terça-feira, 26 de março de 2024

Primeiro-Ministro Rui Duarte Barros preside a cerimónia de Inauguração do Sistema de Telemedicina para a saúde materna, neonatal e infantil no hospital militar principal em Bissau.

  Radio Voz Do Povo 

Navios russos no Mar Negro? Um terço destruído ou desativado, diz Ucrânia... As autoridades de Moscovo mantiveram silêncio sobre a maioria das alegações ucranianas.

© Marinha Portuguesa

Notícias ao Minuto   26/03/24 

A Ucrânia destruiu ou incapacitou um terço de todos os navios de guerra russos no Mar Negro em pouco mais de dois anos de guerra, revelou o porta-voz da Marinha da Ucrânia, esta terça-feira.

Ao que Dmytro Pletenchuk revelou à Associated Press, o último ataque, na noite de sábado, atingiu o navio de desembarque anfíbio russo Kostiantyn Olshansky, que estava atracado em Sevastopol, na Crimeia ocupada pela Rússia. O navio fazia parte da Marinha ucraniana antes de a Rússia o ter capturado ao anexar a península do Mar Negro em 2014.

Recorde-se que Pletenchuk tinha ainda já anunciado que dois outros navios de desembarque do mesmo tipo, Azov e Yamal, também ficaram danificados no ataque de sábado, juntamente com o navio de inteligência Ivan Khurs.

Segundo a agência noticiosa, o ataque do fim de semana, que foi lançado com mísseis Neptune fabricados na Ucrânia, também atingiu as instalações portuárias de Sebastopol e um depósito de petróleo.

Com o último ataque, segundo Pletenchuk, um terço de todos os navios de guerra que a Rússia tinha no Mar Negro antes da guerra foram destruídos ou desativados.

As autoridades de Moscovo mantiveram silêncio sobre a maioria das alegações ucranianas, mas as perdas anteriores da Marinha foram confirmadas por 'bloggers' e meios de comunicação social militares russos.

Sobre o ataque ucraniano maciço a Sevastopol no fim de semana, a Rússia confirmou mas não reconheceu quaisquer danos na frota.


ONU: Assistência alimentar nos Camarões em risco devido à escassez de fundos

© iStock

POR LUSA   26/03/24 

A assistência alimentar aos refugiados dos Camarões está em risco de ser interrompida, por falta de financiamento, alertam, hoje, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Segundo comunicado do PAM, a escassez de financiamento já obrigou a organização a reduzir as rações para os refugiados para 50% nas regiões do Extremo Norte, Adamawa, Leste e Norte dos Camarões. O PAM revela, também, que distribui cabazes alimentares incompletos desde o final de 2023.

Estas medidas já estão a expor as comunidades de refugiados a uma maior vulnerabilidade e a limitar o seu acesso a refeições diversificadas e nutritivas segundo a ONU.

"Sem apoio imediato, não teremos outra opção senão reduzir ainda mais as já magras porções no prato dos refugiados, com todos os impactos devastadores que isso trará, incluindo o aumento da desnutrição e da fome(...)", afirmou Wanja Kaaria, Representante do PAM e Diretora Nacional nos Camarões.

O PAM necessita de 23,1 milhões de dólares (cerca de 21,4 milhões de euros) para prestar assistência a mais de 222.000 refugiados da Nigéria e da República Centro-Africana (RCA) atualmente alojados nos Camarões, financiamento que garantirá que a assistência humanitária possa continuar até dezembro de 2024.

"A redução da ração alimentar é uma previsão da escalada da crise de proteção nos Camarões, que está agora a afetar o direito humano mais básico das pessoas deslocadas à força no país - o direito à alimentação", afirmou, na mesma linha de "apelo imediato", o representante do ACNUR nos Camarões, Olivier Guillaume Beer.

Durante mais de uma década, os Camarões enfrentaram três crises humanitárias complexas, interligadas e prolongadas, que continuaram a ser largamente subfinanciadas.

Em dezembro do ano passado, 4,7 milhões de pessoas necessitavam de assistência humanitária, com mais de dois milhões a deslocarem-se como refugiados, pessoas deslocadas internamente e repatriados.

A insegurança alimentar no país afeta 2,5 milhões de pessoas, de acordo com a análise do relatório "Cadre Harmonisé"(CH) de novembro de 2023, que avalia a insegurança alimentar e nutricional aguda na região do Sahel e da África Ocidental.

Estes números representam algumas das taxas mais elevadas de insegurança alimentar registadas no país, afetando refugiados, pessoas deslocadas internamente e comunidades de acolhimento, com quase 75 por cento das pessoas em situação de insegurança alimentar grave localizadas em regiões afetadas pela crise.

Segundo o mesmo relatório do PAM, as comunidades de refugiados registam igualmente taxas alarmantes de subnutrição aguda e de atraso de crescimento em crianças com menos de 5 anos.

O PAM revela que o plano de resposta humanitária para 2024, no valor de 371,4 milhões de dólares, só estava financiado a 5% em fevereiro de 2024. "A situação não era melhor em 2023, quando o plano tinha apenas 28% de financiamento", lê-se no comunicado.

Por último, o PAM e o ACNUR, de forma conjunta, afirmam que continuam empenhados em colaborar com o Governo, os doadores e os parceiros para continuar a prestar assistência alimentar e nutricional às comunidades vulneráveis, incluindo os refugiados e as pessoas deslocadas internamente.



Leia Também: O presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, felicitou Bassirou Diomaye Faye pela eleição como novo chefe de Estado do Senegal, através de uma mensagem publicada na Internet. 

Israel acusa relatora da ONU de "distorcer os factos"

HATEM ALI

Sicnoticias.pt   26/03/2024

A relatora da ONU para os Territórios Palestinianos afirma existirem "razões plausíveis" para concluir que Israel está a cometer genocídio deliberado de palestinianos na Faixa de Gaza.

O Governo israelita acusou a relatora designada das Nações Unidas para monitorizar os direitos humanos nos territórios palestinianos de "distorcer os factos e a lei" ao acusar o país de cometer genocídio em Gaza.

"É evidente no relatório que a relatora partiu da conclusão de que Israel está a cometer genocídio e depois tentou provar as suas opiniões distorcidas e orientadas politicamente com argumentos e justificações fracas", disse Israel, na segunda-feira, em resposta à divulgação do relatório preparado por Francesca Albanese para o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

A posição oficial, citada pela agência noticiosa Efe, foi transmitida pela missão diplomática de Israel na ONU em Genebra e o executivo considera que Albanese "continua a sua campanha para deslegitimar a criação e a própria existência do Estado de Israel".

"O relatório é uma inversão obscena da realidade", afirmou a resposta, que acrescentou que "acusar Israel de genocídio é uma distorção ultrajante da Convenção sobre o Genocídio".

O relatório de Albanese acusa o Estado israelita de ter violado a convenção por três vezes desde o início da guerra em Gaza.

Os três "atos genocidas"

O documento "Anatomia de um Genocídio", que será apresentado esta terça-feira ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, conclui estarem a ser cometidos intencionalmente pelo menos três "atos genocidas", assim definidos pela Convenção de 1948 para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

Analisando os padrões de violência e as políticas de Israel em Gaza, concluiu-se que os três atos são "assassínio de membros de um grupo", com o registo de mais de 30.000 palestinianos mortos em cinco meses de conflito, "lesões corporais ou mentais graves a membros de um grupo" e "infligir deliberadamente a um grupo condições calculadas para provocar a sua destruição física total ou parcial".

O documento indica que "de uma forma mais geral, as ações de Israel são impulsionadas por uma lógica genocida essencial ao seu projeto colonialista na Palestina", recordando a existência de "práticas que tendem para a limpeza étnica dos palestinianos" entre 1947-1949 e em 1967.

A publicação do relatório acontece dois meses depois de o Tribunal Internacional de Justiça, o tribunal da ONU em Haia, ter pedido a Israel, numa decisão preliminar, que tomasse todas as medidas necessárias para evitar o genocídio em Gaza, sem ter determinado se o crime existe ou não, porque essa conclusão poder demorar anos.

Guerra já fez mais de 30 mil morto

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Desde então, Israel tem retaliado com uma ofensiva que já provocou mais de 32.000 mortos, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo Hamas.

Parlamento do Togo adota nova Constituição

© Getty Imagens

POR LUSA  26/03/24 

Os deputados do Togo aprovaram uma nova Constituição, que altera o atual sistema presidencialista do país para um parlamentar e confere ao Parlamento o poder de eleger o Presidente da República.

O Presidente passa a ser escolhido "sem debate" pelo Parlamento reunido em congresso "para um mandato único de seis anos", de acordo com o novo texto lido na Assembleia Nacional e aprovado com 89 votos a favor, um contra e uma abstenção, na segunda-feira à noite.

A data de entrada em vigor ainda não é conhecida.

Até agora, o mandato do Presidente do Togo, eleito por sufrágio direto, era de cinco anos, renovável uma vez.

A alteração da Constituição, proposta por um grupo de deputados maioritariamente da União para a República (UNIR, no poder) foi adoptada quase por unanimidade, uma vez que a oposição, que boicotou as últimas eleições legislativas de 2018 e denunciou irregularidades no recenseamento eleitoral, está muito pouco representada na Assembleia Nacional togolesa.

A nova Constituição introduz também o cargo de "Presidente do Conselho de Ministros", com "plena autoridade e poder para gerir os assuntos do Governo e ser responsabilizado em conformidade".

O Presidente do Conselho de Ministros é "o líder do partido ou o líder da coligação de partidos que obteve a maioria nas eleições legislativas. É nomeado por um período de seis anos", de acordo com o texto.

O cargo de "chefe de Estado é praticamente esvaziado de poderes a favor do Presidente do Conselho de Ministros, que passa a ser a pessoa que representa a República Togolesa no estrangeiro, que dirige efetivamente o país na gestão quotidiana", declarou o Presidente da Comissão das Leis Constitucionais, da Legislação e da Administração Geral do parlamento, Tchitchao Tchalim.

Este novo texto marcará a entrada do Togo na Quinta República, sendo que a última grande alteração constitucional remonta a 1992.

O texto surgiu menos de um mês antes das próximas legislativas, que se vão realizar a 20 de abril, em simultâneo com as eleições regionais, nas quais a oposição anunciou a participação.

Em 2019, os deputados já tinham revisto a Constituição para limitar os mandatos presidenciais a dois, ao mesmo tempo que punham termo ao mandato do Presidente Faure Gnassingbé.

Este último, no poder desde 2005, sucedeu ao pai, Eyadéma Gnassingbé, que governou o país com mão de ferro durante quase 38 anos.



Leia Também: Antigo primeiro-ministro do Togo Agbéyomé Kodjo morre no exílio 


Macron felicita novo presidente do Senegal pela vitória nas eleições

© Reuters

POR LUSA   26/03/24 

O presidente francês Emmanuel Macron felicitou hoje Bassirou Diomaye Faye pela vitória nas eleições presidenciais do Senegal e disse, através de uma mensagem na rede social X, estar ansioso por "trabalhar com ele".

"Parabéns a Bassirou Diomaye Faye pela sua eleição como Presidente da República do Senegal. Envio-lhe os meus melhores votos e estou ansioso por trabalhar com ele", escreveu Macron.

A França, antiga potência colonial do Senegal e o seu principal parceiro político e económico espera manter sólidas relações com o país, apesar de ter acabado de sofrer sérios contratempos na região, nomeadamente ter de romper toda a cooperação militar com o Mali, o Burkina Faso e o Níger.

Vencedor claro da votação realizada no domingo, Bassirou Diomaye Faye garantiu hoje que o Senegal continuará a ser um "aliado seguro e fiável" de todos os parceiros estrangeiros "respeitadores".

O opositor antissistema Bassirou Diomaye Faye, que ainda há dez dias estava na prisão, vai tornar-se Presidente do Senegal após o principal rival ter reconhecido a histórica vitória que alcançou logo à primeira volta nas eleições presidenciais de domingo.

A eleição de Faye, que completou 44 anos na segunda-feira e nunca ocupou antes qualquer cargo eletivo à escala nacional, está a ser descrita como um terramoto político.

Faye tornar-se-á no mais jovem Presidente do Senegal, o quinto da história deste país da África Ocidental com 18 milhões de habitantes.

É a primeira vez, em 12 eleições presidenciais por sufrágio universal, que um candidato da oposição vence à primeira volta.

As eleições foram acompanhadas com atenção no estrangeiro, uma vez que o Senegal é considerado um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado.

Dacar mantém fortes relações com o Ocidente, enquanto a Rússia está a reforçar as suas posições na região.

Desde 2021, o Senegal assistiu a vários episódios de agitação provocados pelo impasse entre Ousmane Sonko e o Governo, combinado com tensões sociais. Em três anos, a agitação causou dezenas de mortes e centenas de detenções.

O país mergulhou numa das crises mais graves das últimas décadas quando o Presidente Sall decidiu, em 03 de fevereiro, adiar as eleições presidenciais previstas para três semanas mais tarde.


Leia Também: Senegal. Bassirou Faye vence eleições mas há 10 dias estava preso 

Senegal: PR ELEITO DIZ QUE O SEU PAÍS CONTINUARÁ A SER O “ALIADO SEGURO E CONFIÁVEL” DE TODOS OS PARCEIROS ESTRANGEIROS

 O DEMOCRATA  26/03/2024 

O vencedor das eleições presidenciais no Senegal, Bassirou Diomaye Faye, garantiu na segunda-feira que o seu país continuará a ser o “aliado seguro e confiável” de todos os parceiros estrangeiros “respeitosos”, durante a sua primeira aparição pública desde o anúncio da sua vitória histórica.

Faye, que completou 44 anos na segunda-feira, libertado da prisão há apenas dez dias, apresentou-se como a “escolha para a separação”. Ele se tornará o quinto e mais jovem presidente deste país da África Ocidental de 18 milhões de habitantes, após o reconhecimento, na segunda-feira, pelo seu principal adversário, do seu sucesso no primeiro turno das eleições presidenciais, o que equivale a um terremoto político.

Declaraçāo à imprensa do Presidente eleito de Senegal Bassirou Diomaye Diakhar FAYE.  @Radio Voz Do Povo  

“Gostaria de dizer à comunidade internacional, aos nossos parceiros bilaterais e multilaterais que o Senegal manterá sempre o seu lugar, continuará a ser o país amigo e o aliado seguro e confiável de qualquer parceiro que se envolva connosco numa cooperação virtuosa e respeitosa. e mutuamente produtivos”, disse ele em comunicado à imprensa.

No plano interno, indicou que os seus “projectos prioritários” seriam a “reconciliação nacional”, a reconstrução das instituições” e “uma redução significativa do custo de vida”.

“Estou empenhado em governar com humildade, transparência e combater a corrupção em todos os níveis”, declarou.

Em doze eleições presidenciais baseadas no sufrágio universal, esta é a primeira vez que um candidato da oposição vence na primeira volta. Um acontecimento ainda mais marcante desde que a vitória, aparentemente motivada por um apetite de mudança, se não de ruptura, após anos difíceis, foi anunciada em grande escala.

“As pessoas têm sede de mudança quando vemos o que está a acontecer neste país em termos de corrupção, de desrespeito pela lei, e quem mais encarnou essa mudança é Ousmane Sonko”, o opositor que nomeou Faye para o substituir. depois de ser desqualificado das eleições presidenciais, disse à AFP El Hadji Mamadou Mbaye, professor e pesquisador da Universidade de Saint-Louis.

Falou mais do voto “emocional” do que da razão, por parte dos jovens e das mulheres.

Era amplamente esperado que Faye vencesse as eleições de domingo com base nos resultados provisórios publicados na mídia e nas redes sociais. Mas a sua vitória ficou pendente do reconhecimento do candidato no poder, Amadou Ba, na ausência de publicação oficial dos resultados agregados, o que deverá demorar mais alguns dias.

Ba admitiu a derrota na segunda-feira e ligou para Faye para parabenizá-lo. O presidente cessante, Macky Sall, também parabenizou o vencedor.

“Amizade” americana

Após três anos de agitação e crise, a eleição ocorreu sem grandes incidentes. Apesar das tensões dos últimos anos e de um adiamento de última hora das eleições, esta é a terceira vez que o Senegal pratica a alternância nas urnas desde a independência da França em 1960, enquanto uma sucessão de golpes de Estado instalou regimes militares no seu país. vizinhos adiando as eleições para uma data indefinida.

A extrema confusão que precedeu as eleições deu origem a múltiplas expressões de compromisso com a prática democrática.

“O compromisso do povo senegalês com o processo democrático faz parte dos alicerces da nossa profunda amizade e dos nossos fortes laços bilaterais”, respondeu o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller.

As eleições foram acompanhadas de perto no estrangeiro, sendo o Senegal considerado um dos países mais estáveis ​​da África Ocidental abalado pelo golpe. Dakar mantém relações fortes com o Ocidente, enquanto a Rússia fortalece as suas posições circundantes.

A certeza da vitória de Faye desencadeou cenas de júbilo entre os seus apoiantes na capital e em Casamança (sul) na noite de domingo.

“Soberania”

Beneficiando de uma lei de amnistia, o Sr. Faye foi libertado de onze meses de prisão dez dias antes das eleições, ao mesmo tempo que o seu guia e líder do partido dissolvido, Ousmane Sonko.

Faye quer ser o “candidato à mudança do sistema” e ao “pan-africanismo de esquerda”. O seu programa insiste no restabelecimento da “soberania” nacional, que ele acredita ter sido vendida no estrangeiro. Prometeu combater a corrupção e distribuir melhor a riqueza, e comprometeu-se também a renegociar os contratos de mineração, gás e petróleo celebrados com empresas estrangeiras.

O Senegal poderá começar a produzir gás e petróleo em 2024.

Desde 2021, o Senegal tem vivido vários episódios de agitação causados ​​pelo impasse entre Ousmane Sonko e o governo, combinados com tensões sociais. A pobreza afecta pelo menos um em cada três senegaleses e o desemprego afecta pelo menos 20% da população activa.

O país mergulhou numa das crises mais graves em décadas, quando o Presidente Sall decretou, em 3 de Fevereiro, o adiamento das eleições presidenciais marcadas para três semanas depois.

A agitação deixou dezenas de mortos em três anos e levou a centenas de prisões.

In le360


Leia Também: O Presidente eleito do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, prometeu lutar contra a corrupção e promover a reconciliação nacional, depois de uma grave crise política que se seguiu ao adiamento da votação.


Leia Também: O presidente francês Emmanuel Macron felicitou hoje Bassirou Diomaye Faye pela vitória nas eleições presidenciais do Senegal e disse, através de uma mensagem na rede social X, estar ansioso por "trabalhar com ele".

O Presidente cabo-verdiano classificou hoje os casos de violência baseada no género como "uma nódoa" para Cabo Verde, em reação ao homicídio de uma jovem que terá sido praticado pelo seu companheiro e que chocou a opinião pública.

© Lusa

POR LUSA   25/03/24 

 Cabo Verde classifica violência baseada no género como "nódoa" no país

O Presidente cabo-verdiano classificou hoje os casos de violência baseada no género como "uma nódoa" para Cabo Verde, em reação ao homicídio de uma jovem que terá sido praticado pelo seu companheiro e que chocou a opinião pública.

"Não podemos crescer e desenvolver o país se continuarmos a ter estes níveis de violência particularmente contra mulheres, meninas e crianças" porque "é uma nódoa que mancha a imagem de Cabo Verde", referiu aos jornalistas.

"Precisamos de ter uma sociedade com mais paz e mais amizade", referiu, num apelo à sensibilização e "empoderamento das famílias", para "reduzir desigualdades e outras formas de exclusão", disse o chefe de Estado.

Uma mulher de 22 anos foi atacada no domingo em Gil Bispo, município de Santa Catarina, ilha de Santiago, acabando por morrer na madrugada de hoje no Hospital Universitário Agostinho Neto, na cidade da Praia, deixando um filho menor, anunciou fonte policial.

O caso está sob investigação e as suspeitas recaem sobre o companheiro da vítima que está a ser procurado.

O Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) também alertou hoje para o caso através de uma publicação na Internet. 

"O simbólico mês da mulher ainda não terminou e a sociedade cabo-verdiana é confrontada com o segundo caso de homicídio com base em violência baseada no género de 2024, uma jovem de Santa Catarina de Santiago, atacada pelo seu companheiro", referiu.

A presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina pediu hoje mobilização geral para uma marcha agendada pelo fim da violência contra as mulheres, agendada para quarta-feira, Dia da Mulher Cabo-verdiana.


segunda-feira, 25 de março de 2024

Guiné-Bissau: UIP: DSP denuncia suspensão de salários a alguns Deputados da Nação

Por: Mamandin Indjai,  Rádio Capital Fm

Bissau - (25.03.2024) - O líder do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, denuncia a suposta violação de autonomia administrativa e financeira  da ANP [Assembleia Nacional Popular]”, descrevendo que “os salários de alguns deputados e funcionários foram suspensos desde Janeiro”.

A denúncia foi feita na 148ª sessão da União Interparlamentar a decorrer em Genebra de 25 a 26 de Março de ano em curso,  na qual o Parlamento guineense está representado pelo seu presidente e líder de algumas bancadas parlamentares. 

“O Parlamento continua rodeado por forças institucionalmente não identificadas, mas uniformizadas e fortemente armadas, que já recorreram à violência (incluindo o lançamento de bombas de gás lacrimogéneo) para dispersar e impedir o acesso aos deputados”, descreveu Domingos Simões Pereira. 

De acordo com  Simões Pereira, os deputados são " interrogados, ameaçados e detidos, sem que lhes tenha sido levantada a imunidade parlamentar e sem que exista qualquer processo judicial, pela simples circunstância de exercerem o direito de reunião e expressão”.

O líder do Parlamento guineense explicou ainda que “os deputados enfrentam restrições de toda a ordem, impedidos de viajar, só o podendo fazer quando o poder instalado assim permitir”.

“Os cidadãos são detidos, levados ao Palácio da República, interrogados e espancados sem que lhes tenha sido aberto ou daí resulte qualquer processo judicial”, anotou.

Domingos Simões Pereira sublinhou que no início da década de 1990, “o país adotou o regime democrático, assumindo formalmente a separação dos poderes entre o legislativo, o executivo e o judiciário, e elegendo o semipresidencialismo como o sistema de governo”.

Para o líder do Parlamento guineense, o Presidente da República é, portanto, o chefe de Estado, mas o chefe do governo é um Primeiro-Ministro, nomeado pelo Presidente, tendo em conta os resultados das eleições parlamentares, tornando o governo uma emanação perfeita do Parlamento”.

Simões Pereira justificou que o PR [ Presidente da República] tem  ignorando estas disposições e “colocando-se acima das leis e da Constituição”.

 “O PR [Presidente da República] socorre da hierarquia militar e das forças de segurança, bem como de uma milícia privada, para agravar a sua incapacidade de coexistir com um governo e um parlamento liderados por um partido diferente do seu (a Coligação PAI Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, partido do qual sou presidente, que elegeu 54 deputados dos 102)”, narrou o líder do Parlamento da Guiné-Bissau.

No que se refere à dissolução da Assembleia Nacional Popular pelo presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco, o líder do Parlamento lembrou que isso foi “apenas três meses após o início efetivo da legislatura, invocando uma alegada tentativa de golpe de estado, para a qual não foi produzida nenhuma prova efetiva e que diferentes quadrantes da sociedade consideram uma invenção”.

“Refira-se que o referido decreto de dissolução do Parlamento foi precedido do cerco à residência do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e ao próprio Tribunal, por homens armados pertencentes ao batalhão da Presidência, o que obrigou à renúncia do Presidente e sua substituição por alguém da confiança pessoal do PR [ Presidente da República ]” salientou. 

O político lembrou que “por unanimidade, todos os constitucionalistas conhecedores ou familiarizados com a realidade guineense qualificaram esse ato como inconstitucional, juridicamente inexistente, constituindo antes uma tentativa de golpe de Estado institucional, que visa concentrar todos os poderes numa só pessoa, com vista à manutenção no poder”.

Na sessão, Domingos Simões Pereira não se esqueceu da figura do Procurador-Geral da República nomeado pelo PR, que considera  “alguém anteriormente classificado pela CEDEAO como elemento perturbador da ordem democrática do país e cuja destituição foi solicitada”

“A Procuradoria-Geral da República tornou-se no órgão judicial de perseguição política dos cidadãos em geral e dos deputados em particular, que violam com maior frequência e recorrência as Leis e a Constituição da República”, concluiu. 


O Madem-G15 e a Aliança Kumba Lanta (PRS e APU-PDGB) decidiram esta segunda-feira (25.03) criar um Espaço de Concertação Política denominado "Fórum Político para a Salvação da Democracia" - FPSD.

  Radio Voz Do Povo 

Presidente da Guiné-Bissau felicita Faye pela vitória no Senegal

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

POR LUSA   25/03/24

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, felicitou hoje o candidato presidencial antissistema Bassirou Diomaye Faye pela vitória na primeira volta das eleições presidenciais de domingo, no Senegal.

Numa publicação na página oficial da Presidência da República da Guiné-Bissau na rede social Facebook, Sissoco Embaló "felicita Bassirou Diomaye Faye pela sua recente eleição ao cargo de Presidente da República do Senegal e deseja os maiores sucessos para o seu mandato".

Na publicação lê-se ainda que "a Guiné-Bissau continuará a investir na relação bilateral, em benefício dos cidadãos dos dois países, reforçando os laços de amizade e de cooperação que nos unem enquanto dois povos irmãos".

Enquanto se aguarda a publicação no Senegal dos resultados oficiais provisórios pela Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA), as estimativas de voto apontam para uma vitória esmagadora do líder da oposição, que obteria mais de 50% dos votos necessários para evitar uma segunda volta.

O Presidente cessante do Senegal, Macky Sall, felicitou hoje o candidato Bassirou Diomaye Faye pela vitória, horas depois de também o antigo primeiro-ministro e candidato do partido no poder, Amadou Ba, ter admitido a sua derrota para Faye.

As declarações de Ba e do Presidente cessante abrem o caminho para a Presidência a Faye, um inspetor de impostos de 44 anos, até há pouco tempo desconhecido do grande público.

Sete milhões de senegaleses estavam inscritos para votar domingo para escolher o Presidente numa eleição que pode resultar numa mudança profunda nas relações externas do país, regionais e internacionais.

Entre os 16 homens e uma mulher inscritos no boletim de voto, os dois favoritos - Bassirou Diomaye Faye, pela oposição, e Amadou Ba, pela coligação no poder, Benno Bokk Yakaar (BBY, Unidos pela Esperança, em wolof) - foram escolhas pessoais de duas individualidades políticas excluídas do escrutínio: o Presidente Macky Sall, e o líder da oposição, Ousmane Sonko.

A sua retórica soberanista e pan-africanista, assim como as declarações contra a "máfia do Estado", as multinacionais e o domínio económico e político, que considera ser exercido pela antiga potência colonial - a França -, granjearam-lhe um forte apoio entre os jovens, que constituem metade da população.

A votação estava inicialmente prevista para 25 de fevereiro, mas um adiamento de última hora provocou distúrbios e várias semanas de confusão que puseram à prova as práticas democráticas do Senegal.

Com uma população de 18 milhões de habitantes, o Senegal é um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado, que tem mantido fortes relações com o Ocidente.

O discurso da oposição na campanha para estas eleições presidenciais foi sentido como portador de algumas ameaças pelo estrangeiro, que está a seguir o processo com particular atenção.

A dupla Sonko/Faye prometeu, caso seja poder, renegociar os contratos de exploração mineira e de energia que farão do Senegal um produtor de petróleo e gás natural a partir do final do ano.


Leia Também: Macky Sall felicita vitória de Faye nas presidenciais do Senegal 

Senegal. Bassirou Faye vence eleições mas há 10 dias estava preso

© Getty Images

POR LUSA   25/03/24 

O opositor antissistema Bassirou Diomaye Faye, que ainda há dez dias estava na prisão, vai tornar-se Presidente do Senegal após o principal rival ter reconhecido a histórica vitória que alcançou logo à primeira volta nas eleições presidenciais de domingo.

Da A eleição de Faye, que hoje completa 44 anos e nunca ocupou antes qualquer cargo eletivo à escala nacional, está a ser descrita como um terramoto político.

Faye tornar-se-á no mais jovem Presidente do Senegal, o quinto da história deste país da África Ocidental com 18 milhões de habitantes.

É a primeira vez, em 12 eleições presidenciais por sufrágio universal, que um candidato da oposição vence à primeira volta.

Este acontecimento é tanto mais marcante quanto a vitória, aparentemente motivada por uma vontade de mudança, se não mesmo de rutura com o passado após anos de dificuldades, deverá ter um grande alcance.

"As pessoas estão sedentas de mudança quando se vê o que está a acontecer neste país em termos de corrupção e desrespeito pela lei, e a pessoa que mais encarna esta mudança é Ousmane Sonko", disse à AFP El Hadji Mamadou Mbaye, professor e investigador na Universidade de Saint-Louis, referindo-se ao principal dirigente da oposição, que apoiou Faye para o substituir depois de ter sido desqualificado das eleições presidenciais.

A vitória de Faye nas eleições de domingo, cujos resultados deverão ser publicados oficialmente dentro de dias, foi hoje confirmada por Amadou Ba, candidato oficial do regime, que o felicitou através de um comunicado.

Amadou Ba admitiu a derrota e telefonou a Faye para o felicitar, e, horas depois, o Presidente em exercício, Macky Sall, divulgou nas redes sociais as suas felicitações ao vencedor.

Faye ainda não fez qualquer declaração pública.

O mandato de Sall termina oficialmente em 02 de abril, mas desconhece-se ainda se a transferência de poder será feita antes dessa data.

Os resultados provisórios publicados nos meios de comunicação social e nas redes sociais colocam o candidato Bassirou Diomaye Faye bem à frente do candidato do Governo e muito à frente dos outros.

Alguns jornais proclamaram imediatamente a vitória de Diomaye Faye nas suas primeiras páginas com o jornal Walf Quotidien a titular "Feliz aniversário, Senhor Presidente".

Uma vitória de Faye, que durante a campanha eleitoral prometeu uma "rutura com o passado", prenuncia uma revisão de longo alcance do sistema político senegalês.

Assumindo-se como o "candidato da mudança de sistema" e de um "pan-africanismo de esquerda", o seu programa enfatiza a restauração da "soberania" nacional, que afirma ter sido vendida a países estrangeiros.

Faye prometeu lutar contra a corrupção e distribuir a riqueza de forma mais equitativa, e comprometeu-se também a renegociar os contratos de exploração mineira, de gás e de petróleo assinados com empresas estrangeiras.

O Senegal poderá começar a produzir gás e petróleo ainda este ano.

O candidato, que beneficiou de uma amnistia que o tirou da prisão, onde cumpria uma pena de 11 meses, a apenas 10 dias da votação, foi votar acompanhado das suas duas mulheres, na aldeia de Ndiaganiao (oeste).

As eleições foram acompanhadas com atenção no estrangeiro, uma vez que o Senegal é considerado um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado.

Dacar mantém fortes relações com o Ocidente, enquanto a Rússia está a reforçar as suas posições na região.

Desde 2021, o Senegal assistiu a vários episódios de agitação provocados pelo impasse entre Ousmane Sonko e o Governo, combinado com tensões sociais.

A pobreza afeta pelo menos um em cada três senegaleses e o desemprego atinge pelo menos 20% da população ativa.

O país mergulhou numa das crises mais graves das últimas décadas quando o Presidente Sall decidiu, em 03 de fevereiro, adiar as eleições presidenciais previstas para três semanas mais tarde.

Em três anos, a agitação causou dezenas de mortes e centenas de detenções.


Leia Também: Presidente da Guiné-Bissau felicita Faye pela vitória no Senegal

Direcção do Jornal NÔ Pintcha organiza palestra alusivo a comemoração do seu 49 anos da existência Sob lema: "Jornal NÔ Pintcha 49 anos no panorama Mediático Guineense"

 Radio TV Bantaba

SAVE THE CHILDREN: Cerca de 4,5 milhões de crianças do Iémen não vão à escola

© Reuters

POR LUSA  25/03/24 

Duas em cada cinco crianças, ou 4,5 milhões de menores, não vão à escola no Iémen, um país devastado pela guerra há quase uma década, revelou hoje um estudo publicado pela organização não-governamental (ONG) Save the Children.

"O impacto da crise educacional nas crianças do Iémen e no seu futuro é profundo", segundo a ONG.

"Sem uma intervenção imediata, uma geração inteira corre o risco de ficar para trás, com consequências a longo prazo para a recuperação e o crescimento do país", afirmou a Save the Children no estudo.

O país mais pobre da Península Arábica tem vivido uma guerra civil desde 2014, que deixou centenas de milhares de mortos e causou uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.

A violência diminuiu significativamente desde o cessar-fogo negociado pela ONU em abril de 2022, mas a situação continua muito precária para os cerca de 33 milhões de habitantes do Iémen.

A insegurança e a crise económica mergulharam dois terços dos iemenitas abaixo do limiar da pobreza e levaram à deslocação de 4,5 milhões de pessoas, ou 14% da população, recordou a Save the Children, sublinhando que as crianças deslocadas têm "duas vezes mais probabilidades de ficar fora da escola".



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KATE MIDDLETON: Cancro de Kate. É normal sentir tristeza quando um famoso adoece?

© OLI SCARFF/AFP via Getty Images

 POR ANA RITA REBELO  Notícias ao Minuto   25/03/24 

O anúncio sobre o diagnóstico de cancro de Kate Middleton caiu que nem uma bomba, pondo fim às mais diversas especulações, e gerou uma enorme comoção.

Desde sexta-feira, dia 22 de março, que o vídeo de Kate Middleton tem emocionado o mundo. Após várias semanas de especulação sobre o que lhe teria acontecido após ter sido submetida, em janeiro, a uma cirurgia abdominal, a princesa de Gales, casada com o herdeiro da coroa britânica, William, revelou que tem cancro, gerando uma onda de comoção e solidariedade. Mas será que podemos sentir tristeza por pessoas que nunca conhecemos pessoalmente? A psicóloga Teresa Feijão responde prontamente que 'sim'. 

"As doenças de famosos têm o potencial de comover a população, especialmente quando estão em causa figuras públicas que são amadas ou admiradas por muitas pessoas. Isso pode gerar um sentimento de maior empatia. E, muitas vezes, as celebridades usam a sua visibilidade para aumentar a consciencialização sobre certas condições de saúde, inspirando os outros a procurar tratamento ou simplesmente mostrar apoio às pessoas que enfrentam desafios semelhantes", começa por afirmar a especialista, em declarações ao Lifestyle ao Minuto.

Por outro lado, digerir este tipo de informação também pode provocar medo, "nomeadamente quando a doença é percebida como grave, incurável ou de difícil tratamento, e quando a pessoa famosa em questão é vista como um ícone de saúde ou vitalidade e aparentemente intocável", refere. "As pessoas identificam-se com figuras públicas e podem desenvolver o pensamento de que, se a doença pode afetar alguém tão famoso, também podem ser afetadas. No fundo, ver uma pessoa famosa ser afetada por uma doença grave pode ativar a vulnerabilidade humana e lembrar às pessoas que ninguém está imune a problemas de saúde", explica Teresa Feijão.

Esclarece também a psicóloga que este medo nada tem que ver com hipocondria (um transtorno mental caracterizado por uma preocupação excessiva com a saúde e uma interpretação exagerada de sintomas físicos) ou nasofobia (um medo irracional de contrair uma determinada doença ou uma infeção). "Enquanto o medo gerado pela doença de uma figura pública pode ser temporário e específico para essa situação, a hipocondria e a nasofobia são condições mais duradouras e podem afetar várias áreas da vida de uma pessoa."

Teresa Feijão reforça ainda que "nem sempre a doença de uma pessoa famosa causa medo na população". "Pode inspirar compaixão, aumentar a consciencialização e reduzir o estigma em torno de certas condições médicas, encorajando outras pessoas a compartilharem as suas próprias experiências e procurar apoio", diz.

No entender da especialista, deve existir critério na procura por informações. "É importante procurar fontes confiáveis e verificar a veracidade dos dados antes de tirar conclusões precipitadas", aconselha. Mais: "Procurar informações sobre a doença em questão também "pode ajudar a dissipar medos infundados".

"Em vez de permitir que o medo o domine, é importante manter o foco em cuidar da própria saúde, adotando hábitos de vida saudáveis, fazendo exames de saúde regulares e procurando ajuda médica sempre que necessário", conclui a psicóloga.


Serviços telefónicos de apoio emocional em Portugal

SOS Voz Amiga (entre as 16 horas e as meia-noite) -  213 544 545 (número gratuito) - 912 802 669 - 963 524 660 

Conversa Amiga (entre as 15 e as 22 horas) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

Telefone da Esperança (entre as 20 e as 23 horas) - 222 080 707 

Telefone da Amizade (entre as 16 e as 23 horas) – 228 323 535

Todos estes contatos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24), o contacto é assumido por profissionais de saúde. Deve selecionar a opção 4 para o aconselhamento psicológico. O serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.



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SAÚDE DIGESTIVA: Humanos estão a perder a capacidade de digerir fibras, diz estudo... A descoberta foi publicada na revista Science.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   25/03/24  

Um estudo da Universidade Ben-Gurion, publicado na revista Science, revela que os humanos estão a perder a capacidade de digerir fibras. Comparando a microbiota de humanos de diferentes épocas e regiões, os investigadores revelam que estamos com uma quantidade muito menor do microrganismos que decompõem fibras.

Segundo os autores do estudo, as bactérias Ruminococcus eram abundantes em pessoas que viveram há dois mil anos. Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de analisarem amostras de fezes. Por outro lado, esses microrganismos estão se tornando cada vez mais raros nas populações modernas e industrializadas.

"Estas descobertas sugerem um declínio dessas espécies no intestino humano, provavelmente influenciado pela mudança para estilos de vida ocidentalizados", escrevem. Ainda assim, os cientistas sugerem que sejam realizados mais estudo para que possamos perceber se esta falta de fibras está relacionada com a saúde metabólica cada vez mais pobre da população mundial.

Persiste também a dúvida em relação ao facto de a suplementação ou reintrodução das fibras na dieta poder, ou não, aumentar a quantidade de bactérias e, consequentemente, melhorar a saúde.


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Coreia do Norte diz que Japão propôs cimeira com Kim Jong-un

Kim Jong-un visita a Rússia

Por cnnportugal.iol.pt,   25/03/2024

Kim Yo-jong disse que a melhoria dos laços bilaterais depende do Japão e acusou Tóquio de “tentar interferir no exercício dos direitos soberanos”, numa aparente referência aos testes de armamento feitos pela Coreia do Norte 

A Coreia do Norte disse ter recebido uma proposta do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para a realização de uma cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

De acordo com a agência de notícias estatal de Pyongyang KCNA, a irmã do líder, Kim Yo-jong, disse que Kishida usou um canal diplomático para dizer que gostava de conhecer Kim Jong-un pessoalmente “o mais cedo possível”.

Kim Yo-jong disse que a melhoria dos laços bilaterais depende do Japão e acusou Tóquio de “tentar interferir no exercício dos direitos soberanos”, numa aparente referência aos testes de armamento feitos pela Coreia do Norte.

“Enquanto o Japão for hostil (…), iremos considerá-lo como um inimigo que está entre os nossos alvos, não como um amigo”, sublinhou a irmã do líder norte-coreano.

“Se o Japão (…) continuar preocupado com o assunto dos raptos, do qual não há mais nada para resolver ou investigar, então a [oferta] do primeiro-ministro será inevitavelmente rotulada como apenas uma tentativa de melhorar a sua popularidade”, acrescentou Kim.

Pouco depois, Fumio Kishida disse, quando questionado pelo anúncio de Pyongyang durante um debate parlamentar, que tem trabalhado “para dialogar com a Coreia do Norte”.

O primeiro-ministro japonês acrescentou que era importante encetar conversações com Pyongyang para “resolver disputas como a dos sequestros” de cidadãos japoneses por agentes norte-coreanos nos anos de 1970 e 1980.

Em 2002, numa cimeira entre o líder Kim Jong-il, pai de Kim Jong-un, e o então primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi, a Coreia do Norte admitiu ter raptado 13 japoneses, principalmente para treinar espiões na língua e na cultura japonesas.

Pyongyang permitiu que cinco deles regressassem ao Japão, mas disse que os outros já tinham morrido. O Governo de Tóquio disse acreditar que a Coreia do Norte raptou centenas de japoneses e alguns ainda podem estar vivos.

Em fevereiro, Kim Yo-jong tinha feito uma declaração semelhante, dizendo que a Coreia do Norte estava aberta a melhorar as relações com o Japão e até a convidar Kishida para visitar Pyongyang.

O Japão, que ocupou a península coreana desde 1910 até ser derrotada no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, nunca teve relações diplomáticas formais com a Coreia do Norte, estabelecida em 1948.

A primeira sonda espacial privada a pousar na Lua, a Odysseus, "morreu", anunciou a empresa norte-americana Intuitive Machines na rede social X.

© NASA

POR LUSA   24/03/24 

 Primeira sonda espacial privada a pousar na Lua "morreu"

A primeira sonda espacial privada a pousar na Lua, a Odysseus, "morreu", anunciou a empresa norte-americana Intuitive Machines na rede social X.

O engenho, que pousou na Lua em 22 de fevereiro, foi colocado a "dormir" no final da sua missão principal, após sete dias na superfície do satélite natural da Terra, e não mais "acordou".

"Odie apagou-se para sempre", anunciou no sábado a Intuitive Machines.

A Odysseus tornou-se em 22 de fevereiro a primeira sonda privada a pousar na Lua e o primeiro engenho espacial americano a fazê-lo depois de 1972, ano em que o programa Apollo enviou pela última vez astronautas para a superfície lunar.

A sonda, que transmitiu imagens e dados científicos, estava num plano inclinado, na região do polo sul, após uma descida agitada devido a uma falha no sistema de navegação.

Apesar disso, alguns dos painéis solares ainda conseguiram continuar a funcionar e a fornecer energia.

Contudo, era incerto que as baterias do engenho sobrevivessem ao frio glacial da noite lunar.

Apesar da "morte" da sonda, a Intuitive Machines e a agência espacial norte-americana (NASA), parceira da empresa na missão, através de instrumentos científicos a bordo, consideraram a estada lunar da Odysseus um sucesso.

A NASA prevê enviar astronautas de novo para a superfície da Lua em 2026, incluindo a primeira mulher e o primeiro negro, e em concreto para a região do polo sul, onde haverá água gelada.


sábado, 23 de março de 2024

Quase metade da população mundial sofria de uma doença neurológica em 2021

ANDREW BROOKES

Por  sicnoticias.pt  23/03/2024

Em 2021 as patologias neurológicas foram as principais responsáveis pelo peso das doenças à escala global, à frente das doenças cardiovasculares, devido aos anos de perda de vida saudável por doença, incapacidade ou morte prematura.

Quase metade da população mundial em 2021 sofria de uma doença neurológica, principal causa de problemas de saúde e incapacidade a nível global, estima um estudo publicado na revista médica The Lancet Neurology.

De acordo com o estudo, 3,4 mil milhões de pessoas no mundo eram afetadas em 2021 por uma doença neurológica, com o Acidente Vascular Cerebral (AVC), a encefalopatia neonatal, a enxaqueca, a doença de Alzheimer e outras demências, a neuropatia diabética, a meningite, a epilepsia e o cancro a serem os maiores responsáveis pela perda de saúde ao nível do sistema nervoso.

O estudo, que avaliou o peso das doenças, lesões e fatores de risco, salienta que o número de pessoas que viveram ou morreram entre 1990 e 2021 com patologias neurológicas, como AVC, doença de Alzheimer e outras demências ou meningite, cresceu substancialmente devido não só ao aumento e envelhecimento da população, mas também devido ao "aumento da exposição a fatores de risco ambientais, metabólicos e de estilos de vida".

Em 2021, as cefaleias de tensão e as enxaquecas afetavam, juntas, cerca de 3,1 mil milhões de pessoas à escala global, segundo as estimativas plasmadas no trabalho publicado pela The Lancet Neurology, que realça que a neuropatia diabética foi a doença neurológica que mais cresceu de 1990 a 2021, tendo os casos mais do que triplicado, atingindo 206 milhões de pessoas no mundo há três anos.

"Tal está alinhado com o aumento da prevalência global da diabetes", sublinhou, citada em comunicado pela revista médica, uma das coautoras do estudo, Liane Ong, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

O estudo concluiu que em 2021 as patologias neurológicas foram as principais responsáveis pelo peso das doenças à escala global, à frente das doenças cardiovasculares, devido aos anos de perda de vida saudável por doença, incapacidade ou morte prematura.

A África subsariana foi a região do planeta que teve mais peso nas doenças do sistema nervoso.

"Muitas estratégias atuais para reduzir as doenças neurológicas têm baixa eficácia ou não são suficientemente aplicadas, como é o caso em algumas das doenças de crescimento mais rápido, mas em grande parte evitáveis, como a neuropatia diabética e as doenças neonatais. Para muitas outras doenças não há cura, o que releva a importância de um maior investimento e investigação em novas intervenções e nos fatores de risco potencialmente modificáveis", sustentou, citado no mesmo comunicado, o neurologista Valery Feigin, coautor do estudo e que dirige o Instituto de Neurociência Aplicada da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia.

MOSCOVO: Estados Unidos já tinham avisado, através da sua embaixada em Moscovo, a 7 de março, para a possibilidade de um atentado a concentrações de pessoas.

© STRINGER/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   23/03/24  

 Ataque? Fonte dos serviços secretos russos confirma informações dos EUA

Estados Unidos já tinham avisado, através da sua embaixada em Moscovo, a 7 de março, para a possibilidade de um atentado a concentrações de pessoas.

A Rússia recebeu informações dos Estados Unidos sobre a possibilidade de um atentado em Moscovo, no entanto, a mesma não continha detalhes, disse fonte dos serviços de inteligência russos à agência estatal RIA Novosti.

"Essa informação realmente chegou", confirmou a fonte, dizendo, contudo, que se tratavam de dados de natureza geral, segundo a agência. 

Recorde-se que os Estados Unidos já tinham avisado, através da sua embaixada em Moscovo, a 7 de março, para a possibilidade de um atentado a concentrações de pessoas, incluindo concertos, recomendando aos cidadãos norte-americanos que evitassem grandes aglomerações, o que foi minimizado pelos dirigentes russos. Esta informação, segundo a Casa Branca, foi compartilhada com a Rússia. 

O ataque armado, a que se seguiu um enorme incêndio numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, resultou na morte de pelo menos 115 pessoas e várias dezenas de feridos e foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI). 

O EI, que já atacou a Rússia em várias ocasiões, afirmou na plataforma de mensagens Telegram que os combatentes do grupo "atacaram uma grande concentração (...) nos arredores da capital russa".

A organização fundamentalista afirmou que o grupo de comandos tinha depois "regressado em segurança à base".

O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20h15 de Moscovo (17h15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, numa sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.

Jornalistas da uma agência de notícias viram o edifício mergulhado em chamas, nuvens de fumo negro a sair do telhado e uma enorme presença policial e dos serviços de emergência.

De acordo com a televisão russa, o telhado do edifício colapsou parcialmente. Não foi dada qualquer informação sobre o número de pessoas presas no interior da estrutura.

Segundo um jornalista da agência de notícias estatal Ria Novosti, pessoas camufladas invadiram a sala de espetáculos antes de abrirem fogo e lançarem "uma granada ou uma bomba incendiária".

Os serviços de emergência afirmaram que as chamas se espalharam pelos quase 13 mil metros quadrados do edifício, antes de o fogo ser contido.

Este sábado, o Kremlin anunciou a detenção de 11 pessoas ligadas ao atentado, incluindo quatro atacantes.


Número de vítimas mortais no ataque terrorista em Moscovo sobe para 93

© Lusa

POR LUSA   23/03/24 

O número de vítimas mortais do ataque a uma sala de espetáculos nos arredores de Moscovo, na sexta-feira, subiu para 93, segundo informou hoje o Comité de Investigação (CI) russo.

"O número de mortos é agora de 93", declarou aquele comité em comunicado avisando já que "o número vai aumentar".

O ataque a uma sala de espetáculos nos arredores de Moscovo foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).

O último balanço dava conta da existência de 60 vítimas mortais, mas as autoridades já tinham alertado que o número poderia subir à medida que decorrem os trabalhos de busca e salvamento no local.

Entre as vítimas mortais há pelo menos três crianças, segundo os dados oficiais.

As causas da morte são, de acordo com os investigadores russos, ferimentos de bala e intoxicação pelo fumo do incêndio provocado pelos terroristas.

Entretanto, o Serviço Federal de Segurança anunciou a detenção de 11 pessoas que estarão relacionadas com este atentado, incluindo quatro que estiveram pessoalmente envolvidas.

O EI, que já atacou a Rússia em várias ocasiões, afirmou na plataforma de mensagens Telegram que os combatentes do grupo "atacaram uma grande concentração (...) nos arredores da capital russa".

A organização fundamentalista afirmou que o grupo de comandos tinha depois "regressado em segurança à base".

O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.

Jornalistas da agência de notícias viram o edifício mergulhado em chamas, nuvens de fumo negro a sair do telhado e uma enorme presença policial e dos serviços de emergência.

De acordo com a televisão russa, o telhado do edifício colapsou parcialmente. Não foi dada qualquer informação sobre o número de pessoas presas no interior da estrutura.



Leia Também: Governo talibã junta-se a condenação internacional do ataque em Moscovo


Exclusivo: TAP falha compromissos salariais por falta de receitas

A TAP adiou os aumentos salariais prometidos aos pilotos por falta de receitas. Isto porque o Governo avisou a administração da companhia aérea, indicando que esses aumentos violariam os compromissos assumidos com a Comissão Europeia no plano de reestruturação.

Por Carlos Enes  cnnportugal.iol.pt