domingo, 26 de março de 2023

Do amor ao ódio, o ser humano é capaz de tudo. Mas, afinal, porque odiamos tanto?

Por  cnnportugal.iol.pt   26/03/23

A espécie mais sociável da Terra é também aquela que é capaz de cometer as maiores atrocidades contra os seus semelhantes. E os mesmos humanos que acolhem refugiados de guerra são capazes de manter guerras antigas com o vizinho do lado, ou mesmo com familiares. A guerra na Ucrânia, por exemplo, veio mostrar que “ódio e amor são capazes de acontecer ao mesmo tempo”

Ricardo Barroso é psicólogo e trabalha com agressores. A experiência profissional levou-o, ao longo dos anos, ao contacto com homens e mulheres que agridem e matam os próprios companheiros. Que assaltam, sequestram, violam e roubam. Ricardo assegura que, por trás de cada sentimento negativo que leva alguém a agir assim, há uma história para contar.  

“Existe justificação para uma grande parte das manifestações de ódio que uma pessoa pode ter. As pessoas diferem muito umas das outras e o ditado ‘não faças aos outros o que não gostas que façam a ti’, por exemplo, não é visto da mesma maneira por todos. Há pessoas que até regulam a sua vida por esta frase e há pessoas para quem não faz sentido”, começa por explicar.

Os agressores conjugais, exemplifica Ricardo Barroso, têm “tipicamente trajetórias de vida complicadas e procuram pessoas mais frágeis, que não lhes ponham travão”.

“As pessoas vão-se deparando com um conjunto de obstáculos ao longo da vida, verdadeiras pancadas… que fazem com que, a determinado momento, vejam os outros como objetos”, acrescenta.

Ainda assim, há situações que Ricardo Barroso tem dificuldade em decifrar, como “casos em que uma mãe é conivente com o abuso sexual do seu filho no quarto ao lado". "São casos que ainda temos de perceber.”

O psicólogo sublinha que não se trata de uma justificação para o ódio e as suas manifestações, apenas de uma explicação. O especialista ressalva que todos somos responsáveis pelo nosso próprio comportamento e “o que não faltam são pessoas que tiveram histórias de vida complicadas e que têm o seu presente perfeitamente ajustado”. “A resiliência é isto: pessoas que, face às adversidades da vida, conseguem ultrapassá-las”, aponta.

Todos somos capazes de tudo

Não se iluda a si próprio, garantindo que nunca seria capaz de determinado ato. Todos somos capazes de amar desmesuradamente e de odiar como ninguém. Todos, a determinado momento e perante determinado contexto, somos capazes de materializar um sentimento negativo por alguém, por alguma instituição ou perante alguma situação.

“A mesma pessoa que poderá ter alguma aversão a alguma minoria em Portugal pode ter aberto as suas portas para acolher refugiados ucranianos. Não me espanta. A mesma pessoa pode ter várias identidades sociais e até várias identidades políticas. Ajusta-se e ajuda sobretudo na emergência… num terramoto, numa guerra... Mas, muitas vezes, os vizinhos vivem necessidades, ali ao lado, e não somos capazes de agir”, analisa o sociólogo Cristiano Gianolla, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC).

E há quem se aproveite dessa dualidade de sentimentos presente num único ser humano. O sociólogo lembra que “no contexto europeu, mas também noutros continentes, vemos uma ascensão de partidos que tentam crescer com base nessa polarização”. “A pandemia foi, se quisermos, um pretexto, como a guerra na Ucrânia agora também é, para jogar com essa polarização”, acrescenta.

A antropóloga Clara Saraiva dá outro exemplo que mostra como o ódio está presente em cada ser humano: “Os conflitos por causa das águas de rega, nos meios rurais, chegam a resultar em homicídios. Os humanos, muito facilmente escalam para a violência.”

O psicólogo Ricardo Barroso lembra que “o ódio pressupõe a indiferença e quando odiamos alguém, essa pessoa é-nos indiferente". "O desaparecimento dela é-nos indiferente e às vezes é até um alívio e motivo de satisfação e alegria.”

Tudo depende da narrativa

O sociólogo Cristiano Gianolla toma como exemplo a guerra na Ucrânia para nos mostrar como tudo pode mudar, consoante a perspetiva. “Temos ucranianos contra russos e temos minorias dentro da Ucrânia que a narrativa identifica como russos. Um grupo encara o outro como alguém que não merece viver. Que não tem a dignidade de ser humano. O amor e o ódio dependem muito do contexto ou da narrativa que está em volta do mesmo assunto”, resume o especialista.

“Não é uma questão racional. Uma pessoa que diz ‘eu não sou capaz de odiar ninguém’ não sabe como vai reagir se a narrativa mudar. Há ucranianos que não tinham ódio especial pelos russos, mas a guerra trouxe-lhes perdas de pais, de irmãos, de filhos, que os fizeram mudar o sentimento”, sublinha Cristiano Gianolla.

Jorge Silvério, psicólogo do desporto, lembra que o que gere o amor e o ódio “são sobretudo as emoções”. “A maneira como as pessoas veem a realidade deixa de ser racional” e por isso é que temos atletas que perdem a cabeça em campo, adeptos que agridem e ofendem rivais e até, nas camadas jovens, pais a ofenderem crianças da idade dos próprios filhos por razões clubísticas.

“Nos atletas, há um trabalho de controlo emocional muito maior. Temos de trabalhar esse ponto com eles, até porque se podem prejudicar a si próprios ou, no caso de um desporto coletivo, prejudicar a equipa”, explica Jorge Silvério.

A gestão do ódio passa, assim, por “trabalhar aquilo que controlamos”. É assim na vida e é assim no desporto. “Não conseguimos controlar as reações do árbitro, dos adversários, dos colegas, mas conseguimos controlar as nossas emoções. Respirar fundo, fazer respiração abdominal, contar até 10 antes de reagir”, diz Jorge Silvério.

Os efeitos do grupo

E se, na relação de um para um, o ódio já pode dar origem a episódios de violência extrema, o efeito grupo pode potenciar ainda mais a componente violenta dessa emoção negativa. “Sabemos o poder que a coesão grupal tem. Um grupo de 40 ou 50 pessoas que tem um sentimento negativo em relação a um indivíduo ou a outro grupo tem efeitos potencialmente mais agressivos, mais virulentos e até mais violentos. Quando o ódio se exponencia a um grupo tem consequências sociais e gerais muito mais violentas”, exemplifica a antropóloga Clara Saraiva.

E, num cenário macro, o ódio pode dar lugar a episódios ou marcas da História como o Apartheid, a invasão dos edifícios do poder no Brasil no início deste ano, ou a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, em janeiro de 2021.

E é também esse ódio grupal que está na origem de muitas guerras que a Humanidade atravessou e atravessa. “Esse ódio grupal grande que está presente também nas guerras é passado por um líder, que passa esse sentimento ao outro - a quem luta. E, muitas vezes, quem luta até nem conhece muito bem a verdadeira razão pela qual está a lutar, porque é movido por um ódio que não é seu. Numa guerra de trincheiras, como foi a II Guerra Mundial, há relatos de soldados alemães e aliados que se conhecem, se relacionam e deixam ser capaz de se matar mutuamente”, recorda Clara Saraiva.

Será o ódio genético ou cultural?

O ódio é, garantem os especialistas, um sentimento característico e inerente à espécie humana. “Nós humanos somos capazes de atos muito abjetos, que no reino animal acontecem por necessidade. O homem mata por ódio. Um tigre mata a gazela por que precisa de comer”, compara a antropóloga Clara Saraiva.

“Olhamos para as emoções como tendo uma parte biológica e inata, mas não podemos esquecer também que as emoções são construídas cultural e socialmente. As emoções não são apenas biológicas, são também culturais”, repete Clara Saraiva.

O psicólogo Jorge Silvério não podia estar mais de acordo e acrescenta que o ódio “pode claramente sofrer uma influência cultural, que tem a ver com os valores, com a forma como a pessoa foi educada, se vem de uma família estruturada ou não”. “Isso depois vai ter uma confluência com a componente genética, mas não há dúvida sobre a componente cultural do ódio”, admite Jorge Silvério.

Estamos a odiar mais agora?

Mas se o ódio sempre existiu, se é inerente à condição humana, porque temos a sensação de que nunca se odiou tanto como agora? Os media poderão ter uma quota parte da culpa. O psicólogo Jorge Silvério lembra que “as coisas têm uma amplitude diferente por causa da cobertura mediática e mais recentemente por causa das redes sociais”.

“Há uma maior perceção do ódio. Não acho que haja nada nos tempos atuais que justifique a crença de que odiamos mais. Não há mais episódios que justifiquem a convicção de maior prevalência de ódio. Mas há uma maior perceção do que é negativo. As redes sociais são um bom meio de manipulação nesse sentido. Usadas para alimentar discursos de ódio, respostas de ódio, fake news… Basta escolher meia dúzia de temas e são um combustível muito eficaz na manipulação das pessoas”, acrescenta Ricardo Barroso.

Também a antropóloga Clara Saraiva coloca na mediatização e sobretudo nas redes sociais a responsabilidade pela propagação do sentimento de que odiamos mais: “As redes sociais são um veículo que permite as pessoas conhecerem mais aquilo que os outros pensam. Mas não só: hoje em dia, temos a guerra em direto. Antigamente, as pessoas sabiam que a guerra existia, mas estava lá longe, mas hoje em dia ela entra-nos pela televisão e pela internet.”

“A Internet é um pau de dois bicos: serve para ajudar causas, resolver situações, mas também serve para muita coisa má. Não acho que a internet exacerbe mais os ódios. Mas é um veículo de divulgação importante”, acrescenta a antropóloga.

A utopia do fim do ódio

O sociólogo Cristiano Gianolla acredita que o combate ao ódio “é uma utopia pela qual vale a pena lutar e trabalhar”. E o psicólogo Ricardo Barroso lembra que esse combate é fundamental e dependente de cada indivíduo. Até porque o indivíduo que odeia é vítima do seu próprio sentimento.

“O ódio corrói-nos internamente e deixa-nos sem forças. Exige uma energia tal, física e cognitiva, uma centração em determinado objeto, que tem limites. O ódio passa a repulsa, como se houvesse vários níveis de ódio e a própria pessoa tem necessidade de não odiar tanto para ultrapassar e conseguir viver a sua vida”, explica Ricardo Barroso.

O combate ao ódio depende, afinal, de cada um de nós, como lembra o psicólogo: “A capacidade de reconhecer o erro e não voltar a repeti-lo é algo determinante no ser humano.”


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LITERATURA: DSP LANÇA LIVRO

Por Ditaduraeconsenso.blogspot.com, 26 de março de 2023

Eis o “KUMUS”, a primeira obra literária de Domingos Simões Pereira, com a chancela da Nimba Edições, prefácio de Mário Máximo, concepção gráfica de Edson Pereira e coordenação editorial de Luís Vicente.

(…) “KUMUS” é sentido pelo autor como um romance de aventura. E a verdade é a de que a vida da Guiné-Bissau nada mais tem sido do que aventura. O presente romance começa nos tempos idos dos anos cinquenta do século XX. Tempo em que os dois personagens principais nascem para a realidade de uma pátria cheia de tradições, dividida por etnias, separada por habitantes do campo e habitantes da cidade e subjugada a um poder colonial. Um poder que era europeu e de cor. Um poder de ascendência do homem branco sobre o homem negro. Mas o facto é que, mesmo sob um regime opressor, os homens e as mulheres e de entre eles, os mais jovens, têm sonhos, ansiedades e querem desbravar futuros. É precisamente esse desiderato que Homi e Kambanó perseguem. Cada um, trilha o seu caminho. Um caminho próprio influenciado por duas forças: a força das tradições da família e a vontade de encontrar, inovando, futuros de diferentes contornos. As mudanças radicais motivadas pela luta anticolonial, em primeiro lugar e, depois, em segundo lugar, motivadas pelas oportunidades franquiadas pela independência da Guiné-Bissau constituem fatores de mutação e aprendi- zagem constantes. Os jovens percebem que é possível chegar tão longe quanto chegam os outros povos ou, até, talvez mais longe".

“KUMUS” termina com dois discursos, perante uma assembleia de cidadãos. Discursos de homens que foram jovens e trilharam caminhos comuns, sentindo os mesmos sonhos. Jovens que, depois, pela força das coisas, isto é, pela força dos contextos e das incidências da vida, seguiram caminhos diversos, na procura de se realizarem pessoalmente e de desbravarem um destino. E tornaram-se homens.

KAMALA HARRIS: Vice-Presidente dos EUA salienta importância de África para o seu país

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POR LUSA   26/03/23 

A vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, iniciou hoje a sua primeira digressão africana no Gana, em que pretende salientar a importância daquele continente para os interesses externos norte-americanos.

"Estou muito entusiasmada com o futuro da África", disse Harris, numa declaração no aeroporto internacional de Kotoka (Acra), onde, ao lado do marido, Douglas Emhoff, foram recebidos pelo vice-Presidente de Gana, Mahamudu Bawumia, no início de uma digressão que passa ainda pela Tanzânia e pela Zâmbia.

Num breve discurso à chegada, a vice-Presidente norte-americana destacou o interesse do seu Governo em aumentar os investimentos dos EUA em África, dias depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, ter anunciado uma série de deslocações de altos diplomatas a vários países deste continente.

"Quando vejo o que está a suceder em África - onde a idade média é de 19 anos, com tudo o que isso nos diz sobre as oportunidades de crescimento e inovação - percebo um grande potencial tanto para as pessoas deste continente como para o resto do mundo", disse Harris.

A vice-Presidente norte-americana sublinhou o interesse dos EUA em trabalhar com os países africanos para enfrentar os efeitos da crise climática e melhorar a segurança alimentar do continente, o empoderamento de mulheres e jovens e a inclusão digital.

Harris permanecerá no Gana até quarta-feira, quando parte para Dar es Salaam, a cidade mais populosa da Tanzânia e sua capital económica.

A viagem de Harris a África segue-se à visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à Etiópia e ao Níger, no início deste mês, e à da primeira-dama dos EUA, Jill Biden, à Namíbia e ao Quénia, em fevereiro.

Em dezembro passado, durante a cimeira de líderes dos EUA e África, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um investimento mais de 15 mil milhões de euros para acordos comerciais bilaterais com vários países deste continente.


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Mister Baciro Candé em conferência de imprensa de antevisão do com a Seleção da Nígeria.

 Radio TV Bantaba 

Selecionador da Nigeria está em conferência de Imprensa.

Radio TV Bantaba

Último treino da Seleção da Guine-Bissau DURTUS Para o grande Dérbi de Amanhã em Bissau no Estádio Nacional 24 de Setembro

 Radio Voz Do Povo 

EUA/RÚSSIA: "Não temos indicação de que alguma arma nuclear tenha sido transferida"

© Lusa

POR LUSA  26/03/23 

Os Estados Unidos admitiram hoje que não têm "nenhuma indicação" de que a Rússia tenha transferido armas nucleares táticas para a Bielorrússia ou de que as pretendam utilizar na Ucrânia.

"Não temos indicação de que (...) alguma arma nuclear tenha sido transferida", disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, quando questionado sobre o anúncio do Presidente russo, Vladimir Putin, segundo o qual a Rússia iria colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia.

"Na verdade, também não temos qualquer indicação de que ele pretenda usar armas nucleares na Ucrânia", acrescentou o porta-voz, que sublinhou que, neste momento, nada leva os Estados Unidos a "mudar posição em termos de dissuasão estratégica".

No sábado, Vladimir Putin anunciou que a Rússia iria colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia e que 10 aviões já tinham sido equipados para estarem prontos para usar esse tipo de armamento.

"Não há nada de estranho nisto: os Estados Unidos fazem isso há décadas: há muito tempo que colocam as suas armas nucleares táticas no território dos seus aliados", justificou Vladimir Putin, durante uma entrevista televisiva.

O Presidente russo disse ainda que Moscovo irá treinar as tripulações dos aviões com armas nucleares táticas a partir de 03 de abril e terminar a construção de um depósito especial para armas nucleares táticas no território da Bielorrússia em 01 de julho.


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Putin acusa Ocidente de iniciar conflito na Ucrânia: "São responsáveis"

© Getty Images

Notícias ao Minuto  26/03/23 

Chefe de Estado russo recorreu à expressão "golpe armado" e acusou o Ocidente de instigar o conflito na Ucrânia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou os países Ocidentais de iniciarem e instigarem o conflito Ucrânia.

"Um golpe armado - foi aí que tudo começou. Fomos forçados a proteger a população da Crimeia e, de uma forma ou de outra, acabamos a apoiar o Donbass", começou por dizer o chefe de Estado russo, em resposta a perguntas do jornalista Pavel Zarubin, segundo cita a agência TASS.

"Eles [países Ocidentais] fingem que não tiveram nada a ver com isso. Eles são os responsáveis deste conflito e os instigadores. E hoje estão a entregar mais milhões de munições, equipamentos e por aí fora", acusou.

De acordo com a agência estatal, para o líder russo, o Ocidente cruza todas as linhas vermelhas, incluindo as mais profundas com o envio de armas para a Ucrânia. "Sim, é isso que eles estão a fazer. Fizeram desde o início em 2014. Quando facilitaram um golpe", acusou Putin.

Recorde-se que a a invasão russa à Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022, já causou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas.

Putin justifica a ofensiva com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.


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Mais de 2.000 cabeças de carneiro mumificadas encontradas no Egito

© Egyptian Tourism and Antiquities Ministry/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA    26/03/23

Mais de 2.000 cabeças de carneiro mumificadas que datam da era ptolemaica foram descobertas no Templo de Ramsés II, na antiga cidade de Abydos, no sul do Egito, disseram hoje as autoridades egípcias.

Múmias de ovelhas, cães, cabras, vacas, gazelas e mangustos também foram exumadas, por uma equipa de arqueólogos norte-americanos da Universidade de Nova Iorque, neste local famoso pelos seus templos e necrópoles, anunciou o Ministério do Turismo e Antiguidades, num comunicado divulgado à imprensa.

Segundo o arqueólogo e secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri, estas descobertas permitirão conhecer melhor o templo de Ramsés II e as atividades ali desenvolvidas entre a sua construção, durante a sexta dinastia do Império Antigo (entre 2.374 e 2.140 A.C.), e o período ptolemaico (323 a 30 A.C.).

O diretor da missão norte-americana, Sameh Iskandar, citado no mesmo comunicado de imprensa, adiantou que estas cabeças de carneiro são "oferendas", que indicam "um culto a Ramsés II celebrado 1.000 anos após a sua morte".

A equipa descobriu ainda restos de um palácio com paredes com cerca de cinco metros de espessura, datado da sexta dinastia, além de várias estátuas, papiros, restos de árvores antigas, roupas e sapatos de couro.

A 550 km a sul do Cairo e famoso na antiguidade por ter abrigado o túmulo de Osíris, o deus dos mortos, o local pré-dinástico de Abydos é conhecido pelos seus templos, em particular o de Seti, e as suas necrópoles.

As autoridades egípcias têm anunciado regularmente, nos últimos tempos, descobertas arqueológicas, descritas por alguns especialistas como tendo um impacto mais político e económico do que científico, uma vez que o país, com quase 105 milhões de habitantes e em grave crise económica, depende do turismo para repor as suas finanças.

O turismo no Egito emprega dois milhões de pessoas e gera mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

O Governo tem como meta atingir 30 milhões de turistas por ano até 2028, em comparação com os 13 milhões que tinha antes da covid-19, embora muitos críticos duvidem da concretização do objetivo e apontem para o estado degradado de certos sítios arqueológicos e museus.


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"Não estamos a criar uma aliança militar com a China", garante Putin

© Reuters

Notícias ao Minuto  26/03/23 

A visita do presidente da China, Xi Jinping, a Moscovo, na Rússia, foi um dos momentos mais esperados dos últimos tempos de guerra - dada a proximidade dos dois líderes, que se consideram "bons amigos".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou que Moscovo e Pequim estivessem a criar uma aliança militar e garantiu que todas as cooperações entre os dois Estados eram feitas com "transparência.

"Não estamos a criar uma aliança militar com a China", referiu o chefe de Estado russo numa entrevista emitida na televisão russa e citada pela Interfax. "Temos cooperações na esfera da interação militar e técnica. Não escondemos isso", referiu.

Putin apontou ainda que as relações entre os dois eram "transparentes" e que nada se passava em segredo.

As declarações surgem dias depois de o presidente da China, Xi Jinping, ter visitado Moscovo. Dada as relações diplomáticas a inexistência de uma condenação à Rússia por causa da guerra, este encontro foi um dos mais esperados e comentados dos últimos tempos de guerra.

Por outro lado, Vladimir Putin acusou os Estados Unidos de estar a levar a cabo um plano para "globalizar" as suas alianças, numa coligação internacional para além da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO na sigla em inglês] contra os interesses russos, ao estilo das potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, em relação ao Reich alemão de Hitler, Itália e Japão.

"O que os Estados Unidos estão a fazer? Eles estão a criar cada vez mais novas alianças, e isso dá aos analistas ocidentais e aos políticos ocidentais, razões para dizer que o Ocidente está a construir novos 'eixos'", rematou.

Putin recordou ainda que, em 2022, a NATO chegou a acordo para um novo conceito estratégico para o desenvolvimento do bloco "onde está escrito diretamente que a NATO vai desenvolver relações com os países da região da Ásia-Pacífico, com países como Nova Zelândia, Austrália e Coreia do Sul".

"Neste documento eles declaram a sua intenção de criar uma 'NATO global'. Como chamamos isso?", concluiu.


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O especialista em relações internacionais, José Palmeira, observa que a escalada da guerra continua a aumentar, face à assinatura do acordo entre a Rússia e a Bielorrússia. Vladimir Putin nega que o armazenamento de armas nucleares no país amigo viole o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

O comentador da CNN Portugal lembra que, antes de 24 de fevereiro - dia em que se deu a invasão - houve exercícios militares russos junto à fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia. "Na altura, a resposta de Vladimir Putin foi que não ia invadir. O que é certo é que invadiu", diz. 


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Mais de 100 pessoas aderiram este Sabado (25-03), a fileira do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde "PAIGC" no Círculo 28.

O ato testemunhado pelo responsável dos renovadores do referido círculo,  que culminou com a entrega dos cartões aos novos militantes do partido.

© Radio TV Bantaba


Grupo paramilitar Wagner distancia-se da Ucrânia e vai apostar em África

© Lusa

POR LUSA   26/03/23 

Fontes próximas do líder da empresa de segurança privada russa Wagner, Yevgeny Prigozhin, relatam que este vai reduzir as operações militares na Ucrânia e apostar no aprofundamento da presença em África, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg.

Citando fontes próximas de Prigozhin conhecedoras da intenção do líder do grupo paramilitar, a Bloomberg escreve que o líder da Wagner é visto em Moscovo como uma ameaça cada vez maior pelas autoridades de segurança e políticas, principalmente desde que foi impedido de recrutar mercenários entre os presos na Rússia, a sua principal fonte de angariação de militares.

O último episódio na desconfiança sobre a mais-valia desta empresa privada de segurança foi a incapacidade de avançar de forma decidida sobre a cidade ucraniana de Bakhmut.

"Com os combatentes a terem muitas dificuldade em avançar mais do que uma dúzia de quilómetros em direção a Bakhmut apesar de meses de combate, os principais líderes militares russos conseguiram criar dúvidas em Putin sobre as capacidades militares da Wagner, argumentando que os resultados obtidos anteriormente resultavam da utilização de muitos presos tornados militares que eram enviados para a morte certa", escreve a Bloomberg.

"Prigozhin está a chatear toda a gente, e a sua única proteção é a relação pessoal que tem com Putin, que ainda o considera útil de alguma forma", disse a consultora política Tatiana Stanovaya, fundadora da R.Politik.

Apesar de não haver ainda um movimento concreto de tropas paramilitares da Wagner na África subsaariana, as fontes ouvidas pela Bloomberg consideram que a atenção de Prigozhin vai estar mais concentrada no continente, principalmente com a situação na Ucrânia a tornar-se mais difícil para as suas tropas.

Num anúncio público divulgado na segunda-feira, a Wagner abria vagas para mercenários para seis meses na Ucrânia e nove a 14 meses em África, onde a Wagner está presente na Líbia, Sudão, Mali e República Centro-Africana (além de estar também na Síria), havendo relatos não confirmados da presença também no Burkina Faso e em Moçambique.

A Bloomberg escreve ainda que, de acordo com relatórios dos serviços de inteligência italianos, o aumento da presença do grupo no Norte de África e na África Ocidental pode fazer aumentar o fluxo de migrantes para a Europa.

Nas palavras do Presidente da França, Emmanuel Macron, ditas em África em fevereiro, a Wagner é "o seguro de vida dos regimes falhados" e é "um grupo de mercenários criminosos".

O grupo é acusado de inúmeras violações dos direitos humanos por várias organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas e a União Europeia.


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"Enquanto Putin tiver armas nucleares, o Ocidente nunca pode respirar de alívio". As reações ao acordo entre a Rúsia e a Bielorrússia

 A Federação Russa assinou um acordo com a Bielorrússia, para possicionar armas nucleares no país amigo, que faz fronteira. 

Em Zaporizhzhia, a enviada especial, Carla Rodrigues, diz que reações oficiais a esta informação são muito poucas. Já nas redes sociais, "é vista com preocupação". 

Dá ainda conta das previsões de um analista militar escritas, este domingo, na imprensa internacional: "Enquanto Vladimir Putin tiver armas nucleares, o Ocidente nunca pode respirar de alívio". 

©Cnnportugal.iol.pt

A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa anunciou uma parceria entre o Governo, o PAM e o UNICEF para o apoio às crianças Talibés.

© Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

 A iniciativa visa assegurar a alimentação e a assistência básica de saúde das crianças talibés das escolas corânicas em Bissau, Bafata e Gabú. O objectivo é respeitar e proteger os direitos fundamentais, no quadro das suas atividades escolares e religiosas.

A formalização desse acto vem responder assim, uma grande preocupação manifestada pelo *Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló* face a este fenómeno.

Os Representantes do PAM e do UNICEF prometeram responder as preocupações do Presidente da República e garantir todo apoio para ajudar a suprir as necessidades das crianças Talibés em alimentação e cuidados de saúde para que não precisem mendigar.

A Ministra de Estado, agradeceu a disponibilidade das duas instituições e lançou um apelo a todas as pessoas de boa vontade com condições no sentido de ajudarem essas crianças.

Discurso da Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, na cerimónia de anúncio de uma parceria com o PAM e UNICEF para o apoio as crianças Talibés.☝


Vice-presidente dos EUA vai efectuar uma visita a África na próxima semana

O gabinete de Kamala Harris disse que ela vai trabalhar no fortalecimento de parcerias, segurança e prosperidade econômica na sua viagem ao Gana, Tanzânia e Zâmbia

Voaportugues.com março 26, 2023

sábado, 25 de março de 2023

SAÚDE: Não se devia sentar de pernas cruzadas tantas vezes. Saiba porquê... A longo prazo tem efeitos na saúde dos ossos e não só.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  25/03/23 

Cruzar as pernas é algo que todos fazemos e muitas vezes sem pensar. Parece inofensivo, mas ao falar com o site The Conversation, Adam Taylor, professor e diretor do Centro de Aprendizagem de Anatomia Clínica da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, revelou algumas consequências a longo prazo. 

Mencionando vários estudos, o especialista afirma que este hábito pode fazer com que os quadris fiquem desalinhados, ou seja, um lado mais alto que o outro.

Pode ainda, a longo prazo, causar algumas mudanças nos ossos dos ombros, coluna, pescoço e cabeça. Além disso, aumenta o risco de escoliose, acrescenta. Investigações também já sugeriram que "sentar com uma perna em cima da outra pode afetar a contagem de esperma de um homem".

Para terminar, o professor explica que "sentar com as pernas cruzadas obstrui os vasos sanguíneos dos membros inferiores, algo que diminui a velocidade do sangue nas veias e pode causar coágulos sanguíneos".


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Armas nucleares russas na Bielorrússia marcam "outra escalada"

© Lusa

POR LUSA  25/03/23 

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, defendeu hoje que a colocação de armas nucleares táticas da Rússia na Bielorrússia marca "outra escalada do conflito" na Ucrânia, invadida pelos russos.

Numa entrevista à agência EFE em Santo Domingo, República Dominicana, à margem da Cimeira Ibero-Americana, Josep Borrell disse que o anúncio feito hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin, é também "mais um sinal da colaboração do regime ditatorial da Bielorrússia com a Rússia".

"Demonstra que temos razão quando tomamos medidas contra o regime da Bielorrússia", quando se adotam sanções, acrescentou.

Josep Borrell recordou que hoje é o Dia Internacional da Solidariedade com a Bielorrússia, que se assinala desde as "eleições fraudulentas", lembrando que há mais de 1.500 prisioneiros políticos naquele país.

"A Bielorrússia é uma sociedade nas garras de um regime completamente cativo da sua aliança com Moscovo, e a implantação de armas táticas na Bielorrússia só aumenta esse grau de dependência desse regime que a UE já sancionou e combate apoiando as forças bielorrussas" que lutam na frente dele, acrescentou.

Perante isto, sublinhou, é preciso continuar a fazer "mais do mesmo": "manter as sanções, manter a pressão, manter o apoio à oposição bielorrussa, apoiá-la financeira e politicamente, tudo o que podemos fazer, mas temos que continuar a fazê-lo".

Putin anunciou hoje um acordo com a Bielorrússia para a implementação de armas nucleares táticas naquele país que faz fronteira com a Ucrânia, defendendo que tal não viola os pactos nucleares existentes.

O presidente russo referiu que em 01 de julho estará concluída a construção de um depósito especial para colocar aquelas armas no território bielorrusso.

O governo do Reino Unido reconheceu no início da semana ter intenção de fornecer munições com urânio empobrecido às Forças Armadas da Ucrânia, suscitando assim críticas dos russos, que alertam até para uma possível escalada do conflito na Europa de Leste.

Londres, no entanto, defendeu a decisão, argumentando que esse tipo de munição nada tem a ver com armas nucleares e afirmou que não demonstrou afetar negativamente a vida das pessoas ou o meio ambiente, um ponto que Moscovo rejeita e até instou as autoridades britânicas a testar a referida munição em território britânico.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 395.º dia, 8.317 civis mortos e 13.892 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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ANTÓNIO COSTA: Divergências com Presidente não abalaram relações "de forma alguma"

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POR LUSA  25/03/23 

O primeiro-ministro, António Costa, declarou hoje que as divergências sobre política interna não abalaram "de forma alguma" as suas relações com o Presidente da República e considerou até que não terá havido relações "tão escorreitas" nos últimos 50 anos.

António Costa falava em conferência de imprensa conjunta Marcelo Rebelo de Sousa, durante a 28.ª Cimeira Ibero-Americana, em Santo Domingo, na República Dominicana, que estava nesse momento quase a terminar os seus trabalhos.

Questionado sobre as suas relações com o chefe de Estado, o primeiro-ministro respondeu: "Se mesmo quando não temos pontos de vista coincidentes na política interna a relação pessoal é boa, em matéria de política externa, onde as posições são absolutamente coincidentes, a relação só podia ser melhor ainda".

Respondendo a uma questão sobre se a posição do Presidente sobre o pacote de medidas do Governo para a habitação abalou as relações entre os dois, António Costa declarou: "Eu só posso falar por mim: não abalou de forma alguma".

Creio que nestes quase 50 anos de Democracia não deverá ter havido algum momento onde as relações entre Governo e Presidente da República [foram] tão fluidas, tão escorreitas, tão normais, eu diria até com progressiva amizade

Em seguida, o primeiro-ministro referiu que Portugal tem "um sistema político onde o Presidente da República é eleito diretamente pelos cidadãos, representa o conjunto dos cidadãos portugueses e, portanto, tem uma função política própria", enquanto "o Governo resulta daquilo que são os resultados eleitorais para a Assembleia da República, responde politicamente perante a Assembleia da República e segue o seu Programa do Governo".

António Costa enquadrou as "divergências políticas sobre casos concretos" como algo "absolutamente normal", que "tem a ver com as funções próprias de cada um" e concluiu que, "portanto, não há nenhuma anormalidade".

"Agora, nós não temos nem um regime presidencialista onde quem governa é o Presidente da República, nem temos um regime parlamentar onde o Presidente da República não tem uma intervenção política", realçou.

"Temos um sistema sofisticado, é verdade, mas que tem funcionado bem ao longo dos anos e, passe a imodéstia - creio que o senhor Presidente da República poderá subscrever a mesma imodéstia - eu creio que nestes quase 50 anos de Democracia não deverá ter havido algum momento onde as relações entre Governo e Presidente da República [foram] tão fluidas, tão escorreitas, tão normais, eu diria até com progressiva amizade", acrescentou.

António Costa lembrou que tem com o Presidente da República "uma relação muito anterior" às funções que agora exercem e que os dois se conhecem desde que foi aluno de Marcelo Rebelo de Sousa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

"Ao longo da vida tivemos vários momentos de convívio, tivemos também alguns momentos de confronto quando o atual Presidente da República era líder da oposição e eu era ministro dos Assuntos Parlamentares", mencionou.

Segundo o primeiro-ministro, "nunca essas circunstâncias afetaram as relações pessoais".


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A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa assinou hoje com PNUD em representação do Governo o Projeto de Apoio aos Ciclos Eleitorais (2023-2025) num valor de 5,770,013 milhões.

  Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

A assinatura deste importante acordo entre as partes enquadra-se no apoio técnico e financeiro ao Governo da Guiné–Bissau para a realização das eleições legislativas marcadas para o dia 4 de junho do ano em curso e baseia-se em abordagem complementares que visam capacitar tanto as realizações reconhecidas na organização e gestão do processo eleitoral pela Guiné-Bissau.   

O Acordo assinado pela Ministra de Estado, Suzi Barbosa e pelo Representante Residente do PNUD, Tjark Martem Egenhoff tem três áreas de estratégicas principais, nomeadamente Capacidade, Inclusão e Paz.

A Chefe da Diplomacia anunciou que, o Governo vai garantir pela primeira vez o financiamento de 70% das eleições.

YEVGENY PRIGOZHIN: Rússia perdoa 5 mil prisioneiros que combateram no grupo Wagner

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 POR LUSA  25/03/23 

Mais de 5.000 prisioneiros russos foram perdoados pelos tribunais, depois de terem lutado como mercenários na Ucrânia, admitiu hoje Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo Wagner.

Os presos foram perdoados, assim que os seus contratos de seis meses terminaram, afirmou Yevgeny Prigozhin, numa mensagem colocada no Telegram.

O responsável indicou que apenas 0,31%, daqueles que foram libertados após cumprirem o seu contrato, cometeram crimes ao regressar à Rússia.

"Posso dizer com segurança que reduzimos dez vezes as taxas de criminalidade na Rússia", sublinhou.

Ao justificar o recrutamento nas prisões russas, Prigozhin respondeu aos críticos que é melhor para mercenários ou condenados lutar na Ucrânia, "do que os seus filhos".

No início de fevereiro, Yevgeny Prigozhin anunciou que a sua companhia militar tinha parado de recrutar condenados, que, segundo outras fontes, foram perdoados pelo Kremlin antes de chegarem à frente.

O grupo Wagner teria recrutado cerca de 50.000 prisioneiros russos desde o início da guerra na Ucrânia, de acordo com a organização que zela pelos direitos dos prisioneiros, Rus Siadiaschi.

Segundo a ativista Olga Románova, no início do ano, restavam apenas cerca de 10.000 antigos prisioneiros na Ucrânia, já que os demais morreram, desapareceram, desertaram ou foram presos.

Recentemente, especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram que o recrutamento de prisioneiros, que ocorreria também em prisões localizadas nos territórios ocupados por tropas russas na Ucrânia, poderia constituir um crime de guerra.

Os especialistas da ONU asseguraram que estes recrutas das prisões sofreram frequentes ameaças e maus-tratos, por parte dos seus superiores, alguns deles publicamente como advertência aos seus colegas, enquanto outros que tentaram desertar foram executados.

O Estado-Maior ucraniano denunciou, em meados deste mês, que a Rússia enviou um comboio cheio de prisioneiros comuns aos territórios que controla na região de Donetsk para compensar as numerosas baixas sofridas no assalto à "fortaleza de Bakhmut".


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Francisco Pereira Coutinho, da Nova School of Law, esteve este sábado em direto na CNN Portugal. Em análise, estiveram os últimos acontecimentos na guerra da Ucrânia, sobretudo, a iminente queda de Bakhmut que se tem vindo a prolongar no tempo e como parece estar a haver cada vez mais fricções entre as forças russas.


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Presidente da federação de futebol da Guiné-Bissau FFGB, Carlos Alberto Mendes Teixeira, "Caíto" deixa mensagem aos guineenses alusivo a quarta jornada de qualificação para o Campeonato Africano das Nações "CAN 2023" a disputar se no ano 2024, em Côte D'ivoire.

Jogo Guiné-Bissau vs Nigéria, "27.03.2023" as 16 horas. Nó estádio Nacional 24 de Setembro.

Cortesia-FFGB

Radio TV Bantaba

MIGRAÇÕES: Mais de 2.700 migrantes chegaram em 24 horas às costas do sul de Itália

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POR LUSA  25/03/23 

Mais de 2.700 migrantes chegaram às costas do sul de Itália nas últimas 24 horas, segundo as autoridades italianas, que relataram o desembarque de cerca de 2.000 pessoas só na ilha de Lampedusa.

Ainda segundo as autoridades, os abrigos para acolhimento de migrantes estão superlotados.

A Guarda Costeira anunciou ainda que localizou os corpos de sete pessoas após o naufrágio, na noite de sexta-feira, de duas embarcações perto da ilha de Malta, tendo dez migrantes desses naufrágios sido resgatados, de acordo com a imprensa local.

Itália e Malta viram o número de embarcações a cruzar o Mediterrâneo Central multiplicar-se este fim de semana.

Na margem sul, a Tunísia afirmou ter parado a partida de mais de 70 embarcações num período de grandes movimentações ininterruptas há semanas.

Em Lampedusa, 290 migrantes chegaram esta manhã cedo provenientes de sete embarcações resgatadas pela organização não-governamental (ONG) Louise Michel e pelas patrulhas da Guardia di Finanza, que tem poder de supervisão marítima.

Anteriormente, entre sexta-feira e hoje, mais de 1.700 pessoas chegaram à ilha em 43 desembarques diferentes que saturaram a capacidade de receção dos abrigos, com capacidade para 400, anunciou a câmara municipal de Agrigento após ter solicitado a transferência de um grupo de migrantes para outro porto.

No continente, na região da Calábria, chegaram na sexta-feira à tarde outros 550 migrantes, a maioria dos quais desembarcou em Crotone, a cidade onde há um mês morreram 89 pessoas em consequência de um naufrágio.

Por seu lado, as autoridades italianas atribuíram na sexta-feira o porto de Bari, sul do país, ao navio Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), algumas horas após o salvamento de 190 migrantes no Mediterrâneo Central.

Outra embarcação, Life Support da ONG Emergency, resgatou 78 pessoas numa embarcação de borracha, incluindo 28 menores não acompanhados e uma mulher grávida.

Até agora este ano, mais de 20.000 migrantes desembarcaram nas costas italianas, mais de três vezes os 6.500 do mesmo período em 2022, de acordo com números oficiais.


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Por que a chama não produz sombra?

Você já se perguntou por que a chama de uma vela ou de um fósforo não produz uma sombra?

Bem, a explicação é simples. Basicamente, uma sombra é criada quando a luz é bloqueada, e uma chama, como a que acontece durante a queima de um fósforo, é uma reação química gasosa ocasionada por um processo de combustão.

Assim, uma chama não é sólida o suficiente (a menos que contenha muita fuligem de carbono) para bloquear a passagem da luz ambiente de modo a lançar uma sombra.

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Proibições contra atletas russos? "Vergonha", atira Medvedev... Antigo presidente da Rússia fala em decisões com motivações políticas.

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Notícias ao Minuto  25/03/23 

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, apontou o dedo ao Comité Olímpico Internacional (COI) e a outras organizações desportivas que proibiram a participação de atletas russos em competições. 

Numa entrevista à imprensa russa, o também antigo presidente defendeu que estas foram decisões politicamente motivadas e que são motivo de "vergonha".

"A não participação deles [desportistas russos] em competições obviamente decorre de decisões politicamente motivadas por organizações desportivas", começou por dizer, segundo cita a agência TASS.

"Que vergonha para eles. Refiro-me a todos, incluindo, naturalmente, o Comité Olímpico e a sua liderança", acrescentou.

O antigo chefe de Estado russo admitiu que o desporto no país passa por "momentos difíceis" e fala numa "provação" para os atletas.

"É uma provação tremenda para os atletas. É muito difícil preparares-te [para uma competição] e depois seres excluído por questões políticas", rematou.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022 e, desde então, que os desportistas russos e bielorrussos estão banidos da maioria dos eventos desportivos.

Em janeiro, o COI propôs um roteiro para o regresso destes atletas sob bandeira neutra, na condição de "não terem ativamente apoiado a guerra" - algo duramente criticado pela Ucrânia.

O presidente francês, Emanuel Macron, cujo país vai acolher os Jogos Olímpicos em 2024, já disse que vai pronunciar-se pessoalmente sobre o assunto "no verão".


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ONU coloca Moçambique e Guiné-Bissau nos 10 países africanos mais pobre

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POR LUSA   25/03/23

A secretária-executiva adjunta da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) disse hoje que Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os dez países mais pobres de África, chamando a atenção para a degradação da economia do continente.

"Hoje, 546 milhões de pessoas estão a viver na pobreza, o que é um aumento de 74% face a 1990", disse Hanan Morsy no final da 55ª conferência dos ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico africanos, que decorreu esta semana em Adis Abeba, e na qual afirmou que Moçambique e Guiné-Bissau estão na lista dos dez países onde entre 60 a 82% da população é pobre, sem dar mais dados.

"Os choques globais têm um efeito de cascata nos mais pobres em África através da inflação que, em 2022, ficou nos 12,3%, o que é muito mais elevado do que os 6,7% registados a nível mundial", acrescentou a economista.

De acordo com as estimativas da UNECA, as famílias africanas gastam até 40% do rendimento familiar em produtos alimentares, pelo que o impacto da subida dos alimentos tem um "efeito mais severo em África, principalmente nos mais pobres", afirmou.

A forte dependência dos países africanos das importações tornou o continente vulnerável aos choques externos, vincaram os ministros, de acordo com o comunicado final da conferência, no qual se lê que 39 dos 54 países da região são importadores líquidos de produtos alimentares e que, em 2021, o continente exportou apenas 5,7 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros) de petróleo refinado e importou 44 mil milhões de dólares (quase 41 mil milhões de euros), apesar de produzir mais do que consome.

As dificuldades resultantes das crises alimentares e energéticas juntam-se também à falta de espaço orçamental para imprimir medidas que possam fazer acelerar a recuperação da economia do continente, que deverá crescer menos de 4% este ano, abaixo do crescimento da população.

"Sair dos baixos níveis de rendimento e riqueza está a ser ainda mais difícil devido aos desafios das alterações climáticas, como se viu recentemente nas inundações em Madagáscar, Maláui e Moçambique", lê-se no comunicado, que lamenta também a crise da dívida pública neste país lusófono, que "pode minar todo o crescimento dos últimos 23 anos".

Os peritos e os ministros alertaram que os países africanos continuam a enfrentar uma queda das receitas, um aumento da dívida pública e um espaço orçamental cada vez menor, com o rácio da dívida a aumentar de 57,1% em 2019, para 64,5% no ano passado.

A conferência dos ministros africanos teve como tema 'Potenciar a Recuperação e Transformação de África para reduzir as desigualdades e as vulnerabilidades'.