sábado, 6 de maio de 2023

Grupo Wagner quer sair de Bakhmut e pede a Moscovo entrada das tropas do líder checheno

PRESS SERVICE OF "CONCORD

Por Lusa/SIC Notícias   06/05/23

Prigozhin tem acusado o Estado-Maior russo de não fornecer munições suficientes ao grupo Wagner, na linha da frente em Bakhmut, para impedir uma vitória que ofuscaria o exército do país.

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgueni Prigozhin, pediu este sábado permissão ao exército russo para entregar as posições na cidade ucraniana de Bakhmut às tropas do líder checheno Ramzan Kadyrov, em protesto pela falta de munição.

"Peço-lhe que emita uma ordem de batalha sobre a transferência, antes da meia-noite de 10 de maio, das posições do grupo Wagner para as unidades do batalhão Akhmat na localidade de Bakhmut e arredores", disse Yevgeny Prigozhin numa carta dirigida ao ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, citada pela AFP.

O líder checheno, Ramzan Kadirov, expressou na sexta-feira a disposição para substituir o Grupo Wagner em Bakhmut com as suas unidades especiais, depois do líder dos mercenários, Yevgueni Prigozhin, ter ameaçado abandonar esta frente de combate por falta de munições.

"Íamos tomar a cidade de Bakhmut antes de 9 de maio. Quando perceberam isso, os burocratas militares pararam as entregas", acusou Prigozhin num vídeo divulgado na sexta-feira.

Bakhmut é atualmente o principal objetivo da campanha militar russa

Bakhmut, palco desde agosto de 2022 da mais longa e sangrenta batalha da guerra na Ucrânia, é atualmente o principal objetivo da campanha militar russa.

Até agora, os mercenários e ex-presidiários recrutados por Prigozhin tomaram praticamente toda a cidade, onde os defensores ucranianos controlarão apenas 2,5 quilómetros quadrados.

O ultimato surge após semanas de tensão entre o grupo paramilitar e os militares russos.

Prigozhin tem acusado o Estado-Maior russo de não fornecer munições suficientes ao grupo Wagner, na linha da frente em Bakhmut, para impedir uma vitória que ofuscaria o exército do país.

Num outro vídeo publicado na madrugada de sexta-feira, Prigozhin acusou o ministro da Defesa russo e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de serem responsáveis pelas perdas do grupo paramilitar.

"Eles [mercenários] vieram aqui como voluntários e morrem enquanto vocês engordam nos vossos gabinetes", disse Progozhin dirigindo-se ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior, Valeri Guerasimov.

Não é a primeira vez que Prigozhin ameaça a retirada do grupo Wagner de Bakhmut devido à falta de munições.

©The Times and The Sunday Times  Wagner boss Prigozhin slams Russian officials from a field of corpses☝

Coroação do Rei Carlos III. A cerimónia e o cortejo na íntegra

Carlos III já foi coroado na Abadia de Westminster. O Cortejo da Coroação, onde seguiu a histórica Gold State Coach, dirigiu-se para o Palácio de Buckingham, onde a família real vai acenou ao público.👇



Leia Também: A polícia britânica anunciou ter detido hoje 52 manifestantes à margem da coroação de Carlos III em Londres, e justificou as detenções, amplamente criticadas, dizendo que tinha sido avisada dos planos para perturbar o acontecimento histórico.

PRESIDENTE ENCONTRA-SE COM REI CHARLES III NA VÉSPERA DA COROAÇÃO

O presidente Umaro Sissoco Embaló, encontrou-se com o Rei Charles III, durante a recepção oferecida pelo monarca britânico, no Palácio de Buckingham, Londres,  a líderes estrangeiros

Na ocasião, o chefe de Estado conversou com o anfitrião britânico, assim como com alguns dos seus homólogos. 🇬🇧🇬🇼

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


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Fotos@ Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional / Gaitu Baldé


CASO FRANSUAL DIAS - A POSIÇÃO DO PAIGC


Ditaduraeconsenso.blogspot.com  
sábado, 6 de maio de 2023

Autor nacionalista russo sobrevive após carro onde seguia ter explodido... O Kremlin já acusou a Ucrânia e a NATO de serem responsáveis pelo ataque.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   06/05/23 

O carro do importante escritor nacionalista russo Zakhar Prilepin foi bombardeado e explodiu este sábado, na região de Nizhny Novgorod, avança a agência estatal TASS, com a Rússia a acusar rapidamente a Ucrânia de ser a autora do ataque.

Citando uma fonte nos serviços de emergência, a agência refere que o escritor "sobreviveu, ficou ferido e está consciente".

A TASS acrescenta que a bomba foi colocada no chassis da viatura, segundo aponta um relatório preliminar.

Através do Telegram, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, afirmou que "Washington [EUA] e a NATO alimentaram outra célula terrorista - o regime de Kyiv".

Zakharova não apresentou qualquer prova para a acusação, mas apontou "responsabilidade direta aos Estados Unidos e Reino Unido", afirmando que o Kremlin está a "rezar por Zakhar".

Zakhar Prilepin é um proeminente autor nacionalista, e é também o líder do partido Rússia Justa, um dos partidos que, apesar de se considerar social-democrata, apoia a invasão e que são considerados como parte de uma oposição ligeira ao governo de Vladimir Putin. O grupo chegou a ser liderado por Dmitry Medvedev, antigo presidente russo que, agora, é um dos principais apoiantes de Putin no interior do regime de Moscovo.

Prilepin passou a ser sancionado pela União Europeia em fevereiro de 2022, antes do início da guerra, pelos seus esforços em promover a anexação da Crimeia e de outros territórios ucranianos.

O ataque ao autor não é o primeiro deste género. Em agosto do ano passado, a filha do teórico extremista Aleksandr Dugin morreu num bombardeamento em Moscovo, com as autoridades russas a acusarem, mais uma vez, os serviços de Kyiv.


Ucrânia derruba míssil hipersónico russo com míssil americano Patriot

© Christophe Gateau/picture alliance via Getty Images

POR LUSA  06/05/23 

A força aérea ucraniana afirmou hoje que derrubou um míssil hipersónico russo, sobre Kiev, recorrendo ao recém adquirido sistema americano Patriot e terá sido a primeira vez que conseguiu intercetar um dos mísseis mais modernos de Moscovo.

Num poste na rede social Telegram, o comandante da força aérea, Mykola Oleshchuk, escreveu que o míssil balístico do tipo kinzhal foi intercetado durante um ataque noturno à capital ucraniana, esta semana.

Foi também a primeira vez que a Ucrânia usou os sistemas de defesa americanos Patriot.

"Sim, abatemos o 'único' kinzhal. Aconteceu durante o ataque noturno de 04 de maio nos céus da região de Kiev", escreveu Mykola Oleshchuk.

O comandante disse ainda que o míssil kh-47 foi lançado por uma aeronave MiG-31K, vindo do território russo e foi abatido por um míssil Patriot.

O kinzhal é uma das armas russas mais recentes e avançadas. Os militares russos dizem que o míssil balístico lançado tem um alcance de até 2.000 quilómetros e voa até 10 vezes a velocidade do som, dificultando a sua interceção.

A combinação da velocidade hipersónica e uma ogiva pesada permite que o kinzhal destrua alvos fortemente fortificados como 'bunkers' subterrâneos ou túneis nas montanhas.

Os militares ucranianos já tinham admitido a falta de recursos para intercetar os kinzhals.

A Ucrânia recebeu a primeira entrega dos mísseis Patriot no final de abril, provenientes dos Estados Unidos da América (EUA), Alemanha e Países Baixos, apesar de não ter especificado quantos sistemas recebeu ou possui.

A Alemanha reconheceu ter enviado, pelo menos, um sistema e os Países Baixos assumiram o envio de dois.

O ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, disse que pediu pela primeira vez os sistemas Patriot quando visitou os EUA, em agosto de 2021, meses antes da invasão em grande escassa por parte da Rússia, mas sete anos depois de a Rússia ter anexado ilegalmente a península ucraniana da Crimeia.

Oleksii Reznikov descreveu que receber o sistema era como "um sonho", mas disse que foi informado, nos EUA, que era impossível na época.



RGB_ Resistência da Guiné-Bissau _ Movimento Ba-Fátá está em conferência de imprensa sobre último despacho do Supremo Tribunal de Justiça... Banor da Fonseca é um dos vice-presidente da RGB.

 Radio Voz Do Povo

Coroação de Carlos. HRW denuncia detenções "incrivelmente perturbadoras"

© Guy Smallman/Getty Images

POR LUSA  06/05/23 

A Human Rights Watch denunciou hoje como "incrivelmente perturbadoras" as detenções feitas pela polícia de Londres esta manhã antes da coroação do rei Carlos III, incluindo de seis ativistas antimonarquia.

"As informações que dão conta da detenção de pessoas por protestarem, pacificamente, contra a coroação são incrivelmente perturbadoras. É algo que se poderia ver em Moscovo, não em Londres", disse a autoridade da organização ao Reino Unido, Yasmine Ahmed, em comunicado enviado à agência AFP.

Seis ativistas do grupo antimonarquia "Republic", entre os quais o dirigente, Graham Smith, foram detidos hoje de manhã, em Londres, quando se preparavam para protestar contra a coroação do rei Carlos III, disseram os organizadores do protesto.

A polícia deteve "seis dos nossos organizadores e apreendeu centenas de cartazes" com o slogan "Not my King" ("Não o meu rei"), disse à agência AFP um porta-voz do grupo "Republic".

Centenas de apoiantes do grupo, que pretende substituir a monarquia britânica por uma república, com um chefe de Estado eleito, reuniram-se em Trafalgar Square, no percurso da procissão para a coroação de Carlos III.

Graham Smith estava a distribuir faixas aos manifestantes na Trafalgar Square quando foi detido pela polícia, segundo o jornal The Guardian.

O rei Carlos III vai ser coroado na Abadia de Westminster, juntamente com a rainha consorte, Camila, numa cerimónia religiosa de duas horas com cerca de 2.000 convidados.

O ritual incluiu a unção com um azeite consagrado e a entrega ao soberano de várias peças das joias da coroa que simbolizam a transmissão de poderes.

Dos vários elementos, apenas o juramento é considerado obrigatório, embora Carlos tenha assumido funções imediatamente após a morte da mãe, Isabel II, em setembro de 2022, com plenos poderes para promulgar leis.


Leia Também: Imagem da detenção de ativistas antimonarquia antes da coroação

Escritor e líder político russo pró-invasão ferido com gravidade após o carro em que seguia ter explodido

Zakhar Prilepin (AP)

Pedro Falardo  cnnportugal.iol.pt   06/05/23

Explosão ocorreu em Nizhny Novgorod. Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia responsabilizou a Ucrânia pelo incidente

Zakhar Prilepin, escritor nacionalista e líder do partido "Rússia Justa - Pela Verdade", que apoiou a invasão da Ucrânia e a anexação das regiões ocupadas por Moscovo, ficou ferido após o carro em que seguia ter explodido. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior da Rússia, citado pela agência estatal RIA Novosti.

Segundo a mesma fonte, o motorista do veículo onde seguia Prilepin morreu.

Ainda não se sabem as causas da explosão ocorrida na cidade de Nizhny Novgorod.

No Telegram, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, responsabilizou a Ucrânia pelo sucedido, comparando o regime de Kiev a Bin Laden e ao Estado Islâmico. 

"O facto é que Washington e a NATO alimentaram outra célula terrorista internacional - o regime de Kiev. Bin Laden, ISIS, agora Zelensky e a sua pandilha. Responsabilidade direta dos EUA e da Grã-Bretanha. Oremos por Zakhar", escreveu Zakharova.

Zakhar Prilepin é, desde 28 de fevereiro de 2022, alvo de sanções por parte da União Europeia, por apoiar ativamente ações ou políticas que ameaçam a integridade territorial, soberania e independência da Ucrânia.

Apesar de o "Rússia Justa - Pela Verdade" alegar ser um partido social-democrata, de esquerda, é considerado pelos opositores de Vladimir Putin como parte da "oposição sistémica", ou seja, é favorável ao Kremlin.

Esta não é a primeira vez que uma figura pública apoiante do Kremlin é vítima de uma explosão num local público após o início da invasão da Ucrânia. A 20 de agosto de 2022, Darya Dugina, filha do teórico de extrema-direita Aleksandr Dugin, morreu após o seu carro ter explodido nos arredores de Moscovo. As autoridades russas suspeitaram que o ataque tinha como alvo Dugin, e apontaram responsabilidades à Ucrânia, que negou o seu envolvimento.

Já este ano, a 2 de abril, o blogger de guerra russo Vladlen Tatarsky, pseudónimo de Maxim Fomin, morreu após um atentado a um café de São Petersburgo, que feriu outras 42 pessoas. A justiça russa acusou Darya Trepova, de 26 anos, de ter cometido "um ato de terrorismo que provocou uma morte intencional", e de ter agido em nome da Ucrânia

Robô ”desmaia” depois de trabalhar 20 horas seguidas...

 ©oestadoacre  ...A sobrecarga de trabalho é um risco real para robôs ☝

ANÚNCIO PÚBLICO

© Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau anuncia que está aberto o concurso público externo para o ingresso na carreira de Agente de Investigação Criminal. Esta é uma grande oportunidade para todos aqueles que desejam fazer parte de uma das mais importantes instituições do país e contribuir para a segurança pública.

O concurso é aberto a todos os cidadãos guineenses que atendam aos requisitos estabelecidos no edital https://docdro.id/0wSktFa . Os candidatos selecionados passarão por um treinamento rigoroso e receberão todo o suporte necessário para se tornarem Agentes de Investigação Criminal altamente capacitados.

Esta é uma oportunidade única de fazer a diferença na segurança pública da Guiné-Bissau e ajudar a combater a criminalidade em todas as suas formas. Se você é uma pessoa dedicada, comprometida e apaixonada por justiça, não deixe passar esta oportunidade única de ingressar na carreira de Agente de Investigação Criminal da Polícia Judiciária através de um concurso rigoroso, isento, transparente e justo avaliado por um corpo de jurí internacional. 

Não perca tempo e inscreva-se agora mesmo no concurso público externo para a carreira de Agente de Investigação Criminal da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau através do portal https://www.recrutamentopj.com/ .  

Faça parte dessa equipe de valorosos profissionais e contribua para um país mais seguro e justo.


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©Rádio Jovem Bissau 

RÚSSIA: Seis regiões russas cancelam Dia da Vitória em escala "reduzida"

© Getty Images

Notícias ao Minuto   06/05/23

A ameaça de uma contraofensiva ucraniana à margem das comemorações da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial tem aumentado, especialmente depois do ataque ao Kremlin.

Numa altura em que as forças ucranianas se preparam para lançar uma nova contraofensiva, reforçada pelas armas enviadas pelos países ocidentais, as autoridades russas têm cancelado cada vez mais eventos públicos antes das celebrações de 9 de maio e, este sábado, os serviços secretos britânicos referem que já são seis as regiões russas que cancelaram os seus desfiles militares.

No seu relatório diário de inteligência, o Ministério da Defesa do Reino Unido refere que 21 cidades e a região ocupada da Crimeia não vão realizar qualquer parada. Também em Moscovo, foi cancelada uma marcha tradicional que reúne os familiares de veteranos de guerra caídos em combate, durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante o mandato de Vladimir Putin como presidente russo, o dia 9 de maio tornou-se num feriado de grande destaque na Rússia, usado para preencher as ruas do país de grandes demonstrações patriotismo e orgulho nacionalista. Putin. O dia assinala a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi, durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Os britânicos referem ainda que "as celebrações de Moscovo do Dia da Vitória provavelmente seguirão em frente, mas numa escala reduzida", e a "receção de Putin após a parada (realizada pela última vez em 2019) não será levada a cabo".

O Reino Unido aponta que, além da potencial contraofensiva ucraniana, o ataque contra o Kremlin - que Kyiv continua a garantir que não foi da sua responsabilidade - com um drone "demonstrou a vulnerabilidade crescente da Rússia a este tipo de ataques e certamente aumentou a perceção de ameaça na liderança russa".

"O potencial para protestos e descontentamento sobre a guerra na Ucrânia também terão influenciado o cálculo da liderança russa", acrescentam os serviços secretos de Londres.


EUA: Biden nomeia piloto da Força Aérea como chefe do Estado-Maior Conjunto

© Reuters

POR LUSA  06/05/23 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai nomear um histórico piloto da Força Aérea para enfrentar a ascensão da China e servir como o próximo chefe do Estado-Maior Conjunto, de acordo com duas fontes próximas do processo.

Caso seja confirmado pelo Senado, o general da Força Aérea, CQ Brown Jr., vai substituir o atual chefe do Estado-Maior Conjunto, o general do Exército Mark Milley, cujo mandato termina em outubro, noticiou a agência Associated Press (AP).

Brown há muito que é considerado um favorito para o cargo e é provável que Biden anuncie a sua indicação em breve, de acordo com as mesmas fontes, que falaram hoje sob a condição de anonimato.

O general da Força Aérea, de 61 anos, é um piloto de caça F-16 de carreira com mais de 3.000 horas de voo e experiência de comando a todos os níveis.

No ano passado, foi amplamente visto como o favorito para substituir Milley, enquanto o Pentágono muda o foco na preparação para as grandes guerras terrestres do passado para a dissuasão de um potencial conflito futuro com Pequim.

Este esforço pode depender fortemente da capacidade dos militares em enfrentar rapidamente a ascensão da China numa guerra cibernética, no espaço, com armas nucleares ou hipersónicas, todas as áreas em que Brown se concentrou fortemente nos últimos anos como o principal líder militar da Força Aérea, a fim de modernizar o poder aéreo dos EUA para uma luta do século XXI.

Brown quebrou barreiras ao longo da sua carreira, sendo o primeiro negro a servir como comandante militar das Forças Aéreas do Pacífico, onde liderou a estratégia aérea do país para combater a China no Indo-Pacífico, enquanto Pequim militarizava rapidamente as ilhas no Mar da China Meridional e testava o seu alcance de bombardeamento com voos perto de Guam.

Três anos antes, tinha-se tornado o primeiro chefe de gabinete da Força Aérea negro, o principal oficial militar do serviço, sendo também o primeiro afro-americano a liderar qualquer um dos ramos militares.

O chefe do Estado-Maior Conjunto é o oficial de mais alta patente no país e atua como conselheiro militar sénior do Presidente, do secretário de defesa e do Conselho de Segurança Nacional.

Apesar de não comandar tropas e não estar formalmente na cadeia de comando, o chefe do Estado-Maior Conjunto desempenha um papel crítico em todas as principais questões militares, desde as decisões políticas até ao aconselhamento sobre as principais operações de combate, e conduz reuniões com todos os chefes conjuntos que chefiam as várias Forças Armadas.

Arnold Punaro, major-general reformado e ex-diretor da equipa do Comité de Serviços Armados do Senado, que trabalhou com muitos indicados durante o processo de confirmação, realçou que Brown tem credibilidade e experiência para levar as Forças Armadas norte-americanas para uma guerra moderna.

"Ainda não fizemos os ajustes necessários para lidar com a ameaça representada pela China", salientou Punaro em comunicado, considerando Brown "o candidato perfeito" para este momento da história.


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Conflito no Sudão pode levar 2,5 milhões de pessoas a sofrer desnutrição grave

Retrato do conflito que se desenrola no Sudão.

Por  SIC Notícias    05.05.2023  

A eventual continuação do conflito no Sudão pode levar até mais 2,5 milhões de pessoas a sofrer de desnutrição aguda, elevando o total para 19 milhões em seis meses, alertou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU).

Os estados que sofrerão maior insegurança alimentar nos próximos meses são Darfur Ocidental, Cordofão Ocidental, Nilo Azul, Mar Vermelho e Darfur do Norte.

"O Programa Mundial de Alimentos prevê que o número de pessoas com desnutrição aguda aumentará para entre dois e 2,5 milhões, elevando o número total para 19 milhões nos próximos três a seis meses se o conflito continuar", disse Farhan Haq, um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU, António Guterres.

"Por sua vez, a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e parceiros anunciaram que são necessário 445 milhões de dólares (412,7 milhões de euros) para apoiar um fluxo estimado de saída de 860.000 refugiados e repatriados do Sudão em cinco países afetados pela emergência", disse ainda Haq.

A agência insta os países vizinhos a manterem as suas fronteiras abertas para os que fogem da violência e instou todos os Estados a permitirem aos civis que fogem do Sudão acesso não discriminatório aos seus territórios e a suspenderem retornos forçados ao Sudão, inclusive de pessoas que já tiveram pedidos de asilo rejeitados.

Segundo a ONU, pelo menos 335.000 foram deslocadas e 115.000 forçadas ao exílio devido ao conflito.


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Opinião: Quem vandalizou a Residência de Fransual Dias?

© Radio TV Bantaba   Maio 5, 2023

Em Bissau, um grupo de homens armados atacou na madrugada de sexta-feira a residência oficial do analista político e dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), Fransual Dias, no bairro de Luanda.

Fransual Dias acusa os homens de Sissoco, alegando que eles incendiaram o seu carro, alvejaram o portão e a parede com vários tiros e deixaram palavras de “aviso, aviso”. Recentemente, Dias alertou para o período de “golpe de Estado palaciano” para adiar as eleições legislativas previstas para 04 de junho.

É difícil determinar, sem uma investigação adequada, se os autores do ataque têm ligações diretas com o regime ou se há outros motivos por trás desse ato de violência. Independentemente das circunstâncias, é crucial que as autoridades investiguem o caso e levem os responsáveis à justiça.

As autoridades guineenses devem agir com diligência e transparência para garantir que os responsáveis pelo ataque sejam identificados e julgados. A segurança e a integridade dos cidadãos, incluindo analistas políticos e dirigentes partidários, são fundamentais para o funcionamento adequado de uma sociedade democrática e para a garantia de direitos humanos básicos.

Por: SC

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Comandante russo contraria Prigozhin e diz que há munições "suficientes"

© Reuters

Notícias ao Minuto  05/05/23 

Grupo Wagner anunciou que retirará os seus mercenários de Bakhmut a 10 de maio, numa guerra aberta com o Ministério da Defesa da Rússia por falta de munições.

Um comandante russo recusou, esta sexta-feira, as declarações do líder do grupo Wagner, defendendo que há munições suficientes para ações defensivas e ofensivas no conflito na Ucrânia. 

"Em tempo de guerra, nunca é caso para dizer que há sempre o suficiente de tudo (...) Não podemos dizer que temos uma enorme quantidade de munições, mas há o suficiente para nos defendermos com firmeza e avançarmos em direção ao inimigo diariamente. Acho que isso é suficiente", disse Apty Alaudinov, comandante das forças especiais de Akhmat, em declarações à TV Rossiya-24, segundo cita a TASS.

Recorde-se o Grupo Wagner anunciou hoje que retirará os seus mercenários de Bakhmut a 10 de maio, numa guerra aberta com o Ministério da Defesa da Rússia por falta de munições.

O líder do grupo de mercenários, Yevgeny Prigozhin, criticou diretamente o ministro da Defesa da Rússia e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas russo.

"Estes são os rapazes que morreram hoje, o sangue ainda está fresco", afirmou Prigozhin numa mensagem registada em vídeo e difundida através da rede digital de mensagens Telegram. Nas imagens veem-se cadáveres de alegados combatentes contratados pela empresa Wagner em solo ucraniano.

Prigozhin acrescentou ainda que o número de baixas seria menor se a empresa privada tivesse recebido a "devida quantidade" de munições.


Leia Também:  Novos ataques em Bakhmut: "Imagens e relatos que chegam são de um autêntico inferno"


Leia Também: "Preparado". Líder checheno disposto a substituir Grupo Wagner em Bakhmut

Restrições às mulheres afegãs podem constituir feminicídio, alerta ONU

© Getty Images

POR LUSA   05/05/23 

Uma equipa de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) avisou hoje que as restrições do regime talibã a mulheres e meninas afegãs podem equivaler a feminicídio se não forem revertidas.

No comunicado, hoje divulgado, os especialistas da ONU acusam as autoridades talibãs do Afeganistão das "formas mais extremas de misoginia" e disseram, mantendo-se as restrições, podem existir várias mortes evitáveis equivalentes a assassínio de mulher ou de jovem do sexo feminino (feminicídio).

Desde que agosto de 2021, quando tomaram o poder no Afeganistão, os talibãs proibiram as mulheres da maioria dos empregos e locais de trabalho, e as meninas de irem à escola depois da sexta série.

As mulheres estão também proibidas de frequentar espaços públicos e fora de casa devem cobrir-se da cabeça aos pés.

"Como meninas e mulheres são proibidas de frequentar a escola acima da sexta série, bem como a educação universitária, e só podem ser atendidas por médicas do sexo feminino, a menos que as restrições sejam revertidas rapidamente, o cenário pode ser definido para várias mortes evitáveis que podem representar o feminicídio", defenderam os especialistas, após uma viagem de oito dias ao Afeganistão.

As proibições, destaca, estão a contribuir para aumentar as taxas de casamentos infantis e casamentos forçados, bem como para a violência de género "perpetrada com impunidade", assinalam no comunicado.

Os especialistas da ONU observaram, no entanto, que a discriminação baseada no género no Afeganistão precede o domínio dos talibã e está enraizada na sociedade, tendo instado a comunidade internacional a não usar mulheres e meninas afegãs para fins políticos, lembrando que os seus direitos nunca devem ser uma ferramenta de negociação.

Os especialistas, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, incluem Richard Bennett, relator especial sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão, e a chefe do grupo de trabalho sobre discriminação contra mulheres e meninas, Dorothy Estrada-Tanck.

Em novembro passado, os especialistas da ONU disseram que o tratamento dado pelos talibãs a mulheres e meninas no Afeganistão pode constituir crime contra a humanidade, defendendo que deve ser investigado e processado de acordo com a lei internacional.


Leia Também: A Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou hoje o seu compromisso em manter-se no Afeganistão, mas alertou que vai continuar a analisar como operar na prática, depois da decisão dos talibãs de proibirem o trabalho das afegãs na organização.


Leia Também: Guterres em Doha para discutir direitos das mulheres afegãs

GUINÉ-BISSAU. UE financia projeto para promover direitos das mulheres e meninas

© Getty Images

POR LUSA   05/05/23 

A União Europeia (UE) lançou hoje um novo projeto para promover os direitos das mulheres e meninas na Guiné-Bissau, e para lutar contra a violência, que tem vindo a aumentar, principalmente nas zonas rurais.

"É com preocupação que constatamos que a violência contra as mulheres e as raparigas continuar a persistir, em especial em zonas rurais remotas. Há até relatos que estes fenómenos têm vindo a aumentar", afirmou o embaixador da UE em Bissau, Artis Bertulis.

Na Guiné-Bissau, 37% das raparigas casam antes dos 18 anos, 27% das mulheres tiveram um filho antes dos 18 anos e 50% das raparigas até aos 14 anos foram submetidas a mutilação genital feminina.

"Estes dados revelam uma realidade dura que merece ser objeto de uma reflexão profunda e de ações concretas e imediatas", disse o embaixador da União Europeia.

O novo projeto, denominado "No tene diritu a um vida sem violência" ("Temos direito a uma vida sem violência"), é financiado pela UE e vai ser executado pela Mani Tese em parceria com a Fundação Fé e Educação (FEC), a organização não-governamental italiana Engim e a Associação Amigos da Criança (Amic).

"Este projeto é mais uma prova clara de que a prevenção, o combate e a repressão de todas as formas de violência e discriminação contra as raparigas e mulheres, bem como a garantia da sua integridade física e psicológica, estão no centro da União Europeia", salientou o diplomata.

O embaixador da União Europeia destacou também que para que os "objetivos se concretizem" é preciso o "empenho de toda a sociedade, incluindo líderes políticos, líderes religiosos e líderes comunitários".


Leia Também: MP da Guiné-Bissau recebe formação em fiscalização eleitoral

Kremlin. Especialistas dizem que drones devem ter sido lançados da Rússia

© Getty Images

Notícias ao Minuto  05/05/23 

Os analistas ouvidos pela Reuters apontam que o Kremlin tem medidas defensivas contra eventuais ataques, e que estes objetos voaram em Moscovo sem terem sido destruídos.

Os drones que foram abatidos no início desta semana junto ao Kremlin deverão, muito provavelmente, terem sido lançados da Rússia, de acordo com o que especialistas norte-americanos apontam, esta sexta-feira.

Segundo o que o presidente da organização Resilient Navigation and Timing Foundation, Dana Goward, disse à Reuters, Moscovo tem vindo a proteger-se de eventuais ataques de drones desde 2015 com recurso a medidas denominadas como 'spoofing', que se verifica quando um sinal de GPS falso é enviado para substituir um legítimo - enganando, desta forma, os sistemas de orientação em drones ou  noutros dispositivos. 

Com este reforço de medidas de defensivas, Goward diz que a situação que aconteceu esta semana pode significar que os tipos de drones utilizados - que este acredita serem de tamanho médio - "não estavam, provavelmente, a usar GPS, mas estavam sim a ser controlados manualmente - sugerindo um lançamento próximo".

Goward referiu ainda que o governo russo tem vários sistemas - visuais e de radar - que podem usar balas ou mesmo mísseis para destruir objetos como estes drones.

Também o CEO da empresa de drones BRINC falou com a Reuters, e explicou que é "surpreendente como este drone voou por Moscovo e conseguiu chegar ao Kremlin sem ser detetado e destruído".

"O tamanho relativamente pequeno e a baixa altitude podem ter ajudado. Se o drone não estava a comunicar por GPS e também com uma estação terrestre, isso também poderia dificultar técnicas de interferência ou 'spoofing'", apontou Blake Resnick.

Já o engenheiro Dan Gettinger, da Vertical Flight Society, defendeu que, "de todos os tipos de drones de ataque unidirecional, a aeronave usada neste caso parece ter sido uma aeronave de asa fixa e está entre os maiores drones de ataque unidirecional atualmente em uso ou desenvolvimento".

Ainda segundo os especialistas ouvidos pela Reuters, se estes drones tinham capacidades militares, nomeadamente, em relação a longas distâncias, são poucos os países que os têm.

Depois de um vídeo mostrar a destruição destes objetos por cima do Kremlin, Moscovo acusou Kyiv de um "ataque terrorista". Os responsáveis ucranianos vieram, no entanto, negar qualquer responsabilidade neste acontecimento.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Mykhailo Podolyak - "Quaisquer declarações feitas por atores russos, incluindo Lavrov, Peskov, Medvedev e, claro, Prigozhin (Wagner), são destinadas exclusivamente ao consumidor doméstico pouco exigente. Não têm nada a ver com a realidade da guerra e geralmente indicam uma forte tensão mental pessoal"

Juventude de PRS esta em Conferência de imprensa

 Radio Voz Do Povo 

Rússia ordena evacuação parcial de 18 localidades ucranianas ocupadas

© REUTERS/Stringer

POR LUSA   05/05/23 

O governador imposto pela Rússia na região ocupada de Zaporijia, no sudeste da Ucrânia, ordenou hoje a retirada da população mais vulnerável de 18 localidades próximas da linha da frente, perante o início iminente da contraofensiva ucraniana.

"Nos últimos dias, o inimigo intensificou os bombardeamentos nas localidades situadas muito perto da linha de contacto", escreveu Yevgueni Balitski na plataforma digital Telegram, após uma reunião do Conselho de Segurança da região de Zaporijia, cuja anexação a Rússia declarou, apesar de não a ocupar na totalidade.

Assim, indicou ter ordenado a retirada "temporária" primeiro de "crianças com os seus pais", pessoas idosas e deficientes e doentes hospitalizados.

"Decidi afastar as crianças com os seus pais, os anciãos, os deficientes e os doentes de instituições médicas do fogo inimigo e transferi-los de localidades que estão na primeira linha de fogo para o interior", acrescentou.

Entre as localidades sujeitas a esta evacuação parcial está Energodar, onde se situa a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa.

E também Tokmak, um importante centro de comunicações no centro da região de Zaporijia e onde a Rússia teme um ataque, no âmbito da grande contraofensiva cujos preparativos Kiev afirma estar a concluir.

"Não podemos arriscar a segurança das pessoas e forneceremos fundos para viagens organizadas, pagamentos de quantias fixas, alojamento e refeições. A relocalização temporária será providenciada dentro da região", explicou Balitski.

Indicou igualmente que os alunos do ensino secundário vão continuar os estudos noutros estabelecimentos educativos, para terminarem o ano letivo, e os restantes menores poderão "descansar" em campos infantis.

"Reitero que esta é uma medida necessária para garantir a segurança dos residentes nos territórios na linha da frente. Os criminosos de Kiev têm como alvo as infraestruturas civis: estamos a ter em conta os seus métodos de guerra e a tomar as decisões apropriadas", sublinhou o governador interino imposto pela Rússia naquela província ucraniana ocupada.

O presidente do movimento "Juntos com a Rússia" em Zaporijia, Vladimir Rogov, afirmou hoje à agência oficial TASS que as Forças Armadas ucranianas iniciaram no princípio de maio ataques maciços às localidades próximas da linha da frente, que servem para sondar possíveis brechas na defesa russa antes de lançarem a grande contraofensiva.

Segundo a Rússia, a 01 de maio, o exército ucraniano atacou Mikhailivka -- outra das localidades que serão parcialmente evacuadas -- e Tokmak, fazendo oito mortos e 31 feridos.

Vasilivka, igualmente incluída na lista de localidades fornecida por Balitski, também foi bombardeada, mas não houve vítimas. Na quinta-feira, as forças ucranianas voltaram a atacar a cidade, noticiou a TASS.

As forças russas controlam cerca de 70% do território de Zaporijia, vizinha da província de Kherson, em cuja capital regional, controlada pelas forças ucranianas, entrará hoje em vigor um recolher obrigatório de 58 horas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 436.º dia, 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Uganda anula lei que proíbe a venda e compra de droga como marijuana

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POR LUSA  05/05/23 

O Tribunal Constitucional do Uganda anulou hoje uma lei que proíbe a venda e a compra de vários estupefacientes no país, incluindo a marijuana e o khat, afirmando que foi aprovada sem uma maioria suficiente no parlamento.

"Declaro que a Lei dos Estupefacientes e das Substâncias Psicotrópicas de 2015 é nula por falta de quórum do parlamento, o que contradiz os artigos 88º e 89º da Constituição e o artigo 23º do Regimento", declarou o juiz Muzamiru Mutangula Kibeedi.

O Tribunal Constitucional afirmou que a forma como a lei foi aprovada era ilegal e sublinhou que a única forma de resolver o litígio, que foi iniciado na sequência de um recurso apresentado em 2017 pelos produtores de khat, era anular a lei, segundo o diário ugandês The Nile Post.

O acórdão afirma que, "no momento da votação, o projeto deve receber um número suficiente de votos para ser legalmente aprovado".

"O número suficiente de votos está previsto no artigo 89.º da Constituição. Implica uma maioria do quórum", sublinhou Kibeedi.

De seguida, Kizito Vincent, que lidera os peticionários, falou de uma "grande vitória para os agricultores ugandeses que se dedicam ao cultivo do khat".

"Depois de a lei ter sido aprovada, as nossas empresas sofreram por não poderem exportar e vender livremente, apesar de haver investigação científica suficiente para determinar que o khat não é perigoso", argumentou.

"A investigação que realizámos mostra que o khat é um alimento e um medicamento. Muitos dos nossos membros conseguiram educar os seus filhos e construir casas com a venda de khat, mas isso foi ignorado pelo Governo quando propôs a lei", criticou.

Embora a legislação tenha sido revogada, outras leis restringem ou proíbem o cultivo, a posse, o consumo ou a venda de várias drogas.

Nos últimos anos, a polícia ugandesa levou a cabo numerosas operações que resultaram na queima de plantações de marijuana e de khat.


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OMS declara o fim da pandemia, mas Covid-19 "está aqui para ficar"

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Notícias ao Minuto  05/05/23 

O diretor-geral da OMS ressalvou, contudo, que esta mudança de classificação não significa que a Covid-19 já não representa uma ameaça à saúde pública a nível global.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou, esta sexta-feira, que a pandemia da Covid-19 chegou, oficialmente, ao fim. Contudo, o vírus "está aqui para ficar", continuando a representar uma ameaça à saúde pública a nível global.

Em conferência de imprensa, o responsável adiantou que, na reunião de quinta-feira, o Comité de Emergência aconselhou que esta classificação, que estava em vigor desde o dia 11 de março de 2020, fosse alterada "para um nível mais baixo de alarme", ditando, assim, o fim da emergência de saúde global.

"Ontem, o Comité de Emergência reuniu pela 15.ª vez e recomendou que declarasse o fim à emergência de saúde pública internacional. Aceitei o conselho. É, assim, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 enquanto emergência de saúde global", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ainda assim, o diretor-geral da OMS ressalvou que esta mudança de classificação não significa que a Covid-19 já não representa uma ameaça à saúde pública a nível global.

"Na semana passada, a Covid-19 tirou uma vida a cada três minutos, e essas são apenas as mortes que temos conhecimento. Enquanto falamos, milhares de pessoas estão a lutar pela vida globalmente nos cuidados intensivos, e milhares continuam a viver com os efeitos debilitantes da condição 'Covid-19 longa'", salientou.

E prosseguiu: "Este vírus está aqui para ficar. Ainda está a matar e ainda está a mutar. O risco do aparecimento de novas variantes que provocam aumentos no número de casos e de mortes persiste. O pior que qualquer país pode fazer agora é usar esta notícia como motivo para baixar a guarda, para desmantelar os sistemas que construiu, ou transmitir que a Covid-19 não é nada com que nos preocuparmos", reforçou, apontando que, neste momento, o mundo pode "transitar do modo de emergência para a gestão da Covid-19 em paralelo às restantes doenças infecciosas".

Nessa linha, Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou que esta não é uma decisão repentina, mas que foi "ponderada durante algum tempo, planeada e tomada com base na análise cuidada dos dados".

"Se for necessário, não hesitarei em convocar outro Comité de Emergência, caso a Covid-19 volte a colocar o nosso mundo em perigo", reiterou.

Expressando a sua gratidão ao organismo, o responsável sublinhou ainda que, apesar do seu fim, o mundo não deverá baixar a guarda, decidindo, por isso, estabelecer um "comité de revisão para desenvolver recomendações a longo prazo" para a doença. Esta semana, a OMS publicará também a quarta edição do plano de resposta global para a Covid-19.

Segundo os dados mais recentes da OMS, a pandemia já provocou mais de 765 milhões de casos confirmados de infeção e mais de 6.9 milhões de mortos a nível mundial.

Em Portugal, os primeiros casos foram diagnosticados a 2 de março de 2020, ditando, duas semanas depois, o brotar do primeiro estado de emergência. A doença tirou a vida a 26 mil pessoas, tendo infetado 5,5 milhões no nosso país. De notar ainda que, até ao momento, foram administradas mais de 13 mil milhões de doses de vacinas contra o vírus.


Referendo no Mali sobre a nova Constituição a 19 de junho

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POR LUSA  05/05/23 

A junta governativa do Mali anunciou hoje a realização de um referendo sobre a nova Constituição a 18 de junho, o qual estava inicialmente previsto para 19 de março, mas foi adiado.

"O colégio eleitoral é convocado para o domingo, 18 de junho de 2023, em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares da República do Mali, para se pronunciar sobre o projeto de Constituição", refere um decreto lido na televisão nacional pelo porta-voz do Governo, o coronel Abdoulaye Maiga.

Os membros das forças de segurança votarão antecipadamente a 11 de junho.

Este referendo é a primeira etapa, validada pelo voto, de um calendário de consultas e reformas que os próprios coronéis comunicaram e que deverá conduzir a eleições em fevereiro de 2024, com vista ao regresso dos civis ao poder.

Ao adiar o referendo, os militares, que tomaram o poder pela força em agosto de 2020, falharam um primeiro prazo e criaram dúvidas quanto ao respeito integral do calendário. A junta à frente deste país, confrontado com o terrorismo e mergulhado numa profunda crise multifacetada desde 2012, minimizou o atraso.

O porta-voz revelou que os eleitores terão de responder sim ou não à seguinte pergunta: "Aprova o projeto de Constituição?"


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