sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Manifesto de Adesão ao P.R.S.

Hotel Ledger Plaza



Muito boa tarde.

Os meus cumprimentos ao Partido da Renovação Social, ao Presidente, aos fundadores, ao Secretário-Geral, aos deputados da atual legislatura, aos demais dirigentes, às Mulheres, Homens e Jovens militantes; e a todas e a todos quantos hoje aqui se fizeram presentes. 

Neste ato, dirijo-me a esta Assembleia, em meu nome e de mais de uma centena de guineenses que me acompanham, para apresentar o nosso Manifesto de Adesão ao Partido da Renovação Social.


Estou aqui perante vós porque acredito na Guiné-Bissau. Que tem tudo para dar certo:  tem-nos a nós, gente de várias raças e credos, gente bonita e alegre, gente simpática e generosa, gente corajosa e capaz. Temos a nossa terra entrelaçada de rios; temos chuva por demais; temos sol que abrilhanta as nossas almas; temos um chão fértil e generoso; temos uma mata luxuriante de verde; temos muito peixe; e muito, muito mais. Terra farta e saborosa, a nossa!

Compatriotas,

Permitam-me que me apresente, e ao meu percurso político, antes de convosco partilhar as motivações desta minha adesão, bem como as expectativas que me movem.

Sou jurista de formação. Julgo que essa minha opção ganhou corpo porque desde cedo tomei consciência das graves injustiças a que assistia no dia a dia. Quando via os grandes desprezarem os pequenos, o enriquecimento sem causa em detrimento da sociedade, a ascensão da mediocridade em prejuízo do mérito, os inevitáveis retrocessos em todas as áreas daí decorrentes, tomei a vocação de contribuir para a mudança do estado de coisas, assumi a minha quota parte de responsabilidade. Algo tinha de ser feito. Alguém tinha de o tomar a peito. Não o fiz por direito. Fi-lo por dever. Pela enorme dívida que sinto em relação a esta pátria, pela educação de luxo da qual sei que beneficiei.

No entanto, só comecei a fazer política como reação à guerra que me bateu à porta nesta cidade que me viu nascer e crescer. Posicionei-me contra os invasores estrangeiros, já que não alcançava o porquê dessa guerra, que tantas almas levou sem que as pudéssemos contar, ou tivéssemos tempo para as chorar. Valeu a pena? Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Alimentámos sonhos de Justiça com J grande. Esperanças que foram rapidamente traídas, e novamente afogadas em sangue. Os vícios estavam tão entranhados, que a revolução com que sonháramos se tornou em pesadelo, porventura mais doloroso que a rotina passiva com que antes nos tentavam anestesiar. Qual rabo di pumba? Assistimos impotentes ao regresso revanchista dos vencidos, com o seu cortejo de afilhados, sob novas e piores formas, numa mistura explosiva que não tardou em arrebentar-nos na cara. A corrupção galopante era alimentada por novas fontes de rendimento, com o tráfico de drogas a suplantar o de armas, que já antes nos conduzira à guerra.



Entretanto, filiei-me no PUSD, pelos seus ideais social-democratas, com os quais me identifico. Desempenhei vários cargos nesse Partido, que chegou a ser o terceiro maior do espectro político guineense, com dezassete deputados, e a assumir um papel de árbitro, para desempatar o bipartidarismo, que o método de Hondt favorecia na contabilidade eleitoral. Ascendi a Ministra da Justiça num contexto especialmente complicado, e tudo fiz para redignificar o poder judicial, devolvendo-lhe a independência que lhe atribui a letra e o espírito da Constituição, como instrumento privilegiado para o equilíbrio entre os vários poderes, os quais, no entanto, instrumentalizados pelos seus titulares, rapidamente degeneraram numa luta sem quartel pela supremacia absoluta, com os tristes resultados que todos conhecemos: mais intolerância tingida de sangue.

Com uma liderança do país fragilizada e incapaz de colocar um ponto final na violência, as Forças Armadas foram obrigadas a intervir, para rapidamente, sob pressão da Comunidade Internacional, cederem o poder a mais um governo de transição. Decidi que era chegado o momento de lançar a minha candidatura à Presidência do PUSD. Com a ajuda dos militantes mais empenhados, apesar da forte limitação de recursos, fizemos o melhor que pudemos. Os parcos resultados obtidos, foram suficientes para aprender, à própria custa, da impossibilidade manifesta dos pequenos Partidos ascenderem à esfera do poder. Não conseguimos passar a mensagem, perante uma realidade de bipolarização, nem conseguimos eleger qualquer deputado, apesar de significativas votações na Diáspora. A mobilização do voto útil foi mais forte.

Apesar disso, fui convidada para assumir novamente a pasta da Justiça, no governo de inclusão que se seguiu a essas eleições. Aderi de boa fé a essa proposta, mas rapidamente me apercebi que se esperava de mim uma postura simplesmente decorativa. Não me foram proporcionados meios, nem pude participar de quaisquer decisões, incluindo na minha área de competência, apesar do meu empenho. O crescente mal-estar que se seguiu, viria à luz do dia aquando da exoneração de Domingos Simões Pereira por parte da Presidência da República. Fui acusada de ingratidão, entre outros impropérios com que me brindaram.



Foi nesse contexto que, a convite da atual Direção cessante do PRS, iniciei uma aproximação ao vosso Partido, participando nas comemorações do 24.º aniversário, o que me serviu de pretexto para conhecer melhor o historial do Partido. Relendo o meu discurso por essa ocasião, constato que nada mudou e as suas palavras continuam válidas, como se fosse hoje. O PRS é hoje um Partido amadurecido, graças ao esforço da sua liderança, no sentido da contenção do discurso e de uma vontade de pacificação da sociedade. De um Partido de contrapoder, tornou-se um Partido reconhecido internacionalmente. Para mim, são sinais positivos de mudança, que me fazem acreditar na sua capacidade para convencer o eleitorado e vencer as eleições. 

O maniqueísmo de uns tantos da nossa sociedade não apreciou a nossa decisão política de aproximação ao PRS. Porque não gostam da independência de espírito, de ideias, não gostam de nenhuma vontade séria e muito menos que se destaque qualquer vocação política idónea. Quem está com eles, é bom, quem está contra eles, é forçosamente mau. A campanha contra mim assumiu então contornos rocambolescos, com uma descarada ingerência nos assuntos internos do PUSD por parte de altos dirigentes do PAIGC que, durante a minha ausência do país, tentaram aliciar membros dos órgãos superiores do Partido para demitirem a sua Presidente.

Este género de golpes baixos a que chegou a política no nosso país, a campanha de insultos de que fui alvo, o bloqueio das instituições da República, o impasse que se gerou após o Acordo de Conacri, cujo teor e mecanismos de implementação tive, aliás, a ocasião de criticar fortemente na altura, desmoralizaram-me um pouco, e por isso, senti a necessidade de me afastar das lides políticas. Em novembro do ano passado anunciei assim publicamente a minha demissão do cargo de Presidente do PUSD. Foi um tempo de paragem, durante o qual recarreguei baterias, repensei a minha postura política.



Compatriotas,

Hoje, é DIA INTERNACIONAL DA PAZ, contudo, quando vejo o mundo cheio de guerras e de misérias e vejo a nós, neste pedaço de terra, a digladiar-nos para estar e nos mantermos no poder, vejo também que, em cidadania, tenho responsabilidades para comigo própria, para com os meus filhos e para com a minha Guiné-Bissau. Com a aproximação do V Congresso do Partido da Renovação Social, fui convidada para aderir a uma nova dinâmica, que se antevia com a recandidatura da atual Direção, apostada numa renovação tranquila. Senti, nessa abordagem, um carinho especial e uma aposta sincera nas minhas valências, que me revigorou a alma. Senti uma vontade genuína de romper com gente desonesta, com arrogantes, dados a grandezas e à ostentação, nepotistas, peritos na hipocrisia e na bajulação, que é preciso afastar da cena política e sancionar nas urnas.

Senti, tanto da parte do Presidente do Partido como do Secretário-Geral, um sopro de esperança. Cada um com as suas valências, senti-os apostados em manter a coesão do Partido em torno de um projeto aglutinador para o futuro. O PRS está hoje bem posicionado, perante o desnorte do seu principal adversário e o cansaço generalizado a que este deu origem junto da população, para protagonizar o volte face do qual a Guiné-Bissau necessita desesperada e inadiavelmente.


Acredito que a Guiné-Bissau pode renascer das cinzas com uma nova mentalidade, se alimentarmos uma visão clara e sustentável para o futuro. Nunca fui de me esquivar a desafios. Se há coisa que me irrita solenemente é ouvir o sempre eterno «Djitu ka tem» acompanhado por um virar as costas aos problemas que nos afligem. O PRS encontra-se num momento crucial para dar resposta ao desafio nacional. Decidi, por isso, aderir ao vosso grande Partido, do qual partilho os valores políticos: a LIBERDADE, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE, o respeito pela DIGNIDADE e VIDA HUMANA, com vista à edificação de uma NOVA SOCIEDADE – JUSTA E SOLIDÁRIA. Considero que o convite que me foi endereçado é, por si próprio, significativo da vontade alimentada pela dupla que se candidata à renovação do seu mandato à frente dos destinos do Partido.

Renovadores,

Podem contar comigo! Vamos ser capazes de retirar a Guiné-Bissau da cauda do mundo, em prol da recuperação da nossa dignidade, cá dentro e lá fora. Vamos consagrar esse esforço de abertura do Partido e abrir o caminho para uma maior consistência ideológica, numa perspetiva local e identitária, de adaptação dessa ideologia à urgente renovação social de que carecemos para a mudança. A nossa realidade tem um elevado grau de exigência, pede-nos uma atitude proactiva e passos de gigante. Temos que dar O SALTO. Podem contar connosco para ajudar a pensar, a impulsionar, a conceber uma estrutura sólida que nos permita convencer o eleitorado a apostar no Partido, a aderir a uma dinâmica imparável que deve assentar num diagnóstico sociológico lúcido, no delinear de um coração ideológico suficientemente sólido e consensual, que estejamos dispostos a defender em comum, com a força das nossas convicções. 

Não duvido que, se o conseguirmos, a mensagem vai passar e propagar-se pela maioria da população, e o Partido obterá excelentes resultados nas urnas, que lhe permitam sustentar propostas governativas consistentes. O maior dos desafios, consiste em o PRS estar apto a REESTRUTURAR O ESTADO. Saber como tirar o país do atoleiro em que se encontra. Como ‘arrancar’ com uma terra que continua a depender da cooperação, de financiamentos externos e de doações, a quase 100% dos casos, e que até a instabilidade política é paga pela Comunidade Internacional através do financiamento das eleições. Sair do círculo vicioso dos projetos que são sol de pouca dura, dos quais, perniciosamente, a maioria dos guineenses pouco ou nada beneficia. Como parar de ser o eterno pedinte que desperdiça dinheiros e impostos de outros Estados, se endivida à espera do próximo perdão.



Nos Estados desenvolvidos é o Estado que puxa a sociedade. Entre nós, face à degradação das instituições, temos que apostar na nossa RIQUEZA SOCIAL como alavanca para a construção de um Estado digno desse nome. Não vale a pena insistir na lengalenga habitual, é preciso apostar em fórmulas políticas originais, concebidas para a nossa própria realidade, constatada e provada. O caminho é começar a trabalhar com a PRATA DA CASA, que queira, que possa e que saiba pensar, definir estratégias consistentes e sustentáveis a partir da nossa realidade, a partir da realidade da nossa terra.

No interior do país prevalece o tradicional, na confluência entre grupos étnicos e numa invejável interação entre realidades culturais e religiosas diversas. Algo único em espaço geográfico tão exímio! Enquanto que, na capital, Bissau, identificamos uma miscelânea entre o tradicional, o moderno e as influências avulsas que nos chegam dos nossos vizinhos da costa ocidental africana. E, no exterior, fruto de várias levas migratórias, temos uma diáspora sacrificada e potencialmente profissionalizada, composta por muitos filhos da Guiné-Bissau sedentos de retorno.

Defendemos uma REVOLUÇÃO DAS MENTALIDADES que se traduza numa evolução tranquila e sem sobressaltos da nossa terra. Não temos uma cartilha, queremos uma partilha. Uma renovação feita de inovação, fazendo a ponte entre a nossa identidade tradicional e uma modernidade que teima em acenar-nos de longe, sem que nunca a consigamos alcançar. Sim, é possível conciliar estes objetivos, com criatividade, com empenho e com dedicação. Naturalmente, temos uma tarefa titânica pela frente. O pontapé de saída tem de incidir no reajuste da nossa identidade, do sentimento de pertença nacional e de cidadania. O ponto de partida deve ser a convergência entre as nossas raízes culturais e a mundividência que lhe subjaz. Pois, para a Guiné-Bissau crescer, nós, guineenses, temos também de crescer.

Compatriotas, 



Relativamente ao desenvolvimento, estamos fartos de diagnósticos, de projetos e programas, sem que se notem quaisquer mudanças no panorama neurótico que há tanto tempo nos oprime. Estamos em vésperas de uma OPORTUNIDADE ÚNICA, desta feita, para o Partido da Renovação Social ir às urnas buscar a legitimidade e tomar as rédeas do Estado, preparando-o para as REFORMAS ESTRUTURAIS que é imperativo implementar.

Na nossa maneira de ver as coisas, reestruturar o Estado passa por projetá-lo para um novo patamar, alinhando pelas melhores práticas e os legítimos anseios do nosso povo.  Doravante, a nossa fasquia não poderá resumir-se, como até aqui tem sido, a pagar atempadamente os salários, por sinal de miséria. A nossa ambição não deve saciar-se de esmolas, nem o Estado vergar-se, como eterno pedinte, perante os diversos grupos de interesse que o mantêm refém. 

Quer-me parecer que, se escolhermos criteriosamente as pessoas que mais merecem dirigir o nosso país, saberemos usar razoavelmente e dar valor àquilo que temos!

Sendo que, é mais do que evidente que qualquer política de desenvolvimento do nosso país, deve ser elaborada com base nos NOSSOS RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS. Por os pés na terra e apostar estrategicamente na agricultura, que emprega a esmagadora maioria da população ativa (parece-me essa a mensagem que os fundadores quiseram transmitir com a escolha das espigas na bandeira do Partido). Mas apostar também na pequena indústria agroalimentar; no ecoturismo, que não carecem de grandes investimentos. Concentremos os recursos que pudermos acumular numa racionalização das infraestruturas, como estradas, fornecimento de energia, desassoreamento dos nossos rios como estímulo do transporte fluvial. Só assim poderemos começar a tirar proveito da nossa integração regional.

Mas para isso precisamos inexoravelmente de SERENAR O PAÍS, DEVOLVENDO-LHE AS SUAS INSTITUIÇÕES. Refiro-me à Assembleia Nacional Popular, ao sector da Justiça, da Defesa e Segurança, da Administração Pública e do poder local. É perentório rever e reformular a Constituição da República, a lei eleitoral, a lei dos partidos políticos, entre outras. A simples FORMA não é tudo, todos sabemos que não basta a letra das leis. Mas é preciso recomeçar por algum lado. O esforço seguinte será de lhes emprestar SUBSTÂNCIA, que o espírito das leis não seja sistematicamente subvertido, por gente sem escrúpulos, guiada apenas por mesquinhos interesses conjunturais.

Amigos Renovadores,

Estamos certos de que, se soubermos fazer uso das oportunidades, se aproveitarmos com pragmatismo a dinâmica social existente, vamos conseguir renovar. Basta que as coisas comecem a funcionar. O mínimo que possamos fazer vai certamente dar resultados, vai dar frutos e vai haver retorno. Depois de acionar o motor de arranque, a máquina vai certamente embalar.

Muitos do PUSD, com o meu conhecimento e aval, em 11 de março passado, aderiram ao PRS. Hoje, voltamos a aderir em grupo, homens e mulheres, e um grupo significativo de jovens de outras filiações partidárias, ou sem ela. Vimos também em opção própria, individual e de consciência, apostando na abertura do Partido à renovação das suas idiossincrasias e na nossa mais valia junto do PRS. Regozijo-me com a motivação e, na parte que me cabe, para os que se juntam em apreço à minha recomendação, agradeço-lhes pela confiança. Estamos juntos!

Para que, com um trabalho partidário solidário e coeso, em diálogo permanente, na crítica e autocrítica construtiva, possamos conjuntamente reforçar a dinamização em curso no PRS, preparando-nos para vencer o desafio da promoção do INTERESSE NACIONAL e da CREDIBILIDADE GOVERNATIVA.

Minhas Irmãs do PRS, 

Neste ato, não poderia deixar de me dirigir a vós. Para me congratular com a vossa presença, sabendo o quanto é difícil à mulher guineense enveredar pela política, onde é normalmente usada na mobilização e, às vezes, como floreado do poder politico, apenas para mostrar que foram cumpridas envergonhadamente quotas mínimas. Quando, não nos faltam leis e mecanismos de promoção da igualdade de género, tanto ao nível nacional, sub-regional, continental, como internacional.

Temos que ser tidas e achadas na esfera de decisões. Porque a mulher guineense tem uma larga experiência, quando se trata de servir, quer no âmbito familiar, como no comunitário. A mulher guineense, principal vítima da instabilidade política crónica, é condescendente, permissiva e até sofredora, por vezes; é contra a violência e não é corrupta; é boa profissional, lutadora, decidida e voluntariosa. Todas estas são qualidades que gostaríamos de valorizar na política.



O desafio não são lugares nem são quotas para as mulheres. O verdadeiro desafio vai muito mais além. Temos que saber unir os polos, HOMEM e MULHER (MATCHUNDADI e MINDJERDADI), para conseguirmos um equilíbrio e mitigar a cultura machista que nos tem oprimido, a nós, mulheres, no nosso país. É importante a nossa atuação para que a família guineense se entenda, para que os homens dialoguem, se unam em defesa do bem comum, saibam falar com o coração e não nos esgotem em intermináveis disputas pelo poder. Aos homens pedir licença, pedagógica e educadamente, mas estar atentas e conscientes para a importância do nosso papel. Afinal são os nossos homens! O que me faz lembrar um provérbio africano: «Se educas um Homem, educas um indivíduo, mas se educas uma Mulher, educas uma nação». Façamos, pois, ouvir a nossa Voz, a nossa fala! 

Estou hoje aqui a entregar-me de coração nas vossas mãos. E não vim sozinha! Viemos engrossar as fileiras das mulheres guineenses que trabalham lado a lado na renovação social da Guiné-Bissau, nô terra. Vamos pôr-nos de pé e ao lado dos homens? Vamos fazer acontecer a política?

Uma palavra aos Jovens do PRS.

A verdade é que, na nossa terra, a política para a juventude tem sido apenas para inglês ver. Para além da desestruturação das famílias, da fraca qualidade do sistema educativo, os jovens, que são a grande maioria da população, foram votados às bancadas, às filas para visto na embaixada de Portugal e às tentativas de emigrar através de canais fraudulentos da sub-região, na busca por uma vida melhor no ocidente. É esta a dura realidade da juventude, nua e crua. Um stress permanente que se arrisca a levar-nos a flor dos mais insatisfeitos e empreendedores, que tanta falta fazem ao nosso país. Perante a ausência de oportunidades, a Europa, a América, tornam-se sinónimos de paraíso, que, de facto, não são. 

Queremos trabalhar na forja das vossas oportunidades, para que possam ter uma vida promissora em Bissau ou em qualquer canto do nosso país, e para que ela seja melhor que a proporcionada à minha geração e às outras que a antecederam. Os vossos sonhos e aspirações, são causas legítimas, já adiadas por demasiado tempo. Desejamos ardentemente que os Jovens e a Juventude do PRS se venham a sentir ORGULHOSOS DE SER GUINEENSES e lhes seja permitido viver o desenvolvimento da e na nossa terra.

Prezado Presidente Alberto Nambeia,

É minha profunda convicção para as próximas legislativas que o PRS inaugurará um novo período da nossa jovem democracia. Por estar convencida que o Partido enfrentará vitoriosamente os desafios que tem pela frente, fazendo jus à sua liderança tranquila e empenhada. A sua capacidade de mediação, de reunir as pessoas, de as unir em torno do engrandecimento do Partido, insufla confiança e inspira-nos entusiasmo.

É graças a si que temos, no momento histórico que o país atravessa, um PRS mais amadurecido, apto, como nenhum outro partido, para um combate político eficaz e para se afirmar positivamente como uma ALTERNATIVA SÉRIA DE PODER. Não duvido que, se soubermos manter a unidade e a coesão internas, estaremos a caminho de uma maioria, e, muito provavelmente, de uma maioria absoluta.

O país precisa de uma LEGISLATURA DE RENOVAÇÃO SOCIAL E DE PROGRESSO SUSTENTÁVEL. Por isso, Presidente Nambeia, para nós, aqui presentes, aderentes ao Projeto PRS, fazemo-lo convictos e impregnados de patriotismo e civismo, de alma e de coração, apostados em contribuir para o reforço da coerência e da consistência do Vosso e, agora também, NOSSO grande Partido. Contamos, Senhor Presidente, com a vossa benevolência, com o vosso apoio, com a simpatia dos dirigentes e militantes do Partido. Confio nas virtudes do trabalho de equipa. 

É, pois, uma honra e um privilégio apresentar publicamente a nossa adesão à militância no PRS, juntar-nos ao coletivo de mulheres, homens e jovens que defendem a bandeira da Renovação Social. 

Já como Renovadora Social,

Agradeço, do fundo do coração, aos que me acompanham.
Agradeço a receção que nos foi feita.
Agradeço, em especial, à Direção das estruturas partidárias convocadas e aqui presentes, por nos terem proporcionado este momento.

Last but not the least, permitam que agradeça à minha família, que é o meu sustentáculo e aceitou esta minha opção política.

Muito obrigado Senhor Presidente Alberto Nambeia.
Muito obrigado Senhor Secretário-Geral Florentino Mendes Pereira.
Muito Obrigado dirigentes do PRS.
Muito obrigado ao Partido da Renovação Social.

VIVA A GUINÉ-BISSAU!
VIVA O PRS! 
Guiguilanta.blogspot.sn

Primeiro-ministro diz que Guiné-Bissau vai “ultrapassar impasse”

Umaro Sissoco Embaló, Primeiro-ministro da Guiné-Bissau. 21 de Setembro de 2017. Assembleia-geral da ONU.
ONU/Cia Pak

Na 72.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse que o país vai “ultrapassar o impasse político” com a ajuda dos parceiros internacionais.

Esta quinta-feira, na Assembleia-Geral da ONU, o chefe de Governo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu que o país vai “ultrapassar o impasse político” com a ajuda dos parceiros internacionais.

“Com a paciência, sabedoria e solidariedade dos nossos parceiros internacionais - da CEDEAO, da União Africana, da CPLP e do próprio secretário-geral das Nações Unidas, que mantém na Guiné Bissau o seu representante especial – vamos ultrapassar o impasse político e institucional que ainda perdura no meu país”, afirmou.

Umaro Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau continua “a viver um período de desafios institucionais na Guiné-Bissau, para os quais o Acordo de Conacri delineou soluções em Outubro de 2016”, sublinhando que “são desafios ao funcionamento” do parlamento e do governo.

Porém, o primeiro-ministro destacou que “o Estado e a sociedade civil estão muito longe de qualquer colapso político” e que não se contam “mortos nem feridos na Guiné-Bissau”.
Umaro Sissoco Embaló mencionou, também, a boa saúde da economia guineense, com as exportações de caju e o controlo das finanças públicas, admitindo que “um dos piores erros económicos feitos” foi deixar que o país escorregasse “na dependência de elevados volumes de importação de arroz todos os anos”.

O primeiro-ministro falou, ainda, sobre a política de igualdade do género, que considerou como “um teste para a democracia” na Guiné-Bissau. Depois, abordou as ameaças na região, como as “acções terroristas estão a afectar o Burkina Faso, o Mali, o Níger, a Costa do Marfim e a Nigéria”.

RFI

SI, BÔ FIANÇA, NA BÔ DISCARNA-NDADI;


Walter Felix da Costa

Já morreram 4.002 migrantes desde o início do ano

O número de migrantes que morreu desde janeiro até agora é de 4.002, a maioria dos quais, 2.556, nas rotas migratórias do Mediterrâneo, disse hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).


O número dos que morreram este ano até ao dia de hoje nas rotas do Mediterrâneo representa uma redução em relação ao mesmo período de 2016, quando se registaram 3.269 mortes.

No Saara e no norte de África morreram 358 migrantes e na África subsaariana 269, "quatro vezes mais que no ano anterior", indicou o porta-voz da OIM Joel Millman.

Na fronteira entre os Estados Unidos e o México morreram 263 migrantes, no Corno de África 170, no Sudeste Asiático 121, no Caribe 104, no Médio Oriente 62, na América Central (incluindo o México) 56 e na Europa 40. O leste da Ásia e América do Norte contam com um morto cada.

No ano passado morreram 7.927 migrantes nas várias rotas migratórias em todo o mundo.

NAOM

Oio - Presidente da República pede aos populares para elevarem a produção de arroz

Bissau,22 Set 17 (ANG) – O Presidente da República José Mário Vaz pediu quinta-feira aos populares da região de Oio para aproveitarem o potencial agrícola do país para aumentar a produção do arroz.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no final da visita que efectuou as bolanhas dos três sectores e uma secção na região de Oio, nomeadamente de Mansôa, Mansabá,  Bassorá e Mambanco para ver o estado das mesmas e das culturas.

Lamentou os danos causados pela inundação na bolanha de Jugudul, sector de Mansôa, mas prometeu fazer tudo para conseguir os materiais agrícolas com vista ajudar os agricultores a melhorarem a  capacidade produtiva.

 O Presidente da República defendeu que, “enquanto governantes têm a obrigação de contribuir para o bem-estar do povo”.

Segundo  o ministro da Agricultura Florestas e Pecuária, Nicolau dos Santos, o executivo dispõe de um plano de distribuição de arroz para ajudar as famílias cujas  bolanhas foram  inundadas. 

A governadora da região de Oio, Anita Djalo Sane disse que os agricultores vão ter dificuldades em reembolsar as sementes emprestados devido a inundação da água que danificou quase toda a produção.

Os populares da referida região pedem apoios matériais para que possam aumentar a produção e contribuir para a redução da fome no país.

Em nome dos agricultores do sector de Mansôa, José Augusto Nhancri pediu ajuda do Presidente para que possam reabrir o canal do rio para facilitar o escoamento da água e evitar inundações nas bolanhas, que prejudicaram cerca de 355 famílias este ano.

Malam Kane, que falou em nome da população, reconhece o potencial agrícola do sector de Mansabá, mas pede apoios para a reconstrução da ponte para permitir o escoamento da água como forma de evitar a inundação numa parte e falta dela na outra.   

O chefe de Estado guineense começou a visita com a entrega de dez sacos de arroz ao Regulo de Djaal.  

ANG/LPG/ÂC/SG

MATO NA CIDADE: Uma jibóia foi morta hoje, no portão da CICER, nos arredores de Bissau. Engoliu uma cabra na noite passada e os populares mataram—na à catanada.

FOTO: DR/DC/AAS

PRS REÚNE A COMISSÃO POLÍTICA PARA ANALISAR A SUSPENSÃO DE MANDATOS DE TRINTA DIRIGENTES

O Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau reuniu ontem, 21 de setembro 2017, a Comissão Política para validar a lista de delegados ao seu quinto Congresso ordinário,  e também para analisar a suspensão de mandato de mais de trinta membros que outrora pertenciam a família renovadora. O partido de milho e arroz, agendou a sua reunião magna para os dias 26 e 29 do mês em curso, no setor de Prábis, região de Biombo.

Em declaração aos jornalistas, o presidente da Comissão Organizadora do V Congresso do PRS, Orlando Mendes Viegas, informou que a reunião visa deliberar sobre alguns assuntos antes do congresso ordinário e discutir a situação dos militantes do partido que agora se afiliaram numa outra formação partidária.

Viegas assegurou ainda que a data de 26 a 29 do mês em curso marcada para a realização do quinto congresso é “irreversível”, sendo que a comissão organizadora já dispõe de meios e requisitos necessários para a sua concretização.

“A comissão política do Partido da Renovação Social é o órgão responsável para discutir e tomar decisões sobre a lista e a suspensão do mandato de mais de trinta membros que outrora pertenciam a família dos renovadores para melhor apurar a verdadeira lista que irá para o congresso. O que nos preocupava era as eleições dos delegados mas felizmente correu bem”, enalteceu Mendes Viegas.

Questionado sobre as alegações de alguns candidatos em participar no congresso com dez (10) delegados, Orlando Mendes Viegas pediu os candidatos para invocar artigo de estatuto ou regulamento que fala sobre esta questão. Assegurou que a Comissão que dirige está obedecer todas as leis do partido.

Por: Epifânia Mendonça
OdemocrataGB

Dizem que o fim do mundo é amanhã. Será?

Mais uma vez, os fãs de numerologia e astrologia prevêem o fim do mundo.


Não é novidade e até ver ainda não se confirmou, mas são várias as teorias de fãs de numerologia e astrologia de que o fim do mundo está para breve.

A mais recente data apontada para o Apocalipse é (já) amanhã, dia 23 de setembro. Isto porque, explica o jornal espanhol ABC, estes seguidores de astrologia e numerologia garantem que a Bíblia tem pistas ocultas para o grande evento que colocará um fim à Humanidade este sábado.


Segundo acreditam estas pessoas, o fim chegará pelo planeta Nibiru, também conhecido por Planeta X, que chocará com a Terra e dará origem a eventos catastróficos.

Para a comunidade científica este planeta não existe, mas para os fãs deste tipo de teorias trata-se de um corpo celestial da mitologia babilónica.

A teoria de que o mundo acaba amanhã ganha ainda mais força devido ao eclipse solar do passado dia 21 de agosto que é visto como um presságio do que acontecerá.

NAOM

Dívidas à ONU impedem Guiné-Bissau e São Tomé de participar nas votações

Quatro países africanos têm o seu direito a voto suspenso na Assembleia Geral das Nações Unidas por falta de pagamento das quotas de membro. Dois lusófonos, a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estão na lista.

FOTO:ONU/RICK BAJORNAS

Um jornalista da Voz da América, Harun Maruf, reportou esta informação, que afecta o seu próprio país de origem, a Somália. Os outros países são a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e as Ilhas Comores.

No caso específico da Somália, o montante em questão ronda os dois milhões de dólares americanos. A Somália e a Guiné-Bissau estão representadas na presente sessão da Assembleia Geral da ONU pelos seus respectivos primeiros-ministros, Hassan Khaire e Umaro Sissoco Embalo.

Durante a última sessão, a Assembleia Geral tinha votado uma excepção para os quatro países cujo voto está agora suspenso. Na altura, aquele órgão também tinha votado a suspensão de voto da Líbia e Venezuela na sessão de 2016-2017 pelo mesmo motivo.


A quotização na ONU é obrigatória para todos os 193 estados membros e é calculada segundo factores que incluem a sua renda.

África 21 Digital com AIM

Discurso Primeiro ministro da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló na 72ª Assembleia Geral da ONU - Quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, discursa na 72ª Assembleia Geral da ONU. Imagem: reprodução vídeo.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, falou na 72ª Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira.

Ouça o discurso na íntegra.

Duração:15’17″

Unmultimedia.org/radio/portuguese

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Dissidente diz que Kim Jong-Un matou 11 músicos com recurso a armas antiaéreas


Rapariga confessou que foi forçada a assistir à execução de um grupo de músicos após estes serem acusados de fazer um vídeo pornográfico

Hee Yeon Lim, uma dissidente do regime de Pyongyang, falou sobre os momentos que testemunhou enquanto vivia na Coreia do Norte. A rapariga, filha de um coronel do exército que fazia parte do regime e aceitava subornos para melhorar a sua qualidade de vida, levou uma vida confortável em Pyongyang mas a sua proximidade com o regime não a protegeu de ser exposta a horrores.

Quando o seu pai morreu, Hee Yeon e a família decidiram abandonar o país, acabando por ficar a viver escondida na Coreia do Sul.

Em declarações ao Mirror, Hee Yeon (nome falso utilizado para preservar a entidade da rapariga) confessou que foi forçada a assistir à execução, com recurso a armas antiaéreas, de um grupo de 11 músicos, num estádio de futebol, após estes serem acusados de fazer um vídeo pornográfico.

"Os músicos foram trazidos amarrados, encapuzados e aparentemente amordaçados, para que não pudessem fazer barulho, não pudessem implorar por piedade ou gritar. Foram atingidos por armas antiaéreas. Cerca de 10 mil pessoas foram obrigadas a assistir e eu estava a 200 metros das vítimas", disse Hee Yeon Lim.


"Uma arma foi disparada, o barulho foi endurecedor, absolutamente aterrorizante, e as armas foram disparadas uma após a outra. Os músicos simplesmente desapareciam cada vez que as armas eram disparadas contra eles", adiantou a rapariga, que afirma ainda que os corpos foram depois calcados por tanques militares.

Hee Yeon conta também que viu várias colegas de escola serem escolhidas para trabalhares nas casas de Kim Jong-Un como escravas sexuais.

"Eles levaram as mais bonitas, garantindo que têm boas pernas. Elas aprendem a servir-lhe comida como caviar e iguarias raras. Elas são também ensinadas a massajá-lo, tornando-se escravas sexuais", disse.

"Sim, elas têm de dormir com ele e não podem cometer um erro porque podem facilmente desaparecer", adiantou.

Questionada sobre o que poderia acontecer se alguma das raparigas engravidasse, Hee Yeon respondeu: "Talvez o mesmo".

Hee Yeon diz ainda que cresceu com a ideia de que Kim Jong-Un era um deus, mas que, quando o conheceu sentiu-se aterrorizada: "Toda a gente em Pyongyang apoia abertamente Kim Jong-Un porque seriam mortos se não o fizessem. Mesmo o seu círculo interno, pode ser-se morto pela menor coisa ou deslealdade. Kim Jong-Un ameaça a guerra porque se sente encurralado. Ele tem medo que o seu regime acabe e ele não terá para onde ir. Eu tive de escapar", disse a rapariga.

Dn.pt

Sociedade - Guineenses consideram de “insucesso” os 44 anos da independência

Bissau, 21 Set 17 (ANG) – Alguns guineenses consideraram hoje de “insucesso” os “44 anos” da independência, devido atrasos de desenvolvimento e sucessivas instabilidades política.

Numa auscultação feita hoje pela ANG, o Jornalista Juliano da Silva destacou que qualquer povo do mundo precisa e merece ser independente, não obstante muitos considerarem que não valia a pena Amílcar Lopes Cabral e outros combatentes de liberdade da pátria, darem os seus máximos para libertar “esta pátria”.

“O eros cometido há muito tempo é que está hoje a pagar. Amílcar Cabral mobilizou ontem pessoas sem níveis para aderirem a luta armada a fim de nos libertar. São essas pessoas que depois da luta armada assumiram o destino deste país. Uma pessoa sem nível académico será que pode governar uma sociedade, a não ser afundá-la como estão a afundar a nossa Guine?”, Pergunta Juliano da Silva.

Por seu turno, a funcionária Publica, Mariana Gomes considerou ”uma vergonha” ostentar hoje a pátria de Amílcar Cabral e independente. E sustenta: “um país sem ensino de qualidade, o problema de saúde não é a prioridade dos governantes, um país em que até então os seus responsáveis não têm a capacidade de regularizar a inflação dos produtos da primeira necessidade no mercado. Não é justo considerar a Guiné-Bissau independente”, disse.

Para o professor Universitário, Roberto Jacinto de Carvalho, 24 de Setembro é uma data muito triste para os guineenses e em particular para aqueles que ontem derramaram sangue para libertar a pátria.

“Convido à todos os políticos guineenses para reflectirem bastante sobre estes 44 anos que o pais esta prestes a realizar, o que fizeram até hoje, o que não está feito, e o que deve ser feito para tirar o pais neste total abismo em que se encontra”, disse.

Na opinião da comerciante Odete da Costa, seria melhor o PAIGC submeter-se aos colonialistas portugueses, talvez a povo guineense não estaria a sofrer desta maneira até a data presente.  

Odete acrescentou que a República vizinha de Senegal submeteu-se aos franceses e chegaram hoje onde pretendiam chegar, enquanto que os guineenses decidiram libertar-se pela via de uma luta armada, e hoje está a reflectir no atraso da sua progressão.

“A terra está como está, as dificuldades nos bate a porta cada dia que acordamos, os políticos em vez de servirem os interesses do povo, fizeram o contrário e priorizaram os seus interesses”, sustentou a comerciante.   
  
Contrariamente as opiniões anteriores, o  estudante Carlitos da Almeida considera  que valeu a pena os guineenses s tornarem independentes.

 Almeida sustenta que as constantes instabilidades política do país se devem a falta de  diálogo franco entre os guineenses.

Disse estar confiante de  que um dia a Guiné-Bissau vai voltar à normalidade. 

ANG/LLA/SG  

Agricultura - Presidente da República deseja que mandioca, batata e outros produtos sejam vendidos à bom preço

Bissau, 21 Set 17 (ANG) – O Presidente da República José Mário Vaz, apelou quarta-feira aos régulos do país para sensibilizarem as suas comunidades a conservarem os seus produtos agrícolas, a fim de poderem vendê-los num preço justo.

O apelo foi feito por Mário Vaz num encontro com régulos promovido com o objectivo de delinear mecanismos que garantem a criação de condições que permitem aos camponeses rentabilizarem os suas colheitas.

Segundo Nicolau dos Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Pecuária, os produtores  são penalizados internamente assim como externamente no momento de venda.

 “Como assistimos na campanha da comercialização de castanha de caju deste ano, os agricultores venderam as suas castanhas num bom preço, de igual modo  pretendemos que os  produtores de mandioca, feijão, milho e outros cereais da região de Batatà vendessem esses produtos a bom preço”, disse.

 Referiu que em diferentes feiras populares (lumos) promovidas pelos comerciantes, em diferentes regiões do país, os produtos agrícolas são vendidos a preços muito baixo, razão pela qual é comprado e revendido nos mercados da sub-região por um bom preço”, revelou dos Santos.  

O governante acrescentou por outro lado que analisaram com o Presidente da República, a forma de instruir os agricultores a transitarem de agricultura de subsistência para a moderna com a aplicação de novas tecnologias. 

Acrescentou  que, com a inovação, os agricultores irão aumentar a produção no campo, razão pela qual José Mário Vaz está preocupado em saber como construir os celeiros que irão conservar os referidos produtos.

Por seu turno, o porta-voz de poder tradicional, Augusto Fernandes disse que ainda não têm  preços para os seus produtos, uma vez que as colheitas ainda não terminaram. 

ANG/LLA/ÂC

Função Pública - Governo pede compreensão aos funcionários afectados por transtornos no pagamento de salário de Setembro

Bissau 21 Set 17 (ANG) – O Secretário de Estado das Reformas na Função Publica pediu hoje desculpas e compreensão aos funcionários públicos que não receberam os seus salários  de Setembro, tendo justificado que tudo estaria ligado a reformas em curso no aparelho do Estado.

Marcelino Cabral que falava em conferência de imprensa disse que o primeiro passo para a reforma é a mudança de mentalidade do homem guineense.

“E, em segundo lugar fazer correcção das tendências negativas que estão a ser verificadas actualmente na administração pública”, explicou tendo acrescentado que o modelo em curso foi já aplicado com sucesso com os pensionistas.

O governante frisou que um estado não pode ter dois bancos de dados deferentes ou seja dados da função pública registam a existência de 24 mil funcionários e os do Ministério das Finanças, que paga, indicam 31 mil.

Cabral explicou que, por isso, foi criado uma comissão conjunta entre os dois ministérios que no final obteve como resultado a confirmação de  21 mil funcionários, quer dizer que  10 mil funcionários ficaram de fora.

“E nos 21 mil funcionários 3 mil se encontram em situação irregular ou seja são os que colocamos na lista amarela - os que não entregaram os documentos completos: pode estar a faltar número de NIF ou cópias de bilhetes, e temos uma outra lista  vermelha, que são os que estão na função pública indevidamente, não foram recenseados mais recebem no cofre de Estado”, explicou.

Marcelino Cabral disse que um Governo que não conhece o número de seus funcionários não pode falar em gestão, por isso as pessoas da lista amarela devem regularizar as suas situações, salientando que ninguém vai perder o emprego e quem o fizer até sexta-feira vai receber o seu salário no próximo dia 29 de Setembro.

O Secretário de Estado da Reforma na Função Publica disse que, para se concretizar o tão esperado reajuste salarial, o governo deve  saber quantos funcionários é que vai poder suportar.

Cabral revelou que a medida atingiu ao próprio ministro da tutela e à ele, e, consequentemente, viram os seus salários deste mês bloqueados.

“Quando este trabalho terminar a folha dos salários dos ministérios serão processados pela função pública que a vai passar para o ministério da finanças para feitos de pagamento,disse frisando que já há uma base para avançar com a reforma.  

ANG/MSC/SG

Regularização de base de dados afetou pagamento de funcionários públicos guineenses - Governo

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, João Fadiá, disse hoje que a regularização da base de dados dos funcionários públicos guineense afetou o pagamento dos salários de setembro, mas que a situação ficará resolvida até à próxima semana.


"Estamos num processo de compatibilização da base de dados entre o Ministério da Função Pública e o Ministério das Finanças e o não pagamento é temporário e é para permitir a regularização daquela base de dados", disse o ministro das Finanças.

Segundo João Fadiá, o processo de regularização afetou o pagamento dos salários de setembro de mais de 3.000 funcionários públicos e a situação vai "estar regularizada" durante a próxima semana.

"O não pagamento é temporário e é para permitir a regularização da base de dados da Função Pública. A questão única é que a base de dados não estava atualizada e a está a decorrer a harmonização daquela base de dados entre os dois ministérios", afirmou.

João Fadiá salientou também que os funcionários públicos que não receberam o pagamento de setembro não estão irregulares e que os diretores-gerais dos ministérios afetados já estão a fazer listas das pessoas afetadas para a situação ser resolvida o mais rapidamente possível.

A Guiné-Bissau tem cerca de 32.000 funcionários públicos e, por norma, os salários são pagos a partir do dia 19 de cada mês.

MSE // VM
Lusa/Fim

«BISSAU ,18-20 OUTUBRO 2017» 3ª. CONFERENCIA DA ONGs RENOVAR O COMPROMISSO COM A GUINÉ-BISSAU





Conosaba.blogspot

Esta manha em Bissau no Dia Internacional da Paz marchamos pela paz na Guiné- Bissau e no mundo.



ONU na Guiné-Bissau

Coreia do Norte responde a Trump: "Parece um cão a ladrar"

À margem da 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, reage às farpas de Donald Trump.


O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, reagiu à ameaça de Donald Trump de destruir o seu regime: “Parece um cão a ladrar”, ironizou.

Para responder a Donald Trump, Ri Yong-ho fez questão de citar um provérbio: "Enquanto os cães ladram, a caravana passa”. E “se Trump pensa que nos surpreende com o som de um cão a ladrar, então está a sonhar", assegurou a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul citada pelo The Guardian.

Recorde-se que o presidente norte-americano, na terça-feira, defendeu que a única solução seria "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o regime de Pyongyang continuasse a ameaçar os Estados Unidos. Perante mísseis coreanos, Washington seria forçado a defender-se ou aos seus aliados.

"É altura de a Coreia do Norte perceber que a sua desnuclearização é o único futuro aceitável", advertiu Trump, na sua primeira intervenção perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começou hoje na sede da organização, em Nova Iorque.

O chefe de Estado norte-americano insistiu que os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte "ameaçam o mundo inteiro". 

No seu discurso, Trump afirmou ainda que “o Rocket Man (homem foguete, em português) está numa missão suicida para si e para o seu regime", referindo-se ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Na sua manifestação, Ri Yong-ho acrescentou ainda, à margem da 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas onde está a participar, que, perante estas declarações de Trump, "sentiu pena" pelos conselheiros do presidente dos EUA.

Este discurso surge na sequência de meses de tensão crescente na península coreana que culminaram no sexto e maior teste nuclear de Pyongyang e no lançamento de dois mísseis balísticos sobre o norte do Japão.

NAOM

Guiné-Bissau: Cancelados salários de setembro de Ministro e de mais 7.000 funcionários


Mais de sete mil funcionários afetos em diferentes instituições públicas na Guiné-Bissau, entre os quais alguns membros do Governo, incluindo o Ministro da Função Pública Tumane Baldé, magistrados, militares e elementos de forças paramilitares, estão com o pagamento dos salários de setembro cancelados. E declarações à e-Global, Marcelino Simões Lopes Cabral, Secretário de Estado de …Ler mais

Médica alemã aposta com sucesso na medicina natural na Guiné-Bissau

Sonja Schwab criou a Associação Tabanka que tem até duas farmácias. Mas a associação ainda enfrenta um obstáculo: os curandeiros não divulgam facilmente o conhecimento que têm sobre plantas curativas.

Sonja Schwab, médica alemã e fundadora da Associação Tabanka na Guiné-Bissau

Um convite para dar um curso levou Sonja Schwab à Guiné-Bissau dezassete anos depois. A vontade de voltar a manter contacto com o país sempre existiu. E o convite do grupo de medicina natural da Guiné-Bissau marcou o recomeço.

A médica alemã que trabalhou no setor de saúde materno-infantil na Guiné-Bissau de 1981 a 1985 tem dado cursos anuais sobre medicina natural desde 2002.

A dra. Sonja, como é conhecida lá, diz o que ensina nas suas formações: "O valor das plantas, como tranformar as plantas, como fazer um xarope, como fazer uma pomada, mas sempre com muito cuidado em relação à higiene."

Mónica Canavesi é responsável do Grupo de Medicina Natural da Guiné-Bissau, um organismo que coopera com a doutora Sonja, e sublinha que "a diferença entre o grupo da medicina tradicional e a medicina natural é que enquanto os primeiros peraparam um medicamento que tem de ser consumido num dia enquanto os xaropes e pomadas podem ser conservados por mais tempo, mantém as suas propriedades curativas."

Medicamentos naturais, moringa e fruto do imbondeiro

Livros sobre higiene fazem sucesso entre os guineenses

E foi no contexto das formações que Sonja Schwab criou a Associação Tabanka. O objetivo é difundir cada vez mais as práticas de cura através da medicina natural e cuidados de higiene. A Associação Tabanka produz brochuras e pequenos livros educativos.

A médica conta como é produzir este material: "Praticamente só somos nós que fazemos isso, a revista sobre higiene, trabalhávamos em conjunto com dois artistas da Guiné-Bissau. Eu dava algumas ideias e eles fizeram a banda desenhada e cuidaram de aspetos linguísticos. E as crianças nas escolas gostam muito."

Os livros são distribuidos nas escolas especiais designadas EVA, Educação de Verificação Ambiental e a médica diz que "nessas escolas trabalham com a natureza."

Mas a Associação chega também a outros alvos:"E também fizemos um livro para as mulheres das tabankas (aldeias) afastadas, para que mesmo sem saberem ler e escrever, possam perceber o valor dos medicamentos naturais, mas também usar os medicamentos na dosagem certa."

Novo conceito: farmácias de medicamentos naturais

A Associação Tabanka têm duas farmácias, uma em Bissau e outra em Mansoa, onde tudo começou. A fundadora já colhe bons frutos e revela com agrado que "agora há uma grande procura dos medicamentos nas farmácias da associação e isso é um bom resultado. As pessoas agora confiam, porque sabem que trabalhamos com muita higiene e cuidado."

E a médica recorda que "infelizmente muitos medicamentos nas farmácias convencionais são falsos e por isso tem mais confiança na medicina natural."

Conhecimento dos curandeiros "fechado a sete chaves"

Arnold Schwab, Associação Tabanka

A doutora Sonja sempre contou com o apoio do marido, Arnold Schwab. Na Guiné-Bissau esteve sempre na companhia do engenheiro agrónomo. Mas em relação ao trabalho feito pela Associação, Arnold Schwab lembra que nem tudo é tão bonito assim.

Por exemplo, que nem sempre é fácil obter o conhecimento que os curandeiros têm sobre as plantas medicinais: "Mas eles têm problemas em divulgar esse conhecimento, eles fecham-se para não perderem os conhecimentos. E a nossa preocupação é de alargar os conhecimentos com plantações públicas dessas ervas que curam doenças básicas."

Dw.com/pt

Princípio do fim do franco CFA?

Francos CFA.

A manutenção ou não do franco CFA tem suscitado um amplo debate com muitos sectores africanos a denunciarem um instrumento tido como neo-colonial por parte da França que seria responsável pelo empobrecimento dos países da zona. Críticas rejeitadas pelo ministro guineense das Finanças, João Amadu Fadiá.

O franco das colónias francesas em África -CFA- foi criada no dia 25 de Dezembro de 1945 pelo general francês De Gaulle. Actualmente a moeda tem a designação de cooperação financeira africana, e é utilizada por mais de 155 milhões de habitantes nas Comores, Benim, Burkina Faso , Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal, Togo, Camarões, República Centro Africano, Congo , Gabão, Guiné Equatorial e no Chade.

Contudo a manutenção da moeda tem motivado um forte debate com muitos sectores africanos a denunciarem o franco CFA como um instrumento tido como neo-colonial por parte da França que seria responsável pelo empobrecimento dos países da zona.

Críticas rejeitadas pelo ministro guineense das Finanças, João Amadu Fadiá, que não vê o franco CFA como um instrumento tido neo-colonial e lembra que há um banco central cujo governador é nomeado pelos Estados membros.

" O debate quando dizem que é uma moeda ligada às antigas colónias e que tem a ver, enfim, com aspectos coloniais, eu digo que é muito falso. Porque temos um banco central cujo governador é nomeado pelos Presidentes dos Estados membros", admite.

O ministro lembra ainda que a política monetária é definida e conduzida pelo banco central.

Se por um lado há quem defenda que o franco CFA é uma moeda estável ao contrário do naira da Nigéria e do rande da África do Sul, moedas flutuantes e que sofrem com a desvalorização das matérias-primas. Outros acusam o franco CFA de ser uma moeda que favorece apenas os interesses da França, antiga potência colonial.

Com a colaboração de Allen Yero Embalo.

RFI/Paulina Zidi