segunda-feira, 27 de maio de 2019

Conferência de imprensa do Botche Cande

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Como é possível, usar uma GARANTIA SOBERANA do país para uso pessoal e de Partidos políticos? E como se isso não bastasse, o Primeiro-ministro, depois acusa o prestador de serviço de estar à dever o estado Guineense!!! As 380 bolsas de peregrinação não tem nada a ver com as ofertas do Reino da Arábia do Sul, essas bolsas foram pedidas pelo senhor Aristides Gomes em nome de si e dos partidos políticos, para isso, usou o estado da Guiné Bissau (garantia soberana) como fiador, não pagou, e o banco usou essa mesma garantia para recolher pagamento. Agora, o senhor Aristides Gomes vêm nos dizer de que quem deve o dinheiro é o senhor Botche Cande, incrível, pensei que tinha visto tudo na Guiné Bissau mas essa é de uma falta de vergonha que ultrapassou todos os limites. Quando vos digo que o País está refém de uma quadrilha de crime organizado não é mentira.

Dr. Bacari Biai, se ainda quer mais evidências contra esse senhor por favor está tudo aí.
























DIRETOR GERAL DO HOSPITAL SIMÃO MENDES CLAMA POR RECURSOS HUMANOS E VERBAS

[ENTREVISTA MAIO 2019] O diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, Augusto Mendes, disse que a maior dificuldade daquele que é considerado o maior centro hospitalar do país é a falta dos recursos humanos e de verbas para assegurar o funcionamento da cozinha interna. Mendes revelou igualmente que a falta de técnicos, especialistas e do pessoal menor (de cozinha e limpeza) constitui preocupações para a atual direção. Outra preocupação tem a ver com a falta de dinheiro para a alimentação dos pacientes, exceto os da pediatria, CTA, Consulta externa e estatística, que constitui a maior dor de cabeça da direção.

Augusto Mendes fez esta observação numa entrevista exclusiva ao semanário O’ democrata na qual informou que o hospital necessita de recursos humanos, de acordo com as necessidades de cada serviço. Contudo, deixou claro que para além de meios financeiros, precisa do aval ou autorização do Ministério da Saúde Pública, isto é, de determinadas aprovações do Ministério da Saúde Pública.

“Precisamos de recursos humanos, mas tudo deve ser feito com base numa recomendação do Ministério da Saúde Pública para o recrutamento de novas pessoas ou empresas de limpeza”, explicou.

Contou ainda que atualmente o hospital não tem contrato com nenhuma empresa de limpeza e as pessoas contratadas individualmente para a limpeza dos diferentes serviços do hospital, a “maioria está com a idade de ir à reforma, tendo em conta que determinados serviços devem ser feitos por pessoas mais jovens”.

Dados estatísticos revelam que Hospital Nacional Simão Mendes conta com cerca de 600 profissionais, dos quais 24 (pessoal menor) distribuídos para todos os serviços que o hospital oferece, 29 parteiras (28 efetivos) e dois técnicos especialistas em partos e uma ginecologista obstétrica (novo ingresso). Conta com 111 médicos, dos quais 18 especialistas, nomeadamente: três em cardiologia, seis em medicina geral integral, três em CTA, dois em cirurgia, um pediátrico, um pneumónologo e dois em oftalmologia. Tem ainda treze assistentes sociais.

Relativamente à alimentação, o especialista em medicina explicou que habitualmente o Ministério das Finanças desembolsava uma certa quantia em dinheiro que o diretor não revelou, para suportar as despesas das refeições que o hospital fornece aos pacientes assim como a dos médicos em serviço. Segundo Augusto Mendes, desde outubro passado o ministro das Finanças cortou essa verba.

Como solução, a direção que lidera é obrigada a redobrar esforços para poder assegurar o funcionamento da cozinha.  O diretor contou que é das receitas diárias que são pagas as refeições, mas que é um valor que não consegue cobrir todas as despesas.

Revelou que a atual direção pretende para breve, estabelecer cooperação com as escolas de culinária, que passarão a enviar estudantes com experiência reconhecida para estágio, para cobrir a insuficiência do pessoal na cozinha.

O serviço de cozinha conta com 17 pessoas, das quais duas efetivas, treze contratadas e duas estagiárias. Soube o jornal Democrata ainda que a ementa varia de acordo com as disponibilidades financeiras da direção e que a mais frequente é o guisado. Há dias em que a direção disponibiliza apenas 60 000 francos CFA para alimentação.

DIRETOR RECONHECE QUE MÉDICOS PEDEM DINHEIRO AOS PACIENTES PARA TRATAMENTO


Quanto às queixas dos utentes e de alguns doentes que frequentam os serviços de cirurgia em como cada médico do HNSM estabelece o preço de intervenção cirúrgica, incluindo os kits necessários, o diretor reconhece que é uma prática que vem de há muito tempo, mas a sua direção conseguiu contornar a situação, estabelecendo um preçário único para todos os tipos de serviços cirúrgicos, que será afixado nos diferentes serviços e pontos estratégicos de forma a fazer com que os utentes tenham informações.

“Acreditamos que o preçário único estabelecido pode ajudar a resolver certas situações e acabar com a desorganização e más práticas enraizadas neste centro hospitalar”, observou, tendo, no entanto, esclarecido que nos últimos tempos foram definidos preçários que incluíam os custos dos materiais, porque facilita os utentes a identificarem o preço exato de uma determinada intervenção cirúrgica. No dia em que o paciente é submetido à intervenção médica, o médico só vai ser informado porque terá todos  os materiais registados na sala.

“Antes pagava-se e só depois é que os médicos faziam uma lista dos materiais a serem comprados”, disse o diretor Augusto Mendes.

Com a nova estratégia definida pela direção do HNSM, o pagamento passará a ser efetuado através de uma caixa, “o médico não pode usar as instalações públicas para tirar proveitos pessoais, se quiser proveito pessoal que abra a própria clínica”.

Considerou a relação com os três parceiros internos do hospital como boa, justificando que todos estão a trabalhar para a melhoria da situação clinica dos pacientes.

Questionado sobre informações em como ONG AIDA terá falhado em compensar os serviços isentados aos utentes em 50%, o diretor esclareceu que apenas mandam os pacientes para lhes serem aplicados descontos de 50%.

“Naturalmente, deviam fazer a reposição a favor do hospital caso contrário o hospital é que sofre. Vamos ter uma reunião com a direção da AIDA para esclarecer algumas questões. Mas sempre temos boa relação e ela tem sido uma parceira importante para o hospital. Apenas umas questões a serem esclarecidas, portanto, alguns aspectos ou equívocos”.

Para o diretor, atualmente a eletricidade não constitui preocupação para o hospital, ou melhor, o hospital tem um grupo de geradores e a eletricidade da pediatria e maternidade está por conta dos Médicos sem Fronteiras.

Soube ainda O Democrata de uma fonte hospitalar que há meses foi instalado um serviço que antes funcionava no hospital 03 de agosto, mas que agora funciona dentro de hospital Simão Mendes de uma forma independente, que é o serviço de estomatologia. Segundo o diretor, uma parte de receita proveniente daquele serviço é canalizada para a direção e outra fica para o hospital, fato que o deixa mais confortável e acredita que o novo serviço vai ajudar o hospital a atender os pacientes com fraturas de mandíbulas ou maxilares.

Graças à cooperação entre o hospital e as ONG`s parceiras, o central hospitalar em referência não tem dificuldades nem rotura de medicamentos e Kits de cesariana. Segundo disse o diretor, os kits de cesariana são disponibilizados pela ONG AIDA num armário na maternidade para, em caso de rotura, a ONG EMI fazer a reposição apόs cada parto por via cesariana, dos materiais usados e bem como de um incentivo para as parteiras. O oxigênio de 99 garrafas que está a ser usado foi requisitado à Clinica Madrugada e pago pelo governo. E garantiu a reabertura da fábrica de oxigênio do hospital para breve, tendo em conta as diligências em curso.

Por sua vez, o delegado Nacional da ONG Ajuda Intercambio e Desenvolvimento (AIDA), Vitor Madrigal, informou que no âmbito das necessidades do hospital a sua organização colocou armários em diferentes serviços do hospital com caráter de urgência, a disposição de pacientes carenciados e em estado grave. Os armários que contém medicamentos, kits de cesariana de acordo com as necessidades de cada serviço. No âmbito destas deligências, a ONG assume 50% dos custos de análises laboratoriais, raio x, ecografia, para doentes considerados carenciados e em estado grave e tudo é feito através dos critérios estabelecidos pela própria ONG.

E nega, contudo, qualquer hipótese de a sua organização deixar de repor as despesas assumidas e revelou que diariamente fazem a reposição em todos os serviços onde a AIDA assumiu isentar 50% dos custos ao hospital, mas tudo a um preço diferente do que um utente paga normalmente.

“Isto é uma informação irônica, a AIDA faz pagamentos diretos para cada caso e serviço através do carimbo na prescrição médica”, referiu.

Por: Epifania Mendonça

Foto: E.M

odemocratagb.com

'Vicio em videojogos’ é categorizado como doença mental pela OMS

O vicio em videojogos foi adicionado à lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença mental dos tempos modernos.


A compulsão que sente em jogar Fortnite pode ser classificada oficialmente como uma doença.

A OMS lista a condição no último relatório da organização que lista novas patologias (International Classification of Diseases ou ICD), e que inclui o "vicio em gaming" como uma doença dos tempos modernos.

O vicio em videojogos está incluído na secção de comportamentos potencialmente perigosos devido ao uso danoso de tecnologia e de aparelhos tecnológicos, o que também inclui usar em demasia “a Internet, computadores e smartphones”.

Apesar da oposição de várias grupos empresariais, que apontaram que existem pesquisas contraditórias sobre o tema e sublinharam algumas virtudes associadas aos videojogos, o último ICD foi oficialmente aprovado na Assembleia 78ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde.

“O vicio em gaming” está incluído na categoria do ICD de “desordens psiquiátricas devido a comportamento compulsivo”. É descrito como “um padrão persistente e recorrente do uso de videojogos, que podem ser jogados online ou offline, manifestado por falta de controlo, um aumento da prioridade dada ao gaming; na medida em que o gaming passa a ter precedência em detrimento de outras atividades do dia a dia, (incluindo relações sociais/familiares ou trabalho) e levando a um aumento exponencialmente perigoso de consequências negativas para a vida do individuo viciado”.

NAOM

domingo, 26 de maio de 2019

Guiné-Bissau: povo avisa que vai nomear governo eleito em quatro dias


Por Wellington Calasans, para o Duplo Expresso

Uma multidão foi às ruas neste sábado (25/05) na capital de Guiné-Bissau, Bissau. Foi a terceira marcha realizada em menos de 15 dias com o objetivo de exigir que o presidente José Mario Vaz – JOMAV – nomeie imediatamente o novo governo, eleito desde 10 de Março deste ano.

Trabalhando como correspondente especial para uma TV de um país africano, conversei com alguns dos responsáveis pela organização da marcha, populares e atores políticos que entraram nos protestos pela primeira vez.

O Secretário Geral da JAAC – Juventude Africana Amílcar Cabral, Dionísio Pereira, foi enfático ao afirmar que é inadmissível que o “Regime JOMAV desrespeite o seu papel constitucional e esteja há mais de setenta dias a criar obstáculos à nomeação do novo governo”.

Cartazes com frases de protestos contra a demora de JOMAV para a nomeação do novo governo foram exibidos durante todo o percurso de pouco mais de três quilômetros da Marcha. Segundo cálculos não oficiais, mais de cem mil pessoas participaram dos protestos.

A estudante Joana Augusto Semedo afirmou que ao participar dos protestos estava “apenas a cumprir o seu papel de cidadã”, pois foi às urnas e “quer que os vencedores tomem posse”.

Confesso que fiquei emocionado ao ver pessoas em cadeiras de rodas, muletas e outras limitações que tornariam altamente compreensível a ausência caso não participassem ativamente da “Marcha Nacional”, como são chamados os protestos. No entanto, não havia obstáculo que fosse maior do que o desejo de fazer valer a Constituição e a Soberania Popular. Cada um ao seu modo esteve presente. Todos com o mesmo objetivo de fazer valer a vontade das urnas.

Outro entrevistado para a reportagem que fiz para a TV africana foi com o Presidente da Comissão Organizadora da Marcha, Ussumani Camará. Para este promissor quadro da política guineense, “a presença na Marcha de representantes dos partidos que formaram a maioria parlamentar reforça a importância desse grito por democracia do povo da Guiné-Bissau”.

O Presidente do PAIGC (partido vencedor das eleições, mas sem maioria absoluta), Domingos Simões Pereira considerou “a presença de uma multidão nas ruas como uma prova inequívoca de que o povo está decidido a fazer valer a sua vontade nas urnas”.

Opinião convergente com a do Líder do APU-PDGB, Nuno Nabiam, que no seu discurso no palanque, após a conclusão da Marcha, abriu uma contagem regressiva de quatro dias para que o Presidente JOMAV nomeie o novo governo imediatamente.

Todos os líderes dos partidos da maioria parlamentar que discursaram disseram que esta foi a última marcha neste formato. A promessa anunciada em palanque é de que o palácio presidencial seja invadido pelo povo em até quatro dias caso o presidente JOMAV não nomeie o próximo governo.

A situação pode ganhar contornos inimagináveis na Guiné-Bissau e a responsabilidade, ou falta dela, será inteiramente do atual presidente e, em grande parte, da omissão da CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, totalmente distante diante da crise.

A imprensa internacional, governos e outros organismos já estão a fazer o alerta sobre os riscos de uma tragédia na Guiné-Bissau e são enfáticos ao apresentarem a formação do novo governo e a marcação das novas eleições presidenciais como únicos caminhos para a estabilidade política neste país africano.

duploexpresso

O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, defendeu que as Forças Armadas devem "abrir ala ao povo para resgatar os seus direitos"


O mesmo PAIGC que nunca aceitou a Liberdade de voto dos Deputados, é o mesmo PAIGC que hoje reconhece a Liberdade de voto dos Deputados para não ser viabilizada a eleição do líder do MADEM-G15 como 2. Vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional Popular

Por Fernando Casimiro

Em 2015 o PAIGC decidiu sacrificar a sua maioria absoluta no Parlamento com 57 Deputados eleitos, para ficar com 42 ao expulsar, sem pensar nas consequências, os seus 15 dirigentes e Deputados da Nação, que se abstiveram na votação do Programa do Governo, por um lado, e na Moção de Apoio ao Governo avançada pelo Eng. Carlos Correia, Primeiro-ministro de então, por outro.

Na altura, antes de expulsar os seus 15 dirigentes, o PAIGC, por controlar o Parlamento, solicitou à Comissão Permanente, da ANP, que não estava em funções, que fosse atribuída a perda de mandato de deputado aos 15 Deputados em causa, o que a Comissão Permanente fez, de forma errada!

Alertamos para a inconstitucionalidade e a ilegalidade desse processo, que foi levado ao Supremo Tribunal de justiça, que decidiu pela sua inconstitucionalidade, revogando dessa forma, a perda de mandato dos 15 Deputados em causa.

O PAIGC nunca acatou o Acórdão do Supremo Tribunal de justiça nesse sentido e decidiu bloquear o Parlamento, o que conseguiu, por via do conluio do Presidente da Assembleia Nacional Popular, para que nunca se viesse a confirmar no Parlamento uma nova composição parlamentar de uma maioria negociada entre o PRS e os 15 Deputados que, deixando de pertencer ao Grupo Parlamentar do PAIGC e sem terem que fazer parte do Grupo Parlamentar de outro partido, porque cometeriam uma ilegalidade, poderiam garantir a estabilidade política e governativa garantindo os seus votos ao PRS em todas as decisões no Parlamento necessárias de uma maioria absoluta de votos dos Deputados que constituem a Assembleia Nacional Popular.

O PAIGC nunca aceitou a Liberdade de voto dos Deputados ao longo de toda a crise.

O PAIGC bloqueou a Guiné-Bissau por via dos seus erros, quiçá, de ter im líder que nunca mede as consequências dos seus actos de liderança, quer para o Partido, quer para o País e o Povo.

O PAIGC nunca quis saber se havia Constituição e Leis da República merecedoras de respeito.

O PAIGC nunca deu conta que, bloqueando o País, estava a prejudicar todo um Povo, o Guineense.

Nos dias que correm, o mesmo PAIGC que voltou a ganhar as eleições legislativas realizadas a 10 de Março passado, ainda que com maioria relativa, mas conseguindo assinar um Acordo Político de Incidência Parlamentar com outros partidos políticos que lhe garantem uma maioria absoluta, ainda que frágil/precária, presta-se, uma vez mais, por via de uma estratégia errada, de prepotência, alimentada pelo espírito de vingança, insistentemente manifestado em diversas declarações públicas, para toda a gente ver e ouvir, quer pelo seu Presidente, quer pelos demais dirigentes, a promover o bloqueio do Parlamento e a negar a si, a legitimidade governativa.

O mesmo PAIGC que nunca aceitou a Liberdade de voto dos Deputados, é o mesmo PAIGC que hoje reconhece a Liberdade de voto dos Deputados para não ser viabilizada a eleição do líder do MADEM-G15 como 2. Vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional Popular.

O mesmo PAIGC que nunca acatou as decisões Judiciais que lhe eram desfavoráveis é o mesmo PAIGC que hoje afirma querer o respeito e a aplicação da Constituição e das leis.

Que liderança capaz é esta, que volta a pôr em causa a vitória eleitoral do seu Partido, ao privilegiar a disputa política e institucional, desnecessária, quando agindo de boa-fé, há muito que estaria resolvido o impasse criado no Parlamento por via da composição da Mesa da ANP para que o processo da nomeação e formação do Governo fosse uma realidade?

Na minha modesta opinião, o PAIGC é um paradoxo de si mesmo e a sua liderança, o principal entrave à consolidação da vitória eleitoral do Partido nas recentes eleições legislativas.

Positiva e construtivamente.

Didinho 26.05.2019

GUINE BISSAU: O DESPERDÍCIO DA X LEGISLATURA

Depois de todo o cataclismo que coloriu a IX Legislatura, esperava-se que esta decorresse num clima de maior serenidade e responsabilidade face aos enormes desafios de reafirmar a nossa soberania e reconquistar o espaço que nos é conferido por direito na Sociedade das Nações.

Entretanto, urge sublinhar que, colocando-se à jeito de ser manipulado pelo Presidente do PAIGC e deixando transparecer mais uma vez a sua gritante incapacidade de gestão dos assuntos do Estado, o actual Primeiro-ministro e Ministro das Finanças, desperdiçou uma soberana oportunidade de deixar um marco positivo da sua passagem por este mundo e conquistar um lugar de honra no pódio da história moderna da Pátria de Amílcar Cabral e dos nossos Gloriosos Combatentes da Liberdade da Pátria.

Chamado à liderar um Governo que tinha como essencial, a organização das eleições legislativas, inicialmente previstas para o passado dia 18 de Novembro de 2018, em vez de criar um espaço politicamente neutro, propício à um diálogo abrangente e reconciliador entre todas as forças vivas do País, visando o estabelecimento de um clima de entendimento e de confiança mútuos, daquela irmandade profundamente enraizada na nossa tradição secular e dos princípios básicos da nossa vizinha que genericamente nos define como uma grande família, Aristides Gomes deixou-se envolver nas querelas políticas que já vinha arrastando há mais de três anos, desgastando os fundamentos da nossa sociedade e colocando a prova os limites da tolerância do nosso povo.

Fazendo-se rodear, essencialmente de Assessores e Conselheiros oriundos das fileiras do PAIGC (como se de um Governo do PAIGC se tratasse), Aristides Gomes falhou de forma categórica o objectivo de sarrar as feridas do passado e de apelar à um novo começo no panorama político nacional, criando um ambiente de desconfiança por parte dos demais autores políticos, que passaram à encará-lo como parte do conflito, um agente parcial ao serviço do PAIGC e dos seus interesses, retirando-lhe confiança política e negando-lhe o benefício da dúvida.

Infelizmente, o tempo acabou por ditar o seu veredicto, dando razão aos que acreditavam que Aristides Gomes não estava minimamente preparado para os desafios inerentes à missão que lhe foi confiada e cujo sucesso dependia essencialmente da sua capacidade e disponibilidade de rejeitar a sua identidade partidária e se identificar com os interesses nacionais, construindo pontes e espaços de diálogo e entendimento, que possibilitem o estabelecimento de um clima de aproximação e cooperação entre as partes desavindas, remetendo para a história o estado de crispação, de profunda desconfiança e intolerância que caracterizavam as relações socais e políticas nos últimos quatro anos de vida do nosso povo.

A verdade é que não existem registos históricos de um Governo que em tão curto espaço de tempo, tenha tido um desempenho tão horrível e prejudicial à sociedade e cujo desastroso legado ficará para sempre gravado na memória do nosso povo, por ter agudizado drasticamente a crise política, criando as premissas para o turbilhão de graves acontecimentos pós eleitoral que ameaçam os esforços investidos no trilho do retorno à normalidade constitucional.

Comprometendo-se com o PAIGC e com a satisfação dos seus interesses, Aristides Gomes, enquanto chefe do pior Governo de que temos memória, nem sequer se deu à tarefa de disfarçar o seu posicionamento político e as suas motivações ao longo de todo o processo constante na agenda que lhe foi confiada pela Sua Ex.ª Sr. Presidente da República, Dr. José Mário Vaz, acabando por se constituir cúmplice da maior e mais descarada fraude eleitoral da nossa história.

Acredito que a forma vergonhosa e tendenciosa como as eleições e demais processos à elas anexos (recenseamento, acto da votação, contagem dos votos, anúncio dos resultados, etc.), foram realizados, deixavam antever momentos difíceis no período pós-eleitoral na Guiné-Bissau.

Associados ao péssimo desempenho do Governo de Aristides Gomes no capítulo das eleições, convém ainda referir a forma desastrosa como lidou com “dossiers” muito importantes, relacionados com questões de interesse vital para a nossa sociedade, como a Educação; a Saúde; o Pagamento de Salários; a Apreensão de 860 kilos de droga nas vésperas das eleições e que supostamente foram destruídos, para logo à seguir a polícia senegalesa apreender 72 kilos de droga proveniente da Guiné-Bissau; o arroz doado ao País pela República Popular da China, que o Primeiro-ministro decidiu, propositadamente, trazer à praça pública, mais uma vez em prol dos seus interesses pessoais e dos interesses do PAIGC, tentando atingir a pessoa de Sua Excelência o Presidente da República, através do seu homem de confiança (Botché Candé), sem se preocupar com a imagem e a reputação do nosso País e do nosso povo, seriamente prejudicados aos olhos dos nossos parceiros de desenvolvimento, sempre disponíveis para acudir às nossas solicitações, sobretudo da própria República Popular da China, cujo Embaixador ficou profundamente indignado com a eventualidade das suas doações ao nosso povo serem canalizadas para fins ilícitos, com as devidas consequências.

É simplesmente inconcebível que o Primeiro-ministro, que é simultaneamente o Ministro da Economia e das Finanças de um País, cujo Governo não consegue pagar salários; não tem como salvar o Ano Lectivo; não consegue garantir assistência médica à sua população; regista o maior índice real de desemprego de toda a África; é rotulado de plataforma do tráfico internacional de Drogas; que em virtude do seu precário desempenho económico-financeiro, levou o País à uma situação deplorável e de insustentabilidade político-financeira; que imbuído de má-fé, remeteu ao esquecimento o Projecto “Mon na Lama” do Presidente da República, Dr. José Mário Vaz; etc. etc.

E hoje, quando o País aguarda impacientemente por uma explicação plausível e esclarecedora, que ajude a perceber as razões deste cataclismo nacional, esse Primeiro-ministro elege como prioridade das prioridades o caso do arroz doado pela República Popular da China, como se a Guiné-Bissau não fosse um País agrícola por excelência.

A MINHA CONVICÇÃO É DE QUE, APESAR DESTE E DE OUTROS DRAMAS, A GUINÉ VAI ACONTECER!

O Conselheiro de Estado

Dr. Alfredo Quissengue

Fonte: ditaduradoprogresso.blogspot.com

Guiné-Bissau: A Última Exigência Pacífica?

Por Umaro Djau

A Guiné-Bissau testemunhou mais uma marcha, este sábado, durante a qual os partidos com a maioria parlamentar exigem a nomeação de um primeiro-ministro e de um novo governo.

Pessoalmente, estou solidário com a causa, com as manifestações e com as exigências, porque a Guiné-Bissau precisa e ela se encontra numa fase de extrema dificuldade.

Todavia, permitam-me discordar com o tom usado por alguns dos intervenientes. Por exemplo, na sua alocução, o Presidente do PAIGC (e o provável nome a ser indicado para ocupar o cargo do primeiro-ministro) disse ser esta a "última chamada de atenção, última exigência pacífica que fazemos não só ao povo guineense, mas também à comunidade internacional".

As palavras "última" e "pacífica" pressupõem cenários nublosos e alternativas preocupantes. Apesar de ser incompreensível até agora a posição do Chefe de Estado guineense, na minha perspectiva, Domingos Simões Pereira deve evitar o uso de linguagens que possam conduzir o país ao abismo, com o recurso à violência civil ou doutra natureza.

Aliás, nas democracias, há só duas formas de participação cívicas reservadas ao povo:
1. Participar num processo eleitoral, votando;
2. Participar nas reivindicações e/ou manifestações, protestando ou reclamando um direito.

Portanto, infelizmente para o povo e para os partidos políticos -- já que passaram as eleições -- a única opção é continuar a protestar contra a inércia e reivindicar.

Ainda no seu discurso, DSP teceu alguns pontos que podem ser tidos como um criticismo contra a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Na verdade, apesar dos seus esforços teóricos, a CEDEAO parece não estar bem sintonizada, no ponto de vista prático, no tocante à crise em curso.

É muito provável que os pontos da discórdia estejam relacionados com a continuação ou não da aplicação dos compromissos assumidos no âmbito dos acordos e das adendas de Bissau-Conacri-Lomé e, sobretudo, se deve haver ou não a obrigatoriedade no seu cumprimento.

Ao assumir, repetidas vezes, a posição segundo a qual as "leis do país são para cumprir," DSP mostra claramente a sua inclinação para um novo começo que não seja condicionado aos acordos políticos que, aliás, o próprio partido se subscreveu nos últimos quatro anos. Reparem, o uso da palavra "leis" tem um significado mais profundo daquilo que nos possa transparecer. Reclama-se aqui a autonomia política do país. Mas, também, chegamos a este ponto de dependência (política e diplomática) regional por culpa própria, por consentimento.

De qualquer das formas, voltando à natureza dos discursos, cabe-nos a obrigação de reforçar junto aos nossos aderentes e seguidores a necessidade da preservação de paz social, através de manifestações pacíficas, evitando assim validar os "ensaios de golpes" de que o líder do PAIGC fala.

É esta a nova Guiné-Bissau que queremos construir para nós e para as futuras gerações.

--Umaro Djau
25 de Maio de 2019

Paulo Gomes: “É URGENTE A NOMEAÇÃO DO NOVO GOVERNO PARA SALVAR O PAÍS DE AMEAÇAS INTERNAS E EXTERNAS”

O economista guineense, Paulo Gomes, afirmou este sábado, 25 de maio de 2019, que é urgente a nomeação do novo governo como forma de preparar a defesa e salvar o país das ameaças que não apenas a da droga, mas também as ameaças internas e externas que podem ser extremamente graves para além dos desafios econômicos.

Paulo Gomes falava à imprensa depois da manifestação organizada pelos partidos que constituem a maioria parlamentar na Assembleia Nacional Popular e no espaço da concertação. Na ocasião, Gomes disse que todos os países da sub-região estão, neste momento, numa situação de emergência,  assim é preciso procurar meios para a defesa contra as ameaças que passa necessariamente pela nomeação do novo executivo.

“Das duas uma, ou Presidente da República não está consciente da gravidade da situação atual do país e pensa que vai resolver o problema dele, ignorando o fato de que temos que ter um governo para preparar o país contra as ameaças que não são só da droga, mas também ameaças internas e externas extremamente graves contra os quais necessitamos de um novo governo. Portanto, não podia ficar sem associar essa marcha de hoje a outras manifestações para que o Chefe de Estado nomeie o novo primeiro-ministro”, salientou o ex-candidato independente nas últimas eleições presidenciais ganhas por José Mário Vaz.

Questionado sobre se, enquanto Economista, como interpreta a mensagem do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a fragilidade do país, Paulo Gomes assegurou que o FMI esteve até diplomático porque a linguagem que deve utilizar em relação à atual situação do país deveria ser mais seca e dura, mas diz esperar que os guineenses percebam, principalmente os economistas. Adiantou que a situação atual do país é grave e José Mário Vaz não tem consciência que, para além da questão da falência do Estado e de toda a nossa economia poder criar uma subversão a nível nacional que pode desestabilizar a Guiné-Bissau, é da responsabilidade do Chefe de Estado a nomeação do novo governo o mais rápido possível.

Questionado ainda se poderá concorrer às eleições primarias do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para presidenciais, Gomes respondeu que o mais importante neste momento seria termos um primeiro-ministro para salvar o país, e que as ambições pessoais de cada um de nós viriam depois.

“Eu sempre fui militante do PAIGC e representei a Guiné-Bissau e o PAIGC quando tinha 11 anos na União Soviética. Quando somos enviados para representar o país e  o partido nessa idade, está claro que ele somos maduros politicamente e  temos consciência do nosso engajamento, mas insisto que a minha prioridade é termos um novo governo e trabalhar para salvar o país”, revelou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.S

OdemocrataGB

Portugal manifesta "preocupação" com atraso na nomeação de Governo na Guiné-Bissau

Lisboa, 26 mai 2019 (Lusa) - O Governo português manifestou no sábado "preocupação com o atraso na nomeação de um Governo na Guiné-Bissau, apesar de estarem reunidas todas as condições exigíveis" para que isso aconteça.

"Portugal recorda que os resultados das eleições legislativas do passado dia 10 de março e os acordos interpartidários subsequentes permitiram constituir uma maioria parlamentar e, portanto, garantir a viabilização de um Governo", refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo português.

A diplomacia portuguesa "encoraja os atores políticos a desencadearem e a contribuírem para a formação, sem mais delongas, de um Governo que reflita a escolha do povo guineense", de acordo com o texto.

"Tendo em vista a plena concretização do novo ciclo de esperança que se inaugurou com as eleições do passado mês de março, Portugal apela ainda à marcação urgente das próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, a realizar em 2019", prossegue o comunicado, acrescentando que o Governo português quer "continuar a trabalhar de forma construtiva com todas as autoridades guineenses e em estreita articulação com os restantes parceiros da comunidade internacional".

No sábado, os partidos da maioria parlamentar da Guiné-Bissau avisaram que a marcha que juntou milhares de pessoas em Bissau foi a última exigência pacífica para a nomeação do primeiro-ministro e formação do Governo, depois das legislativas de 10 de março.

"Este é o nosso último ensaio, a nossa última chamada de atenção, última exigência pacífica que fazemos não só ao povo guineense, mas também à comunidade internacional", afirmou o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, vencedor das últimas legislativas.

A Guiné-Bissau está a viver um novo impasse político que teve início com um desentendimento entre os partidos na eleição dos membros da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Dois meses depois das legislativas, o Presidente guineense, José Mário Vaz, continua sem indigitar um primeiro-ministro, alegando que quer um entendimento no parlamento.

"Não temos primeiro-ministro até hoje, porque ainda temos esperança que haja um entendimento entre partidos políticos na constituição da mesa da Assembleia e porque o Governo é da emanação da Assembleia", disse em declarações à imprensa.

DN.PT




Recado para DSP (pára divide Guineenses).



Pedro Sousa Cordeiro

A primeira dama Rosa Goudiaby Vaz,sendo homenageada em Londres pela Associação 'Elos de Gerações - Texas 80' (25/05/2019).







Elsa Camacho 

sábado, 25 de maio de 2019

Portugal já gastou todos os recursos naturais deste ano

A associação ambientalista ZERO alertou hoje que Portugal já gastou todos os recursos naturais disponíveis para este ano, 21 dias mais cedo do que no ano passado.


"Se todos os países do mundo consumissem como Portugal, o cartão de crédito ambiental teria que ser acionado este domingo", indicou, em comunicado, a ZERO-Associação Sistema Terrestre Sustentável, que, em parceria com a Global Footprint Network, atualiza os dados relativos à pegada ecológica.

Se cada pessoa no planeta "vivesse como uma pessoa média portuguesa, a humanidade exigiria mais de dois planetas para sustentar as suas necessidades de recursos", comparou a associação.

"Tal implicaria que a área produtiva disponível para regenerar recursos e absorver resíduos a nível mundial esgotar-se-ia no dia 26 de maio", acrescentou, recordando que, em 2018, isso aconteceu a 16 de junho.

Portanto, a partir de hoje, já estamos "a usar recursos naturais que só deveriam ser utilizados a partir de 01 de janeiro de 2020", sublinhou a ZERO.

"Portugal é, há já muitos anos, deficitário na sua capacidade para fornecer os recursos naturais necessários às atividades desenvolvidas (produção e consumo)", destacou a associação, realçando, porém, que "o mais preocupante é que 'dívida ambiental' portuguesa tem vindo a aumentar".

Para inverter esta tendência, a associação propõe a adoção de "novas práticas", nomeadamente na alimentação e na mobilidade.

"O consumo de alimentos (32% da pegada global do país) e a mobilidade (18%) encontram-se entre as atividades humanas diárias que mais contribuem para a Pegada Ecológica de Portugal", referiu.

NAOM

Maioria parlamentar na Guiné-Bissau avisa que protesto é a "última exigência pacífica"

Os partidos da maioria parlamentar da Guiné-Bissau avisaram que a marcha hoje realizada é a última exigência pacífica para a nomeação do primeiro-ministro e formação do Governo, depois das legislativas de 10 de março.



"Este é o nosso último ensaio, a nossa última chamada de atenção, última exigência pacífica que fazemos não só ao povo guineense, mas também à comunidade internacional", afirmou o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, vencedor das últimas legislativas.

No discurso, proferido no final do protesto que juntou milhares de pessoas em Bissau, Domingos Simões Pereira disse que a Guiné-Bissau "não é o diabo" e exigiu à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para resolver o problema, salientando que no país as leis também são para cumprir.

"Exigimos à CEDEAO porque se a CEDEAO não for parte da solução, é porque é parte do problema", afirmou.

Domingos Simões Pereira alertou também para a grave situação económica do país - confirmada pelo Fundo Monetário Internacional - que pode entrar em "bancarrota" e "falência total" se o novo Governo não for nomeado.

"Isso é o que o Presidente (da Guiné-Bissau, José Mário Vaz) quer, um estado de caos", disse.

Domingos Simões Pereira afirmou também que é tempo de haver uma nova Guiné-Bissau que exige respeito.

"A Guiné-Bissau ajoelhada com os braços no ar, a pedir, acabou de vez. Se olharem para os países do mundo e africanos estão bem e não há segredos e magias, há só uma coisa: a lei, ordem e disciplina, e foram capazes de garantir que a justiça funciona", afirmou.

Numa mensagem à comunidade internacional, o presidente do PAIGC sublinhou que quem estiver interessado em ajudar tem de saber que "só há um caminho que é aquele que é feito através da lei, da Constituição, da ordem, da disciplina e do desenvolvimento".

Às Forças Armadas guineenses, o presidente do PAIGC disse que têm uma "herança extraordinária", mas que só faz sentido ao serviço da Justiça e do Estado de Direito democrático.

"As pessoas que têm poder, a começar pelo Presidente da República, é que estão a ensaiar golpes de Estado. Ele próprio é que está a pedir que finjam que há um golpe de Estado para ver se eu tomo medidas mais fortes ou se fujo e abandono o país", afirmou Domingos Simões Pereira, referindo-se aos rumores que têm circulado nos últimos dias em Bissau sobre alegadas tentativas de golpes.

O presidente do PAIGC salientou também que se não fez golpes depois de ter sido demitido em 2015, depois de vencer as eleições legislativas de 2014, também não o vai fazer em 2019.

"Nós respeitamos todos os organismos internacionais, mas desta vez têm de nos deixar construir o nosso país", afirmou Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que assinou com o PAIGC, a União para Mudança e o Partido da Nova Democracia um acordo de incidência parlamentar e governativa.

Aqueles quatro partidos juntos têm 54 dos 102 deputados do parlamento guineense.

"Domingos Simões Pereira, custe o que custar, se não for primeiro-ministro estamos a caminho de uma nova revolução", disse Nuno Nabian, salientando que há uma maioria para garantir ao povo guineense quatro anos de governação.

MSE // MLS

Porque a História faz-se de Registos/Memórias...

Por Fernando Casimiro

Em 2014 realizaram-se na Guiné-Bissau Eleições Presidenciais e Legislativas, simultaneamente, no dia 13 de Abril.

As eleições Legislativas deram ao PAIGC uma vitória com maioria absoluta.

As eleições Presidenciais ditaram uma segunda volta, entre José Mário Vaz, candidato apoiado pelo PAIGC e Nuno Nabiam, que viria a ser realizada a 18 de Maio de 2014 e cujo resultado ditou a vitória de José Mário Vaz.

O que é que aconteceu entre o anúncio dos resultados das eleições legislativas, o empossamento dos Deputados, a realização e confirmação dos resultados da segunda volta das eleições presidenciais, a nomeação do novo Primeiro-ministro e o empossamento do novo Governo?

Entre o dia da realização das eleições legislativas (13.04.2014) e o empossamento dos Deputados (13.06.2014), decorreram 2 meses, sendo que, o dia da investidura dos deputados, foi igualmente o dia da investidura do Presidente da República, depois da realização da segunda volta das eleições presidenciais (18.05.2014).

Entre o dia da realização das eleições legislativas (13.04.2014) e a nomeação/empossamento do Primeiro-ministro pelo Presidente da República (25.06.2014) decorreram 2 meses e 12 dias.

Entre o dia da realização das eleições legislativas (13.04.2014) e o dia da nomeação/empossamento do Governo (04.07.2014) decorreram 2 meses e 21 dias.

Este registo cronológico serve para o que servir, em função da análise e interpretação de cada um. Duma coisa sei que serve, mostrar que depois das eleições legislativas e presidenciais de 2014 na Guiné-Bissau, enquanto a legitimidade do Parlamento não foi conferida (13.06.2014), tal como do Presidente da República eleito (segunda volta - 18.05.2014) e investidura (13.06.2014), não se podia fazer nada, legalmente, para legitimar o novo Primeiro-ministro, o que acabaria por acontecer no dia 25.06.2014 e em função disso, o novo governo, no dia 04.07.2014.

Sem um Parlamento legitimado e viabilizado e sem um Presidente da República eleito, não pode haver nenhum governo legitimado.

Em 2014 da realização das eleições legislativas (13.04.2014) à tomada de posse do Governo (04.07.2014) decorreram 81 dias e ninguém saiu à rua para reivindicar nada, pois a legalidade impôs que todo esse processo fosse consumado por via dos procedimentos constitucionais e legais.

Nos dias que correm, em 2019, a pressa é tanta, para se passar por cima da legalidade, para que da consumação duma ilegalidade por parte do Presidente da República, outras ilegalidades tenham caminho aberto em cada órgão de soberania, por via da argumentação por conveniência, do princípio da separação de poderes.

Se o Presidente da República viabilizar a nomeação e o consequente empossamento do novo Primeiro-ministro e do seu Governo, sem que o impasse/bloqueio na Assembleia Nacional Popular seja resolvido, teremos mais uma legislatura com um Parlamento bloqueado, um Governo a fazer o que bem entender, pois não terá fiscalização, por via do bloqueio do Parlamento.

Resolvam a questão da composição legal da Mesa da Assembleia Nacional Popular, permitindo ao Presidente da República nomear e empossar quer o Primeiro-ministro, quer o Governo, aliás, o Presidente da República em momento algum furtou-se à sua competência em nomear quer o Primeiro-ministro, quer o Governo, como muita gente tem afirmado, para culpar o Presidente por algo que tem no Parlamento o seu foco e aí deverá ter a sua solução.

Se eu fosse Presidente da República, perante a actual conjuntura, não nomearia nem o Primeiro-ministro, nem o Governo, até que fosse encontrada a solução no Parlamento. Estaria sim, disponível para usar a minha magistratura de influência, promovendo o diálogo, entre todas as partes da crise, a fim de todos juntos, encontrarmos uma saída consensual para a crise.

Já tinha solicitado (e volto a fazê-lo) ao Deputado Braima Camará, líder do MADEM-G15 para aceitar indicar um outro nome do seu Partido para o cargo de 2.º Vice-presidente da Mesa da ANP; Também fiz ver, que legalmente, o lugar de 1.º Vice-presidente da Mesa da ANP não deveria ser atribuído à APU-PDGB, mas sim ao PAIGC. Importa ao PAIGC corrigir este atropelo.

E obviamente, que o cargo de 1.º Secretário da Mesa da ANP não deve ser ocupado pelo PAIGC, mas sim, pelo PRS. Importa ao PAIGC corrigir este atropelo.

Se para um conflito de fácil leitura e interpretação, os políticos não têm a noção da importância da validação dos órgãos do Parlamento, para solucionar, de forma legal, ou seja, corrigir os erros na composição da Mesa, por via do diálogo e da consequente obtenção de consenso, sobre o erro na aplicação do Regimento da ANP, como será o restante da legislatura que começou mal logo no primeiro dia?

Entendam-se, para que não dêem ao Presidente da República, argumentos para atrasar a nomeação e o empossamento quer do novo Primeiro-ministro, quer do novo Governo!

Positiva e construtivamente.

Didinho 25.05.2019

Nha luta i pa bem estar di povo guineense, i ês luta na continua.

Jomav Segundo Mandato 

I povo ku elegim presidente di República di Guiné-Bissau, pabia di kila, na continua sta di lado di nha povo. 

Tchiu djintis ka n'tindi propósito di nha luta, mas i tem kilis ku n'tindi, ku na luta à tudu custo, pa derrubam, pabia djintis tenê hábito di toma kil ku pertence povo. 

N'odiadu pabia n'fala dinheiro di estado, dibi di sta na cofre di estado.

I difícil luta contra corrupção, na um país ku na vive na corrupção desde quatro décadas, mas i ka impossível caba ku corrupção, pabia di kila, na contínua firme na nha posição, pa venci batalha, assim pa dá povo vida condigna ki mereci. 

Suma garante di paz ku n'sedu, embora ku crise política ku país na vive, i ka tem derramamento di sangue, i nim turtura ku perseguição.

Pela primeira vez na história di Guiné-Bissau, um presidente ku elegido democraticamente, consigui tchiga fim di si mandato, sim sedu assassinado, ou morto pa algum motivo desconhecido, tudu graças à colaboração di nô forças di defesa i segurança, ku afasta di cenário político. 

Na nome di tudu povo guineense, na fala muito obrigado à Chefe di Estado Maior das Forças Armadas di Guiné-Bissau, i na pidi pa bô continua cumpri ku bô dever, ki garante segurança di povo guineense. 

Viva Guiné-Bissau! 
Viva povo guineense!
Viva nô forças armadas!

DIA DA ÁFRICA MARCADA COM MARCHA PACÍFICA DA MAIORIA PARLAMENTAR, EXIGINDO A NOMEAÇÃO DO GOVERNO, RESULTANTE DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 10 DE MARÇO NA GUINÉ-BISSAU





NOMEAÇÃO DE PM - Partidos da maioria parlamentar na Guiné-Bissau novamente na rua

Os partidos da maioria parlamentar na Guiné-Bissau realizam hoje, dia de África, o terceiro protesto para exigir ao Presidente guineense a indigitação do primeiro-ministro e nomeação do Governo, na sequência das legislativas de 10 de março.

   
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, que juntos têm 54 dos 102 deputados do parlamento guineense, aguardam há mais de um mês pela nomeação do novo primeiro-ministro.

Este é o terceiro protesto realizado em Bissau pelos apoiantes daquela maioria parlamentar.

Na sexta-feira, numa declaração pública, as organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau exigiram ao Presidente guineense, José Mário Vaz, a nomeação do primeiro-ministro e também a marcação de eleições presidenciais.

José Mário Vaz termina o seu mandato a 23 de junho.

O novo impasse político no país teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular, logo depois da tomada de posse dos novos deputados a 18 de abril.

Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB, ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o Partido de Renovação Social (PRS) reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o Partido de Renovação Social, com 48.

Em declarações à imprensa, o Presidente guineense justificou o atraso na nomeação do primeiro-ministro com a falta de entendimento no parlamento.

"Não temos primeiro-ministro até hoje, porque ainda temos esperança que haja um entendimento entre partidos políticos na constituição da mesa da Assembleia e porque o Governo é da emanação da Assembleia", disse.

Por NAOM

O Norte que se perde é assustador!


Esta digníssima senhora é a Primeira Dama de um país (de bananas ou não), mas é! 

O grupo Elos da geração a convidou, entre muitas outras personalidades para o evento de hoje a decorrer em Londres, considerando a sua contribuição nas causas de beneficiência; como muitas outras personalidades já foram convidadas e participaram...

Infelizmente, a política de insulto, agressão e de instigação de ódio continua a reinar num certo grupo que de elite só tem o mudismo.

Está-se a instigar pessoas para atacarem esta digníssima senhora que ninguém tem nada a pontar, BOA MULHER, BOA MÃE, BOA ESPOSA, E AVÓ EXEMPLAR, não se esqueçam porém do seguinte, na qualidade de primeira dama de um país, em visitas oficiais ou não, tem segurança de estado que lhe acompanha...

Não se esqueçam também disto, se dentro da vossa vã cabeça existe um cérebro, ELA É mãe de alguém, irmã de alguém, avó de alguém, E ELA É SOBRETUDO, UM SER HUMANO COMO TODOS NÓS. 

BÔ PARA INCITA ÓDIO...

A sociedade tem regras, quer queiramos, quer não!


Welcome no 1 DAMA e no grande Maestro Ze manel fortes ( guine Bissau STA dianti de tudo e di todos ) Elos na continua prumuvi valores e Referencia Nacionais.( No 8 evento ten como lema " Guine Bissau riba de tudo NOS)

Armando Faria ...

Fonte: Saliatu Da Costa

Declaração Conjunta da União Africana, CPLP, CEDEAO, União Europeia e as Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau

Considerando que as eleições legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau foram consideradas credíveis e transparentes, a União Africana, CPLP, CEDEAO, União Europeia e as Nações Unidas, sublinham que todos os partidos e atores políticos devem respeitar os resultados eleitorais como uma expressão da vontade soberana do povo da Guiné-Bissau. Exortamos todos os atores políticos a abdicarem dos seus interesses privados ou partidários e a trabalharem em conjunto e de maneira construtiva para o bem do País.

Com esse fim, notamos o clima de tensão resultante de desacordos sobre a eleição dos membros da Mesa da Assembleia Nacional Popular. Exortamos todos os atores relevantes a se empenharem num diálogo construtivo para encontrar uma solução para o atual impasse, a fim de finalizar a constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Exprimimos a nossa preocupação coletiva sobre o facto de, mais de sessenta dias após a realização das eleições legislativas, um novo primeiro-ministro não ter sido ainda nomeado com base nos resultados das eleições. Encorajamos a nomeação urgente de um novo primeiro-ministro e a consequente formação de um novo governo. Além disso, a data das eleições presidenciais deve igualmente ser marcada para terem lugar em 2019.

A União Africana, CPLP, CEDEAO, União Europeia e as Nações Unidas reiteram a sua vontade de continuar a acompanhar os líderes políticos da Guiné-Bissau a resolverem o impasse atual. 

Reiteramos também a nossa determinação coletiva de continuar a apoiar e ajudar o novo Governo e o Povo nos seus esforços para consolidar a sua democracia nascente a promover a paz e a prosperidade.





ONU na Guiné-Bissau