quinta-feira, 13 de julho de 2023

Comunicação Social - Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau lamenta fecho das emissões da RTP e RDP/África no país

Bissau, 13 Jul 23 (ANG) – O Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau (OJGB),  António Nhaga  lamentou hoje o fecho das emissões da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) e Rádio Difusão Portuguesa (RDP/África), que segundo diz,  “não abona em nada para a imagem do país”.

Em entrevista exclusiva concedida esta quinta-feira à ANG, António Nhaga sustentou que a liberdade de expressão é fundamental para o exercício democrático, acrescentando que não é benéfico para o país se os órgãos de comunicação social estão sendo fechados.

“Estou convencido de que tudo o que a Guiné-Bissau podia ganhar com a realização da Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está manchada. Porque, de fato, sair da realização da Cimeira da CEDEAO e Sessão Extraordinária da UEMOA digamos que ganhamos uma imagem, mas a seguir fecharmos a Rádio e a Televisão. Isso não abona para realização da democracia”, frisou.

O Governo guineense exigiu,  em comunicado, tornado público no passado dia, 09 do corrente mês, a reposição da verdade sobre  todas as injúrias, difamações e acusações, termologias que diz serem “levianamente proferidas” nos canais da RTP e RDP/África contra o Chefe de Estado  Umaro Sissoco Embaló, sob pena de tomar “medidas retificadoras”.

Na quarta-feira a noite , segundo uma fonte da RTP/Africa,  os dois serviços  de comunicação social portugueses receberam ordem de fecho das suas emissões. A fonte da RTP/Africa disse que foram-lhe dito que o fecho das duas emissões teria sido decidida   por “Ordem Superior”.

Para o Bastonário da Ordem de Jornalistas da Guiné-Bissau, a democracia exige liberdade de expressão, exige ainda ter órgãos de comunicação social onde as pessoas possam exprimir, e Nhaga salienta  que se uma pessoa exprimir num programa da RTP ou RDP isso não pode impedir o Presidente da República e nem ninguém de exercer as suas funções.

O fecho dos órgãos de comunicação social, de acordo com o Nhaga, não dignifica o Estado Democrático que se quer construir no país, e sobretudo órgãos internacionais, porque a decisão vai ter efeitos  na imagem externa do país.

António Nhaga sublinhou que nesse momento “quer queiramos ou não as pessoas vão dizer que não há democracia porque fecham rádios,  e questiona se a RDP e RTP/África não estão noutros países dos PALOP, e diz que estão, mas nunca são fechadas e que de fato, os Presidentes tomam medidas caso necessário.

Para o comunicólogo, esse tipo de decisões  pode comprometer as relações entre a Guiné-Bissau e Portugal.

 “ Portugal é um país que tem grande influência no mundo, é ouvido quendo cada vez que há problemas nos PALOP. Dizem que  é quem colonizou e conhece melhor as suas colónias. Não é por acaso que dissemos que tudo que é nosso que vai passar pelo plano internacional passa por Portugal”, salientou. 

António Nhaga adverte  que  Portugal pode ajudar o país a fazer corredores nas Nações Unidas, União Europeia, mas se houver mal-estar pode também bloquear, sustentando que o Portugal pode não fazer esse bloqueio direto, mas há tentáculos onde pode contornar e fazer o que quer.      

Lamentou ainda que no país as pessoas não têm a noção de que a imprensa é fundamental para a democracia e para a construção de boa imagem  de um país. 

ANG/DMG/ÂC//SG     

"É preciso ser-se um completo idiota para rebentar com Zaporíjia"

© Reuters

Notícias ao Minuto    13/07/23 

Diretor da agência atómica russa deixou claro que a central nuclear ucraniana é de vital importância para os russos e não há planos para minar a sua eficácia.

O diretor da agência atómica da Rússia, a Rosatom, negou esta quinta-feira todas as acusações das autoridades ucranianas de que os russos planeiam bombardear a central nuclear de Zaporíjia deixando claro que apenas um "completo idiota" faria tal coisa.

Numa entrevista a uma televisão estatal russa, citada pela Reuters, Alexei Likhachev, considerou que as acusações feitas por Volodymyr Zelensky são infundadas, após o presidente ucraniano ter dito que os russos colocaram explosivos no telhado de vários reatores da maior central nuclear da Europa.

Na quarta-feira, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciaram que não foram encontrados quaisquer explosivos na central, mas ainda faltava realizar vistorias a dois reatores.

Para Likhachev, as acusações de Kyiv são "provocações", que fazem parte de uma campanha de propaganda contra o domínio russo sobre a infraestrutura em Zaporíjia.

"Era preciso ser-se um completo idiota para rebentar com a central de energia nuclear onde trabalham 3.500 pessoas, incluindo um número muito significativo de pessoas de toda a Rússia", argumentou o diretor da Rosatom.

Alexei Likhachev alegou ainda, citando dados e informações dos serviços de inteligência russos, que eram os ucranianos que tinham desenvolvido planos para bombardear a central e responsabilizar os russos. Esta troca de acusações tem sido, aliás, uma constante desde o início da guerra, com os dois lados do conflito a responsabilizarem-se pelas várias ameaças à segurança e integridade da infraestrutura.

A central nuclear de Zaporíjia fica situada próxima da linha da frente, no leste da Europa, mas a sua dimensão gerou grandes preocupações por parte das várias entidades internacionais, que receiam um desastre semelhante ao que ocorreu em Chernobyl, em 1986.


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QUÉNIA: Mais de 300 pessoas detidas em protestos no Quénia incluindo um deputado

© Lusa

POR LUSA   13/07/23 

Mais de 300 pessoas, incluindo um parlamentar, foram presas após protestos na quarta-feira, que já tinham sido proibidos pelas autoridades, contra os novos impostos no Quénia, disse hoje o ministro do Interior.

Durante essas manifestações antigovernamentais, sete pessoas foram mortas, de acordo com um novo relatório.

As manifestações de quarta-feira em várias cidades do país ficaram marcadas por confrontos ao longo do dia entre manifestantes e forças de segurança, com os primeiros a atirarem pedras e os segundos a responderem com gás lacrimogéneo e munições reais.

"As 312 pessoas que direta ou indiretamente planearam, orquestraram ou financiaram os protestos violentos e atos de ilegalidade (na quarta-feira), incluindo um parlamentar, foram presas e serão acusadas de vários crimes", afirmou Kithure Kindiki, condenando o "hooliganismo" e a "anarquia".

"A procura por outros responsáveis ??[pela violência] está em andamento", acrescentou.

Sete pessoas foram mortas durante esta nova mobilização da oposição. Na quarta-feira, duas fontes policiais disseram à agência France-Presse que seis pessoas foram mortas a tiro pela polícia durante manifestações em três cidades do Quénia, incluindo três nos subúrbios da capital do país, Nairobi.

Uma sétima pessoa foi morta durante manifestações em Sondu, cerca de 300 quilómetros a noroeste da capital, disse Geoffrey Mayek, comandante da polícia na região, na quinta-feira.

Na favela de Kangemi, em Nairobi, 53 crianças foram hospitalizadas na quarta-feira, algumas inconscientes, por causa do gás lacrimogéneo ter sido disparado perto de salas de aula.

Na origem da mobilização antigovernamental esteve o veterano da oposição queniana Raila Odinga, várias vezes candidato derrotado nas eleições presidenciais, que acusou a polícia na quarta-feira de ter "disparado, ferido e morto manifestantes", sobretudo em Nairobi.

Esses incidentes ocorrem dias depois de outros protestos mortais contra o governo do Presidente William Ruto em várias cidades do país. Pelo menos seis pessoas foram mortas na sexta-feira passada durante esses comícios, de acordo com o Ministério do Interior. As organizações não-governamentais (ONG) denunciaram a violenta repressão policial.

A Comissão de Direitos Humanos do Quénia pediu já uma investigação sobre todos os incidentes relatados envolvendo a polícia.

No início de julho, o Presidente Ruto promulgou uma lei de finanças que introduz uma série de novos impostos, apesar das críticas da oposição e da população deste país afetado pela alta inflação.

A aliança Azimio de Raila Odinga pretende organizar manifestações semanais contra a política do Governo.

Odinga foi derrotado por William Ruto nas eleições presidenciais de agosto de 2022, mas ainda contesta os resultados, acreditando que a sua vitória foi "roubada".


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: Futuro da IA? "Não é tão mau, nem tão bom quanto pensam", diz Bill Gates

© Getty Images

Notícias ao Minuto   13/07/23 

O cofundador da Microsoft partilhou uma visão prática do que pensa que o futuro reserva.

A Inteligência Artificial (IA) assume-se como uma tecnologia transformadora para o futuro e tem o potencial de ‘moldar’ múltiplas áreas profissionais e, quem sabe, até eliminar alguns postos de trabalho de hoje em dia.

O cofundador da Microsoft e filantropo Bill Gates é uma das pessoas que acredita que a IA é o futuro da tecnologia e escreveu uma nova publicação no seu blogue GatesNotes onde partilha uma visão prática do que está por via.

“O futuro da IA não é tão mau quanto algumas pessoas pensam, nem tão bom como alguns querem fazer parecer. Os riscos são reais, mas estou otimista que podem ser geridos”, escreve Gates.

O cofundador da Microsoft comparou a chegada da IA à introdução de calculadoras nas salas de aula, notando que na altura os professores também receavam que estas novas ferramentas fossem um obstáculo à aprendizagem.

Apesar de conceder que a IA será mais uma tecnologia à disposição dos estudantes, Gates acredita que “a aprendizagem continuará a depender de excelentes relações entre alunos e professores”.


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Ucrânia: Eurodeputados aprovam aumento de produção de munições e mísseis

© Omar Marques/Getty Images

POR LUSA    13/07/23 

Os eurodeputados deram hoje o aval a uma proposta para aumentar a produção de munições e mísseis na União Europeia (UE), nomeadamente para fornecimento à Ucrânia.

A proposta, aprovada no Parlamento Europeu por 505 votos a favor, 56 contra e 21 abstenções, terá de ser ainda adotada formalmente pelo Conselho da UE.

O texto hoje votado prevê que a Ação de Apoio à Produção de Munições acelere a entrega de munições e mísseis à Ucrânia e ajude os Estados-membros a reabastecer os respetivos arsenais.

Com a introdução de medidas como a mobilização de 500 milhões de euros para financiamento, pretende-se reforçar a capacidade de produção da UE para fazer face à atual escassez de produtos de defesa, em particular de munições terra-terra e artilharia, mísseis e seus respetivos componentes, segundo referiu uma nota informativa do hemiciclo europeu.

O aumento da produção de munições surge em resposta a um pedido da Ucrânia à UE para fornecer munições de artilharia de 155 mm.

Também visa responder à decisão do Conselho da UE, de 20 de março de 2023, que previa, nomeadamente, a aquisição conjunta de um milhão de munições e o aumento da capacidade de produção da indústria europeia de defesa.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Esqueleto em forma de sereia surpreende banhistas em praia da Austrália... Tudo indica que os restos mortais encontrados sejam de um sirénio.

© Facebook / CoastFish TV

Notícias ao Minuto   13/07/23 

Um esqueleto em forma de sereia apareceu no areal de uma praia da cidade costeira de Keppel Sands, em Queensland, Austrália, no início do mês de julho, surpreendendo os banhistas que por lá passavam.

As imagens do tão insólito achado, que conta com cerca de 1,8 metros, foram partilhadas nas redes sociais pela 'CoastFish TV' e geraram muita celeuma. 

Contudo, apesar de os restos mortais darem azo à imaginação, já vários biólogos marinhos garantiram nas redes sociais que se trata de um sirénio, uma espécie de mamífero aquático, com os membros anteriores em forma de barbatanas, sem membros posteriores, e com uma barbatana caudal horizontal, também conhecido por peixe-boi e dugongo, principalmente, no Brasil.

Exemplo de um sirénio © Shutterstock

De acordo com os meios de comunicação australianos, os sirénios são uma espécie considerada vulnerável à extinção, pela União Internacional para a Conservação da Natureza.


Leia Também: Homem perde-se e sobrevive cinco dias sem comida e água na Austrália

General russo demitido após críticas à liderança

SIC Notícias   13/07/23

O Major-General Ivan Popov acusou a liderança militar de Moscovo pela falta de sistemas adequados para a contraofensiva e criticou a estratégia russa no campo de batalha.

Um general russo foi demitido do cargo de comandante depois de criticar a atuação das altas patentes militares russas.

O major-general Ivan Popov, que comandou o 58º Exército de Armas Combinadas, disse que foi demitido do cargo de comandante depois de dar conta à liderança militar a terrível situação na frente na Ucrânia, afirmando que os soldados russos foram “esfaqueados nas costas” pelas falhas dos altos escalões militares, revela a agência Reuters.

Após o motim de 24 de junho pelos mercenários Wagner, o Presidente Vladimir Putin manteve nos cargos o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.

Numa mensagem de voz, publicada pelo deputado russo Andrei Gurulyov, o Major-General Ivan Popov acusa a liderança militar de Moscovo pela falta de sistemas adequados para a contraofensiva. O comandante criticou também a estratégia russa no campo de batalha.

"O exército ucraniano não conseguiu romper as nossas fileiras na frente, mas o nosso chefe sénior atingiu-nos pela retaguarda, decapitando violentamente o exército no momento mais difícil e intenso", disse Popov.

O general lembrou ainda as mortes dos soldados russos causadas pela artilharia ucraniana e disse que falta ao exército sistemas de contra-artilharia adequados e de reconhecimento da artilharia inimiga.

Até ao momento o Ministério da Defesa Russo não fez qualquer comentário.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade da mensagem de voz, nem quando foi gravada. O deputado Gurulyov é um ex-comandante do exército que aparece regularmente na televisão estatal.

A tragédia em boé matou 7 pessoas e deixou cerca de 20 feridas. As explicações do Comandante Regional da Proteção Civil da Região de Gabú, Mamadu Aliu Djaló realçam o conteúdo das informações recolhidas na sequência das chuvas, acompanhadas por ventos fortes e relâmpagos.

© Radio Voz Do Povo

Russa vai considerar presença de F-16 na Ucrânia ameaça de âmbito nuclear

© Lusa

 POR LUSA  13/07/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo advertiu hoje que a Rússia considerará uma ameaça de âmbito nuclear a presença na Ucrânia de caças F-16, provavelmente no final do primeiro trimestre de 2024.

"Informámos as potências nucleares dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França que a Rússia não pode ignorar a capacidade destes aviões para transportar armas nucleares. Não há garantias que ajudem", declarou Sergei Lavrov, numa entrevista ao diário Lenta.ru.

Lavrov advertiu que, em plena guerra, os militares russos não determinarão se cada avião F-16 está ou não equipado para transportar armas nucleares.

"O próprio facto de existirem tais sistemas nas Forças Armadas ucranianas será considerado por nós como uma ameaça do Ocidente na esfera nuclear", sublinhou o ministro.

Na terça-feira, 11 países parceiros ucranianos assinaram um memorando que define as condições de formação dos pilotos ucranianos nos caças F-16.

"Os F-16 protegerão os céus da Ucrânia e o flanco oriental da NATO. A força aérea ucraniana está pronta para os dominar o mais rapidamente possível", afirmou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksy Reznikov.

A formação, que vai durar entre seis a oito meses, começa no final do verão - agosto ou início de setembro - e os primeiros caças F-16 ocidentais são entregues a Kiev no final do primeiro trimestre de 2024, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.


Leia Também: O general Sergei Surovikin, que está desaparecido desde a tentativa de rebelião do grupo Wagner e que foi associado à insurgência, "está a descansar", garantiu hoje o presidente do comité de Defesa do parlamento russo.

Ucrânia: Rússia lançou ataque com 'drones' e mísseis nas últimas horas

© Arsen Dzodzaev/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   13/07/23 

As Forças Armadas da Ucrânia reclamam a destruição de 20 aparelhos voadores não tripulados ('drones') e de dois mísseis lançados pela Rússia nas últimas horas, tendo um míssil Iskander russo passado as defesas ucranianas.

Até ao momento não há informações por parte das Forças Armadas da Ucrânia sobre os estragos ou eventuais vítimas, que o míssil terá provocado, em território ucraniano. 

Informações do Ministério da Administração Interna da Ucrânia - não coincidentes com a comunicação militar - indicam que a destruição de 'drones' "provocou dois feridos" e a destruição de várias casas na região de Kyiv.

As equipas de salvamento extinguiram um incêndio num edifício de 16 andares, bem como num edifício não residencial, segundo o Ministério do Interior.

Os destroços também "danificaram a fachada" de um edifício de apartamentos de 25 andares, escreveu o ministério num comunicado divulgado nas redes sociais.

Autoridades locais da zona de Kyiv adiantaram que estilhaços caíram em cinco distritos de Kyiv. 

Por outro lado, as autoridades ucranianas regionais de Khmelnytskyi, no oeste da Ucrânia, informaram que "um míssil de cruzeiro foi intercetado sobre a região e não registou vítimas".

"O inimigo (Rússia) usou dois mísseis de cruzeiro Kalibr que foram lançados do Mar Negro e um míssil balístico Iskander lançado da Crimeia", disse hoje Estado Maior ucraniano sobre os ataques das últimas horas.  

De acordo com a mesma comunicação militar ucraniana, divulgada através da plataforma digital Facebook, os drones "foram destruídos principalmente na região de Kyiv".

As consequências do disparo do míssil Iskander "ainda estão a ser apuradas", disse a fonte militar sem mais detalhes. 

Por outro lado, o Estado Maior da Ucrânia afirma que nas últimas 24 horas foram "liquidados" 510 combatentes russos, o que "eleva para 236 mil o número total de russos mortos desde o início da invasão".

Tratam-se de números muito superiores aos que têm sido divulgados por Moscovo. 

A Rússia não fornece números de baixas desde setembro do ano passado, quando o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, falou da morte de 5.937 militares russos desde o início da campanha.  


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CHEFE DE ESTADO RECEBE DIRECTOR GERAL DE ORANGE

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da Républica, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, o Director Geral da empresa de telecomunicações Orange, Brutus Sadou Diakité.

Na ocasião, o Director Geral revelou que está planeado a implementação de um projeto de modernização e extensão da rede de telefonia móvel, prevendo uma cobertura, “quase que total” da população guineense, na perspectiva de fazer da Guiné-Bissau um dos países mais avançados em termos de novas tecnologias de comunicação móvel a nível do espaço comunitário e continental.


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Mulheres indígenas continuam a ser esterilizadas à força no Canadá

© Getty Images

POR LUSA   13/07/23 

Décadas depois de muitos outros países desenvolvidos terem parado de esterilizar mulheres indígenas à força, vários ativistas, médicos, políticos e pelo menos cinco ações coletivas alegam que esta prática não terminou no Canadá.

Um relatório do Senado, no ano passado, concluiu que "esta prática horrível não se limita ao passado, mas claramente continua até hoje".

Em maio, um médico foi punido por esterilizar à força uma indígena em 2019, noticiou a agência Associated Press (AP).

Líderes indígenas referem que o país ainda não reconheceu totalmente o seu passado colonial conturbado, ou pôs fim a uma prática de décadas que é considerada genocídio.

Não há estimativas sólidas sobre quantas mulheres estão a ser esterilizadas contra a sua vontade, mas especialistas indígenas garantem que ouvem regularmente reclamações sobre este tema.

A senadora Yvonne Boyer, cujo gabinete está a recolher os dados limitados disponíveis, destacou que pelo menos 12.000 mulheres foram afetadas desde a década de 1970.

"Sempre que falo com uma comunidade indígena, fico inundada de mulheres a dizerem-me que foram alvo de esterilização forçada", frisou Boyer, que tem herança indígena Metis, à AP.

Autoridades médicas nos Territórios do Noroeste do Canadá sancionaram um médico em maio por esterilizar à força uma mulher indígena, de acordo com documentos obtidos pela AP.

Andrew Kotaska realizou uma operação em 2019 para aliviar a dor abdominal de uma mulher indígena, sendo que tinha o consentimento por escrito desta para remover a trompa de falópio direita, mas não a esquerda, o que a deixaria estéril.

Apesar das objeções de outra equipa médica durante a cirurgia, Kotaska retirou as duas trompas de falópio.

A investigação concluiu que não havia justificação médica para a esterilização e descobriu que Kotaska se envolveu numa conduta não profissional.

Milhares de mulheres indígenas canadianas nas últimas sete décadas foram esterilizadas coercivamente, em linha com a legislação de hominicultura que as considerava inferiores.

As Convenções de Genebra descrevem a esterilização forçada como um tipo de genocídio e crime contra a humanidade e o governo canadiano condenou a esterilização forçada em outros locais, inclusive de mulheres uigures na China.

Em 2018, o Comité das Nações Unidas contra a Tortura disse ao Canadá que estava preocupado com relatos persistentes de esterilização forçada, referindo que todas as alegações deveriam ser investigadas.

Em 2019, o primeiro-ministro Justin Trudeau reconheceu que os assassinatos e desaparecimentos de mulheres indígenas em todo o Canadá representavam "genocídio", mas ativistas dizem que pouco foi feito para lidar com os preconceitos enraizados contra os indígenas, permitindo que as esterilizações forçadas continuem.

Num comunicado, o governo canadiano realçou à AP que estava ciente das alegações de que mulheres indígenas foram esterilizadas à força e que o assunto está nos tribunais.

Os povos indígenas correspondem a cerca de 5% dos quase 40 milhões de habitantes do Canadá.

As mais de 600 comunidades indígenas em todo o Canadá, conhecidas como Primeiras Nações, enfrentam desafios de saúde significativos em comparação com outros canadianos.

Até a década de 1990, os indígenas eram, na sua maioria, tratados em hospitais segregados, onde havia relatos de abusos.


Leia Também: Uma centena e meia de organizações não-governamentais (ONG) instaram a União Europeia (UE) a manter e reforçar a proteção aos direitos humanos nas negociações para a regulamentação da Inteligência Artificial (IA), revelou a Human Rights Watch.

Hackers chineses atacam agências governamentais dos EUA

WILFREDO LEE

SIC Notícias  13/07/23

Uma das agências atingidas foi o Departamento de Estado. Este ataque acontece menos de um mês depois de um grupo de hackers russos se infiltrar em várias agências governamentais norte-americanas.

Piratas informáticos (hackers) chineses atacaram sistemas de correio eletrónico de agências governamentais nos Estados Unidos da América, incluindo o Departamento de Estado, informou a Microsoft.

Em mensagem colocada no seu blogue, na terça-feira, a empresa norte-americana identificou o grupo de piratas como ‘Storm-0558, que está focado, adiantou, em atos como espionagem e roubo de dados.

Dirigentes norte-americanos avançaram que piratas apoiados pelo Estado chinês penetraram na nuvem da Microsoft e entraram em sistemas de correio eletrónico governamentais não classificados em várias agências, incluindo o Departamento de Estado.

A Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestruturas e a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) determinaram que os hackers acederam e roubaram informação "de um pequeno número de contas".

Não obstante, o presidente da comissão de Informações do Senado, Mark Warner, emitiu um comunicado em que adianta que "está a monitorizar de muito perto o que aparenta ser uma significativa violação de cibersegurança pela espionagem chinesa", que mostra que a China "está a melhorar constantemente as suas capacidades informáticas de recolha de informação dirigidas contra os EUA e aliados".

Departamento de Estado dos EUA confirma ciberataque

O Departamento de Estado dos EUA confirmou que foi alvo de um ciberataque, menos de um mês depois de um grupo de piratas informáticos russos se infiltrar em várias agências governamentais norte-americanas.

Em comunicado, este Departamento informou que foi detetada esta quarta-feira uma "atividade anormal" nos seus sistemas, face ao que foram tomadas "medidas imediatas".

Esta situação ocorre depois de, em 15 de junho, um grupo de hackers russos ter conseguido infiltrar-se em várias agências governamentais, como informou a Agência de Segurança de Infraestruturas e Cibersegurança (CISA, na sigla em Inglês).

A autoria do ataque foi atribuída ao grupo “CL0P”, também conhecido como “TA505”.

Na altura, não houve sinais de que os hackers tivessem atuado em coordenação com o governo russo, como então adiantou um funcionário.

O maior ataque deste tipo ao governo dos EUA dos últimos anos aconteceu em 2019, quando cerca de 18 mil agências e serviços foram vítimas de uma pirataria massiva, também por parte de agentes russos, através do uso do programa informático SolarWinds.


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quarta-feira, 12 de julho de 2023

MIGRAÇÕES: Senegal desmente haver 300 cidadãos seus desaparecidos no Atlântico

© Getty Images

POR LUSA    12/07/23 

O Governo do Senegal desmentiu que 300 cidadãos senegaleses estejam desaparecidos no Atlântico desde final de junho, após terem tentado chegar em embarcações precárias às ilhas Canárias de forma irregular, noticiou hoje a imprensa senegalesa.

O desmentido consta de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros senegalês em que se declara que, na sequência de investigações, as informações publicadas nas redes sociais sobre o desaparecimento no mar "de pelo menos 300 senegaleses, candidatos à migração, cujas embarcações se dirigiam de Kafountine (na província de Casamansa) para as ilhas Canárias" são "infundadas".

O ministério sublinhou ainda que, entre 28 de junho e 09 de julho, 260 senegaleses "em dificuldade" foram resgatados nas águas territoriais marroquinas, e que foram tomadas as medidas necessárias para que sejam "atendidos e repatriados o mais rapidamente possível".

O comunicado do ministério senegalês foi publicado depois de a imprensa local ter feito eco das informações divulgadas pela organização não-governamental (ONG) espanhola Caminhando Fronteiras, segundo o qual três canoas senegalesas com 300 pessoas a bordo estão desaparecidas no Atlântico.

Numa nota enviada à agência Efe, a ONG afirma que "em relação ao comunicado publicado sobre os factos pelo Governo senegalês, a Caminhando Fronteiras escusa-se a tecer considerações sobre as razões que levaram as autoridades senegalesas a fazer este tipo de declarações".

"O que podemos dizer é que, desde o final de junho, há 300 pessoas que deixaram a costa senegalesa e estão agora desaparecidas na rota para as ilhas Canárias", acrescenta-se na nota.

A rota de migração do Atlântico é uma das mais mortíferas do mundo, com cerca de 800 pessoas a morrerem ou a desaparecerem só na primeira metade deste ano, segundo a ONG.

Nos últimos anos, as Canárias tornaram-se um dos principais destinos das pessoas que tentam chegar a Espanha, com um pico de mais de 23 mil migrantes a chegaram em 2020, segundo o Ministério do Interior espanhol.

Na primeira metade deste ano, mais de sete mil migrantes e refugiados conseguiram alcançar as Canárias.


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Os mosquiteiros distribuídos recentemente estão a ser comercializados e usados para outros efeitos

Radio TV Bantaba 

Sindicato de Base de Tribunal de Contas denuncia interferência do conselheiro do presidente daquela instituição pública no assunto da renovação de mandato daquela organização sindical.

Radio TV Bantaba

Seita cristã no Quénia já fez 372 mortos. Foram encontrados 12 corpos

© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

O número de membros de uma seita cristã mortos no sul do Quénia após serem persuadidos a jejuar para se encontrarem com Cristo subiu hoje de 360 para 372, após terem sido encontrados mais 12 corpos, segundo a polícia.

De acordo com a inspetora da polícia queniana Rhoda Onyancha, as escavações - retomadas na segunda-feira após semanas de paragem - ainda não estão completas e o número de mortos pode continuar a aumentar nas próximas semanas.

As autoridades quenianas continuam a abrir valas comuns e sepulturas encontradas na floresta de Shakahola, no condado costeiro de Kilifi.

Quase todos os corpos do chamado "massacre de Shakahola" foram exumados da floresta, que cobre mais de 320 hectares, enquanto apenas alguns morreram no hospital depois de terem sido resgatados devido ao seu estado grave.

Rhoda Onyancha, citada pela imprensa queniana, confirmou na terça-feira que o número de pessoas resgatadas com vida continua a ser de 95, enquanto 613 pessoas foram dadas como desaparecidas até agora.

Em 27 de junho, o patologista chefe do Governo, Johansen Oduor, disse que, dos 338 corpos examinados até à data, 117 eram crianças e 201 adultos, enquanto 20 estavam demasiado decompostos para se poder determinar a idade.

As autópsias revelaram igualmente que, embora todos os corpos apresentassem sinais de inanição, alguns deles, especialmente as crianças, apresentavam também vestígios de estrangulamento e sufocação.

As primeiras investigações da polícia sugerem que os fiéis foram forçados a continuar o jejum, mesmo que o quisessem abandonar.

Até à data, foram detidos pelo menos 37 suspeitos relacionados com o caso, que chocou o país.

O ministro do Interior do Quénia, Kithure Kindiki, culpou terça-feira as forças de segurança e o sistema judicial quenianos de negligência por não terem tomado medidas adequadas em relação a alegações anteriores contra o alegado líder da seita, o pastor Paul Mackenzie.

O principal suspeito, que se encontra sob custódia policial desde 14 de abril, dirige a Igreja Internacional da Boa Nova e já trabalhou como motorista de táxi.


O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proclamou hoje uma "vitória de segurança significativa" para o país na relação com a NATO, após ter irrompido na cimeira de Vilnius com críticas à ambiguidade dos aliados, no que Portugal considerou um "mal-entendido".

© Celestino Arce/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

 NATO. Zelensky leva "vitória significativa" após "mal-entendido" inicial

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proclamou hoje uma "vitória de segurança significativa" para o país na relação com a NATO, após ter irrompido na cimeira de Vilnius com críticas à ambiguidade dos aliados, no que Portugal considerou um "mal-entendido".

No primeiro dia da cimeira em Vilnius, o Presidente da Ucrânia exigiu "respeito", um calendário que delineasse o caminho para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e o fim da postura "absurda" que estava a atrasar a adesão do país que está há mais de um ano a tentar fazer face a uma invasão da Rússia.

A "bomba" de Volodymyr Zelensky ecoou imediatamente e irrompeu pela reunião. E nem a introdução da palavra "convite" nas conclusões da cimeira convenceu Zelensky, apesar da relutância de Washington e de Berlim em incluí-la.

Mas para o primeiro-ministro português, António Costa, "houve, seguramente, um mal-entendido" do Presidente da Ucrânia quanto às intenções dos aliados e foi precisamente isso que transmitiram a Zelensky.

Da noite para o dia, o discurso que até então sabia a pouco deu lugar a uma conquista. Os países que compõem o G7 (Alemanha, França, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão) anunciaram uma declaração que dá garantias de segurança até à eventual adesão do país.

Não é um convite, muito menos um calendário, mas é um "primeiro documento legal que é como um guarda-chuva" para assegurar que a Ucrânia vai continuar a receber apoio, disse Zelensky.

A moeda de troca é o fim da guerra e o cumprimento das condições estabelecidas. Só aí é que vai ser possível olhar para a Ucrânia com um candidato à Aliança Atlântica.

O documento "cobrirá todos os aspetos que agora estão em falta como a defesa aérea, as aeronaves militares" e tudo o resto que a Ucrânia necessite para expulsar os militares russos do seu território.

Mas Zelensky lembrou que, no passado, o país ficou com um documento parecido "na mão" e isso não impediu a Rússia de violar a integridade do seu território, advertindo que, desta vez, tem mesmo de haver "respeito" pela Ucrânia.

Entre as declarações de unidade renovada, o Presidente da Ucrânia anunciou, ao lado do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que regressaria "a casa com uma vitória significativa de segurança" e um "sinal tático" para o Kremlin.

"Não é uma candidatura, mas é uma mobilização para a Ucrânia e um sinal poderoso", advogou.

E as críticas do dia anterior converteram-se, nas palavras do próprio, em sensatez, para tentar apaziguar a frustração da população ucraniana e de alguns aliados, como a Lituânia, que optariam por ir mais longe no processo de adesão.

"Percebemos isso, somos sensatos, os parceiros neste momento estão a ajudar-nos com armas, este é um momento de sobrevivência, entendemos que haja algum receio em falar sobre a nossa adesão agora. Ninguém quer uma guerra mundial, quero que todos entendam isso: a Ucrânia não pode aderir enquanto a guerra continuar, isto é absolutamente claro", esclareceu Zelensky.

Do encontro de dois dias, Portugal conseguiu convencer os aliados a incluir na declaração final o compromisso para uma "reflexão abrangente e profunda sobre ameaças e desafios" no flanco sul da NATO, que será feita até à próxima cimeira, em 2024, nos Estados Unidos da América.

Esta é uma 'bandeira' antiga do país, que tem alertado para várias preocupações no continente africano, nomeadamente na região do Sahel, e que incluem terrorismo praticado por mercenários como os do grupo Wagner.

No final do encontro, António Costa adiantou que Portugal respondeu à chamada e subscreveu as garantias de segurança dadas à Ucrânia pelos países do G7, ressalvando que ainda vai ser discutido de que forma é que o país pode ajudar a assegurá-las.

Portugal, que é um dos Estados-membros fundadores da Aliança desde 1949, vai ainda reforçar em um milhão e meio de euros a comparticipação no fundo da NATO "para a parceria com os países da vizinhança sul" da Aliança e participar no novo Fundo para a Inovação, constituído durante esta cimeira.



Japão promete enviar a Kyiv sistema de deteção de 'drones'

© Reuters

POR  LUSA   12/07/23 

O Japão anunciou hoje o envio de sistemas de deteção de 'drones' para a Ucrânia, para ajudar o país a fortalecer a sua defesa contra as tropas invasoras russas.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante a cimeira da NATO que hoje terminou em Vílnius, capital da Lituânia.

Embora tenha lembrado a importância de não alterar o 'status quo' pelo uso da força, o chefe de Governo japonês prometeu que o seu país aumentará a cooperação com outros países para "manter e fortalecer uma ordem internacional aberta e livre".

Fumio Kishida disse ainda que a segurança na Europa e na região do Indo-Pacífico são questões inseparáveis e expressou a sua determinação em trabalhar para "reforçar as relações entre a NATO e países parceiros", como Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia.

O líder japonês visitou a Ucrânia em março passado e anunciou uma ajuda de quase 30 milhões de euros em material não letal, através de um fundo criado pela NATO, o mesmo que Tóquio usará agora para enviar sistemas de deteção de drones.


ONU estima que 735 milhões de pessoas no mundo passam fome

© REUTERS/Ali Khara

POR LUSA  12/07/23 

Cerca de 735 milhões de pessoas passam fome no mundo, mais 122 milhões face a 2019, revelaram hoje as Nações Unidas (ONU) num novo relatório, que aponta múltiplas crises, incluindo a guerra na Ucrânia, como motivo para o aumento.

As conclusões constam na edição de 2023 do relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo" (conhecido pela designação SOFI), publicado hoje em conjunto por cinco agências do sistema das Nações Unidas, que estimam que entre 691 milhões e 783 milhões de pessoas foram vítimas do flagelo da fome no ano passado, numa média de 735 milhões de pessoas a viver em tal situação.

Se a tendência se mantiver, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de acabar com a fome até 2030 não será alcançado, advertiram a Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), as agências que assinam o relatório.

De acordo com a ONU, a pandemia de covid-19 e repetidos choques climáticos e conflitos, como a guerra em curso na Ucrânia, contribuíram para que mais 122 milhões de pessoas fossem empurradas para a fome desde 2019 - ano em que esse número se fixou em 613 milhões de pessoas.

"A recuperação da pandemia global foi desigual e a guerra na Ucrânia afetou os alimentos nutritivos e as dietas saudáveis. Este é o 'novo normal' em que as mudanças climáticas, os conflitos e a instabilidade económica estão a empurrar os que estão à margem para mais longe da segurança", disse o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, citado no comunicado.

No ano passado, o progresso na redução da fome foi observado na Ásia e na América Latina, mas este flagelo ainda estava a aumentar na Ásia Ocidental, nas Caraíbas e em todas as sub-regiões de África. O continente africano continua a ser o mais afetado, com uma em cada cinco pessoas a passar fome, mais do dobro da média global.

"Há sinais de esperança, algumas regiões estão a caminho de atingir algumas metas nutricionais para 2030. Mas, no geral, precisamos de um esforço global intenso e imediato para resgatar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Devemos construir resiliência contra as crises e choques que levam à insegurança alimentar -- dos conflitos ao clima", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa mensagem de vídeo durante o lançamento do relatório na sede da ONU, em Nova Iorque.

De acordo com as cinco agências da ONU que elaboraram o relatório, quase 600 milhões de pessoas ainda passarão fome em 2030.

Ainda em relação a 2022, o relatório constata que aproximadamente 29,6% da população global, equivalente a 2,4 mil milhões de pessoas, não tinha um acesso constante a alimentos.

Entre estas, cerca de 900 milhões enfrentavam insegurança alimentar severa.

Enquanto isso, a capacidade das pessoas de ter acesso a dietas saudáveis deteriorou-se em todo o mundo: mais de 3,1 mil milhões de pessoas no mundo -- cerca de 42% da população global -- não conseguiram ter acesso a refeições adequadas e equilibradas no período em análise.

Isso representa um aumento geral de 134 milhões de pessoas em comparação com 2019.

De acordo com as conclusões do documento, a insegurança alimentar é mais sentida em áreas rurais.

Também milhões de crianças com menos de cinco anos continuam a sofrer de desnutrição: em 2022, 148 milhões de crianças com idades inferiores a cinco anos (22,3%) tiveram um crescimento atrofiado e 45 milhões (6,8%) estavam abaixo do peso recomendado.

Ainda na mesma faixa etária, 37 milhões de crianças (5,6%) apresentavam excesso de peso.


Leia Também: A ONU admitiu hoje que o número de civis mortos desde o início da guerra na Ucrânia seja muito superior às 9 mil vítimas documentadas, lamentando a falta de responsabilização pelas sistemáticas violações dos direitos humanos pelas forças russas.

G7 compromete-se em fornecer apoio militar à Ucrânia "a longo prazo"

© Getty

POR LUSA   12/07/23 

Os sete países mais industrializados do mundo (G7) comprometeram-se hoje em fornecer um apoio militar "a longo prazo" a Kyiv, com o objetivo de combater a atual ofensiva russa e dissuadir Moscovo de qualquer ataque futuro contra a Ucrânia.

"Vamos trabalhar com a Ucrânia na base de compromissos de segurança específicos e bilaterais a longo prazo, para garantir uma força duradoura e com capacidade de defender a Ucrânia hoje e de dissuadir no futuro qualquer agressão russa", indicou a declaração dos membros do G7 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, Itália e Japão).

"No caso de futuro ataque armado da Rússia (...), temos a intenção (...) de fornecer à Ucrânia uma assistência rápida em termos de segurança, equipamentos militares modernos nas áreas terrestre, marítima e aérea, e ainda uma assistência económica, e de impor custos económicos e outros à Rússia", acrescentou o documento redigido à margem da cimeira da NATO em Vilnius, que hoje termina na capital lituana.

Previamente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha saudado o anúncio deste compromisso, apesar de sublinhar que não poderá substituir uma adesão do seu país à NATO.

O líder ucraniano referiu ainda a determinação em tudo fazer para que essa adesão se concretize "após a guerra".

A decisão do G7 foi já comentada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que advertiu que a concessão de garantias de segurança à Ucrânia "compromete a segurança da Rússia".

"Ao dar garantias de segurança à Ucrânia, [o G7] está a minar a segurança da Rússia", avisou Peskov.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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NASA celebra 1.º aniversário do James Webb com nova (e espetacular) foto... A fotografia mostra a Rho Ophiuchi, uma região de formação de novas estrelas.

© NASA

Notícias ao Minuto     12/07/23 

A NASA partilhou uma nova fotografia captada pelo James Webb destinada a celebrar um ano desde que foi revelada a primeira imagem captada por este telescópio espacial.

A imagem em questão é da Rho Ophiuchi, a região mais próxima da Terra onde são formadas novas estrelas - a qual fica a ‘apenas’ 390 anos-luz do nosso planeta. Na fotografia foi possível ao James Webb observar 50 jovens estrelas, com muitas a terem uma massa muito próxima à do nosso Sol.

Mais do que a fotografia em si, os investigadores da NASA enaltecem as capacidades do James Webb e o que o telescópio espacial tem permitido no espaço do último ano.

“Já com um ano de ciência completado, sabemos exatamente quão poderoso é este telescópio e partilhámos um ano de dados e descobertas espetaculares”, notou uma das responsáveis pelo projeto do James Webb, Jane Rigby.

 

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Direção do UNTG liderado pelo Júlio António Mendonça disse ser impedido pelo governo liderado pelo Nuno Gomes Nabiam de participar no Atelier organizada pela CEDEAO e OIT

 Radio TV Bantaba


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