quinta-feira, 26 de maio de 2022

UCRÂNIA/RÚSSIA: Anarquistas ucranianos juntam-se à resistência contra Putin

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Notícias ao Minuto  26/05/22  

Movimento manteve-se de fora do conflito até agora, devido à natureza anti-Estado que define o anarquismo.

Apesar de se opor a todas as estruturas do Estado ucraniano, à semelhança de quase todos os outros partidos e movimentos anarquistas espalhados pelo mundo, os anarquistas ucranianos puseram a grande diferença de parte e anunciaram o seu apoio ao governo.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, ativistas anarquistas garantiram que vão lutar "para proteger a sociedade mais ou menos livre que existe na Ucrânia", não deixando de alertar para a proliferação de grupos neonazis e a abolição de alguns partidos como fatores negativos no país.

Ainda assim, a defesa do território ucraniano é mais importante, e o movimento anarquista criou uma base em Kyiv para enviar mantimentos para a linha da frente e para acolher anarquistas do resto do mundo que queiram lutar.

"O terror de Putin está a acontecer na Ucrânia e é indiscriminado. Está a acontecer contra todas as partes da população, especialmente nas partes russófonas que o Putin supostamente vinha libertar", apontou um ativista.

O  mesmo movimento considerou que o regime de Putin é "ultraconservador, uma ditadura de extrema-direita que reprime anarquistas, a imprensa livre, as redes LGBT" e assusta "as iniciativas mais banais e locais, como ativistas ambientais".

Segundo contou o porta-voz do movimento ao jornal, Serhiy Movchan, cerca de 100 anarquistas foram lutar para a linha da frente, e cerca de 20 anarquistas de outros países juntaram-se à luta, incluindo um da Rússia. Há também anarquistas a apoiar as infraestruturas médicas no leste da Ucrânia.

"Vemos o conflito entre a Ucrânia e a Rússia como um conflito entre um estado mais ou menos democrático, e um estado totalitário", definiram.

Os anarquistas já existiram em maior número na Ucrânia, especialmente após o colapso do império russo e do czar Nicolau II. Entre 1917 e 1921, os anarquistas liderados por Nestor Makhno conseguiram transmitir a sua mensagem a algumas comunas autogovernadas no sul e leste da Ucrânia, mas o movimento acabou por morrer às mãos dos bolcheviques.

No entanto, o impacto histórico da União Soviética, do Holodomor e a propaganda da direita em colar toda a esquerda ao passado soviético, têm dificultado o crescimento do movimento anarquista.

Os anarquistas queixam-se também da forma como Putin criou partidos pró-Rússia em vários países, incluindo na Ucrânia, e se catalogou como antifascista, considerando que foi uma forma de manchar a imagem da esquerda, apesar dos partidos e instituições pró-Kremlin atacarem direitos humanos e a liberdade de imprensa.

A guerra na Ucrânia já fez quase 4.000 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar as baixas em cidades tomadas e sitiadas pela Rússia.

Rússia foi o país que disparou mais mísseis desde a 2ª Guerra Mundial

© Reprodução

Por LUSA  26/05/22 

A Rússia disparou mais mísseis na campanha da Ucrânia do que qualquer outro país em outros conflitos desde a Segunda Guerra Mundial, referem especialistas militares à revista norte-americana Newsweek, que sublinha falhas da campanha russa.

De acordo com a publicação, o elevado número de disparos desde o passado dia 24 de fevereiro não foi suficiente para o invasor vencer o conflito, que se prolonga há mais de três meses, sublinhando que a "campanha de bombardeamentos" conseguiu na prática "poucos" resultados. 

"[Um total de] 2.154 mísseis russos atingiram as nossas cidades e comunidades em pouco mais de dois meses", disse na semana passada o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"O bombardeamento russo da Ucrânia não cessa nem de dia nem de noite", frisou o chefe de Estado da Ucrânia.

Este valor máximo relativo ao número de ataques com mísseis aumentou depois de Volodymyr Zelensky ter anunciado que Kiev tinha abatido aviões de combate russos, um resultado considerado "vergonhoso" pela Newsweek, referindo que a Força Aérea de Moscovo é 15 vezes superior em relação ao mesmo ramo militar ucraniano.

A publicação cita vários especialistas e relatórios de informações militares sobre a Ucrânia.

A falta de êxito na campanha, de acordo com as fontes consultadas, deve-se ao "fracasso" da Rússia no momento em que deveria ter aproveitado a vantagem numérica em termos de efetivos e de material, nomeadamente da Força Aérea.

A Newsweek refere também que se verificou uma diminuição relativa ao abastecimento, no terreno, de armas de precisão. 

A Rússia atacou aeródromos e pontos de defesa aérea nos primeiros dois dias da invasão mas não prosseguiu de forma continuada o mesmo procedimento nas semanas seguintes.

A Força Aérea ucraniana, de menor dimensão, esteve em grande parte no solo, mas Kiev conseguiu adaptar-se e melhorar os métodos de dispersão através de mísseis de defesa, em particular os projéteis terra-ar.

"Trata-se da superioridade aérea do pobre", disse um especialista à revista publicada nos Estados Unidos. 

Ameaçada pelos mísseis terra-ar ucranianos, a Rússia passou a usar cada vez menos bombardeiros além da linha da frente estabelecida pelo próprio Exército no terreno.

Os relatórios dos serviços de informações militares dos Estados Unidos citados pela revista indicam que "pouco mais de 10% das saídas" dos bombardeiros passou além da linha da frente.  

Os ataques de longo alcance da Rússia contra os "objetivos estratégicos" continuaram mas foram levados a cabo através de uma combinação de mísseis disparados desde terra, ar e mar. 

Os caças e bombardeiros russos, apoiados pela artilharia de combate, navios, incluindo submarinos, lançaram disparos "sem entrarem no espaço aéreo ucraniano". 

Para a Newsweek, as características do atual conflito na Ucrânia vão provocar consequências no futuro que vão permitir a avaliação da eficácia no uso dos diferentes tipos de mísseis ou sobre o controlo dos céus, entre outros aspetos. 

Até ao momento, a consequência da guerra aérea na Ucrânia é "duplamente desastrosa" para Moscovo, insistem os especialistas.

"No futuro ninguém vai querer comprar armas russas. A Rússia é o segundo maior exportador de armamento depois dos Estados Unidos e o curso da guerra não tem sido um bom augúrio para o futuro [relativo a venda de material bélico russo[", insistem os especialistas. 

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas dos locais onde residiam -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.


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Antigo secretário de Estado norte-americano afirmou que a Ucrânia devia ceder território à Rússia para acabar com a guerra.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, respondeu na quarta-feira com duras críticas ao controverso ex-secretário de estado norte-americano, Henry Kissinger, depois deste ter sugerido que a Ucrânia devia ceder os territórios no Donbass para acabar com a guerra.

Numa mensagem de vídeo ao Fórum Económico Mundial, que se realiza em Davos, Zelensky afastou cedências e recordou a 'Política de Apaziguamento' - levada a cabo pelo Reino Unido no prelúdio da Segunda Guerra Mundial, no final dos anos 30, que permitiu à Alemanha nazi anexar uma série de territórios sem resistência.

"Parece que o calendário do senhor Kissinger está em 1938, e não em 2022, e ele pensou que estava a falar para uma audiência, não em Davos, mas em Munique", atirou o líder ucraniano.

Através da 'Política de Apaziguamento, o Reino Unido, liderado na altura por Neville Chamberlain, permitiu que a Alemanha anexasse uma parte da Checoslováquia e outros territórios, na esperança de acabar com a hipótese de guerra, no Acordo de Munique. Tal acabaria por não acontecer, e a Alemanha liderada por Hitler invadiu a Polónia menos de um ano depois da assinatura do acordo.

Zelensky, numa tentativa de apontar um eventual paradoxo, referiu ainda o passado da família de Kissinger, que era judaica e fugiu da Alemanha em 1938, quando o diplomata tinha apenas 15 anos.

Na terça-feira, Henry Kissinger criticou o armamento da NATO às forças ucranianas, afirmando que um prolongamento da guerra só dificultaria negociações com a Rússia. Kissinger - conhecido pelo seu papel como secretário de estado dos EUA durante a Guerra Fria, responsável pelo apoio dos norte-americanos a ditadores na América Latina, pela saída do Vietname e pela política de 'Détente' com a União Soviética -, argumentou também novas fronteiras entre a Ucrânia e a Rússia deviam ser definidas no Donbass.

"Prolongar e insistir na guerra muito mais tempo levará a que passe a ser não uma questão de liberdade da Ucrânia mas, sim, uma nova guerra contra a própria Rússia", defendeu o antigo diplomata, agora com 98 anos.

O presidente ucraniano criticou a opinião de países terceiros sobre uma eventual cedência de território para travar a guerra e combater a crise económica mundial - na União Europeia, a Itália tem defendido essa mesma postura.

"Independentemente do que o estado russo faça, há alguém a dizer: 'Vamos ter em conta os seus interesses'. Este ano, em Davos, ouvimos o mesmo. Apesar dos mísseis russos atingirem a Ucrânia. Apesar das dezenas de milhares de ucranianos mortos. Apesar de Bucha, Mariupol, etc.. Apesar das cidades destruídas. Apesar de 'campos de filtração' construídos pelo estado russo, nos quais matam, torturam, violam e humilham", afirmou.

Zelensky, numa mensagem pró-europeia, resumiu dizendo que a Rússia "fez isto à Europa" mas, em Davos, "o senhor Kissinger emerge do passado profundo e diz que uma parte da Ucrânia devia ser dada à Rússia".

TERRA ABANDONADA

  Nelvina Barreto 

Numa missão nas Ilhas e apesar de conhecer a situação difícil enfrentada pela população insular, não deixou de me chocar o que vi na Ilha de Caravela:

- Uma dramática falta de água para as mais elementares necessidades da população; não há água suficiente para beber, lavar, regar, um único fontanário serve as 9 tabancas da ilha;

- O minúsculo hospital só tem 2 camas;

-  Uma única escola de 4 ensino básico serve toda a Ilha;

- Não existem barcos que façam carreira regular entre as ilhas e entre estas e o continente;

- O transporte de pessoas e principalmente de doentes, é feito em condições perigosas, com canoas periclitantes que muitas vezes afundam-se a meio da travessia;

- As atividades económicas estão limitadss ao corte de taras para fazer esteiras que são vendidas em Bubaque e Bissau; 

- A atividade da pesca que deveria ser o meio natural de sobrevivência dessas comunidades, está monopolizada por pescadores da Guiné Conackry, da Serra Leoa, do Senegal e da Libéria;

- Esses estrangeiros vindos dos países vizinhos,montaram acampamentos ao longo da costa, onde cortam o tarrafe e as árvores para fazer a fumagem do peixe, destruindo o frágil ecossistema existente;

- As autoridades administrativas são coniventes com essa "invasão", tomando partido pelos estrangeiros sempre que existe um conflito com a população autóctone, para além de não assumirem nenhuma medida de protecção do interesse das comunidades nem soluções aos seus graves problemas, utilizando somente a face repressiva do Estado para controlar a insatisfação da população. 

A governação é mais do que a periódica "dança de cadeiras" em Bissau, um país inteiro está a desintegrar-se sob os nossos olhos!

Bubaque, 26 de Maio de 2022


PR Umaro Sissoco Embalo viaja para Guiné-Equactorial para Cimeira da União Africana.

Fonte: Radio TV Bantaba 

Veja Também: Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló was live.

O meu regresso já tem data definida, e brevemente será aqui divulgada... Braima Camará - Bá Di Povo

 Braima Camará - Bá Di Povo  quinta-feira, 26 de maio de 2022

Bom dia meu povo da Guiné-Bissau, tenho acompanhado com muita atenção, a preocupação e ansiedade demonstrada por muitos de vocês em relação ao meu regresso ao país.

Todos os dias são confrontados com falsos rumores propositadamente espalhados aqui nas redes sociais, sobre o meu regresso!

Hoje decidi usar esta fantástica plataforma de comunicação, através da minha página oficial (https://www.facebook.com/badipovooficial), para vos anunciar de que o meu regresso já tem data definida, e brevemente será aqui divulgada.

A data está mais próximo do que muitos possam pensar.

Todas as informações relacionadas com o meu regresso, serão aqui publicadas nesta página oficial. 

Fiquem atentos às publicações aqui lançadas diariamente.

Um forte abraço do vosso #badipovo

Continuação de uma ótima semana para todos nós. 

#HoraTchiga

https://www.facebook.com/badipovooficial

TRIBUNAL COMEÇA JULGAMENTO DO HOMEM ACUSADO DE QUEIMAR A SUA ESPOSA

Radiosolmansi.net

O Tribunal Regional de Bafatá começou, hoje (26 de Maio de 2022), o julgamento do caso do homem acusado de queimar viva a sua esposa, no passado dia 28 de Março.

O julgamento começou no tribunal regional de Bafatá e segundo informações a vítima não foi constituído advogado e o acusado teve a presença de um avogado que contou a RSM que foi convocado hoje pelo Ministério Público mesmo para comparecer ao julgamento e não tem elementos suficientes para confirmar se o agressor está em sã condição psicológica.

O advogado disse que o agressor admitiu todo o crime, está arrependido do ato e disponibilizou-se a assumir a pena que será decidida pelo tribunal. O advogado disse que este ano o casal completaria 22 anos de casamento.

A RSM sabe ainda que a leitura da sentença será no próximo dia 02 de Junho. Enquanto se espera pela leitura da sentença, o acusa continua preso no estabelecimento prisional máxima de Bafatá.

Um dos delegados do Ministério Público do tribunal regional de Bafatá está a exigir que a vítima seja condenada a uma pena não inferior a 20 anos de prisão.

O julgamento é do caso do homem que queimou a sua esposa viva na cidade de Bafatá e semanas depois, depois de ser evacuada, na sequência da queimadura, a vítima acabou por falecer no Hospital Nacional Simão Mendes.

Esta situação teve a reação de várias organizações defensoras dos direitos humanos que exigem que a justiça seja feita. A vítima morreu dias antes de ser evacuada para o tratamento médico no exterior.

Por: Iaia Quadé

#StopRussia

What are losses of the #RussianArmy in #Ukraine as of May 26 according to @GeneralStaffUA data. 👇

@armyinformcomua

Putin reconhece dificuldades e aumenta salário mínimo e pensões em 10%

© Lusa

Por LUSA  25/05/22 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou hoje o aumento do salário mínimo, das pensões e do valor mínimo de subsistência em 10%, reconhecendo as dificuldades devido à inflação, mas sem associar os problemas à "operação militar" na Ucrânia.

"Este ano está a ser difícil. Desde o início do ano a inflação acumulada está acima de 11%", referiu Vladimir Putin durante uma reunião do Conselho de Estado sobre o apoio social aos cidadãos.

No entanto, o chefe de Estado russo esclareceu que quando se refere a um ano difícil, isso não significa "de forma alguma que todas essas dificuldades estejam relacionadas com a operação militar especial" da Rússia na Ucrânia.

Putin apontou que países que não têm em curso operações militares, como na América do Norte e na Europa, a inflação é comparável e, analisando a estrutura económica, ainda maior do que na Rússia.

Para o Presidente russo, que recusou a assumir responsabilidades devido à atual crise económica global, depois de desacelerar o ritmo de subida, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) não deve ultrapassar os 15% no final do ano.

A dinâmica da economia russa é "muito melhor do que alguns especialistas previam" e a taxa de desemprego "não está a aumentar", mas "até caiu ligeiramente" e continua nos 4%, sublinhou.

Apesar destes argumentos, Putin considerou que os cidadãos russos devem ser ajudados devido às circunstâncias, determinando o aumento do nível de subsistência na Rússia em 10% a partir de 01 de junho, até 13.919 rublos por mês (cerca 234 dólares ou 219 euros) em média no país.

Segundo o ministro do Emprego e Proteção Social, Antón Kotiakov, cerca de 15 milhões de cidadãos recebem o mínimo de subsistência na Rússia.

A partir do mesmo dia, as pensões terão um aumento de 10%, o que se traduzirá em uma pensão média de 19.360 rublos (cerca 324 dólares ou 303 euros), segundo Kotiakov.

Também o salário mínimo terá um aumento de 10% para os 15.279 rublos por mês (cerca de 257 dólares ou 241 euros), adiantou Putin.

Esta medida afetará cerca de 4 milhões de russos, explicou Kotyakov.

Vladimir Putin propôs ainda aumentar o pagamento aos soldados que lutam na Ucrânia, embora não tenha avançado com valores, salientando a necessidade em resolver rápida e completamente os problemas relacionados com o apoio social aos militares em geral, aos feridos e às famílias dos militares mortos.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 91.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

TIROTEIOS EUA: Mais de 17 mil mortos por armas de fogo desde janeiro nos EUA

© U.S. Senate

Por LUSA  25/05/22 

Mais de 1 mil pessoas foram mortas a tiro este ano nos Estados Unidos, 19 delas crianças e professores de uma escola do Texas, mortas na terça-feira, por um jovem de 18 anos.

De acordo com dados do "Gun Violence Archive", que documenta a violência com armas de fogo, das 17.202 pessoas mortas este ano 7.632 foram vítimas de homicídios, disparos não intencionais ou autodefesa, enquanto 9.570 cometeram suicídio com armas de fogo.

Desde o início deste ano, registaram-se 213 "tiroteios em massa" e 10 "assassinatos em massa". "Gun Violence Archive" define tiroteios em massa os com quatro ou mais pessoas feridas ou mortas por tiros, sem contar com o autor.

A organização, uma plataforma de investigação, sem fins lucrativos, considera assassinatos em massa como sendo aqueles com quatro ou mais mortes e qualifica que, para fins estatísticos, os vê como um "subconjunto" de tiroteios em massa.

"Gun Violence Archive", que não mostra as estatísticas finais de 2021, nota que 2020 registou um total de 19.411 mortes por armas de fogo (excluindo suicídios, uma vez que ainda não tem os números completos). Em 2014 houve 12.418 mortes por tiros e 21.386 suicídios.

Os dados também mostram um pico de mortes por armas de fogo em 2020, quando a pandemia de covid-19 começou, em comparação com 2019, quando foram mortas 15.448 pessoas.

Um relatório publicado em fevereiro, com números para 2020, indicou que um total de 45.222 pessoas perderam a vida nos Estados Unidos devido a ferimentos de bala (inclui assassinatos, suicídios e mortes involuntárias, com armas de fogo).

Em termos de tendências, em 2020 registou-se um número recorde de mortes, mais 14% em comparação com 2019, 25% em comparação com 2015 e 43% em comparação com 2010.

O documento, do Centro de Pesquisa Pew, indica que os assassinatos com armas de fogo aumentaram acentuadamente nos últimos anos, com 19.384 em 2020, o número mais alto desde 1968 e acima do pico de 1993, de 18.253.

O aumento das mortes por armas de fogo em números absolutos foi também acompanhado por um aumento dos dados per capita. Em 2020 houve 13,6 mortes por 100.000 pessoas, a taxa mais alta desde meados da década de 1990.

Em termos de distribuição geográfica, os estados do país com a maior taxa de mortes por armas em 2020 foram Mississípi (28,6 por 100.000 pessoas), Luisiana (26,3), Wyoming (25,9), Missouri (23,9) e Alabama (23,6).

Comparando os Estados Unidos com outros países, a taxa de mortes por violência com armas de fogo é mais elevada, mas muito atrás de alguns países latino-americanos, como El Salvador, Venezuela, Guatemala ou Colômbia, de acordo com um estudo publicado em 2018.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBEU E FELICITOU ATLETAS GUINEENSES QUE PARTICIPARAM NO CAMPEONATO AFRICANO DO BOXE FRANCÊS OCORRIDO EM BISSAU

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

O General de Exército e Comandante Supremo das Forças Armadas, Chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló recebeu hoje os integrantes da seleção nacional que participou no Campeonato Africano do Boxe Francês realizado em Bissau.

O Presidente da República destacou a honrosa participação nacional e elogiou as conquistas de medalhas que colocaram o país no primeiro lugar desta modalidade, facto que considerou honroso e dignificante para a Guiné-Bissau.

O Primeiro Magistrado da Nação considerou que o próximo Governo de Iniciativa Presidencial deverá prestar uma atenção acrescida ao desporto nacional e de levar a cabo políticas de apoio junto às escolas e aos clubes de forma a levar um melhor desenvolvimento e expansão de todas as modalidades no conjunto do país.

Para o Presidente Sissoco Embaló urge começar-se no país a implementação de novas políticas e de novas estratégias que levem ao surgimento de novos valores noutras modalidades, pois considerou que só no futebol, atletismo, judô e na luta livre têm surgido campeões e que o país necessita de criar condições para as outras modalidades desportivas.

@Radio Bantaba  Apresentação das medalhas dos atletas do Savate Boxe francês ao presidente da República, Umaro Sissoko Embaló☝

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

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PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE DE NOVO EM AUDIÊNCIA UMA DELEGAÇÃO DO PAIGC

Nas últimas 48 horas o Presidente da República recebeu sob solicitação do PAIGC uma delegação desta força política, desta vez chefiada pelo Comandante Manecas Santos, membro da Comissão Permanente que lhe veio apresentar a pretensão do Partido Libertador integrar o Governo de Iniciativa Presidencial, que muito brevemente será anunciado, estando no presente momento em curso contactos com os diferentes partidos com vista a sua formação.

Recorde-se que ontem, ao empossar o Primeiro-Ministro Nuno Gomes Nabiam, o Chefe de Estado no seu breve improviso colocou assento para a necessidade do novo Governo de Confiança Presidencial ser constituído com todos os partidos políticos nacionais, principalmente com os que têm assento parlamentar, com uma gestão especialmente virada para os assuntos do Estado sob a sua responsabilidade, em termos de eficácia, operacionalidade, disciplina e transparência, de modo a obter na sua acção eficácia, seria constituído com todos os partidos.

Para o PAIGC o seu expresso pedido de integração no Governo de Iniciativa Presidencial solicitado ao Primeiro Magistrado da Nação, impõe-se por razões da sua necessidade e disponibilidade em participar na preparação das próximas eleições e na construção de uma nova legislatura.


A Guiné-Bissau conta receber para breve os voos de Air Côte D’ivoire e BesFly

A Guiné-Bissau conta receber para breve os voos de Air Côte D’ivoire e BesFly de Cabo-verde. Isso para além dos habituais voos do TAP, Askay, Air Senegal, Royal Air Marrocos e Euro-Atlântico.

O anúncio foi feito pelo Diretor-geral dos Serviço Nacional da Aviação no âmbito das celebrações do primeiro aniversário da Empresa de Assistência Aeroportuária. 

Aliu Soares Cassamá destaca os investimentos e perspectivas para o desenvolvimento do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.👇
Radio Bantaba  May 25, 2022

Putin acelera naturalização de ucranianos. "Ilegal", diz Kuleba

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Notícias ao Minuto  25/05/22 

A ordem esta quarta-feira assinada tem por base um decreto-lei de 2019, que previa a aceleração do processo para residentes das regiões separatistas de Donetsk e de Lugansk.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou, esta quarta-feira, um decreto-lei que prevê a simplificação do processo de naturalização dos ucranianos de Kherson e de Zaporizhzhia, territórios ocupados pela Rússia. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, por sua vez, acusou o chefe de estado de violar de forma “flagrante” não só a soberania da Ucrânia, mas também a lei internacional.

“O sistema simplificado permitir-nos-á perceber que a Rússia não está aqui temporariamente, mas para sempre”, disse o líder de Kherson Kirill Stremousov, eleito por Moscovo, à agência RIA.

“Estamos muito gratos por aquilo que o presidente russo está a fazer por nós, e por proteger os russos nos territórios historicamente russos que, agora, foram libertados”, complementou.

Recorde-se que Kherson encontra-se, neste momento, tomada pela Rússia, enquanto Zaporizhzhia está parcialmente controlada por Moscovo.

A ordem esta quarta-feira assinada tem por base um decreto-lei de 2019, que previa a aceleração do processo para residentes das regiões separatistas de Donetsk e de Lugansk.

Os pedidos serão processados num prazo de três meses, tendo Kherson já iniciado começado a emitir passaportes russos, informou Stremousov.

Em reação a esta medida, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou o chefe de estado russo de estar a violar de forma “flagrante” não só a soberania da Ucrânia, mas também a lei internacional.

“A emissão de passaportes ilegais em Kherson e Zaporizhzhia, bem como na Crimeia e nas regiões ocupadas de Donetsk e Lugansk, é uma violação flagrante da soberania e integridade territorial da Ucrânia, das normas e princípios da lei internacional, bem como das responsabilidades da Federação Russa enquanto ocupante”, argumentou o responsável, em comunicado.

“O decreto do presidente da Rússia é legalmente nulo e não terá consequências legais. Esta decisão não afetará a cidadania da Ucrânia dos residentes nos territórios ocupados temporariamente pela Rússia”, complementou, considerando que esta é mais uma das provas do objetivo “ilegal” da Rússia contra a Ucrânia.

O ministro apelou ainda à ação internacional, através de um novo pacote de sanções por parte da União Europeia (UE), já que, na sua ótica, “a máquina militar da Rússia deve ser privada de recursos financeiros”.

Pediu também que os aliados acelerem as conversações sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, especialmente de lançadores MLRS (Multiple Launch Rocket System), de modo a “proteger os territórios ucranianos da agressão russa”.

“A procrastinação apenas encorajará o regime de Putin a continuar a cometer crimes contra a Ucrânia e a destruir a paz e a segurança na Europa”, rematou.

A invasão russa da Ucrânia - justificada por Putin pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar aquele para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.

Esta quarta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos no conflito, que entrou no seu 91.º dia. Ainda assim, o organismo sublinhou que os números reais poderão ser muito superiores, e que só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora palco de intensos combates.

Leia Também: Dmytro Kuleba acusa Rússia de tentar "chantagear o mundo"

Governo da Gâmbia dá "luz verde" ao julgamento do ex-ditador Yahya Jammeh

© Reuters

Por LUSA  25/05/22 

O Governo da Gâmbia manifestou-se hoje pronto para julgar no país o antigo ditador Yahya Jammeh, por uma série de crimes durante as suas mais de duas décadas ao leme do pequeno país da África Ocidental.

O Governo aceitou recomendações apresentadas em novembro de 2021 por uma comissão que investigou o período de governação em causa, "nomeadamente várias acusações contra o ex-presidente Yahya Jammeh relativas a uma miríade de crimes cometidos entre 1994 e 2017", anunciou o Ministério da Justiça gambiano, através de uma declaração, citada pela agência France-Presse.

O ministro da Justiça da Gâmbia, Dawda Jallow, anunciou numa cerimónia a criação de uma unidade especial no Ministério Público e a intenção do Governo de estabelecer um tribunal no âmbito do sistema existente.

"Este tribunal será estabelecido na Gâmbia, com a opção de realizar audiências noutras jurisdições", anunciou Jallow.

As autoridades gambianas tinham até hoje para responder ao relatório e às recomendações da comissão encarregada de investigar as irregularidades cometidas entre julho de 1994 e janeiro de 2017, período em que Yahya Jammeh, um tenente que chegou ao poder através de um golpe militar, governou o país.

Além de Jammeh, a comissão identificou outros 69 responsáveis por delitos vários durante o período entre 1994 e 2017, que deverão igualmente ser responsabilizados pela justiça da Gâmbia.

Durante mais de dois anos a comissão documentou um sem número de homicídios, torturas, desaparecimentos forçados, violação e castração, detenções arbitrárias, perseguições, e até mesmo a administração forçada de tratamento falso da sida.

O inquérito ouviu 393 testemunhos condenatórios de vítimas e alegados perpetradores e contabilizou entre 240 e 250 mortes às mãos do Estado e dos seus agentes sob o comando de Jammeh.

Yahya Jammeh, que faz hoje 57 anos, vive na Guiné Equatorial. No final de 2016, uma figura relativamente desconhecida, Adama Barrow, derrotou-o nas eleições presidenciais. Jammeh recusou-se a conceder a derrota, mas foi conduzido ao exílio sob pressão de uma intervenção militar da África Ocidental.

Adama Barrow continua a presidir a uma frágil democracia em transição e as vítimas de Jammeh receiam que os expedientes políticos se sobreponham à justiça, até porque o antigo presidente continua a ter uma forte influência na política gambiana.

Barrow foi reeleito em dezembro de 2021, depois de um acordo entre o seu partido e o partido de Jammeh, e mais tarde escolheu para posições de destaque no poder do Estado dois antigos aliados de Jammeh, os presidente e vice-presidente do parlamento recém-eleito em abril último.

Um dos mais altos funcionários implicados pela comissão, Ousman Sowe, é agora o chefe dos serviços secretos gambianos. Muitos alegados membros de unidades de eliminação física, conhecidos como "bosquímanos do mato", vivem livremente na Gâmbia.

O julgamento de um destes alegados "bosquímanos do mato" acaba de começar na Alemanha. Bai Lowe, um refugiado na Alemanha desde 2012 e preso em 2021, está a ser julgado sob o princípio da jurisdição universal por crimes contra a humanidade, homicídio e tentativa de homicídio entre 2003 e 2006, incluindo o homicídio do correspondente da agência France-Presse no país, Deyda Hydara.

Até agora, ninguém foi julgado na Gâmbia por crimes políticos durante a era Jammeh.

Ainda que o Governo tenha decido avançar com o julgamento de Jammeh, a Guiné Equatorial não tem um acordo de extradição com a Gâmbia.

A comissão gambiana recomendou que Jammeh e os seus alegados cúmplices fossem julgados por um tribunal internacional na África Ocidental e fora do país, sugerindo o Senegal, onde outro antigo autocrata, Chadian Hissène Habré, foi julgado, o Gana ou a Serra Leoa.

Desde a apresentação do relatório da comissão em novembro de 2021, Barrow não deu qualquer indicação das suas intenções.

As vítimas e os defensores dos direitos humanos instaram o Governo gambiano a processar as 70 pessoas nomeadas pela comissão.

Insistiram igualmente em que as vítimas sejam envolvidas no processo e que as mulheres sujeitas a violência sexual e outras formas de violência sejam incluídas numa eventual indemnização a ser determinada pelo Estado gambiano.

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