sexta-feira, 14 de outubro de 2022

FOME: Papa Francisco e Guterres alertam para problema de fornecimento de comida

© Getty Imagens

Por LUSA  14/10/22 

A guerra na Ucrânia agravou a crise alimentar global criada pela covid-19 e haverá sérios problemas de abastecimento de alimentos no mundo sem ação urgente, alertaram hoje personalidades como o Papa Francisco e o secretário-geral da ONU.

O alerta foi lançado pelo Papa Francisco e por António Guterres, mas também pelos presidentes de várias organizações da ONU, que apelaram à necessidade de "trabalhar em conjunto".

Durante a abertura da cerimónia de celebração do Dia Mundial da Alimentação, organizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), várias personalidades deixaram apelos para enfrentar a situação.

O mundo atravessa "a tempestade perfeita" e se 2022 foi considerado o pior ano após a pandemia de covid-19 em termos de segurança alimentar, 2023 "pode ser aquele em que se regista o mais grave problema de abastecimento alimentar", alertou o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos (PAM), David M. Beasley.

O responsável admitiu que, embora se tenha chegado a pensar que seria possível acabar com a fome no mundo, "os caminhos tomados nos últimos cinco anos foram os errados".

"Pensámos que o PAM ia ficar sem trabalho, mas depois veio a covid-19 e passou-se de 135 milhões de pessoas com fome para 175 milhões", referiu, acrescentando que "depois veio a crise no Afeganistão e agora a zona do mundo que é a maior fornecedora de cereais está em guerra".

Tudo isto, argumentou, "significa que o número de pessoas com problemas de fome vai aumentar".

Além da oferta de alimentos, o diretor do PAM destacou o grave problema do aumento do preço dos fertilizantes (fornecidos sobretudo pela Rússia), lembrando que "sem fertilizantes, todos vamos passar mal".

No entanto, mesmo face a "uma calamidade sem precedentes", Beasley admitiu esperar que seja possível usar os recursos e talento existentes para cumprir o objetivo de acabar com a fome.

No seu discurso, o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, lembrou que, depois de mais de dois anos de pandemia global, com interrupções nas cadeias de abastecimento internacionais e também com os impactos da guerra na Ucrânia, a economia global tornou-se fraca e os mais vulneráveis estão à beira da fome.

"O número de pessoas com fome continua a aumentar e atualmente é de 828 milhões", enquanto "3,1 mil milhões de pessoas em todo o mundo não conseguem pagar uma dieta saudável, e o número de pessoas em insegurança alimentar aguda aumentou de 135 milhões para 193 milhões", explicou.

Mas, acrescentou, "pela primeira vez, é possível ver uma vontade política maior e mais forte para atingir segurança alimentar" em todos os quadrantes políticos, sociedade civil e parceiros, desde países desenvolvidos a países em desenvolvimento, desde nações ricas a pobres, desde o nível local, nacional e regional ao nível global.

Durante a cerimónia foi lida uma mensagem do Papa Francisco na qual referiu que, para acabar com a fome num mundo em guerra, "é necessário ver os outros como irmãos e irmãs e membros que compõem uma mesma família humana", cujos "sofrimentos afetam todos".

Por sua vez, António Guterres expressou a sua preocupação com o aumento do preço dos combustíveis e dos fertilizantes, causado pela guerra na Ucrânia, e admitiu que o mundo enfrenta "um ano muito difícil para a segurança mundial", pelo que há "um número incrível de pessoas não pode pagar uma dieta saudável".

De acordo com a FAO, o Dia Mundial da Alimentação 2022 sob o tema "Não deixe ninguém para trás" pede "a solidariedade global para transformar os sistemas agroalimentares de forma a promover o crescimento económico inclusivo, enfrentar as desigualdades, aumentar a resiliência e alcançar o desenvolvimento sustentável".

Guiné-Bissau: EMGFA celebra 48º aniversario da fundação da Polícia Militar


Bissau, 14  Out 22 (ANG) – O Estado-maior General das Forças Armadas celebra, hoje,o  48º aniversário da fundação da polícia militar guineense.

 O evento foi assinalado com um ato simbólico de intervenções sobre a história da Polícia Militar(PM), na Amura, em Bissau, sob a presidência do Vice-chefe de Estado-maior General as Forças Armadas, Mamadú Turé.

 O Vice-chefe de Estado-maior General das Forças Armadas manifestou  a sua satisfação em relação aos trabalhos de patrulhamento que a PM tem estado a levar a cabo em Bissau, para garantir segurança as populações.

Disse esperar que a corporação seja instalada nas regiões para garantir segurança às comunidades locais.

Segundo o  coordenador desse corpo do exército ,Orlando Pungana,a  PM foi criada após a proclamação da inpendência, nas Colinas de Boé, no Leste do país, com o objectivio de assumir o controlo da cidade e consequentimente assegurar a entrada dos membros do partido libertador, PAIGC.

Disse que após sua criação, a corporação se instalou  na secção de João Landim e depois nas actuais instalações da polícia jucidiciária junto ao mercado de Bandim, patrulhando as diferenetes artérias de Bissau juntamente com a Polícia Militar portuguesa,  até a retirada total das tropas portugueses no país.

Orlando Pungana revelou que em, 2017,  com a nova orgânica do EMGFA, a PM passou a funcionar como um batalhão,sob o comando de Fidélis Fernandes de Oliveira, como  o objectivo de cumprir e fazer cumprir o regulamento da disciplina militar em observância  e as leis existentes no país.

Este oficial superior das forças armadas lamentou  que o batalhão da policia militar se depara com  falta de meios de transportes, recursos humanos e de formação adequada oas seus recursos humanos.

 “ A Policia Militar trabalha em colaboração com todas as esquadras de Bissau,na  resolução de  problemas que envolvem militares, porque os agentes da policia de Ordem publica não podem resolver  problemas que envolvam qualquer militar”, disse Orlando Pungana.

Para aém dessas intervenções, por dificuldades de ordem financeira, a corporação vai assinalar a data de criação com um almoço de confraternização. 

ANG/LPG//SG


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Radio Voz Do Povo

Açores. Peixe-lua que apareceu morto no Faial é o maior do mundo... Animal pesava 2,8 toneladas.

© Twitter / Alexander Kotrschal

Notícias ao Minuto 14/10/22 

No passado mês de dezembro, um peixe-lua com 2,8 toneladas apareceu morto no porto da Horta, na ilha do Faial, nos Açores. Na altura suspeitou-se, pelo tamanho do animal, que este seria dos maiores alguma vez encontrados, algo que foi agora confirmado pela comunidade científica

Além do peso, o peixe-lua em questão media 3,25 metros de comprimento e 3,6 metros de altura.

O anterior registo era de 1996, no Japão, e o peixe-lua gigante pesava 2,4 toneladas.

"Nós recolhemos os dados com todo o rigor científico e apresentamos os nossos dados a uma revista científica, que os validou, inclusive a calibração da balança. E, perante as provas documentais que mostramos, eles aceitaram o artigo para publicação. Como tal, está validado por investigadores e pela revista científica", explicou José Nuno Pereira, da Associação Naturalistas do Atlântico, à RTP Açores.

Quanto ao arrojamento deste peixe-lua, os cientistas acreditam que está relacionado com o embate numa embarcação, visto que não foram encontrados plásticos ou outros elementos prejudiciais no estômago do animal. O peixe ósseo apresentava, sim, uma contusão na cabeça que pode ter resultado de uma pancada.

Leia Também: E esta? Peixe-zebra pode ajudar a devolver audição a humanos

FOME: Situação alimentar global com "circunstâncias assustadoras"

© Lusa

Por LUSA 14/10/22

O diretor-geral da FAO (sigla em inglês da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Qu Dongyu, defendeu hoje que a situação da alimentação no mundo é, este ano, inédita, enfrentando "circunstâncias assustadoras".

No seu discurso na cerimónia de abertura da semana de comemorações do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala no domingo, o responsável da ONU começou por lembrar que o mundo "está a enfrentar vários desafios sobrepostos".

Desafios que, descreveu, são compostos tanto por "desastres naturais" como por desastres "causados pelo homem", sendo que "alguns repetem-se anualmente, mas outros são inesperados e imprevisíveis".

Além disso, sublinhou Qu Dongyu, "após mais de dois anos de pandemia global, com interrupções nas cadeias de abastecimento internacionais", e com os impactos atuais da guerra na Ucrânia, há "atualmente uma economia global fraca".

Uma situação que, lembrou o diretor-geral da FAO, já levou os mais vulneráveis "à beira da fome" e aumentou o número de pessoas que sofrem de fome [para] 828 milhões".

Neste momento, sublinhou, "há 3,1 mil milhões de pessoas em todo o mundo que não podem pagar uma dieta saudável e o número de pessoas em insegurança alimentar aguda aumentou de 135 milhões para 193 milhões", o que constitui "a triste confirmação de que muitas pessoas estão a ser deixadas para trás".

No entanto, considerou o responsável, o Dia Mundial da Alimentação deste ano também não tem precedentes por razões positivas: "apesar das circunstâncias assustadoras que enfrentamos, também temos uma perspetiva promissora e esperançosa".

Segundo afirmou no seu discurso, esta é "a primeira vez que é possível verificar "uma vontade política aumentada e fortalecida sobre segurança alimentar da parte de todos os políticos, sociedades e parceiros-chave - desde países desenvolvidos a países em desenvolvimento, de nações ricas a pobres, e a nível local, nacional, regional e global".

Há um "impulso político para fazer mais e melhor" e "para reconstruir melhor e mais forte, juntos", o que "é inédito", sublinhou.

Assumindo estar otimista, Qu Dongyu lembrou que têm sido postas em prática ações para garantir a disponibilidade contínua de alimentos e iniciativas de resposta a crises, assim como "ações para garantir que o abastecimento de alimentos, rações, fertilizantes, combustível, óleo vegetal, entre outros, seja mantido aberto e funcionando sem problemas".

Embora não tenha especificado, acordos recentes conseguidos entre a Turquia e a Ucrânia e a Turquia e a Rússia permitiu desbloquear os cereais e fertilizantes dos dois países em guerra e recomeçar a sua distribuição pelo mundo, depois de vários meses parados nos portos.

Qu Dongyu enunciou algumas das ações da FAO nos últimos meses, nomeadamente a defesa de duas estratégias temáticas-chave, sobre Ciência e Inovação e sobre Mudanças Climáticas, que, segundo o diretor-geral da organização serão "fatores de mudança que estimularão a implementação do Quadro Estratégico da FAO na próxima década".

O Fórum Mundial da Alimentação, que decorre na próxima semana, irá focar-se em três áreas principais: "Investimento de Mãos Dadas", "Juventude Global na Agricultura" e "Ciência e Inovação", referiu, sublinhando querer ajudar os países a desenvolver "caminhos nacionais para a transformação dos seus sistemas agroalimentares".

INFLAÇÃO: Preços em Cabo Verde voltam a aumentar em setembro

© Lusa

Por LUSA  14/10/22 

Os preços em Cabo Verde aumentaram 0,4% no mês de setembro e acumulam uma subida de 8,7% no espaço de um ano, indicam dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) cabo-verdiano.

De acordo com o mais recente Índice de Preços no Consumidor (IPC), elaborado pelo INE, esta variação mensal tem vindo a desacelerar, já que em setembro ficou 0,1 ponto percentual abaixo do registado em agosto, que então tinha ficado 0,7 pontos abaixo do verificado em julho.

"A taxa de variação homóloga do IPC total no mês de setembro de 2022, foi de 8,7%, valor superior em 0,1 ponto percentual ao registado no mês anterior ", lê-se no relatório do INE.

No mesmo período, o IPC registou ainda uma variação média dos últimos 12 meses de 7,1%, valor superior em 0,5 pontos percentuais ao verificado em agosto.

A escalada de preços em Cabo Verde deverá fechar 2022 com um aumento médio global de quase 8% e reduzir para menos de metade no próximo ano, segundo as previsões do Governo cabo-verdiano.

Nos documentos de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023, noticiados esta semana pela Lusa, o Governo cabo-verdiano admite que "os níveis de preços deverão permanecer elevados, acelerando de 1,9% em 2021 para 7,9% em 2022", o valor mais alto em 25 anos.

"Já para 2023, espera-se que reduza para 4% [3,7%, segundo o detalhe da proposta], refletindo a redução da inflação importada dos principais parceiros comerciais de Cabo Verde", lê-se no documento.

Acrescenta que as classes de bens e serviços "com mais intensidade no crescimento dos preços" em 2022 são os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas, "sendo um risco para a segurança alimentar, sobretudo para as famílias de menor rendimento", bem como a habitação, a água, a eletricidade, o gás e os outros combustíveis e os transportes, "derivado sobretudo dos efeitos da inflação importada".

"Nesta senda, o poder de compra dos agentes económicos, sobretudo dos mais vulneráveis, será altamente afetado, o que pode exigir uma maior intervenção do Estado para garantir o equilíbrio social", admite o Governo, na proposta orçamental para 2023.

Antes dos efeitos da crise inflacionista atual e apesar da pandemia de covid-19, Cabo Verde registou uma taxa de inflação mínima histórica de 0,6% em 2020, e de 0,8% em 2017.

Na proposta do Orçamento do Estado de Cabo Verde para 2023 está prevista uma atualização do salário mínimo nacional, que passará de 13.000 para 14.000 escudos (117 para 126 euros) em 2023 e aumentos salariais de 1 a 3,5% para funcionários públicos e pensionistas com rendimentos mais baixos.

De acordo com o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, os salários na função pública e as pensões dos pensionistas do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) de 15.000 a 33.000 escudos (135 a 296 euros) mensais vão aumentar 3,5% em 2023, acima de 33.000 escudos e até 51.000 escudos (296 a 458 euros) vão aumentar 2% e de 51.000 escudos até 69.000 escudos (458 a 619 euros) vão subir 1%.

"Devemos proteger nesta fase os rendimentos mais baixos de forma direta e os rendimentos mais altos são protegidos de forma indireta através das medidas que estamos a tomar para travar a subida galopante dos preços", esclareceu.

O arquipélago enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística -- setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago -- desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.


Leia Também: As sucessivas crises que têm atingido Cabo Verde, da seca prolongada à pandemia ou ao aumento dos preços, não provocaram fome extrema, mas um terço da população não tem uma dieta saudável, afirmou à Lusa a representante da FAO.

INACEP - Diretor-geral reitera que instituição tem condições técnicas para produzir documentos oficiais de Estado

Bissau, 14 Out 22 (ANG) – O Diretor-geral da Imprensa Nacional (INACEP) disse que a instituição que dirige tem condições técnicas suficientes para produzir documentos oficiais de Estado, nomeadamente, Bilhete de Identidade, Passaporte, Certidão de Nascimento e de Casamento, Carta de Condução, Autorização de Residência entre outros, com melhor qualidade e maior segurança.

Paulino Mendes fez esta afirmação, esta sexta-feira, à repórter da Agência de Notícias da Guiné (ANG),  e  lamentou o fato de algumas instituições do país continuarem a usurpar as competências da Inacep, ao continuarem a  a produzir os referidos documentos, num claro desrespeito  ao Decreto e Estatuto da INACEP aprovado pelo Governo e publicado no suplemento 12, que atribuiu à empresa a competência de produzir documentos oficiais de Estado.

Mendes disse que a INACEP é uma gráfica do Estado que cuida dos seus documentos oficiais de alta segurança,  salientando  que na Lei, nos tempos passados e  na história de todas as Repúblicas, a Gráfica Pública se  encarrega da produção de valores ao Estado, desde selos até dinheiro.

Informou que, nenhum desses documentos está sendo produzido na Imprensa Nacional,  exceto o passaporte que se produz desde 2013.

Aquele responsável sublinhou que a questão da emissão de documentos não está em causa, e segundo diz, a sua empresa é simplesmente impressora ou produtora e a entidade titular de documentos vai continuar a ser ela mesma.

“Não é por acaso que até hoje o Ministério do Interior, através da Direção Geral de Migração e Fronteiras continuou a ser a entidade emissora de passaportes porque aquele serviço é que tem a capacidade de avaliar, autorizar e fazer digitalização deste documento”, explicou.

Paulino Mendes disse que a INACEP imprime os passaportes e devolve ao Serviço de Migração e Fronteiras , frisando que uma gráfica tem  competências de produzir documentos oficiais de Estado e outros, mediante solicitação de entidades que utilizam esses documentos.

Segundo Paulino Mendes, os documentos de Estado são de regime não concorrencial, e são reservados à exclusiva competência de Imprensa Nacional, mas  os responsáveis de departamentos governamentais que emitem alguns desses documentos  não solicitam a produção desses documentos na Inacep, por razões que mendes diz desconhecer.

Contou  que quando chegou a empresa se deparou com algumas dificuldades técnicas, inclusive de uma máquina gigantesca de fazer livros, mas que, de acordo com ele, já foram suprimidas há um ano.

Questionado sobre o quê que a sua instituição está a fazer para sensibilizar os titulares de documentos que não se produzem na Imprensa Nacional, respondeu que não é preciso muita sensibilização sobre o assunto porque o seu cumprimento não tem como destinatário a população em geral, mas sim, as mesmas pessoas que a aprovaram em Conselho de Ministros.

“Estamos a dizer que os departamentos estatais é que devem trazer trabalhos para cá,  a começar pela Presidência da República, onde a Lei foi promulgada, a Primatura onde está o Primeiro-ministro que certamente presidiu a reunião do Governo e os restantes Ministérios que estiveram  e aprovaram”, disse, informando que foi nesta mesma legislatura que o Decreto, que atribui à Inacep a competência exclusida de produção de documentos oficiais, fora aprovado.

ANG/DMG/ÂC//SG

REINO UNIDO: Truss demite ministro das Finanças. Kwarteng esteve 38 dias no cargo... Com esta saída, Kwarteng passa a ser o segundo ministro das Finanças do Reino Unido que menos tempo ficou no cargo.

© Reuters

Notícias ao Minuto  14/10/22 

Kwasi Kwarteng foi, esta sexta-feira, demitido pela primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, avançam a BBC e a SkyNews. O ministro das Finanças esteve (apenas) 38 dias no cargo.

Com esta saída, Kwarteng passa a ser o segundo ministro das Finanças do Reino Unido que menos tempo ficou no cargo. Iain Macleod foi governante que menos tempo tutelou esta pasta - 30 dias -, uma vez que sofreu um ataque cardíaco um mês após ter aceitado a função, conta a BBC.

De recordar que a pressão dentro do próprio partido Conservador sobre o governo para recuar em alguns dos cortes fiscais anunciados terá forçado o agora ex-ministro das Finanças britânico a encurtar uma visita aos EUA.

Este encontrava-se em Washington para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas as crescentes críticas terão levado Kwarteng a antecipar o regresso a Londres em um dia.

É esperada uma declaração de Liz Truss pelas 14 horas - a mesma hora em Portugal Continental. 

O que está em causa? 

O 'mini-orçamento' de 23 de setembro surpreendeu ao incluir, juntamente com medidas para congelar os preços da energia, um grande pacote de cortes fiscais num valor estimado de 45 mil milhões de libras (51 mil milhões de euros) totalmente financiados por endividamento. 

O risco de um aumento insustentável da dívida pública foi mal recebido pelos mercados financeiros, o que resultou na desvalorização da libra e subida dos juros sobre a dívida britânica e do crédito à habitação.

O Banco de Inglaterra foi forçado a intervir no mercado obrigacionista, o que ajudou a estabilizar a libra e a dívida, mas o plano do governo britânico foi criticado pelo FMI devido ao risco de agravar a inflação, e as agências Fitch e Standard and Poor's reduziram de estável para negativo o 'rating' do Reino Unido. 

Kwarteng recuou entretanto da decisão de abolir o escalão máximo de 45% do imposto sobre os rendimentos dos contribuintes mais ricos, poupando 2.000 milhões de libras (2.300 milhões de euros), mas na quarta-feira Liz Truss recusou "absolutamente" reduzir a despesa pública para equilibrar as contas públicas. 


Leia Também: Ministro das Finanças britânico confirma demissão a pedido de Liz Truss

ONU acusa Rússia de usar violações como estratégia deliberada

© Lusa

Por LUSA  14/10/22 

As violações e agressões sexuais atribuídas às forças russas na Ucrânia constituem claramente "uma estratégia militar" e "uma tática deliberada para desumanizar as vítimas", alertou hoje a Representante Especial da ONU para Violência Sexual em Conflito, Pramila Patten.

"Quando mulheres e meninas são sequestradas e violadas durante dias, quando se vê violar meninos e homens, quando se vê uma série de casos de mutilação genital, quando se ouve os depoimentos de mulheres evocando soldados russos equipados com Viagra, [percebe-se que] há, claramente, uma estratégia militar", explicou a advogada das Nações Unidas, em entrevista à agência francesa de notícias AFP.

"As evidências estão todas lá", garantiu, adiantando que "há casos horríveis e violência muito brutal" no terreno.

Segundo referiu, os primeiros casos de violência sexual surgiram "três dias após o início da invasão da Ucrânia [em 24 de fevereiro]".

De acordo com os dados mais recentes, a ONU verificou "mais de 100 casos" de violações e agressões sexuais na Ucrânia desde o início da guerra, mas "isto não é uma questão de números", sublinhou Patten.

"É muito complicado ter estatísticas fiáveis durante um conflito ativo, além de que os números nunca refletem a realidade, porque a violência sexual é um crime silencioso, o menos denunciado e o menos condenado", explicou a responsável da ONU, alegando que há sempre medo de represálias e de estigmatização.

"Os casos relatados representam apenas a ponta do 'iceberg'", assegurou.

As vítimas são principalmente mulheres e meninas, mas também meninos e homens, avançou Pramila Patten, citando um relatório divulgado no final de setembro pela comissão internacional independente de inquérito (criada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU).

Este relatório "confirmou crimes contra a humanidade cometidos pelas forças russas e, de acordo com depoimentos recolhidos, a idade das vítimas de violência sexual varia entre os 4 e os 82 anos. Há muitos casos de violência sexual contra crianças, que são violadas, torturadas e raptadas", sublinha.

"A minha luta contra a violência sexual é, de facto, uma luta contra a impunidade", considerou Pramila Patten, explicando que foi por essa razão que foi para a Ucrânia em maio passado.

"Para enviar um sinal, um sinal forte para as vítimas, para lhes dizer que estamos com elas e para lhes pedirmos que quebrem o silêncio. Mas também para enviar um forte sinal aos violadores, [dizer-lhes que] o mundo os observa e que não ficará sem consequências a violação de uma mulher, de uma menina, de um homem ou de um menino".

A violação como arma de guerra existe em todos os conflitos, desde a Bósnia à Guiné e à República Democrática do Congo (RDC), mas, segundo Patten, a guerra na Ucrânia marca "uma consciencialização" internacional.

"Há agora uma vontade política de lutar contra a impunidade e há um consenso sobre o facto de as violações serem usadas como tática militar e de terror", referiu.

Uma outra grande preocupação avançada pela representante da ONU é o tráfico de pessoas.

"Mulheres, meninas e crianças que fugiram da Ucrânia são muito, muito vulneráveis, e, para os predadores, o que está a acontecer neste país não é uma tragédia, é uma oportunidade", avisa.


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ANGOLA: Policia angolana deteve professor que organizou marcha de alunos

© Lusa

Por LUSA  14/10/22 

A Polícia angolana deteve um professor que organizou uma marcha de alunos para exigirem novas carteiras numa escola do município de Viana, província de Luanda, informaram hoje as autoridades.

Segundo o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, o professor liderou uma marcha de aproximadamente 300 alunos, com o objetivo de chegarem à repartição de educação de Viana, "para reclamar contra a falta de carteiras, para acomodação dos alunos".

Tendo em conta a situação, "a polícia foi acionada pela direção da escola, na pessoa do diretor, João Paulo de Oliveira, (segundo o qual), antes da saída da escola, por instigação do próprio professor, já haviam danificado cerca de 50 carteiras", disse.

Nestor Goubel frisou que o professor é acusado de organizar uma marcha não autorizada e do crime de danos materiais, avaliados em 1,7 milhões de kwanzas (cerca de 4.000 euros).

"Cada carteira tem o preço unitário de 35 mil kwanzas (82 euros), o que perfaz um global de 1,750 milhões de kwanzas", sublinhou o porta-voz da Polícia de Luanda.

Informações que circularam nas redes sociais sobre o caso davam conta que a polícia fez disparos para dispersar os manifestantes.

Em declarações à agência Lusa, Nestor Goubel disse que foi aberto um inquérito para se apurar a veracidade desta informação e "vão ser assacadas responsabilidades".

"Em princípio, parece que o professor mostrou resistência. Ele levou meninos de 12, 15 anos, para essa manifestação, com todas as consequências, barraram estradas, parecia que estava a cumprir uma outra agenda", frisou.

Segundo o porta-voz da Polícia de Luanda, o professor tem apenas 15 dias de trabalho na instituição "e já se propõe a realizar uma marcha".

"Quando a polícia é solicitada para intervir, ele colocou uma série de obstáculos, quase que afrontou a polícia em cenas de desacato, mas foi aberto um inquérito para saber até que ponto é que isto confere com a verdade dos factos", realçou.

Coreia do Sul anuncia primeiras sanções em 5 anos contra Coreia do Norte

© Lusa

Por LUSA 14/10/22 

A Coreia do Sul anunciou hoje as primeiras sanções, em cinco anos, contra a Coreia do Norte, em resposta aos recentes lançamentos de mísseis pelo regime de Kim Jong-un.

"O Governo da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] condena veementemente as recentes provocações de mísseis realizadas com uma frequência sem precedentes, envolvendo a utilização de armas nucleares táticas contra nós", indicou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, que detalha as novas punições.

As novas sanções afetam 15 indivíduos e 16 entidades norte-coreanas, de acordo com o texto.

Os indivíduos sancionados incluem quatro membros da Segunda Academia de Ciências Naturais, uma organização estatal norte-coreana que, segundo a ONU, é responsável pela investigação e desenvolvimento de armamento avançado.

Os restantes pertencem a entidades envolvidas na importação de materiais que podem ser utilizados para o fabrico de armas de destruição maciça.

Entre as 16 entidades visadas estão empresas logísticas ou envolvidas no comércio de eletrónica, aço ou petróleo bruto.

O anúncio destas sanções surgiu depois do último lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico de curto alcance, na sequência da realização de exercícios aéreos perto da fronteira entre as duas Coreias, onde as forças militares do Norte também dispararam centenas de rondas de artilharia.

Pyongyang afirmou tratar-se de uma resposta a "ações provocatórias" da Coreia do Sul, cujas tropas realizaram exercícios perto da fronteira na quinta-feira.

O lançamento de hoje é o nono feito por Pyongyang desde 25 de setembro, numa sucessão de testes de sistemas táticos de armas nucleares em resposta a manobras recentes no sul da península, incluindo um porta-aviões norte-americano.

Muitos analistas disseram acreditar que outros testes norte-coreanos estão no horizonte, incluindo uma eventual nova detonação nuclear subterrânea, a primeira desde setembro de 2017.


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GUERRA NA UCRÂNIA: "Não seremos intimidados", diz NATO sobre ameaças da Rússia... "Eles sabem que se utilizarem armas nucleares contra a Ucrânia, isso terá consequências graves", garantiu o secretário-geral da NATO.

© Omar Havana/Getty Images

Notícias ao Minuto  13/10/22 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou, esta quinta-feira, que a aliança transatlântica irá acompanhar o próximo exercício nuclear da Rússia e garantiu que não se deixará “intimidar” pelas ameaças russas.

“Não seremos intimidados”, sublinhou o responsável aos jornalistas, após uma reunião com os ministros da Defesa da aliança, em Bruxelas. “A retórica nuclear da Rússia é perigosa, imprudente, e eles [Rússia] sabem que se utilizarem armas nucleares contra a Ucrânia, isso terá consequências graves”.

Naquela que foi a primeira grande reunião de ministros da NATO desde que a Rússia emitiu ameaças nucleares contra o Ocidente, Stoltenberg sublinhou que, à semelhança do passado, irá continuar a acompanhar de “perto” os exercícios nucleares anuais da Rússia e manter-se vigilante, “sobretudo à luz das ameaças nucleares e da retórica perigosa que temos visto do lado russo”.

Ainda na quarta-feira, um alto funcionário da NATO considerou que um ataque nuclear por parte da Rússia mudaria o curso do conflito e, provavelmente, provocaria uma "resposta física" dos aliados da Ucrânia e da própria aliança.

Citado pela agência de notícias Reuters, o funcionário, que falou de forma anónima, afirmou que qualquer utilização de armas nucleares por Moscovo teria "consequências sem precedentes" e "quase certamente obteria uma resposta física de muitos aliados, e potencialmente da própria NATO".

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

UNICEF ACREDITA QUE FRACO ACESSO DE COBERTURA DE VACINA CONTRA SARAMPO FEZ AUMENTAR CENTENAS DE CASOS NO PAÍS

©Unicef Guiné-Bissau

Por radiosolmansi.net  13/10/22

A representante do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF) acreditada que o fraco acesso de cobertura das vacinas contra o sarampo ao longo dos dois últimos anos fez com que a Guiné-Bissau registe mais de cento e vinte casos em diversas regiões do país.

A revelação da representante da UNICEF no país foi registada, esta quinta-feira, durante o lançamento da segunda fase de vacinação gratuita contra o sarampo no país.

Etona Ecole disse que em muitas crianças não foram detetados casos de infeção de sarampo, de devido a ausência das mães com as suas crianças nos momentos das vacinas de rotina.

“O fraco acesso de cobertura das vacinas contra o sarampo ao longo dos últimos 2 anos fez com que a Guiné-Bissau tivesse mais de cento e vinte casos em diversas regiões do país. Estima-se ainda que o valor seja mais elevado, uma vez que muitas crianças não chegaram as instalações de saúde e não foram detetadas como estando infetadas”, explica.

Entretanto a Directora-geral da saúde materno infantil Mamai Barbosa explicou as mães da importância desta vacina ora a ministrar.

“A vacina tem grande importância por que faz com as crianças sejam mais fortes, por isso exorto todas as mães para levarem os seus filhos para centro de saúde, mais próximo”.

O lançamento desta vacinação contra sarampo para crianças de 15 a 59 meses, vai ser ministrado em deferentes estruturas sanitárias do país.

Por: Turé da Silva

Comércio - ”Ausência de autoridade de Estado motiva aumentos de preços de arroz e demais produtos no mercado”, diz Bambo Sanha

Bissau, 13 Out 22 (ANG) – O secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) afirmou hoje que o aumento de preços de arroz e demais produtos  de primeira necessidade está a acontecer por falta de autoridade de Estado no país e vontade política do próprio Governo.

Bambo Sanhá que falava em entrevista à ANG sobre a subida de preços de arroz  e outros produtos de primeira necessidade, sustenta que, se existisse a  autoridade de Estado não seriam  os operadores económicos a determinar  a lei passando por cima do Governo e contra interesses dos consumidores.

Disse que a especulação  de preços dos produtos de primeira necessidade no mercado é uma preocupação para a ACOBES, há muitos anos, porque, diz, não se trata de um  cenário novo.

″O Ministério de Comércio, várias vezes aprovou estruturas de preços, fez termo de compromisso com importadores  sucessivamente, em cada importação surge novo termo de compromisso que determna os preços dos produtos no mercado”, revelou.

Aquele responsável sublinhou que, quando o Governo fixar um determinado preço para a venda do arroz, acontece que, cada vez que haja  nova importação o operador alega sempre que já não pode verder ao preço  anterior.

Acrescenta que  os importadores  têm alegado  sempre a  subida de preços no mercado internacional, obrigando com isso o Ministério do Comércio a fazer  novo termo de compromisso que adopta  novos preços em alta.

Segundo Bambo Sanhá, são nestas cisrcunstâncias que   o preço do arroz se dispara no mercado e actualmente  custa 23 mil francos por saco de 50 quilogramas.

Disse que, pela informação que receberam do interior do país, o arroz supremo já saiu  de 23 mil para 25 mil francos cfa cada saco de 50 quilogramas, o que a ACOBES diz ser  “espantoso” perante  um Governo que diz que quer ajudar a população.

O responsável da organização que defende os consumidores disse que o preço de arroz supremo chegou à esse valor por causa do termo de compromisso que o Governo estabeleceu com o importador representante do referido arroz no país.

“Para ACOBES é estranho a forma como a estrutura de preços dos produtos da primeira necessidade é aprovada no Ministério do Comércio, porque não existe nenhum forúm que junta todos os operadores do mercado para derimir assuntos ligados a problemática de qualidade de preço no mercado nacional”,referiu.

Bambo sustenta que a  ACOBES propôs, há muitos anos, a criação de um Conselho Nacional de Consumo, que deverá  envolver o setor público, privado e organizações dea sociedade civil, sindicatos, organização nacional de defesa dos consumidores e outros mas o Governo não se interessou por essa iniciativa.

“Em qualquer parte do mundo existe mercado livre e não preço livre, porque o preço livre é sinómino que o Estado abandonou a sua população nas mãos de comerciantes” criticou. 

ANG/MI/ÂC//SG 

Comunicado de imprensa PAM: O PAM APELA À AÇÃO NO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO PARA EVITAR MAIS UM ANO HISTÓRICO DE FOME

O PAM APELA À AÇÃO NO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO PARA EVITAR MAIS UM ANO HISTÓRICO DE FOME

Bissau – O mundo está em risco de mais um ano de fome sem precedentes à medida que a crise alimentar global continua a levar ainda mais pessoas à deterioração dos níveis de insegurança alimentar aguda, adverte o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) no apelo a uma ação urgente para enfrentar as causas profundas da crise atual em vésperas do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala a 16 de outubro.

"Estamos perante uma crise alimentar mundial sem precedentes e todos os sinais sugerem que ainda não assistimos ao pior. Nos últimos três anos, os números da fome têm atingido repetidamente novos picos. Deixem-me ser claro: as coisas podem e vão piorar a menos que haja um esforço em grande escala e coordenado para enfrentar as causas profundas desta crise. Não podemos ter mais um ano de fome sem precedentes", disse o Diretor Executivo do PAM, David Beasley.

A crise alimentar global é uma conjunção de crises concorrentes - causadas por choques climáticos, conflitos e pressões económicas - que tem continuado a aumentar o número de pessoas gravemente inseguras em todo o mundo, incluindo na Guiné-Bissau. Mais de 9 porcento dos Guineenses necessitam de assistência alimentar imediata, particularmente nas regiões de Gabu (31%), Oio (27,6%), e Bafatá (18,4%).

Com base no tema deste ano para o Dia Mundial da Alimentação - "Não deixar ninguém para trás" - o PAM apela a um esforço coordenado entre governos, instituições financeiras (IFI), sociedade civil, sector privado, e outros parceiros para mitigar uma crise alimentar ainda mais grave em 2023. Isto inclui o reforço das economias nacionais, sistemas de proteção social, e sistemas alimentares regionais e domésticos - à velocidade e à escala.

Na Guiné-Bissau, os planos de trabalho assinados em 2022 com os ministérios responsáveis pela agricultura, saúde e proteção social permitem que um quadro de coordenação e sinergia se torne crítico para uma resposta eficaz à atual crise alimentar exacerbada pela crise na Ucrânia. 

“Estamos comprometidos a continuar a trabalhar com as autoridades e parceiros de desenvolvimento na Guiné-Bissau para garantir que todos os Guineenses, sem exceção, tenham acesso a alimentos saudáveis e seguros”, afirmou o Representante e Diretor do PAM na Guiné-Bissau, João Manja.

“Em consonância com isso, estamos a desenvolver um novo programa de atividades mais abrangente e inclusivo para os próximos cinco anos, onde por exemplo, pretendemos continuar a impulsionar o programa de compra de produtos locais para abastecimento das cantinas escolares, com o duplo objetivo de melhorar a nutrição das crianças em idade escolar e apoiar a produção agrícola local”, explicou.

Entre outras atividades desenvolvidas na Guiné-Bissau, o PAM está a trabalhar com pequenos agricultores nas regiões de Gabu, Bafatá e Quinara na intensificação da produção das culturas de arroz, através de uma parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Ministério de Agricultura. No campo da nutrição, o PAM está a apoiar 21.000 crianças de 5 a 59 meses de idade através distribuição de alimentos nutritivos especializados para o tratamento e prevenção da desnutrição.

Embora estes esforços proporcionem sucesso a algumas das pessoas gravemente vulneráveis, é contra um cenário global desafiante em que o número de pessoas com fome aguda continua a aumentar, exigindo uma ação global concertada para a paz, estabilidade económica e apoio humanitário contínuo para garantir a segurança alimentar em todo o mundo.

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O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas é a maior agência humanitária do mundo, salvando vidas em emergências e, através da assistência alimentar, contribuindo para a paz, estabilidade e prosperidade das pessoas que recuperam de conflitos, de desastres e do impacto das alterações climáticas.

13 de outubro de 2022

Charlotte Alvarenga Alves

Communication Officer

World Food Programme

Guinea-Bissau, Bissau



 

Assembleia do Conselho da Europa declara regime russo como "terrorista"

© Reuters

Por LUSA  13/10/22 

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) adotou hoje por unanimidade uma resolução que declara como "terrorista" o atual regime russo, numa sessão com a presença virtual do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

"A resolução foi aprovada por unanimidade", anunciou o presidente da APCE, Tiny Kox, após confirmar 99 votos a favor, zero contra e uma abstenção, durante uma sessão plenária hoje realizada.

O texto declara "o atual regime russo como terrorista", condena os "designados referendos" sobre a anexação de quatro regiões da Ucrânia (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia), e adverte que estes "devem ser considerados nulos" e "sem qualquer efeito legal ou político".

Os deputados do Conselho da Europa também criticaram as autoridades russas pelas crescentes "ameaças de guerra nuclear", que consideram uma violação do direito internacional incompatível com as "responsabilidades" de uma nação "com um posto permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas", indica o texto.

A declaração reitera ainda o "firme apoio" do Conselho da Europa à "independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia".

"Este é um sinal poderoso à comunidade mundial e à Rússia de que o castigo pelos crimes é inevitável", afirmou Zelensky no Twitter após a aprovação da declaração, e na sequência de uma intervenção perante a Assembleia por videoconferência.

A declaração de hoje também promete acelerar o processo para a criação de "Tribunal Internacional Especial [ad hoc]" e mecanismos de compensação para a Ucrânia.

Em 16 de março, o Conselho da Europa expulsou a Rússia do principal órgão de direitos humanos do continente devido à invasão e guerra na Ucrânia, numa ação sem precedentes, cujo processo já tinha sido iniciado por Moscovo.

O comité da organização, composta por 47 Estados-membros, disse, em comunicado, que "a Federação Russa deixou de ser membro do Conselho da Europa a partir de hoje, 26 anos após a sua adesão".

A decisão surge após semanas de condenação das ações da Rússia na Ucrânia, tendo, no início da semana (a 15 de março), a assembleia parlamentar da organização iniciado um processo de expulsão aprovado por unanimidade.

No mesmo dia, a Rússia informou o secretário-geral do Conselho da Europa de que se iria retirar da organização e que tinha intenção de denunciar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos. A Rússia aderiu ao Conselho da Europa a 28 de fevereiro de 1996.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

OMS: Índia investiga medicamentos associados à morte de 60 crianças na Gâmbia

© ShutterStock

Por LUSA  13/10/22 

A Índia garantiu hoje à Gâmbia que está a investigar "seriamente" vários medicamentos para a tosse e o frio produzidos no país asiático e associados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) à morte de mais de 60 crianças.

"Numa teleconferência com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Gâmbia, Mamadou Tangara, transmiti as nossas mais profundas condolências pela morte recente de crianças pequenas. Sublinhei que o assunto está a ser seriamente investigado pelas autoridades competentes", disse o ministro Subrahmanyam Jaishankar, na rede social Twitter.

Ambas as partes concordaram em "manter contacto" sobre o incidente, salientou o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano.

A OMS relatou na semana passada suspeitas de quantidades "inaceitáveis" de dietilenoglicol e etilenoglicol, dois agentes tóxicos, em quatro medicamentos fabricados pela Maiden Pharmaceuticals da Índia.

Estes são medicamentos pediátricos fabricados exclusivamente para distribuição na Gâmbia, que a OMS diz estarem potencialmente ligados a danos renais agudos e a pelo menos 66 mortes entre crianças.

A Maiden Pharmaceuticals está em funcionamento há mais de 30 anos e opera duas fábricas na Índia, ambas no estado norte de Haryana, para a produção de cápsulas, injetáveis, xarope líquido, pomadas e comprimidos que são vendidos em países da Ásia, África e América Latina, de acordo com a empresa.

Na quarta-feira, as autoridades indianas relataram que a produção dos medicamentos suspeitos tinha sido interrompida na sequência de uma inspeção a um dos locais de fabrico, durante a qual as autoridades descobriram "numerosas falhas".

A possível responsabilidade da Maiden Pharmaceuticals na morte das crianças ou na produção de medicamentos contaminados é crítica para a Índia, que tem a terceira maior indústria farmacêutica do mundo, em termos de volume, contribuindo com cerca de 1,72% do Produto Interno Bruto do país.

A produção em grande escala de medicamentos genéricos de baixo custo e ingredientes ativos a granel da Índia tornou-a conhecida como a "farmácia do mundo", com o maior número de fábricas de produção aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) no mundo, depois dos Estados Unidos da América.

NATO anuncia envio de centenas de inibidores de drones russos e iranianos

© Reuters

Por LUSA  13/10/22

A NATO vai entregar à Ucrânia "centenas" de inibidores para anular os drones de fabrico russo e iraniano que estão a danificar infraestruturas críticas no decurso dos ataques do Exército russo, informou hoje o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

A NATO "entregará equipamentos antidrones à Ucrânia, com centenas de inibidores que podem ajudar a eliminar a ação dos drones de fabrico russo e iraniano", assinalou Stoltenberg em conferência de imprensa após o final de uma reunião dos ministros da Defesa da organização militar aliada.

O chefe da NATO também se congratulou com o envio por diversos Estados-membros de artilharia, defesas aéreas e veículos blindados e que nas últimas semanas têm reforçado o arsenal ucraniano.

"Exorto os aliados que prossigam com o reforço da ajuda", disse, após também confirmar um pacote de ajuda integral que incluirá material de inverno para enfrentar as baixas temperaturas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de milhões de pessoas e a morte de milhares de civis, segundo as Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

GUINÉ-BISSAU: Governo guineense vai voltar a reunir-se com partidos para adiar eleições

© Lusa

Por LUSA  13/10/22 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse hoje que o Governo vai voltar a reunir-se com os partidos políticos para definir um cronograma eleitoral, depois destes considerarem impraticável a realização de legislativas em dezembro.

"O Governo não quer decidir isso sozinho queremos que haja uma participação de todos os atores neste processo. Temos de chegar a um consenso e só depois é que podemos apresentar ao Presidente da República para fazer um cronograma", afirmou Nuno Gomes Nabiam.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu em 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

O primeiro-ministro guineense falava no final da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio da Presidência, em Bissau.

"Os partidos são os atores principais do processo, o Governo tem a responsabilidade de organizar as eleições, mas é importante trabalharmos com os atores principais que são os partidos políticos. Depois de chegarmos a um consenso estaremos em condições de apresentar ao Presidente um cronograma acertado com os políticos", insistiu.

O ministro da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, admitiu na quarta-feira o adiamento das eleições, depois de um encontro com os partidos políticos com e sem assento parlamentar.

No encontro, os partidos consideraram ser difícil realizar eleições em 18 de dezembro.

O ministro explicou que as razões que estiveram na origem do atraso no início do processo eleitoral foi o facto de os partidos exigirem um recenseamento eleitoral de raiz e que a entrega dos cartões de eleitor fosse feita no ato de recenseamento, o que obrigou à aquisição de impressoras específicas, que só chegaram ao país em meados de setembro.

Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.

"Todos aqueles fatores levaram a que o processo eleitoral tivesse algumas dificuldades, mas o Governo trabalhou sempre para o cumprimento do dia 18 de dezembro", disse o ministro.

Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.

UCRÂNIA/RÚSSIA: Resposta do Ocidente a ataque nuclear "aniquilaria" exército russo

© Lusa

Por LUSA  13/10/22 

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, advertiu hoje que um potencial ataque nuclear da Rússia à Ucrânia desencadearia uma "resposta militar" ocidental tão "poderosa" que "aniquilaria" o exército russo.

Ao discursar numa reunião dos ministros da Defesa do Conselho do Atlântico Norte (NAC), que decorre em Bruxelas, Borrell pediu ao Presidente russo, Vladimir Putin, para que não utilize o "bluff" para fazer ameaças.

"Putin não se pode dar ao luxo de fazer 'bluff'. Tem de perceber que quem apoia a Ucrânia -- a UE [União Europeia], Estados Unidos e NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] -- não está a fazer 'bluff'. Qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia provocaria uma resposta, não nuclear, mas uma resposta militar tão poderosa que o exército russo seria aniquilado", frisou Borrell.

Um pouco antes, ao chegar à sede da NATO, o chefe da diplomacia europeia aproveitou para anunciar que, na próxima semana, a UE aprovará um novo financiamento que elevará o apoio militar à Ucrânia para "mais de 3.000 milhões" de euros desde o início do conflito.

"Venho informar os membros da NATO que vamos aprovar, espero que na próxima segunda-feira, no Luxemburgo, uma nova parcela do nosso apoio militar às forças armadas ucranianas", declarou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

No total, a UE terá dedicado "mais de 3.000 milhões de dólares (cerca de 3.080 milhões de euros) em recursos do Fundo Europeu de Apoio à Paz", acrescentou, antes da reunião com os ministros da Defesa dos 30 Estados-membros da NATO. 

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, os europeus já destinaram 2.500 milhões de euros da doação de 5.700 milhões de euros de um fundo criado fora do orçamento europeu para financiar entregas de armas à Ucrânia. 

A nova parcela será de 500 milhões, disse uma fonte europeia, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da UE reunir-se-ão segunda-feira no Luxemburgo para endossar o novo financiamento e lançar uma importante missão militar para ajudar as tropas ucranianas a enfrentar as forças invasoras russas.

A nova missão militar também será financiada pelo Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e deve permitir dar, "inicialmente", instrução militar a 15.000 soldados ucranianos, acrescentou a AFP.

O acordo político alcançado quarta-feira pelos embaixadores dos 27 Estados-membros junto da UE em Bruxelas prevê uma sede para as missões e centros de instrução em cada Estado-membro que os organizará. A Polónia e a Alemanha manifestaram disponibilidade para acolher a sede.

Os membros da NATO comprometeram-se a fornecer à Ucrânia sistemas de defesa antiaérea e antimísseis, algo que exige vários meses de treino para um uso adequado

O Reino Unido, que deixou a UE, já dá instrução a soldados ucranianos no país há vários meses.

Já no decorrer da reunião dos ministros da Defesa da NATO, Josep Borrell, que apresentou hoje também o projeto de uma Academia Diplomática Europeia (ADE) na qual o bloco comunitário pretende formar os seus próprios diplomatas, expressou preocupação por ainda haver cinco países, incluindo a Rússia, que recusaram quarta-feira, na Assembleia-Geral da ONU, condenar as anexações russas de território ucraniano e outros 35, entre eles China, África do Sul e Índia, que se abstiveram na votação.

"Vinte por cento da comunidade global decidiu não apoiar nem rejeitar as anexações russas. Para mim, é muito. Estamos felizes porque a garrafa está bastante cheia, mas ainda está um pouco vazia. Temos de continuar a trabalhar para fazer o mundo rejeitar esta guerra ainda com mais clareza", afirmou Borrell, que reconheceu que em muitas ocasiões a diplomacia não é apenas sobre valores, mas também sobre interesses e dependência de Moscovo.

O projeto da Academia Diplomática Europeia visa formar futuros diplomatas da UE em áreas como a política externa e de segurança do bloco, bem como adquirir as competências e habilidades necessárias para "promover e defender eficazmente os princípios e interesses" do bloco comunitário no mundo.

Nuno Gomes Nabiam insta a Polícia Judiciária para investigar e apurar a verdade sobre suposto envolvimento de Forças de segurança no tráfico de droga.


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O Primeiro-Ministro foi interpelado hoje a saída da reunião do Conselho de Ministro pelos Jornalista sobre o vazamento de um áudio em que se comentava assuntos ligado a apreensão de quantidades de droga.

Instado a reagir a notícia, o Chefe do Governo, foi claro na resposta, esclarecendo que quem tem as competências Constitucionais para investigar e acusar os casos de crimes é a Polícia Judiciária e o Ministério Público, exortando que todos devemos aguardar de forma serena e com confiança nas investigações em curso até o esclarecimento cabal de todo o sucedido.

No entanto, a Chefia de Governo, acompanha com toda a atenção e sem interferência nenhuma o desenrolar das investigações em curso.

Vídeo :cortesia da Radio online Voz do Povo👇

Braço de ferro entre os atores que intervém na fileira de caju.

Numa conferência de imprensa, o presidente de ROPPA ALANSO FATI mostrou a sua insatisfação face a última conferência de imprensa dos seus pares.👇

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Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira (13.10), em Sessão Ordinária, no Palácio da República, sob a presidência de Umaro Sissoco Embaló Presidente da República.


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