quarta-feira, 3 de maio de 2023

Sobe para 109 o número de mortes devido às chuvas torrenciais no Ruanda

© Shutterstock

POR LUSA   03/05/23

 O número de mortos devido às chuvas torrenciais que atingiram o Ruanda na terça-feira subiu para 109, segundo indicou hoje o conglomerado de meios de comunicação públicos Rwanda Broadcasting Agency (RBA), citando autoridades regionais.

Entre as vítimas mortais, 14 morreram na província do norte e 95 na província do oeste, onde os distritos mais afetados foram Ngorororero, Rubavu, Rutsiro e Karongi, confirmou o governador do território, François Habitegeko.

"Planeamos deslocar temporariamente as pessoas em perigo para evitar catástrofes", disse o secretário permanente do Ministério da Gestão de Emergências ruandês, Philippe Habinshuti.

As chuvas provocaram deslizamentos de terras e o rebentamento das margens dos rios, danificando infraestruturas, cortando estradas e destruindo casas onde algumas famílias ficaram retidas.

De acordo com as autoridades, o número de vítimas poderá aumentar, uma vez que as operações de busca e salvamento ainda estão a decorrer numa zona onde o acesso à terra está cortado.

A estação das chuvas representa um perigo num país com tantas encostas como o Ruanda, a maior parte das quais são habitadas e utilizadas para o cultivo.

O risco está a ser maior neste mês de maio, uma vez que a Agência Meteorológica do Ruanda advertiu que a precipitação será ligeiramente superior ao normal em muitas partes do país.


ESPANHA: Há uma praia em que a areia parece pipocas. 'Roubos' colocam-na em risco... Governo local emitiu alerta para que turistas deixem de levar as rochas como recordação.

© Noticias ao minuto

Notícias ao Minuto   03/05/23 

Trazer lembranças das férias é um ato normal, mas uma praia nas Ilhas Canárias, em Espanha,  está a ter problemas com essa situação.

Em causa está a forma única da areia da praia de El Hierro, que muitos dizem parecer pipocas. A raridade tem encantado os turistas da região, que acabam por querer trazer uma amostra da areia como recordação.

A praia situa-se na cidade de Corralejo, no município de La Oliva, e já foi apelidada de 'Praia das Pipocas'.

O governo local já lançou campanhas para impedir que as pessoas levem as pedras da praia para casa, alegando que isso está a causar grandes danos à praia.

Especialistas alegam que todos os meses são "roubados" cerca de 10 quilogramas de 'pipocas' da praia. 

Esta não é a única praia com o areal semelhante, contudo é a única onde estas surgem em tamanha quantidade.


Depois de 70 anos de espera, Carlos III sobe finalmente ao trono. O que muda na vida de William, Kate, George e Harry?

Andreia Miranda  cnnportugal.iol.pt  03/05/23

Mais responsabilidade, mais visibilidade, mais exposição, mas também mais recato. Com a subida de Carlos III ao trono, os príncipes de Gales e o duque de Sussex vão sofrer mudanças "meramente simbólicas, mas também práticas"

No dia 8 de setembro, aquando da morte da rainha Isabel II, o príncipe William e a mulher, Kate Middleton, receberam novos títulos: deixaram de ser apenas duques de Cambridge e passaram a ser duques da Cornualha e de Cambridge. Essa mudança duraria até ao primeiro discurso do rei Carlos III, onde se ficou a saber que William e Kate iriam assumir os títulos de príncipes de Gales, que foram usados por Carlos e Diana. 

O acréscimo de títulos traz novas responsabilidades. William é não só filho do rei como o herdeiro ao trono, o que significa que é também o braço direito do novo soberano e quem assume compromissos em seu nome, à semelhança de outros membros trabalhadores.

Com a coroação de Carlos III, que acontece no próximo sábado, são várias as alterações na vida de William e Kate que, pouco antes da morte de Isabel II, já tinham assumido mais responsabilidades na família real e tinham até mudado de casa, passando a viver em Windsor para estar mais perto da rainha. Uma mudança que o embaixador José de Bouza Serrano considera normal, uma vez que "agora, William e Kate são os herdeiros aparentes e depois é o príncipe George".

Com a subida de Carlos ao trono, cada herdeiro muda de número na linha de sucessão, William passa a primeiro, George a segundo, Charlotte a terceiro, Louis a quarto, e Harry, que se afastou dos deveres reais, cai para quinto. 

Para o especialista em realeza Alberto Miranda, ao longo dos anos, Carlos teve como papel principal "assegurar que o seu descendente direto, herdeiro número um, está preparado no futuro para assegurar também a chefia de Estado". E William, apesar de não ter "um papel formal e constitucional" definido enquanto príncipe herdeiro, para além de esperar pela sua vez e gerar um herdeiro, sabe que "tem de cumprir os seus deveres oficiais em nome do rei".

William e Carlos (Jon Super - WPA Pool/Getty Images)

"De facto, a subida de Carlos ao trono implica uma mudança no seio da família real britânica e com efeitos, não só meramente simbólicos, mas também práticos. A começar desde logo pela maior exposição que o cargo lhes traz, uma maior exposição pública. Um papel que Diana sentiu logo na pele quando se tornou princesa de Gales. E esta exposição pública tem as suas consequências, mas tem também as suas vantagens", explica o jornalista, referindo-se às causas sociais apoiadas pelos duques da Cornualha.

Quem também passará a ter maior exposição pública será o príncipe George, que agora assume o papel que durante 40 anos foi de William - o de filho do herdeiro ao trono de Inglaterra - com o fator de ainda ser criança e de "gerar maior identificação, magia, atração e comunhão para com a família real".

José de Bouza Serrano lembra que "George ainda é pequenino" e que seguirá o pai "por osmose e por repetição", mas que toda a educação do príncipe vem do berço e que isso é visível no dia a dia. Opinião que Alberto Miranda corrobora, reiterando que "a educação para o futuro é muito importante".

"George vai ser chamado a reinar no futuro e é importantíssima esta educação dos filhos para a causa, porque há um papel futuro que é preciso fazer. Nós já sabemos que os filhos do William são educados desde o berço para este papel, mas a partir de agora a exposição é maior, e esse trabalho é feito diariamente desde o acordar até ao dormir, desde o nascimento até à morte. Este papel, esta educação, foi o que fez Carlos quando educou os seus filhos, William e Harry."

O ducado da Cornualha

Lembrando que William para além de príncipe de Gales é também duque da Cornualha, "título que foi de Carlos toda a vida até à morte da mãe", Alberto Miranda recorda que este é um "ducado que se transmite de príncipe herdeiro para príncipe herdeiro". 

"O próximo duque da Cornualha, quando William for rei, será o George, e depois o filho do George. Passa de geração em geração, mas sempre de príncipe herdeiro para príncipe herdeiro. E este é um ducado de onde provém os seus rendimentos pessoais privados e é muito lucrativo, por exemplo, por ano, valores recentes dizem que são mais de 23 milhões. Esta propriedade comercial é muito lucrativa e é agora a fonte de rendimento do cliente para si e para a sua família, e de onde ele paga aos empregados. Isto também é uma mudança na vida do William. Poderá não ter efeitos visíveis, mas é muito importante na vida desta mudança", afirma, acrescentando que "o príncipe Harry fala no livro 'A Sombra' que o pai cortou o apoio que lhe dava, tendo ele um ducado tão lucrativo quanto era o da Cornualha".

Segundo os últimos dados, o ducado da Cornualha vale mais de mil milhões de libras e os lucros revertem automaticamente para o herdeiro masculino do trono.

Também o príncipe Harry verá a sua vida mudar. A mudança mais esperada seria, segundo Alberto Miranda, "a verdadeira reconciliação com o pai", no entanto, além disso é esperado que o duque de Sussex passe a ter um "maior recato na sua exposição agora que o pai é rei".

"Sendo ele pai de dois príncipes, Harry terá de educar os filhos nesta tradição do que é ser príncipe. Porque queria tanto que os filhos fossem príncipes, e se fez essa exigência, e disse-o várias vezes, que achava discriminatório os filhos não serem príncipes, agora vai ter de educar os filhos como príncipes. Mas o que é que também se espera de Harry? Carlos quer que o filho, o seu amado filho, como ele diz, e que apesar de viver no estrangeiro, tenha agora um maior recato, uma maior contenção nas suas exposições, nas suas opiniões, porque tudo o que Harry tem falado afeta a imagem da família real. E a família real sendo a que dá o exemplo, a que é um modelo de virtudes, não pode ter este elemento perturbador."

A cerimónia de coroação do rei Carlos III e da rainha consorte Camilla vai decorrer no próximo dia 6 de maio, na abadia de Westminster, em Londres. Os britânicos vão ter direito a um fim de semana prolongado para festejar os novos reis, que contará não só com a cerimónia, mas também com um concerto e ações de voluntariado.

LÍBIA: Seis líbios enfrentam possível pena de morte após tornarem-se cristãos... Homens e mulheres foram detidos em março.

© iStock

Notícias ao Minuto  03/05/23 

Seis homens e mulheres líbios enfrentam uma possível pena de morte ao converterem-se ao cristianismo, avançou o jornal britânico The Guardian, citando ativistas que acusam o governo líbio de estar a utilizar estas leis para silenciar a sociedade civil.

A justiça líbia valeu-se do artigo 207 do código penal do país do norte de África, que prevê castigos para tentativas de partilhar opiniões que pretendam "alterar princípios constitucionais fundamentais, ou as estruturas fundamentais da ordem social".

Os seis elementos, alguns deles pertencentes a grupos étnicos minoritários, foram detidos em diferentes ocasiões, em março. Já no mês passado, também dois cidadãos norte-americanos terão sido detidos pela Agência de Segurança Interna da Líbia, acusados de professar o cristianismo e de apostasia do islão. Terão deixado, entretanto, o país.

"Houve um aumento no uso do artigo 207 contra ativistas da sociedade civil e organizações internacionais na Líbia, no ano passado. Até hoje, ainda sou ameaçada apenas por defender a liberdade de crença. A sociedade não aceita discussões sobre a liberdade de crença”, disse Noura Eljerbi, uma ativista dos Direitos Humanos citada pelo Guardian.

A ativista revelou ainda que, mesmo antes da detenção destas pessoas, "houve uma forte campanha contra eles nas redes sociais".

Se é certo que a constituição interina do país, aprovada em 2011, após a morte do antigo líder Muammar Gaddafi, garante aos não-muçulmanos a liberdade de praticar a sua fé, as lutas políticas entre o governo islamista de Tripoli e o governo secular de Tobruk levaram a uma suspensão da constituição, conforme explica o The Guardian.


Leia Também: Mais 470 migrantes intercetados no mar e devolvidos à Libia

Incêndio atinge depósito de combustível na Rússia junto à Ucrânia

© Twitter

POR LUSA  03/05/23 

Um incêndio está a destruir um depósito de combustível em Volna, região russa de Krasnodar, a pouco mais de dez quilómetros da ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, território ucraniano anexado por Moscovo em 2014.

"O incêndio atinge uma superfície de 1.200 metros quadrados. No combate às chamas participam 23 unidades de veículos especiais e 85 bombeiros", disse o chefe da administração local, Fiodor Babenkov através de uma mensagem no sistema de mensagens Telegram.


Trata-se do segundo incêndio a atingir depósitos de combustíveis em território da Rússia nos últimos quatro dias.  

Na madrugada do passado sábado um ataque com aparelhos aéreos não pilotados (drones) provocou um incêndio num depósito de combustível no porto de Sebastopol, na Crimeia, a principal base da Frota Russa no Mar Negro. 

Segundo o governador de Krasnodar, Veniamin Kondratiev, o incêndio de Volna não provocou vítimas, até ao momento. 

"Nas redes sociais estão a ser difundidas informações de que começou a retirada dos habitantes de Volna (...) estas informações não correspondem à realidade", disse Kondratiev.

O governador acrescentou que a situação não exige a evacuação do local e pediu à população para "conservar a calma" não adiantando as causas que provocaram o fogo.

Até ao momento a situação em Volna ainda não foi verificada por fontes independentes. 


Cerca de 38 milhões de pessoas na UE não têm acesso a alimentos saudáveis

© Richard Baker / In Pictures via Getty Images

POR LUSA   03/05/23 

Cerca de 38 milhões de pessoas na União Europeia (UE) não têm acesso a uma alimentação suficientemente saudável e sustentável, alertou hoje a organização não-governamental WWF, garantindo que é uma tendência que está a crescer desde 2015.

Num relatório hoje publicado, o World Wild Fund for Nature [Fundo Mundial para a Natureza] declarou que o atual sistema alimentar da UE é uma ameaça, pois depende fortemente da importação de matérias-primas agrícolas "caras" -- como fertilizantes - para apoiar a agricultura intensiva, "incentivando o consumo pouco saudável".

"O sistema alimentar da UE está a provocar a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas, ao mesmo tempo que torna extremamente difícil para muitos cidadãos o acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis", afirmou Giulia Riedo, responsável pela política alimentar e agrícola sustentável do WWF.

Na Europa, a proporção de terras de cultivo usadas para alimentar o gado é maior do que a média mundial, pois mais produtos de origem animal são consumidos 'per capita' e há um forte mercado de exportação de produtos de origem animal, segundo o documento.

A ONG apontou que se for promovida a produção de cultivos de origem vegetal e reduzido o consumo de carne, a importação de rações e o uso de fertilizantes diminuiriam 23,4% e, com a redução de custos, a alimentação saudável estaria mais acessível.

Além disso, o relatório salientou que a UE é particularmente "vulnerável" a distorções no mercado de fertilizantes, pois representam 18% dos custos das matérias-primas para as culturas.

Nos países da UE existem 179,9 milhões de hectares de terras agrícolas, dos quais 74% são fertilizados.

O WWF garante que a redução do consumo animal em alimentos, particularmente aquele proveniente de sistemas pecuários industriais intensivos -- que dependem em grande parte de rações e fertilizantes importados -- reduziria a quantidade total de terra necessária e teria efeitos benéficos no meio ambiente, no bem-estar e na saúde humana.


"As importações de ração e fertilizantes interrompem os ciclos de nutrientes, são um uso ineficiente de calorias e causam impactos ambientais significativos", observou o WWF.


O quadro legislativo da UE para sistemas alimentares sustentáveis, apontou a organização, deve estabelecer uma visão para 2050 e garantir a coerência entre as políticas relacionadas com a alimentação.

O relatório considerou que esta política comunitária tem de incluir objetivos vinculativos intermédios e finais que se apliquem a todo o sistema alimentar, desde a produção ao consumo, e incluir um mecanismo de avaliação que vigie todos os progressos.

De acordo com o WWF, a estratégia "Farm to Fork" da Comissão Europeia dá à Europa "a oportunidade de ser um exportador líquido de calorias, nutrientes e proteínas, ao mesmo tempo em que melhora a segurança alimentar e a resiliência a longo prazo".



ALEMANHA: Megaoperação contra máfia em vários países europeus, Portugal incluído

© Getty Images

Notícias ao Minuto  03/05/23 

Em território alemão, as operações decorreram, sobretudo, nos estados de Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado.

As autoridades alemãs iniciaram, esta quarta-feira, uma série de operações policias contra elementos do grupo mafioso 'Ndrangheta.

A polícia efetuou dezenas de detenções e buscas em residências esta madrugada em toda a Alemanha, numa operação que envolveu mais de mil agentes que realizaram buscas em dezenas de casas, escritórios e lojas nos estados da Baviera, Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado, informaram os procuradores num comunicado conjunto.

Outras forças de segurança atuam neste âmbito em países como a Bélgica, França, Itália - e mesmo em Portugal, refere o jornal alemão Bild.

As operações decorreram, sobretudo, nos estados de Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado.

"Entre outros crimes, os arguidos são acusados de branqueamento de capitais, evasão fiscal, fraude comercial e contrabando de estupefacientes", refere-se num comunicado do gabinete estatal de investigação criminal da Renânia do Norte-Vestefália".

As rusgas fazem parte de uma investigação conjunta que envolve a Europol.


Leia Também: Três dos 35 arguidos da Operação Rota do Cabo condenados a penas efetivas

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS ESCLARECE QUE, AS ISENÇÕES ADUANEIRAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS SÃO APLICADAS NO ÂMBITO DO REGIME GERAL DE ISENÇÕES E DA LEI QUADRO DE PARTIDOS POLÍTICOS.

Por Ministério das Finanças

Polícia detém homem suspeito de matar a tiro cinco vizinhos nos EUA

© Reuters

POR LUSA  03/05/23 

A polícia do estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, anunciou ter detido o suspeito de ter matado a tiro cinco vizinhos após um deles se ter queixado do barulho, na sexta-feira.

Francisco Oropeza, 38 anos, foi detido na terça-feira, quatro dias depois, na cidade de Cleveland, a cerca de 72 quilómetros a norte da capital do estado, Houston, disse o xerife do condado de Montgomery, Rand Henderson.

O suspeito, de nacionalidade mexicana, foi detido sem incidentes, disse Henderson. O xerife não mencionou se Oropeza estava armado nem como as autoridades descobriram onde se encontrava o suspeito.

Mais de 250 agentes de várias forças de segurança, assim como drones e cães, participaram na caça ao homem por Oropeza, que incluiu vasculhar uma floresta densamente arborizada a alguns quilómetros do local do tiroteio.

O governador do Texas Greg Abbott tinha no fim de semana oferecido uma recompensa de 50 mil dólares (45 mil euros) a qualquer pessoa que tivesse informações que levassem à detenção de Oropeza.

Ao anunciar a recompensa, o republicano descreveu todas as cinco vítimas, de nacionalidade hondurenha, como "imigrantes ilegais", uma afirmação falsa que originou críticas e levou o gabinete de Abbott a pedir desculpas públicas na segunda-feira.

Oropeza tinha sido deportado quatro vezes para o México, de acordo com as autoridades de imigração dos EUA, a última das quais em janeiro de 2012.

O suspeito era conhecido na vizinhança de Cleveland porque gostava de disparar armas no jardim da sua casa e a polícia já tinha sido chamada a intervir algumas vezes, disse no sábado o xerife do condado de San Jacinto, Greg Capers.

Na noite de sexta-feira, o homem estava novamente a disparar quando foi abordado por um vizinho que lhe pediu que parasse porque já era tarde e estavam a tentar adormecer um bebé.

O suspeito respondeu invadindo a casa dos vizinhos, onde viviam dez pessoas naturais das Honduras, e matando cinco delas, incluindo uma criança de 9 anos, como se fosse uma "execução", descreveu Capers.

De acordo com o Gun Violence Archive (GVA), um projeto sem fins lucrativos que regista eventos de violência armada nos Estados Unidos, houve 176 tiroteios em massa desde o início de 2023

O Texas enfrentou vários tiroteios em massa nos últimos anos, incluindo o ataque do ano passado numa escola em Uvalde, que vitimou 19 alunos e dois professores.

Os líderes republicanos do Texas têm rejeitado repetidamente os apelos a novas restrições ao porte e uso de armas de fogo, inclusive este ano, em protestos liderados por várias famílias cujos filhos foram mortos em Uvalde.

Na segunda-feira, a Casa Branca voltou a pedir ao Congresso que aprove leis que restrinjam o uso de armas de fogo.


Leia Também: Polícia lança caça ao homem após morte de 5 pessoas em tiroteio nos EUA

REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS: Sete em cada 10 países tem um ambiente jornalístico mau

© iStock

POR LUSA  03/05/23 

O ambiente do jornalismo é mau em sete em cada 10 países, revela a 21.ª edição do Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, hoje divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

No Dia Mundial da Liberdade, que hoje se celebra, o relatório da RSF - que analisa a situação em 180 países ou territórios - diz que a situação é "muito má" em 31 países, "má" em 42 países, "problemática" em 55 e "boa" ou "razoavelmente boa" em 52 países.

Pelo sétimo ano consecutivo, a Noruega aparece como o país com melhor ambiente para o jornalismo, mas o segundo lugar não é ocupado por um país nórdico (o que é invulgar em relação às recentes edições do inquérito), surgindo aí a Irlanda, que subiu quatro posições, ficando à frente da Dinamarca.

Portugal aparece em nono lugar, a primeira posição no patamar dos países com a classificação de ambiente "razoavelmente bom", a uma posição do patamar de "bom", atrás da Estónia e à frente de Timor-Leste, Liechtenstein e Suíça.

Nos três últimos lugares do 'ranking' da RSF aparecem apenas países asiáticos: Vietname (um país acusado de ter expulsado todos os jornalistas independentes), China (que caiu quatro posições no último ano) e Coreia do Norte (que é considerado um dos maiores exportadores de propaganda).

O relatório revela ainda que o cenário de desinformação global tem sido favorável para o aumento de propaganda na Rússia, que aparece no lugar 164 da lista, depois de cair nove lugares no último ano.

Os Estados Unidos também caíram três posições nos últimos 12 meses, com registo de um ambiente mais problemático para os jornalistas a nível da imprensa regional, nomeadamente por causa de situações de violência sobre repórteres.

"O Índice Mundial de Liberdade de Imprensa mostra uma enorme volatilidade, com grandes subidas e quedas e mudanças inéditas, como a ascensão do Brasil à 18ª posição e a queda de 31 lugares do Senegal. Essa instabilidade é resultado do aumento agressividade por parte das autoridades em muitos países e da crescente animosidade contra jornalistas nas redes sociais e no mundo físico", comentou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.

A edição deste ano do Índice sublinha ainda os efeitos dramáticos provocados pelo impacto do ecossistema digital, nomeadamente as redes sociais digitais, no fluxo informativo.

Em 118 países, a maioria dos inquiridos por este inquérito relataram situações em que os atores políticos nos seus países foram sistematicamente envolvidos em campanhas massivas de desinformação nas redes sociais.

Por outro lado, este documento da RSF destaca que a fronteira entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o real e o fictício é cada vez mais ténue e difícil de aferir.

A organização antecipa que esta situação pode agravar-se nos próximos anos, com a emergência de mecanismos de Inteligência Artificial (IA) no terreno da produção de conteúdos informativos, alavancada pelas recentes evoluções.

"A IA está a digerir conteúdo e a regurgitá-lo de forma sintética com regras que desrespeitam os princípios de rigor e fiabilidade", concluem os analistas do Índice hoje divulgado.


Leia Também:  Ataques contra jornalistas aumentam na África Austral e Oriental


Leia Também: Cabo Verde e Angola são os lusófonos que perderam liberdade de imprensa

Frente Cívica pede a Marcelo que exonere o atual Governo

Por cnnportugal.iol.pt,  03/05/23

O pedido da associação surge depois de o Presidente da República ter mostrado a sua discordância em relação à recusa do primeiro-ministro, António Costa, em aceitar o pedido de demissão do ministro João Galamba

A associação Frente Cívica exortou na terça-feira o presidente da República a exonerar este Governo na sequência da recusa do primeiro-ministro em aceitar a demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Numa nota, a associação revelou que escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa para lhe pedir que demita o Governo, sugerindo ainda que “o líder do partido mais votado, que dispõe de uma maioria absoluta clara e que resulta de um resultado eleitoral ainda recente, deverá apresentar uma nova proposta de Governo e submeter o respetivo programa à Assembleia da República”.

O pedido da associação surge depois de o Presidente da República ter mostrado a sua discordância em relação à recusa do primeiro-ministro, António Costa, em aceitar o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba, na sequência de uma polémica com um seu ex-adjunto a propósito do caso TAP.

“Em síntese, o comportamento deplorável que ocorreu no Ministério das Infraestruturas não configura para o primeiro-ministro uma situação suficientemente grave para a exoneração do ministro. Esta atuação choca os portugueses e configura, em nosso entender, um irregular funcionamento das instituições”, defende, na carta enviada a Marcelo, a associação.

Nos últimos dias, o ministro das Infraestruturas tem estado envolvido em polémica com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, que demitiu há uma semana, sobre informações a prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.

O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestrutura e furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Na terça-feira, durante a manhã, o primeiro-ministro recebeu o ministro João Galamba na residência oficial de São Bento. Depois, de tarde, esteve no Palácio de Belém, entre cerca das 17:00 e as 18:45, numa audiência que solicitou ao Presidente da República.

Perto das 20:20, o ministro das Infraestruturas divulgou um comunicado a informar que "no atual quadro de perceção criado na opinião pública" tinha apresentado o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, "em prol da necessária tranquilidade institucional" – que António Costa recusaria cerca de meia hora depois.

António Costa considerou que a João Galamba não é "imputável pessoalmente qualquer falha" e disse que mantê-lo como ministro é uma decisão que o "responsabiliza integralmente" como primeiro-ministro, tomada provavelmente contra a opinião da maioria dos portugueses e certamente contra os comentadores.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, depois de António Costa anunciar a decisão de não aceitar o pedido de demissão de João Galamba, o Presidente da República assumiu uma discordância em relação ao primeiro-ministro "quanto à leitura política dos factos" que o levaram a manter João Galamba "no que respeita ao prestígio das instituições".

"O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.


Leia Também: "Costa perdeu uma oportunidade" e Marcelo deverá escolher entre papel de comentador e Presidente


Costa assume que não demitir Galamba vai contra a maré da opinião pública

© Getty Images

POR LUSA   02/05/23 

O primeiro-ministro assumiu hoje que a sua decisão de não demitir o ministro João Galamba contraria a maré da opinião pública, mas contrapôs que recusa violentar a sua consciência e alimentar "a dança" dos populismos.

António Costa fez estas declarações em São Bento, depois de confrontado com a possibilidade de a sua decisão de não exonerar o ministro das Infraestruturas poder alimentar o radicalismo político no país e isolar o seu Governo.

Perante os jornalistas, o líder do executivo assumiu que, "porventura", estará a contrariar "o sentimento da opinião pública" ao não demitir João Galamba das funções de ministro das Infraestruturas no caso que o envolve com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro por causa de informação a prestar `à comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP.

Mas logo a seguir discordou que essa sua posição possa alimentar o radicalismo político no país.

"Alimentar o radicalismo e o populismo é adequarmos o nosso comportamento ao populismo. Se violentasse a minha consciência para fazer aquilo que a opinião pública acha que deve ser feito, para fazer aquilo que os comentadores acham que deve ser feito, então estaria talvez não só a violentar a minha consciência, mas a dançar a dança populismo", sustentou.

Para António Costa, contrariar "a dança do populismo exige que em determinados momentos se saiba ser firme mesmo quando se sente que se está a ir contra a força da maré".

"Quem é primeiro-ministro não pode andar ao sabor da maré. E tem de saber que muitas vezes tem de resistir com pé firme contrariando a maré. Não é contrariar por contrariar, não é um exercício de teimosia, é um exercício de consciência", advogou.

António Costa insistiu que, caso demitisse João Galamba, sentir-se-ia desconfortável com a sua consciência.

"A responsabilidade é minha, só minha, exclusivamente minha", acentuou.

De acordo com António Costa, ao longo dos últimos dias e, sobretudo, durante o dia de hoje, apurou factos diferentes daqueles que têm sido veiculados para a opinião pública em relação aos episódios que opõem João Galamba e o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, demitido na quarta-feira.

"Sei que aquilo que tem sido dito repetidas vezes é o contrário daquilo que apurei. Tem sido dito que o ministro quis ocultar informação à comissão parlamentar de inquérito, mas é falso; e diz-se que deu ordem aos serviços de informações ou quis utilizá-los, também é falso", considerou.

O primeiro-ministro concluiu então que não conseguiu corroborar "a essência das acusações que têm sido dirigidas ao ministro das Infraestruturas".

"Portanto, em consciência, não posso aceitar a sua demissão", frisou, já depois de ter pronunciado sobre o cenário de, mais tarde, o ministro revelar objetivamente que falhou no exercício das suas funções.

"O tempo permitirá revelar um excelente ministro das Infraestruturas. Se assim não for, a responsabilidade, naturalmente, é minha, porque é a mim que me cabe propor a nomeação e exoneração dos membros do Governo, e pelos seus atos e omissões sou eu que respondo", disse.

Mas António Costa foi ainda mais longe neste ponto, advertindo que "nem sempre é fácil tomar decisões".

"Seria seguramente muito mais fácil seguir a opinião unânime dos comentadores, seria seguramente mais fácil aceitar este pedido de demissão, seria seguramente mais fácil ouvir o que a generalidade dos agentes políticos tem dito. Mas entre a facilidade e a minha consciência, lamento desiludir aqueles que vou desiludir, mas dou primazia à minha consciência", acrescentou.


Leia Também: Galamba mantém-se com o apoio de Costa, apesar da discordância de Marcelo


Leia Também: As três opções de Marcelo, segundo Sérgio Sousa Pinto: "ou a demissão do Governo ou a dissolução direta da AR ou, se tiver sangue frio, ver o que vai ser pior para o primeiro-ministro"


Leia Também: "António Costa, em vez de atirar Galamba pela janela, resolve atirar o Presidente da República"


Leia Também: Decisão de António Costa "é corajosa do ponto de vista político"

Desinformação é ameaça e "sem imprensa não há liberdade", diz ONU

© iStock

POR LUSA   02/05/23 

 A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou hoje o crescimento da desinformação e o aumento da censura e dos ataques contra jornalistas, alertando que "sem imprensa não há liberdade".

A organização antecipou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado a 03 de maio, com um evento na sua sede para comemorar o 30.º aniversário do início desta celebração anual e analisar os principais problemas que os meios de comunicação enfrentam.

E o cenário é bastante preocupante, segundo as mensagens expressas hoje por dirigentes, especialistas e jornalistas das Nações Unidas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou numa mensagem de vídeo que a "verdade está ameaçada" por aqueles que procuram apagar "as linhas entre factos e ficção, entre ciência e conspiração".

Guterres denunciou também a "crescente concentração dos meios de comunicação em poucas mãos", o colapso financeiro que eliminou uma variedade de títulos independentes, a par do aumento das regulamentações que limitam o trabalho dos jornalistas e ampliam a censura e os ataques sofridos pelos repórteres.

"Jornalistas independentes e a liberdade de imprensa estão a ser atacados em todo o mundo. Sem jornalistas a fornecer notícias e informações nas quais as pessoas possam confiar, temo que continuaremos a ver os laços cívicos a desfazer-se, as normas democráticas corroídas e prejudicada a confiança em instituições e pessoas, que são tão essenciais para a ordem mundial", alertou Arthur Gregg Sulzberger, presidente e editor do The New York Times.

Sulzberger comparou a difícil situação com a "esperança" que existia há 30 anos, quando foi instituído o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, quando o fim da Guerra Fria sugeria a expansão das liberdades e em que os grandes meios de comunicação gozavam de força económica.

No entanto, o advento da Internet - com os danos ao modelo tradicional de negócio e a fácil disseminação da desinformação - transformou essa era em algo passageiro e resultou num período de "debilidade para a imprensa" que desestabilizou as democracias e beneficiou autocratas, observou.

O responsável pelo jornal nova-iorquino, que proferiu um dos discursos centrais da conferência de hoje, alertou para a difícil situação enfrentada em países onde as liberdades de imprensa eram robustas e noutros onde já eram débeis ou inexistentes.

No primeiro caso, disse Sulzberger, os jornalistas enfrentam agora campanhas sistemáticas que minam a sua credibilidade e ataques às proteções legais que garantem a realização do seu trabalho.

No segundo, os profissionais de comunicação sofrem crescentes níveis de assédio e violência, com números recorde de homicídios e prisões.

Sulzberger chamou a atenção para ataques à imprensa em países como China, Hungria, Egito, Nicarágua ou Rússia.

"Há um ataque global aos jornalistas, ao seu trabalho e ao direito do público de saber", insistiu.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, alertou para a ameaça que isso representa para todos os habitantes do planeta.

"Sem a imprensa não há liberdade", disse, citando a jornalista filipina Maria Ressa, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2021.

Guterres também insistiu nessa ideia: "Basicamente toda a nossa liberdade depende da liberdade de imprensa", sublinhou.


terça-feira, 2 de maio de 2023

Costa do Marfim. Governo e oposição assinam acordo de reconciliação

© Lusa

POR LUSA   02/05/23 

O partido no poder na Costa do Marfim e um partido da oposição assinaram hoje, em Abidjan, um "acordo de parceria" para a "reconciliação nacional, coesão social e democracia" num país com um historial recente de violência política.

"Todos nós constatamos que as feridas não estão todas saradas, porque não conseguimos levar a cabo um processo de reconciliação sincero", afirmou Pascal Affi N'Guessan, antigo amigo do ex-presidente Laurent Gbagbo e líder da formação da oposição Frente Popular da Costa do Marfim (FPI, na sigla em francês).

"É claro que a Costa do Marfim não está a arder, mas as brasas não estão extintas. E enquanto houver uma brasa, toda a gente sabe, o fogo pode recomeçar se alguém soprar com habilidade", acrescentou Affi N'Guessan, para justificar a assinatura do acordo com o União dos Houphouëtistes pela Democracia e a Paz (RHDP), do Presidente, Alassane Ouattara.

Segundo este dirigente político, "a reconciliação exige o perdão para ultrapassar as lágrimas e as tragédias do passado".

"Seja o que for que tenha acontecido no passado, a exigência de um futuro comum deve prevalecer sobre o desejo de vingança", acrescentou.

Porta-voz de uma parte da oposição que não reconheceu a reeleição do Presidente Alassane Ouattara para um terceiro mandato controverso nas eleições presidenciais de 31 de outubro de 2020, Pascal Affi N'Guessan chegou a participar na proclamação de um Conselho Nacional de Transição, que visava substituir o regime.

Detido em novembro de 2020, permaneceu na cadeia durante quase dois meses e foi acusado com outros opositores por "conspiração contra a autoridade do Estado", "movimento insurrecional", "assassínio" e "atos de terrorismo".

Dez anos após a violência ligada à primeira vitória de Ouattara numa eleição presidencial contestada por Laurent Gbagbo em 2010-2011 -- de que resultaram cerca de 3.000 mortos -, a violência marcou também a eleição presidencial de 2020, tendo nessa ocasião sido registados 85 mortos e meio milhar de feridos no período de agosto a novembro.

Ibrahim Cissé Bacongo, secretário-executivo do RHDP, elogiou o "espírito elevado" de Pascal Affi N'Guessan e o "sentido de Estado" de Alassane Ouattara.

"Foram capazes de pôr de lado muitas coisas que os opunham, de falar um com o outro, de se encontrarem, de trocarem impressões", o que permitiu que os seus dois partidos fizessem o mesmo para chegar a este acordo, acrescentou.

A poucos meses de eleições regionais e municipais marcadas para 02 de setembro, Affi N'Guessan afirmou que "a parceria" assinada hoje não era "um acordo eleitoral".

"Mas esta parceria não nos impede de nos reunirmos de novo, se acharmos que é necessário" nessa altura, afirmou.


Ataques, sabotagens e contraofensiva aumentam alerta em Moscovo

© Lusa

POR LUSA   02/05/23 

Os últimos ataques e sabotagens em território russo e na Crimeia e os anúncios da contraofensiva iminente de Kyiv aumentaram o nível de alerta na Rússia, a uma semana do desfile militar de 09 de maio na Praça Vermelha.

"Estamos cientes de que o regime de Kyiv está por detrás de uma série de ataques terroristas e planeia continuar as suas ações. Todos os nossos serviços especiais estão a fazer tudo o necessário para garantir a segurança e um trabalho intensivo está em andamento", disse o porta-voz da Presidência russa, Dimitri Peskov.

As autoridades russas já fecharam a Praça Vermelha, onde será realizado o desfile por ocasião da vitória soviética sobre a Alemanha nazi em 1945.

Nos últimos dias, aumentaram ataques e sabotagens nas regiões russas e na Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo à Ucrânia em 2014.

Na madrugada de sábado, um ataque com um 'drone' provocou um incêndio num tanque de combustível no porto de Sebastopol, base da Frota do Mar Negro, descrito pela Ucrânia como "castigo de Deus" pela morte de mais de 20 civis na cidade? ?de Umán na última sexta-feira.

Na segunda-feira, dez vagões de um comboio com destino à Bielorrússia descarrilaram na região de Briansk, na Rússia, na fronteira com a Ucrânia, devido a um dispositivo que explodiu nos carris da ferrovia.

No mesmo dia, na região de São Petersburgo, foi aberta uma investigação por suspeita de sabotagem na explosão de um poste de alta tensão.

Por questões de segurança, os desfiles militares russos nas regiões de Kursk e Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, bem como na Crimeia e Sebastopol foram cancelados, mas o Kremlin decidiu manter o de Moscovo.

A Rússia tem tido escassos progressos no campo de batalha na Ucrânia desde janeiro em Soledar, sendo Bakhmut a principal frente há largos meses, com elevadas baixas de ambas as partes.

O próprio líder do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigojin, admite que a batalha por Bakhmut provoca uma média de cem mortes por dia, indicando que a contraofensiva está para breve.

"O Exército ucraniano está pronto para uma contraofensiva. Foi retardada pelo mau tempo e talvez por alguns problemas internos que precisavam resolver. Talvez em 09 de maio eles nos deem algum alívio, mas em 15 de maio a ofensiva será a 100%", disse Prigojin.

Nem a Rússia nem a Ucrânia divulgam números dos seus soldados mortos.

A Casa Branca disse no domingo que 20.000 soldados russos foram mortos na Ucrânia desde dezembro, metade dos quais mercenários, e 80.000 ficaram feridos.

O Kremlin qualificou estes números de "absolutamente fabricados", apontando, por sua vez, que o Exército da Ucrânia "perdeu mais de 15.000 soldados" no último mês de combates, "apesar da ajuda militar sem precedentes" por parte dos aliados de Kyiv.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que "está tudo pronto" para a contraofensiva e que agora só depende do Estado-Maior, do comandante em chefe, Volodymyr Zelensky, e da sua equipa determinar "como, onde e quando" iniciarão a operação, e que será "grande importância" a continuidade do apoio dos parceiros ocidentais.

Segundo o 'site' independente Meduza, o Kremlin preparou um manual para os seus agentes de propaganda, no qual pede que não subestimem publicamente a contraofensiva ucraniana, no que pode ser interpretado como uma forma de preparar a população para eventuais sucessos de Kyiv.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Ministro da Defesa russo quer duplicar a produção de mísseis de guerra

Ministério da Saúde do Senegal anuncia morte de doente com febre do Congo

© Getty Images

 POR LUSA  02/05/23 

Uma pessoa morreu no Senegal de febre hemorrágica da Crimeia-Congo, conhecida como febre do Congo, uma doença viral transmitida por carraças, anunciou hoje o Ministério da Saúde, que afirmou que o caso foi circunscrito.

O caso em causa é o de um talhante de serviço no matadouro de Dacar, declarado doente em 21 de abril e que morreu no dia seguinte, disse Boly Diop, coordenador da luta contra a febre do Congo no Ministério da Saúde, citado pela agência France-Presse.

"Era um caso isolado. Depois investigámos no meio familiar, profissional e de saúde (da vítima) porque a doença é contagiosa. Foram identificados casos de contacto e fizemos o seu acompanhamento. Todas as amostras deram negativo", acrescentou o médico.

Este caso fatal é o primeiro registado este ano no Senegal, que registou cinco casos de febre do Congo em 2022, incluindo uma morte, detalhou Diop.

A doença do Congo é uma zoonose e a transmissão desta febre hemorrágica a seres humanos ocorre "quer através da picada de carraças, quer através do contacto com sangue ou tecidos de animais infetados, durante ou imediatamente após o abate", segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A maioria dos casos ocorre entre as pessoas que trabalham no setor da pecuária, agricultores, empregados de matadouros e veterinários, de acordo com uma ficha informativa do Ministério da Saúde do Senegal.

Entre os seres humanos, a transmissão da doença "pode ocorrer após contacto direto com sangue, secreções, órgãos ou fluidos biológicos de indivíduos infetados", segundo a OMS.

O vírus da febre hemorrágica provoca a morte em 10 a 40% dos casos.


Leia Também: Senegal confirma caso de febre hemorrágica de Crimeia-Congo

👇Coligação liderada pelo PAIGC na Guiné-Bissau entrega documentação com novo símbolo

 DW Português para África 

A coligação de cinco partidos às eleições legislativas na Guiné-Bissau liderada pelo PAIGC entregou hoje no Supremo Tribunal de Justiça a documentação com um novo símbolo e denominação.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) solicitou na sexta-feira à coligação a mudança do símbolo e a denominação, alegando que aqueles elementos remetiam apenas para um único partido, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde). 

Além do PAIGC, que lidera a oposição guineense, a coligação é integrada pelos partidos União para a Mudança (UM), Partido da Convergência Democrática (PCD), Movimento Democrático Guineense (MDG) e Partido Social-Democrata (PSD). 

A coligação denominava-se PAIGC -- CE (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Coligação Eleitoral). 

O novo símbolo da coligação passará a integrar os logótipos dos cinco partidos, e da denominação. 

O voto favorável da China numa resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que menciona a "agressão" da Rússia contra a Ucrânia em termos condenatórios foi saudada por Kiev, mas é desvalorizado por analistas de relações internacionais.

© Reuters

POR LUSA  02/05/23 

 Apoio da China dúbio em resolução da ONU que refere "agressão" russa

O voto favorável da China numa resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que menciona a "agressão" da Rússia contra a Ucrânia em termos condenatórios foi saudada por Kiev, mas é desvalorizado por analistas de relações internacionais.

A votação da resolução, que não tinha como foco o conflito da Rússia na Ucrânia, aconteceu menos de uma semana após o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter falado pela primeira vez, por telefone, com seu homólogo chinês, Xi Jinping, desde o início da invasão russa.

"A China votou a favor de uma resolução da ONU que se refere à Rússia como um (Estado) agressor", saudou Iryna Konstankevych, vice-presidente do comité de informação do Parlamento ucraniano, segundo o 'site' da instituição.

Konstankevych lembrou que, além da China, países "considerados amigos da Rússia", como Cazaquistão, Arménia, Índia e Brasil, também votaram a favor da resolução, que foi promovida por países democráticos europeus e dedicada à cooperação entre as Nações Unidas e o Conselho da Europa.

Na visão do embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, a Rússia "fracassou" na sua "tentativa de remover desta resolução a menção de agressão contra a Ucrânia".

A resolução refere-se aos "desafios sem precedentes que a Europa enfrenta atualmente após a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, e anteriormente contra a Geórgia, e o fim da participação da Federação Russa no Conselho da Europa".

Contudo, apesar do otimismo das autoridades ucranianas, analistas desvalorizaram o voto de Pequim, sublinhando o caráter não vinculativo da resoluçõa.

"Acho que a importância do voto da China está a ser exagerada. A minha intuição é que a China decidiu apoiar a resolução, pois viu que a maioria dos membros da ONU era a favor de adotá-la. A China não gosta de parecer isolada na ONU", disse à Lusa o analista Richard Gowan, do International Crisis Group.

"Não estou convencido de que a votação pretendia enviar um sinal político significativo à Rússia. No final de contas, trata-se de um parágrafo de uma resolução não vinculativo da ONU. Isso não vai manter o Presidente russo acordado à noite de preocupação", avaliou Gowan.

Ainda segundo este especialista no sistema das Nações Unidas, Conselho de Segurança e em operações de manutenção da paz, durante toda a guerra na Ucrânia, a China tentou mostrar a outros membros da ONU que não apoia totalmente a agressão da Rússia, mas sem apoiar alguma penalização direta à Rússia na ONU.

"Acho que esta votação é outro exemplo dessa tendência. É uma maneira razoavelmente barata de fazer isso politicamente. A China sabe que a Rússia terá apenas que aturar esse pequeno contratempo e aceitá-lo. Não tem nenhum custo político para Pequim", advogou Gowan.

Na rede social Twitter, Francisco Pereira Coutinho, especialista em Direito Constitucional da União Europeia e Direito Internacional Público, também desvalorizou o voto favorável de países como China e Índia.

"Eu não atribuiria grande importância ao significado de um voto favorável chinês e indiano a uma anódina resolução da Assembleia Geral da ONU sobre a cooperação com o Conselho da Europa que inclui, numa das declarações preambulares, uma referência incidental à agressão russa à Ucrânia e à Geórgia", avaliou.

A diplomacia ucraniana trabalha ativamente há meses para que a China não apoie a Rússia com armas e defenda o princípio da integridade territorial na Ucrânia.

A conversa de Zelensky com Xi Jinping foi interpretada por Kiev como um sinal positivo nas relações com Pequim.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da missão da China junto da ONU não fez comentários.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Zelensky agradece aos portugueses o apoio dado à Ucrânia desde o início da invasão

A Governadora de Gabú viajou até Bissau à procura de solução para comercialização da castanha de caju e o abastecimento de setor de Boé em produtos alimentícios.

Elisa Pinto Tavares foi recebido pelo Ministro do Comércio, Abás Djaló precisamente no final da reunião com a CCIAS, Alfândegas e DGCI para escoamento da castanha a Bissau.


Moradores de Cintra em Bissau, estão preocupados, com lixo amontoado na estrada que liga paragem de Nhacra a retunda segunda esquadra na capital guineense.

A preocupação dos moradores foram transmitidas hoje, (02.05) durante uma reportagem da RTB Bantaba.

 Radio TV Bantaba

Associação das Viúvas de Combatentes da Liberdade da Pátria inauguraram hoje terça-feira (02.05) a nova sede em Bissau. A Cerimónia da Abertura presidida pelo Secretário de Estado de Combatentes da Liberdade da Pátria o Augusto Nhaga.

 Radio Voz Do Povo

MADEM-G15 I VONTADE DI POVO. AMERICO djunto ku Grupo MANCHIIDA CUMA CÈ 2 PÈ FIRMA TCHAM NA MADEM-G15


 Chia Almeida 




PESCA ILEGAL NA GUINÉ-BISSAU:QUATRO PIROGAS DA GUINÉ-CONACRI APREENDIDAS EM CACHEU

Por Rádio Jovem Bissau

As Autoridades da Fiscalização e Controlo das Atividades de Pescas (FISCAP) apreenderam quatro pirogas da Guiné-Conacri no passado dia 29 de abril. As pirogas em causa estavam a pescar ilegalmente nas águas do país.

As pirogas estão ancoradas ao largo do porto de cidade de Cacheu, norte do país.

As informações foram transmitidas à Rádio Jovem Bissau, por uma fonte junto da delegação das pescas naquele localidade histórica da Guiné-Bissau.

Segundo a explicação da mesma fonte, as quatro embarcações foram apreendidas na zona de ilha de Caravela, última ilha do arquipélago dos Bijagós.

A fonte refere ainda que os responsáveis das pirogas estão a aguardar as multas que serão aplicadas pelas autoridades nacionais.

Cacheu é igualmente apontada como uma das zonas mais afectadas pela pesca ilegal.

Dados do Ministério das Pescas, citados pela Rede de Jornalistas sobre Mercado e Economia Ilícita, indicam que o sector pesqueiro emprega directamente 6 mil e 134 pessoas e indiretamente 26 mil guineenses.

Mas, “os países vizinhos, sobretudo o Senegal e a Guiné Conacri, assim como os da União Europeia, beneficiam mais dos recursos pesqueiros da Guiné-Bissau por via da pesca ilegal ou mediante acordos bilaterais”.

Recorde-se que a Guiné-Bissau tem uma grande extensão de costa marítima.