domingo, 23 de outubro de 2016

BUBO NA TCHUTO RECEBIDO EM EUFORIA À CHEGADA A BISSAU E AFIRMOU : " DUNO DI TCHON NA SI TCHON", FIM DA CITAÇÃO.






Fonte: Braima Darame, via facebook


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BUBO NA TCHUTO RECEBIDO COMO “HERÓI” EM BISSAU

 
O Ex-chefe da Armada guineense, Bubo Na Tchuto regressou à Guiné-Bissau na madrugada deste sábado, 22 de Outubro 2016, sob uma recepção ‘heróica’ de centenas de guineenses que se deslocaram ao aeroporto internacional ‘Osvaldo Vieira’.

Além de cidadãos que marcaram presença no aeroporto de Bissau, outros preferiram aguardar em diferentes artérias da Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria para ovacionar o regresso à casa do contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, recentemente libertado de uma prisão federal norte-americana de Nova Iorque.

Em poucas palavras que se ouviu da boca do Bubo Na Tchuto é – “o filho da terra voltou para sua terra…o lobo não come lobo…vamos caber todos nesta terra…”.

Na Tchuto foi recebido por familiares e amigos, num reencontro emocionante de risos e lágrimas, uma comitiva composta por mais de três dezenas de viaturas acompanharam o contra-almirante até ao hotel onde terá sua primeira noite de regresso a sua terra natal, depois de ter cumprido cerca de quatro anos de prisão nos Estados Unidos da América.

O coordenador para a recepção de contra-almirante, deputado Mário Fambé agradeceu o povo guineense pela recepção calorosa, lamentando o tratamento que o governo e o Estado da Guiné-Bissau deu aos problemas de Bubo e da jornalista guineense desaparecida em Angola.

“Ficamos indignados com o governo e o Estado da Guiné-Bissau que devem defender seus filhos independentemente dos seus actos, ou seja, pelo menos pronunciar-se sobre o assunto. Mas nunca alguém se pronunciou sobre caso de Bubo”, lamentou Fambé com uma voz trémula.

Fambé agradeceu em nome da família, o advogado norte-americano Patrick Joyce que defendeu Na Tchuto na última fase do processo, estendendo o agradecimento à população que deixou de dormir para solidarizar-se com Bubo.

Recorde-se que José Américo Bubo Na Tchuto foi preso a 4 de Abril de 2013 nas zonas marítimas nacionais, de acordo com as testemunhas de um dos presos posteriormente libertado em Cabo Verde, Vasco Nacia.

A colaboração com a justiça norte-americana e o bom comportamento na prisão terão sido factores suficientes para que a pena de Bubo na Tchuto fosse definida em apenas quatro anos, de acordo com a sentença lida no início de Outubro em curso, em Nova Yorque.

Por: Sene Camará
Fotos: Marcelo N’Canha na Ritche
odemocratagb.com


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Contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto.
O antigo chefe da  Armada   da  Guiné-Bissau, contra-almirante Bubo Na Tchuto,  foi libertado  pelas autoridades  dos  Estados  Unidos, onde se encontrava detido desde  Março  de 2013  por alegado envolvimento no narcotráfico. O militar guineense  já se encontra de volta ao seu  país, onde segundo o correspondente  da RFI em Bissau, Mussá  Baldé, foi acolhido festivamente pelos seus compatriotas.       

Condenado  no  dia  4 de Outubro de 2013   a  uma pena  de prisão  de quatro anos, por  tentativa de tráfico de droga  para os Estados Unidos, José Américo Bubo Na Tchuto, cumpriu três anos  e  sete  meses. O contra -almirante  guineense  foi  detido em águas internacionais , no mês de  Março de 2013, por  agentes do DEA( Drug Enforcement Administration, serviço da polícia federal americana encarregado do combate ao tráfico de drogas), na companhia de três cúmplices. Dos  três,  Tchamy Yala  e Papis Djeme  foram   condenados respectivamente a cinco e seis anos e meio  de prisão. O terceiro  condenado  a  uma pena  de três anos, foi  posteriormente libertado e deportado para Portugal em virtude de ser cidadão do país  europeu.

Numa altura em que a  Guiné-Bissau  atravessa  um novo período de crise política, o regresso de Bubo Na  Tchuto  não deixa de suscitar interrogações no seu país.Contudo  22 de Outubro de 201, data do seu  regresso ao país  natal, foi um dia de celebração  para algumas centenas de compatriotas seus, como o confirma na sua crónica  de Bissau, Mussá Baldé.

"O contra-almirante Bubo Na Tchuto, antigo comandante da Armada  guineense, chegou a Bissau na ultima madrugada, mas mesmo o adiantado  da hora, duas da manhã, não demoveu as cerca de cinco centenas de
 pessoas que estavam no Aeroporto de Bissau a espera do militar.  Bubo Na Tchuto, que esteve detido nos Estados Unidos de America  durante cerca de quatro anos, foi recebido num ambiente de festa    sobretudo por jovens que se deslocaram ao aeroporto, para aí saudar o  regresso daquele que é apelidado de General do Povo.


Ao som de música, Bubo Na Tchuto era saudado na mesma medida em quetodos tentavam abraçá-lo e tirar uma fotografia.Dezenas de jovens seguiram a caravana de carros em que Bubo se fez transportar do aeroporto ao centro de Bissau, numa distância de oito quilômetros, gritando palavras de apreço à figura do militar.

“Bubo é um combatente de liberdade da patria, merece todo o nosso carinho”, diziam os jovens".

Outros ainda afirmavam que “Bubo pagou pelo seu erro lá na longínqua América”. Mais magro e com ar cansado, Bubo Na Tchuto mais parecia uma estrela de cinema ou um líder político a regressar ao seu país depois de um feito no  estrangeiro. Com uma bandeira da Guiné-Bissau enrolada no  pescoço, Bubo Na tchuto disse, em curtas declarações aos jornalistas, que se sentia  feliz em retornar ao seu país, onde acredita que cabem todos os  filhos da Guiné-Bissau".
RFI



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BUBO: DA SENTENÇA CUMPRIDA À RECEPÇÃO CALOROSA EM BISSAU

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

RANKING DA FIFA: GUINÉ-BISSAU É O MAIS BEM POSICIONADO DOS PALOP

Seleção nacional da Guiné-Bissau

Bissau, 21 Out 16(ANG) - A Federação Internacional de Futebol (FIFA) divulgou quinta-feira o ranking de seleções referente ao último mês no qual a seleção nacional da Guiné-Bissau superou todos os países africanos falantes da Língua Portuguesa.

Segundo a Rádio Jovem, os Djurtus que na última actualização estava na posição número 73 depois da seleção Cabo-verdiana, agora superou os tubarões azuis que há muito tempo figurava como melhor seleção africana falante da língua Portuguesa e numa ocasião melhor da África (actualização de Março de 2016).

A seleção de todos nós subiu de lugar número 73 para 69 no ranking mundial superando todos os países dos PALOP. Ao nível do continente africano ela é a 17ª melhor, sempre aparecendo acima dos Tubarões Azuis.

 A seleção nacional da Guiné-Bissau sob comando do mister Candé continua a fazer a história e desta vez subiu no ranking mesmo vendo o seu jogo de preparação contra o Canadá adiado para o dia 11 de Novembro.

 Confira o posicionamento dos países dos Palop no Ranking de Fifa actualizado segunda-feira.

1. Guiné-Bissau - 69

2. Cabo-Verde- 71 lugar

3. Guiné-Equatorial - 92º lugar

4. Moçambique -95º lugar

5. Angola - 134º lugar

6. São Tomé- 153º lugar

ANG/Rádio Jovem

ONU: CONSELHO DE SEGURANÇA INFORMADO SOBRE AS NEGOCIAÇÕES DE CONACRI

Fonte: http://www.gbissau.com

DECLARAÇÃO À IMPRENSA SOBRE A GUINÉ-BISSAU

Os membros do Conselho de Segurança foram informados pelo Sr. Modibo Ibrahim Touré, Representante Especial do Secretário-Geral e Chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), sobre o diálogo inclusivo entre os líderes políticos, sociedade civil e comunidades religiosas da Guiné-Bissau convocado por Sua Excelência Prof. Alpha Conde, Presidente da República da Guiné e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Mediador para Guiné-Bissau, entre 11 e 14 outubro de 2016, em Conacri, República da Guiné.

Os membros do Conselho de Segurança congratulam-se com esta iniciativa, que faz parte da implementação do roteiro de 6 pontos da CEDEAO para acabar com a crise política na Guiné-Bissau, acordado pelos líderes políticos a 10 de Setembro de 2016, em Bissau;

Os membros do Conselho de Segurança congratulam-se ainda com o acordo de Conakry sobre a implementação do roteiro da CEDEAO e convidam todas as partes interessadas a não pouparem esforços para a sua implementação plena e atempada;

Os membros do Conselho de Segurança manifestaram apoio ao consenso alcançado sobre o processo para a nomeação de um novo primeiro-ministro e para a formação de um governo inclusivo, nos termos do acordo. Eles também encorajaram o presidente Vaz a proceder à nomeação do primeiro-ministro consensual o mais rapidamente possível;

Os membros do Conselho de Segurança recordam que a implementação do acordo poderia restaurar a confiança dos parceiros e permitir que a comunidade internacional cumpra as promessas feitas durante a Conferência de Bruxelas dos parceiros para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, em Março de 2015;

Os membros do Conselho de Segurança expressaram o seu apoio ao Representante Special Touré, e pediram-lhe para continuar a trabalhar em estreita colaboração com todas as partes para a resolução da crise política na Guiné-Bissau.

PRESS STATEMENT ON GUINEA-BISSAU

The Members of the Security Council heard a briefing from Mr. Modibo Ibrahim Touré, Special Representative of the Secretary General and Head of the United Nations Integrated Peacebuilding Office in Guinea-Bissau (UNIOGBIS), on the inclusive dialogue among political leaders, civil society and religious communities of Guinea-Bissau convened by His Excellency Prof. Alpha Conde, President of the Republic of Guinea and Economic Community of West African States (ECOWAS) Mediator for Guinea-Bissau, on 11-14 October 2016, in Conakry, Republic of Guinea.

The Members of the Security Council welcomed this initiative which is part of the implementation of the 6-point ECOWAS roadmap to end the political crisis in Guinea-Bissau, agreed by political leaders on 10 September 2016, in Bissau;

The Members of the Security Council further welcomed the Conakry agreement on the implementation of the ECOWAS roadmap and invited all stakeholders to spare no effort for its full and timely implementation;

The Members of the Security Council expressed support to the consensus reached on the process for the nomination of a new Prime Minister and for the formation of an inclusive Government in accordance the agreement. They also encouraged President Vaz to proceed to the nomination of the consensual Prime Minister as soon as possible;

The Members of the Security Council reminded that the implementation of the agreement could restore the confidence of partners and enable the international community to fulfill the pledges made during the Brussels Conference in March 2015 of the partners for development of Guinea-Bissau;

The Members of the Security Council expressed their support to Special Representative Touré, and requested him to continue to work closely with all stakeholders for the resolution of the political crisis in Guinea-Bissau.

IRMÃ DO EX-PRESIDENTE KUMBA YALÁ AFIRMA QUE O PAÍS NÃO TEM PRESIDENTE DA REPÚBLICA FORTE E COMPETENTE PARA DESBLOQUEAR O PAÍS

Joana Cobdé Nhanca irmã do falecido Presidente Koumba Ialá afirmou hoje(20 Out) em Bissau, que a Guiné-Bissau é um país que não dispõe de um Primeiro Magistrado de Nação forte e capaz, que possa decidir e desbloquear a crise política.

Joana Cobdé que falava em conferência de imprensa na sua residência lembra que, “as instabilidades políticas do passado tinham nome que é Koumba Ialá e apelidados com a etnia Balanta como promotores da instabilidade cíclicas na Guiné-Bissau. E agora, chamam a atual crise política de crise nacional. Não há ninguém a ser responsabilizado e não há nenhuma etnia que é responsável”, observou Joana.

Falando das mediações da crise, Cobdé disse a Comunidade Internacional não pode resolver a crise se os próprios guineenses não se enveredarem no caminho do diálogo franco e conducente para a saída do marasmo. “Comunidade Internacional só está a aumentar a tensão e receitas médicas aos guineenses, já que frustraram várias mediações da crise”, notou.

Com tudo, Joana pediu calma aos guineenses, convicta que o cenário político pode mudar pela positiva a qualquer momento. Deixando claro que não é política ajudava o seu irmão Koumba, mas quando esse escolheu para uma outra direcção foi obrigada a mudar também para apoia-lo, e em Bissau, mesmo não quer fazer política, será sempre obrigado a fazê-lo devido as circunstância, porque “todos estão revoltados”.

A irmã do antigo PR adianta que o país carece de um verdadeiro Estado, porquanto os ideais dos Antigos Combatentes da liberdade da Pátria estão a ser desvirtualizados, acusando os actuais políticos de falta de conhecimento da ciência politica.


Fonte: Conosaba

ESTADO-MAIOR GUINEENSE QUER ERRADICAR ANALFABETISMO NO SEIO DOS MILITARES

O Estado-Maior General das Forças Armadas quer erradicar o analfabetismo no seio dos militares guineenses. Neste sentido, o Estado-Maior e a organização da Sociedade Civil reuniram-se, hoje, 20 de outubro 2016, na segunda conferência de aproximação entre a classe castrense e a sociedade civil.

O encontro decorreu sob lema “No Sindi Um Vela Nacional”. Um assunto que, José Sambú, representante de Estado-Maior General das Forças Armadas, na segunda conferência de aproximação entre a classe castrense e a sociedade civil, espera que não se limite apenas no lema proposto, mas sim erradicar o analfabetismo no seio dos militares.

“Apreendemos a escrever como primeiro passo, porque o processo era de luta de libertação e evoluímos em função da necessidade que havia de manipular algumas armas e assim seguimos passos iguais com o mesmo processo até Conacri”, lembra antigo guerrilheiro guineense nas matas de luta pela independência do país.
O Pastor Cipriano Correia Cá, da Sociedade Civil, disse que a conferência visa permitir que os militares sejam “líderes servidores”, capazes de lidar com conflitos de natureza social.
O líder religioso defende, por isso, a necessidade de os jovens da classe castrense começarem a pensar na mudança de mentalidade e “fechar a porta de liderar para monopólio, e passar a liderar para beneficiar todos”.

“Isso passa pelo respeito às leis da constituição e não o incumprimento da lei e, consequentemente permitir as pessoas compreenderem o espírito de conflito, como aderir a um conflito e quais as consequências de um conflito”, explica.

No ato, a ONG italiana “Mani Tese”, entidade financiadora do encontro, distribuiu cerca de seiscentos mil cadernos, incluindo canetas e outros materiais didáticos a mais de seis organizações da sociedade civil parceiras que atuam, sobretudo, no âmbito da educação não formal.

No capítulo de alfabetização, a conferência decorreu sob tema “Rever o Passado e Escrever o Futuro da Alfabetização”.

Por: Filomeno Sambú
odemocratagb.com

Bubo Na Tchuto libertado e a caminho de Bissau

 José Américo Bubu Na Tchutu

Antigo chefe da Armada da Guiné-Bissau foi libertado pelas autoridades americanas e está nos Marrocos.
 

O contra-almirante guineense José Américo Bubu Na Tchutu foi libertado pelas autoridades dos Estados Unidos, onde estava preso Abril de 2014, e encontra-se em Marrocos a caminho de Bissau.

Fontes diplomáticas disseram à VOA que Bubo Na Tchuto aguarda apenas pela cobertura da representação de Bissau em Rabat para regressar ao país.

Uma fonte familiar contactado pela VOA não confirma, nem desmente a noticia, que já circula também nas ruas de Bissau.

Sentenciado no passado dia 4 a uma pena prisão de quatro anos por tentativa de traficar droga nos Estados Unidos, Na Tchuto cumpriu três anos e sete meses da sua pena.

A decisão de um juiz de Nova Iorque determinou a deportação do antigo homem forte da armada guineense logo que fosse colocado em liberdade, o que, a acreditar nas nossas fontes, já aconteceu.

Bubo Na Tchuto foi preso a 4 de Abril de 2013 nas águas internacionais perto da Guiné-Bissau juntamente com mais três cúmplices.

Antes da sentença de Bubo Na Tchutu, dois antigos colaboradores seus declararam-se culpados de conspiração para traficar droga para os Estados Unidos.

Tchamy Yala e Papis Djeme, detidos na mesma operação secreta da Agência Anti-Droga dos Estados Unidos (DEA) em águas internacionais próximas da Guiné-Bissau, tinha sido condenados a cinco anos e seis anos e meio de prisão, respectivamente.

Um terceiro colaborador, condenado a cerca de três anos, foi libertado e deportado para Portugal, de onde também é cidadão.

O antigo Chefe de Estado-maior da armada guineense foi considerado culpado de tráfico de droga, para o qual, recebia um milhão de dólares por cada operação, segundo a acusação.

O represso de Bubo Na Tchuto pode estar por horas e já provoca muitas perguntas no momento em que o pais enfrenta uma nova crise política.

VOA

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Opinião: Acordo de Conakri _ FIM DA CRISE OU CRISE EM STAND BY?


“Ter razão não dá razão”, diz-se algures.

A crise despoletada em Agosto de 2015 com a demissão do primeiro Governo da legislatura pelo Presidente da República, levou que tentativas várias fossem feitas para serenar os ânimos (no círculo do PAIGC), enquanto em níveis mais amplos, multilaterais, eram desenvolvidas iniciativas e ações que acabaram por envolver a comunidade internacional na busca de uma saída se não consensual, pelo menos adequada à conjuntura atual, tendo em consideração os factores endógenos e exógenos mais proeminentes.

Personalidades de renome internacional com larga experiência em mediação de conflitos; localmente, dirigentes políticos, líderes religiosos e da sociedade civil sucederam-se no vai-vem entre as partes desavindas, imbuídos da melhor das intenções. Mas, apesar de todos os esforços, aparentemente, só houve evolução quando as Nações Unidas, União Europeia, União Africana, vendo o impasse e que as coisas decorriam, deram à CEDEAO o ‘empurrãozinho’ que faltava para que pudesse assumir a mediação e comandar as operações. Ressalve-se, que a geopolítica impõe mesmo que seja assim.

A nomeação do Presidente Condé como mediador da organização sub-regional, pelos vistos, resultou. Presentemente, depois da declaração do Presidente José Mário Vaz de que na quinta-feira, depois de regressar da cerimónia de investidura do seu homólogo de Cabo Verde tratará da nomeação do Primeiro-Ministro, o país accionou o relógio da contagem decrescente. Só que, nem todas as interpretações das declarações do Chefe de Estado dão para apaziguar os espíritos guineenses.

Algumas indicam a possibilidade da escolha do PR não reflectir a indicação do PAIGC que anunciou publicamente a sua preferência por Augusto Olivais, antigo secretário nacional do Partido, deputado da bancada maioritária e do Parlamento da CEDEAO, alegadamente, sem ter em conta o critério “confiança do Presidente da República”. Outras, na praça pública, alegadamente apontam que a preferência presidencial recai no General Oumar Cissoko Embaló, “pessoa da sua confiança”, como recomenda o acordo de Conakry.

O General pesa pelas suas ditas relações com personalidades africanas de alto nível incluindo chefes de governo e de estado, entre outros atributos. É considerado um potencial angariador de recursos financeiros podendo muito contribuir para obter apoios consideráveis de que o país precisa principalmente nesta altura em que está no fundo do poço submergido em dificuldades. Nesse ponto é que se verifica a colisão – PAIGC versus José Mário Vaz. Na realidade, o PAIGC antecipou-se ao decreto presidencial e anunciou o “seu” Primeiro-Ministro contrariando a confidencialidade solicitada aos participantes no fórum de Conakry, com a sua iniciativa de informar os militantes e o povo em geral do que se passa.

Na verdade, ao que consta é receio generalizado que José Mário Vaz venha a insistir numa posição que colida frontalmente com a do  PAIGC. É o cenário de uma nova crise quiçá noutro formato emoldurado de outras especificidades.

Visto de um outro prisma pode-se inferir que, depois das muitas cedências que fez na mesa de negociações, o PAIGC, em contraponto, fez o anúncio para “atar” o PR à disposição constitucional “…tendo em conta os resultados eleitorais” de forma a impedir a adopção de qualquer opção que não seja a sua.

Outrossim, há vozes que afirmam que todas as partes estão fatigadas com a crise e os seus efeitos colaterais, e, José Mário não fica fora. Outras ainda falam da “guerra” que o Presidente terá declarado ao próximo ex-Primeiro-Ministro Baciro Dja ao deixa-lo cair como “mango podre” ingloriamente. Isso poderá, dizem, levar José Mário Vaz a evitar, por “conveniência” mais um confronto público sobretudo com uma figura que, supostamente, sabe muitas coisas que não devem ser esparramadas ao público tendo em conta a baixa quota de popularidade de que goza como Presidente da República.

Entre rumores e ânimos expressivos das diferentes sensibilidades os cidadãos, na generalidade, aguardam impacientemente que o tempo passe célere enquanto na Função Pública o incumprimento de pagamentos salariais começa a aquecer alguns sectores. Mais: o receio é que o prolongamento da crise venha a afectar outras áreas com impacto directo no quotidiano dos cidadãos e venha a engendrar distúrbios de consequências imprevisíveis na sociedade.

«A conversar é que a gente se entende», diz o velho ditado popular, a prova disso acaba de ser dada em Conakry.

Como se usa dizer, nos últimos tempos, manda o bom senso que não haja VENCEDORES NEM VENCIDOS. O essencial é que o entendimento seja pra valer e para durar.

Pelas mostras exibidas no dia-a-dia, o povo cansado quer e deseja paz, estabilidade, tranquilidade, e garantias efectivas de progresso e desenvolvimento. Não há verdade mais que esta, um desejo honesto. VOX POPULI, VOX DEI.

O período da crise serviu para elucidar vários aspectos menos claros da política e, também, para dar uma visão clara do entendimento que a sociedade tem dela.

Por : Humberto Monteiro, Jornalista guineense
odemocratagb.com
Publicada por  Bambaram di Padida

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Obama Signs Executive Order Requiring Loser of Presidential Election to Leave Country


WASHINGTON (News Satire from The Borowitz Report)—In an Oval Office ceremony on Wednesday morning, President Barack Obama signed an executive order requiring the loser of the 2016 Presidential election to leave the country forever.

“This will help the healing begin,” the President said.

The executive order calls for the loser of the November 8th election to depart the country on the morning of November 9th and never return.

“Whoever that turns out to be,” the President said.

Obama acknowledged that the executive order marked a departure from American electoral tradition, but added, “A lot of good will come of this.”

The two most recent losers of U.S. Presidential elections, John McCain and Mitt Romney, issued a joint statement in reaction to the executive order. “We’re O.K. with it,” the statement read.

thenewyorker.com

Liga Guineense dos Direitos Humanos denuncia situações degradantes.

A fuga no domingo, 16, de 24 reclusos do centro de detenção da Polícia Judiciária, na Guiné-Bissau, continua no centro das atenções sem que as autoridades tenham informado sobre a caputa ou não dos foragidos.

O tema agora levanta um debate sobre as condições das prisões no país.

Em 2015, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) , já havia denunciado as deploráveis condições nas prisões guineenses.

O presidente da LGDH, Augusto Mário da Silva, advoga o encerramento de várias delas que, na sua opinião, apresentam péssimas condições de salubridade, além de estarem superlotadas.

”Um centro que tem a capacidade para 25 pessoas recebe neste momento, 90 pessoas. Este centro deve ser encerado, porque não tem condições para albergar as pessoas. Isto é um anexo. As cassas de banho não funcionam. Compreendemos a fragilidade de condições do Estado, mas isso faz parte da política criminal”, sustenta Silva.

Em Bissau, a capital, há dois centros de detenção prisional, sendo um da Policia Judiciária e o outro da Policia de Ordem Pública.

O Director-Geral dos Assuntos Prisionais do Ministério da Justiça, Mussa Baldé, diz que uma das prioridades do Governo tem a ver, justamente, com a construção de uma prisão de maior segurança em Bissau, com o objectivo de superar e prevenir situações do género.

"Estamos a melhor o cento de detenção para receber mais pessoas. Apresentamos uma maquete e o local onde vamos construir uma prisão, que, em princípio, tem um financiador. Estamos a tentar procurar outras soluções para minimizar a situação. Significa que o Estado e o Governo estão a procurar soluções”, garantiu.

Em consequência da evasão dos prisioneiros e face a um homicídio ocorrido no dia seguinte, resultado do assalto a uma mercearia no centro da capital, os citadinos de Bissau, não escondem agora as suas preocupações.

O que, igualmente, não deixou a Liga Guineense dos Direitos Humanos indiferente.

"A continuidade dessas pessoas a monte pode pôr em causa a paz social. É urgente recapturar essas pessoas para fazer que os cidadãos acreditem na ordem jurídica interna”, defendeu o presidente da Liga.

De referir que, actualmente, existe apenas um centro prisional para o cumprimento de pena efectiva, localizado em Bafatá, no leste do país, e construído com o apoio financeiro das Nações Unidas.

Meet Azalea the smoking chimp, new star at Pyongyang zoo

Azalea, the smoking chimpanzee

PYONGYANG, North Korea (AP) — Pyongyang's newly opened zoo has a new star: Azalea, the smoking chimpanzee.

According to officials at the newly renovated zoo, which has become a favorite leisure spot in the North Korean capital since it re-opened in July, the 19-year-old female chimpanzee, whose name in Korean is "Dallae," smokes about a pack a day. Dallae is short for azalea.

They insist, however, she doesn't inhale.

Thrown a lighter by a zoo trainer, the chimpanzee lights her own cigarettes. If a lighter isn't available, she can light up from lit cigarette if one is tossed her way.

Though such a sight would draw outrage in many other locales, it seemed to delight visitors who roared with laughter on Wednesday as the chimpanzee, one of two at the zoo, sat puffing away as her trainer egged her on. The trainer also prompted her to touch her nose, bow thank you and do a simple dance.

The zoo is pulling in thousands of visitors a day with a slew of attractions ranging from such typical fare as elephants, giraffes, penguins and monkeys to a high-tech natural history museum with displays showing the origins of the solar system and the evolution of life on Earth.

Another of the most popular attractions that might come as a surprise to foreign visitors is the dog pavilion, which has everything from German shepherds to Shih Tzus. The zoo also has performances featuring other animals trained to do tricks, including a monkey that slam dunks basketballs, dogs trained to appear as though they can do addition on subtraction on an abacus and doves that fly around and land on a woman skating on an indoor stage.

Renovations for the new zoo began in 2014, as part of North Korean leader Kim Jong Un's efforts to create more modern and impressive structures and leisure centers around the capital. The zoo actually dates back to 1959, when Kim Il Sung, the nation's first leader and the grandfather of Kim Jong Un, ordered it built on the outskirts of the city.

According to its official history, the zoo started off with only 50 badgers.
Azalea, the smoking chimpanzee

Azalea, the smoking chimpanzee

This story has been corrected to fix spelling of Shih Tzu.

AP

A MÃO INVISÍVEL DE BÁ KEKUTÓ?

A MÃO INVISÍVEL DE BÁ KEKUTÓ
Afinal de contas quem estará por detrás de toda a trama política e de maquinação dos últimos dias? 
Se o PRS, no seu Comunicado de Imprensa do dia 18 de Outubro de 2016, sobre o Acordo de Conacri, revela de que a direcção do PAIGC terá escolhido o nome do ex-primeiro-ministro, Carlos Correia; que o senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Eng.º Cipriano Cassamá escolheu o nome do senhor Eng.º Mário Cabral; e a Sociedade Civil escolheu o nome do senhor Alfredo Handem, quem terá proposto então, para cargo de Primeiro-ministro do próximo governo, os senhores Umaru Sissoko Embaló, João Aladje Fadia e Augusto Olivais? 

Lembrem-se de que apenas o PRS, coerentemente, não propôs nome algum para cargo de Primeiro-ministro do próximo governo. Aliás, nem sequer a iniciativa justificaria, visto que há um Governo legal e de consenso que representa a maioria na ANP, capaz de aprovar um Programa de Governo. 

Como estava a referir, na nossa praça pública, ventila-se de que a proposta dos três nomes é do Presidente da República! Pergunto: será que  o Presidente da República é um dos contendores, fazendo parte dos "coassinantes" do acordo? O que se sabe é que cabe ao Presidente da República, como primeiro magistrado da nação nomear o Primeiro-ministro. Portanto, não seria Ele uma das partes do problema, entenda-se.

Portanto, a nossa questão de momento, não é o facto do PAIGC ter embandeirado em arco com o nome do senhor Dr. Augusto Olivais, como sendo a sua proposta original. O que não deixa de ser uma montagem falsa, enganadora e perigosa. 

A questão se coloca em como estes três nomes conseguiram então chegar a mesa das negociações e porquê que só eles tiveram o privilegio de fazer manchete das rádios, jornais e blogs, até a realidade dos factos ter sido revelada pelo Comunicado da Imprensa do PRS. 

Estamos no encalço da figura cuja mão invisível teve o desplante de introduzir os três nomes mais ventilados. 

Chegou o momento de novas alianças. As velhas já lá vão. Bá Kekutó não se mostra, mas tem sido ele quem de facto comanda o jogo pela calada. Bá Kekutó pensa que pode chegar ao poder derrubando Baciro Djá. Para já esta divergência só favorece ao caloteiro DSP. Em relação ao Presidente da República o objectivo seria de o sujar a imagem com nomes como o de Umaru Sissoko Embaló. Ele encontrou-se com Cadogo Jr. em Cabo Verde. Esquecendo-se de que tem pés de barro, pretende jogar uma cartada perigosa de retornar Cadogo Jr. no poder e em contrapartida assumir o cargo de Primeiro-ministro, por ele tão almejado.   

Nigeriano de 92 anos tem 97 mulheres

Idoso tem 125 filhos.
Mohammed Bello Abubakar tem 92 anos, 97 mulheres e 125 filhos
Mohammed Bello Abubakar é conhecido como o "superpolígamo" da Nigéria. O idoso de 92 anos tem 97 mulheres, 125 filhos e garante que não vai ficar por aqui.

Neste país africano, a poligamia é uma prática aceite. Contudo, Mohammed Bello Abubakar consegue ultrapassar todos os limites e é hoje um dos homens mais famosos da região. Uma prática que descreve como sendo "uma tarefa divina".

De acordo com o Independent, este idoso já casou com 107 mulheres. Separou-se posteriormente de 10. Dos 185 filhos que já teve, sobreviveu mais tempo que 60 deles.

Nos últimos dias, a comunicação social internacional deu-o como morto, algo que fez questão de desmentir e garantir: "Estou mais vivo que nunca".

cmjornal.pt

Sub-secretária para Assuntos Africanos assiste à posse do Presidente de Cabo Verde

Os Estados Unidos estarão presentes na posse do Presidente da República de Cabo Verde a realizar-se na próxima quinta-feira, 20, por uma delegação chefiada pela sub-secretária de Estado para os Assuntos Africanos, Linda Thomas-Greenfield

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Olivais da serra, o vento leva a flor

Nas prisões masculinas desenvolve-se um curioso calão psicológico, que, se é duro, não deixa de ser pedagógico. Quando chega um novo elemento, este é «testado», ou seja, provocado. Se mostrar medo, ficará indelevelmente marcado. Momento no qual é preciso afirmar a «soberania» sobre o último reduto íntimo, o nosso próprio espaço. Esse é um ensinamento vital, para um Homem. Aqueles que chumbam nesse teste, ficam inquestionavelmente expostos. Acabam a pau ou a ferro, senão mesmo enrabados por todos. São as «Carlotas».


Domingos Simões Pereira foi a Conacri, engoliu tudo, entregou o ouro ao bandido, assumiu-o publicamente, e refugia-se agora em pretextos fúteis que não passam da confirmação da sua inapelável derrota. O «estatuto» do PAIGC? Mas qual estatuto? Essa do «libertadores» morreu com Cabral, ainda antes da sua formalização. O que tem o PAIGC para apresentar? Mais de quatro décadas de desgovernação? DeSesPerado, recorre a todo o tipo de expedientes de contra-informação, na tentativa de manipular as consciências, na linha da velha e maquiavélica história do seu diabólico Partido.

 DSP não quer confessar que, vítima da sua própria casmurrice, caiu numa armadilha, ao assinar, perante a CEDEAO, o risível «acordo» de Conacri, e que agora, atado à carroça, já só aspira a fugir com o rabo à seringa. Sob pressão (e caiu mal junto da CEDEAO a presença intrometida de Angola, o que terá ajudado), assinou o acordo, mas já só pensa em incumprir. Tenta desinformar, usando os seus canais «dedicados», avançando com o nome de Augusto Olivais, que nunca esteve na mesa das negociações, como o PRS acaba de denunciar em comunicado. Ou seja: embora Olivais fizesse parte dos três nomes propostos por Jomav, não chegou a ser discutido, tendo o PAIGC mantido a sua teimosia em torno de Carlos Correia (na «impossibilidade» de Domingos), esgotando assim os seus cartuchos. Cipriano Cassamá, que se julga uma entidade à parte (e é o principal responsável pelo impasse), ou talvez uma outra ala do PAIGC, propôs Mário Cabral, e a sociedade civil propôs Alfredo Handem.

Jomav, reforçado pelo deslize de Domingos, rapidamente se apropriou dos resultados do «acordo», afirmando que nomeará alguém da sua confiança, e que será por isso necessário «afrouxar» a exigência de consensualidade. Ou seja, que fará o que muito bem lhe apetecer (ou que julgar conveniente, estando a agir de boa fé e por patriotismo...). Ao insistir numa «adenda» ao acordo (que o PRS acaba de recusar liminarmente), Domingos está a completar a vitória de Jomav, tornando-a absoluta. Ou seja, Jomav já não precisa de se cingir aos nomes apresentados, devido a esse precedente: pode assim inovar. Apesar de haver quem pense que possa optar por Sissoko, o Presidente dá, nas entrelinhas, sinais noutro sentido:

«_"A minha chegada vai permitir muitas movimentações ao nível interno porque o importante neste momento, de facto, é que as partes desavindas cheguem a um acordo. O país não pode continuar assim devemos transformar a Guiné-Bissau, nos próximos tempos, num país de trabalho e de criação de riquezas." Embora não querendo revelar mais pormenores, o chefe da nação disse que deverá manter contactos com outras forças e organismos.»

Fonte: Emplastro

COMUNICADO DE IMPRENSA DO PARTIDO DA RENOVAÇÃO SOCIAL

Devido à necessidade de esclarecimento à volta de algumas questões do ACORDO DE CONAKRI que estão a ser objeto de deturpações e interpretações abusivas, o Partido da Renovação Social como parte assinante do Acordo vem através deste comunicado expor o seguinte:

1- Sobre os três nomes propostos pelo Presidente da República para o cargo de Primeiro-Ministro do próximo governo, nas pessoas dos Senhores Umaro Sissoko Embaló, João Aladje Fadiá e Augusto Olivais o Partido da Renovação Social, só se pronunciou em Conakri , a favor de um dos nomes apresentados, remetendo a decisão final da escolha para o senhor Presidente da República, como aliás se pronunciou consensualmente a maioria dos coassinantes do Acordo. Saliente-se por outro lado, que mesmo em circunstâncias normais, o PRS não se teria pronunciado de outro modo porque nunca nos podemos substituir aos poderes do Presidente da República, ou seja cabe ao primeiro magistrado da Nação nomear o Primeiro-Ministro;

2- Esclareça-se que durante as consultas bilaterais promovidas pelo mediador, em nenhum momento, o PRS terá sido confrontado com o nome do senhor Augusto Olivais como tendo sido escolhido pelas partes, e muito menos de que este nome terá reunido algum consenso entre as partes;

3- A forma como tem sido tornado público o nome desta personalidade, pelo PAIGC é no mínimo estranha, porquanto, e segundo informação dos mediadores, durante as consultas bilaterais, o Partido da Renovação Social ficou a saber de que a direcção do PAIGC terá escolhido o nome do ex-primeiro-ministro Carlos Correia e que o senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular escolheu o nome do senhor Mário Cabral. Na mesma linha informaram-nos de que a sociedade civil escolheu o nome do senhor Alfredo Handem.

4- O Partido da Renovação Social informa de que nenhum dos nomes escolhidos pelo PAIGC conseguiu obter o consenso da maioria das partes, pelo contrário, o nome mais consensual foi o escolhido pela maioria dos coassinantes representantes da maioria na Assembleia Nacional Popular capaz de aprovar um Programa de governo.

Pelo exposto o Partido da Renovação Social informa à população e a comunidade internacional de que outra informação à volta desta questão é infundada e revela de questões político-partidárias alheias ao interesse e ao bem-estar do povo guineense.

Bissau, 18 de Outubro de 2016
O Secretariado Nacional de Comunicação

Trabalhadores do Ministério da Economia e Finanças iniciam greve de quatro dias

Os trabalhadores do Ministério da Economia e Finanças iniciaram, esta segunda-feira, uma greve de quatro dias, reivindicando o pagamento de subsídios em atraso.

O porta-voz do Sindicato dos Trabalhadores das Finanças, Gregório Mbana, assinalou, que os grevistas «reivindicam igualmente substituição de 52 trabalhadores fictícios, enviados ao ministério pela Direcção-Geral das Alfândegas para receberem subsídios».

De acordo com Gregório Mbana, a greve só será levantada «caso o governo se mostre disponível para ir de encontro às suas revindicações».

«E se assim não for», acrescenta o porta-voz, «o Sindicato dos Trabalhadores das Finanças vai entregar, nos próximos dias, outro pré-aviso de greve».

Gregório Mbana garantiu, por outro lado, estarem garantidos os serviços mínimos, «para não paralisar, por completo, o Ministério da Economia e Finanças».

QUEM FALA MAL DOS OUTROS PARA VOCÊ,
FALA MAL DE VOCÊ PARA OS OUTROS.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

JOSÉ MÁRIO VAZ PROMETE ANUNCIAR NOME DO NOVO PRIMEIRO-MINISTRO DEPOIS DE AUSCULTAR PARTES DESAVINDAS

Radio Sol Mansi, 17 Out 2016 - O presidente da República disse que o país conhecerá o novo primeiro-ministro só depois de manter encontros com os signatários de o “acordo de Conacri” e os partidos com representação parlamentar

José Mário Vaz falava, esta segunda-feira, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, a quando da sua chegada ao país depois de ter participado na cimeira da União Africana, em Togo.

“Quando tratamos da democracia representativa quem fala em nome do país são líderes e representantes dos partidos políticos com representação parlamentar”, disse.
 
“A minha chegada vai permitir muitas movimentações ao nível interno porque o importante neste momento, de facto, é que as partes desavindas cheguem a um acordo. O país não pode continuar assim devemos transformar a Guiné-Bissau, nos próximos tempos, num país de trabalho e de criação de riquezas”, afirma.
 
José Mário Vaz disse ainda aos jornalistas que teve a oportunidade de abordar com outros chefes de Estado situações da crise política na Guiné-Bissau.
 
Embora não querendo revelar mais pormenores, o chefe da nação disse que deverá manter contactos com outras forças e organismos que poderão ser revelados antes da sua ida a cabo-verde, na próxima quinta-feira, de onde participará na tomada de posse de o seu homólogo, José Carlos da Fonseca.
 
Depois da cimeira em Togo, José Mário Vaz seguiu para Portugal para o controlo médico. A sua chegada é aguardada com grande expectativa devido a sua responsabilidade na nomeação de o novo Primeiro-ministro de consenso, resultado das negociações de Conacri.
 
Três nomes estão na mesa para ocupar o lugar de o novo líder do executivo. Trata-se de Umaro Sissoko, João Aladje Fadia e Augusto Olivais do PAIGC. ???

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Imagem: Internet

sábado, 15 de outubro de 2016

"Acordos de Conacri"

Lus par le Ministre d’Etat, Secrétaire Général de la Présidence, Naby Youssouf Kiridi Bangoura, ces accords appelés Accords de Conakry ont été conclus sous la médiation du Président de la République de Guinée, Alpha Condé, désigné à cet effet par la CEDEAO.

L’Accord en dix points a été signé par les différentes parties présentes à Conakry et paraphé par le Médiateur, la CEDEAO, les Nations Unies, ainsi que les représentants des pays amis. Il stipule que :

« Au  terme  des  discussions,  les  parties  bissau-guinéennes  conviennent  des dispositions suivantes :

1. La  procédure  consensuelle  du  choix  d’un  Premier  Ministre  ayant  la confiance du Président de la République.  Le Premier Ministre doit rester en place jusqu’aux élections législatives de 2018;


2. La  formation  d’un  gouvernement  inclusif  selon  un  organigramme  négocié de manière consensuelle avec l’ensemble des partis politiques représentés à  l’Assemblée  Nationale,  sur  le  principe  de  leur  représentation proportionnelle;


3. La  possibilité  de  nommer  au  Gouvernement  inclusif,  des  personnalités indépendantes et de la Société Civile;


4. Le Gouvernement inclusif mettra en œuvre un programme élaboré par une table ronde de dialogue national dans les trente jours suivant la nomination du Premier Ministre;

5. Le  respect  du  principe  en  vigueur  pour  la  nomination  des  hauts fonctionnaires de la République;

6. L’élaboration  et  l’adoption  par  la  table  ronde  de  dialogue  national,  d’un Pacte  de  Stabilité  signé  par  les  principales  forces  politiques  et  sociales, articulant les principes:

7. De recevabilité et de transparence dans les prises de décisions institutionnelles;

8. De réforme de la  constitution permettant d’établir  des relations stables entre les     pouvoirs exécutif, législatif et judiciaire;
III.  De réforme de la loi électorale en vue de l’organisation couplée des élections législatives et locales en 2018;
1. D’une  nouvelle  loi  sur  les  partis  politiques  incluant  le financement public des partis politiques au prorata de leur poids à l’Assemblée Nationale;
2. De réforme des secteurs de défense, sécurité et justice;
3. Le  démarrage  de  la  mise  en  œuvre  d’un  programme  de développement suivant la vision “Terra Ranka”.
4. Le soutien par la CEDEAO, l’Union Africaine, la CPLP, les Nations Unies et l’UE des efforts d’élaboration, de mise en œuvre et de suivi du Pacte de Stabilité,  notamment  par  la  mise  à disposition  d’expertise  de  haut  niveau ainsi que d’autres moyens financiers et logistiques conséquents;
5. La mise en place d’un cadre de suivi et évaluation à trois niveaux afin de garantir la stabilité du processus:
•Au niveau du Conseil des Ministres de la CEDEAO;
•Au niveau de la Commission de la CEDEAO, en partenariat avec les autres partenaires internationaux ;
•Au  niveau  du  Médiateur  qui  rendra  compte  à  la  Conférence  des Chefs d’Etats de la CEDEAO.


9. La  réforme  constitutionnelle  sera  effectuée  dans  le  cadre  d’une  large consultation  nationale  prenant  en  compte  les  structures  de  révision existantes.  La  CEDEAO  et  les  Nations  Unies  mettront  à  disposition  des experts constitutionnalistes de haut;

10. Le principe d’une réintégration effective des 15 députés dissidents au sein du PAIGC, sans conditions, mais conformément aux textes en vigueur au sein du PAIGC. »

La cérémonie de signature présidée par le Médiateur de la CEDEAO a été soutenue par des prières au début et à la fin, par les représentants des confessions religieuses bissai-guinéennes.
La Cellule de Communication du Gouvernement.




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Dirigentes da Guiné-Bissau chegam a acordo para nomear primeiro-ministro e governo de consenso


Dirigentes políticos da Guiné-Bissau concordaram hoje em nomear um primeiro-ministro de consenso, a definir, para liderar um novo governo até final da legislatura (2018), disse fonte diplomática à Lusa.
 

O entendimento encabeça a lista de dez pontos de um documento intitulado "Acordos de Conacri", a que a Lusa teve acesso, subscrito por dirigentes políticos de Bissau durante um encontro iniciado na terça-feira na capital vizinha.

A reunião foi promovida pelo Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, na qualidade de mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para tentar resolver a crise política na Guiné-Bissau.
 

O documento hoje subscrito, redigido em francês, prevê no primeiro ponto a "escolha consensual", sem prazo definido, de "um primeiro-ministro que tenha a confiança do Presidente da República" e que "deve ficar em funções até às eleições legislativas de 2018".
 

O segundo ponto detalha que a formação do novo "governo inclusivo" deverá ser feita de acordo com um "organigrama negociado de forma consensual com todos os partidos políticos representados no parlamento, seguindo o princípio da representação proporcional".
 

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) tem maioria absoluta com 57 lugares, o Partido da Renovação Social (PRS) ocupa 41, o Partido da Convergência Democrática (PCD) tem dois eleitos, o Partido da Nova Democracia (PND) tem um deputado, tal como a União para a Mudança (UM).

Em janeiro, um grupo de 15 deputados do PAIGC virou costas ao partido e juntou-se à oposição (PRS) constituindo numa nova maioria que formou o atual governo, empossado pelo Presidente da República.


No entanto, este Executivo não conseguiu fazer funcionar o parlamento para aprovar o seu programa, nem o orçamento de Estado para 2016, levando ao atual bloqueio.


O documento subscrito hoje em Conacri prevê que aqueles "15 deputados sejam reintegrados no PAIGC, sem condições, mas em conformidade com as regras em vigor no partido".


Noutros dois pontos acordados hoje em Conacri é sublinhada "a possibilidade de se nomearem para o governo inclusivo personalidades independentes e membros da sociedade civil" - sendo que o programa do executivo vai resultar de "uma mesa redonda de diálogo nacional a realizar nos 30 dias seguintes à nomeação do primeiro-ministro".


Esta mesa redonda deverá dar origem a um "pacto de estabilidade assinado pelas principais forças políticas e sociais", contendo seis princípios.


Terá que haver prestação de contas e transparência na tomada de decisões institucionais, reformar a Constituição para permitir que haja "relações estáveis entre os poderes executivo, legislativo e judiciário", bem como, reformar a lei eleitoral, "tendo em vista a organização de eleições locais e legislativas em 2018".


Ao mesmo tempo, deve haver uma nova lei sobre os partidos políticos, que preveja o respetivo financiamento em proporção ao seu peso no parlamento, têm de avançar as reformas dos setores da Defesa, Segurança e Justiça e arrancar um plano de desenvolvimento, semelhante ao que foi apoiado por doadores internacionais em 2014 (intitulado "Terra Ranka").


Os restantes pontos dos "Acordos de Conacri" estabelecem mecanismos de seguimento do entendimento a que hoje se chegou, bem como de envolvimento e apoio dos parceiros internacionais para cumprimento do pacto de estabilidade - no caso, da CEDEAO, ONU, União Africana (UA), Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e União Europeia (UE).


Assinam o documento, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Aristides Ocante da Silva, o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e ainda Florentino Pereira, secretário-geral do PRS.
 

Subscrevem-no igualmente Braima Camara, em representação dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, bem como os representantes dos partidos com menor representação parlamentar: Vicente Fernandes, presidente do PCD, Malam Djaura, representante do PND e Agnelo Regalla, presidente da UM.
 

Para além dos dirigentes guineenses implicados no acordo, rubricam-no ainda o presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, o presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel Souza, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Serra Leoa, Samura Kamara, bem como o secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto.
 

O acordo conta ainda com as rubricas de Anna Faye, embaixadora do Senegal na Guiné-Conacri, de Modibo Touré, representante da ONU em Bissau, e de Ovídio Pequeno, representante da UA em Bissau.

LFO // EL
Lusa/fim




quinta-feira, 13 de outubro de 2016

DECLARAÇÃO DA CEDEAO SOBRE O PROCESSO DE DIÁLOGO EM CURSO NA GUINÉ-BISSAU PARA IMPLEMENTAÇÃO DO ACORDO DE SEIS PONTOS

De acordo com as conclusões da missão da mediação de alto nível realizada na Guiné-Bissau no passado dia 10 de Setembro 2016 por Sua Excelência Professor Alpha Condé, Presidente da República da Guiné Conakri, mediador da CEDEAO, acompanhado por Sua Excelência Dr. Ernest Bai Koroma, Presidente da República da Serra Leoa, um processo de diálogo politico está em andamento em Conakri, sob os auspícios do mediador da CEDEAO para buscar uma solução à saída da crise política através de seis (6) pontos adoptados no acordo assinado em Bissau por todas as partes envolvidas.

CEDEAO exorta todas as partes que tomam parte nas discussões em curso, para aproveitarem esta oportunidade para acabar com o impasse institucional que afecta o país, em prol do bem-estar dos cidadãos da Guiné-Bissau. E, reitera a necessidade urgente e imperativo de concluir um acordo que garanta a estabilidade sustentável do Estado guineense.

CEDEAO reitera o seu apoio na implementação do acordo assinado em Bissau, desde dia 10 de Setembro, em seis (6) pontos que poderiam colocar o país no caminho da coesão social e da erradicação gradual da pobreza.

Feito em Conakri, Guinée, 13 de Outubro de 2016


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CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU: À espera de novas de Conacri

OS principais actores políticos da Guiné-Bissau cumprem hoje a terceira e última jornada de uma reunião em Conacri, com o objectivo de encontrar uma solução à prolongada crise política que assola o país há mais de um ano.

Participam do encontro de Conacri, o presidente do Parlamento bissau-guineense, Cipriano Cassamá, representantes dos partidos com representação na Assembleia Nacional Popular (ANP), da sociedade civil e entidades religiosas.

O Primeiro-Ministro, Baciro Djá, que esteve no Macau, para o fórum de cooperação bilateral entre a China e países lusófonos, era esperado ontem na capital da Guine Conacri.

O encontro decorre sob os auspícios do Presidente conacri-guineense, Alpha Condé, um dos mediadores indicados pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para desbloquear o impasse político em Bissau.

Desde terça-feira que os actores políticos bissau-guineenses tentam encontrar fórmulas, para a formação de um Governo inclusivo até as eleições de 2018, em conformidade com o acordo proposto pela CEDEAO e aceite por todas as partes do país lusófono.

No primeiro dia dos trabalhos, Alpha Condé afirmou que com o diálogo pretende-se reunir um consenso para a nomeação de um Primeiro-Ministro, a formação de um Governo de unidade e a restauração nos seus lugares dos 15 deputados – entre os quais Baciro Djá - expulsos pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Na partida para Conacri, os dirigentes políticos da Guiné-Bissau acreditavam que será possível formar um Governo inclusivo que garante estabilidade até ao fim da legislatura (2018).

Mas o politólogo bissau-guineense Rui Jorge considera que "é só perda de tempo essa ida a Conacri, porque não existe vontade política para fazer as instituições funcionar, a única forma que eu vejo como uma saída não uma panaceia, para resolver os nossos problemas político-institucionais é a ida às eleições".

A Guiné-Bissau mergulhou na crise depois que, em 12 de Agosto de 2015, o Presidente José Mário Vaz demitiu o Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira (presidente do PAIGC).

ANGOP/RFI/LUSA

Opinião: CLASSE POLÍTICA GUINEENSE BUSCA CONCÓRDIA NO SOLO EM QUE CABRAL TOMBAVA HÁ 43 ANOS


Quis a Comunidade Económica Dos Estados da África Ocidental, quis a União Africana, quis a Guiné-Bissau, quis o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), quis José Mário Vaz, quis Alpha Condé, quis a história que a Guiné-Conacri, país irmão e vizinho, recebesse representantes de cada vez mais radicalizados e intransigentes grupos políticos guineenses, que se digladiam há já bastante tempo nos fóruns partidários e institucionais do país, com vistas a tentar reconciliá-los e formar um governo inclusivo de transição.

É deveras impressionante a rapidez com que o país trocou Bruxelas por Conacri. Mesa de propostas de desenvolvimento por mesa de busca pelo apaziguamento político, no exterior, sim, no palácio presidencial do vizinho ao lado. Apenas se passaram dois anos para que os desafios do desenvolvimento apresentados à Bruxelas transformassem em desafios de necessária e urgente concórdia política e partidária desembarcados em Conacri. Chamava a atenção, ainda nas vésperas da realização da mesa redonda, em 2015, que os resultados obtidos em Bruxelas poderiam representar projeção de conflitos políticos e partidários por recursos conseguidos, se não fossem criadas as condições políticas necessárias, fundamentadas em uma consistente reconciliação no PAIGC.


Hoje, propiciar uma sólida reconciliação dos actores políticos em disputa constitui o fulcral desafio da Guiné-Bissau, tendo despertado a preocupação dos parceiros regionais e globais. Conacri que permeou alguns momentos da trajectória de Guiné-Bissau enquanto nação e enquanto Estado em formação, mais uma vez é cenário de um momento importante e decisivo para o futuro político da Guiné-Bissau, pelo menos a curto e médio prazos.

Há 43 anos, nesse mesmo solo que acolhe os desavindos políticos da nossa terra, gotejava o sangue do pai e fundador da nacionalidade guineense e cabo-verdiana. Pode-se dizer que a covarde morte de Amílcar naquele fatídico e infortunado 20 de janeiro de 1973 representava uma radical mudança nos rumos e nortes que a Guiné-Bissau se propunha a seguir. Com o orquestrado e precoce tombo, em Conacri, de um dos maiores pan-africanistas e pensadores do transato século dilatava-se as chances e abria-se horizontes para que tivéssemos o PAIGC que hoje temos, o qual desvirtua e deturpa os objectivos nacionais fundamentados no cabralismo.

Por outro lado, em alguma medida Conacri representa um baluarte de resistência à perpetuação do colonialismo, um reduto territorial e político (inclusive do PAIGC) contra o colonialismo e colonialidade. De lá Cabral e seus camaradas mais próximos pensavam e esboçam não só as diretrizes e dinâmicas que as operações militares deviam tomar com vistas à emancipação territorial e política do nosso povo. A partir do seu escritório em Conacri, Abel Djassi também refletia e desenhava programas do desenvolvimento e políticas que deveriam orientar a plena e efetiva execução dos referidos programas no momento pós-independência.

Conacri é um dualismo simbólico, em alguma medida uma contradição simbólica para a Guiné-Bissau. Fraterna e solidariamente sediou o PAIGC de Cabral no período anticolonial, mas ali também tombou Abel Djassi. Será que o país de Ahmed Sékou Touré, hoje representado ao mais alto nível por Alpha Condé logrará o grande triunfo que passa a representar a necessária e urgente reconciliação da classe política guineense, mormente o PAIGC, os chamados 15 e o PRS?

O facto é que o nível de radicalização das partes em disputa é colossal e se não houver concessões políticas, como não tem havido até aqui, particularmente no que se refere ao nome do chefe de eventual novo governo, de Conacri poderá se acrescer frustrações e inquietações da nossa já inquietada terra, como naquele fatal e trágico 20 de janeiro, em vez de servir de um solidário e fraterno terreno que outrora abrigou o PAIGC – PAIGC de Cabral e dos ex-combatentes da liberdade da pátria.



Por: Timóteo Saba M’bunde, Mestre em Ciência Política.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Professores prolongam greve na Guiné-Bissau

Eles exigem a aprovação do estatuto da carreira docente e o pagamento de salários em atraso, entre outras medidas.
 

Os professores da Guiné-Bissau prolongaram por mais duas semanas a greve iniciada a 26 de Setembro, depois do fracasso das negociações com o Governo.

O anúncio foi feito pelo Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) e pelo Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF).

Os docentes continuam a exigir a aprovação do estatuto da carreira e o pagamento de salários em atraso.

Com esta greve, o início do ano lectivo pode estar comprometido na Guiné-Bissau.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Em Conacri não há entendimento?

HOW TO IMPRESS A WOMAN

HOW TO IMPRESS A WOMAN
* Wine her,
* Dine her,
* Call her,
* Hug her,
* Support her,
* Hold her,
* Surprise her,
* Compliment her,
* Smile at her,
* Listen to her,
* Laugh with her,
* Cry with her,
* Romance her,
* Encourage her,
* Believe in her,
* Pray with her,
* Pray for her,
* Cuddle with her,
* Shop with her,
* Give her jewelry,
* Buy her flowers,
* Hold her hand,
* Write love letters to her,
* Go to the end of the Earth and back again for her.


HOW TO IMPRESS A MAN
* Show up naked ...
* Bring food ...
* Don't block the TV



Primeiro-ministro Baciro Djá esperado esta quarta-feira na Guiné-Conacri


O primeiro-ministro guineense, Baciro Djá, viajou esta terça-feira de Macau para a Guiné-Conacri, onde participará, na quarta-feira, num encontro promovido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e que visa encontrar soluções para travar a crise politica na Guiné-Bissau.

O governante é membro do grupo dos 15 deputados dissidentes que contesta a direção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder),

«Há uma maioria inequívoca no Parlamento da Guiné-Bissau que sustenta o governo», sublinhou Baciro Djá, apontando-a, em declarações à agência de notícias ANG, como «a principal base para formar executivo».

«O povo da Guiné-Bissau merece paz, estabilidade e desenvolvimento. E o Governo está disponível para criar condições para a estabilização politica definitiva do país», acrescentou.

Abolapt

China anuncia "ofensiva" junto dos países lusófonos

Li Keqiang, primeiro-ministro chinês

Pequim perdoa dívidas e concede empréstimos milionários.
 
A China vai conceder empréstimos com condições especiais no valor de cerca de 290 milhões de dólares a Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo-Verde e Timor-Leste até 2019.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang durante a Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de Língua Portuguesa, que decorre em Macau.

Os créditos serão disponibilizados durante três anos e destinam-se à construção de infraestruturas e aumento da capacidade produtiva daqueles países,

Li Kepiang anunciou também no chamado Fórum Macau o perdão da dívida daquelas países já vencidas de empréstimos sem juros num valor equivalente a 80 milhões de dólares àqueles países.

Antes e durante o Fórum Macau que termina amanhã, 12, responsáveis chineses e dos países de língua portuguesa discutiram várias formas de cooperação.

Entre outras acções, a China vai enviar cerca de 200 técnicos da área de medicina e disponibilizar mais 2.500 bolsas de estudo.

Fundo conjunto China-Brasil

Por outro lado, o Governo brasileiro anunciou a criação de um fundo conjunto no valor de 20 milhões de dólares para a execução de projectos no Brasil.

Pequim entra com 55 por cento do total e Brasília com o restante.

VOA


CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU: Protagonistas discutem em Conacri Governo inclusivo

CONACRI acolhe hoje uma Mesa Redonda sobre a crise política na vizinha Guiné-Bissau, um evento que marca o início das negociações para a formação do Governo inclusivo, no país lusófono.

Segundo o comunicado no final de um encontro na sexta-feira passada entre o Presidente da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri, José Mário Vaz e Alpha Conde, respectivamente, a mesa redonda de hoje vai incluir não só o Parlamento, o PAIGC, o PRS, o actual Governo e o grupo dos 15 dissidentes do PAIGC, mas também a sociedade civil e representantes de entidades religiosas.

Será o início da implementação do acordo político estabelecido a 10 de Setembro último, entre os protagonistas da crise política vigente na Guiné-Bissau, sob a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Os Presidente Conde e o seu homólogo Vaz exortaram os protagonistas da crise política a participarem activamente no roteiro negocial para que os trabalhos sejam coroados de êxito.

O encontro de ambos, na sexta-feira, segundo o comunicado, constitui uma etapa decisiva no processo da implementação do acordo que visa pôr termo a longa crise política na Guiné-Bissau.

A iniciativa mediada pela CEDEAO vem na sequência do impasse político para a formação do Governo inclusivo que conduzirá, durante dois anos, as reformas da Constituição da República, da Lei Eleitoral, bem como a modernização das Forças militares e Policiais e os sectores da Justiça e da administração pública.

Modibó Touré, representante de Ban Ki-moon na Guiné Bissau, também participará das reuniões de Conacri. - RFI
jornalnoticias.co.mz

UNICEF entrega carros e motas para aumentar registo civil de crianças na Guiné-Bissau

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) entregou dois carros e oito motas ao Ministério da Justiça da Guiné-Bissau para que os funcionários cheguem mais longe e registem mais crianças, anunciou hoje aquela agência da ONU.

Apenas uma em cada cinco crianças é registada quando nasce na Guiné-Bissau, pelo que os objetivos passam por "garantir que a taxa possa aumentar nos próximos anos" e que não faltem meios de transporte para isso.

O investimento em meios de transporte rondou os 76 mil euros e a UNICEF beneficiou de apoio do Fundo para a Consolidação da Paz (PBF) das Nações Unidas.

A iniciativa junta-se a outras que têm sido realizadas como a doação de materiais informáticos, mobiliários e materiais de expediente para melhorar os postos de registo civil.

"O registo de nascimento dá a uma criança uma existência oficial em relação ao Estado" e a Convenção sobre os Direitos da Criança, especifica que "toda a criança tem o direito a ser registada ao nascer, sem qualquer discriminação", destaca a UNICEF.

Os projetos em curso preveem que o fundo trabalhe ainda com "outros ministérios chave no planeamento estratégico em matéria de registo civil, no reforço legal e de políticas", bem como "na mobilização comunitária".

Pretende-se ainda desenvolver a da integração do registo de nascimento noutros serviços sociais, tais como, a saúde e a educação.

LFO // EL
Lusa/fim