Nicolau Gomes Dautarim
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
Xº Congresso do PAIGC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO ELEITORAL DIZ QUE O EVENTO VAI SER REALIZADO NA DATA MARCADA
O presidente da Comissão Organizadora do Xº Congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Manuel dos Santos, afirmou que a reunião magna do partido vai ser realizada na data marcada.
Manuel dos Santos disse que as regras que estão a ser estabelecidas neste momento pelo governo “são artificiais”, não têm nada a ver com a realidade que se vive no país e têm como intenção tentar impedir a realização do Xº Congresso do PAIGC.
O presidente da Comissão Organizadora do Xº Congresso do PAIGC fez essa afirmação esta terça-feira, 08 de fevereiro, na sede nacional dos libertadores. Manuel dos Santos disse aos jornalistas que o PAIGC “é um partido democrático que cumpre as regras e as leis.
“Na única vez que perdeu eleições em 2000, não houve protestos e nem reclamações e foi calmamente ocupar o seu lugar na oposição”, enfatizou.
O veterano de guerra avisou para que ninguém se engane, porque o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde é uma formação política que nasceu e cresceu na luta, não podendo deixar nunca que os seus legítimos direitos sejam “pisoteados” por quem quer que seja, nem por ninguém “um pertenço ministro do interior”.
“Temos os delegados ao congresso eleitos em todas as regiões, menos no Setor Autónomo Bissau, porque no dia 05 do mês em curso, a polícia impediu os militantes do PAIGC de entrar na sede dos libertadores, apresentando como justificação uma suposta decisão de um juiz, devido a providência cautelar intentado por um militantes do partido”, lamentou.
“Nada pode impedir os militantes do partido de entrarem na sua sede, isso configura um intolerável abuso de poder perpetrado pelo Ministério do Interior”, acusou, para de seguida frisar que a pandemia a nível do país e do mundo está a dar sinais de abrandamento, mas na Guiné-Bissau “assiste-se a um endurecimento das regras, particularmente a proibição de reuniões políticas, violando assim os direitos dos cidadãos”.
O responsável da Comissão Organizadora do Xº Congresso do PAIGC esclareceu que as forças da ordem não intervieram para pôr fim a uma eventual reunião que não estivesse a respeitar as regras sanitárias atualmente em vigor, mas sim para impedir os militantes de entrarem na sede do partido.
“Mais grave ainda é que realizaram congressos do Partido da Renovação Social (PRS) e Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), que envolveram miliares de pessoas, sem esquecer as presidências abertas que originaram grande concentração das pessoas, sem respeito às regras sanitárias”, salientou.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) marcou a realização da sua décima reunião magna para os dias 17 e 20 do mês em curso em Bissau.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
ENGENHEIRO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA ENTREVISTA NA RÁDIO VATICANO
GUINÉ-BISSAU: A casa do analista político, Rui Landim, em Bissau, foi alvo de ataque armado perpetrado por grupo de homens armados que dispararam contra o portão e lançaram gás lacrimogéneo dentro da casa, denunciou à DW o próprio
Fonte: DW.COM 08.02.2022
A casa do analista político Rui Landim foi alvo de ataque armado na noite desta terça-feira (08.02) perpetrado por um grupo de homens armados que dispararam contra o portão e lançaram gás lacrimogéneo dentro da casa.
"Estou dentro [da casa] só com as crianças. Estão lá fora a disparar contra o portão. Lançaram gás lacrimogéneo dentro do quarto da minha neta, que está sufocada. Apenas estou com as crianças cá em casa. Os vizinhos dizem para não sair porque há uma viatura cheia de homens armados lá fora", relatou à DW o politólogo guineense em situação de afiliação.
@Carlitos Costa fez uma transmissão ao vivo...Analista político Rui Landim - 8 de fevereiro de 2022
Rui Landim diz que o grupo de homens com uniformes da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) forçaram a entrada na sua residência, mas não conseguiram derrubar o muro da vedação.
"As crianças estão em pânico"
"Insistiram mas não conseguiram devido à intervenção dos vizinhos. Mas há informações de que estão nas imediações à espera do 'calar da noite' para voltarem. As crianças estão em pânico e a chorar", descreve Rui Landim, que é também comentador permanente da Rádio Capital FM, atacada na segunda-feira passada.
Rui Landim não tem dúvidas de que o ataque tem a ver com a análise que faz sobre a situação política da Guiné-Bissau na imprensa nacional e estrangeira. Mas sobretudo no seu espaço radiofónico às segundas-feiras, "Pontos nos Ís", na emissora privada Capital FM.
"Lamento que o país tenha chegado a esse nível. Em que se instalou no país um sistema de terror, com insegurança generalizada. É um clima de terror o que se vive", concluiu Landim que teme pela vida e pede intervenção da Comunidade Internacional.
Também o jurista Luís Vaz Martins foi alvo de ataque, mas fontes confirmam que saiu ileso da sua residência. Contactado pela DW, Vaz Martins diz que ainda não está em condições de gravar entrevista por estar a procurar um lugar seguro para se esconder.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje, em audiência conjunta um grupo de anciãos que vieram transmitir mensagem de solidariedade, pelo ocorrido no passado dia 01 de Fevereiro.
“Totalmente falso…”denuncia gabinete de comunicação da PR
O Gabinete de comunicação da Presidência da República, veio desmentir o falso decreto que nomeia interinamente o atual Ministro da Defesa, Tenente Coronel Sandji Fati, como Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas.
PAIGC - COMUNICADO DE IMPRENSA
Guiné-Bissau: PAIGC condena ataque contra a Rádio Capital
Caso avião retido no aeroporto: Ministério Público decide arquivar o processo por falta de dados criminais
Bissau, 08 Fev 22 (ANG) – A Procuradoria-geral da República decidiu arquivar o processo de investigação relacionado com o avião airbus A340 retido no aeroporto Osvaldo Vieira, por “não encontrar nenhum objecto ilícito de crime ou que possa interessar a investigação”.
“A Procuradoria Geral da República informa que, no âmbito do caso Aeronave A340 C5-AST estacionada no Aeroporto Osvaldo Vieira, o Ministério Público, depois da demorada busca e aprensão feita pelas autoridades judiciárias no interior da mesma em Dezembro último, sem encontrar objecto ilícito de crime ou que possa interessar a investigação, decidiu arquivar o processo”, disse o Ministério Público em Nota Informativa enviada hoje à ANG.
No documento, o Ministério Público diz que a referida investigação durou oito horas, dirigida por esta instituição, e que contou igualmente com a participação de agentes da Polícia Criminal, nomeadamente a Polícia Judiciária, da Ordem Pública e da Guarda Nacional, e dos representantes do Governo e da Empresa proprietária da Aeronave em causa.
No âmbito desse processo(aeronave A340 C5-AST), segundo o Mnistério Público, um oficial do Ministério do Interior aguarda julgamento, por indícios de crimes de falsificação intelectual de documentos e de simulação de crime.
No âmbito do combate ao tráfico de drogas, o Ministério Público revela que oito cidadãos foram acusados de crimes de associação criminosa, branqueamento de capital, posse ilegal de arma e de drogas de alto risco, e que os respectivos processos ja foram igualmente remetidos para julgamento.
As investigações sobre o Airbus A340 foram solicitadas pelo Governo e provocaram crispações no relacionamento entre o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló e o Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam. As duas altas figuras do Estado se posicionaram em lados diferentes perante as suspeitas levantadas a volta do aparelho.
Guiné-Bissau: Grupo de anciãos presta solidariedade ao Presidente
© Lusa
Por LUSA 08/02/22
Um grupo de anciãos muçulmanos da Guiné-Bissau prestou hoje solidariedade ao Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, a quem pediu para "deixar tudo de lado e seguir em frente", disse o porta-voz do grupo, Alanso Faty.
O grupo, composto por cerca de 50 anciãos da comunidade islâmica, deslocou-se ao Palácio da Presidência, em Bissau, para conversar com Umaro Sissoco Embaló "depois do ataque de que foi alvo" no passado dia 01 deste mês, por homens armados ainda por identificar, referiu Faty.
Em declarações aos jornalistas, no final da audiência, o porta-voz destacou que o grupo não se solidariza com Sissoco Embaló, que professa a religião islâmica, "por causa do tribalismo ou da religião".
"Viemos cá no âmbito da comunidade islâmica porque a nossa Constituição da República pede o respeito pelas leis do país. Quem estiver aqui como Presidente é porque obedeceu à lei. Deus recomendou que seja seguido, que os profetas sejam adorados e que respeitemos a autoridade do Estado", observou.
O também deputado no parlamento eleito pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) sublinhou que mesmo que fosse outro cidadão guineense que estivesse no palácio como chefe de Estado teria a mesma manifestação de solidariedade.
"O Presidente que temos aqui foi eleito com voto da maioria da população da Guiné-Bissau, não está cá pelo golpe de Estado, ouvir que ele foi atacado como foi, tínhamos de vir cá solidarizarmo-nos com ele", notou o porta-voz do grupo.
Alanso Faty afirmou que Umaro Sissoco Embaló recebeu o grupo de "bom grado" de quem ouviu um pedido no sentido de "sofrer e deixar tudo de lado, para seguir em frente" como Presidente "de todos os guineenses".
Questionado sobre se o grupo pensa realizar a mesma visita de solidariedade ao primeiro-ministro, Nuno Nabiam, também presente no Palácio do Governo no dia em que Umaro Sissoco Embaló foi atacado, Faty respondeu que tudo irá depender de uma análise a ser feita pelos anciãos da comunidade islâmica.
Homens armados atacaram na semana passada o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República e do primeiro-ministro.
O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".
O porta-voz do Governo adiantou no sábado, em conferência de imprensa, que o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamansa, bem como outras "personalidades", que não especificou.
O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.
Na sequência dos acontecimentos, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou o envio de uma força de apoio à estabilização do país.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.
Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.
Leia Também: Guiné-Bissau: Organização exige demissão do ministro do Interior
Violência tem subido de nível no país e isto mereceu reação de JUADEM através da conferência de imprensa
Juventude de Madem-G15, após ser surpreendido com panfleto que virilzou nas redes sociais e que visa denegrir a imaculada imagem do seu coordenação Braima Camara a qual considera que isto não passa de manobra de distrair os incautos e isso não deve preocupar as suas estruturas do partido pois, os responsáveis desta vergonhosa atitude pretendem escamotear as suas incompetências, perante incumbências a que foram atribuídos ( manter segurança de todos nós) e para isso, vão se fabricar bodes-expiatórios por via de panfletos sem nexo jurídico
Juadem aproveita para condenar tentativa de golpe de Estado, apresentar solidariedade ao Presidente da república, primeiro-ministro e todo elenco do governo em particular famílias dos jovens que perderam a vida e fazem lembrar que malogrados eram elementos de JUADEM, antes de escolheram ir servir o Estado como paramilitares. E, por último Condenam veementemente o que aconteceu com à Rádio Capital, porque MADEM-G15 é um partido democrático e não se revê nos expedientes da violência