terça-feira, 11 de abril de 2023

UMRAH/ Presidente da República da Guiné-Bissau General Umaro Sissoco Embaló já se encontra na Árabea Saudita

  Gaitu Baldé 


Medidas para proteger crianças talibés estão a surtir efeito

Iancuba Dansó  dw.com   11/04/23 

Duas semanas depois da decisão das autoridades guineenses de retirar as crianças talibés das ruas e da situação de mendicidade, uma organização que monitoriza o caso diz que a medida está a ser cumprida na totalidade.

Diariamente, nos mercados e nas ruas, e todas as sextas-feiras, nas mesquitas de Bissau e do interior do país, viam-se crianças "talibés" - alunos do ensino corânico - a pedir dinheiro para levar aos mestres.

Os doutrinadores são acusados por organizações da sociedade civil de maltratar os menores que não entregam o dinheiro solicitado.

Desde que as autoridades decidiram, no passado dia 27 de março, retirar as crianças talibés das ruas da Guiné-Bissau, a DW África não testemunhou mais nenhuma movimentação de alunos do ensino corânico nas ruas da capital guineense.

"Situação controlada"

Suleimane Embaló, presidente da Associação Guineense de Luta Contra Migração Irregular, Tráfico dos Seres Humanos e Proteção das Crianças (AGLUCOMI-TSH), que tem monitorizado e denunciado a situação desses menores, disse à DW África que a situação está controlada.

"Graças a um esforço que fizemos junto com os mestres corânicos, União dos Imames e as autoridades policiais, neste momento as crianças não estão a sair as ruas para a mendicidade. Isso não é só em Bissau, mas também a nível nacional", destaca.

Sobre o caso, a DW África tentou, sem sucesso, contactar o Ministério do Interior, responsável pela segurança do país.

O sociólogo Ivanildo Bodjam sublinha a gravidade do fenómeno: "A situação das crianças talibés na Guiné-Bissau deve ser vista como um problema nacional, porque a mendicidade a que são colocadas essas crianças retira tudo que tem a ver com o princípio da proteção da criança, quando o Estado da Guiné-Bissau ratificou as convenções para a sua proteção, contra qualquer forma de exploração, do trabalho, sexual e outros riscos a que são expostas".

Mais de 700 alunos em escolas corânicas

A Associação Guineense de Luta Contra Migração Irregular, Tráfico dos Seres Humanos e Proteção das Crianças disse ter registado, em Bissau, recentemente, mais de duas dezenas de escolas corânicas, que albergam mais de 700 alunos, dos quais mais de 200 saíam às ruas para pedir.

O presidente da Associação anuncia o início de uma ação de sensibilização para a "mudança de mentalidade" dos mestres corânicos, em relação à forma de tratamento das crianças talibés.

Mas Suleimane Embaló alerta que é urgente a reintegração desses menores, agora retirados das ruas: "Estamos mais uma vez a pedir às pessoas de boa vontade e às autoridades para que acelerem o processo de reintegração dessas crianças junto das famílias, porque se não, a situação vai complicar-se e vai ser muito difícil de controlar."

O sociólogo Ivanildo Bodjam defende que o Estado da Guiné-Bissau deve colaborar com a comunidade escolar corânica: "Como forma de melhorar a qualidade e acesso a esse modelo de ensino, sendo importante mecanismo que o Estado possa encontrar e evitar que essas mesmas crianças sejam enviadas para outros países, com riscos de serem doutrinadas com o fundamentalismo radical, capaz de fomentar o extremismo violento na Guiné-Bissau".

Revoltado com a situação dos alunos corânicos, no mês passado o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ordenou a detenção de qualquer mestre corânico que a partir de 27 de março mandasse uma criança talibé para a mendicidade nas ruas do país.

Vídeo mostra como a Terra evoluiu nos últimos 100 milhões de anos

© YouTube / Faculty of Science, University of Sydney

Notícias ao Minuto  11/04/23 

O vídeo mostra como as placas tectónicas se movimentaram ao ponto de criar as montanhas e os oceanos de hoje em dia.

Um novo modelo criado pela Universidade de Sydney na Austrália e partilhado na revista científica Science permite ter uma ideia de como a Terra evoluiu ao longo dos últimos 100 milhões de anos.

O modelo em questão, que até teve direito a uma animação partilhada no canal de YouTube da instituição, mostra todas as alterações que tiveram lugar na topografia - incluindo a criação de montanhas e oceanos - e como as placas tectónicas se movimentaram e afetaram a superfície terrestre.

“Temos de compreender o passado para conseguirmos prever o futuro”, nota um dos autores do estudo, Tristan Salles. “Mas os nossos modelos geológicos apenas nos ofereceram uma compreensão fragmentada de como se formaram as características físicas mais recentes”.

Pode ver a animação em questão no vídeo acima.☝


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Polónia já acolheu onze milhões de cidadãos ucranianos... Cerca de 87% das pessoas que chegaram são mulheres e crianças.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   11/04/23 

A Polónia confirmou esta terça-feira que o número de ucranianos a entrar no seu território ultrapassou os onze milhões, com o país a ser, de longe, o que mais refugiados recebeu após o início da invasão russa.

Através do Twitter, a representação polaca na União Europeia deu conta do número atualizado, referindo que 87% das entradas no país são de mulheres e crianças que fugiram da guerra que se abateu sobre o país.

"Todos os que fogem da guerra irão encontrar refúgio e a ajuda que precisarem na Polónia", garantiu a liderança polaca em Bruxelas.

Segundo os dados disponibilizados pelo portal do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 8,1 milhões de refugiados ucranianos abandonaram o país para fugirem para outros países europeus - a grande maioria através da Polónia, mas também pela República Checa, Roménia, Moldova, Bulgária, entre outros países do leste europeu.

Desses 8,1 milhões, mais de cinco milhões estão sob proteção temporária nos países onde foram acolhidos - sendo que Portugal concedeu mais de 59 mil proteções temporárias desde o início do conflito.

No total, a guerra na Ucrânia já fez mais de 8.400 mortos e 14 mil feridos entre a população civil, segundo os dados avançados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número deverá ser muito superior devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas ocupadas pelas forças russas, nomeadamente em Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas durante o cerco russo.


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TAIWAN: Taipé encara exercícios militares como "falta de responsabilidade"

© Getty

POR LUSA    11/04/23 

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, condenou hoje as últimas manobras militares do Exército Popular de Libertação da China no Estreito da Formosa afirmando que Pequim demonstra "falta de responsabilidade".

Os exercícios militares da República Popular da China que terminaram na segunda-feira e que se prolongaram durante três dias foram uma "manobra de retaliação" contra o encontro entre a chefe de Estado de Taiwan (República da China) e Kevin McCarthy da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.

O encontro entre Tsai Ing-wen e McCarthy ocorreu na semana passada na Califórnia, Estados Unidos. 

"Como Presidente, represento o nosso país no mundo quer durante visitas (oficiais) aos países aliados quer em escalas nos Estados Unidos ou em contactos com os nossos amigos internacionais. Isto acontece há muitos anos e corresponde às expectativas do povo de Taiwan", disse Tsai numa declaração escrita difundida hoje em Taipé.  

"A China usou isto [o encontro na Califórnia] como pretexto para dar início a exercícios militares, criando instabilidade no Estreito de Taiwan. Isto não é uma atitude responsável por parte da maior nação da região", acusou. 

A República Popular da China encara os contactos internacionais de Taiwan como iniciativas no sentido da independência formal da ilha cuja soberania é reclamada desde a vitória dos comunistas na Guerra Civil chinesa que terminou em 1949.

As forças nacionalistas, lideradas por Chiang Kai-Shek (1887-1975), refugiadas na ilha estabeleceram na Formosa a República da China provocando tensões que se prolongam desde o final da Guerra Civil visto que Pequim pretende a reunificação do território mesmo que seja "preciso utilizar a força".

O Exército Popular de Libertação da República Popular da China reiterou as ameaças durante os últimos exercícios.

"As tropas no 'teatro de operações' estão prontas para lutar a qualquer momento e podem lutar a qualquer momento para esmagar qualquer forma de 'independência de Taiwan' assim como as tentativas de interferência estrangeira", disse o comando oriental do Exército Popular de Libertação em comunicado.

Nos últimos anos, a República Popular da China aumentou a presença militar no Estreito da Formosa usando aviões de combate com frequência diária e realizando manobras junto às águas territoriais e no espaço aéreo de Taiwan. 

No passado mês de agosto, após a visita de Nancy Pelosi, na altura presidente do Congresso dos Estados Unidos, a República Popular da China realizou ensaios com mísseis balísticos ao largo de Taiwan tendo também enviado navios de guerra para o limite das águas internacionais. 

Na mesma altura, Pequim ordenou disparos de mísseis que sobrevoaram a República da China e que acabaram por cair nas águas da Zona Económica Exclusiva do Japão provocando o agravamento das tensões na região.

As últimas manobras militares concentraram-se no desempenho dos meios aéreos da República Popular da China tendo Taipé indicado que mais de 200 aviões de combate de Pequim foram mobilizados.

Na segunda-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que registou a passagem de 91 aviões de combate da República Popular da China ao largo da ilha. 

A CCTV, estação de televisão de Pequim, citando o Exército Popular de Libertação, disse que os exercícios simularam navegação de combate e a neutralização de alvos no mar.

Apesar do final das manobras, na segunda-feira, o Ministério da Defesa de Taipé disse hoje que oito navios de guerra da República Popular da China mantêm-se ao largo de Taiwan. 

Entretanto, a chefe de Estado de Taiwan pediu hoje para a população da República da China ignorar o que considerou "desinformação" sobre os meios de defesa da ilha nacionalista.

COREIA DO SUL: Incêndio em floresta na Coreia do Sul já consumiu dezenas de casas

Notícias ao Minuto  11/04/23 

Chamas obrigaram à retirada de centenas de habitações, com 400 pessoas a serem realojadas pelas autoridades.

Um incêndio de grandes dimensões na Coreia do Sul, na região central de Gangneung, intensificou-se após uma terça-feira de ventos fortes e condições adversas, com centenas de pessoas a serem forçadas a fugir das chamas e a ver as suas casas a arder.

Segundo as autoridades sul-coreanas, citadas pela Associated Press, foram mobilizados mais de 2.300 bombeiros e 300 veículos para combater as chamas que começaram numa montanha na região.

O incêndio avançou sobre zonas habitadas e já destruiu cerca de 70 casas, além de outras infraestruturas locais, como um ringue de patinagem no gelo e um ginásio escolar.

Não foram registados mortos ou feridos, mas mais de 400 pessoas foram resgatadas pelas autoridades.

O fogo já consumiu mais de 370 hectares e as autoridades estão a fazer os possíveis para conter o avanço em áreas habitadas.

O Serviço de Florestas da Coreia do Sul explicou que, às 14h10 desta terça-feira (6h10 em Lisboa), os bombeiros tinham controlado cerca de 65% do incêndio, mas os ventos fortes têm dificultado a utilização de meios aéreos e um progresso mais rápido no combate às chamas. Segundo explicou a Administração Meteorológica da Coreia, os ventos na região de Gangneung atingiram os 103 km/h na terça-feira à tarde.

O vento é tão forte que os serviços ferroviários tiveram de cancelar pelo menos dez viagens entre Gangneung e outras cidades na costa este do país.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, contou que ordenou as autoridades para utilizarem "todos os equipamentos e pessoal disponíveis" para acabar com o incêndio e impedir qualquer perda de vida.



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Taiwan deteta 26 aeronaves e nove navios de guerra chineses

© GREG BAKER/AFP via Getty Images

POR LUSA  11/04/23 

O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado hoje 26 aeronaves e nove navios de guerra chineses à volta da ilha, um dia depois de Pequim ter anunciado o fim das suas principais manobras militares.

A China mobilizou "aviões militares esta manhã e atravessou a linha mediana do norte, centro e sul", informou o Ministério da Defesa, no dia em que teve início uma visita de uma semana de deputados canadianos ao território.

A China considera Taiwan parte do seu território, para onde os nacionalistas se refugiaram após perderem para os comunistas a guerra civil chinesa em 1949. Uma das prioridades de Pequim passa por assegurar a reunificação, pela força, se necessário.

A demonstração de força surge após a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se ter encontrado na quarta-feira na Califórnia com o líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, uma iniciativa à qual Pequim prometeu responder.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado 12 navios de guerra e 91 aviões no último dia da operação dos exercícios militares que começaram no sábado.

A Presidente taiwanesa condenou os exercícios militares na segunda-feira, afirmando que a China estava a utilizar a relação entre Taipé e Washington como "desculpa (...), criando instabilidade em Taiwan e na região".

"Embora o exercício militar da China tenha terminado, o nosso exército e a nossa equipa de segurança nacional vão continuar a permanecer nos seus postos e a defender o país", disse Tsai numa publicação na rede social Facebook.


Leia Também: As forças norte-americanas e filipinas lançaram hoje os maiores exercícios de combate conjuntos em décadas nas águas do disputado mar do Sul da China, onde Washington considera que Pequim tem realizado ações cada vez mais agressivas.

EUA: Estados democratas estão a criar reservas de pílulas abortivas

© KENA BETANCUR/AFP via Getty Images

POR LUSA   11/04/23 

Vários estados norte-americanos liderados por democratas, incluindo a Califórnia, anunciaram esta segunda-feira o aumento das reservas de pílulas abortivas, enquanto decorre uma batalha judicial sobre a autorização da comercialização de mifepristone, aprovada há mais de 20 anos.

O juiz federal do Texas Matthew Kacsmaryk suspendeu a comercialização da mifepristona, uma das duas pílulas usadas para abortos, o que na prática impede a prescrição.

O Governo dos Estados Unidos pediu esta segunda-feira a um tribunal federal de apelações que garanta o acesso à pílula abortiva no país, enquanto decorre a batalha judicial.

Sem esperar pelo resultado do recurso do Governo dos EUA para contestar a decisão, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, explicou que seu o Estado está a criar uma reserva de emergência de dois milhões de comprimidos de misoprostol, a outra pílula utilizada para abortos médicos.

"Não vamos ceder aos extremistas que estão a tentar proibir esses serviços essenciais de aborto", sublinhou Newsom em comunicado, explicando que o seu estado já recebeu 250.000 dessas pílulas, que podem ser utilizadas sozinhas como alternativa ao mifepristona.

"O aborto medicinal continua legal na Califórnia", garantiu.

Massachusetts também anunciou esta segunda-feira que comprou mais de 15.000 comprimidos de mifepristona, o equivalente às necessidades habituais daquele Estado norte-americano para um ano.

Também irá libertar um milhão de dólares (cerca de 920 mil euros) para permitir que os profissionais de saúde criem reservas dessa pílula, antes que a justiça decida definitivamente sobre o seu futuro.

"Não vamos permitir que um juiz extremista no Texas reverta esse medicamento comprovado e restrinja o acesso aos cuidados no nosso Estado", apontou a governadora democrata Maura Healey, em declarações aos jornalistas.

Na semana passada, o Estado de Washington anunciou a compra de 30.000 comprimidos de mifepristona, o equivalente às necessidades para três anos, para se preparar para qualquer eventualidade.

O futuro do mifepristona, utilizado por 5,6 milhões de mulheres desde a sua aprovação no ano 2000 nos Estados Unidos, está suspenso desde que um juiz federal ultraconservador reverteu a sua autorização de comercialização.

Este magistrado do Texas, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, justificou a sua decisão citando riscos à saúde das mulheres, apesar do consenso científico.

O Governo dos EUA considerou a decisão um "julgamento extraordinário e sem precedentes" apelando à suspensão da decisão "até à análise de fundo" do caso.

Para o Departamento de Justiça, caso a decisão do tribunal do Texas seja permitida, será colocada em causa a decisão da agência federal para a alimentação e medicamentos (Food and Drug Administration, FDA) e as mulheres serão "gravemente prejudicadas".

Uma vez apresentado o recurso do Governo, a decisão será revista de emergência por um tribunal de recurso em Nova Orleães, também conhecido por ser conservador. O caso deverá, portanto, ser rapidamente levado ao Supremo Tribunal dos EUA.

Em junho, o Supremo Tribunal, profundamente reformulado pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump, concedeu uma vitória histórica aos opositores do aborto ao retirar o direito constitucional de interromper uma gravidez, dando assim a cada estado a liberdade de legislar sobre a matéria. Desde então, cerca de 15 estados já proibiram o aborto no seu território.


Leia Também: Juiz federal proíbe prescrição de pílulas abortivas nos Estados Unidos

Especialistas guineenses pedem acções concretaras para resolver problema das crianças talibês nas ruas

Cidade de Bissau, Guiné-Bissau, 1 de Fevereiro 2022

Lassana Cassamá  voaportugues.com   11/04/23 

Depois das autoridades guineenses proibirem as crianças talibés, que frequentem escolas corânicas, de pedirem nas ruas de Bissau e noutras cidades do país, especialistas defendem acções concertadas entre o Estado, mestres corânicos e organizações que intervêm no sector.

Laudelino Medina, secretário executivo da Associação dos Amigos das Crianças, a primeira organização guineense envolvida directamente na identificação e recolha das crianças talibés da Guiné-Bissau, particularmente as que são enviadas para o vizinho Senegal, diz que a decisão do Presidente da República, por si só, não resolve o problema:

“Esta medida requer uma concertação e um acompanhamento de diferentes actores que intervêm na cadeia da proteção da criança, porque se trata de uma problemática tradicional profundamente enraizada no país”, afirma Medina.

Aliás, lembra, há muitas crianças que se encontram nessa situação ao nível nacional e transnacional.

”Só para se ter uma ideia: há um estudo ao nível da grande região de Dakar, segundo o qual, numa amostra de 6.700 crianças que mendigam nas ruas da capital daquele país, 30% é oriunda da Guiné-Bissau, é demasiado para nós. Portanto, temos que tomar decisões, que requerem acções concertadas no sentido de retirar as crianças com dignidade nas ruas”, conclui aquele responsável associativo.

O sociólogo guineense Ivanildo Paulo Bodjam considera que as escolas corânicas têm um papel importante na sociedade guineense, sobretudo, pela sua contribuição na construção social e na formação do homem.

Por isso, na opinião dele, o Estado tem uma obrigação para com as escolas corânicas da Guiné-Bissau.

“Há uma explícita missão do Estado, enquanto agente do bem e detentor das obrigações, em criar condições para o funcionamento das escolas corânicas diferentemente das escolas privadas, considerando que é mais da natureza comunitária para o ensino do moral e lições corânicas”, defende Bodjam.

Dados da Associação Guineense de Luta contra Emigração Irregular, Tráfico de Seres Humanos e Proteção de Crianças, citados por aquele sociólogo, indicam que só em Bissau, oficialmente, estão registadas vinte e duas escolas corânicas, albergando 720 e”crianças, dos 3 aos 18 anos de idade. Ivanildo Paulo Bodjam defende, por isso, que as escolas corânicas devem deixar de ser da exclusiva responsabilidade dos imames ou de mestres.

“As comunidades têm que considerar que, o facto de haver necessidade de formação das crianças ao ensino corânico, há que haver também a apropriação destas mesmas comunidades em sustentar essas escolas, através de pagamento de propinas ou qualquer outra forma de poder sustentar o funcionamento destas escolas”.

Desde o dia 6, o Governo proibiu as crianças de pedirem dinheiro, alegadamente para as escolas corânicas.

COREIA DO NORTE: Líder norte-coreano promete melhorar arsenal nuclear

© Lusa

 POR LUSA    11/04/23 

O líder norte-coreano prometeu melhorar o arsenal nuclear numa reunião com altos responsáveis militares para discutir os preparativos de guerra face aos exercícios militares sul-coreanos e dos Estados Unidos, informou hoje a agência de notícias estatal.

Kim Jong-un reviu os planos de ataque da linha da frente do país e vários documentos de combate e salientou a necessidade de reforçar a dissuasão nuclear com "mais rápidez, de forma mais prática e ofensiva", noticiou a KCNA.

A reunião da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores no poder, na segunda-feira, realizou-se num momento de tensões crescentes, traduzidas em demonstrações de armamento norte-coreanas e em exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul.

A agência de notícias sublinhou que Kim e os membros da comissão militar analisaram a situação de segurança na península coreana, "na qual os imperialistas americanos e os traidores fantoches coreanos [do Sul] estão a ficar cada vez mais transparentes nas iniciativas para uma guerra de agressão".

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul descreveram os exercícios como sendo de natureza defensiva e disseram que a expansão desses exercícios é necessária para fazer face à evolução das ameaças da Coreia do Norte.

As conversações nucleares entre Washington e Pyongyang estagnaram desde 2019 devido a desacordos sobre a troca de sanções económicas pela redução do programa de armas nucleares norte-coreano.


Leia Também: China quer "reforço" das "relações bilaterais" com Coreia do Norte

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Aeroflot envia aviões para reparação no Irão devido a sanções, diz jornal

© Getty Images

POR LUSA  10/04/23 

A principal companhia aérea russa, Aeroflot, enviou pela primeira vez um dos seus aviões para reparação no Irão devido às sanções ocidentais impostas após o início da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, indicou hoje o jornal RBK.

No passado dia 5, foi enviado um Airbus A330-300 para Teerão para receber manutenção técnica da maior companhia aérea iraniana, Mahan Air, disseram ao diário fontes próximas da Aeroflot e confirmou um representante da companhia russa.

Segundo fontes do RBK, a Aeroflot abordou a possibilidade de contratar a manutenção da sua frota no Irão durante vários meses.

O envio do primeiro A330 deve-se à necessidade de manutenção no trem de aterragem do aparelho.

Previamente, a Aeroflot recorreu aos serviços de outras empresas para estes fins, como a HAECO, com sede em Hong Kong.

No verão de 2021, a companhia assinou um acordo de longo prazo para manutenção e revisão de componentes de aeronaves com esta empresa.

Mas, as sanções internacionais, adotadas em resposta à ofensiva militar russa na Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022, afetaram também os serviços de reparação e fornecimento de peças às companhias aéreas russas, refere o RBK.

Um representante da Aeroflot indicou ao jornal russo que a Mahan Air "tem a base material necessária, certificados e uma vasta experiência" para efetuar a manutenção da frota da companhia.


Leia Também: Turquia inaugura o seu primeiro porta-aviões preparado para 'drones'

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, encontra-se atualmente em Mecca, Arábia Saudita, a convite do Rei Salman bin Abdulaziz Al Saud. O objetivo da visita é realizar a peregrinação anual de Umrah, um dos principais rituais do Islão.

A peregrinação de Umrah é considerada uma das principais práticas religiosas dos muçulmanos, que consiste em visitar a cidade sagrada de Mecca, realizar uma série de rituais religiosos e orações, além de realizar a volta ao redor da Kaaba, um dos principais símbolos da religião islâmica.

O Presidente Embaló é um muçulmano devoto e esta será a sua primeira peregrinação a Mecca desde que assumiu o cargo de Presidente em 2020. A visita à cidade sagrada é vista como uma oportunidade para o Presidente fortalecer a sua relação com o mundo islâmico e aumentar a cooperação entre a Guiné-Bissau e a Arábia Saudita.

Durante a visita, o Presidente Embaló deve se encontrar com autoridades sauditas e discutir uma série de questões bilaterais, incluindo comércio, investimentos e cooperação em áreas como agricultura e energia.

Além disso, a visita também será uma oportunidade para o Presidente Embaló destacar o compromisso da Guiné-Bissau com a paz, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável em toda a África Ocidental. A Guiné-Bissau tem sido um importante parceiro regional na luta contra o terrorismo e a instabilidade política, e a visita do Presidente Embaló a Mecca deve ajudar a fortalecer ainda mais esses laços.

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15


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 Umrah/Arábia Saudita 🇸🇦...  A sua excelência Genera Umaro Sissoco Embalo presidente da República Guiné-Bissau 🇬🇼.👇


🚨 OFICIAL: China lança primeira âncora virtual de telejornal, criada por Inteligência Artificial para substitui humanos.

POPTime @siteptbr   10/04/23

China lança primeira âncora virtual de telejornal, criada por Inteligência Artificial para substitui humanos

A China tem sido um dos países líderes no desenvolvimento e aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial (IA). Agora, o país deu mais um passo inovador ao lançar a primeira âncora virtual de telejornal, criada completamente por IA.


A âncora virtual foi lançada pela agência estatal de notícias Xinhua em novembro de 2018. A versão inicial da âncora era baseada em imagens e voz de um apresentador humano, mas a versão mais recente é criada completamente por IA, com um avatar gerado por computador e uma voz gerada por síntese de fala.

A âncora virtual tem a capacidade de ler notícias em chinês e inglês, e a Xinhua já a utilizou em relatórios de notícias ao vivo e gravações pré-gravadas. O objetivo da agência de notícias é tornar a âncora virtual uma parte regular da sua equipe de apresentadores.
  • Na sua estreia na TV, Ren disse que foi treinada com habilidades de “milhares de âncoras”.
  • “Por 365 dias, estarei relatando notícias, 24 horas por dia, sem descanso”, afirmou.
  • Diferente de um jornalista humano, Ren segue apenas o que está escrito em um roteiro programado, sem autonomia para mudar seu discurso ao vivo.
Embora a tecnologia por trás da âncora virtual seja impressionante, ela também gerou algumas preocupações. Algumas pessoas temem que a criação de âncoras virtuais possa levar a um declínio na qualidade do jornalismo e a uma maior disseminação de notícias falsas. Além disso, a criação de âncoras virtuais também pode levar a uma perda de empregos para apresentadores humanos.

Experimento de longa data
  • Ren não foi a primeira jornalista virtual da China. O primeiro apresentador alimentado por IA foi apresentado em 2019 e se chama Guo Guo, progamado para se portar como um repórter da “vida real” chamado Guo Xinyu.
  • Desde então o mesmo foi tentado por outros meios de comunicação estatais chineses (Xinhua, Beijing TV, Hunan TV e CCTV), segundo as informaçoes do What’s on Weibo.
  • Durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim, também houve um anfitrião virtual e o primeiro apresentador de linguagem de sinais de IA da China, acrescenta a publicação.
No entanto, os defensores da tecnologia argumentam que ela pode ser usada para melhorar a qualidade e a eficiência do jornalismo. Por exemplo, a IA pode ser usada para analisar grandes quantidades de dados e fornecer insights valiosos para os jornalistas. Além disso, a tecnologia pode ser usada para criar apresentadores virtuais que falam diferentes idiomas, o que pode ajudar a tornar as notícias mais acessíveis para audiências globais.

Independentemente das opiniões sobre o uso de âncoras virtuais de telejornal, é evidente que a China está liderando a carga no desenvolvimento de tecnologias de IA. É provável que vejamos mais inovações no futuro, tanto na China quanto em todo o mundo.


Rússia acusada de recorrer "a regimes desonestos" para obter armamento

© Getty Images

POR LUSA   10/04/23 

A Rússia acusou hoje Estados Unidos e países ocidentais de violarem acordos de desarmamento entregando armas à Ucrânia, acabando acusada de recorrer "a regimes desonestos", como Irão e Coreia do Norte, para obter ilegalmente meios para atacar Kyiv.

Num debate aberto do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre "Riscos derivados de violações dos acordos que regulam a exportação de armas e equipamentos militares", países-membros ocidentais questionaram a convocação deste debate pela Rússia, que preside este mês ao organismo, frisando que a Ucrânia tem direito à autodefesa de acordo com a Carta da ONU.

Para o representante diplomático norte-americano, Robert Wood, a reunião foi "um esforço velado para retratar a Rússia como um ator responsável no controlo de armas, tentando ofuscar a realidade de que lançou uma invasão armada injustificada ao seu vizinho".

"Não devemos fingir que o conflito na Ucrânia é uma questão de sistemas de exportação de armas. A Ucrânia foi invadida e tem todo o direito de se defender e a comunidade internacional tem todo o direito de continuar o seu apoio de longa data à defesa da Ucrânia", adiantou.

O diplomata da missão dos Estados Unidos junto da ONU indicou ainda que o Governo ucraniano comprometeu-se a salvaguardar e contabilizar adequadamente o equipamento de defesa transferido, com a formação de uma comissão em 2022 para monitorização de equipamentos militares doados.

"A Rússia, por outro lado, nunca deixou que os factos interferissem nas suas falsas narrativas. Num esforço flagrante para desacreditar a Ucrânia e enfraquecer o apoio internacional à autodefesa da Ucrânia, a Rússia continua a espalhar desinformação sobre desvios", disse Wood.

"Na verdade, o maior risco de tráfico ilícito vem da captura de armas no campo de batalha pela Rússia e pelas forças pró-Rússia. A Rússia propôs o fornecimento de armas capturadas a separatistas no leste da Ucrânia. Essas declarações e ações são perigosas e irresponsáveis", advogou.

O diplomata norte-americano acusou ainda a Rússia de recorrer a "regimes desonestos" para tentar obter ilegalmente armas e equipamentos para apoiar as suas operações militares, sublinhando que, em novembro de 2022, a Coreia do Norte entregou 'rockets' e mísseis à Rússia para uso do Grupo Wagner, violando diretamente as resoluções do Conselho de Segurança, de que a Rússia é membro permanente.

Wood recordou ainda que o Irão também transferiu 'drones' para a Rússia, "um facto que o ministro das Relações Exteriores do Irão reconheceu em declarações públicas em 05 de novembro", e frisou que essas aeronaves não-tripuladas estão a ser usadas para atacar as infraestruturas civis da Ucrânia.

O embaixador russo Vasily Nebenzya respondeu que estas "acusações infundadas" são "oficialmente refutadas" pelo Governo russo.

Numa aparente referência aos Estados Unidos, Nebenzya criticou países que distribuem armamento com base "nas suas próprias ambições geopolíticas", para "várias regiões do mundo, incluindo Médio Oriente, Balcãs e norte da África".

"A crise que [os países ocidentais ] provocaram na Ucrânia foi uma demonstração clara da falta de sinceridade no apoio aos esforços internacionais para combater a disseminação descontrolada de armas", afirmou o diplomata russo, acrescentando que Moscovo alertou repetidamente para as "perigosas consequências" de armar Kyiv.

"Tanto os Estados Unidos, quanto os seus aliados, estão a pressionar países terceiros para que violem acordos com a Rússia e outros Estados, a fim de aumentar as compras de armas para Kyiv", acusou.

Este debate contou ainda com a intervenção da alta representante para Assuntos de Desarmamento da ONU, Izumi Nakamitsu, que alertou para a importância de medidas para combater o potencial desvio de armas e munições.

De acordo com as normas internacionais, citadas por Nakamitsu, qualquer transferência de armas e munições deve incluir avaliações de risco pré-transferência e controlos pós-embarque, como inspeção no local e verificações do utilizador final.

"O rastreamento de armas e munições é outra medida importante para lidar com o desvio de forma eficaz. Isso requer a marcação de armas convencionais e suas munições, manutenção de registos e protocolos para cooperação internacional", indicou.


China e Estados Unidos 'medem forças' no estreito de Taiwan

© Maritime Safety Administration of Fujian/Handout via REUTERS

Notícias ao Minuto   10/04/23 

Visita da presidente Tsai Ing-wen aos Estados Unidos motivou nova onda de exercícios, que invadiram águas de Taiwan e que usaram munição real.

Depois de mais um fim de semana de exercícios militares no estreito de Taiwan, autoridades chinesas, taiwanesas e norte-americanas voltaram a trocar acusações sobre invasão de território e desafios à paz mundial. Mas, afinal, o que está em causa nestas novas tensões na região?

Na semana passada, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, retribuiu a visita de Nancy Pelosi ainda em 2022 e foi ela própria aos Estados Unidos, onde reuniu com o agora presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

À semelhança do que aconteceu a visita de Pelosi, em agosto de 2022, a viagem de Ing-wen motivou exercícios militares de larga escala no estreito que separa a China continental do território democrático de Taiwan mas, desta vez, as autoridades chinesas ameaçaram mesmo obrigar navios taiwaneses a passar por inspeções.

Esta sequência de exercícios e de acusações constituiu uma intensificação das tensões diplomáticas entre a China, liderada pelo regime comunista de Xi Jinping, e Taiwan, que continua a reclamar a sua independência após a revolução maoísta dos anos 50.

Até aos últimos anos, Pequim tem respeitado os limites fronteiriços acordados entre ambos os lados, durante a Guerra Fria, apesar de nunca ter reconhecido oficialmente qualquer fronteira sobre um território que considera seu.

Mas, recentemente, o regime tem sido mais resoluto nas suas intenções de unificar Taiwan debaixo da alçada continental, intimidando também países, autoridades, marcas e organizações que se mostrem favoráveis à independência do arquipélago.

Esta segunda-feira, os chineses prosseguiram no terceiro dia dos seus exercícios militares com munição real, tendo envolvido um dos dois porta-aviões da China, além de onze navios de guerra, vários caças de combate e mísseis supersónicos.

WATCH: A computer generated animation by the PLA Eastern Theater Command shows its mock joint precision strikes on the island of Taiwan on Sunday  @globaltimesnews

Ao mesmo tempo, esta segunda-feira, as forças norte-americanas confirmaram que o navio de guerra USS Milius passou perto de um recife reivindicado pela China e por outros países na região. Pequim acusou o país de "intrusão", ainda que a Marinha dos EUA garanta que a missão respeitou "direitos, liberdades e usos legais do mar".

O governo de Taiwan voltou a condenar as manobras chinesas que se estenderam pelos dois lados da linha imaginária que separa os dois territórios, reiterando que "é um direito fundamental de um país soberano que o seu chefe de Estado realize atividades diplomáticas".

Já a China admitiu que os exercícios servem para avisar contra a "conivência entre forças separatistas que procuram a 'independência de Taiwan' e forças externas, bem como contra atividades provocatórias".

Estes exercícios tornaram-se numa forma simbólica de invasão territorial, ocorrendo regularmente após ações que Pequim considere afetar a sua soberania nacional.

Além disso, no Mar da China, as autoridades chinesas têm construído bases militares em ilhas desocupadas, com o objetivo de aumentar a sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) e aumentar, também, a sua zona de influência na região.


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EUA: "Peço desculpa, não queria assustar". Mulher de 78 anos acusada de roubar banco pela terceira vez

Por  24.sapo.pt   10 abr 2023 

Em 1977 foi condenada por roubar um banco na Califórnia. Em 2020, um ano antes de terminar a sua liberdade condicional, e já com 75 anos, assaltou outro no Kansas. E agora está sob custódia por um roubo em Pleasant Hill, cidade do Missouri, onde além de pedir "13.000 notas pequenas", pediu desculpa porque não "queria assustar" ninguém.

Bonnie Gooch, norte-americana com 78 anos e duas condenações por roubo a bancos, está sob custódia após alegadamente assaltar uma instituição financeira em Pleasant Hill na passada quarta-feira, reportou o The Guardian.

De acordo com o departamento da Polícia de Pleasant Hill, na quarta-feira, dia 5 de abril de 2023, depois de terem sido chamados para o local do roubo, "os polícias conseguiram localizar o veículo suspeito" e prender a motorista, mulher de 78 anos que já "está sob custódia enquanto aguarda acusações formais".

Exigindo "13.000 notas pequenas", a mulher acrescentou um pedido de agradecimento e desculpa. "Obrigado, peço desculpa, não queria assustar".

Quando os polícias a mandaram parar, a menos de 3,2 km de distância, Gooch cheirava a álcool e tinha dinheiro espalhado pelo chão de carro, sendo "muito severa" com os agentes.

"É simplesmente triste", disse o chefe da polícia de Pleasant Hill, Tommy Wright, acrescentando que a suspeita não tem doenças diagnosticadas.

PRESIDENTE DESLOCA-SE À MECCA, ARÁBIA SAUDITA

A convite do Rei da Arábia Saudita, Sua Alteza Salman bin Abdulaziz Al Saud, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, iniciou uma visita à Arábia Saudita, Mecca, onde realizará a peregrinação anual de Umrah.


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

TENSÃO CHINA/TAIWAN: Eis o armamento chinês mobilizado para manobras próximo de Taiwan

© Getty Images

POR LUSA   10/04/23 

A China, que desde sábado está a realizar manobras militares em torno de Taiwan, está a suar equipamentos militares com o objetivo de intimidar a ilha, um território que reivindica para si, noticiou hoje a imprensa internacional.

De acordo com a agência de notícias AFP, a operação, que deverá ser concluída hoje com exercícios com munição real, foi lançada em resposta a uma reunião na semana passada entre o Presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, e um alto responsável dos Estados Unidos.

Eis o arsenal militar utilizado nestas manobras militares:

*** Navios de guerra ***

O exército chinês confirmou hoje que mobilizou o porta-aviões Shandong como parte desta operação, chamada "Joint Sword".

O Shandong é um dos dois porta-aviões da China, o único totalmente construído no país e entrou em serviço em dezembro de 2019.

De acordo com declarações realizada hoje por militares, esta é a primeira vez que o Shandong participa em manobras militares, que incluem o cerco de Taiwan.

A China também enviou contratorpedeiros e fragatas para Taiwan. O Ministério da Defesa taiwanês declarou hoje que detetou 11 navios chineses ao redor da ilha.

O arsenal chinês inclui contratorpedeiros 052C e fragatas 054A.

O modelo 054A é destinado ao combate antiaéreo e está equipado com mísseis terra-ar de médio alcance HQ-16, capazes de atingir alvos aéreos a 50 quilómetros de distância, de acordo com a Naval Technology, uma revista especializada em defesa.

Horas antes da reunião realizada na quarta-feira, na Califórnia, entre Tsai e o líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, a China já havia deslocado o seu porta-aviões Shandong para águas a sudeste de Taiwan, rumo ao Pacífico Ocidental.

*** Aeronaves ***

Pequim utilizou dezenas aeronaves no espaço aéreo em torno de Taiwan, incluindo caças J-16 e J-10C.

Os jatos J-16, modelos de última geração projetados pela Shenyang Aircraft Corporation, são capazes de transportar mísseis de combate de curto alcance, bem como mísseis ar-ar de longo alcance, de acordo com o jornal Global Times.

As aeronaves foram usadas no passado em incursões chinesas na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan (ADIZ). Os jatos J-16 são os caças preferidos de Pequim para testar a defesa antiaérea da ilha, segundo os especialistas.

A operação lançada no sábado também inclui aviões de alerta e vigilância KJ-500, que têm cobertura de radar de 360 graus, de acordo com a empresa Janes.

Os meios de comunicação estatais chineses também noticiaram o deslocamento de aeronaves Y-8, que permite a deteção de submarinos, modelo já utilizado em patrulhas no Mar da China Oriental.

*** Mísseis ***

O exército chinês também utilizou nesta operação mísseis YJ-12B em exercícios a bordo de navios e em fogo simulado contra Taiwan.

Há poucas informações disponíveis sobre esse modelo, uma versão terrestre do míssil supersónico YJ-12, que tem alcance de 460 quilómetros e pode transportar ogivas nucleares e convencionais, segundo a Missile Defense Advocacy Alliance, um organismo sediado nos Estados Unidos.

Os mísseis balísticos DF-11 e DF-15, convencionais e de curto alcance, também foram mobilizados para estes exercícios.

Ambos os modelos estão em uso há décadas, com o mais novo DF-15 capaz de "atingir Taiwan, a Península Coreana e o norte da Índia a partir da China continental", de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington.

As forças armadas chinesas "simularam tiros de precisão conjuntos" sobre Taiwan no fim de semana, de acordo com a emissora estatal CCTV.


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