quarta-feira, 7 de junho de 2023

Human Rights Watch (HRW): Lula da Silva tem posições que "não são consistentes com direitos humanos"

© Lusa

POR LUSA   07/06/23 

A responsável pelo Brasil da organização Human Rights Watch (HRW) considerou hoje que, no âmbito da política externa, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, deu sinais que "não são consistentes com os valores dos direitos humanos".

Numa entrevista à Lusa em Lisboa, Maria Laura Canineu deu como exemplos as declarações de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Venezuela e a sua posição no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Em relação ao conflito Rússia-Ucrânia, o Presidente brasileiro "deu sinalizações e manifestações muito complicadas", afirmou Maria Laura, acrescentando que aquelas posições não são baseadas "na realidade", quando equipara as responsabilidades entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Depois voltou atrás numa viagem à Europa" e "modelou um pouco mais a declaração, acho que inclusive aqui Portugal", explicou.

Segundo Laura Canineu, a posição da HRW neste caso é "muito parecida com outros casos do mundo e é a de que não é possível haver paz sem justiça".

A responsável afirmou que o Presidente do Brasil fala que "gosta de trabalhar em mecanismos multilaterais" e salientou que há "uma série de iniciativas multilaterais para apurar responsabilidades do conflito na ONU e há uma comissão de inquérito" a decorrer.

Pelo que, se o Presidente brasileiro "quer construir a paz, negociar a paz, ele precisa primeiro começar a apoiar essas iniciativas da ONU de apurar responsabilidades sobre o que está acontecendo no conflito", concluiu.

Para a responsável da organização não-governamental (ONG) internacional para o Brasil, "o Lula, nesses primeiros meses, deu algumas sinalizações contraditórias e muitas não consistentes com os valores dos direitos humanos".

Apontou a recente visita do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil, no âmbito da cimeira da América Latina, como outro acontecimento em que o Presidente brasileiro tomou posições condenáveis.

"O Lula chamou de narrativa construída as acusações de que a Venezuela não vive uma democracia", disse a ativista, frisando que a própria HRW documentou "violações muito graves na Venezuela, há muito tempo, ameaças muito fortes à democracia, um executivo que dominou o judiciário, dominou o legislativo para suprimir o acesso à justiça e acesso aos direitos fundamentais da população venezuelana".

Por isso, a posição de Lula da Silva "é um absurdo".

"É uma sinalização que não foi positiva e que mostra que o Lula talvez não esteja preparado para assumir esse compromisso de ter uma posição sobre direitos humanos consistente e independente do viés ideológico do Governo", concluiu.

Por isso, espera que através de "uma mobilização da comunidade internacional e dos movimentos de vítimas, a HRW possa mudar isso", realçou, garantindo: "a gente vai fazer a nossa parte para isso, sinalizando o que está acontecendo nesses lugares, dando essa narrativa de uma organização internacional que sabe o que está acontecendo na Venezuela, na China", país onde o Presidente brasileiro fez a sua segunda visita oficial.

"Não houve nenhuma manifestação a respeito da necessidade do pilar da democracia, do acesso à justiça das vítimas, de violações muito graves que a própria ONU tem indicado como potenciais crimes contra a humanidade e contra uma minoria étnica", na China, durante a visita do Presidente brasileiro, salientou.

"Para ser uma liderança, ele precisa assumir posições contundentes de [defesa dos] direitos humanos e isso não significa perder posições económicas, relações económicas, parcerias. Ele precisa de ser um líder corajoso" do ponto de vista internacional, acrescentou.

Já no Brasil, as ameaças à democracia ocorreram em simultâneo com o empobrecimento da população brasileira e "isso, por si só, somado à má gestão da pandemia, resultou em mais pobreza, mais crianças fora da escola, mais problemas de saúde".

"Houve uma pioria muito grande das condições básicas de sobrevivência da população brasileira", considerou.

Com o Governo de Lula da Silva, que tomou posse em janeiro último, a responsável da HRW reconhece que "mudou completamente a abertura para o diálogo", com todos os pedidos de reuniões da ONG ao governo a serem atendidos.

Mas, alertou, continua a haver "violações de direitos humanos graves no Brasil".

Por isso, a HRW vai "continuar a insistir que o Governo faça de facto um programa de proteção de defensores de direitos humanos, que seja efetivo".

Já na área de segurança pública, a organizçaão vai continuar a pedir "um plano ou várias políticas que levem à redução da letalidade", porque esse é um dos problemas "mais graves e sensíveis dos direitos humanos no Brasil".

O último dado no Brasil de mortes por intervenção policial é de 2021, ano em que houve "6.000 mortes no país e 84% dessas mortes são de pessoas negras".

"Existe uma necessidade muito grande de falar sobre racismo na aplicação da lei no Brasil", sustentou.

Na sua opinião, esta violência de Estado existe "porque há muita impunidade também".

O discurso político "já mudou completamente", reconheceu, mas mesmo assim fala da necessidade de "coragem" do executivo brasileiro para enfrentar este problema, assim com o da violência contra as mulheres.

Por último, a responsável da ONG de defesa dos direitos humanos adiantou que a sua organização também irá acompanhar atentamente a nomeação "muito importante", em setembro, do procurador-geral da República.

O atual, António Augusto Aras, foi nomeado pelo antecessor de Lula da Silva, Jair Bolsonaro, e estava "fora da lista do próprio Ministério Público" e foi uma pessoa que "silenciou direitos humanos".

A organização espera que possa "realmente haver uma indicação coerente com os princípios, direitos humanos e a imparcialidade que esse cargo merece" no combate aos crimes ambientais e à corrupção.

Maria Laura Canineu está em Lisboa "para conduzir conversas" para ver de que forma a União Europeia e Portugal podem "ajudar o novo Governo [do Brasil] a cumprir as suas promessas nos direitos humanos e no combate à crise climática, que é mais importante que o mundo está a enfrentar".


Leia Também: Lula anuncia série de medidas de proteção ao 'pulmão do mundo'

EUA sanciona empresas chinesas acusadas de apoiar programa de mísseis do Irão

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POR LUSA   07/06/23 

Os Estados Unidos anunciaram terça-feira sanções contra várias empresas na China e em Hong Kong, acusadas de apoiar o programa de mísseis balísticos iraniano, enviando materiais que podem ser usados para fins militares.

As empresas são a Beijing Shiny Nights Technology Development, Qingdao Zhongrongtong Trade Development, Hong Kong Ke.Do International Trade Co, Lingoe Process Engineering Limited e Zhejiang Qingji Ind. Co.

As sanções proíbem empresas e indivíduos americanos, bem como empresas internacionais com filiais nos Estados Unidos, de fazer negócios com os nomes da lista negra.

Segundo o Tesouro dos EUA, estas empresas chinesas enviaram centrífugas, metais não ferrosos que podem ser usados para fins militares e equipamentos eletrónicos para agências governamentais e empresas privadas no Irão envolvidas no fabrico de mísseis e já sob sanções.

Os Estados Unidos mostraram-se preocupados que Teerão esteja a planear desenvolver armas nucleares que possam ser colocadas em mísseis balísticos e ameaçar Israel e outros países, segundo a AFP.

Essas medidas "reforçam o nosso compromisso de responder a atividades que minam a estabilidade regional e ameaçam a segurança dos nossos principais parceiros e aliados", disse o subsecretário do Tesouro norte-americano, Brian Nelson.

"Os Estados Unidos vão continuar a visar redes de abastecimento transnacionais ilícitas que apoiam secretamente a produção de mísseis balísticos do Irão e outros programas militares", acrescentou em comunicado.


ONU: Uma em cada 10 pessoas adoece por consumir alimentos em mau estado

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POR LUSA   07/06/23 

Uma em cada dez pessoas do mundo adoece todos os anos por consumir alimentos contaminados, que são responsáveis por mais de 200 doenças, indicam dados da ONU.

Por ocasião do Dia Mundial da Segurança Alimentar, que hoje se assinala, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) lançou um guia sobre segurança alimentar, promovendo boas práticas e alertando que a comida insegura mata.

Promovida, além da FAO, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a efeméride, tem este ano o tema "Normas alimentares salvam vidas" e destina-se a inspirar ações que permitam prevenir, detetar e gerir riscos de origem alimentar, contribuindo para a segurança alimentar, a saúde, o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável.

No último dia de maio morreram 15 pessoas de uma mesma família na Namíbia, depois de comerem uma papa de cereais, alimento básico para os pobres do país, havendo suspeita de intoxicação alimentar.

A propósito do dia que hoje se assinala a Lusa falou com duas organizações que contribuem para a segurança alimentar e lutam contra o desperdício, numa altura em que, segundo as Nações Unidas, 870 milhões de pessoas passam fome no mundo, onde um terço dos alimentos que se produzem é desperdiçado. Na Europa desperdiçam-se em cada ano 88 milhões de toneladas de alimentos.

Para salvar alimentos do desperdício a empresa "Too Good To Go" (criada na Dinamarca em 2016 depois de um grupo de amigos ver ser deitada fora toda a comida que não tinha sido consumida num restaurante), faz, através de uma aplicação, a ligação entre consumidores e restaurantes, supermercados, mercearias e hotéis, permitindo aos utilizadores comprar a preços mais baixos produtos que não iam ser usados.

Mariana Banazol, diretora de marketing da empresa para a Península Ibérica, disse à lusa que a empresa está em Portugal desde outubro de 2019, tendo já a adesão de 1,5 milhões de utilizadores e de mais de 3.700 estabelecimentos. A "Too Good To Go" está hoje em 17 países, com mais de 80 milhões de utilizadores e 134.000 parceiros.

Em todos a ideia é a mesma: o estabelecimento ganha porque evita o desperdício alimentar e reduz perdas económicas, o consumidor ganha porque compra mais barato, e o planeta ganha porque se evitam impactos ambientais. Porque, lembra, "o desperdício alimentar é responsável por 10% das emissões de gases com efeito de estufa".

Até hoje, a empresa já evitou, a nível global, que 200 milhões de caixas de produtos fossem parar ao lixo, o equivalente a 500.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2). "Tem um impacto ambiental equivalente a 100.000 bilhetes de avião à volta do mundo ou a um duche quente e contínuo durante mais de 2.400 anos", diz a responsável.

Em Portugal, a "Too Good to Go" já recuperou mais de 2,9 milhões de caixas, evitando o desperdício de mais de 2.900 toneladas de alimentos.

Frisando que o objetivo da empresa é "conseguir um planeta sem desperdício alimentar", Maria Banazol diz querer mais lojas e utilizadores a juntar-se à causa. E lembra o projeto da empresa chamado "Observar, Cheirar, Provar", de sensibilização e informação sobre datas de validade, já que a confusão sobre elas é responsável, diz, por 10% do desperdício alimentar na Europa.

Outra aplicação com o mesmo objetivo, esta nascida em França há uma década, é a Phenix. Em Portugal há sete anos, baseia-se também numa aplicação que faz a ligação entre as empresas e os consumidores. Supermercados ou restaurantes, frutarias, padarias ou talhos, floristas ou peixarias, vendem cabazes de produtos em fim de vida a preços mais baixos.

"Dão uma última oportunidade aos produtos mas também estão a divulgar o seu negócio", disse à Lusa Carlos Hipólito, o responsável em Portugal da empresa, explicando que o cliente ao ir buscar o cabaz que comprou acaba por conhecer a loja em questão.

Além de apoiar as grandes empresas de retalho por exemplo com ferramentas para controlar validade dos produtos a Phenix trabalha com essas empresas e com instituições. São atualmente mais de 1.300, segundo o responsável, que recebem produtos gratuitamente, tendo as empresas, com isso, benefícios fiscais.

São instituições de todo o país que usufruem de produtos que depois, por exemplo, distribuem por famílias carenciadas. E quando esses produtos já não podem ser doados para humanos a Phenix também tornou possível, consoante os casos, o aproveitamento para animais.

Esta ligação entre grandes empresas e instituições é hoje o grosso do trabalho da Phenix. Carlos Hipólito lamenta que outros países não permitam, como Portugal, benefícios fiscais nestas doações.

Por eles existirem, afirma, a Phenix e os parceiros apoiaram no ano passado mais de 100 mil famílias (através das instituições) e foram doados bens equivalentes a 30 milhões de euros. ""Falamos de nove mil toneladas de alimentos doados, falamos de mais de 18 milhões de refeições, falamos de 63 mil toneladas de CO2 evitadas", diz.

O Dia Mundial da Segurança Alimentar visa chamar a atenção e inspirar ações para ajudar a prevenir, detetar e gerir os riscos alimentares.

A ONU estima que morram anualmente 600 milhões de pessoas por consumirem alimentos não seguros.


Leia Também: Perto de 675 milhões de pessoas em todo o mundo vivem sem eletricidade

SENEGAL: Governo do Senegal confirma restabelecimento do acesso à Internet móvel

© Lusa

POR LUSA   07/06/23 

O Governo do Senegal confirmou que foi restabelecido o acesso à Internet móvel, cortado no domingo para tentar conter a violência, na sequência das manifestações após a condenação judicial do líder da oposição Ousmane Sonko.

O Ministério das Comunicações, Telecomunicações e Economia Digital indicou na terça-feira que "foi requerido aos operadores de telecomunicações que implementem a medida", avançou a agência de notícias estatal senegalesa APS.

O ministério tinha cortado o acesso à Internet móvel no domingo, "devido à disseminação de mensagens de ódio e subversivas num contexto de perturbação da ordem pública em algumas localidades do território nacional".

A suspensão foi confirmada pela operadora de telecomunicações Orange, na rede social Twitter.

O portal Netblocks também noticiou a interrupção do serviço neste país vizinho da Guiné-Bissau, e a agência espanhola Efe pôde verificar, em Dacar, as dificuldades no envio de mensagens através da aplicação de mensagens WhatApp.

As autoridades senegalesas impuseram esta medida depois de já na quinta-feira terem restringido o acesso às redes sociais (como Twitter e Facebook), algo criticado por organizações como a Amnistia Internacional e a Repórteres sem Fronteiras, que considera que o trabalho dos jornalistas no Senegal está gravemente perturbado.

Horas antes do anúncio, a Sinergia das Organizações da Sociedade Civil para a Paz (SOS/Paix), que reúne cerca de 20 associações, tinha pedido às autoridades senegalesas o restabelecimento do acesso à Internet móvel.

A SOS/Paix apelou ainda ao Presidente do Senegal, Macky Sall, e a Ousmane Sonko para manterem "um diálogo direto" que consiga "um fim imediato da crise".

A condenação de Sonko a dois anos de prisão efetiva, em 01 de junho, desencadeou manifestações e confrontos com as forças de segurança senegalesas, nos quais já morreram 16 pessoas.

Também na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Senegal tinha anunciado o encerramento temporário dos consulados-gerais no estrangeiro e denunciado ataques contra instalações diplomáticas do país.

"Esta medida de precaução surge na sequência de uma série de recentes ataques contra as representações diplomáticas e consulares do Senegal no estrangeiro, nomeadamente em Paris, Bordéus, Milão e Nova Iorque", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros senegalesa, Aisatta Tall Sall, num comunicado publicado na rede social Twitter.

Os ataques causaram "graves danos" às instalações diplomáticas e, em particular, ao consulado-geral do Senegal na cidade italiana de Milão, "onde foram destruídas as máquinas utilizadas para produzir passaportes e documentos de identidade nacionais", acrescenta-se na nota.

"O serviço será retomado logo que as condições materiais e de segurança o permitam. No entanto, o ministério lamenta o incómodo que este encerramento temporário possa causar aos utentes", continua o comunicado.


Comando Conjunto do Ministério do Interior Garante Segurança Eleitoral

Com Radio TV Bantaba  Junho 7, 2023

Segurança - O Comando Conjunto do Ministério do Interior expressou hoje preocupação com intervenções, especulações e desinformações que têm sido veiculadas e que podem potencialmente aumentar a tensão social, comprometendo a segurança interna do país.

No comunicado, o Comando Conjunto procurou tranquilizar a população em geral, assegurando que não existe qualquer tipo de acção ou comportamento que possa prejudicar o clima de paz, tranquilidade e civismo que tem sido vivido ao longo de todo o processo eleitoral.

O Comando Conjunto garante que continuará a assegurar a segurança das pessoas e bens durante todo o processo eleitoral, como sempre tem feito desde o início, preservando desta forma a paz social e segurança que o país tem vivido.

O comunicado termina com uma chamada de atenção para todos os actores políticos e para a população em geral, afirmando que não será tolerado qualquer tipo de desordem pública que possa colocar em risco a estabilidade e paz no país. Ainda enfatiza que responderá duramente contra os responsáveis por tais actos.

“Pela Ordem e tranquilidade Pública ao serviço da Pátria Guineense,” conclui o comunicado do Comando Conjunto do Ministério do Interior.

terça-feira, 6 de junho de 2023

Guiné-Bissau: MADEM G-15 fala de especulações demagógicas sobre os resultados eleitorais

Braima Camará, coordenador do MADEM G15, e esposa, a caminho da assembleia de voto, Bissau, Guiné-Bissau, 4 Junho 2022 (arquivo)

Lassana Cassamá   VOA  junho 06, 2023

O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) considera “falaciosas” as declarações sobre os resultados eleitorais anunciados por “dirigentes políticos”

Em conferência de imprensa, realizada esta terça-feira,6, o Director de Gabinete de Comunicação da Directoria da Campanha Eleitoral, António Óscar Barbosa (Kankan), afirma que “essas declarações falaciosas e irresponsáveis de dirigentes políticos, que dão conta de certos resultados, são contrárias a determinação legal e, como tal, passíveis de serem judicialmente atacadas”.

A Coligação PAI-Terra Ranka, através de Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, declarou ser a vencedora das eleições legislativas de 4 de junho com uma “maioria absoluta confortável”, não obstante ter considerado que a CNE é a única entidade responsável pelo anúncio oficial dos resultados eleitorais.

Aliás, de acordo com Óscar Barbosa, o “MADEM-G15 dispõe de dados consolidados pelo seu gabinete que apontam para outras conclusões que apenas não são divulgadas por reconhecer a quem do direito, à CNE, a competência exclusiva de divulgar os resultados eleitorais”.

O “MADEM acompanha atentamente especulações demagógicas sobre os resultados eleitorais com propósitos único de abrir brechas a atenção politica e pôr em causa o processo, exemplarmente, realizado pelas autoridades nacionais competentes, confirmado pelas Missões de Observação Eleitoral Internacional presentes no país”, refere também o Director de Gabinete de Comunicação da Directoria da Campanha Eleitoral, António Óscar Barbosa (Kankan), na presença do Director de Campanha do partido, Marciano Silva Barbeiro, que, por sua vez, apela à calma. “Somos um partido pacifico, respeitador e cumpridor”, precisou Silva Barbeiro.

Fonte da Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante que o órgão responsável pelo processo de eleições deverá anunciar esta quarta-feira, 7 de junho, os resultados eleitorais do escrutínio do passado dia 4 de junho.

GUINÉ-BISSAU: CEDEAO felicita guineenses por sentido de civismo e participação

POR LUSA   06/06/23 

A missão de observadores eleitorais da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) às legislativas de domingo na Guiné-Bissau felicitou hoje os guineenses pelo "sentido de civismo" e participação no escrutínio de domingo.

"A missão registou uma taxa de participação relativamente forte e verificou o caráter pacífico e participativo do escrutínio e o bom domínio dos procedimentos de voto", afirmou Jorge Carlos Fonseca, ex-presidente de Cabo Verde e chefe da missão de observação eleitoral da CEDEAO, numa declaração preliminar lida numa unidade hoteleira, em Bissau.

Na declaração preliminar, a missão de observação eleitoral da CEDEAO felicita o "Governo e os órgãos de gestão das eleições por terem seguido o cronograma eleitoral apesar das dificuldades financeiras e técnicas".

Segundo Jorge Carlos Fonseca, o "sentido de civismo mostrados pelos guineenses", nomeadamente a sua disciplina e "notável participação", contribuiu para o "desenrolar pacífico e sereno do escrutínio eleitoral".

"A missão felicita todas as partes concernentes a continuar a trabalhar em sinergia para consolidar a estabilidade política e promover o desenvolvimento do país", disse.

A missão de observação eleitoral recomendou às instituições guineenses a melhoria do quadro legal do país e exortou às partes envolvidas no processo eleitoral a "respeitar os canais regulamentares de publicação dos resultados", os acordos assinados e a "absterem-se de qualquer proclamação de resultados fora dos canais oficiais".

A CEDEAO enviou para a Guiné-Bissau uma missão eleitoral de longa duração, composta por 13 peritos eleitorais, que vão permanecer no país para a gestão do período posterior à divulgação dos resultados, e uma de curta duração, que incluía 60 observadores internacionais.

A Guiné-Bissau preside atualmente à CEDEAO, que integra também o lusófono Cabo Verde, além de Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

Quase 900 mil eleitores guineenses foram chamados domingo às urnas para escolher entre os candidatos apresentados por 20 partidos e duas coligações os próximos 102 deputados do país.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) deverá divulgar os resultados provisórios das eleições na quarta-feira.


Leia Também: Guiné. Observação eleitoral da CPLP saúda "forma ordeira" do escrutínio

Casa flutua no rio Dniepre após destruição de barragem. As imagens

© Nexta / Twitter

Notícias ao Minuto    06/06/23 

De notar que, face ao desastre, a Ucrânia anunciou que vai retirar 17 mil civis das zonas inundadas em torno da barragem.

Uma residência foi vista a flutuar no rio Dniepre, na sequência das inundações provocadas pela destruição da barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, esta terça-feira.

Imagens divulgadas nas redes sociais, às quais poderá aceder na galeria acima, mostram apenas aquilo que aparenta ser o telhado da habitação, que é empurrada pela corrente.

De notar que, face ao desastre, a Ucrânia anunciou que vai retirar 17 mil civis das zonas inundadas em torno da barragem, parcialmente destruída por uma explosão, cuja autoria gerou trocas de acusações entre Kyiv e Moscovo.

Cerca de 800 pessoas, 66 das quais com mobilidade reduzida, foram retiradas pela Cruz Vermelha e pelos serviços de emergência ucranianos, que detalharam, através das redes sociais, que pelo menos 80 localidades estão em risco de inundações.

Recorde-se que a destruição parcial da barragem, numa região controlada pelas forças russas, provocou inundações em pelo menos 24 localidades, segundo anunciou o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.

Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no rio Dniepre está agora na linha da frente entre as regiões controladas por Moscovo e o resto da Ucrânia.

Segundo Kyiv, "cerca de 16 mil pessoas encontram-se numa zona crítica", ameaçadas pelas inundações provocadas pela destruição parcial da barragem, dando ainda conta de que 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas no rio Dniepre.

Moscovo disse que 14 localidades, onde vivem "mais de 22 mil pessoas", estão sob ameaça, mas considerou que a "situação está totalmente sob controlo".

A barragem situa-se a 150 quilómetros da central nuclear de Zaporíjia, mas a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse que as cheias provocadas pela destruição da infraestrutura não representam um perigo imediato para a central.

Construída na década de 1950, durante o período soviético, a barragem permite o envio de água para o canal da Crimeia do Norte, que parte do sul da Ucrânia e atravessa toda a península ocupada e anexada por Moscovo desde 2014.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


França "extremamente preocupada" com situação no Senegal apela ao diálogo

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POR LUSA   06/06/23 

A chefe da diplomacia francesa apelou hoje a "todos os senegaleses para que se abstenham da violência", manifestando confiança na sua capacidade de pôr termo ao surto de violência no país, "através de um diálogo inclusivo, pacífico e democrático".

"Estamos preocupados com a violência que eclodiu na semana passada e a França tem manifestado esta opinião desde o início dos acontecimentos", disse Catherine Colonna, numa intervenção no parlamento francês.

"Estamos extremamente preocupados porque o Senegal é um país amigo e um parceiro importante para a França", acrescentou.

Na semana passada, o Senegal viveu o pior momento de violência dos últimos anos, após a condenação em tribunal do líder da oposição, Ousmane Sonko, candidato às eleições presidenciais de 2024.

Sonko foi absolvido da acusação de violação de uma empregada de um salão de beleza em Dacar, mas o tribunal condenou-o a dois anos de prisão por ter incitado a jovem a cometer um atentado ao pudor.

O caso dominou as manchetes dos jornais durante dois anos. Mas a questão da violência sexual foi relegada para segundo plano devido à politização do caso.

A condenação torna Sonko inelegível para as eleições presidenciais de 2024.

O Presidente, Macky Sall, principal alvo das críticas de Ousmane Sonko, continua sem esclarecer sobre as suas intenções para 2024, mas existe uma forte oposição à sua candidatura com base no respeito pela Constituição, que impede um terceiro mandato.

No parlamento francês, Catherine Colonna salientou que confia nos senegaleses.

"Tenho confiança na capacidade do povo para resolver esta crise, para sair deste momento difícil através de um diálogo inclusivo, pacífico e democrático, para que as eleições de 2024 possam ser realizadas de acordo com as regras da democracia e da lei, e na tradição deste país", disse Catherine Colonna.

Para tentar conter a violência, que provocou a morte de 16 pessoas, as autoridades senegalesas cortaram no domingo o acesso à Internet móvel.

"Devido à disseminação de mensagens de ódio e subversivas num contexto de perturbação da ordem pública em algumas localidades do território nacional, a Internet de dados móveis encontra-se temporariamente suspensa em algumas faixas horárias", anunciou o Ministério das Comunicações, Telecomunicações e Economia Digital através de um comunicado.

"As operadoras de telecomunicações são obrigadas a cumprir os requisitos notificados", acrescentou, algo que foi confirmado através da rede social Twitter pela empresa Orange.

O portal Netblocks também noticiou a interrupção do serviço neste país vizinho da Guiné-Bissau, e a agência espanhola Efe pôde verificar, em Dacar, as dificuldades no envio de mensagens através da aplicação de mensagens Whatsapp.

As autoridades senegalesas impuseram esta medida depois de já na quinta-feira terem restringido o acesso às redes sociais (como Twitter e Facebook), algo criticado por organizações como a Amnistia Internacional e a Repórteres sem Fronteiras, que considera que o trabalho dos jornalistas no Senegal está gravemente perturbado.


Leia Também: Meste corânico detido no Senegal sob acusação de violação de alunas

Finlândia expulsa nove diplomatas russos por espionagem

© Lusa

POR LUSA  06/06/23 

As autoridades finlandesas anunciaram hoje que se preparam para expulsar nove diplomatas russos colocados em Helsínquia por atividades de espionagem.

"A Finlândia vai expulsar nove pessoas da embaixada russa que trabalhavam em serviços de informações", afirmou o Governo finlandês num comunicado divulgado após uma reunião com o Presidente, Sauli Niinisto, e com o Conselho Ministerial de Política Externa e de Segurança.

"As decisões são baseadas na avaliação do Serviço de Segurança e Informações finlandeses (SUPO)", disse Marja Liivala, diretora-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em declarações à agência France-Presse (AFP).

Segundo o SUPO, as expulsões são "um grande revés para os serviços de informação russos na Finlândia", indicou o organismo na rede social Twitter.

As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que levou a Finlândia a romper com décadas de não-alinhamento militar ao candidatar-se à adesão à NATO em maio de 2022 e da qual se tornou oficialmente membro em abril passado.

Em maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto, indicou que a Rússia congelou as contas bancárias da embaixada finlandesa em Moscovo e do consulado em São Petersburgo no final de abril.

O congelamento coincidiu com o anúncio da estatal finlandesa Fortum de que Moscovo tinha assumido o controlo da sua subsidiária russa, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a assinar um decreto que aprovava a aquisição.

Em fevereiro, a Finlândia também iniciou a construção de uma vedação de 200 quilómetros na fronteira com a Rússia, face a receios de um potencial fluxo migratório procedente do território russo.


Leia Também: Guterres aponta destruição de barragem como "consequência devastadora"


Madem-G15 promove conferência de imprensa sobre a votação do Domingo_ legislativas 04 junho.

O Diretor Nacional de Campanha do Movimento para Alternância Democrática G15, ladeado pelos altos dirigentes do Partido deu uma conferência de imprensa, manifestado a sua indignação no que tange às declarações proferidas indevidamente, numa vã tentativa de  substituir as Instituições competentes.👇

 @Radio Voz Do Povo 

CNE reage ataques contra a instituição.



 Radio Voz Do Povo


Leia Também:
 


Contrariamente às disposições do Art. 85.° da Lei N °10/2013, 
As CREs, particularmente de Biombo, mas também de outras Regiões como Leste e Sul, estão a ser condicionadas a proceder ao apuramento unitário sem a definição dos Mandatos por Círculo, violando flagrantemente o preceito legal acima referido. 
Em consequência disto, em Biombo, foi produzida uma nota de protesto que foi assinado pelos Partidos concorrentes com a exceção do MADEM - G15.

O Presidente Interino da CNE M’Pabi Cabi esteve em Biombo e mandou suspender os trabalhos de apuramento até hoje.

Este ato de protestos, deve acontecer em todas as CRE’s em que tentem esta OPERAÇÃO ILEGAL!

Por outro lado, façam verificação prévia, do software de apuramento, para confirmarem a sua adequação e o número de mandatos.
Segue a Nota do PGR à CNE do dia 30.05.2023.

Manter o foco e a vigilância.



Conferência de Imprensa das Missões de Observadores Eleitorais Internacionais ( CEDEAO, União Africana e CPLP)

 Radio Voz Do Povo 

PRS aguarda com serenidade os resultados oficiais a serem divulgados pela Comissão Nacional das Eleições-CNE.


 Radio Voz Do Povo 

Escolas públicas e privadas, tudo manda alunos fica na casa, amanhã (dia de conta resultado) pabia de ameaças de PAI-TERRA-NKADJA


É consigui alarma país, i é continua na presta mau serviço a democracia

Por Estamos a Trabalhar

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 - A Plenária da CNE - Assunto: Exposição para os devidos efeitos

VIOLAÇÃO DO ARTIGO 11° DA LEI N° 12/2013 DE 27 DE DEZEMBRO DA LEI ELEITORAL POR PARTE DA COLIGAÇÃO PAI (TERRA RANKA).

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC e cabeça de lista da Coligação PAI-TERRA RANKA está em conferência de imprensa, para anunciar a maioria absoluta nas eleições legislativas de domingo 04 Junho.


Radio Voz Do Povo 

Ucrânia. Inundações em 24 localidades após destruição de barragem

© Reuters/via REUTERS

POR LUSA   06/06/23 

A destruição parcial da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, provocou já inundações em 24 localidades e cerca de mil civis foram retirados da zona, anunciou hoje o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.

"Nesta fase, 24 localidades da Ucrânia foram inundadas. O Ministério do Interior já retirou cerca de mil pessoas. A evacuação [das zonas afetadas] continua", disse Klymenko à televisão ucraniana, segundo a agência francesa AFP.

As autoridades ucranianas disseram anteriormente que as inundações podem afetar 26 mil pessoas em 80 localidades.

A aplicação Maps da Google já assinala as cheias na região de Kherson, onde se situa a barragem.

Kiev e Moscovo acusaram-se mutuamente pela destruição da barragem.

A Rússia perdeu o controlo de parte da região de Kherson durante uma contraofensiva ucraniana em outubro, controlando agora apenas a margem esquerda do rio Dniepre.

Kherson é uma das quatro regiões anexadas pela Rússia em setembro, sete meses depois de ter invadido a Ucrânia.

Na mesma altura, Moscovo declarou como anexadas as regiões de Donetsk, Lugansk e Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa.

A Rússia já tinha ocupado e anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.

O conflito na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.


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Conferência de Imprensa de Lesmes Monteiro Presidente do Partido Luz da Guiné-Bissau sobre a primeira participação do PARTIDO nas eleições legislativas 04 junho.

 Radio Voz Do Povo 

Portugal: Proibida a exportação de 101 medicamentos

Por sicnoticias.pt   06/06/23

Esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.

Vacinas contra a hepatite A, contra a difteria, tétano e tosse convulsa estão entre os 101 medicamentos que estão proibidos desde esta terça-feira para exportação, segundo uma circular informativa do Infarmed.

A circular informativa da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) atualiza os medicamentos que estão com a exportação temporariamente suspensa, uma lista que abrange todos os fármacos críticos que estiveram em rutura no mês de maio, bem como os medicamentos que estejam a ser abastecidos ao abrigo de autorização de utilização excecional.

A lista que entra esta terça-feira em vigor integra 101 apresentações de fármacos de várias categorias e substâncias ativas, entre os quais medicamentos para o tratamento da diabetes, antibacterianos, antipsicóticos, antipiréticos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, a vacina adsorvida pneumocócica poliosídica conjugada.

Segundo o Infarmed, esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.

Ressalva que "esta proibição se aplica aos medicamentos incluídos na lista e não a medicamentos fabricados para exportação".

O Infarmed integra a rede europeia de pontos de contacto das autoridades nacionais competentes, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) e da Comissão Europeia que, desde abril de 2019, é utilizada para a partilha de informação sobre ruturas de abastecimento e questões de disponibilidade de medicamentos autorizados na União Europeia.


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Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ( ROJAE-CPLP) apresenta declaração preliminar sobre as eleições legislativas.


© Radio Voz Do Povo 

Leopold Sedar Domingos fez uma transmissão ao vivo.

ROUBO NA OBRAS DE AUTO-ESTRADA AEROPORTO SAFIM.

Três marginais prindido és madrugada na Auto estrada 🛣️ Aeroporto Safim, tudo tá indica de kuma é sta ba na tentativa de rinka varões ku sta armando na Baletas de obra 🏗️ em curso.

Por  Nickson Mendonça Da Silva 

GUERRA NA UCRÂNIA: Destruição de barragem qualificada como "ato ultrajante"

© Getty

POR LUSA    06/06/23 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, qualificou hoje como um "ato ultrajante" a destruição da barragem ucraniana de Kakhovka, considerando que demonstra a brutalidade da guerra da Rússia na Ucrânia.

"A destruição da barragem de Kakhovka coloca hoje em risco milhares de civis e causa graves danos ambientais", escreveu Stoltenberg na rede social Twitter.

"Este é um ato ultrajante, que demonstra mais uma vez a brutalidade da guerra da Rússia na Ucrânia", acrescentou.

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de ter destruído a barragem situada na região de Kherson (sul), uma das quatro que Moscovo declarou como anexadas em 30 de setembro de 2022, sete meses depois de ter invadido o país vizinho.

A Rússia atribuiu a destruição da barragem no rio Dnipro às forças ucranianas.


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Agente do FBI condenado por espiar para a Rússia morre em prisão dos EUA

© PAUL J. RICHARDS/AFP via Getty Images

POR LUSA   06/06/23 

O agente norte-americano do FBI Robert Hanssen, espião para a extinta União Soviética e depois para a Rússia, morreu segunda-feira numa prisão nos Estados Unidos onde cumpria 15 penas consecutivas de prisão perpétua por trair os Estados Unidos.

Robert Hanssen, de 79 anos, foi "encontrado inconsciente" por volta das 07:00 horas locais (13.00 GMT), na prisão federal "Supermax" em Florence, no Colorado, onde estava desde 2002, informaram os serviços prisionais norte-americanos em comunicado.

A nota, sem fornecer detalhes sobre o motivo da morte, especifica que nenhum prisioneiro ou funcionário da prisão foi ferido e que não houve perigo para o público.

Robert Hanssen foi preso em 2001 e declarou-se culpado de 15 acusações de espionagem por vender material confidencial à União Soviética e à Rússia durante os últimos anos da Guerra Fria.

Na sua página de internet, o FBI refere-se a Robert Hanssen como "o espião mais prejudicial" da história, com atividades de espionagem desde 1985, nove anos depois de ingressar no FBI.


Ucrânia acusa Rússia de destruir barragem e alerta para inundações

© Twitter/ Mykhailo Podolyak

POR LUSA   06/06/23 

As autoridades ucranianas acusaram hoje as tropas russas de fazerem explodir a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka e pediram aos residentes nas zonas junto ao rio Dnipro, no sul da Ucrânia, que abandonem as habitações.

O Comando Sul das Forças Armadas ucranianas avançou a destruição da infraestrutura, a 60 quilómetros da cidade de Kherson, e indicou que está a investigar a extensão dos danos, bem como a velocidade e a quantidade de água que deverá afetar as áreas vizinhas.


O chefe da Administração Militar Regional de Kherson, Oleksandr Prokudin, disse, num vídeo publicado na plataforma Telegram, pouco antes das 07:00 (05:00 em Lisboa), que "o exército russo cometeu mais um ato de terror" e alertou que a água deverá atingir "níveis críticos" dentro de cinco horas.

O Ministério do Interior ucraniano pediu aos residentes de 10 aldeias na margem direita do rio Dnipro e de partes da cidade de Kherson que reúnam os documentos essenciais e animais de estimação, desliguem os aparelhos elétricos e abandonem as casas.

Imagens que circulam nas redes sociais, e que parecem ser de uma câmara de vigilância, com vista para a barragem, mostram um foco de luz, uma explosão e a barragem a desabar.

O chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak, revelou que o Presidente Volodymyr Zelensky, convocou, de forma urgente, uma reunião do Conselho de Segurança do país, após "mais um crime de guerra cometido pelo terroristas russos".

Em resposta, Moscovo disse que a barragem desmoronou "devido a danos" causados pelo conflito, confirmando que os terrenos próximos estão a sofrer inundações.

"A barragem não aguentou, um suporte desabou e a inundação começou", disse uma fonte à agência de notícias oficial russa TASS.

O autarca da cidade ocupada de Nova Kakhovka disse que, por volta das 02:00 (23:00 de segunda-feira em Lisboa), as forças ucranianas realizaram "uma série de ataques à central hidroelétrica de Kakhovka, que destruíram as válvulas".

Também de acordo com a TASS, Vladimir Leontiev disse a água estava a sair da represa "de forma incontrolável".

A Ucrânia e a Rússia tinham vindo a trocar acusações sobre alegados ataques à barragem e, em outubro, Zelensky avisou que a Rússia tinha colocado explosivos na estrutura para causar uma inundação e dificultar o avanço das tropas ucranianas.

Em fevereiro, os níveis da água na barragem de Kakhovka estavam tão baixos que muitos temiam um colapso na central nuclear de Zaporijia, ocupada pelos russos, cujos sistemas de arrefecimento são abastecidos com água de um reservatório mantido pela barragem.

Em meados de maio, após fortes chuvas e com a neve de inverno a derreter, os níveis da água subiram além dos níveis normais, inundando aldeias próximas.


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Senegal vive calmaria após dias de confrontos

Por DW.COM   06/06/23  

No Senegal, após as violentas manifestações que abalaram o país nos últimos dias, a situação acalmou. Há pelo menos 500 detidos e 16 mortos. E o Governo tenta o diálogo para manter a ordem.

Nesta segunda-feira (05.06), a polícia senegalesa informou que pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas nos confrontos entre as forças policiais e apoiantes do líder da oposição Ousmane Sonko.

Sonko, que ficou em terceiro lugar nas presidenciais de 2019, foi condenado há dias a dois anos de prisão, acusado por corrupção de menores. Mas os seus apoiantes, na sua maioria jovens, acusam o Governo de manobras para tentar impedir a sua candidatura às eleições presidenciais de 2024.

Em protesto, saíram às ruas na última quinta-feira envolvendo-se em confrontos violentos com as autoridades policiais.

Polícia e manifestantes entraram em confronto em Dakar nos últimos diasFoto: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS

Pelo menos 500 detidos

Cerca de 500 pessoas estão detidas e a polícia denuncia a presença de forças ocultas entre os manifestantes. 

"As pessoas detidas durante estes acontecimentos são sobretudo indivíduos armados e perigosos. Entre elas, identificámos também menores e pessoas de nacionalidade estrangeira. A maioria das pessoas detidas estava na posse de cocktails Molotov e de armas brancas, bem como de armas de fogo de grande calibre", de acordo com Ibrahima Diop, Diretor da Segurança Pública.

Num comunicado de imprensa, o principal movimento da sociedade civil do Senegal, 'Y'en a marre', disse que a polícia não se pronunciou sobre o que mais preocupa os senegaleses.

Entretanto, várias organizações nacionais e internacionais pedem o fim das tensões. Biram Bass é membro da sociedade civil baseada em Dakar e diz que a situação não é boa "para o futuro dos nossos filhos e dos nossos irmãos".

"É lamentável. Isso poderia ter sido evitado", afirma Bass.

Além dos protestos, houve pilhagens e depredação de infraestruturas públicas e privadasFoto: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS

Diálogo contra a crise

O Presidente Macky Sall convocou uma reunião de emergência do seu partido. O Secretariado-Executivo Nacional e a Aliança para a República, o partido presidencial, deveriam reunir-se ontem, segundo a imprensa senegalesa.

O diálogo para resolver crise no país estava no topo da agenda do encontro.

A polícia nacional considera que as manifestações registadas no Senegal são subversivas à ordem pública e não uma forma de expressão de opinião.

Segundo Ibrahima Diop, "os ataques visam as infraestruturas essenciais do Estado, como as centrais de produção de água e eletricidade, os transportes públicos, bem como as empresas e os bancos".

Polícia diz que pelo menos 500 pessoas foram detidas nos últimos diasFoto: JOHN WESSELS/AFP

"O objetivo destes ataques é perturbar a atividade económica do país e criar um clima de terror entre os nossos cidadãos", reforçou.

Falta de oportunidades

Mas, para o cientista político senegalês Moussa Diau, a falta de oportunidades para os jovens pode ter atiçado os ânimos.

"Muitos jovens que estão desempregados. Por isso, à mínima oportunidade, atacam o património público e invadem lojas porque têm fome. É uma forma de vingança da sociedade contra a forma como o poder político governa", avalia.

Apesar de uma relativa calmaria, vários manifestantes reunidos na Praça da Independência, em Dakar, gritavam esta segunda-feira que a resistência à opressão é um "dever moral e cívico".