorial, chefe do governo, Assembleia Nacional Popular e o Presidente da República, este último enquanto responsável pela marcação da data de 18 de Novembro.

Entretanto, na terça-feira, 10 de Julho, a mesma delegação encontrou-se com o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), no seguimento dos preparativos das eleições legislativas de Novembro deste ano. 

Por: Filomeno Sambú
Foto: Arquivo

OdemocrataGB

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Juíza rejeitou as acusações do MP no 'Caso' Geraldo Martins







Fonte: ditaduraeconsenso

INSS INICIA CAMPANHA COERCIVA PARA RECUPERAÇÃO DAS DÍVIDAS DE SEGURANÇA SOCIAL


A direcção geral de Instituto de Segurança Social (INSS) lançou esta quinta-feira (11 de julho) a campanha coerciva de recuperação das dívidas da segurança social e o imposto profissional que terá a duração de 6 meses.

A campanha visa recuperar no mínimo 800 milhões num total de 5 bilhões de francos CFA.

A margem da cerimónia do lançamento, o director-geral do instituto Roberto M´besba afirmou que num universo de dois mil e noventa empresas em activo e inscrito no instituto, somente quatrocentos é que pagam regularmente “mas não significa que estas empresas não têm dívidas. Devem entre três a quatro meses”.

No tocante a possível medida coerciva a ser implementada durante a campanha, Mbesba explica que empresa que não cooperar com o instituto será fechada, mas antes vão iniciar com sensibilização das empresas. “ Há outros patronatos que não cooperam em termos de pagamento de segurança social por terem cunho político forte mas que no entanto descontam seus trabalhadores sem depositar no INSS”.

Por outro lado, reconheceu a existência de morosidade no pagamento de pensões garantindo depois que tal já se encontra resolvido.

No referente a Comunicação social, o director explica que só a Radio Sol Mansi e RTP África é que contribuem para segurança social dos seus trabalhadores.

Por: Nautaran Marcos Có

Rádio Sol Mansi

TRIBUNAL DE CONTAS ENTREGA RELATÓRIO DE INQUÉRITO AO MEN

O Tribunal de Contas entregou esta quarta-feira (11 de Julho), ao ministério da Educação o relatório final de inquérito realizado a 11 escolas públicas da capital.

Após o acto, o presidente do Tribunal de Contas Dionísio Cabi disse que de acordo com o inquérito, concluiu-se que o sistema educativo nacional desmoronou-se e “é preciso resgatá-lo o mais rápido possível”.

«É vulgar ouvir que o sistema de educativo guineense desmoronou-se e é urgente resgatá-lo sob pena de comprometer as gerações vindouras. O tribunal de contas no âmbito da sua competência orgânica, lançou no total 29 inquéritos nas escolas públicas do país com o objectivo de vivenciar o real problema administrativo e financeiros que o sistema educativo enfrenta».

Nesta primeira fase, segundo Cabi, o tribunal de contas conclui 11 inquéritos, sendo uma da Escola Nacional de Saúde “e os inquéritos concluídos permite entre outras constatações falta de instrumentos legais que orientam actuações das escolas públicas, deficiente sistema de controlo interno ao nível administrativo, financeiro, falta de previsão orçamental anual das receitas e despesas”, acrescentou. 

O Ministro da Educação Nacional, Camilo Simões Pereira, promete levar em conta todos os pontos fracos identificados no relatório para que os mesmos erros não sejam cometidos no próximo ano…

«É neste contesto que agradeço todo o empenho do Tribunal de Contas de identificar os pontos fracos que o ministério da educação na execução deste orçamento, na forma como destruiu recursos que por vezes mobilizámos a nível das várias instituições de formação».

O Ministro Promete que irão ter em considerações todas as recomendações deixadas e que para próximo ano não voltaram a cometer os mesmos erros e fazendo uma gestão adequada do pouco que possuem.

Entretanto o Director Geral da Fiscalização e Controle do Tribunal de Contas, Francelino Gaspar Lopes, prometeu entregar antes do final do mês outros relatórios, em que se constatou que há escolas que não tem instrumentos legais para funcionamento, e as receitas que são cobradas não são bem definidas.

Por: Bíbia Marisa Pereira

Rádio Sol Mansi

A QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NA GUINE-BISSAU!

Temos hoje na Guiné-Bissau muitas instituições do ensino superior privadas e nehuma Pública que anualmente formam um numero considerado de quadros. É notório o facto de o número de Licenciados por essas instituições ter aumentado significativamente nos últimos anos. O nosso pais conta actuamente com três Universidades Privadas a saber: A Lusofona, Colinas de Boé, e Jean Piaget.

Se é satisfatória a quantidade de licenciados que as universidades e outras escolas superiores lançam para o mercado de trabalho anualmente, a questão da qualidade desses quadros é ainda motivo de preocupação.

Ao que parece, algumas instituições de ensino superior querem ensinar com olhos postos no mercado de trabalho, de modo a satisfazer as necessidades deste.

Não pretendem estas instituições de ensino superior formar por formar, sem ter em atenção que quadro é que o mercado de trabalho realmente quer.

A Guiné-Bissau neste momento esta a precisar de escolas profissionais para fazer face as dificuldades que o pais atravessa, não proliferar os quadros superiores que nada trazem ao pais.

As instituições de ensino superior devem, se necessário for, reformular os seus programas curriculares, para poderem servir cada vez melhor a sociedade, no processo de crescimento e desenvolvimento do pais.

A dias estive eu a consultar programas curriculares de uma das universidades do pais sem ter encontrado nenhuma cadeira ligada a nossa integração regional, mas encontrei uma cadeira denominada ‘’ECONOMIA PORTUGUÊSA E INTEGRAÇÃO EUROPEIA’’é importante que as nossas universidades e escolas superiores estableçam programas curriculares que tenham em conta a nossa inserção num processo de integração economica.

É necessário que sejam criadas as estratégias, ou seja,as instituições devem apostar mais nas melhorias de modo a preparar melhor os formandos para o mercado de trabalho, como por exemplo investir mais em materiais didácticos e abrir centros de investigações, ou seja, as universidades devem caminhar juntos com as novas tecnologias, isto como forma de proporcionar aos estudantes melhores condições para aquisição do conhecimento.

Mas não bastará reformular programas curriculares. Haverá ainda necessidade de termos bons professores universitários com uma sólida formação cientifica e pedagógica. Podemos ter bons programas curriculares, mas se não houver excelência ao nivel do corpo docente universitário, de nada valerá o esforço.

Desta forma a conclusão a que chequei, é que o ensino superior na Guiné-Bissau deve ser repensado,primeiramente no que diz respeito aos cursos que estão disponiveis na maior parte das universidades, dever-se-á refletir sobre a possibilidade de introduzir novos cursos, mais ligados a nossa realidade que certamente possibilitarão a criação de mais postos de trabalho que permitirão aos estudantes adquirirem melhores capacidades para ajudarem no desenvolvimento do pais. Outro problema é a tendência que as universidades guineenses têm de seguir as normas estrangeiras , que as vezes não são compativeis com as reais necessidades do pais.

A qualidade do ensino universitário na Guiné-Bissau ainda esta longe dos niveis desejados. O problema vai desde o sistema básico de ensino á falta de investimentos no sector.

O aumento significativo do número de escolas de curso superior ainda não se faz acompanhar pela qualidade e rigor necessários, sobretudo quando comparado com os demais paises africanos.

Mestre : Aliu Soares Cassama
11.07.2018

Fonte: Braima Darame

Vacina experimental contra o VIH alcançou resposta imunitária “robusta” em humanos

Quase 400 adultos saudáveis e 72 macacos foram sujeitos a testes de uma vacina experimental anti-VIH. A vacina provocou respostas imunitárias contra o vírus nos humanos e protegeu dois terços dos macacos.

Estima-se que actualmente 37 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o vírus da sida ELISEO FERNANDEZ/REUTERS

Estima-se que cerca de 37 milhões de pessoas no mundo vivam com VIH e que haja 1,8 milhões de novos casos de infecção no mundo a cada ano. Contudo, ainda não existe uma vacina que evite a infecção deste vírus. Esforços não têm faltado e a última edição da revista The Lancet traz novidades. Uma vacina experimental contra o VIH-1 teve respostas imunitárias “robustas” contra o vírus em adultos saudáveis. Observou-se ainda que protegeu macacos Rhesus de um vírus semelhante ao VIH. Neste momento, já decorre uma nova fase do ensaio clínico para se perceber se esta vacina experimental consegue proteger os humanos do VIH.

“Embora as terapias anti-retrovirais sejam um sucesso tanto para o tratamento como para a prevenção da infecção do VIH-1, uma vacina segura e eficaz seria necessária para alcançar o fim prático e duradouro da pandemia global de VIH-1”, escrevem os autores logo no início do artigo científico. Contudo, são muitos os desafios a enfrentar, como a grande diversidade genética do vírus. Quanto às vacinas, os cientistas também identificam no artigo um dos principais problemas: “A maior limitação no campo da vacinação do VIH-1 até à data tem sido a falta de comparabilidade directa entre os estudos pré-clínicos e os ensaios clínicos, em termos de vacinas, regimes, programas e análises usadas.”

Nos últimos 35 anos, apenas quatro abordagens de uma vacina do VIH foram testadas em humanos e só uma provou ter alguma eficácia na protecção contra o vírus. Testada na Tailândia durante três anos, os resultados da vacina experimental RV144 contra o vírus da sida foram apresentados em 2009. Na altura, os resultados dividiram os especialistas e, no comunicado da The Lancet sobre este recente trabalho, destaca-se que a vacina RV144 “reduziu a taxa de infecção humana em 31%, mas o efeito foi considerado demasiado baixo para que se avançasse para o uso comum da vacina.”

Agora, uma equipa liderada por Dan Barouch, da Faculdade de Medicina de Harvard (Estados Unidos), desenvolveu uma nova candidata a vacina contra o VIH-1. “A vacina contém um mosaico criado a partir de muitas estirpes de VIH e tem antigénios do VIH Env/Gag/Pol, distribuídos através de um vírus comum não-replicante (Ad26)”, refere-se no comunicado.

Para o estudo, entre Fevereiro e Outubro de 2015, foram recrutados 393 adultos (entre os 18 e os 50 anos) saudáveis e sem VIH de 12 clínicas do Leste africano, África do Sul, Tailândia e dos Estados Unidos. Nesse período, esses voluntários receberam aleatoriamente uma de sete combinações de vacinas ou um placebo. Em 48 semanas, foram sujeitos a quatro vacinações.

Os resultados mostram que todos os regimes de vacinação testados (dos sete existentes) são capazes de gerar uma resposta imunitária contra o VIH. Os efeitos secundários mais comuns nos participantes foram dores leves a moderadas no sítio da injecção, que variou entre 69% e 88% entre os grupos que receberam os regimes de vacinação e de 49% no grupo que foi sujeito ao placebo. Apenas cinco participantes relataram efeitos mais adversos como dor abdominal, diarreia, indisposição ou dores nas costas.

Cautela nas interpretações

Num outro estudo, a mesma equipa testou a vacina experimental em 72 macacos Rhesus (Macaca mulatta) para perceber se protegia estes símios do SHIV, um vírus que é uma combinação de genes do VIH e do SIV (a versão deste vírus em símios). “A vacina deu 67% de protecção contra esse vírus nos macacos”, refere Dan Barouch. Ou seja, cerca de dois terços dos macacos ficaram protegidos.

“Este estudo demonstra que o mosaico Ad26/Env da vacina candidata contra o VIH provocou respostas imunitárias robustas e comparáveis em humanos e macacos”, resume ao PÚBLICO Dan Barouch. “Todos os regimes de vacinação demonstraram confiança favorável e tolerabilidade”, assinala-se no artigo.

Estes resultados levaram a uma nova fase do ensaio clínico: o ensaio de eficácia chamado “HVTN705”, que irá determinar se a vacina protege os humanos de adquirirem VIH. Neste momento, essa nova fase já começou e a vacina está a ser testada em 2600 mulheres em situação de risco nos países do Sul de África. Mas Dan Barouch avisa que só haverá resultados em 2021 ou 2022.

“Estes resultados representam um marco importante”, considera o cientista. Mas, ao mesmo tempo, adverte: “Precisamos de ser cautelosos na interpretação destes resultados, porque não sabemos se a protecção nos macacos poderá ser transferida para os humanos.” Além disso, apesar de se ter observado respostas imunitárias nos humanos, não quer dizer que fiquem protegidos do vírus e ainda se sabe muito pouco sobre o mecanismo de protecção observado.

Num comentário na mesma revista, George Pavlakis e Barbara Felber, do Instituto Nacional do Cancro em Frederick (Estados Unidos), também destacam a importância de uma vacina para o VIH: “Novas abordagens de vacinas estão em desenvolvimento e podem progredir para ensaios eficazes, o que é um processo importante, uma vez que o desenvolvimento de uma vacina contra a sida é urgente. Embora haja avanços inéditos no tratamento do VIH e na profilaxia, o número de pessoas a viver infectadas com VIH continua a aumentar no mundo.” Por isso mesmo, consideram que Dan Barouch e a sua equipa já deram uma ajuda para que um dia esse objectivo seja atingido.

TERESA SOFIA SERAFIM

Publico.pt

Marcha de trabalhadores Guineenses: CENTRAL SINDICAL ACUSA DEPUTADOS DE CONDICIONAR O GOVERNO PARA TIRAR PROVEITOS

O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – Central Sindical (UNTG/CS), Júlio Mendonça acusou hoje, 11 de Julho 2018, os deputados de terem condicionado o governo para tirar proveitos que, segundo sindicalista, valeu o aumento do orçamento da Assembleia Nacional Popular (ANP) pelo Executivo liderado por Aristides Gomes.

Júlio Mendonça proferiu essas declarações durante uma marcha pacífica que a central sindical realizou com vista a pressionar o Governo da Guiné-Bissau para a rápida aplicação do reajuste salarial já promulgado pelo Chefe do Estado.

Numa marcha que teve início na Chapa de Bissau e terminou em frente da sede nacional da UNTG, avenida Osvaldo Vieira, num percurso com algumas paragens. Já a frente da Assembleia Nacional Popular, marchantes deixaram algumas mensagens, por exemplo, ouvia-se “abaixo deputados, abaixo Primeiro-Ministro, abaixo ministro da Função Pública e abaixo ao presidente da ANP”.


Os marchantes exibiram dísticos com dizeres como: “trabalho digno e salário justo!” Podia-se notar igualmente o dístico do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados que se juntou aos trabalhadores, com escrito “Povo I ka Lixo”.

Os funcionários da saúde pública apresentaram-se com seus uniformes durante a marcha. 

“Tínhamos alertado ao Governo de que não estamos em brincadeira neste processo, porque, concluímos que se não houver reivindicação dos trabalhadores, a situação continuará a piorar e os políticos continuarão a tirar os seus proveitos, o exemplo claro disso é o que aconteceu na Assembleia Nacional Popular”, justifica Júlio Mendonça.

Mendonça disse ainda que a UNTG não vai esperar que tudo caia do Céu, mas garante que a sua organização assumirá a liderança deste processo iniciado desde 2016 até quando os objetivos forem alcançados, acrescentando que – “nós somos trabalhadores desta terra e nós é que produzimos a riqueza deste país”.

O líder sindical, adiantou ainda que ontem, 10 de Julho, mantiveram o primeiro encontro “sério” com o chefe do Governo, Aristides Gomes, afirmando que o Primeiro-Ministro consegue perceber de que a UNTG não está nesta luta de ‘ânimo leve’.

Questionado sobre a moratória pedida pelo Governo, Júlio Mendonça disse que Aristides Gomes deve entender que o sacrifício não deve ser apenas dos trabalhadores, mas também dos políticos, dos governantes, dos deputados que devem dar uma moratória ao Estado, abdicando dos seus benefícios. O líder sindical sublinha ainda que os funcionários públicos já deram moratória há mais de 44 anos.

“É a vez de os dirigentes darem moratória nos seus benefícios, dando assim um pouco de sorriso no rosto dos trabalhadores da Guiné-Bissau”, rematou.

Saliente-se que a UNTG determina que a condição indispensável para acabar com as vagas de greve passa pela aplicação de nova grelha salarial, pagamento das dívidas contraídas com os servidores do Estado e definição de pagamento de pensões aos funcionários públicos, assim como a assistência médica e medicamentosa a todos os servidores do Estado da Guiné-Bissau. 

Por: Sene CAMARÁ
Foto: SC

OdemocrataGB

ÁFRICA - Humanos atuais têm origem em populações diversas, de regiões de africanas

Os humanos atuais são resultado de grupos distintos, que viveram em várias regiões de África e em habitats variados, desde florestas a desertos, uma diversidade que resultou nas atuais características da espécie 'Homo sapiens', defende um estudo hoje divulgado.


O trabalho, liderado por Eleanor Scerri, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e que teve a colaboração do investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência Lounes Chikhi, defende, ao contrário das teses prevalecentes, que "milénios de separação deram origem a uma desconcertante diversidade de formas, uma mistura" de antepassados que acabou por moldar a espécie humana.

"A evolução das populações humanas em África foi multi-regional. Os nossos antepassados foram multi-étnicos. E a evolução do nosso material cultural foi multi-cultural", afirma Eleanor Scerri no estudo.

Os investigadores salientam que os humanos atuais não derivam de uma só população de antepassados, com origem numa só região de África, como é aceite e referido com frequência em várias áreas do conhecimento.

O trabalho, divulgado na publicação 'Trends in Ecology and Evolution', vem desafiar a visão estabelecida com base no estudo de ossos, artefactos de pedra e análises genéticas, a que se juntaram reconstituições mais detalhadas do clima e habitats de África, nos últimos 300 mil anos.

Os cientistas resumem as suas conclusões numa expressão: "uma espécie, várias origens" e defendem que é necessário "olhar para todas as regiões de África para compreender a evolução humana".

Eleanor Scerri aponta que utensílios de pedra e outros artefactos foram encontrados em vários locais e são de diferentes tempos. "Há uma tendência continental para uma cultura material mais sofisticada [mas], esta 'modernização' claramente não tem origem numa região ou não ocorre num período de tempo", afirma.

Quanto aos fósseis humanos, "quando olhamos para a morfologia dos ossos humanos nos últimos 300 mil anos, vemos uma complexa mistura de características arcaicas e modernas em diferentes locais e em diferentes tempos", explica Chris Stringer, investigador no London Natural History Museum, que também participou no estudo.

Na análise genética, "é difícil conciliar os padrões genéticos que vemos nos africanos vivos e o DNA extraído dos ossos dos africanos que viveram nos últimos 10 mil anos com a existência de uma população humana ancestral", explica ainda Mark Thomas, especialista nesta área e investigador na Universidade College London.

O estudo agora divulgado não põe em causa a teoria geralmente aceite de que após surgir como espécie distinta, o 'Homo sapiens' coexistiu durante bastante tempo com outras espécies de humanos, como o 'Homo floresiensis', o 'Homo neanderthalensis' ou o 'Homo naledi', que foram desaparecendo face à expansão da espécie humana atual.

NAOM

NIGÉRIA - Violência atribuída a ladrões de gado provoca 26 mortos na Nigéria

Os atos de violência atribuídos a ladrões de gado provocaram a morte a 26 pessoas no norte da Nigéria, anunciou hoje a agência nacional de gestão de urgências (Nema).


Com recurso a motos, os criminosos atacaram várias localidades situadas na fronteira entre os Estados de Sokoto e Zamfara, na segunda e terça-feira, puxando os habitantes para o exterior para incendiarem as casas e roubarem gado.

"Foram encontrados 26 corpos depois dos ataques", declarou à agência France Presse um porta-voz da Nema, Suleiman Kadir, que acentuou a possibilidade de "o balanço poder aumentar depois do ataque de terça-feira".

No Sokoto, onde duas localidades foram atacadas, mais de 1.000 pessoas perderam as suas casas e foram obrigadas a refugiarem-se na cidade vizinha de Gandi, precisou Kadir.

Os grupos armados, especializados em sequestros e no roubo de gado, operam habitualmente principalmente no Estado de Zamfara, no norte da fronteira com Sokoto.

A porta-voz da polícia de Sokoto, Cordelia Nwawe, confirmou que "três comunidades em Zamfara e duas localidades próximas de Rabah (Estado de Sokoto) foram completamente incendiadas", sem fornecer mais pormenores.

As comunidades agrícolas e pastorais de Zamfara vivem ao longo de anos a ameaça constante de ladrões de gado e sequestradores, que queimam e pilham as localidades e sequestram pessoas, pedindo um resgaste para as libertarem.

Os ataques estimularam os locatários a formar milícias locais para se protegerem, mas eles são igualmente acusados de numerosas execuções extrajudiciais de presumíveis bandidos, o que alimenta um ciclo interminável de represálias.

Em abril, o exército nigeriano foi destacado para Zamfara para combater os grupos armados, ao mesmo tempo que as forças policiais tentam neutralizar as milícias civis.

Na última semana, a polícia anunciou que encontrou os cadáveres de 41 alegados bandidos, abatidos numa floresta e num rio, na área de Zurmi, em Zamfara. Quinze membros de milícias foram presos por suposta ligação aos assassínios.

NAOM

OCDE e União Africana defendem nova estratégia para desenvolver África

A OCDE e a União Africana recomendaram hoje aos governos africanos que implementem novas estratégias e políticas para cumprir os objetivos da Agenda 2063, no primeiro relatório conjunto sobre as Dinâmicas de Desenvolvimento da economia africana.


"Apesar do forte crescimento do continente, os empregos qualificados continuam escassos e as desigualdades continuam altas", lê-se no relatório sobre as "Dinâmicas de Desenvolvimento de África", que é hoje divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela União Africana.

O documento, o primeiro a ser feito nestes moldes de cooperação entre as duas entidades sobre este tema, recomenda dez ações prioritárias, separadas em função da região do continente africano, que surgem devido a cinco grandes tendências que se verificam no continente africano.

"Estas iniciativas focam-se no desenvolvimento económico sustentável através da estimulação do investimento doméstico, diversificação das exportações e aprofundamento das ligações entre o mundo urbano e rural e promoção do crescimento verde", lê-se no documento de 257 páginas que é hoje lançado em Adis Abeba, na presença do presidente da UA, Moussa Mahamat Faki, e do diretor do Centro de Desenvolvimento da OCDE, Mario Pezzini.

O desenvolvimento da inclusão social através do alinhamento entre a educação e o mercado de trabalho e a proteção social efetiva e universal, além do fortalecimento das instituições através da integração regional, melhor mobilização de recursos domésticos e melhoria da governação política e económica, são outras das recomendações gerais que os governos africanos devem implementar.

Estas dez áreas de iniciativas políticas, lê-se no relatório, são necessárias devido a várias razões apresentadas pela OCDE e UA e que são, entre outras, a volatilidade do crescimento, a falta de correspondência entre o crescimento económico e a qualidade de vida, a escassez dos empregos qualificados, a redução das desigualdades e o aumento da produtividade como ferramenta essencial para a transformação estrutural do continente.

As cinco 'megatendências', como são classificadas no relatório, "estão a moldar a integração de África na economia global, e cada uma traz riscos e oportunidades com importantes implicações para as políticas".

"Em primeiro lugar, a riqueza mundial está a mudar, com os países emergentes a produzirem mais de metade da produção mundial, com as parcerias com África a aumentarem", lê-se no documento, que apresenta como segunda 'megatendência' os obstáculos para os produtores africanos criados com "a nova revolução na produção".

Em terceiro lugar, a OCDE e a UA sublinham o "dividendo demográfico" que África pode colher com a juventude da sua população, mas alerta que é preciso "oferecer empregos e serviços básicos suficientes" aos jovens que vão a entrar na idade adulta.

Em "quarto, a rápida urbanização está a mudar as estruturas económicas e a colocar novos desafios, e quinto, muitos países africanos precisam de estratégias de 'crescimento verde' para se adaptarem às mudanças climáticas", conclui o relatório.

NAOM

África do Sul pressiona Nigéria a assinar acordo de livre comércio

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, desafiou hoje a Nigéria a aprovar o acordo que cria a Zona de Livre Comércio Africana (ZLEC), vincando que "todos os olhos estão postos nos dois países"


Na intervenção principal da sessão oficial de abertura dos Encontros Anuais do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), o chefe de Estado da mais desenvolvida economia africana contou como se sentiu pressionado para assinar o acordo durante a cimeira extraordinária da União Africana (UA), que decorreu em Kigali, em março.

"Em Kigali, sinalizámos a intenção de assinar, e muitos líderes nesta cimeira diziam que os olhos de todos os países africanos estavam direcionados para a Nigéria e para a África do Sul, e esperavam que assinassem; disseram, claro, que não era preciso sentir-me pressionado, mas eu assinei a carta de intenções, e na semana passada, na Mauritânia, assinámos o acordo", contou Ramaphosa.

Virando-se para a ministra das Finanças da Nigéria, o chefe de Estado sul-africano disse, em tom humorístico: "Nós já assinámos o acordo, portanto, Nigéria, não se sintam pressionados, só queria dizer que já assinámos, mas claro, não se sintam pressionados, demorem o tempo que for preciso, mas não demorem muito, que o resto do continente está à vossa espera".

Na resposta, Keomi Adeosun disse que o processo está em curso: "Temos de fazer consultas, somos uma federação de pequenos estados e estamos a concluir o processo de consultas; nunca devemos ter pressa para fazer as coisas mal, porque isto é realmente importante e tem de ser bem feito".

Prometendo "ratificar em breve" o acordo que já foi assinado por 44 das 54 nações africanas, Cyril Ramaphosa elogiou a posição da Nigéria, que disse precisar de mais tempo para discussões internas sobre o tratado, tal como a África do Sul.

"O acordo é um novo amanhecer, sinaliza a união de propósito e é uma busca pelo bem comum de um continente próspero e independente, tornando-nos um continente vencedor porque simboliza a unidade, que era a aspiração dos nossos antepassados", vincou Ramaphosa.

O acordo de livre comércio abrange um mercado de 3,3 biliões de dólares, abarcando uma população de mais de 1,2 mil milhões de africanos "e vai combinar a integração regional com a industrialização nacional, aliviando o défice de infraestruturas", acrescentou o chefe de Estado.

"Ao comercializar entre nós, vamos conseguir reter mais recursos no continente para serem partilhados entre o nosso povo, o que ajuda a aliviar a pobreza e a reduzir as desigualdades", concluiu o governante.

O Comissário da UA para o Comércio e Indústria, Albert Muchanga, defendeu no seguimento da aprovação do acordo, em março, que a indústria e a classe média do continente vão beneficiar com a eliminação progressiva dos direitos alfandegários entre os membros da ZLEC, tendo em conta que apenas 16% do comércio dos países africanos é feito no continente, contra quase 70% na Europa e perto de 40% na América.

A ZLEC inscreve-se no quadro de um processo que, até 2028, prevê a constituição de um mercado comum e de uma união económica e monetária de África, razão pela qual também está em curso a implementação do Passaporte Único Africano, tudo incluído na chamada Agenda 2063, que visa desenvolver económica, financeira e socialmente o continente até àquele ano.

O Afreximbank, cujos Encontros Anuais decorrem até sábado em Abuja, a capital da Nigéria, é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, 1993. Tem um capital de 5 mil milhões de dólares e está sedeado no Cairo.

Os acionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e sub-regionais, investidores privados, instituições financeiras, agências de crédito às exportações e investidores privados, além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.

Por Lusa

IMIGRANTES - África do Sul acusada de tratamento desumano a imigrantes ilegais

O Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique acusa as autoridades sul-africanas de deportarem cidadãos moçambicanos de "forma desumana", exortando Pretória a respeitar as leis internacionais.


"Não se deve, só pelo facto de estar lá [na África do Sul] ilegalmente, tratar como se fosse animal, tratar de forma desumana", declarou o diretor-nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos moçambicano, Albachir Macassar, citado hoje pelo diário O País

Os moçambicanos encontrados a viver ilegalmente na África do Sul, prosseguiu, são transportados como se fossem animais em comboios, em condições de violação das regras internacionais.

Albachir Macassar afirmou que a África do Sul deportou no ano passado 45.283 moçambicanos, dos cerca de 400 mil que vivem naquele país.

O diretor-nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos assinalou que Moçambique tem sido um exemplo no tratamento dos estrangeiros que estão no território nacional, cumprindo os tratados sobre a matéria.

"Se olharmos para a forma como o país trata os estrangeiros, podemos afirmar que Moçambique cumpre as convenções internacionais", disse Albachir Macassar.

Por lusa