sábado, 24 de setembro de 2022

Braima Camará: Parabéns Guiné-Bissau 🇬🇼 e glória aos nossos combatentes da liberdade da pátria.

 Braima Camará 

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO E DA ALMA E A PRIMEIRA DAMA DINÍSIA REIS EMBALÓ RECEBERAM AS PRIMEIRAS DAMAS DA GÂMBIA E DA NAMÍBIA PRESENTES IGUALMENTE EM NOVA IORQUE PARA PARTICIPAREM TODAS COMO PAINELISTA À MARGEM DA ASSEMBLEIA-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O FIM DA FÍSTULA OBSTÉTRICA NA ÁFRICA OCIDENTAL E CENTRAL ATÉ 2030,

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A Primeira Dama da República da Guiné-Bissau painelista de alto nível num evento à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o fim da Fístula Obstétrica na África Ocidental e Central até 2030, Organizado pelo UNFPA, intitulado 𝐑𝐮𝐦𝐨 𝐚𝐨 𝐅𝐢𝐦 𝐝𝐚 𝐅𝐢́𝐬𝐭𝐮𝐥𝐚 𝐎𝐛𝐬𝐭𝐞́𝐭𝐫𝐢𝐜𝐚 𝐚𝐭𝐞́ 𝟐𝟎𝟑𝟎: 𝐔𝐦 𝐀𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐚̀ 𝐓𝐫𝐚𝐧𝐬𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐞 𝐏𝐚𝐫𝐜𝐞𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐭𝐞́𝐠𝐢𝐜𝐚𝐬. 

Na foto da esquerda para a direita: 1ª dama da República da Guiné-Bissau, 1ª dama da República da Gâmbia, Ministro da Saúde da Costa do Marfim, 1ª dama da Namíbia, Diretora-Executiva adjunta do UNFPA.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO E DA ALMA, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, PRESENTE EM NOVA IORQUE PARA PARTICIPAR NOS TRABALHOS DA 77ª ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS CONTINUA A MANTER UMA AGENDA PARALELA DE TRABALHO, MANTENDO CONTACTOS QUE CONSIDERA ÚTEIS A SUA MISSÃO, QUER EM NOME E NOS SUPERIORES INTERESSE DA GUINÉ-BISSAU, COMO IGUALMENTE PARA A NOSSA REGIÃO OCIDENTAL COMO TAMBÉM EM RELAÇÃO AO COMBATE QUE AO NÍVEL CONTINENTAL SE IMPLEMENTA CONTRA A MALÁRIA.

O Chefe de Estado guineense recebe em audiência o Secretário Geral Adjunto das Nações Unidas para as Operações de Paz, Jean Pierre Lacroix acompanhado dos seus mais directos colaboradores.



O Chefe de Estado guineense recebe em audiência o Chefe da Diplomacia argelina, um país que o Presidente visitou muito recentemente.


O Chefe de Estado guineense conversa com o Ministro guineense dos Negócios Estrangeiros e aquém transmite conselhos para a necessidade de cumprirem as recomendações formuladas pela CEDEAO em relação à Guiné Conakry.



O Chefe de Estado guineense recebe o seu homólogo da Sérvia, um país dos Balcãs com o qual a Guiné-Bissau pretende reforçar os laços de amizade e cooperação.


24 de Setembro - Mensagem do Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, aluviso ao 49º aniversário da indepência do País

HNSM ASSINA CONVÉNIO COM OS PAISES BAIXOS E PASSA A DISPÔR DE PROTOCOLO DOS MÉDICOS QUE PERMITIRÁ A UNIFORMIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

PM | SESSÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE MINISTROS... 2️⃣2️⃣ 0️⃣9️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣

Confira as deliberações da Reunião Ordinária do Conselho de Ministros, reunidos hoje em sessão ordinária sob presidência, por videoconferência de Sua Excelência o Primeiro-Ministro, Eng. Nuno Gomes Nabiam.

Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

O PRESIDENTE ÚMARO SISSOCO EMBALÓ ACTUAL LÍDER EM EXERCÍCIO DA CEDEAO E DA ALMA MANTEVE ESTA MANHÃ UM ENCONTRO COM O SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A ACTUALIDADE POLITICA INTERNACIONAL, CONTINENTAL E REGIONAL, COM A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA, PROBLEMAS DE POBREZA E DE AMBIENTE E A ACTUAL CRISE NO MALI, BURKINA FASO E GUINÉ-CONAKRY DOMINARAM ESTE ENCONTRO EMBALÓ-GUTERRES.

NO FINAL DO ENCONTRO, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO E  DA ALMA, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ ASSINOU O LIVRO DE HONRA DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS.

Veja Também:

Hoje, o Chefe de Estado guineense recebeu Mahamadou Issoufou, ex-Presidente do Níger e Mediador designado da cedeao  para o Burkina Faso com o qual analisou aspectos relacionados com a situação política nesse país e noutros, nomeadamente, o Mali e à Guiné-Conakry alvos de sanções impostas pela CEDEAO.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Sissoco Embaló reúne-se com Biden e Lavrov

DW.COM  23.09.2022

PR guineense, Umaro Sissoco Embaló, encontrou-se, em ocasiões diferentes, com o seu homólogo norte-americano Joe Biden e o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se esta sexta-feira (23.09) em Nova Iorque com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir terrorismo em África, o conflito na Ucrânia e a cooperação entre os dois países.

Numa publicação na rede social Facebook, Umaro Sissoco Embaló referiu que durante o encontro foram discutidas as "relações de amizade e de cooperação, bem como as grandes questões políticas e económicas", que "são hoje os problemas mais cadentes da atualidade internacional agravados pelo confronto militar entre a Rússia e Ucrânia".

No encontro, os dois presidentes falaram sobre as consequências daqueles problemas, nomeadamente o aumento dos preços da energia e dos bens de primeira necessidade, "altamente" gravosos para o continente africano. O terrorismo em África dominou também o encontro.

Sissoco Embaló também encontrou-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov. No entanto, até ao momento não foram divulgados detalhes da reunião, apenas fotos partilhadas na sua página no Facebook.

Discurso na ONU

No discurso proferido quinta-feira (22.09) na 77.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Umaro Sissoco Embalo defendeu que o combate ao terrorismo, ao extremismo violento e ao crimes transnacional em África deve envolver a comunidade internacional e, em particular, as Nações Unidas.

"Precisamos da ajuda internacional para travar o avanço do terrorismo na África Ocidental e em toda a zona do Sahel", salientou o Presidente guineense.

Segundo Umaro Sissoco Embaló, o terrorismo, o extremismo violento e a criminalidade transnacional são ameaças à "paz e segurança internacionais que, para ser eficazmente combatida, deve necessariamente envolver toda a comunidade internacional e a ONU, em particular".

Ucrânia. União Europeia denuncia "mentiras" da Rússia às Nações Unidas

© Getty Images

Por LUSA  23/09/22 

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, aproveitou hoje o seu discurso perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) para denunciar as "mentiras" da Rússia sobre a Ucrânia e o efeito da guerra a nível mundial.

"O Kremlin está a conduzir uma guerra híbrida que combina violência armada com o veneno das mentiras", disse Michel, que acusou Moscovo de usar todo tipo de falsidade para justificar a sua invasão.

Assim, o presidente do Conselho Europeu insistiu que o Governo russo se mobilizou contra um "inimigo invisível" que supostamente o ameaça, quando a realidade é que "ninguém ameaçou, atacou ou invadiu a Rússia" e "ninguém na Europa queria um conflito".

Michel também atacou o argumento russo de que teve que intervir na Ucrânia para evitar um suposto genocídio contra os russófonos, algo que o Kremlin tem repetido muitas vezes e que para a União Europeia é algo inventado.

O político belga também criticou a insistência da Rússia em falar numa "operação militar especial" e não de guerra: "É uma guerra, uma agressão não provocada, ilegal, injustificada, que busca mudar pela força fronteiras reconhecidas internacionalmente e isso não é aceitável".

Segundo Michel, a recente mobilização parcial de reservistas anunciada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, só confirma isso.

O presidente do Conselho Europeu defendeu as sanções impostas pelos Vinte e Sete como algo "inevitável" para deter o Kremlin e destacou que o grupo não é de forma alguma responsável pela crise de abastecimento de alimentos e fertilizantes que o mundo enfrenta, como sustenta Moscovo.

"Isso é falso. Foi a Rússia que, ainda antes da guerra, decidiu unilateralmente reduzir o nível das suas exportações de cereais e fertilizantes", sublinhou Michel, que lembrou que foi também Moscovo que impôs um bloqueio naval ao Mar Negro que impediu durante meses a saída de grãos da Ucrânia.

O político belga pediu que o mundo inteiro se una para evitar que "as ações destrutivas" de um país - a Rússia- arruínem todo o trabalho de resposta aos grandes problemas globais.

Segundo disse, a União Europeia não pede a ninguém que escolha entre o oriente e o ocidente, ou entre o norte e o sul, mas é preciso tomar uma posição e a posição da Europa é defender o respeito pelas fronteiras e pela cooperação, face às agressões e ameaças.

Michel alertou para as crescentes fraturas internacionais e disse que a Europa quer ser líder, mas através da cooperação, ouvindo o resto do mundo e sem pregar a ninguém.

A semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas começou na terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, e irá prolongar-se até à próxima segunda-feira, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo, entre eles o primeiro-ministro português, António Costa.

Esta é a primeira Assembleia Geral desde o início da guerra na Ucrânia e a primeira em formato presencial desde o início da pandemia.

O evento decorre sob o tema "Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados", e terá como foco a guerra na Ucrânia e as crises globais a nível alimentar, climático e energético.

UCRÂNIA/RÚSSIA - Ameaça nuclear? "A Rússia tem tudo a perder e nada a ganhar"

© Reuters

Por LUSA  23/09/22 

O anúncio de referendos sobre a anexação em províncias do leste da Ucrânia e a mobilização parcial de tropas, anunciadas por Moscovo, poderão ser insuficientes para contrariar a recente contraofensiva ucraniana, considera o International Crises Group (ICG).

"[O Presidente russo Vladimir] Putin acredita que a promessa de novas forças e a ameaça nuclear podem inverter a vontade da Ucrânia e forçar a um recuo do ocidente, mas esta noção parece exagerada" considera este instituto de reflexão com sede em Bruxelas, vocacionado para a análise de crises globais, numa declaração hoje divulgada.

"As tropas que vão ser mobilizadas parecem incapazes de alterar o curso da batalha, em particular devido ao tempo que o exército necessita para as preparar de forma adequada e os concomitantes problemas de logística e material. Kiev poderá redobrar os esforços para a reconquista de território antes da chegada de forças adicionais russas ao campo de batalha", considera o IGG, fundado em 1995 e que se define como uma organização não-governamental (ONG) sem fins lucrativos.

Numa referência ao eventual uso de armas nucleares em caso de ameaça à integridade territorial da Rússia, também esgrimido por Putin no seu discurso de quarta-feira passada, o ICG recorda que "a Ucrânia e os seus apoiantes ocidentais" não recuaram face a anteriores ameaças nucleares de Putin, e não demonstram sinais de cedências na atual situação.

"Os países da NATO deverão prosseguir a política promovida até agora -- apoiar a Ucrânia com armas e dinheiro, evitar a escalada retórica que alimentam a narrativa de Putin de que esta guerra é com o ocidente, e deixar espaço à Rússia para que procure um acordo ao entender que falhou na sua última tentativa de garantir supremacia", aconselha o ICG.

Na sequência da resposta russa à contraofensiva ucraniana -- em particular através do bombardeamento de infraestruturas em particular na cidade de região do Kharkiv (nordeste) -- e destinada a desmoralizar a população e liderança ucranianas, o Instituto sublinha a reação "desafiante" de Kiev.

"O Presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia preferiria ficar sem energia, sem gás e sem eletricidade, enquanto também pudesse ficar sem a Rússia", indica o texto.

A recente escalada do conflito pode significar que a Rússia ainda não está preparada para um compromisso ou acordo, apesar de ainda não ser claro se vão significar uma alteração substancial da trajetória da guerra, prossegue o ICG.

"A contraofensiva ucraniana revelou que uma grande impreparação das forças russas (...). Assim, e mesmo que a Rússia consiga mobilizar uma grande quantidade de homens, terá dificuldades nos abastecimentos. Talvez a principal questão resida naquilo que significam os recentes sinais de Moscovo sobre até onde poderá ir para evitar uma derrota na Ucrânia e como definirá uma vitória aceitável".

Ao recordar não ter sido a primeira vez que o líder do Kremlin recordou dirigir um país com armas nucleares, não é de prever que Kiev decida "uma pausa" e inverta o atual curso militar, e caso continue a garantir progressos territoriais.

"A Rússia tem tudo a perder e nada a ganhar de escalar para o uso do nuclear. Ataques nucleares em resposta a contra-ataques ucranianos não têm sentido na lógica militar. Também poderiam ocasionar riscos nucleares para as forças russas e a própria Rússia. Um ataque nuclear é provavelmente a única ação que Moscovo poderia tomar e que implicaria uma resposta ocidental direta", e que a Rússia encararia como "uma ameaça existencial".

Numa referência às perspetivas que se colocam num futuro próximo, o ICG sublinha a "incerteza da trajetória da guerra" mas admite dois cenários possíveis.

"Um seria uma pausa de curto prazo nos combates que permitisse a Moscovo mobilizar e recuperar, e depois reverter os recentes ganhos ucranianos. O outro seria a consolidação do controlo das áreas que detém pela Ucrânia e prosseguir a pressão enquanto a Rússia prosseguir a mobilização, deslocação e os respetivos fornecimentos. Outros cenários, como um impasse de longo prazo com os dois exércitos a tentarem novos sucessos, são também possíveis, e como os últimos sete meses demonstraram, mais surpresas podem estar nas cartadas".

Ao recordar uma vez mais a decisão do Kremlin numa escalada do conflito, em resposta às contraofensivas militares ucranianas e cujo sucesso é associado ao fornecimento de novos armamentos pelos ocidentais (em particular Estados Unidos e Reino Unido), a ONG assegura que Putin está preparado para prosseguir os esforços para impedir um falhanço militar.

"Quando mais tempo a guerra prosseguir sem que a Rússia obtenha óbvios progressos, mas difícil será para o Kremlin prosseguir com a narrativa de que atingiu os seus objetivos".

No entanto, o ICG também emite um alerta dirigido à outra parte do conflito. "Os Estados ocidentais que apoiam a Ucrânia devem ser cuidadosos -- a maioria tem-no sido nos últimos meses -- para não alimentar a narrativa de Moscovo que de os russos estão envolvidos numa guerra existencial com o ocidente, e que o país não pode sobreviver a uma derrota militar na Ucrânia".

E acrescenta. "Isso significa evitar a retórica, que ganhou alguma aceitação em diversos círculos de análise, e ações onde se sugerem que pretendem uma mudança de regime ou o colapso do Estado".

O ICG também se mostra convencido da rápida resposta dos diplomatas ocidentais caso a Rússia promova oficialmente a anexação de partes do leste da Ucrânia, em particular nos fóruns internacionais e em particular na ONU, "para afirmar a integridade territorial da Ucrânia e denunciar a decisão de Moscovo".

Apesar de o Instituto considerar que, no atual momento, "as conversações sobre um acordo parecerem estar fora de questão", sugere que "as capitais da NATO, e ainda outros", podem "preparar o terreno" para uma futura resolução do conflito, sem deixar de recordar o envolvimento da Turquia e do secretário-geral da ONU, António Guterres, na resolução da designada crise dos cereais.

Prosseguir a política ocidental adotada até ao momento face ao conflito constitui a receita do Instituto.

"Ajudar a Ucrânia, com armas e dinheiro, para impedir uma vitória russa que teria implicações mais grave para a Ucrânia e a paz internacional e a segurança global que o atual conflito. E fazê-lo de uma forma que minimize os riscos de uma vasta e potencial guerra nuclear com a Rússia. Deixar a porta aberta para que Moscovo aceite um acordo no qual a Ucrânia possa existir, e permanecerem atentos a qualquer sinal credível das partes sobre a disponibilidade para conversações sérias".

"Com a guerra e entrar no que pode ser a sua fase mais significativa e perigosa até ao momento, uma abordagem equilibrada decerto que não será fácil de obter, mas permanece a melhor opção disponível", conclui o ICG.


Dia da independência - “A luta pela independência do país do jugo colonial não faz sentido”, dizem alguns guineenses


Bissau, 23 Set 22 (ANG) -  Alguns cidadãos guineenses dizem que deixou de ter sentido a libertação do país do  jugo colonial, “porque os objectivos da luta pela independencia não foram cumpridos”.

Ouvidos hoje pela ANG, por ocasião de celebração do quadragésímo nono  aniversário da independência da Guiné-Bissau, que se assinala amanhã, dia 24 de Setembro, os cidadãos Helder Nanque, Edmeusa João Pessy, Ludi da Silva e Jaquelina Santos Moreira, foram unânimes em dizer que a independência só fazia sentido se as pessoas que dirigem o país fossem capazes de cumprir com o que  Amilcar Cabral chamou de “Programa Maior”, que passa pelo desenvolvimento do país.

O estudante Universitário Hélder Nanque disse o país está numa situação de retrocesso, pelo que  não era necessário  lutar pela independência, porque “desde a sua proclamação até esta parte, nada, mas nada foi feito para avanço da Guiné-Bissau”.

Acrescentou que os dirigentes preocupam-se apenas  em viajar e levar os seus filhos para estudarem na Europa,  nas melhores escolas ou receberem tratamento médico também em melhores condições.

Nanque diz entretanto que  isso tem que ver com falta de visão da parte da população, e sustenta,  “os guineenses não têm o hábito de reclamar, resignam-se  com todo o que acontece, apercebendo-se disso, os politicos  não  fazem nada para além do que querem”.

“Imagina só hoje em dia, escolas públicas até ao momento não está a funcionar, enquanto que os privados estão a funcionar”, referiu Nanque.

Acusou que  os politicos estão a fomentar o “tribalismo” cada vez mais para alcançarem o poder, situação que diz ser grave.

Por essas razões,  Hélder Nanque  diz preferir  que o país continuasse nas mãos dos colonialistas português, “porque mesmo com todo o sacrifício que se consentia , pensava-se no  bem comum, ao passo que os actuais dirigentes só pensam em intereeses pessoais”.

Hélder interroga como é possivel um país com 49 anos de independência não dispôr de um hospital de referência, nem tão pouco uma universidade pública que funciona normalmente.

Critica que  a  Universidade Amical Cabral está a inscrever estudantes, enquanto que os privados se preparam para iniciar as aulas. “Isto  é injusto”, diz.

Para além disso, justificou  a sua opinião com o estado avançado da degradação das  infraestruturas rodoviárias e diz ser  uma  demostração clara de que nada foi feito de novo a não ser as construções deixadas pelos colonialistas.

Instado a falar sobre o que deve ser feito para mudar a situação  Helder  Nanque defendeu a aposta deve ser  investimento forte no sector da educação, porque, segundo ele, nenhum país no mundo se desenvolveu sem um bom sistema de ensino”.

A Cidadã   formada em Turismo, Edneusa João Pessy   parabeniza os 49 anos da independência, devido ao sacrifício consentido  para que hoje a Guiné-Bissau possa ser livre.

Acrescenta que  a situação é, realmente, de muita tristeza, porque há 49 anos o país continua a ter estradas danificadas, falta de infra-estruturas escolares e  sanitárias, razão pela qual diz, “sendo assim, não faz sentido a luta pela libertação do país”.

Criticou que  que há falta de quase tudo, sobretudo de oportunidade para os jovens.

Edmeusa João Pessy  disse que a independencia só valeria a pena se os objectivos da luta fossem cumpridos.

Interrogado sobre quais são os objectivos da luta pela independencia, Edmeusa Pessy disse que são a construção do país e garantia de uma educação e saúde para todos.

“O  executivo mandou suspender admissão de novos ingressos nos sectores considerados chaves para qualquer país”, referiu.

Ludi da Silva por seu lado diz  que a situação do país, há 49 anos da independencia, está cada vez pior, devido ao não funcionamento normal do ensino público, por causa das sucessivas greves, motivadas por várias exigências dos sindicatos do sector.

Para além disso, disse que nos últimos tempos registou-se um  aumento significativo do preço dos produtos alimenticios e de transportes.

Para a professora de Inglês,Jaquelina Santos Morreira,  de facto, não era preciso lutar pela independencia do país, porque os anseios dos combatentes de ver uma Guiné próspero fora abaixo, por causa da luta constante pelo poder da parte dos politicos.

“Essa divergência prolongará por muito tempo, pois, a cada dia, surge mais formações politicas, o que não é bom para um país como a Guiné-Bissau, onde quase tudo está em falta”, diz Jaquelina.

Dos Santos serviu-se do  anormal funcionamento do sector do ensino e de saúde, bem como das péssimas condições das estradas e ainda o aumento de preço dos produtos da primeira necessidade como exemplos de maus desempenhos das autoridades dirigentes do país, e acusa-os de não se preocupar  em aumentar o salário dos funcionários públicos para que estes possam estar a altura do atual contexto do país.

Para superar está situação, Jaquelina disse que é preciso trabalhar para reconquistar a união e confiança que existiam entre os guineenses  outrora para juntos se desenvolver o país. 

ANG/LPG/ÂC//SG

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU E ACTUAL PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO E DA ALMA RECEBEU SERGUEI LAVROV, MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DA RÚSSIA, À MARGEM DA 77ª ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PRESIDENTE DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO, PRESIDIU EM NOVA IORQUE PELA PRIMEIRA VEZ, DESDE QUE FOI ELEITO COMO LÍDER DA CEDEAO, UMA CIMEIRA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DESTA ORGANIZAÇÃO REGIONAL. LÍDERES DA CEDEAO SOB A PRESIDÊNCIA DO GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ DECIDEM APLICAR SANÇÕES À JUNTA MILITAR DA GUINÉ-CONACRY


Os dirigentes dos Estados da África Ocidental decidiram, numa cimeira extraordinária na quinta-feira à noite, em Nova Iorque, aplicar “sanções progressivas” contra a junta militar no poder na Guiné-Conacri.

“Decidimos aplicar sanções contra a Guiné”, declarou o Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Aliou Touray, no final de uma cimeira à porta fechada, em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU

A decisão foi tomada perante a inflexibilidade dos militares em reduzir o período de transição do poder para os civis, previsto em 36 meses, para 24.

De acordo com um documento, “foi decidido adotar sanções progressivas contra indivíduos e contra a junta guineense”.

No mesmo texto é indicado que “muito rapidamente, o Presidente em Exercício da CEDEAO [o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló] e o Presidente da Comissão da CEDEAO vão estabelecer uma lista de pessoas e, de forma gradual, aplicar as sanções”.

Reunidos durante várias horas, os líderes da CEDEAO, com exceção do Mali, da Guiné-Conacri e do Burquina Faso, países dirigidos por juntas militares, exigiram também a libertação de 46 soldados da Costa do Marfim, detidos no Mali.

“Condenamos a detenção dos militares costa-marfinenses. Na terça-feira [27 de setembro], a CEDEAO vai enviar ao Mali os Presidentes do Gana, do Togo e do Senegal para obter a libertação” dos soldados, disse Omar Aliou Touray.

“O tempo dos golpes de Estado acabou”, reiterou.

Na quarta-feira, o Presidente em Exercício da CEDEAO e Chefe de Estado da Guiné-Bissau, General Úmaro Sissoco Embaló, tinha advertido que a Junta Militar na Guiné-Conacri poderá enfrentar “pesadas sanções” se insistir em permanecer no poder por mais três anos.

Em julho, Embaló afirmou ter convencido a Junta Militar, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, em Setembro de 2021, a reduzir o período de transição do poder para os civis para 24 meses, mas autoridades nunca confirmaram e mantêm os 36 meses.

Desde 2020, a região da CEDEAO, que conta 15 países-membros, tem assistido a uma onda de golpes de Estado, nomeadamente no Mali, na Guiné-Conacri e no Burquina Faso e alarmada com o risco de contágio a outras nações da zona tem multiplicado mediações e pressões para o regresso do poder aos civis nestes países.