quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Israel deverá rejeitar acordo do Hamas... Proposta de cessar-fogo foi apresentada hoje.

© Reuters

Notícias ao Minuto   07/02/24 

O grupo islâmico Hamas apresentou hoje um plano de cessar-fogo que contemplaria três fases, cada uma com a duração de 45 dias, como resposta a uma proposta dos mediadores do Catar e do Egito.

Israel deverá rejeitar o acordo, por considerar que algumas das propostas são linhas vermelhas.

É esta, pelo menos, a indicação de um alto funcionário israelita que, ao Canal 13, disse que algumas das exigências feitas pelo Hamas para um acordo de libertação de reféns não podem ser atendidas.

Segundo esta mesma fonte, há muitos pontos na proposta do Hamas que não podem ser aprovados. Aquilo que Israel está neste momento a analisar é se deve rejeitar a proposta na sua totalidade ou se deve tentar entrar em negociações para remover alguns dos pontos.

Ainda hoje, Benjamin Netanyahu deverá reunir-se com a sua equipa para decidir o que fazer.

A proposta do Hamas era dividida em três fases, sendo que a primeira fase passaria pela libertação de todas as mulheres, assim como de homens com menos de 19 anos, de idosos e de doentes ainda reféns. Em troca, as mulheres e crianças detidas em prisões israelitas seriam libertadas ao longo de 135 dias.

Os restantes reféns do sexo masculino seriam libertados na segunda fase e, na terceira etapa, os corpos das vítimas mortais seriam devolvidos aos respetivos estados. No final desta última fase, o objetivo seria chegar a um acordo para ditar o fim do conflito.

Esta contraproposta do Hamas contemplaria, assim, o início da reconstrução de Gaza, a retirada total das Forças de Defesa de Israel (IDF) e o aumento do fluxo de alimentos e de ajuda humanitária à população palestiniana.

Estes desenvolvimentos ocorrem numa altura em que o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, lidera uma viagem ao Médio Oriente para tentar garantir uma trégua na guerra, que entra no seu quinto mês esta quarta-feira.



Leia Também: Hamas propõe cessar-fogo dividido por 3 fases, ao longo de 135 dias

Washington considera "ilegítimo" adiamento das eleições no Senegal

© Lusa

POR LUSA   07/02/24 

Os Estados Unidos afirmaram que o adiamento das eleições presidenciais senegalesas para 15 de dezembro "não pode ser considerado legítimo" e exortaram o Governo do Senegal "a organizar as eleições presidenciais em conformidade com a Constituição e leis eleitorais".

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com as medidas tomadas para adiar as eleições presidenciais senegalesas de 25 de fevereiro, uma medida que vai contra a forte tradição democrática do país", declarou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, citado num comunicado de imprensa divulgado ao final da noite de terça-feira em Washington.

O Departamento de Estado apelou igualmente ao "imediato restabelecimento total do acesso à Internet e ao completo respeito pelas liberdades de reunião pacífica e de expressão, incluindo as dos membros da comunicação social".

Ainda segundo o mesmo comunicado, os Estados Unidos manifestam-se "comprometidos com todas as partes e com os parceiros regionais nos próximos dias".

A posição norte-americana contrasta com a declaração lacónica da diplomacia francesa, antiga colónia e com presença incomparavelmente maior em toda a região, que até agora apenas manifestou os votos de que as eleições sejam "realizadas o mais rapidamente possível".

No mesmo sentido, também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) se inibiu de condenar o adiamento das eleições no Senegal, não indo além de manifestar "a sua preocupação com as circunstâncias que levaram" às mesmas e apenas pedindo às "autoridades competentes que acelerem os diferentes processos para estabelecer uma nova data", segundo um comunicado divulgado no último domingo pela Comissão da organização.

A União Europeia acompanhou a posição assumida pela CEDEAO, apelando à realização de "eleições transparentes, inclusivas e credíveis, o mais rapidamente possível e com respeito pelo Estado de direito, a fim de preservar a longa tradição de estabilidade e democracia no Senegal", de acordo com um comunicado divulgado no mesmo dia.

O acesso à Internet de dados móveis foi restabelecido esta manhã na capital senegalesa, Dacar, depois de uma suspensão de dois dias decretada pelas autoridades, no contexto da crise. O ministério senegalês das Telecomunicações justificou a medida com a difusão nas redes sociais de "mensagens odiosas e subversivas (...) num contexto de ameaça à ordem pública".

Na segunda-feira, o parlamento senegalês aprovou uma lei que adia as eleições presidenciais de 25 de fevereiro para 15 de dezembro e prorroga por um ano o mandato do Presidente cessante, Macky Sall.



Leia Também: Senegal está à beira da autocracia e arrisca um golpe militar

Decorre durante todo o dia de hoje, a Atelier de Validação Interna do Projecto de Acordo-Quadro de Cooperação Transfronteiriça entre o Governo da República da Guiné-Bissau e o Governo da Guiné-Conacri.


 Radio TV Bantaba 

Ministro do Ambiente da Biodiversidade Ação Climática, Viriato Cassama, reconhece papel da Autoridade de Avaliação Ambiental Competente AAAC na promoção do desenvolvimento sustentável do país


 Radio TV Bantaba

Partido PAPES recebido no Ministério do Interior e da Ordem Pública para se solidarizar com o ministério.


 Radio Voz Do Povo 

Coordenador nacional do MADEM-G15, Braima Camará manteve o 1º encontro de trabalho com os líderes da coligação KUMBA LANTA.

Malafi  Cámara.

SENEGAL: O analista africano Paul-Simon Handy disse hoje que o Senegal "está a um passo de se tornar numa autocracia" e antecipa a possibilidade de os militares senegaleses decidirem tomar o poder pela força.

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POR LUSA   07/02/24 

Senegal está à beira da autocracia e arrisca um golpe militar

O analista africano Paul-Simon Handy disse hoje que o Senegal "está a um passo de se tornar numa autocracia" e antecipa a possibilidade de os militares senegaleses decidirem tomar o poder pela força.

"O Senegal está a um passo de se tornar numa autocracia e isso abre a porta a um golpe de Estado", afirmou Paul-Simon Handy, diretor regional do Inst ituto de Estudos de Segurança (ISS, na sigla em inglês).

O analista intervinha na videoconferência coorganizada pelo ISS, um 'think-tank' baseado na África do Sul, pelo Instituto de Estudos de Paz e Segurança (IPSS, na sigla em inglês) e pela Amani África, 'think-tank' com sede em Adis Abeba.

A videoconferência tinha como tema o debate sobre a forma como a União Africana (UA) lida com desafios e quais as respostas que dá, mas foi a situação no Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, que dominou as intervenções.

O Presidente senegalês, Macky Sall, decretou o adiamento das eleições presidenciais, que estavam marcadas para 25 deste mês, para 15 de dezembro, decisão que espoletou fortes protestos nas ruas, muitas vezes dispersos pela polícia, que utilizou gás lacrimogéneo e com dirigentes da oposição a apelarem à "desobediência civil".

Paul-Simon Handy comparou as ditaduras militares em África e na Ásia e concluiu que, apesar das limitações das liberdades e garantias que aquele tipo de governação implica, pelo menos as asiáticas foram sempre mais bem-sucedidas que as congéneres africanas.

"As ditaduras militares em África não resolvem problemas e, pelo menos na Ásia, tiveram como resultado o desenvolvimento económico", destacou.

Outro participante na videoconferência, Solomon Ayele Dersso, diretor da Amani África, alertou para a eventualidade de que o se está a passar no Senegal poder ser replicado noutros países do continente.

"O que se está a passar no Senegal deve ser encarado como um sinal do que se pode passar noutros países", disse, destacando o Níger e o Gabão.

Ayele Dersso abordou ainda o que considera como "sinal da perda de falência das organizações regionais" africanas o recente anúncio pelo Níger, Mali e Burkina Faso da saída da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).



Leia Também: Senegal na "incerteza total" e "ninguém sabe como reagirá o exército"

SAÚDE: Basta adotar três hábitos para ganhar anos de vida, segundo um médico

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Notícias ao Minuto   07/02/24 

Anthony Youn, médico e autor de um livro sobre longevidade, partilhou o 'segredo' para uma vida mais longa e saudável.

Quer viver para lá dos 100 anos? O 'segredo' para uma vida mais longa e com boa saúde é mais simples do que pensa.  

Na rede social TikTok, o médico Anthony Youn, autor do livro 'Younger for Life', enumerou três hábitos que pode adotar já hoje para aumentar a sua longevidade.

1- Cuide da sua saúde intestinal

O médico recomenda o jejum intermitente. "De vez em quando, faça um jejum de doze a dezasseis horas em que não ingere alimentos. Isso vai estimular o processo de autofagia, que é a renovação intracelular", disse.

Em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, recorde-se que a nutricionista Liliana Natário fez questão de salientar que o jejum intermitente "é considerado uma estratégia válida para a redução de peso corporal", mas não deve ser feito de forma igual para todos. "Está contraindicado em crianças e adolescentes, idosos, atletas de alta performance, diabéticos, grávidas e, entre outras, pessoas com doenças do comportamento alimentar", apontou.

2- Aposte num treino de força

"No mínimo, faça estes três exercícios: 'chest press', remo e 'leg press'. Isto irá trabalhar a maior parte dos principais grupos musculares", afirmou.

3- Durma bem

A última dica que Youn partilhou é a utilização de cortinas opacas no quarto e a redução da temperatura ambiente para 68 graus Fahrenheit, ou seja, 20 graus Celsius. "Ajudá-lo-á a dormir mais tempo e mais profundamente para um melhor descanso."


Leia Também: Médico revela três 'segredos' dos cardiologistas para uma vida mais longa

Filipinas. ONU preocupada com aumento de gravidezes de menores de 15 anos

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POR LUSA    07/02/24 

O Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) expressou hoje "profunda preocupação" com o aumento das gravidezes entre menores de 15 anos nas Filipinas e pediu às autoridades "medidas imediatas" para combater o problema.

A entidade reagia ao relatório da Comissão de População e Desenvolvimento (CPD) das Filipinas, que mostrou um salto de 35,13% no número de nascimentos entre jovens menores de 15 anos, de 2.320, em 2021, para 3.135, em 2022.

"O Fundo das Nações Unidas para a População manifesta profunda preocupação e faz eco dos apelos para uma ação imediata", referiu, em comunicado.

A agência da ONU acrescentou que os dados reforçam uma "tendência preocupante", já observada "mesmo antes da pandemia" de covid-19.

Referiu, além disso, um "problema subjacente e generalizado: que os adolescentes são incapazes de exercer plenamente a saúde e direitos sexuais e reprodutivos".

"Já sabemos que as mães jovens e os filhos enfrentam riscos elevados de complicações de saúde, desde condições neonatais graves a mortes maternas evitáveis", afirmou a FNUAP, referindo que as gravidezes no grupo etário dos 10 aos 14 anos "têm maior probabilidade de resultar em mortalidade materna".

Na segunda-feira, a diretora executiva do CPD, Lisa Grace Bersales, apelou para uma maior vigilância no controlo da gravidez na adolescência e sublinhou que o organismo estatal está a acompanhar de perto o aumento drástico dos números.

"Embora os nascimentos entre adolescentes de 14 anos, ou menos, representem apenas 0,22% do total de nascimentos registados, o CPD continua profundamente preocupado com o aumento da gravidez na adolescência, especialmente entre as nossas meninas muito jovens", afirmou Bersales, em comunicado.

A diretora pediu ainda aos legisladores filipinos para darem prioridade à aprovação de uma lei, atualmente pendente na Câmara dos Representantes, para travar a escalada dos casos de gravidez, parto e maternidade na adolescência.

O Fundo das Nações Unidas para a População manifestou apoio à legislação, apontando a urgência em abordar a questão, para "salvaguardar o bem-estar dos adolescentes" através da "implementação de medidas que protejam os direitos e a saúde dos jovens".

As Filipinas são um dos países da Ásia com a taxa de natalidade mais elevada - 2,9 nascimentos por mulher - com elevada incidência de gravidez na adolescência, um problema social que o Governo declarou "emergência nacional" em 2019.


GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia ataca Kyiv com mísseis durante visita de Borrell

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POR LUSA   07/02/24 

A Rússia atacou hoje com mísseis a capital ucraniana, onde se encontra de visita o chefe da diplomacia da UE, que se refugiou no abrigo subterrâneo do hotel onde está hospedado, noticiou a EFE.

O alarme soou cerca das 06h00 (03h00 em Lisboa), antes de Josep Borrell ter iniciado o programa de reuniões, incluindo encontros com o Presidente Volodymyr Zelensky e outros dirigentes ucranianos, acrescentou a agência de notícias espanhola.

"Mísseis sobre Kyiv e sobre o leste" da Ucrânia, escreveu na plataforma Telegram o chefe da Administração Militar da capital ucraniana. Pouco depois, o mesmo canal oficial acrescentou que "vários mísseis" estavam apontados a Kyiv.

O presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, anunciou que parte da cidade tinha ficado sem eletricidade, na sequência do ataque russo e dos danos causados nas linhas de abastecimento.

"Na sequência de um ataque inimigo, duas linhas de alta tensão foram danificadas por fragmentos de mísseis. Alguns consumidores na margem esquerda estão, neste momento, sem eletricidade", escreveu o responsável nas redes sociais.

Uma forte explosão foi ouvida no centro de Kyiv, cerca de uma hora depois de as sirenes de alerta terem soado na cidade.

O chefe da Administração Militar de Kyiv confirmou, no momento da explosão, que as defesas aéreas tinham sido ativadas e apelou aos residentes da capital para não abandonarem os abrigos até ao fim do alerta.

A maior parte dos ucranianos ignora as sirenes, que soam quase todas as noites em grande parte do país, devido à frequência, aderindo por vezes à chamada "regra das duas paredes", que os aconselha a permanecer em espaços sem janelas mais protegidos do mundo exterior, como o corredor ou a casa de banho, para evitarem ser atingidos diretamente pelos projéteis ou pelos destroços.

Uma minoria desce para o metro ou para os abrigos mais próximos.

Borrell chegou na terça-feira a Kyiv numa nova viagem de dois dias à Ucrânia.


Leia Também: O ex-apresentador da Fox News e conhecido jornalista de direita, Tucker Carlson, que se encontra em Moscovo, adiantou hoje na rede social X que vai entrevistar o Presidente russo Vladimir Putin em breve.

EUA advertem que Kiev está a ficar sem munições (e reforçam necessidade de ajuda)

Por  sicnoticias.pt

O porta-voz norte-americano recordou que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reconheceu que sem ajuda externa as Forças Armadas do país não conseguiriam recuperar parte do território controlado pela Rússia em 2022, e afirmou ser vital que os países aliados, incluindo os Estados Unidos, aprovem nova ajuda militar para que Kiev.

A Casa Branca advertiu esta terça-feira que a Ucrânia está a ficar sem munições e afirmou ser vital que os países aliados, incluindo os Estados Unidos, aprovem nova ajuda militar para que Kiev continue a enfren
tar a invasão russa.

Em conferência de imprensa por telefone, o porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, disse que o Exército ucraniano se encontra numa posição de "ter de tomar decisões difíceis que não deveria ter de tomar", devido à escassez de munições.

"A ajuda em matéria de segurança por parte dos Estados Unidos e de outros países continua a ser vital para a Ucrânia", sublinhou Kirby.

O porta-voz recordou que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reconheceu que sem ajuda externa as Forças Armadas do país não conseguiriam recuperar parte do território controlado pela Rússia em 2022.

"É absolutamente vital", reiterou Kirby, antes de assegurar que o Presidente dos EUA, Joe Biden, permanece "centrado" em conseguir novos pacotes de armamento para a Ucrânia.

Pacote em troca de restrições no acesso ao asilo na fronteira com o México.

No final de 2023, Biden pediu ao Congresso dos EUA a aprovação de 106 mil milhões de dólares (98,5 mil milhões de euros) para a Ucrânia no âmbito de um pacote extraordinário que também incluía fornecimentos a Israel e fundos para "conter" a crise migratória.

Na semana passada um grupo de senadores democratas e republicanos alcançaram um acordo para aprovar o pacote em troca de restrições no acesso ao asilo na fronteira com o México.

No entanto, os republicanos mais próximos do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) estão dispostos a chumbar o projeto na Câmara dos Representantes para impedirem novos argumentos a Biden em pleno ano eleitoral.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

A Liga Guineense dos Direitos Humanos defende fim das "cobranças ilícitas" no Hospital Nacional Simão Mendes, caso do desaparecimento do recém-nascido.


Por Júlio Honório Bedam ©Rádio Capital Fm  06.02.2024

Embaixador da China na Guiné-Bissau, promete o apoio do governo do seu país ao Ministério dos Combatentes da liberdade da pátria


@Radio TV Bantaba

Coreia do Norte reduz distribuição de alimentos, dizem desertores... Cerca de metade dos que fugiram entre 2016 e 2020 disseram que não receberam salários ou alimentos do trabalho.

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Notícias ao Minuto   06/02/24 

A maioria dos norte-coreanos que se mudaram para a Coreia do Sul na última década disseram que nunca receberam rações do governo e que tiveram de recorrer a um mercado informal para sobreviver, mostra um estudo divulgado pelo Ministério da Unificação de Seul.

O relatório de 280 páginas sobre a situação económica e social da Coreia do Norte, publicado nesta terça-feira, e citado pela Reuters, baseou-se em entrevistas com mais de 6.300 desertores entre 2013 e 2022. O ministério sul-coreano iniciou a investigação em 2010, mas esta é a primeira vez que os resultados são divulgados publicamente.

Mais de 72% dos desertores que chegaram à Coreia do Sul entre 2016 e 2020 disseram que nunca receberam rações de alimentos do governo da Coreia do Norte, mostrou o estudo, em comparação com 62% dos que chegaram antes de 2000.

Cerca de metade dos que fugiram entre 2016 e 2020 disseram que não receberam salários ou alimentos do trabalho, comparando com cerca de um terço antes de 2000. Quase 94% de todos os entrevistados disseram que ganhavam dinheiro em mercados.

As pessoas que fugiram entre 2016 e 2020 disseram que 69% da renda familiar era obtida informalmente, enquanto o grupo anterior a 2000 relatou cerca de 39%.

"Pudemos confirmar que os ambientes habitacional, médico e educacional dos residentes norte-coreanos ainda são subdesenvolvidos, e a mercantilização continua como meio de subsistência", disse o ministro da Unificação, Kim Yung-ho, no relatório.

Trinta e sete por cento de todos os entrevistados disseram que foram privados, pelas autoridades, de pelo menos 30% do seu salário. Esse número subiu para 41% depois de o líder Kim Jong Un assumir o poder no final de 2011, segundo o relatório.

Mais ainda, mais de 54% dos desertores (de 2016 a 2020) disseram ter subornado funcionários do Estado autoritário, em comparação com 14% antes de 2000.

No mês passado, Kim Jong Un advertiu que deixar de fornecer às pessoas as necessidades básicas de vida, incluindo alimentos, era uma "questão política séria".

A Coreia do Norte enfrentou uma grave escassez de alimentos nas últimas décadas, incluindo fome na década de 1990, muitas vezes agravada por desastres naturais. A sua economia tem sido atingida por sanções internacionais, bem como pela queda do comércio fronteiriço durante a pandemia.



Leia Também: Coreia do Norte diz ter testado mísseis de cruzeiro com ogivas de grande calibre 


Mutilação Genital Feminina não é prática associada ao Islão, defende o líder religioso Aladje Seco Dabo


Radio TV Bantaba

Comissão condena "uso excessivo da força" no Senegal

Forças de segurança senegalesas durante protestos contra adiamento das eleições, a 5 de fevereiro  Foto: John Wessels/AFP

Por dw.com 06/02/2024

A Comissão dos Direitos Humanos da União Africana critica a detenção de opositores políticos e a forma como as forças de segurança reprimiram os protestos contra o adiamento das eleições no Senegal.

"A Comissão está preocupada com as detenções de opositores políticos e o uso excessivo da força e de gás lacrimogéneo por parte das forças da ordem para reprimir as manifestações", disse a instituição num comunicado citado pela agência espanhola de notícias EFE.

Os membros deste órgão da União Africana com sede em Banjul, na Gâmbia, dizem também que "condenam as graves restrições impostas contra o direito de reunião e manifestação pacífica por parte das forças da ordem", criticando igualmente a detenção de "cerca de dez" ativistas na República Democrática do Congo quando protestavam no sábado passado (03.02).

O Senegal adiou as eleições presidenciais previstas para este mês, desencadeando vários protestos e críticas internacionais, com base em dois argumentos. 

O primeiro diz respeito à acusação de alegada corrupção de membros do Conselho Constitucional (CS) - o organismo garante da legalidade do processo -, feita pelo Partido Democrático Senegalês (PDS), cujo candidato, Karim Wade - filho e antigo ministro do ex-Presidente Abdoulaye Wade -, foi excluído da corrida presidencial por ter dupla nacionalidade, senegalesa e francesa, não obstante ter renunciado formal e comprovadamente à segunda, dias antes do anúncio da lista final de candidatos às eleições.

O segundo argumento foi precisamente o facto de o CS ter validado a candidatura de Rose Wardani, líder do movimento Senegal Novo, acusada nas redes sociais no dia 01 de possuir nacionalidade e número de eleitor franceses, provas alegadamente constantes numa lista do Consulado de França em Dacar.

O adiamento das eleições até 15 de dezembro e o prolongamento do mandato de Sall por mais um ano foram aprovados esta segunda-feira pela Assembleia Nacional senegalesa, pela quase totalidade dos deputados presentes.

A Juventude da Renovação Social-JRS defende a realizaçāo do congresso extraordinario do PRS como forma de ultrapassar a situaçāo interna. Por isso, a JRS inicia contactos com as partes.

Esta manhā, a JRS foi recebida em audiência pelo Presidente Interino do PRS, Fernando Dias da Costa que entretanto acolheu a iniciativa da Juventude. As explicaçōes foram dadas pelo Presidente da JRS, Ufé Vieira.


@Radio Voz Do Povo

Dirigentes do PRS inconformados com a postura do Presidente Interino, Fernando Dias da Costa realizam conferência de imprensa.


@Radio Voz Do Povo 

‼🇨🇻 250 professores cabo-verdianos sem salário há dois meses

Por DW Português para África 

Há 250 professores cabo-verdianos sem salário, há dois meses, a maioria deles deslocados em ilhas afastadas das zonas de residência. "Estão a passar por grandes dificuldades", lamenta o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jorge Cardoso.

"São quase 250 professores que iniciaram funções este ano letivo" e só receberam salário durante três meses, de setembro a novembro, explicou à Lusa Jorge Cardoso, que apela ao ministro da Educação para que encontre uma "solução urgente". 

Segundo o sindicalista, o Ministério da Educação justificou-se, referindo que o pagamento de salário após os três meses iniciais carece de visto do Tribunal de Contas, que ainda não foi atribuído. O sindicato está a preparar formas de luta para maio e junho, caso não haja entendimentos com o Governo sobre divergências em aberto. (Lusa)

‼️ Guiné-Bissau: Federação anuncia saída do selecionador Baciro Candé ‼️

 DW Português para África 

Após o desaire na Taça das Nações Africanas - CAN2023, a Federação de Futebol guineense anunciou hoje que não vai renovar o contrato do selecionador nacional, Baciro Candé.

O contrato termina no próximo dia 15 de março. Candé está à frente da seleção guineense há mais de oito anos. Apurou o país para quatro edições consecutivas da CAN, mas nunca passou da fase de grupos.

A Federação guineense, entretanto, já anunciou que está à procura de um novo selecionador para comandar a principal seleção de futebol do país. #CAN2023

Vai visitar o país vizinho? Este é o aeroporto que mais malas perde... Aeroporto de Lisboa ocupa o terceiro lugar de reclamações.

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Notícias ao Minuto   06/02/24 

Quando embarcamos num voo e enviamos as malas para o porão, há uma preocupação que nos acompanha durante todo o percurso: será que as bagagens vão chegar ao destino?

Não são poucos os relatos de quem fica sem malas quando vai de viagem, ficando temporariamente sem os seus bens e pertences.

Assim, é bom que esteja ciente de onde há mais riscos de isso acontecer, porque se sofrer muito com isso, convém estar preparado para o perigo.

Assim, segundo a empresa Reclamio, especializada na gestão de reclamações de passageiros aéreos, o aeroporto que mais queixas recebe é o Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas.

O aeroporto da cidade madrilena é líder de queixas não só em Espanha, bem como em toda a Europa. Ao todo, 26,5% das reclamações apresentadas na Europa em 2023 foram naquele aeroporto.

O segundo na lista fica igualmente em território espanhol. Com 13,2% das reclamações encontra-se o aeroporto de Barcelona El Prat e, no fim do Top 3, contam as infraestruturas da capital portuguesa. O aeroporto Humberto Delgado recebeu 5,8% das reclamações.

Segue-se o aeroporto de Orly Paris, em França, e o de Palma de Maiorca, em Espanha.


Passageiro vindo da Guiné Bissau traz mais de 32kg de droga em bagagens... A cocaína estava "dissimulada no interior de duas malas de porão".

© Autoridade Tributária e Aduaneira

Notícias ao Minuto   

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) informou que apreendeu 32,8 quilos de cocaína, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Em comunicado, divulgado esta segunda-feira nas redes sociais, a AT adiantou que a apreensão ocorreu no "âmbito das suas competências de controlo da fronteira externa da União Europeia".

A cocaína estava "dissimulada no interior de duas malas de porão transportadas por um passageiro proveniente da Guiné Bissau" e foi detetada na sequência de uma "verificação física à bagagem".

O passageiro foi detido e o produto estupefaciente apreendido pela AT e entregue à Polícia Judiciária (PJ).

"Estas operações são efetuadas com base em métodos e técnicas de análise de risco desenvolvidas e implementadas pela AT, na luta contra a fraude, a evasão aduaneira e fiscal e os tráficos ilícitos", pode ler-se ainda na nota.


Leia Também: Universitário vendia droga nas redes sociais e até tinha tabela de preços

Portugal: Autoridades de saúde detetaram 238 casos de mutilação genital feminina entre 2023 e 2024

Por cnnportugal.iol.pt,  06/02/2024

No total, desde 2014, as autoridades de saúde registaram 1.091 casos de MGF.

As autoridades de saúde detetaram 223 casos de mutilação genital feminina em 2023, o que representa um aumento de mais de 17% face ao ano anterior, havendo já registo de 15 situações nos primeiros 31 dias de 2024.

De acordo com dados da Direção-geral da Saúde (DGS), enviados à agência Lusa, por ocasião do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que se assinala esta terça-feira, entre 1 de janeiro e 01 de fevereiro foram registados 15 casos de mutilação genital feminina (MGF) na plataforma “Registo de Saúde Eletrónico”.

Já durante o ano de 2023 foram detetados 223 casos, o que significa um aumento de 17,3% face às 190 situações sinalizadas durante o ano de 2022, que já representavam também um crescimento no número de casos de 27,4% face ao período homólogo.

No total, desde 2014, as autoridades de saúde registaram 1.091 casos de MGF.

“A identificação ocorreu em diversos âmbitos: consultas de vigilância da gravidez, parto, puerpério, e em consultas e internamentos nos cuidados de saúde hospitalares e cuidados de saúde primários”, refere a DGS, relativamente aos casos identificados em 2023.

Acrescenta que nesse ano não foi detetado nenhum caso de MGF realizado em Portugal e que os casos identificados ocorreram na Eritreia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Senegal, Serra Leoa e Somália, não especificando o número exato de casos por país.

Adianta que mais de metade (50,7%) dos casos detetados nos cuidados de saúde hospitalares e primários foram do tipo I (remoção total ou parcial do clítoris e/ou do prepúcio), totalizando 113 situações.

Houve também registo de 96 casos do Tipo II (43%), em que é removido total ou parcialmente o clítoris e os pequenos lábios, podendo ou não haver excisão dos grandes lábios, além de 10 situações sinalizadas como de tipo III (4,5%), em que é feito o estreitamento do orifício vaginal através da criação de uma membrana selante, com ou sem excisão do clítoris.

Foram igualmente detetados quatro casos do tipo IV (1,8%), que incluem todas as outras intervenções nefastas sobre os órgãos genitais femininos por razões que não são de natureza médica e que incluem situações como colocação de piercings, por exemplo.

Segundo a DGS, “o país com maior prevalência de casos de MGF de tipo III identificados foi a Guiné-Bissau, com cinco casos”.

Por outro lado, adianta que “a idade média da prática foi de seis anos (mediana de cinco anos) e a idade média de identificação foi de 29,4 anos”.

“Do total de registos, 76 incluem complicações do foro psicológico, 66 obstétricas, 60 incluem complicações de resposta sexual e 62 sequelas uroginecológicas”, diz a DGS, acrescentando que cada caso registado pode corresponder a mais do que uma complicação em simultâneo, e que em 108 dos 223 casos não foram detetadas quaisquer complicações.

Para a DGS, estes registos “mostram a importância de continuar a investir-se nesta área de atuação” e salienta que no âmbito da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não-Discriminação 2018-2030 (ENIND) “estão programadas medidas e atividades no que respeita as práticas tradicionais nefastas, nas quais se inclui a mutilação genital feminina”.

Acrescenta que, no âmbito da saúde, será alargado e consolidado o “Programa Práticas Saudáveis: Fim à MGF” e irá decorrer uma nova edição do curso de Pós-Graduação em MGF, destinado a profissionais de saúde.

Bebé desaparece após parto no hospital Nacional Simão Mendes em Bissau


 Radio TV Bantaba



Veja Também:  Criança recém nascido raptado dipus de parto na hospital Nacional Simão

PERÍODO PERMIANO: Cientistas identificam o momento da maior extinção em massa da história

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POR LUSA   06/02/24 

Uma equipa de investigação liderada por cientistas chineses determinou com maior precisão o momento da extinção em massa que ocorreu há mais de 200 milhões de anos, no final do período Permiano.

Cientistas identificam o momento da maior extinção em massa da história

O estudo da equipa, cujas conclusões foram publicadas na revista Science Advances, revelou que diferentes ecossistemas responderam a ritmos distintos à degradação ambiental, ajudando a reconstruir com maior precisão o processo de extinção em massa.

"A extinção no final do período Permiano foi a maior da história geológica, eliminando mais de 80% das espécies marinhas e cerca de 90% das espécies terrestres", disse o especialista da Universidade de Nanjing Shen Shuzhong, diretor da investigação e citado hoje pelo jornal oficial China Daily.

Os cientistas acreditam que a extinção em massa ocorreu há cerca de 252 milhões de anos, mas "faltava uma investigação detalhada sobre o seu processo em diferentes regiões e ecossistemas", disse Shen.

Agora, após mais de dez anos de amostragem no terreno e de datação isotópica de alta precisão, investigadores da China e dos Estados Unidos determinaram pela primeira vez o momento específico da extinção em massa de organismos terrestres na região de baixa latitude no final do período Permiano.

Com base em amostragens e datações, a extinção em massa da vida terrestre nas baixas latitudes no final do período permiano começou há 251,88 milhões de anos, pelo menos 60.000 anos mais tarde do que a extinção em massa da vida marinha e pelo menos 430.000 anos mais tarde do que o desaparecimento em grande escala da vida terrestre nas altas latitudes.

Com recurso à base de dados paleontológica global, os investigadores analisaram também as alterações da biodiversidade em diferentes latitudes antes e depois da extinção em massa, o que os levou a concluir que a extinção em massa nas baixas latitudes ocorreu não só mais tarde, mas também a uma escala mais pequena. Isto poderá indicar que o ecossistema terrestre nas baixas latitudes era, nessa altura, mais resistente à pressão ambiental.

"Com base nos últimos resultados, podemos reconstituir com maior exatidão o processo de extinção em massa que ocorreu há mais de 200 milhões de anos", afirmou Shen.

A extinção foi parcialmente causada por erupções vulcânicas maciças que desencadearam uma mudança climática que eliminou a maioria das espécies da Terra, dando início à era dos dinossauros.



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NÃO HÁ PARTIDOS POLÍTICOS (ou interesses) HOMOGÉNEOS

Por Umaro Djau

Na Guiné-Bissau, ou em qualquer outra democracia, não há partidos homogéneos. Não há partidos sem diferendos ou contradições internas. Não há partidos em completa concordância. Não há... realisticamente.

Por exemplo, quem lê a referenciada pesquisa académica de Carlos Cardoso, “A Transição Democrática na Guiné-Bissau - um Parto Difícil” (1995), compreenderá que aquando do partido único, o suposto “partido de unidade nacional” (PAIGC) tinha três tendenciais político-ideológicas: conservadores, liberais e reformistas. Cada uma dessas facções tinha umas ideias próprias sobre a vida e a gestão interna desse partido, numa dinâmica hostil e competitiva que acabou “parindo” muitos outros partidos durante a adopção do multipartidarismo.

E quem analisa o PAIGC de 2024 também compreenderá que este partido, apesar da sua longa história, continua longe de ser uma formação política homogénea. Dentro dela existem, ainda hoje, muitas convulsões e divisões internas “naturais”. Os recentes episódios que saldaram na liderança do actual governo de iniciativa presidencial por parte de Rui Duarte de Barros – contra a vontade doutra parte (dir-se-ia) – sustentam a minha tese da inevitável existência de diferendos e/ou contradições internas dentre partidos políticos.

Quem também historicamente analisar o PRS, compreenderá que o distanciamento de Kumba Iala do seu partido em 2014 para apoiar um candidato independente (Nuno Gomes Nabiam) constituiu mais um outro nítido exemplo de diferendos e/ou contradições internas. Analisando a fragmentação das “lealdades” dentro do PRS nas últimas semanas, também compreenderemos a prevalência dos mesmos dilemas (a)típicos nas convivências democráticas.

Da mesma forma, o Movimento para a Alternância Democrática, também não é completamente imune às fragilidades acimas referenciadas, resultando em diferendos e/ou contradições internas. Elas existem e são internamente palpáveis -- infelizmente. Mas, os tais diferendos e/ou contradições resultam das liberdades do pensamento e de acção que a própria democracia interna proporciona e encoraja. É a parte do jogo normal da política e da democracia, diria. Aliás, a unanimidade é uma raridade na política, por mais ilusória ou desenvolvida que ela se aparente.

Qualquer que seja o contexto estrutural ou conjuntural e o partido em causa (PAIGC, PRS, MADEM, etc.), o mais importante é termos pessoas (militantes e líderes) com a suficiente preparação, responsabilidade e cultura democrática para continuar a gerir, eficazmente, todos os desafios (e interesses) inerentes à prática livre da democracia interna e popular.

O mais importante é termos pessoas (militantes e líderes) capazes de construir – democraticamente -- todas as pontes necessárias para uma discussão séria e recorrente entre diferentes sensibilidades, facções e interesses políticos. O objectivo deve ser sempre a construção contínua de largos consensos e entendimentos.

Mas, aí está: consensos e entendimentos (políticos) têm as suas elasticidades e são, quase sempre, temporais. E, como foram os casos do PAIGC e do PRS no passado, fissuras e mutações são também inevitáveis nas vidas políticas dos partidos. O MADEM G-15 certamente não será diferente.

Por isso, independentemente da sentença final, o nosso MADEM G-15 – e todo o guineense por extensão -- tem que se habituar à cultura de diálogos permanentes, genuínos, responsáveis, cívicos e patrióticos.

Devemos tentar aperfeiçoar a cultura social e política de saber discutir, de saber perder, de saber ganhar e de saber seguir os nossos caminhos, preferencialmente, juntos, unidos e mais fortes. Quando naturalmente desavindos – tal como se aparenta -- devemos evitar, a todo o custo, a política da terra queimada. Há sempre um amanhã que esperamos ser mais tolerante e mais convergente.

As recentes aparições públicas e conjuntas de Fernando Dias (PRS) e Nuno Gomes Nabiam (APU) – e os seus respectivos acordos políticos -- demonstram que a convergência é sempre possível quando, mesmo nos momentos mais difíceis, constringimo-nos conscientemente a não trair o futuro que nos é comum.

Ciente da minha responsabilidade política e patriótica,

--Umaro Djau

Deputado da Nação/Grupo Parlamentar do MADEM G-15

6 de Fevereiro de 2024

Conselho presidencial do Iémen demite primeiro-ministro

© iStock

POR LUSA  06/02/24 

O conselho presidencial do Iémen, internacionalmente reconhecido, demitiu segunda-feira o primeiro-ministro, numa decisão inesperada que ocorre num momento em que uma coligação liderada pelos Estados Unidos tem atacado alvos dos rivais do Governo, os rebeldes Hutis, apoiados pelo Irão.

Um decreto deste conselho nomeou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmed Awad Bin Mubarak, como o novo primeiro-ministro do país.

Bin Mubarak, que é próximo da Arábia Saudita, substituiu Maeen Abdulmalik Saeed, que era primeiro-ministro do Iémen desde 2018.

O conselho não adiantou qualquer motivo para esta remodelação, noticiou a agência Associated Press (AP).

O Iémen está envolvido numa guerra civil desde 2014, quando os rebeldes apoiados pelo Irão, conhecidos como Hutis, invadiram a capital, Saná, e grande parte do norte.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita interveio meses depois e tem lutado contra os rebeldes desde 2015, para tentar devolver ao poder o Governo internacionalmente reconhecido.

A guerra devastou o Iémen, já o país árabe mais pobre, e criou um dos piores desastres humanitários do mundo. Mais de 150 mil pessoas, incluindo combatentes e civis, foram mortas.

Nos últimos meses, os Hutis envolveram-se em negociações com a Arábia Saudita, que tem procurado uma saída para a guerra estagnada.

Os dois lados disseram que alcançaram resultados positivos para restaurar um cessar-fogo expirado, sendo que as conversações entre rebeldes e sauditas fizeram parte de esforços mais amplos para encontrar uma solução política para o conflito.

Os esforços de paz têm sido dificultados desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em outubro.

Os Hutis atacaram rotas marítimas no mar Vermelho como parte do que dizem ser a sua resposta à campanha de Israel contra os militantes palestinianos, que são, tal como os Hutis, apoiados pelo Irão.

Os ataques Hutis levaram os EUA e o Reino Unido a lançar vários ataques contra áreas controladas pelos rebeldes no Iémen.



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Leia Também: Os Estados Unidos destruíram a maior parte dos alvos que atingiram na Síria e no Iraque na sexta-feira, em retaliação ao ataque sofrido pelas suas tropas na Jordânia, perto da fronteira síria, estimou hoje o Departamento de Defesa (Pentágono).

Senegal: Presidenciais adiadas para 15 de dezembro

Macky Sall anunicou no sábado (03.02) o adiamento das eleições de 25 de fevereiroFoto: RTS/Reuters

DW.COM  06/02/2024

O Parlamento senegalês decidiu adiar para 15 de dezembro as eleições presidenciais de 25 de fevereiro. O Presidente Macky Sall segue no poder, mas a oposição alerta para "situação catastrófica".

Os deputados senegaleses decidiram, na segunda-feira (05.02), adiar as eleições presidenciais deste mês para dezembro, uma medida sem precedentes que suscitou preocupação internacional num país normalmente visto como um farol de estabilidade na África Ocidental.

O projeto de lei foi aprovado quase por unanimidade, com 105 votos a favor e um contra, depois de os deputados da oposição terem sido retirados à força do hemiciclo.

A medida abre caminho para que o Presidente Macky Sall permaneça no cargo até à tomada de posse do seu sucessor, apesar da crescente preocupação com a erosão da democracia. 

"A situação é completamente catastrófica, a imagem do Senegal está arruinada e não creio que recuperemos desta falência democrática, deste tsunami no Estado de direito, tão cedo", disse o deputado da oposição Ayib Daffe após a votação.

Mais cedo, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogéneo para dispersar pequenos grupos de manifestantes da oposição, que gritavam "Macky Sall ditador" em frente ao Parlamento.

Protestos violentos eclodiram nas ruas de Dacar após o anúncio do Presidente de adiar as eleiçõesFoto: Seyllou/AFP

Tensão social

O ambiente de tensão instalou-se no Senegal desde o último sábado, quando Sall anunciou um adiamento da votação de 25 de fevereiro, poucas horas antes do início oficial da campanha.

Violentos protestos abalaram a capital Dacar no domingo, e dois candidatos da oposição, incluindo a antiga primeira-ministra Aminata Touré, foram detidos e posteriormente libertados.

Na segunda-feira, o Governo suspendeu o acesso à Internet móvel, alegando a disseminação de "mensagens odiosas e subversivas" nas redes sociais.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou aos senegaleses para evitarem a violência e absterem-se de todas as ações "que possam pôr em causa o processo democrático e a estabilidade", a propósito dos tumultos dos últimos dias. 

Polícia foi acionada para conter protestos perto do Parlamento esta segunda-feira (05.02)Foto: JOHN WESSELS/AFP

"Plano presidencial"

Adotada um dia antes por uma comissão preparatória, a proposta de adiamento das eleições foi apoiada por deputados do partido de Sall, que não tem conseguido unir-se totalmente em torno do sucessor preferido do Presidente.

Moussa Diakhate, presidente do comité legislativo pró-governamental, afirmou que "o Presidente Macky Sall disse que cumpriria dois mandatos e manteve a sua palavra".

Mas a oposição suspeita que o adiamento faz parte de um "plano presidencial” para evitar a derrota, ou mesmo para prolongar o mandato de Sall, apesar de este ter dito que não se candidataria à reeleição.

Sall designou o primeiro-ministro Amadou Ba como seu sucessor. No entanto, com o partido no poder dividido quanto à sua candidatura, Sall enfrenta uma possível derrota nas urnas.

No sábado, Macky Sall disse que tinha adiado a votação devido a um diferendo entre a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional sobre a rejeição de candidatos.