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quarta-feira, 7 de abril de 2021

📡 Direto : Abertura da Campanha de comercialização da castanha de cajú 2021.

ABERTURA OFICIAL |  Campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú 2021🇬🇼.

NOVIDADES : 

1- Em relação a política de cajú, sob coordenação do Ministério do Comércio e Indústria, foram elaborados pela primeira vez cinco leis específicas para o sector de cajú.

a) Decreto Nr.1/2021 sobre a comercialização interna da castanha de cajú 

b) Decreto Nr. 2/2021 que regula a profissão dos intermediários

c) Decreto Nr.3/2021 sobre a comercialização externa da castanha de cajú 

d) Decreto Nr.4/2021 que regula a profissão dos exportadores

e) Decreto Nr.5/2021 sobre a industrialização da castanha de cajú e seus derivados

2. No concernente ao apoio institucional na coordenação e fiscalização da campanha de cajú, o Governo através do Ministério das Finanças, vai disponibilizar um fundo destinado a cobrir as despesas ligadas a campanha

3. Em termos administrativos, O Governo através do Ministério do Comércio e Indústria vai emitir dois circulares para reduzir as barreiras não tarifárias relacionadas com autenticação dos documentos necessários para a obtenção de licenças de comercialização e exportação 

4- Vai ser instituído através de um despacho do Ministro do Comércio e Indústria, uma comissão multisectorial composta pela Direção Geral das Contribuições e Impostos (DGCI), ANCA,BCEAO, tendo como tarefa principal coordenação do processo de atribuição das licenças de exportação 

5- Criação de uma comissão interinstitucional de acompanhamento e avaliação da aplicação das leis aprovadas para a campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú 2021.























Juntos somos mais fortes

sábado, 24 de março de 2018

A pedido dos Régulos e o apelo da população em geral o preço para 2018 da Castanha de Cajú é de 1000xof (mil francos por kilo)


Senhor Primeiro-Ministro;

Senhores Deputados da Nação;

Senhores Membros do Governo;

Directora de Gabinete, Chefe da Casa Civil, Secretário-Geral, Conselheiros e Assessores do Presidente da República;

Senhores Representantes de Organismos e Organizações Internacionais acreditadas na Guiné-Bissau;

Senhor Presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau;

Senhor Presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau;

Senhor Presidente da Agência Nacional do Caju;

Representantes da Sociedade Civil e do Poder Tradicional;

Senhor Governador da Região de Gabú;

Senhor Representante da População;

Caros Convidados,

Minhas Senhoras e Meus Senhores, 

É sempre um grande prazer estar em Gabú, terra de Alfa Bari, Caramoco, Sankun Djaite e do meu amigo e irmão Aguinaldo Embalo. 

Quero agradecer a calorosa recepcão que nos foi reservada, a mim e a delegação que me acompanha.

Ao Governador, aos Régulos, aos Imames, as mulheres, aos homens grandes e a nossa juventude de Gabú, o meu muito obrigado, djarama, anumbara.

Irmãs e Irmãos
População de Gabu,

Hoje estamos aqui na cerimónia de abertura oficial da Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju de 2018, organizado pelo Governo. 

É nesta época do ano em que temos muitos estrangeiros a visitar e a operar no país e no interior em particular. Por isso, é importante não esquecer o nosso espírito de bem receber que é característico do Guineense para que estes cidadãos se sintam como se estivessem nos seus países, nas suas cidades e nas suas casas.  Apelo a união, bons negócios ou boas parcerias entre estes cidadãos estrangeiros, os nossos produtores e a comunidade local. 
  
Como é do conhecimento de todos a maioria da nossa população participa na campanha da castanha de Cajú.  

A Castanha de Cajú, é o nosso primeiro produto, em termos de exportação. 

Nos últimos anos, apresentou-se como um dos produtos estratégicos e mais dinâmicos da nossa economia, acabando por substituir a mancarra no período colonial. 

O valor das suas exportações tornou-se muito importante na formação do nosso PIB (Produto Interno Bruto), na entrada de divisas para o país e também para algumas famílias é oportunidade única na obtenção de rendimentos para o sustento da família. 

O povo guineense equipara a nossa Castanha de Cajú ao Ouro ou Petróleo ou até mesmo diamante. 

O Cajú é indiscutivelmente a nossa riqueza nacional, faz parte da nossa imensa paisagem quando percorremos o nosso país de norte a sul, posso até afirmar de que não existe no interior do país uma tabanca ou uma família que não tem uma arvore de Cajú a volta da sua casa. 

Queria agradecer o convite que me foi endereçado pelo Governo para abertura oficial desta campanha. 

Mas, gostaria de pedir ao Governo uma maior atenção a Fileira do Caju, porque é um dos sectores importantes para o crescimento da nossa economia que tanto almejamos. 

Devemos criar condições aos nossos agricultores sobretudo disponibilizar-lhes mais informações da forma como cuidar das plantações, ou seja, tratamento da zona de cultivo, renovação da plantação pois algumas árvores estão envelhecidas, espaçamento apropriados entre os cajueiros ou o reordenamento das plantações, e por fim, ajudar a formar os agricultores localmente sobre técnicas produtivas afim de otimizar a produção nacional. 

Caros Guineenses,

Estamos em plena campanha, por isso o sucesso ou insucesso desta campanha esta nas nossas mãos, pois, a árvore e o fruto que é a castanha estão no nosso solo e os produtores são guineenses, pelo que devemos cuidar do que é nosso ou do que melhor temos.

É com muito orgulho, que tomei conhecimento de que foi comprovado a boa qualidade da nossa Castanha de Caju - Amêndoa de Cajú da Guiné-Bissau é considerada uma das melhores do mundo.  

"Ki ki di nos tene balur"

Ao longo dos vários anos assistimos e acompanhamos o preço da castanha à 25fcfa / 50fcfa / 75fcfa por kg no produtor. A esses preços a campanha de comercialização e exportação só beneficiaram: ao Estado, aos intermediários e os exportadores, enquanto que, para os nossos produtores, pouco beneficiaram, para não dizer nada ganharam. 

Muitos no fim da campanha para além de não terem ganho nada, ainda acumulavam dívidas para serem pagos na campanha do ano seguinte. 

Quando só ganha o Estado, os intermediários e os exportadores, a economia, as famílias e as empresas não sentem o impacto da campanha. 

Enquanto que, quando ganham os donos da horta ou ponteiros, a economia torna-se mais robusta, as famílias têm mais dinheiro para gastar e o seu poder de compra aumenta e as empresas tornam-se mais saudáveis financeiramente, e consequentemente ganhamos todos, na medida em que há maior circulação de dinheiro no mercado. 

A titulo de exemplo da experiência da campanha do ano passado, todos sentiram o reflexo na nossa economia, através dos resultados concretos e dos ganhos obtidos durante a campanha de cajú de 2017, que se traduziu no impacto directo e indirecto na economia familiar, ou seja, constatou-se um aumento significativo do poder de compra das famílias, e que se traduziu na aquisição de alimentos básicos. As famílias conseguiram pagar as escolas aos filhos, melhoraram as construções das suas casas da cobertura de palha para zinco e também algumas construções definitivas, adquiriu-se muitos painéis solares, motorizadas e realizaram muitos rituais tradicionais importantes na comunidade rural. 

Por isso, quero convidar a todos os presentes: aos Governadores, aos Administradores, Régulos, Imames, Mulheres e Homens grandes, Juventude, Militares, Guarda Nacional, Polícias de Trânsito, Administração dos Porto do da Guiné-Bissau (APGB), Direção Geral das Alfandegas (DGA), Direção Geral de Contribuição e Impostos (DGCI), assim como entidades que directa ou indiretamente estão ligadas a operação da campanha da castanha de Caju para trabalharmos juntos e acordarmos uma agenda comum para servirmos os donos das hortas.

O dinheiro deve ficar no nosso país e deve ir para o bolso dos donos da horta, porque a castanha é deles e a contrapartida em dinheiro deve reverter-se a favor deles. 

O nosso povo deve sentir o dinheiro no bolso uma vez consentido tanto sacrifício durante a campanha de Cajú, e como sabemos não é um trabalho fácil, por isso deve ser recompensado.

Em defesa destes interesses, somos obrigados a trabalhar em conjunto afim de mudarmos definitivamente a vida da nossa população no campo, ou seja, dando-lhe mais qualidade de vida e directa ou indiretamente iremos beneficiar por arrasto, porque todos nos gostaríamos de ver os nossos irmãos do campo a viverem melhor e com independência financeira. 

População de Gabu
Caros Convidados, 

Sabemos que este momento é aguardado com muita expectativa e se alguma vez a castanha contribuiu para o bem-estar do produtor, será desta vez que o nosso povo irá sentir esse beneficio.

De acordo com a previsão, se a estimativa deste ano for de 200.000 (duzentas mil toneladas) significa que este ano de 2018 os nossos produtores ou agricultores vão arrecadar qualquer coisa como 200.000.000.000 fcfa (duzentos mil milhões fcfa), é muito dinheiro. Mas é benvindo para o bolso dos donos das hortas.  

E para tal desidrato todo o serviço de apoio das entidades implicadas na campanha devem estar a altura deste desafio. 

Juntos vamos continuar a trabalhar para o lema: "Tolerância zero à saída clandestina do cajú guineense para o exterior". Peço a todos os cidadãos e sobretudo as entidades cuja missão é fiscalizar, simplificar e facilitar os procedimentos para que a campanha seja um sucesso, é importante dar informações correctas, objectivas e melhorar a qualidade do atendimento. 

Devemos evitar criar dificuldades para em seguida vender facilidades. 

Lanço um desafio ao Governo no sentido de criar uma comissão, sob a Coordenação do Ministério do Comércio e Promoção Empresarial e demais entidades com a missão de fiscalizar e acompanhar toda a operação da castanha.

A Guiné-Bissau só tem a ganhar se deixar o mercado funcionar e em defesa do funcionamento do mesmo, vamos todos estar de ouvidos e olhos bem abertos para acompanhar esta operação. 

Este ano, será o ano de consolidação do poder económico daqueles que sempre perderam tudo ao longo destes anos. A castanha de Cajú é do produtor e devem ser os próprios a serem os primeiros beneficiários para o bem de todos.   

Minhas Senhoras e Meus Senhores, 

Agora, coloca-se o problema, com receitas conseguidas da campanha temos que pensar no futuro, ou seja, não basta só ganhar dinheiro, é preciso saber o que vamos fazer com o dinheiro ganho na campanha ou seja como utilizar esse dinheiro. 

Porque quando falamos de que a economia cresceu 5%. Este crescimento em quê que isto se traduz na vida real das pessoas, ou seja, no seu dia-a-dia?

Quero deixar conselhos aos nossos irmãos do mundo rural, na utilização do dinheiro na campanha de cajú:
PRIMEIRO: Abrir a conta no banco;
SEGUNDO: Depositem toda a receita da campanha no banco; 
TERCEIRO: Fixem os gastos mensais da família e façam uma boa gestão do dinheiro da campanha;  
QUARTO: O remanescente, ou seja, o dinheiro que sobrou deve ser para investir, em:

 Meter Mon-na-Lama e preparar bolanha para a produção do arroz; 

 Preparar o terreno para produção de batata-doce, porque o preço no mercado é bom. 

 Preparar o terreno para a produção da mancarra, porque ainda no decorrer deste ano vamos à procura de novos mercados para o seu escoamento, a semelhança do que fizemos no ano passado para a batata-doce; 

Acredito que, se tudo correr como previsto, este ano, vamos conseguir reduzir a pobreza, o desemprego e diminuir significativamente a delinquência juvenil, porque se os nossos jovens estiverem ocupados a trabalhar, ganham as famílias, ganham os jovens e ganha o país. 

Contribuir para reduzir a pobreza é a nossa missão enquanto governantes.

Ajudar um pobre é melhor para a economia do que ajudar um rico. O rico quando ganha dinheiro fica cada vez mais rico, aplica o seu dinheiro na compra de carros, casas, viagens e o resto deposita no banco. 

Enquanto que, uma pessoa com fracos recursos considerada pobre quando ganha dinheiro, pensa imediatamente na compra da comida para a família, na educação dos filhos, no vestuário e calcado para as suas crianças e família, na compra de terreno para construção de casa ou seja o dinheiro é melhor aplicado para o bem de todos.  

Irmãs e Irmãos Guineenses, 

Chegamos ao tão esperado momento desta cerimonia oficial da abertura da Campanha da Castanha de Cajú. 

Mas antes, gostaria de vos recordar de que durante a minha campanha eleitoral prometi mudar a Guiné-Bissau e a vida dos guineenses, e trabalho todos os dias para a maioria e para o bem-estar comum. 

Desde 1976 que a Guiné-Bissau exporta a castanha de Cajú, mas foi no ano passado que juntos escrevemos mais uma página da nossa história, com o preço da castanha de caju atingir 1.000xof/ Kg (mil francos por kilo), o que nunca antes foi atingido esse preço no produtor. Este ano voltamos a trabalhar para melhorar ainda mais a qualidade de vida da nossa população, sobretudo daqueles que são os donos da castanha de caju.

Tenho dito, o país não se muda com palavras e nem com discursos bonitos, mas sim com actos concretos, tendo como base o trabalho e muito trabalho. 

Caros Guineenses, 

A pedido dos Régulos e o apelo da população em geral o preço para 2018 da Castanha de Cajú é de 1000xof (mil francos por kilo).

Esta oficialmente aberta a Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju de 2018.

Caros Convidados 
População de Gabu,

Mais uma vez agradeço a forma calorosa como nos receberam nesta nossa, vossa bonita cidade de Gabú.

Agradeço a todos os que tornaram possível esta cerimonia, as minhas felicitações ao Governo, e em especial na pessoa do Ministro do Comércio e Promoção Empresarial - Dr. Victor Mandinga. 

Os meus agradecimentos igualmente as nossas forças de segurança, aos militares e paramilitares, a Ecomib, aos jornalistas, a população de Gabú e todos os envolvidos nesta cerimonia. 

Renovo a minha crença na Guiné-Bissau do futuro, um país diferente do que conhecemos até aos dias de hoje, um país de igualdade de oportunidade para os seus filhos e hoje demos mais um passo para melhorar a vida da nossa população.

Obrigado a todos por me acompanharem nesta caminhada. 

Viva a população de Gabu!

Viva a República da Guiné-Bissau!

Que Deus abençoe o Povo Guineense!

Por dokainternacionaldenunciante.blogspot.sn

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Caju/ Campanha 2019 - Governo abre Báscula de pesagem em Bissau

Bissau, 29 abr 19(ANG) – O Ministério do Comércio, Turismo e Artesanato em parceria com a Associação Nacional de Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau(ANIN-GB), procedeu no último fim de semana a abertura da báscula de pesagem de castanha de cajú, em Bissau.

Ao presidir a cerimónia de abertura do referido evento, o Director-geral do Comércio,  disse que o lema estipulado para a presente campanha de comercialização e exportação de cajú é   “Tolerância zero à fuga da castanha de cajú”.

“O referido lema significa que, se decidimos proibir a fuga de castanha por via de fronteiras terrestres, criamos um instrumento que permite exportar a castanha pela via do porto de Bissau que é a báscula”, disse.

Issa Seide sublinhou que o Governo pretende com a iniciativa aumentar a arrecadação das receitas, de forma a satisfazer as necessidades das populações.

“Temos em Estado que vive grandemente das receitas e contribuições.Portanto o Governo tem que ser flexível e evitar de carregar sobre o sector comercial de forma a evitar desequilíbrios”, explicou.

O Director-geral do Comércio sublinhou que o Governo desempenha o papel de facilitador no mercado, acrescentando que o país funciona através do sistema da economia de mercado, que é da oferta e procura.

Referiu  que báscula é um instrumento de medida utilizado para pesagem da castanha numa quantia de 50 à 100 toneladas, salientando que isso irá permitir para que haja um peso exacto e para que os comerciantes possam saber o que devem pagar ao Estado.

Para o representante da Agência Nacional de Cajú(ANCA-GB), Ednilson André Gomes, a referida cerimónia marca o início da transferência da castanha de cajú do interior do país para a capital Bissau.

“A presente campanha  está a ser marcada por uma dinâmica muito lenta no processo de compra  junto dos produtores”, afirmou.

Disse entretanto ter a esperança de ver essa situação ser ultrapassada com a abertura da báscula de pesagem de castanha e ainda com a entrada de novos intervenientes no mercado.
Seide acrescentou que a dinâmica a partir da balança vai influenciar, positivamente, todo o processo de comercialização da castanha de cajú.

“Na qualidade de autoridade reguladora, estamos a acompanhar algumas inquietações no mercado em relação aos preços e informamos que, todo o processo de comercialização da castanha de cajú é orientado pelas leis do mercado ou seja o encontro entre a oferta e a procura, não obstante o estabelecimento do preço de referência junto ao produtor para o comerciante logo na abertura da campanha”, explicou.

Por sua vez, o Presidente da Associação Nacional de Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau(ANING-GB), Quecuta Baió apelou aos agricultores para procederem a venda das suas castanhas o mais rápido possível ao preço praticado  actualmente no mercado.

“Apelo aos responsáveis da ANCA-GB para enviarem os seus agentes ao terreno para abordarem as autoridades regionais para se abdicarem de actos de detenção dos intermediários que estão a comprar a castanha de cajú no valor de 350 francos por quilo”, disse.

Quecuta Baió disse que alguns responsáveis regionais não entendem o que significa  preço de referência fixado pelo Governo.

“Não existe nenhum despacho que proíbe as pessoas comprar a castanha a menos de 500 francos cfa por quilo”, afirmou. 

ANG/AC//SG

quarta-feira, 21 de março de 2018

Campanha de Cajú 2018: RÉGULOS GUINEENSES SUGEREM MIL FRANCOS CFA POR QUILOGRAMA

Os representantes do poder tradicional guineense (Régulos) sugeriram ao Chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, hoje 21 de março 2018, para usar a sua influência para que o preço mínimo de comercialização da castanha de cajú não seja inferior a 1000 (mil) francos CFA [1,52 euros] por um quilograma.

A pretensão dos régulos foi anunciada à imprensa pelo porta-voz do grupo, Mamadú Nené Baldé, Régulo de Cossara, na Região de Bafatá. Esse chefe tradicional esclareceu que foram os chefes tradicionais que solicitaram o encontro com o Presidente da República com o propósito de pedir-lhe que use a sua influência para que o preço mínimo por quilograma de castanha de cajú não seja inferior a 1000 (mil) CFA.

Mamadú Nené Baldé revelou ainda que o Chefe de Estado prometeu pronunciar-se sobre o preço no ato oficial de abertura da campanha de comercialização da castanha de cajú 2018, que terá como palco central a cidade de Gabú, no leste da Guiné-Bissau.

Questionado sobre se abordaram a situação política atual, Nené Baldé respondeu que a crise política não foi tema em debate no encontro com o Presidente da República, acrescentando que os régulos não são políticos. De seguida assinalou que as suas comunidades estão preocupadas com a campanha de comercialização da castanha de cajú.

Baldé acrescentou que o Chefe de Estado ouviu-lhes atentamente e prometeu analisar o pedido dos representantes do poder tradicional da Guiné-Bissau, mas sem avançar o preço que será anunciado no lançamento oficial em Gabú.


“Não abordamos nada que tange a formação do Governo. Trouxemos apenas as preocupações das nossas comunidades, sobretudo no que refere a definição de preço base para 1 quilo de castanha de cajú em 1000 francos CFA”, disse ao Jornal O Democrata Mamadú Nené Baldé a saída do encontro com o Chefe de Estado da Guiné-Bissau.

Recorde-se que na campanha de comercialização da castanha de cajú do ano passado (2017), o preço base era 500 francos CFA, mas ao longo da campanha o ‘Ouro’ da Guiné-Bissau atingiu mil francos e em alguns casos excedeu esse valor. 

Por: Sene Camará

Foto: Cortesia de Presidência da República
OdemocrataGB

domingo, 30 de abril de 2023

Campanha de cajú: POPULARES DE CABOXANGUE TROCAM OITO QUILOGRAMAS DE ARROZ POR UM LITRO DE ÓLEO ALIMENTAR

 JORNAL ODEMOCRATA  30/04/2023  

Os populares de Caboxangue trocam arroz produzido localmente (arruz di pilon / arroz do lavrador) por outros produtos alimentares, inclusive para a compra de  alguns medicamentos nos centros de saúde, dado que não dispõem de dinheiro. Segundo os populares de Caboxangue, a situação deve-se ao atraso no início da campanha de comercialização da castanha de cajú naquela localidade.

A informação foi avançada pelo chefe de uma de tabanca, Cinco Na Loré, em entrevista telefónica ao semanário O Democrata.

Cinco Na Loré relatou as dificuldades que a população está a enfrentar, desde o anúncio da abertura oficial da campanha a 31 de março do ano em curso, cujo preço base foi fixado em 375 francos CFA por quilograma de castanha de cajú comprado ao produtor.

A grande secção de Caboxangue faz parte do setor de Bedanda, região de Tombali, sul da Guiné-Bissau. A aldeia de Caboxangue é constituída por mais de dez aldeias e dista a 16 quilómetros da cidade de Bedanda.    

“Até ao momento não vimos nenhum comerciante interessado em comprar a nossa castanha. Na secção, não vimos sinal de nenhuma balança para pesar a castanha. Temos castanhas guardadas nas nossas casas. Temos necessidades, mas não temos dinheiro. Mesmo para a nossa sobrevivência diária, estamos a ter dificuldades”, disse, acrescentando que devido à falta de dinheiro, a população é obrigada a trocar o arroz produzido localmente por outros produtos alimentares vendidos na aldeia.

Cinco Na Loré explicou que as mulheres levam arroz para trocar por óleo alimentar, caldo de maggi, cebolas, etc.

“Trocamos oito quilogramas de arroz por um litro de óleo alimentar. Um litro de óleo alimentar custa aqui 2000 mil francos CFA. Nós vendemos um quilograma de arroz em Caboxangue a 250 francos CFA. Trocamos um quilograma de arroz por três cebolas e um quilograma de arroz por sete caldos de maggi”, informou, avançando que a situação de isolamento lhes obriga a viver desta forma, porque “estamos sem dinheiro e não registamos a presença de comerciantes no terreno para comprar a nossa castanha, por isso estamos a trocar arroz por outros produtos alimentares, como também para a compra de medicamentos”.

O chefe da tabanca assegurou que o troço que liga a secção à sede do setor e outras aldeias, até Guiledje,  está em boas condições para a circulação de carros, por isso os comerciantes não podem invocar a questão da estrada.

Sobre a situação de fome denunciada em algumas tabancas, Cinco Na Loré garantiu que a sua tabanca não tem problemas de fome e que a população tem arroz em abundância, tendo sublinhado que a única dificuldade que têm está relacionada com a falta do dinheiro e o atraso na compra da castanha de cajú que, segundo a sua explicação, obriga as populações a trocar o arroz por outros produtos.

POPULARES DE BIGENE DESESPERADOS VENDEM CLANDESTINAMENTE CASTANHA A 250 F.CFA

A pequena cidade de Bigene depara-se com a situação de falta de compradores da castanha de cajú na base do preço da referência de 375 por quilograma fixado pelo executivo. A falta de compradores leva os produtores, desesperados com a situação da fome, a vender as suas castanhas ao preço de 250 ou 300 francos cfa, de forma clandestina, para poderem comprar o arroz ou satisfazer as suas necessidades básicas.

O setor de Bigene faz parte da região de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau. Um dos setores localizados nas zonas da fronteira com a república vizinha do Senegal.  

A denúncia sobre a venda clandestina da castanha a preços inferiores ao preço de referência foi feita pelo secretário executivo da Cooperativa Agro-Bigene, Baciro Mané, na entrevista exclusiva telefónica ao nosso semanário. 

A cooperativa Agro-Bigene é uma iniciativa que congrega os produtores do setor.   

Mané revelou que os agricultores do setor de Bigene estão desanimados e completamente desesperados com a situação da campanha de comercialização da castanha de cajú, a única fonte de rendimento para a sobrevivência de famílias camponesas naquela zona. 

Assegurou ao O Democrata que os agricultores esperavam vender os seus produtos ao preço de referência de 375 franco CFA anunciado pelo governo, mas não  esta a ser o caso, porque o preço que está a ser praticado neste momento no setor de Bigene é 250 a 300 franco CFA por quilograma.

“O pior ainda é que os produtores devem procurar um comprador de forma clandestina para vender a sua castanha, porque os comerciantes têm medo de comprar a castanha à luz do dia, por estarem a comprar o produto a preços inferiores “, notou. 

“Estamos num estado de desespero total, devido à fome que se regista no nosso setor por causa da falta de compradores. Neste momento, não importamos vender a castanha pelo  preço de referência, mas sim a qualquer preço para que possamos ter dinheiro para comprar arroz para sustentar as nossas famílias e criar as condições para as crianças frequentarem as aulas”, lamentou, acrescentando que se os agricultores tivessem estabilidade económica poderiam armazenar as castanhas até encontrarem um comprador sério e credível, que não vai impor condições ou comprar as suas castanhas abaixo do preço de referência.  

“Estamos a viver numa situação deplorável nesta zona, causada pelos comerciantes que querem tirar proveito das nossas dificuldades. Prova disso é que o arroz cem por cento partido que se vendia a 16 mil francos CFA subiu agora para 18.500 francos CFA. O óleo alimentar subiu de 1.250 para 1.750 francos CFA. Estamos a registar uma subida de preços dos produtos de forma acelerada e brusca por causa da campanha de cajú. Os comerciantes vão ao Senegal comprar produtos alimentares, a um preço baixo e vendem-nos muito caro na Guiné-Bissau”, criticou, pedindo ao governo para assumir a sua responsabilidade de gestor do país para fiscalizar as ações dos comerciantes no terreno.  

Revelou que os comerciantes mauritanianos que operam naquela zona têm um grupo na rede social (WhatsApp) que integra os seus conterrâneos que de Bissau, através do qual fazem uniformização dos preços de produtos alimentares, bem como da castanha de cajú.     

Por: Assana Sambú/Aguinaldo Ampa  


domingo, 13 de maio de 2018

POPULARES DE BIGENE AGUARDAM MIL FRANCOS POR QUILO DE CASTANHA DE CAJÚ

[REPORTAGEM] Apesar de se queixarem da fome devido ao início tardio da compra da castanha de cajú, alguns populares de Bigene decidiram guardar as suas castanhas para vendê-la apenas por mil francos CFA por quilograma, valor base fixado pelo Presidente da República.

O início tardio da compra da castanha de cajú junto dos produtores da Guiné-Bissau leva  beira da fome a população do setor de Bigene, região de Cacheu, revelaram os camponeses dessa  localidade que dista a seis quilómetros da República do Senegal, onde atualmente os intermediários pagam 750 francos CFA por quilograma, enquanto no território nacional, concretamente em Bigene, um quilo de Ouro guineense é vendido, na prática, nada menos de 500 francos CFA.

Mesmo com o anúncio pelo Governo central do começo da campanha de comercialização da castanha de cajú, alguns populares de Bigene revelaram aos microfones da reportagem do Jornal O Democrata que não venderiam o seu produto a menos de mil francos CFA, preço fixado a 24 de Março em Gabú pelo Presidente da República, José Mário Vaz, aquando da abertura oficial da presente campanha. Esse valor tem provocado boicotes na compra do maior produto de exportação do país.

A fome afetou famílias em Bigene devido a má colheita verificada na última campanha agrícola 2017, quando se registou uma baixa enorme em termos de produção de arroz devido a subida do nível médio das águas do mar. A água salgada danificou bolanhas e os cereias cultivados. Esse fato levou às famílias a depositarem esperanças na presente campanha de comercialização da castanha, tendo como referência o preço de mil francos praticado no ano passado, 2017. Porém, o início tardio complicou a vida de muitos, alguns até afirmam que estariam a passar muita fome.

O outro fenómeno que fustiga os populares do setor de Bigene tem a ver com a fraca produção dos cajueiros este ano, fato que a nossa equipa de reportagem constatou ao longo das artérias de Bigene, sobretudo, quando nos deslocamos à zona limítrofe entre a Guiné-Bissau e Senegal.

No âmbito da nossa reportagem sobre a presente campanha, percorremos uma das vias que dá acesso a República do Senegal. Passámos pelas localidades de Sindina e Djambancunda, ambas aldeias da Guiné-Bissau e chegamos a aldeia de Yaran no Senegal, donde seguimos para Mangaroungou Santo, no território senegalês.

Não se nota muita movimentação de gente em campanha de comercialização da castanha, apesar de haver produtores a vendê-la a 500 francos o quilo.

Na deslocação ao Senegal, O Democrata descobriu que há muita facilidade na mobilidade. Isto é, a movimentação nas zonas limítrofes entre a parte guineense e senegalesa, durante a nossa viagem à localidade de Mangaroungou Santo, não vimos nenhum agente de defesa ou de segurança, tanto na nossa entrada como à nossa saída do território senegalês. As vias de ligação não são das melhores, sobretudo na parte guineense. Na parte senegalesa a estrada é asfaltada, a um pouco mais de 1km da foronteira, o que facilita a mobilidade de viaturas, motorizadas, bicicletas, carrochas de burro e cavalo e dos peões.

Na percurso entre o setor de Bigene e o Senegal é vicível a importância das plantações de cajú na sociedade guineense e senegalesa, porque são pomares e pomares de cajueiros.

Descobrimos ainda que no Senegal um saco de arroz de 50 quilos custa 14250 francos CFA, por vezes 14 mil e ou ainda menos, para quem compra grandes quantidades. Na Guiné-Bissau o preço oscila entre os 16 e 18 mil francos CFA.

Como a castanha insere-se dentro do sistema agrícola, entendemos que a agricultura vai além do cajú. A nossa equipa de reportagem soube, em Bigene, da existência de uma enorme plantação de bananeiras no Senegal, na aldeia de Mangaroungou Santo. O nosso repórter constatou in loco a dimensão da plantação de bananeiras que ocupa uma área de três quilómetros quadrados (3 km²), empregando diretamente 177 pessoas. A quinta foi batizada com o nome de ‘Gie Ndima Assadia’, em homenagem ao fundador da tabanca de Mangaroungou Santo que respondia pelo nome homónimo. Mangaroungou Santo fica a cerca de 2 quilómetros de Yaran, ambas aldeias do Senegal.


A plantação ‘Gie Ndima Assadia’ produz quantidades significativas de bananas que, além de abastecer o mercado senegalês, são também exportadas para a Gâmbia e Guiné-Bissau. A nossa equipa de reportagem foi recebida por quatro funcionários que se fizeram de guias.

Em Mangaroungou Santo há pomares de cajú. O curioso foi  termos constatado que alguns desses pomares encontram-se de um e do outro lado da foronteira.

Também, é visível a porosidade em termos de controlo entre as duas partes, devido a inúmeras vias de acesso para os dois territórios, por caminhos criados por guineenses e senegaleses como forma de se comunicarem melhor e exercer as suas atividades comerciais. Prova disso foi que percorremos uma dessas vias na ida, outra no regresso. Na ida saímos de Bigene e passamos pelas tabancas de Sindina e Djambancunda, ambas na Guiné-Bissau e entramos no Senegal pela aldeia de Yaran. No regresso saímos de Mangaroungou Santo, passamos pela tabanca de Yaran e Djiribam. E entramos no território nacional pela aldeia de Samodje, onde está uma pequena estrutura militar guineense. De seguida passamos por Tabadjam, Mbaneia e finalmente Bigene.

Os habitantes de Samodje, a meio caminho entre Bigene e Senegal e uma das tabancas mais populosas de Bigene, afirmaram que não venderiam a sua castanha a um preço inferior a mil francos CFA.

A mesma posição foi manifestada pelo chefe da tabanca de Bigene, Queba Camará, que em declarações à reportagem do jornal O Democrata disse que não venderia a sua castanha, justificando que se o preço subir acima dos 500 francos não teria como recuperar a quantidade vendida.

Camará lamenta aquilo que chama de abandono da população de Bigene pelo Estado da Guiné-Bissau, acrescentando que em grande parte os bigenenses dependem mais do Senegal, apontando a péssima situação da estrada que liga setor de Bigene a seção de Ingoré, um percurso de 33 quilómetros mas em muito mau estado, como exemplo desse abandono. Por essa razão, os comerciantes e cidadãos comuns recorrerem ao Senegal para resolver seus assuntos.

Dentro do território guineense, para a região de Oio, os 41 quilómetros que ligam Bigene e Farim, também a estrada se encontra em péssimas condições.

“Aqui quase tudo vem do Senegal, além da água em sacos de plástico e o açúcar que nos trazem de Bissau. Tudo isso leva-nos a pensar que talvez não somos guineenses. Sentimo-nos abandonados pelo Estado da Guiné-Bissau e dependemos apenas do Senegal”, lamentou Queba Camará.

Camará disse que até esta data os populares de Bigene estão a passar fome devido ao atraso na presente campanha, assim como da má campanha agrícola 2017.

O chefe tradicional admitiu que as pessoas atravessam a fronteira de uma forma clandestina para vender a sua castanha para se sustentarem, porque, no país aguardava-se o tão falado preço de mil francos CFA. Agora as coisas inverteram-se e manda a lei da livre concorrência, reiterando que não venderia o seu produto por menos de 1000 francos CFA.

Na sua visão, as pessoas arriscam a atravessar a foronteira, mesmo sabendo que há agentes colocados nas matas para fiscalizar. Mas elas fazem tudo isso para salvar suas famílias da fome que assola o setor. E alguns vendem aos compradores nacionais a 500 francos CFA. Diz que é difícil controlar a fuga de castanha de cajú tendo em conta as inúmeras vias existentes para entrar no território senegalês.

O representante dos Comerciantes do Setor de Bigene, Idrissa Seidi, lamenta o atraso na presente campanha, porém diz compreender que no comércio há momentos altos e baixos. Reconhece, contudo, as consequências negativas para os seus colegas de profissão que operam em Bigene.

IDRISSA SEIDI DEFENDE UMA CAMPANHA RENTÁVEL PARA TODOS

Idrissa Seidi disse que ele, além de ser comerciante e intermediário no setor de cajú, também é produtor. Este último fato levou-o a aplaudir o preço fixado pelo Presidente José Mário Vaz, mas seria ótimo se o valor fosse rentável e praticável.

“Nós trabalhamos com empresários em Bissau, como intermediários, fizemos diligências. Mas até então ninguém disponibilizou o dinheiro para a compra da castanha. Alguns garantem que desembolsarão em breve alguns fundos. Durante um mês ficamos parados sem fazer nada. Os empresários só disponibilizam dinheiro onde têm a certeza do retorno do valor investido”, nota.

Seidi vê o outro lado da campanha de comercialização da castanha de cajú, especificamente do setor de Bigene. Apontou o advento da época da chuva, período no qual muitas empresas de aluguer de camiões não aceitam disponibilizar as suas viaturas para entrar em Bigene, devido às péssimas condições da estrada.

A mesma situação verifica-se com no processo de abastecimento do mercado de Bigene em produtos alimentares da primeira necessidade na época chuvosa, sublinhando que Bigene não tem estrada, mas sim caminhos.

Para Idrissa Seidi é preocupação dos comerciantes e produtores de Bigene ter acesso fácil ao mercado nacional, porque cada cidadão não gosta de tirar o seu produto para vender no mercado alheio, sobretudo um produto estratégico como é o caso da castanha, mas se isso está acontecer é porque as pessoas não têm como fazer. Reiterou ainda que cada povo gosta de ver valorizado o seu produto interno. Pediu aos governantes no sentido de pensarem na melhoria da situação de isolamento em que se encontra há muitos anos o setor de Bigene.

No que refere à liberalização do mercado de comercialização de cajú a nível nacional, Seidi revela que os intermediários que têm dinheiro disponível estão a comprar. Mas a maioria ainda não recebeu os fundos para iniciar a compra junto dos produtores desta zona fronteiriça, mesmo a um preço mínimo de 500 francos CFA.

Para o responsável dos comerciantes de Bigene, o início tardio da presente campanha, deixou pobre os comerciantes, justificando a sua tese em como os populares, sempre que precisam de algo recorrem sempre aos comerciantes, sublinhando que na qualidade de clientes têm que estender as mãos às pessoas que necessitam.

“Sempre que há dificuldades, nós comerciantes e a população partilhamo-las. Nunca vamos ao Estado pedir apoios ou empréstimos. A população procura os comerciantes para os empréstimos. Nestas circunstâncias, ficamos fracos em termos económicos, porque não há rendimento no seio da população para comprar os nossos produtos”, nota Idrissa Seidi.

Acrescentou que o bom período de campanha de comercialização de cajú é dois meses, entre Abril e Maio, sobretudo com a especificidade do setor de Bigene, tendo apelado neste particular às autoridades no sentido de pensarem muito nesta situação que inquieta os comerciantes e população.

Solicitado a pronunciar-se sobre a facilidade de abastecer o mercado se a partir do Senegal ou de Bissau e sobre qual das opções é mais fácil e rentável para os comerciantes de Bigene, Seidi respondeu que devido às taxas e outras contribuições, preferem Bissau apesar das péssimas condições da estrada. Porém, admitiu que compram alguns produtos no Senegal, mas em pouca quantidade.

O Democrata soube que as medidas de fiscalização instaladas na linha fronteiriça limitam bastante o abastecimento do mercado local em produtos alimentícios da primeira necessidade vindos do mercado senegalês. Mesmo assim, a população faz lá as suas compras, sobretudo do arroz.

Considera saudável a relação entre as autoridades locais e os comerciantes do setor, assinalando que as autoridades locais conhecem bem as dificultardes dos comerciantes desta localidade fronteiriça.

Relativamente à situação de compra ilegal de arroz aos olhos das autoridades locais, Idrissa Seidi disse que é bom evitar daquilo que o Estado achar ilícito, ressalvando que dada a situação geográfica de Bigene seria difícil proibir a entrada de produtos provenientes do Senegal. E exemplificou: se um cidadão tiver dinheiro e quiser comprar arroz no Senegal, ele pode recorrer a sua bicicleta ou motorizada. Seis quilómetros depois poderá comprar o seu arroz sem problemas. E pediu ao Estado da Guiné-Bissau para refletir cuidadosamente sobre a situação da população de Bigene, reiterando que nunca vão desafiar o Estado, mas que o povo vai gritar de socorro se ficar cansado.

“Estamos a trabalhar para a população, por isso, devemos trabalhar juntos com o Estado da Guiné-Bissau para que haja produtos disponíveis para os cidadãos, evitando a necessidade de pedalar até a fronteira para comprar um quilo de arroz. Se o mercado local estiver bem abastecido, mesmo sendo uma diferença de 50 francos, acredito que ninguém se deslocaria até ao Senegal para comprar produtos. Isso preocupa-nos. Como comerciantes, é nosso trabalho e o assumimo-lo”, explica Idrissa Seidi.

AFABU CRÍTICA  MONOCULTURA DE CAJU E PEDE  CAMPONESES A DIVERSIFICAREM A PRODUÇÃO

Por seu lado, o presidente da Associação dos Filhos e Amigo de Bigene Unida (AFABU), Ibo Camará, criticou a monocultura de caju e considera-a como sendo uma fábrica de preguiçosos no seio da comunidade camponesa guineense. Em sua visão, a rentabilidade de caju é zero.

Camará disse que a monocultura da castanha de caju serve para que as pessoas continuem sentadas a sombra, fazendo nada, acreditando que dispõem de uma tonelada de arroz debaixo da cama e que podem ficar sem fazer outros trabalhos agrícolas. Neste caso, apontou o exemplo da via que liga a localidade de Ingoré a Farim onde se vê apenas plantações de caju na berma da estrada, fato que lamenta bastante.

“A campanha de comercialização de cajú 2017 acabou há pouco tempo a um preço de mil francos o quilo, mas as pessoas já estão a viver na miséria, porque cultivaram apenas o caju. As plantações ocupam um espaço enorme e produzem pouco, tudo por falta de instrução aos camponeses sobre a melhor forma de plantar os pomares de caju. As matas estão a ser cortadas desenfreadamente para plantar caju, sem se pensar em outras produções paralelas ao caju”, assinalou Ibo Camará, para de seguida afirmar que o país pode produzir outros produtos além do caju.

AFABU assinou um acordo de parceira com uma empresa indiana. Pretendem modificar os hábitos agrícolas da zona. No âmbito dessa parceria, já está em construção um campo agrícola de 140 hectares onde serão plantadas disciplinarmente pomares de caju e outras plantas como melão, banana e demais produtos. 

Por: Sene Camará
Foto: SC
OdemocrataGB

terça-feira, 9 de abril de 2024

PR Sissoco: “É ESSENCIAL UMA BOA CAMPANHA DE CAJÚ PARA OS GUINEENSES. NÃO PODE FALHAR A ARRECADAÇÃO DE RECEITAS DO ESTADO”

  O DEMOCRATA  09/04/2024  

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu esta terça-feira, 09 de abril de 2024, que uma boa campanha de comercialização da castanha de cajú é essencial para todas as famílias guineenses e para os comerciantes e exportadores, como também é muito importante para a arrecadação de receitas do Estado, alertando que isso não pode falhar.

O chefe de Estado guineense falava na cerimónia de tomada de posse dos corpos sociais da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), realizada numa das unidades hoteleiras de Bissau, na qual disse que é preciso reconhecer que CCIAS é uma parceria que tem contribuído muito para melhorar a eficiência da economia de mercado, revelando, assim, a sua importante utilidade social.

Assegurou que a conjuntura económica e financeira internacional continua muito desfavorável aos países mais vulneráveis, por causa das consequências económicas e financeiras da guerra na Ucrânia e da Guerra na Faixa de Gaza que não têm ajudado.

Embaló informou que os países como a Guiné-Bissau continuam a ter de importar a inflação por via dos preços elevados da energia, dos alimentos e dos transportes, situação que agrava o custo de vida dos guineenses e dificulta mais ainda a luta que está ser travada contra a pobreza. Acrescentou que a Câmara é uma instituição parceira do governo da Guiné-Bissau e aquela parceria responsável, só se faz na base da concertação social com o executivo.

Por seu lado, o ministro do Comercio e Industria, Orlando Mendes Veigas, assegurou que a presente campanha de comercialização de cajú com o lema “tolerância zero a contrabando” exige a participação de todos para melhorar e lograr um resultado satisfatório, sendo assim conta como sector privado como parceiro privilegiado do Ministério do Comercio e Industria, quer para mobilização de fundos, obtenção de contratos e consequente exportação da castanha.  

O governante lançou um desafio ao setor privado para apostar na transformação ou processamento local da castanha de cajú, o que criaria mais benefícios económicos e fiscais para o país. Orlando Mendes Veigas disse que a CCIAS tem um papel importantíssimo na cadeia de produção, comercialização, transformação e distribuição do mesmo produto, criando emprego e fazendo do cajú o produto do maior valor acrescentado na potencialidade da Guiné-Bissau.

Para o presidente da Câmara do Comercio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Mama Samba Embaló, há uma necessidade imperativa de cada empresa ativa estar filhada na Câmara do Comercio, Industria, Agricultura e Serviços para gradualmente satisfazer os propósitos dos associados e empresários de uma forma geral.

“As preocupações são muitas no setor privado, mas de momento a ordem de prioridade recai sobre o relançamento da economia, após a crise pandémica de Covid-19, uma parceria pública e privada com o governo, a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho, promoção e transformação dos produtos locais, em particular a castanha de cajú, uma integração regional e continental efetiva face aos desafios do momento”, disse.

Salienta-se que a Assembleia Geral da CCIAS foi realizada no passado 27 de mês de janeiro do ano em curso no qual concorreram três candidatos nomeadamente, Mama Samba Embaló que arrecadou 267 votos, correspondente 57 por cento, Ibraima Djaló com 104 votos, correspondente 22 por cento e terceiro candidato António Barbosa com 8 correspondente 1,71 por cento votos no universo de 467 delegados.

Por: Aguinaldo Ampa

domingo, 14 de maio de 2023

Campanha eleitoral: COORDENADOR DO MADEM PROMETE CONSERTAR COM AUTORIDADES DENTRO DE 48 HORAS PARA VIABILIZAR A CAMPANHA DE CAJÚ

O DEMOCRATA  13/05/2023  

O Coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), Braima Camará, prometeu este sábado, 13 de maio de 2023, aos guineenses em geral e em particular aos produtores da castanha de cajú que vai consertar com o governo e o Presidente da República, para encontrar soluções à questão da campanha de comercialização da castanha de cajú dentro de 48 horas.

“Ouvimos as preocupações do povo guineense em diferentes zonas do país sobre a situação da campanha de cajú. Pedimos calma à população. A solução que temos é consertar no espaço de 48 horas com o governo e o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para resolvermos o problema da campanha de castanha de cajú”, disse.

O político fez essas promessas na sua intervenção no comício realizado no “Espaço Verde”, bairro d’Ajuda, círculo eleitoral 28, para assinalar o início da campanha eleitoral para as eleições legislativas agendadas para o dia 04 de junho.  Camará chegou no início da tarde deste sábado proveniente de Lisboa (Portugal), após um périplo pela Europa em contato direto com os eleitores da diáspora. 

À sua chegada no internacional Osvaldo Vieira, acompanhado dos dirigentes do partido e os militantes, percorreu a avenida principal (João Bernardo Vieira) até o mercado do Bandim para depois voltar para o “Espaço Verde” onde foi realizado o comício. 

“Nós não temos nenhum filho da Guiné como adversário político! O nosso adversário político na verdade é o sub-desenvolvimento”, sustentou, destacando como seus desafios prioritários a campanha de cajú, a educação, a saúde, as infraestruturas rodoviárias, a energia e a estabilidade política e social.

Camará afirmou que no MADEM não existe diferença nem discriminação baseada na cor, raça, religião e condições físicas.

“MADEM é um projeto da sociedade e que veio para resgatar o orgulho da guineendade”.

Por: Assana Sambú 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Caju - “Novos impostos e taxas estão a dificultar escoamento do produto”, diz Presidente de Associação dos Intermediários


Bissau, 05 Mai 21 (ANG) - O Presidente da Associação dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau disse que os novos impostos introduzidos pelo governo estão a dificultar a comercialização da  castanha de cajú, uma vez que o prejuízo aumentou tanto para os agricultores assim como para os intermediários e exportadores.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Lassana Sambú sustentou que, em 2019 e 2020, para o escoamento de mil toneladas de  castanha de cajú pagavam sete milhões e meio de francos cfa, mas que  no presente ano, com o impacto negativo do Orçamento Geral de Estado, terão que pagar 28 milhões de francos cfa para escoamento de mil toneladas.

O Governo introduziu na presente campanha de caju, cinco novos pacotes de leis que regulamentam actividades dos intervenientes na fileira de caju, dentre  os quais, a criação de Intermediários de Postos, de Escoamento, de Exportadores e de Industrialização e Transformação da castanha.

Sambú disse ainda que, a India é um dos maiores compradores de Castanha de Cajú mas que neste momento está mais preocupado em  controlar a situação da pandemia de Covid-19 para diminuir a taxa de mortalidade no seu território.

Por outro lado, o Presidente da Associação dos Intermediários de Negócios disse que a situação dos novos impostos  que determinam o desconto de 15 francos em cada quilograma de cajú vendido é um dos factores que também estão por detrás do agravamento da situação da presente campanha de comercialização de castanha de caju.

Acrescentou que, o referido imposto só deveria ser cobrado apenas aos agricultores e não  aos intermediários ou exportadores também.

 Para Sambú o  governo deveria ser bastante claro nesse assunto, ou melhor deveria explicar aos agricultores  que, este ano, terão que pagar 15 francos em cada quilograma de caju que venderem.

“O Estado é a pessoa de bem,  nós somos entidades privadas, também temos o direito de obter ganho quando se trata de um negócio de modo a podermos seguir em frente. Por isso, não podemos estar a prestar um favor ao Estado a ponto de sermos descontado 15 francos em cada quilograma de Cajú que compramos, porque não somos nós os indicados para fazer isso”, reclamou aquele responsável.

Lassana Sambú disse que o governo pode controlar o pagamento do imposto aos agricultores através dos seus representantes nas regiões, porque os intermediários não podem e nem devem arcar com as consequências negativas dos impostos destinados aos agricultores.

Informou que, o governo introduziu 06 diplomas para regulamentação de Comercialização de Castanha de Cajú que são os seguintes, o diploma sobre comercialização interna, regulamento sobre profissão de intermediário no processo de comercialização, regulamento sobre produção de exportador no processo de comercialização, diploma de comercialização externa, sobre industrialização e recibos e armazéns.

“Estes seis mencionados diplomas são promulgadas pelo Presidente da República, mas não estão sendo cumpridas na íntegra, digo isso porque, no ponto 01 do regulamento sobre profissão de intermediário, consta que qualquer pessoa singular que está a solicitar licença na qualidade de intermediário tem que ser nacional da Guiné-Bissau, e que isso foi introduzida para dar  oportunidade aos nacionais, no sentido de conseguirem um trabalho de campo”, explicou.

Acrescentou que no ponto 02 do mencionado documento, consta que quem está a solicitar licença na qualidade de Intermediário de Escoamento pode apresentar o seu Bilhete de Identidade ou Cartão de Estrangeiro e que isso significa que os estrangeiros podem dar contrato à um nacional para que trabalhem e partilhem o lucro, de modo a contribuir para o bem do povo e da economia da Guiné-Bissau.

ANG/AALS/ÂC//SG

segunda-feira, 25 de maio de 2020

INVENTOR CRIA MÁQUINA QUE PRODUZ 180 BLOCOS POR HORA E UMA DE DESCASQUE DE CASTANHA


Um jovem inventor guineense de 31 anos de idade demostrou a sua habilidade criativa através da invenção de máquinas de descasque da castanha de cajú que funciona sem energia elétrica e com a capacidade de produzir até 15 quilogramas da castanha descascada por hora. Ricardo Cá, residente no bairro de Bandim (zona – 05) arredores da famosa “Praça de Bandim”, em Bissau, criou também uma máquina capaz de produzir seis blocos de uma só vez e 180 por hora. 

Uma equipa de repórteres do semanário O Democrata visitou a oficina retangular de nove metros do comprimento do jovem inventor em sua casa, no bairro de Bandim e constatou as máquinas, orgulho de Ricardo Cá, bem como dos moradores que não cansam de elogiar o trabalho daquele que é tido como o génio de Bandim.

INVENTOR APOSTA NA TRANSFORMAÇÃO LOCAL DO PRODUTO E PEDE APOIOS PARA CRIADORES


A máquina de descasque da castanha de cajú funciona sem energia elétrica, apenas à pedais, ou seja, o operador senta-se na máquina que tem a estrutura de uma bicicleta, e vai dando os pedais,podendo produzir até 15 quilogramas de castanha descascada em uma hora. 

A primeira criação de Ricardo Cá está pintada de verde-escuro e incluí um reservatório com capacidade para cinco quilogramas da castanha de cajú. 

O jovem inventor “surpreendeu” os moradores com a criação de outra máquina de descasque da castanha que trabalha a energia elétrica e com a maior capacidade de produção, mas a que ainda se encontra na oficina metalo-mecânica a fim de serem concluídos alguns pormenores técnicos.

Cá, inventou ainda uma máquina de produção de blocos com capacidade produzir seis blocos de uma só assentada e 180 por hora. As habilidades do jovem de Bandim mereceram elogios de diferentes personalidades que passam pela sua oficina e incluindo alguns membros do governo (ministros). 

Ricardo Cá disse na entrevista ao Democrata que a Guiné-Bissau, como segundo maior produtor da castanha de cajú na sub-região,um produto de exportação que mais rende ao Estado, deveria apostar mais na política de transformação local da castanha de cajú, o que de acordo com a sua explicação, poderia beneficiar mais em termos de criação de emprego.

Acrescentou que ao apostar na transformação local da castanha, seria preciso igualmente apostar nos inventores nacionais que são capazes de criar máquinas de descasque que poderiam ajudar as pequenas indústrias de transformação da castanha. 

Assegurou que o seu sonho é realizar mais criações não apenas para o setor da agricultura, tendo sublinhado que tem planos para o futuro que não pretende revelar agora por ser apenas um sonho.

“A primeira máquina que criei foi uma experiência e houve algumas falhas técnicas, mas nesta segunda corrigi todos os erros e já está a funcionar sem problemas. Muitas pessoas às vezes não acreditam que inventei estas máquinas e até ouvirem explicações detalhadas sobre como funcionam”, contou.

Questionado se já alugou a máquina ou se foi contato para a venda das mesmas, Ricardo Cá diz que a situação do novo Coronavírus não permitiu comercializar ou alugar as máquinas por causa das paralisações, mas revelou que já tem uma pessoa interessada em comprar.

Indagado se chegou a representar o país no estrangeiro, Ricardo Cá explicou que foi uma vez ao Benim em 2018, onde participou num salão Africano de propriedade intelectual, através da Organização Africana de Propriedade Intelectual da Guiné-Bissau (OAPI) que o levou para participar com aquelas mesmas máquinas.

Com um olhar triste, o jovem Inventor revelou que a Guiné-Bissau foi desclassificada nesse evento por nunca ter organizado o salão local, que de acordo com a sua explanação, foi uma das condições para tomar parte no evento.

“O representante de um país deve apresentar um certificado que ganhou no salão do seu país e que o equipamento não foi registado naquela organização a nível local e não dispõe igualmente de um prémio local” lamentou para de seguida lembrar que depois daquela situação em Benin, a OAPI em colaboração com o ministério da Indústria decidiram realizar o concurso de inventores e inovadores em Setembro de 2019 do qual foi vencedor do prémio do salão da Guiné-Bissau.  

Assegurou na entrevista que desta vez já reúne todas as condições necessárias para representar o país em qualquer concurso no estrangeiro. Cá, que passa mais tempo na sua pequena empresa industrial denominada “R. CÁ INDUSTRIAL”, enfatizou que tem projetos que pretende lançar no mercado nacional, contudo, não mencionou a data do mesmo.

Criticou os sucessivos governos por falta de espaço e condições para permitir que os inventores e inovadores desenvolvessem mais as suas capacidades, que segundo o jovem, podem servir também para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.  

QUEM É RICARDO CÁ – O “INVENTOR DE BANDIM”


Ricardo Cá nasceu a 31 de Agosto de 1989 na secção de Ondame, em Blom (setor de Quinhamel), região de Biombo no norte da Guiné-Bissau. Muito cedo foi levado para a região de Oio, onde fez os estudos primários na escola da aldeia de Malafo.

Regressou a Bissau em 2003, onde morou no bairro de Empantcha. Em 2014 fez o curso técnico profissional de serralharia. No ano 2013, concluiu o 12° ano no liceu Agostinho Neto. Cresceu brincando com as invenções de brinquedos feitos de materiais deitados ao lixo.

Começou a criar de forma séria desde 2006, quando criou um pequeno barco. Representou o país no concurso do salão do Benin, onde foi desclassificado. Em 2019, foi vencedor do primeiro salão de inventor e inovador realizado pela Organização Africana de Propriedade Intelectual OAPI, em Bissau.

Por: Cadidjatu Djamila da Silva 

Foto: D. S

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