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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

SISMO NA TURQUIA: Três pessoas, incluindo adolescente, resgatados 261h após sismo

© drfahrettinkoca/ Twitter

POR LUSA  17/02/23 

Três sobreviventes, incluindo um adolescente de 14 anos, foram resgatados dos escombros em Antioquia, no sul da Turquia, mais de 260 horas após os sismos que devastaram a região, informaram, esta sexta-feira, autoridades turcas e a imprensa.

Mustafá, de 33 anos, e Mehmet, 26, foram salvos "261 horas" após os sismos, anunciou o ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca, na rede social Twitter.

O canal de televisão CNN Türk apresentou os sobreviventes como Mustafá Avci e Mehmet Ali Sakiroglu.

Entretanto, cerca de "260 horas" após os sismos, um adolescente de 14 anos também foi retirado dos escombros do seu prédio no centro de Antáquia, "após intensos esforços" das equipas de resgate, informou o ministro turco.

Fahrettin Koca adiantou que o adolescente, chamado Osman, teve de ser operado num hospital da província, sem especificar a gravidade, mas o rapaz aparece consciente na foto publicada nas redes sociais.

Segundo a agência de notícias DHA, os dois homens, Mehmet e Mustafá, estavam nos escombros do mesmo prédio, no centro de Antáquia, quando foram descobertos pelas equipas de resgate. O ministro turco indicou que ambos foram levados imediatamente para o hospital.

Os últimos sobreviventes descobertos pelas equipas de resgate, enquanto as buscas cessam gradualmente, foram todos encontrados na província de Hatay, nos arredores de Antáquia, perto da fronteira com a Síria.

As chances de sobrevivência parecem agora menores, mais ao norte do país, em torno do epicentro do terremoto, nas regiões montanhosas como Kahramanmaras, e nas regiões de Elbistan e Adiyaman, devido à neve e às baixas temperaturas, que para os 15° C negativos durante à noite.

De acordo os dados mais recentes, os dois tremores de terra - de magnitude 7,8 e 7,5 na escala de Richter - causaram 36.187 mortos e 108.000 feridos na Turquia. Na Síria, foram contabilizados cerca de cinco mil mortos.

A região afetada pelos dois sismos, que ocorreu em  6 de fevereiro e teve o seu epicentro localizado na Turquia, estende-se por 100.000 quilómetros quadrados, onde habitam 14 milhões de pessoas.

A galeria acima mostra a chamada feita por Mustafa a um familiar, logo após ser resgatado.☝


domingo, 15 de janeiro de 2023

NEPAL: Avião cai no Nepal com 72 pessoas a bordo... O avião caiu entre o antigo e o novo Aeroporto Internacional de Pokhara, no centro do Nepal. Não sabem "se há sobreviventes"

© Getty Images

POR LUSA  15/01/23 

Um avião com 72 pessoas a bordo caiu hoje no Nepal no domingo, confirmou um porta-voz da companhia aérea Yeti Airlines, dizendo não saber "se há sobreviventes".

"Há 68 passageiros a bordo e quatro tripulantes (...) a ajuda está a caminho, não sabemos se há sobreviventes", disse Sudarshan Bartaula à agência France Presse.

O avião caiu entre o antigo e o novo Aeroporto Internacional de Pokhara, no centro do Nepal, 200 quilómetros a oeste da capital, Katmandu.

A cabine do avião, um ATR-72, estava a incendiar-se e as equipas de resgate tentavam apagar o fogo, disse, Gurudutta Dhakal.

"Os serviços de salvamento já chegaram ao local e estão a tentar apagar o incêndio" que originou na cabine do avião, disse um responsável local, Gurudutta Dhakal.

Os serviços de emergência estão "concentrado por agora em extinguir o incêndio e resgatar os passageiros", acrescentou o responsável.

O primeiro-ministro nepalês Pushpa Kamal Dahal disse que o avião voava de Katmandu para Pokhara e pediu ao pessoal de segurança e ao público em geral que ajude nos esforços de resgate.

Imagens e vídeos partilhados na rede social Twitter mostram nuvens de fumo a sair do local do acidente enquanto equipas de resgate e multidões se reuniam em torno dos destroços da aeronave.

O aeroporto de Pokhara serve de ligação para os viajantes que se dirigem à cidade de Jomsom, localizada no coração dos Himalaias, destino popular entre turistas estrangeiros que visitam o pico Annapurna (8.091 metros de altura) ou a região de Mustang, além de peregrinos hindus.

A indústria aérea do Nepal cresceu nos últimos anos, transportando mercadorias e pessoas para áreas de difícil acesso, bem como caminhantes e alpinistas estrangeiros.

No entanto, o setor tem tido problemas de segurança devido à falta de formação dos pilotos e manutenção dos aviões.

Desde 2013 que a União Europeia proíbe as companhias aéreas do Nepal de aceder ao espaço aéreo europeu, por razões de segurança.

O país dos Himalaias tem ainda algumas das rotas mais isoladas e complexas do mundo, ladeadas por picos cobertos de neve que desafiam mesmo os pilotos experientes.

Pilotos dizem que o Nepal carece também de infraestruturas para fazer previsões meteorológicas precisas, especialmente em áreas remotas com terreno montanhoso acidentado onde o clima muda rapidamente.

Em maio de 2022, todas as 22 pessoas a bordo de um avião operado pela empresa nepalesa Tara Air -- 16 nepaleses, quatro indianos e dois alemães -- morreram quando a aeronave caiu.

Após este acidente, as autoridades apertaram as regras, nomeadamente determinando que os aviões só possam deslocar se as previsões meteorológicas forem favoráveis ao longo da viagem.

Em 1992, todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram perto de Katmandu, no acidente aéreo mais mortífero da história do Nepal.


Leia Também: Pelo menos 67 das 72 pessoas a bordo do avião que caiu hoje no centro do Nepal morreram, segundo fontes oficiais, que avançam ainda que 15 dos passageiros eram estrangeiros, nenhum dos quais português. Este é já o pior acidente aéreo do país em 30 anos.

sábado, 8 de agosto de 2020

Abertura oficial das atividades de resgate da memória nacional dos acervos de documentação histórica da Biblioteca Pública Nacional e arquivos históricos.


O Ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Dr. Aricene Abdulai Jibrilo Baldé presidiu esta sexta-feira, 07 de Agosto 2020, em Bissau, a abertura oficial das atividades de resgate da memória nacional dos acervos de documentação histórica da Biblioteca Pública Nacional e arquivos históricos.

Uma iniciativa do Instituto Nacional de Estudos e pesquisa, que visa digitalizar e tornar acessíveis milhares de acervos que se encontram naquela instituição num estado avançado de degradação, e coloca-los a disposição do público.

Acompanhado do Secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica, o titular a pasta da Educação percorreu todas as dependências do INEP, ondem decorrem os trabalhos que também envolvem 50 jovens voluntários da associação de jovens e amigos da leitura e das Bibliotecas.

Jibrilo Baldé regozijou-se com a iniciativa que no seu entender vai ao encontro das ideias da atual licença do Ministério da Educação Nacional de colocar Bibliotecas em todas as escolas do país no quadro do slogan de " promoção da leitura".

O ministro Assumiu ainda o compromisso que os Membros da Associação de jovens e amigos de leitores e das Bibliotecas, serão formadores do pessoal que será selecionado para cuidar das bibliotecas que serão colocadas a nível nacional e prometeu colocar a disposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas o primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento da Guiné-Bissau Manu-escrito que possui no seu arquivo pessoal.

O Secretario de Estado do Ensino e Investigação Cientifica, Garcia Biifa Bedeta reconheceu que o país tem grande défice de hábito de leitura, uma rotina importantíssima que permite reinventar o mundo académico.

Bedeta, assegurou que a visita e a participação nas atividades de resgate da memoria nacional é uma demostração clara da determinação da actual Licença da Educação na implementação da sua política de promoção de leitura na Guiné Bissau e na valorização e divulgação da Identidade Nacional.




Bissau 08 de Agosto 2020
Assessor de Imprensa e Porta-voz
Amadu Uri Djaló

Gabinete de Relações Pública Cooperação e Comunicação

segunda-feira, 9 de maio de 2022

MIGRAÇÕES: Navio da ONG Médicos sem Fronteiras resgatou 200 pessoas no Mediterrâneo

© Reuters

Por LUSA  09/05/22 

O navio "Geo Barents" da organização não-governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras resgatou hoje 200 migrantes em duas operações no Mediterrâneo central, informou a estrutura humanitária nas redes sociais.

"Esta manhã resgatámos cerca de 200 pessoas de duas embarcações em perigo. Todas estão agora a salvo e a bordo do nosso barco, enquanto estávamos à procura de outras embarcações. Logo depois do resgate vimos a guarda costeira da Líbia a navegar muito perto do 'Geo Barents'", contou a organização.

O "Geo Barents" encontra-se de novo no Mediterrâneo central, depois de na semana passada ter desembarcado 101 migrantes resgatados no porto de Augusta, na Sicília.

Na noite de domingo, o navio "Sea Watch 4", da organização humanitária alemã homónima, resgatou também 88 migrantes que se encontravam num bote insuflável no Mediterrâneo central, transportando agora 145 pessoas a bordo enquanto aguarda a autorização para desembarcar os migrantes num porto seguro.

"Agora temos 145 pessoas a bordo, que sem assistência teriam morrido afogadas ou regressado à Líbia ilegalmente", explicou a ONG alemã nas redes sociais.

O barco humanitário da organização já tinha realizado um primeiro resgate de 57 migrantes na passada quinta-feira.

No Mediterrâneo, navega também o navio "Sea Eye 4", igualmente ligado a uma organização alemã, com 34 migrantes resgatados de um porta-contentores após quatro dias no mar.

Nos últimos tempos, e perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália tem assumido todo o fluxo de migrantes da rota central do Mediterrâneo, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês.

Desde o início do ano, e segundo os dados oficiais atualizados, chegaram 11.521 migrantes às costas italianas, um valor que, no mesmo período do ano passado, se situava pelos 10.724.


Leia Também: MSF denuncia "condições desumanas" de milhares de migrantes na Lituânia

sexta-feira, 1 de maio de 2020

QUERIDO Sr. IDRISSA DJALO

Fonte: Estamos a Trabalhar

No seu último desapontamento -para não dizer indignante- aparição no Facebook, onde felicitou o Dr. Fernando Gomes pela sua nomeação como novo PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA de uma forma sarcástica, com essa subtil combinação entre a ironia e desprezo, como se isso fosse uma característica de inteligência elevada.

Com a devida permissão, Sr.IDRISSA DJALÓ, ofereço aqui de forma voluntária para dizer a verdade sobre os fatos que você insinua como alegadas participação de Dr.FERNANDO GOMES em encobrimento de assassinatos na época 2008-2012 no país, e que são objeto de sua clamorosa denúncia pública, bem como da tua pretensão de que o mesmo visado investigue os factos que você alegou.

Permita-me que lhe diga, em primeiro lugar, com toda a sinceridade e em virtude da minha inquietações, que a sua posição actual me parece incompreensível e extremamente reprovável, não só pela confusão que semeia perante os cidadãos, mas porque suas acusações públicas, sem fundamento prejudicam gravemente a reputação do partido que dirige ao qual nós guineenses nutríamos de esperança.

Ágora vamos falar dos fatos que nos ocupam e preocupam. Você alegou que foi em mandato do Dr. FERNANDO GOMES como ministro de interior que " assassinato de individualidades foi utilizado como método de República de contenciosos políticos." (João Bernardo Vieira-Nino, General Tagme Na Waye, Hélder Proença, Baciro Dabo, )....

Lamento dizer-lhe que não corresponde a verdade, nessa época supracitadas o Dr. Fernando Gomes era nada mais que Ministro da Função Pública. Aliás, próprio o teu professor Dr. Fernando veio ao público onde desafiou qualquer pessoa, assim como autoridade do país, que em caso de alguém tiver qualquer indício do seu envolvimento nós assassinatos que o apresente.

Esta sua posição não é talvez por medo de que as suas implicações em malversação de dinheiro do resgate seja investigada e que saia à luz do dia todos seus crimes junto com seu padrinho DOMINGOS SIMÕES PEREIRA?

Pode ficar tranquilo, se o teu investimento em SALTINHO, que ronda por volta de um bilhão de fraco cfa, poderá estar em causa no quadro do famoso resgate, ou seja RASGATÃO, então aproveite uma combinação com banqueiros para justificar o KUMBO, se não!!!!

Dr. Fernando Gomes considerado homem de caráter frontal com valias incontestável, já falou tudo dito, os RATOS ESQUEMAS no erário público terão muito trabalho, não êxito, vai vasculhar os arquivos do RESGATE, apelidado com o nome de "GERALDINHO DSPÔ"

Doutor Pô, voltaremos em breve

Leia Também: 

Acabo de tomar conhecimento da nomeação do Dr. Fernando Gomes para as funções de Procurador Geral da República. Venho por este meio felicita-lo. Na verdade, o Presidente Umaro Sissoko Embalo não poderia ter feito melhor escolha. 

O Dr. Fernando Gomes foi ministro do Interior e nessa função, o principal responsável pela segurança de pessoas e bens num dos períodos mais sangrentos da história recente do nosso País. Foi durante o seu consulado que assassinatos de individualidades foram utilizados como método de resolução de contenciosos políticos. Foi durante esse período que o Presidente da República, João Bernardo Vieira-Nino, foi selvaticamente assassinado, assim como o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General Tagme Na Waye. Seguiram-se responsáveis políticos como Hélder Proença, Baciro Dabo, Roberto Cacheu, responsáveis das forças de segurança como Samba Djalo, Yaya Dabo, etc.

Esse período ficará igualmente para a história como aquele onde a corrupção e a pilhagem das riquezas do povo guineense foram escandalosamente realizadas. Refiro-me ao desvio de dezenas de milhões de dólares, produto do trabalho dos produtores de caju, conhecido pelo nome de FUNPI e o roubo cometido pelos responsáveis governamentais da época, de 12 milhões de dólares concedidos á Guiné-Bissau pelo governo de Angola. Nenhum destes casos foi julgado até á data presente.

É muito raro na história das Nações que um homem tenha a sorte e a oportunidade de corrigir os seus fracassos anteriores, fazendo justiça aos acontecimentos que marcaram irremediavelmente a consciência coletiva nacional.

Senhor Procurador Geral da República;
Espero, assim como toda a sociedade guineense, que aproveitará a oportunidade que lhe foi oferecida para fazer justiça às infelizes vítimas e ao povo guineense que foi espoliado. Esperamos que possa corrigir hoje as graves injustiças que não esteve à altura de impedir no passado.
Cordialmente.
Idriça Djaló

Presidente do PUN

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Geraldo Martins, antigo ministro das Finanças acusado de dois crimes no processo resgate à banca feito em 2015

Confira Comunicado à imprensa do PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR), no cumprimento da sua missão plasmada na Constituição da República e nas Leis, vem informar que o Processo-crime contra os dois Agentes da Esquadra-Modelo da Polícia de Bairro Militar, aqui em Bissau, suspeitos da violação duma jovem de vinte anos, foi acusado e remetido ao Juiz do julgamento junto ao Tribunal Regional de Bissau (TRB).

Segundo a Lei Penal guineense, os paramilitares em causa, são indiciados de crimes de sequestro e violação sexual, cabendo nesta fase processual, o Tribunal agendar as sessões de audiência e julgamento.

O referido facto que terá acontecido no dia 13 Novembro 2017, deu entrada no Cartório da Vara Crime do Ministério Público do Tribunal Regional de Bissau, no dia 16 de Janeiro deste ano.
Em relação ao denominado “Resgate” dos empresários com dívidas junto dos bancos comerciais do país, em 2015, o então Ministro das Finanças, Geraldo Martins já foi acusado no âmbito deste processo.

O ex-governante, por sua vez, requereu a instrução (por não concordar com a acusação). Em consequência, o Processo foi remetido ao Juíz de Instrução Criminal, que acabou por pronunciar favorávelmente em relação dois crimes.

Por sua vez, o Ministério Público, enviou o referido processo ao Juíz julgador, para efeitos de marcação das sessões de audiências e julgamento.

O suspeito Geraldo Martins é acusado de dois crimes, ambos pela violação das regras orçamentais.
Esta operação financeira apelidada de “Resgate” levou ao Estado da Guiné-Bissau a contrair uma dívida no valor de cerca 35 bilhões de Francos cfa juntos aos bancos comerciais.

E, sobre o caso que envolve quatro despachantes oficiais e dois técnicos do Ministério das Finanças, também já foi acusado.

Os suspeitos em causa, são acusados de crimes de fraude fiscal, associação criminosa, corrupções activa e passiva e ainda crimes de falsificação qualificada.

Convém referir que, este caso prejudicou o Estado da Guiné-Bissau num montante, aproximadamente de um bilhão de Francos cfa.

A Procuradoria Geral da República adverte que vai continuar a ser implacável no combate a qualquer tipo de criminalidade, particularmente a da corrupção e o crime organizado, sempre tendo como o fundamento e limite, a Constituição da República e as Leis em vigor na Guiné-Bissau.





Braima Darame

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

PERGUNTA DO DIA ???

Fonte O Democrata Osvaldo Osvaldo

GUINÉ-BISSAU! ÉS DGIQUINDORES CO STA NA FINANÇAS CUMA 'RESGATE DE BILHÕES' DE DÍVIDAS FABRICADAS!!

ESTEJAM ATENTOS AO 'FACEBOOK LIVE' ONDE TUDO SERÁ ESCLARECIDO SOBRE FEROZ ASSALTO ÀS FINANÇAS PÚBLICAS!

TERRA CO SE FINANÇAS PÚBLICAS NA RANKADO PÁ ÉS LADRÕES DE COSTUME!

POVO DE GUINÉ-BISSAU NÔ CORDA!!

JÁ NA SEGUNDA-FEIRA!! A pergunta pertinente que os cidadãos devem e deviam fazer é; por que razões, só o PAIGC, quando está no Poder faz 'resgates' aos 'empresários' que, para nada servem a Guiné-Bissau e porque razões? Quais são essas relações sócio-económicas tem só o PAIGC exclusivamente com esses 'empresários' que os outros partidos políticos não têm?

Cidadão, esteja atento aos pormenores destas ligações políticas inquietantes do PAIGC aos 'empresários' e outros negócios duvidosos na Guiné-Bissau, já já amanhã!

É imperativo alertar e chamar atenção ao Povo da Guiné-Bissau que, o dito resgate é um assalto aos magros 'cofres' de Estado para estratégicamente pôr nas mãos dos Dominguistas e de certos paigcistas valores astronómicos financeiros para a preparação para as presidenciais e possíveis eleições gerais na Guiné-Bissau! Caso contrário, ninguém sã da mente compreende as razões profundas e até criminosas de tal 'resgate' ou melhor roubo ao Estado e ao Povo da Guiné-Bissau!

O Governo precisa ser urgentemente INVESTIGADO pedindo para o efeito uma intervenção judicial-económica estrangeira e neutra para o apuramento de factos!!

Espero acordar amanhã de manhã bem disposto e mais fresco para falar sobre mentiras despudoradas dos seus militantes e simpatizantes nazistas nas redes sociais!

Domingo, 26 de novembro

Juvenal Cabi Na Una.

domingo, 30 de abril de 2023

74 libertados na Nigéria, a maioria crianças, após pagamento de resgate

© iStock

POR LUSA  30/04/23 

Um total de 74 pessoas, na sua maioria crianças, que tinham sido sequestradas em 07 de abril por indivíduos armados no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria, foram libertadas após o pagamento de um resgate.

A informação está a ser avançada pela agência de notícias espanhola EFE, que confirmou junto de uma Organização Não Governamental (ONG) local.

"Sim, podemos confirmar a libertação de 74 pessoas das mais de 80 raptadas por bandidos na aldeia de Wanzamai no início deste mês", disse à EFE o secretário da Coligação da Sociedade Civil de Zamfara (ZASCON), Attahiru Mohammed.

"Os prisioneiros, muitos deles crianças, foram libertados depois de as famílias e outros aldeões terem pago um resgate de seis milhões de nairas (cerca de 12 mil euros)", disse Mohammed, acrescentando que a libertação teve lugar na passada sexta-feira à noite.

Dados divulgados no ano passado pela Cruz Vermelha Internacional apontavam para a existência de cerca de 14 mil crianças desaparecidas naquele país.



terça-feira, 1 de agosto de 2017

Resgate dos Bancos vs eminente fecho de BDU Bissau

Para um bom entendedor basta uma meia palavra. Guineenses já começaram a sentir o real impacto daquilo que é a pior decisão de um governo a nível mundial.

O governo de PAIGC liderado pelo próprio Presidente de Partido, Domingos Simões Pereira, decidiu comprar creditos de alguns empresários Guineenses e, chamaram isso de “RESGATE AOS BANCOS” e as consequências estão visíveis.

O Presidência de Conselho de Administração do Banco... do Desenvolvimento de Mali e, cujo BDU Bissau é uma das sucursais, esta em Bissau para pedir a intervenção das autoridades Guineenses como forma de salvar iminente fecho de BDU.

A imprensa Guineense testemunhou o encontro que o PCA do Banco de Desenvolvimento de Mali (BDM) teve com o Presidente da Republica, José Mário Vaz.

Em causa esta o famoso e escandaloso resgate dos Bancos e que prejudicou o Banco em 3 mil milhões de francos CFA ou seja 3 MILLIARDS (francês).

Este negocio que esta na iminência de por em causa a continuidade das operações de BDU na Guiné-Bissau, e mandar centenas de chefe de família para desemprego, teve como beneficiários apenas três pessoas que continuam a ostentar riquezas perante uma impunidade total:

Domingos Simões Pereira

Geraldo Martins


Carlos Pinto Pereira


A maior “bandidagem” na historia da Economia da Guiné-Bissau protagonizado pelas figuras que ainda continuam a achar que são melhores de todos e so eles podem e devem ser.

Grande verdade é que o Banco esta na iminência de fechar as portar por causa desta fatídica operação, os empresários continuam cómodos sem pagar créditos e os protagonistas pelo negócio estão mais ricos com valores transferidos para europa.
VOCES SAO BANDIDOS E TEEM VERGONHA

Publicada por didi lopes à(s) 17:51 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Líder do PAIGC diz não ter qualquer envolvimento no processo de resgate dos Bancos

Bissau, 18 Fev 22(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), disse não ter qualquer envolvimento no processo de resgate dos Bancos e alega que “motivações políticas” estão por detrás do pedido do levantamento da sua imunidade parlamentar.

“Inicialmente, eu era imputado como declarante e hoje já me pretendem convocar como suspeito, num processo onde não tenho qualquer envolvimento”, afirmou hoje Domingos Simões Pereira em declarações à RDP-África.

O Ministério Público voltou a pedir o levantamento da imunidade parlamentar do deputado e líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC).

A  ANG soube que a 2ª Vice Presidente da Assembleia Nacional Popular, Adja Satú Camará, convocou quinta-feira os líderes das Bancadas Parlamentares, para uma reunião para a discussão do pedido de levantamento de imunidade Parlamentar ao Deputado Domingos Simões Pereira mas  o encontro foi protelado devido a falta de quorum.

O líder do PAIGC considera que já se falou tanto desse referido processo de resgate junto dos Bancos.

“Há cerca de um mês, antes de ser demitido das funções do primeiro-ministro, autorizei ao ministro das Finanças na altura à abrir processo de diálogo com os Bancos no sentido de negociar mecanismos que permitissem aos privados nacionais saldarem as dívidas com estas instituições bancárias”, explicou.

Domingos Simões Pereira disse que, pouco tempo depois de dar essa autorização ao ministro das Finanças foi demitido das suas funções e curiosamente o processo continuou e é consumado meses depois.

“Foi um processo que todos os Governos que se seguiram poderem verificar que não houve qualquer fraude nele. Foi apenas um mecanismo que se encontrou para permitir aos privados nacionais negociarem as suas dívidas com os bancos privados e rescalonar os prazos de pagamento”, disse o líder do PAIGC.

Afirmou que todas as pessoas que tinham sido convocadas para serem ouvidas no âmbito desse processo foram ilibadas e que  o processo foi arquivado.

A primeira tentativa do Ministério Público em levantar a imunidade parlamentar a Domingos Simões Pereira, ocorrreu em 2018 e a segunda em julho de 2021. O parlamento tem recusado  sempre o levantamento da imunidade do deputado, por falta de razões que o justifique. 

ANG/ÂC//SG

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Número de raptos aumentou na África do Sul, diz polícia

© Reuters

 POR LUSA     16/02/24 

O ministro da Polícia da África do Sul considerou hoje que o sequestro passou a ser um "negócio lucrativo" no crime organizado no país, com 4.577 casos reportados no último trimestre de 2023, a maioria em Gauteng.

"Os raptos para obtenção de resgate tornaram-se uma mercadoria lucrativa para o crime organizado na África do Sul. A Polícia Sul-Africana (SAPS) prossegue os seus esforços para identificar e deter grupos ligados a raptos, nomeadamente em que são feitos pedidos de resgate", declarou Bheki Cele.

O governante sul-africano, que apresentava à imprensa as estatísticas trimestrais do crime no país, adiantou que "mais de 300 suspeitos ligados a estes sequestros foram detidos nos últimos dois anos".

Nesse sentido, os dados do último trimestre divulgados pela polícia sul-africana indicam que pelo menos 138 sequestros foram por resgate financeiro, 23 por tráfico humano e 18 casos por extorsão.

De acordo com os dados relativos ao período de 01 de outubro a 31 de dezembro de 2023, divulgados hoje, e consultados pela Lusa, um total de 4.577 pessoas foram sequestradas na África do Sul no último trimestre de 2023, um aumento de 453 pessoas (11%) em relação ao mesmo período de 2022.

A maioria dos sequestros ocorreu na província de Gauteng, onde se situa Joanesburgo, a capital económica, e Pretória, a capital do país, que registou um aumento de 393 raptos (19,9%) em relação ao ano anterior, totalizando 2.367 sequestros. Em 2022, a polícia sul-africana reportou 1.974 sequestros nesta província, motor da economia sul-africana.

As províncias de Limpopo e de Mpumalanga, localizadas no norte da África do Sul, e que fazem fronteira com Moçambique, registaram um agravamento de 19,3% e 13,2% no número de sequestros, respetivamente, segundo as autoridades sul-africanas.

Em Limpopo, foram sequestradas 136 pessoas no último trimestre de 2023, contra 114 em 2022. Na província de Mpumalanga, a polícia reportou 291 raptos, mais 34 do que no ano anterior, refere-se nas estatísticas divulgadas hoje.

A África do Sul tem vindo a registar desde 2010/2011 um alastramento em grande escala de sequestros com origem em Moçambique, segundo o ativista anti-crime sul-africano Yusuf Abramjee.

"A tendência de sequestros na África do Sul aumentou dramaticamente nos últimos anos, mas certamente que origina, em parte, em Moçambique, onde empresários têm sido sequestrados há alguns anos e agora vemos um alastramento em grande escala para a África do Sul", referiu o ativista sul-africano em 2021 à Lusa.


domingo, 6 de março de 2022

Forças especiais britânicas e dos EUA preparam "resgate de alto risco"

© Getty

Notícias ao Minuto  06/03/22 

Tropas do Reino Unido, EUA e Ucrânia reuniram-se na Lituânia para preparar missão

As forças especiais dos Estados Unidos da América e Reino Unido terão reunido com tropas ucranianas numa base militar remota na Lituânia no sentido de preparar uma missão de "resgate de alto risco" do presidente ucraniano Volodymyr Zelenky. 

A notícia é avançada pelo jornal britânico The Sun que adianta que serão cerca de 70 soldados de elite do Reino Unido e 150 fuzileiros da Marinha dos EUA estão a treinar para esta missão junto de missão forças ucranianas. 

Esta missão de resgate acontece depois das forças especiais russas terem tornado Zelensky o principal alvo a matar.

O presidente ucraniano já escapou a três tentativas de homicídio em apenas uma semana, desde que a invasão teve início na madrugada de 24 de fevereiro. Apesar do risco, Zelensky preferiu manter-se no seu país e, quando lhe foi oferecida ajuda dos EUA para abandonar a Ucrânia, o presidente respondeu que precisava de "munições, não de uma boleia", preferindo manter-se a lutar. 

A invasão russa à Ucrânia mantem-se sem tréguas desde dia 24 de fevereiro. Segunda-feira, dia 7 de março, os dois países seguem para a terceira ronda de negociações numa tentativa de chegar a uma solução. Vladimir Putin parece, no entanto, não querer 'suavizar' a sua ofensiva e tem vindo a escalar os ataques ao país incessantemente.


Leia Também: 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, revelou hoje que Washington está a conversar com os seus aliados na Europa para proibir a importação de petróleo da Rússia como retaliação pela guerra na Ucrânia.


Os receios de um desastre nuclear aumentam, depois dos ataques em Chernobyl e Zaporizhzia.

O Kyiv Independent avança que as tropas russas bombardearam o Instituto de Física e Tecnologia de Kharkiv, e os serviços de segurança ucranianos alertaram que existe uma fonte de neutrões nas instalações, o que torna o ataque ainda mais perigoso.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A esquema de corrupção montada pelo DSP


DSP como rei de Gang delega ao homem de negocios obscuros o obstrutor-mor CIPRIANO CASSAMA para encontrar negocios rentaveis para “sustentabilidade de partido”, este por sua vez encontrou na pessoas de Helmer o intermediario ideal para procurar negocio poucos claros a fim de beneficiar os gangs. Nesta missão que se possa apelidar de “MISSAO QUASE IMPOSSIVEL” lá o Sr. Helmer encontrou o mais temido burlão de Brasil tendo sido reportado pelo globo, que ele exibia-se ser o trilionario ou seja o homem mais rico do mundo.

Com o Celso na mira iniciou a actuação da maior rede de corrupção e trafico de influencia no nosso País, à cabeça desta organização mafiosa esta o Presidente de uma das instituições mais respeitada da República Cipriano Cassama, tendo o proprio solicitado a emissão do passaporte Diplomata para o Celso(burlão) com a promessa de trazer investimento avultado, de que ainda estamos a espera – ku Cipras Guine Cansa.

A ramificação desta mafia não acaba aqui,o DSP nomou Mr. resgate para encontrar o fundo, este encontrou-o através de “resgate” com o qual compraram os carros e ao mesmo tempo financiaram MCCI com o objectivo de cumprir agenda, enquanto paralelamente aguardavam para a conclusão de mega-negocio do “triolinario” Celso.

Com o “resgate” a andar de vento em poupa o Mr. Informador vai manipulando a informação que lhe chega para os meios de comunicação social, particularmente o blog de regime/propaganda. 
Quanto a Augusto este parece ser usado para descartar depois, porque se tivessem tanto estima para ele, porque é que não foi escolhido para um dos vice-Presidente?

Alpha e Marcel dispensam apresentação basta ver organograma esta la tudo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Migrantes africanos vendidos como escravos por 400 dólares

Grupo de migrantes num centro de detenção em Tripoli. Sobreviveram ao deserto e aos traficantes, agora aguardam o repatriamento   |  REUTERS

Muitos são obrigados a pedir dinheiro às famílias para evitar a escravatura. Segundo a Organização Internacional para as Migrações, o deserto do Sara ultrapassou o Mediterrâneo como principal causa de morte.

Conseguem chegar a território europeu, no melhor dos casos; ou são capturados, levados para um centro de detenção e repatriados. Ou acabam mortos por afogamento nas águas do Mediterrâneo - e a este trágico fim, junta-se agora a desumanidade de terminar os dias como escravo em território líbio, vendidos em leilão pelo equivalente a 400 dólares (340 euros).

Um trabalho da CNN, divulgado ontem, revela que em várias cidades da Líbia se realizam vendas de migrantes pelos traficantes que eram suposto trazê-los até à Europa. Provenientes de países da África subsariana, são forçados a permanecerem em locais fechados, sem água ou alimentação digna desse nome até serem vendidos. Um destes migrantes, Victory, natural da Nigéria, disse à CNN ter "gasto todas as economias" na tentativa de chegar até à Europa e acabou por ser vendido como escravo, supostamente por não ter pago o suficiente para a parte final da viagem. Victory, que aguarda num centro de detenção em Tripoli o repatriamento, ficou livre após a família pagar um resgate. Quando foi comprado valeu precisamente 400 dólares.


A investigação da CNN vem chamar a atenção para uma realidade que existe na Líbia desde o fim da ditadura de Muammar Kadhafi, em 2011. Realidade que ganhou maior dimensão desde que o país se tornou, em 2016, a principal plataforma para migrantes e refugiados tentarem chegar à Europa. E que a crise política, os confrontos entre fações e a desagregação do aparelho do Estado vieram facilitar.

Em abril último, um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) descrevia situações idênticas às de Victory, com "pessoas a serem vendidas em mercados a céu aberto". Uma reportagem publicada então pela revista Newsweek recolhia testemunhos - de homens e mulheres - de migrantes africanos e as situações de crueldade, violência e abuso a que tinham sido sujeitas estas pessoas pelos traficantes. E também pelos elementos da Guarda Marítima líbia e agentes dos centros de detenção deste país. Quanto a este último aspeto, um relatório do alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra"ad Al Hussein, divulgado ontem revela que "milhares de homens, mulheres e crianças emaciados, traumatizados, sem espaço para se mexerem, fechados em hangares e sem qualquer acesso a necessidades básicas".

Estão hoje 20 mil pessoas nos centros de detenção em Tripoli.

Vendido duas vezes

A reportagem da Newsweek recolhe o depoimento de um jovem adulto da Guiné que disse ter sido "vendido duas vezes". Na primeira, "fui vendido a um árabe, que me obrigou a trabalhar para ele e a telefonar à minha família a pedir dinheiro para pagar um resgate". Como isso não sucedeu, o primeiro árabe vendeu o guineense a "outro árabe", para o qual teve também de trabalhar, só ficando livre quando a família pagou o resgate.

A mesma reportagem refere que também as mulheres são vendidas em leilões de escravos e que o seu preço é superior ao dos homens. Além de forçadas a trabalho escravo, são vítimas de abusos sexuais.

Por seu lado, o relatório da OIM divulgado em abril revela que os traficantes, na fase inicial da viagem, durante a travessia do deserto do Sara, costumam negociar com grupos armados que raptam os migrantes para depois pedirem resgates, a serem pagos por transferência via Western Union ou Money Gram. Quando não são pagos os resgates, os migrantes são vendidos como escravos ou ficam sem comida.

Um outro relatório da OIM, da semana passada, indica que o maior número de mortes de migrantes sucede na travessia do Sara, estimando que seja agora o dobro do número de pessoas que já perderam a vida este ano na travessia do Mediterrâneo: 2750.

Dn.pt

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Crocodilo 'carrega' menino afogado e 'entrega-o' a equipa de resgate... A história inacreditável aconteceu na Indonésia. Corpo estava intacto, sem marcas de dentes.

© All Rights Reserved/Youtube/Caters Clips

Notícias ao Minuto  25/01/23 

Um crocodilo carregou o corpo intacto de um menino de quatro anos, 'entregando-o' à equipa de resgate, a cerca de um quilómetro de distância de onde ele se terá afogado.

O caso deu-se na Indonésia e está a suscitar atenção. 

O menino – identificado localmente como Muhammad Ziyad Wijaya – tinha desaparecido dois dias antes, perto do estuário de Jawa, na província de Kalimantan Oriental. 

Decorriam já as buscas pelo seu corpo quando o animal surge, com a criança 'em cima' do seu corpo.

Alguns pescadores presenciaram o momento e avistaram o réptil de 3 metros enquanto este nadava em direção ao barco, onde largou o corpo.

No vídeo - filmado por uma testemunha - que circula nas redes sociais e que o Notícias ao Minuto escolheu não publicar, pode ver-se dois homens a resgatar o corpo da água. 

Extraordinary Moment: Crocodile Carries Intact Body Of Boy, 4, Rescuers, Drowned In Indonesian River... @News-360-HD

Melkanius Kotta, líder da equipa de resgate, disse aos meios locais que acreditam que o animal "ajudou na busca pela vítima", e que o corpo estava intacto, sem marcas de mordidas. 

Ainda não se sabe o que causou o afogamento de Muhammad ou se os crocodilos no rio terão sido causa da sua morte, mas as primeiras informações são conta de que o menino caiu acidentalmente no rio enquanto brincava.


Leia Também: Túmulo egípcio com dez múmias de crocodilos causa surpresa em Assuão

terça-feira, 3 de agosto de 2021

MADEM-G15 REITERA CONFIANÇA AO COORDENADOR NACIONAL E FELICITA SISSOCO PELO RESGATE DA CREDIBILIDADE DO PAÍS

Jornal Odemocrata  03/08/2021 

O Conselho Nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM–G15) aprovou esta segunda-feira, 2 de agosto de 2021, uma moção de confiança ao seu coordenador nacional, Braima Camará, e felicitou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, pela “viragem histórica” que proporcionou no plano de “resgate” da credibilidade interna e externa e da reafirmação da Guiné-Bissau no concerto das nações.  

A moção de confiança foi aprovada por unanimidade e a resolução final foi votada pela  maioria dos membros presentes na sala, ou seja, dos 615 membros do conselho nacional apenas um votou contra e zero abstenções. A reunião ordinária do Conselho Nacional do MADEM decorreu de 31 de julho a 2 de agosto, numa das unidades hoteleiras de Bissau, na qual foram apreciados os relatórios das atividades das diferentes estruturas do partido, do seu grupo parlamentar e do governo de coligação. 

O Conselho apelou ao governo a servir-se dos instrumentos de concertação e seguimento permanente do acordo de incidência parlamentar, nomeadamente, o comité de seguimento e a cimeira de líderes para apreciar de forma preventiva questões sensíveis de governação e de gestão administrativa dos assuntos correntes, “por forma a evitar decisões, suscetíveis de impactar negativamente a governação do país”. 

“Manifestar a sua solidariedade indefectível face às adversidades políticas e comportamentos atentatórios à sua imagem e consequentemente reiterar-lhe toda a confiança. Exortar e encorajar toda a direção superior do partido no sentido de promover maior coesão em torno do coordenador nacional na implementação das grandes decisões”, refere a moção de confiança. 

Na resolução final, endereçaram as suas mais vivas felicitações a todo o povo guineense pela confiança e o reconhecimento que expressaram no MADEM-G15 nas eleições legislativas e presidenciais de 2019. Garantiram neste particular a “entrega e o comprometimento total na construção de uma Guiné-Bissau unida, estável e capaz de promover o seu desenvolvimento sócio-económico”.

“Congratular-se com a forma responsável, producente como o partido tem sido conduzido pela atual liderança e, em particular, pelo seu coordenador nacional, Braima Camará, augurando um partido cada vez mais unido, coeso, justo, rumo a novas vitórias” lê-se na resolução final, que também felicita o Presidente da República, pela “viragem histórica que proporcionou no plano do resgate a credibilidade interna e externa e da reafirmação da Guiné-Bissau no concerto das nações soberanas da África e do mundo”. 

Reitera igualmente o engajamento do partido no respeito do princípio, segundo o qual, “as nomeações devem ter por base os critérios de provada e reconhecida competência técnica e destacada experiência profissional, a fim de evitar ou minimizar o risco de partidarização abusiva da administração pública”.

O conselho nacional decidiu instituir a data de 02 de julho como dia oficial da fundação do MADEM-G15, no ilhéu de Gardete, setor de Prábis, região de Biombo, no norte da Guiné-Bissau.   

Em declarações aos jornalistas no final dos trabalhos, o coordenador nacional, Braima Camará, mostrou-se satisfeito e orgulhoso pela confiança que os membros do conselho nacional depositaram na sua liderança. Frisou que doravante a sua missão vai se concentrar na “união do partido por dentro e por fora”.

Questionado se o voto da moção de confiança a sua liderança e a felicitação do desempenho do Presidente da República, significa a sua reaproximação com Umaro Sissoco Embaló, respondeu que “o Presidente da República é o Chefe de Estado e eu sou o líder do partido. Tenho todo o respeito pelo chefe de Estado e podemos divergir numa outra situação, mas nós dialogámos com o aconselhamento dos nossos pais, Luís Oliveira Sanca, Aladje Sambudjan e a nossa mãe, Hadja Satu Camará, estou convencido que vamos honrar todas as espetativas e confiança depositadas em nós”.

“Eu e o Presidente da República temos falado, ainda hoje trocamos mensagens duas vezes. Eu tenho a minha visão e penso que não seria eu a criar problemas, porque não tenho as condições de o fazer. O que quero é corresponder à confiança que o povo depositou em nós. MADEM foi o proponente do General Umaro Sissoco Embaló a função do Presidente da República, por isso temos toda a responsabilidade moral de apoiá-lo para que ele possa ter uma magistratura de influência de legalidade e do respeito do Estado de direito democrático para que o nosso partido possa continuar a ganhar a confiança do povo da Guiné-Bissau”.

Por: Assana Sambú

domingo, 14 de maio de 2017

Geraldo Martins: “CCIAS LEVANTOU MAIS DE DOIS BILHÕES DE FCFA DO FUNPI EM 2013”

[GRANDE ENTREVISTA parte 1 sobre 2] O ex-ministro da Economia e Finanças de governo do PAIGC, Geraldo Martins, revelou que a Câmara do Comércio da Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) fez um “festival” do levantamento do dinheiro do Fundo de Promoção à Industrialização de Produtos Agrícolas (FUNPI) no período de transição. Explicou neste particular que no ano 2013, a CCIAS levantou uma soma estimada em dois bilhões e setecentos milhões de francos CFA [4 115 853 euros], em diferentes ocasiões, para o seu uso e sem apresentar nenhuma justificação, de acordo com as regras que pediam a justificação dos valores requisitados.

O ex-governante e antigo gestor do Banco Mundial falava para a rubrica “Grande Entrevista” do Jornal O Democrata, e fez a retrospectiva da Mesa Redonda de Bruxelas bem como dos projetos de desenvolvimento ambicioso que se pretendia implementar no país, que segundo ele, transformariam o aspecto da capital Bissau. Fez igualmente uma abordagem sobre a gestão das contas públicas nos governos de Domingos Simões Pereira e Carlos Correia, no qual fazia parte como titular da pasta de Economia e Finanças.

“O FUNPI é responsável em parte pela situação em que se encontra a Guiné-Bissau, porque o FUNPI é uma teia de interesses financeiros pessoais obscuros. Quando se olha pela constituição do FUNPI e como era gerido o dinheiro! Há interesses financeiros obscuros que sustentavam o FUNPI. O que justifica que se abra toda esta guerra contra os governos de Domingos Simões Pereira e de Carlos Correia? Porque dissemos que íamos acabar com o FUNPI”, explicou o antigo gestor do Banco Mundial e ministro da Economia e Finanças em dois governos do partido libertador, nesta legislatura.

O Democrata (OD): Quase dois anos depois da queda do governo de que fazia parte, que análise faz da actual situação económica e financeira do país?

Geraldo Martins (GM): Eu costumo dizer que há dois elementos importantes nas análises que podemos fazer. Nós, no programa do governo liderado pelo Eng. Domingos Simões Pereira que iniciou as suas funções em 2014, estabelecemos uma meta de crescimento económico e dissemos que o crescimento económico em 2015 seria de 5 por cento. A ideia é que até ao final da legislatura, em 2018, pudéssemos ter um crescimento económico de pelo menos 7 por cento.

Fomos a Bruxelas. Na verdade, não contávamos com aquilo que obtivemos em Bruxelas. Estávamos a contar com 500 milhões de dólares norte-americanos. Obtivemos três vezes mais. Quando obtivemos 1.5 milhões de dólares, tivemos logo a certeza de que podíamos atingir o fim da legislatura com um crescimento económico superior a 7 por cento porque, como se sabe, o crescimento económico depende de vários factores. Desde o consumo, exportação e investimento, quer público e quer privado.

Não podemos basear o nosso crescimento económico no consumo privado por causa da pobreza, dado que as pessoas não têm muito dinheiro. Estabelecemos regras muito claras em relação à exportação da castanha de caju. Tivemos uma campanha de caju extraordinária, aliás, como sabem em 2015, exportamos 180 mil toneladas. Em 2016 batemos um record de praticamente de 200 mil toneladas de castanha exportada. Quanto mais exportação houver, maior é o crescimento económico.

Quando tivemos a promessa de 1.5 milhões de dólares em Bruxelas, entendemos que podíamos ir além de 7 por cento, porque sabemos que o investimento público seria mais acelerado, ou seja, teríamos dinheiro para fazer mais investimento público. Infelizmente com a situação política, uma boa parte desse dinheiro não entrou e provavelmente não entrará. Quando se analisa a situação política, a conclusão é que a Guiné-Bissau podia chegar ao final desta legislatura com um crescimento económico de praticamente dois dígitos e infelizmente não vamos chegar lá, porque houve essa situação que acabou por cortar a dinâmica.

OD: Para já, por causa da constante crise política e governativa, tudo parece estar agora numa incerteza. Há esperança ainda quanto ao desbloqueamento dos fundos prometidos?

GM: É praticamente impossível desbloquear aqueles fundos que estavam associados aos projectos a realizar. Estes projectos não existem, porque quando o governo caiu não houve estabilidade e condições institucionais para elaboração destes projectos.  É preciso dizer que uma parte desses fundos já tinha alguns projectos.

A parte que já tinha projectos e alguns desses projectos continuaram, talvez. Mas, por exemplo, o projecto do cabo submarino está em ‘banho maria’, mas é um projecto que já estava a ser discutido e parte do projecto seria financiado com fundos provenientes do Banco Mundial no âmbito da Mesa Redonda de Bruxelas. Havia outros fundos que foram prometidos na condição de se elaborar um projectos para absolvê-los.

Um dos exemplos que quero dar é do Banco Árabe de Desenvolvimento (BDEA) que prometeu 20 milhões de dólares, mas que pediu a apresentação de projecto. Um projecto viável que queríamos apresentar era o projecto da construção da rotunda de Chapa de Bissau. Era a construção de um viaduto que permitiria que alguns carros pudessem subir e outros andar por baixo, a fim de evitar o congestionamento naquele lugar. Esse projecto foi apresentado imediatamente depois da mesa redonda e uma missão de BDEA viria a Bissau, para avaliar.

Depois íamos fazer a marginal de Bissau que começaria por aquela estrada que sai do edifício das Nações Unidas e passa pela estrada de ‘Sacor’ e vai até ao bairro de Cuntum Madina. A estrada seria alcatroada e bem qualificada. Esse dinheiro já não vem…!

OD: Foram no total 1.5 milhões de dólares. Para além dos projectos que acabou de mencionar, quais foram os grandes projectos concretos levados à mesa redonda e quais eram os mecanismos delineados para a sua implementação?

GM: Os projectos estão todos no plano estratégico e operacional ‘Terra Ranka’. O plano estratégico e operacional foi apresentado com uma lista de projectos. Alguns desses projectos já existiam, ou seja, já tinham estudos de viabilidade. Outros eram ideias de projectos que iam ser transformados em projectos concretos para poder absolver os fundos. Com a queda dos governos e com a instabilidade política, e sem programa de governo e sem orçamento, e sobretudo com a falta de confiança, obviamente que os parceiros não vão colocar o dinheiro, porque não há projectos.

OD: A sua passagem pelo Ministério de Economia e Finanças foi marcada pela polémica a volta do resgate financeiro – compra de carteiras de dívidas de empresários guineenses junto de dois bancos comerciais – na ordem de 34 bilhões de francos CFA. Como responsável máximo do sector, o senhor sente-se culpado por essa operação que muitos apelidaram de ‘escândalo’?       

GM: Não há escândalo nenhum! Pelo contrário é uma operação que denota o cinismo político da parte de alguns políticos na Guiné-Bissau. Quando eu assumi as funções em julho de 2014, esse dossier de resgate já estava a ser tratado pelo governo de transição, portanto não é um dossier que começou comigo.

Recebi o dossier na passação e vi que dois bancos comercias, nomeadamente BAO e BDU tinham uma carteira mal parada de cerca de 30 bilhões de Francos CFA. O governo de transição já estava a pensar como resolver a questão, porque os bancos estavam numa situação difícil.

Havia uma lista dos empresários que eram devedores do banco e que não conseguiram liquidar as suas contas com os bancos, com o argumento de que os acontecimentos de 12 de abril [golpe de Estado que derrubou o governo de Carlos Gomes Júnior, em 2012] perderam dinheiro e não conseguiram fazer uma boa campanha de caju. Por isso é que eles não conseguiram reembolsar os bancos, que acabaram por ficar numa situação difícil. Há critérios de concessão de créditos e quando um banco tem uma carteira de dívida mal parada elevada, de acordo com as regras da própria Comissão Bancária, este banco fica impedido de continuar a dar crédito.

O que aconteceu foi que nós apenas tomamos a decisão de avançar com esse resgate em junho de 2015, ou seja, um ano depois. Levamos um ano a estudar o dossier, se deveríamos avançar ou não. Durante esse ano houve muita pressão política da parte do Presidente da República e da parte de alguns aliados políticos do Presidente da República. Muitos políticos da praça estão na lista dos famosos empresários que têm dívidas com os bancos. Havia uma pressão política enorme no sentido de se efectuar essa operação de compra de créditos bancários.

Lembro que o próprio Presidente da República andava a dizer que ele, enquanto ministro das finanças, pagou a dívida interna, mas que o governo de Eng. Domingos Simões Pereira e, depois Eng. Carlos Correia não fizeram nada para o sector privado. Chamou os responsáveis dos bancos numa reunião no Palácio, na qual perguntou o porque é que não estavam a dar crédito, etc. Na intervenção pública que fez, quase culpabilizou o governo de não estar apoiar o sector privado.

No fundo tudo isso era parte de uma pressão para nós avançarmos com a compra de créditos bancários. Finalmente decidimos avançar com o resgate, um ano depois de termos recebido o dossier. Nós procuramos encontrar a melhor fórmula de avançar com operações sem pôr em causa as finanças públicas. E fizemos uma coisa muito simples.

Dissemos aos bancos que compraríamos essa dívida dos 30 bilhões de Francos CFA dos créditos mal parados. Faríamos um contrato. Mas que não pagaríamos. Seria uma operação meramente contabilística. Eles dar-nos-iam 30 bilhões de empréstimos, mas o dinheiro não entraria para os cofres do Estado. Serviria para cobrir as dívidas dos empresários que tinham dívidas com os bancos.

Dessa forma eliminaram todas essas dívidas. Quando as dívidas fossem eliminadas, o Estado ficaria a dever aos bancos 30 bilhões, mas o Estado não entrou com nem um franco cfa. Demos os mandatos aos próprios bancos para irem renegociar com os tais empresários. Havia uns que já não podiam pagar as dívidas e os júros estavam a acumular. A partir daquela operação, os júros estancaram.

Havia os que tinham dívidas de, por exemplo, seis bilhões de francos cfa. Se a operação não tivesse sido feita, um ano depois e com os júros, a dívida estaria nos 6.5 milhões de francos CFA, porque os júros estariam a aumentar. A partir daquela operação, os júros pararam e os empresários negociariam com o banco o pagamento dos seis bilhões. Então assinariam um acordo com o banco e na qual comprometer-se-ia a pagar, por exemplo, em cinco anos.

O banco, a partir dali conseguiria respirar e passar novamente a dar novos créditos a outros empresários. Havia empresários que já não podiam receber créditos porque o banco estava no vermelho e a Comissão Bancária não o permitia dar créditos por causa desta situação.

Acontece que, nós tínhamos um programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Sabem que um programa com o FMI é um pacote e neste pacote há alguns indicadores que o governo deve respeitar. Tínhamos vários indicadores. E quando o FMI veio fazer uma avaliação e viu que todos os indicadores estavam bem. Apenas um indicador não estava bem que é o crédito líquido do Governo junto a banca.

Porque? Precisamente para fazer essa operação o governo contraiu a tal dívida e aumentou a sua dívida de 3 bilhões. O FMI não concordou. Aliás, entendeu que aquilo aumentaria a dívida do governo por um lado e, por outro lado beneficiaria algumas pessoas, das mais ricas do país e, então isso não é uma operação que o FMI podia aceitar.

Discutimos com os responsáveis do FMI em Bissau e estivemos em Washington para discutir a mesma matéria. No fim o FMI diz que não concordava com a operação e pediu que o governo voltasse atrás.

OD: Mas o governo insistiu com a operação?

GM: Não, o governo voltou atrás. Eu voltei atrás e fiz uma carta aos dois bancos, informando que infelizmente não poderíamos continuar com a operação. Porque estamos num programa com o FMI e ao abrigo do programa, o FMI coloca reservas em relação à operação. Convidamos os bancos a negociar a melhor forma de sairmos da operação. Foi durante o governo de Eng. Carlos Correia e a questão foi politizada.

A questão foi politizada de forma a tirar um proveito político. Lembro que o próprio Presidente da República, quando soube que eu assinei o resgate, ficou satisfeito. A maior parte dos políticos que estão hoje contra o governo de PAIGC e que constam desta lista de devedores ficaram satisfeitos naquela altura.

OD: Exactamente, quais são os empresários que fizeram a parte desta lista de devedores?

GM: Não! Eu não quero chamar os nomes dos fulanos ou beltranos que contraíram a dívida com os bancos…

OD: Então, quais eram os critérios usados para a seleção de empresários que beneficiariam dessa operação?

GM: Foram os bancos que nos deram a lista dos empresários que contraíram as dívidas com os mesmos, mas hão-de ver um dia a lista e ficarão a saber que apenas os empresários políticos é que estavam na lista. Há uma coisa que as pessoas não sabiam é que o governo nem ia pagar a referida dívida, porque os bancos renegociaram com os empresários e há alguns que pedem mais de 5 a 7 anos para pagar.

O contrato que fizemos com os bancos foi de 10 anos, ou seja, o governo só pagaria se no final do contrato que seria em 2025, houvesse ainda alguma coisa para pagar.

OD: O Governo contratou na altura um gabinete de assessoria jurídica para a preparação do dossiê de compras dos créditos bancários. É verdade que executivo pagou mais de três mil milhões de francos CFA ao referido gabinete pelo serviço prestado?

GM: Não! Isto foi uma das inverdades. Primeiro, o governo não contratou gabinete nenhum. O governo não precisava contratar um gabinete, porque temos a nossa equipa de assessores e de advogados que trabalham para nós no ministério, portanto, não precisávamos contratar ninguém.

Quem contratou os gabinetes foram os bancos, os bancos é que contrataram o gabinete para ajudá-los a resolver o problema. O que aconteceu foi que as duas operações com os bancos, o Banco da África Ocidental (BAO) e o Banco da União (BDU), não foram realizadas na mesma altura. Realizamos a operação com o BAO em julho de 2015, logo a seguir em agosto o governo caiu. A operação com BDU ficou suspensa, porque o governo caiu.

Alguns meses depois há um novo governo do Engenheiro Carlos Correia, prosseguimos as negociações com o BDU e, finalmente, assinamos com o BDU em novembro de 2015. O que aconteceu foi que o gabinete que trabalhou com o BAO, e como a operação do BAO foi concluída com sucesso, quando estávamos a negociar com o BDU, o governo recomendou ao BDU se pudesse trabalhar com o mesmo gabinete, porque este já tinha experiência na matéria, sendo uma operação tecnicamente complexa.

Assim poderiam acelerar a operação com BDU. E o BDU aceitou e recrutou o tal gabinete. Todos os pagamentos que foram efetuados ao gabinete foram feitos pelos bancos. O governo não pagou nenhum tostão, os bancos é que pagaram.

OD: O governo, no qual o senhor assumiu a pasta da economia de finanças, assinou com a companhia área lusa “EuroAtlantic” um acordo internamente criticado, com destaque para a cláusula que compromete a parte guineense a reembolsar mensalmente 90 mil Euros por eventuais perdas da parte da companhia. Quer esclarecer esse assunto?

GM: Não é bem assim… lembrem-se que na altura em que assumimos a governação, o país estava isolado, ou melhor, nenhuma transportadora vinha para Bissau. A Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) tinha deixado de vir a Bissau, por razões que todos conhecemos. Uma das coisas que o governo fez foi encontrar uma forma de tirar o país do isolamento. Neste sentido encetamos as negociações com a companhia EuroAtlantic. E acontece que acabamos por fazer uma especie de aluguer.

Por exemplo, você aluga um ‘toca-toca’. O dono de ‘toca-toca’ diz que diariamente você tem que lhe dar 50 mil francos cfa. Porém a receita que fizer será sua. No fundo foi o que nós fizemos: alugamos o EuroAtlantic e a companhia disse-nos que mensalmente teríamos que lhes dar 90 mil Euros. Mas todos os bilhetes que são pagos pelos passageiros seria nosso dinheiro. Tínhamos começado com voos semanais, o que faz quatro voos por mês.

Em um avião com mais ou menos 200 lugares é possível perfeitamente recuperar esse dinheiro. Criamos uma comissão para controlar o processo e abrimos uma conta. EuroAtlantic vende o bilhete e coloca o dinheiro na nossa conta e nós no final do mês transferimos para a companhia os seus 90 mil Euros. O dinheiro que transferimos para a companhia é coberto com a venda dos bilhetes. Ao longo da operação, desde o início dos contactos e até ao fim cobrimos tudo. Houve uma altura em que a venda dos bilhetes não conseguia cobrir o valor que devíamos reembolsar a companhia, aliás, como se sabe, as companhias áreas dependem da época, ou seja, a época baixa e época alta. Havia também altura em que a venda dos bilhetes ultrapassava e muito o valor de 90 mil Euros que devíamos reembolsar a EuroAtlantic. São no período de Natal e ano novo, há sempre muita movimentação de passageiros e cargas.

Há um relatório que mostrou claramente que tudo aquilo que o Estado pagou, recebeu-o de volta. Inclusivamente nas contas finais, o Estado até teve sobras, ou seja, o Estado não perdeu nenhum franco nesta operação. Quando o contrato terminou e a companhia mostrou-se disponível a continuar o voo para o país, acabou por multiplicar o número de voos para a Guiné-Bissau.

OD: O FUNPI é um assunto tido como ‘tabu’ por todos os executivos que se sucederam desde 2011, altura da sua criação. O senhor foi quem mandou suprimir o referido fundo durante o governo liderado pelo Eng. Domingos Simões Pereira. O que justificava essa medida? Havia anomalias?   

GM: Foi na altura da apresentação do Orçamento Geral do Estado do ano 2015, no Parlamento. E como sabem o FUNPI é um imposto e sendo um imposto tem que constar na lei do Orçamento Geral do Estado para ser aprovado pela Assembleia Nacional Popular, porque o governo não tem legitimidade para criar ou para abolir um imposto. A única entidade que tem a legitimidade para criar ou abolir um imposto é a Assembleia. Fomos ao Parlamento e dissemos que estamos a propor a abolição de um imposto que é o FUNPI. A Assembleia depois de um debate, acabou por suspender o FUNPI até que uma auditoria às contas do FUNPI fosse realizada.

Porque é que eu quis a abolição do FUNPI? Porque o FUNPI era um imposto muito controverso, costumo dizer que o FUNPI talvez seja o imposto mais controverso do mundo. É um imposto que divide praticamente todos os seguimentos da sociedade e mesmo no governo liderado por Eng. Domingos Simões Pereira, havia divisão. Havia os que defendiam a sua abolição e havia os que pediam a sua continuidade. Mesmo na classe empresarial havia divisão sobre a mesma matéria.  A nível da própria sociedade era a mesma coisa.

A minha proposta naquela altura era acabar com esse imposto, porque estava dividir-nos. Outra razão é que se trata de um imposto que estava a ser utilizado de uma forma que ninguém entendia… ora o Estado utilizava uma parte e o sector privado utilizava outra parte. Apesar do Estado ter utilizado uma boa parte dos fundos do FUNPI, a utilização dos fundos do FUNPI pelo Estado tem rastos.

O FUNPI foi criado em 2011, mas em 2012, depois do golpe de Estado de 12 de abril, o governo na altura foi buscar uma parte do dinheiro nos fundos do FUNPI para pagar salários. Isso está registado nas Tabelas Financeiras de Operação do Estado (TOFE) que são enviados ao Tribunal de Contas.

O Estado em 2011 utilizou o dinheiro do FUNPI para comprar viaturas para os Conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça. O Estado utilizou uma parte do dinheiro do FUNPI para pagar os salários dos professores e do pessoal de saúde. Utilizou esse mesmo fundo para o pagamento de quotas da Guiné-Bissau nas organizações internacionais, etc…quando se trata do sector privado é ai que os problemas começam… lembro que foi celebrado um memorando de entendimento entre o governo e o sector privado através da Câmara do Comércio Agricultura, Industria e Serviços (CCIAS).

OD: Há informações que indicam que o ex-ministro de Comércio em 2011, Botche Candé, levantou 600 milhões de francos CFA para a compra de viaturas para os juízes conselheiros. Confirma essas informações…

GM: Confirmo que o caso da compras de viaturas. Aliás, eu não estava, mas isso é o que diferentes relatórios que me foram apresentados dizem. O relatório diz que um dos primeiros levantamentos do dinheiro do FUNPI, foi quando o então ministro do Comércio, Botche Candé levantou 600 milhões de Francos CFA para a compra de viaturas para os juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça.

A informação que eu tive é que foram comprados cinco viaturas, portanto confirmo essa informação que consta nos relatórios da comissão paritária da gestão do FUNPI. Uma coisa que quero esclarecer é que não há registo contabilístico desta operação no ministério da Economia e Finanças.

OD: Será que o ministro de Comércio podia fazer essa operação, uma vez que o ministro das Finanças é o responsável pelas operações do governo?

GM: Evidentemente que há uma responsabilidade aqui que adiamos. Quem era o ministro das finanças é o actual Presidente da República. O Gestor das finanças públicas é o ministro das Finanças. Agora, como é que o ministro das Finanças deixa o ministro do Comércio… porque é que tem que ser o ministro do Comércio a levantar o dinheiro para ir comprar viaturas para os juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça.

Isso realmente não se compreende. Depois, se fizermos as contas e chegamos à conclusão que as cinco viaturas compradas custa cada uma 120 milhões de Francos CFA. Porque foram no total levantados 600 milhões de francos cfa do fundo do FUNPI.

Em 2012, a Câmara do Comércio fez uma pressão e levantou 500 milhões de francos cfa, alegando que ia comprar o antigo o Banco Internacional da Guiné-Bissau (BIGB), mas depois pegaram naquele dinheiro e foram depositá-lo numa conta do tesouro, dizendo que era o pagamento da operação. Portanto a partir daquela altura, o BIGB pertencia-lhes. O ministro das Finanças naltura era o falecido Demba Dhaba. Quando percebeu que havia ‘gato’ naquela operação, então mandou suspendê-la.

Em 2013 começou o festival de levantamentos do dinheiro do FUNPI da parte da Câmara do Comércio. Neste ano levantaram-se 300 milhões de francos cfa. Mas o memorando diz claramente que para o levantamento desse dinheiro tinha que haver um contrato do programa com o Governo, em que a Câmara do Comercio diria claramente o que queria com esse dinheiro. Eles levantavam o dinheiro geralmente sem contrato do programa e apenas faziam uma carta ao governo, dizendo precisamos de dinheiro.

Em 2013, a CCIAS levantou 300 milhões de FCFA e este fundo nunca foi justificado, depois levantaram 500 milhões de FCFA para os fins não justificados. Voltaram a levantar 437 milhões e 500 mil de FCFA e este dinheiro nunca foi justificado. Pediram uma transferência de 215 milhões de FCFA para a conta deles na ORABANK e o mesmo nunca foi justificado, depois pediram 171 milhões de transferências para a conta deles no BDU, este dinheiro não foi justificado. Pediram ainda 130 milhões para a conta deles no EKOBANK e o mesmo dinheiro não foi justificado. Isso tudo são levantamentos feitos em 2013!

Já em 2014, foram transferidos 500 milhões de francos CFA para a conta da Câmara de Comércio no BAO e este dinheiro também nunca foi justificado. Ou seja, só com a Câmara de Comércio Indústria, Agricultura e Serviços são no total dois bilhões e 700 milhões de Francos CFA, que foram transferidos para diferentes contas daquela instituição e que nunca justificaram o seu uso. O princípio de utilização dos fundos públicos por entidades privadas é que estes fundos devem ser justificados. O Estado deixa rastos dos fundos que utiliza, mas os privados são obrigados a justificar a utilização dos fundos recebidos.

O FUNPI é responsável em parte pela situação em que se encontra a Guiné-Bissau, porque o FUNPI é uma teia de interesses financeiros pessoais obscuros. Quando se olha pela constituição do FUNPI e como é que o dinheiro desse fundo era gerido…conclui-se que há interesses pessoais financeiros obscuros que sustentavam o FUNPI. O que é que justifica que se abra toda esta guerra contra os governos de Domingos Simões Pereira e de Carlos Correia? Porque dissemos que íamos acabar com o FUNPI. Nós iriamos acabar com o imposto, mas eu, enquanto ministro das Finanças, se havia quem queria impostos era eu e porque é dos impostos que vou buscar os fundos para fazer as despesas do Estado. Quando digo que não quero é porque há um problema.

OD: Qual é o montante que o governo liderado por Eng. Domingos Simões Pereira encontrou na conta do FUNPI?

GM: Até o ano 2014, ou seja, até o momento que assumimos as rédeas de governação, o FUNPI tinha as contas nos bancos comerciais. Depois de assumirmos o governo, passamos a conta do FUNPI para o tesouro público. O grande debate sobre o FUNPI era o seguinte: FUNPI era dinheiro do sector privado ou era do Estado. Em 2012 depois de golpe de Estado, quando o governo foi buscar os fundos do FUNPI para pagar salários, fê-lo a título de empréstimo.

Mas desde quando é que um imposto é dinheiro dos privados? Isso é um imposto e a única entidade que tem a legitimidade para cobrar um imposto é o Estado. Foi em 2014 que decidimos a transferência de todas as contas do FUNPI para a conta do tesouro público no banco central, foi a partir dessa altura que realmente começou a guerra.

OD: Os Governos de Eng. Domingos Simões Pereira e de Eng. Carlos Correia pagaram salários com o dinheiro do FUNPI?

GM: Não! O que nós fizemos com parte do dinheiro é pagar as dívidas externas do país. Quando mudamos a conta do FUNPI para o tesouro público, entrou uma soma de quatro bilhões de francos cfa e uma parte desse dinheiro foi usado para o pagamento das dívidas externas do país antes da realização da Mesa Redonda de Bruxelas.

OD: Qual é o montante usado nesta operação de pagamento das dívidas externas?

GM: Em 2014, lembro-me que transferimos uma soma de 500 milhões de francos CFA para a Câmara de Comércio, porque ao abrigo de memorando a Câmara reclama sempre a parte deles. Eles reclamam sempre a parte deles e nunca apresentam os justificativos de uso dos fundos levantados. Transferimos 500 milhões de FCFA para o FUNDEI para a compra da castanha de cajú e para trabalhar com pequenos empresários.

Transferimos 137 milhões de FCFA para a ANCA como o apoio institucional, depois gastamos 47 milhões de FCFA para o pagamento de uma agência chamada ACE, no âmbito de projecto do cabo submarino, porque era preciso que a Guiné-Bissau entrasse com algum dinheiro para que pudesse fazer parte e ter o direito ao cabo submarino. Depois gastamos 1.7 milhões de Francos CFA para o pagamento de atrasados das quotas às várias organizações, nomeadamente OMVG, BOAD, BAD, etc… pagamos também 200 milhões de atrasados de serviços de dívida ao Fundo do Kwaite, ao Banco Europeu de Investimento e entre outros.

Pagamos 900 milhões de francos cfa para algumas despesas da Empresa de Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), que incluem garantias de aluguer de grupos. Foi desta forma que nós utilizamos o dinheiro do FUNPI. 

…Entrevista continua na próxima edição… 

Por: Assana Sambú, António Nhaga e Sene Camará

Fotos: Marcelo Ncanha Na Ritche

Maio de 2017

OdemocrataGB