terça-feira, 3 de maio de 2022

OMS: Obesidade é epidemia na Europa agravada pela pandemia, revela OMS

© Shutterstock

Por LUSA  03/05/22 

A obesidade e excesso de peso têm dimensão de epidemia nos países da região europeia e só pioraram com a pandemia, revelou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Relatório da Obesidade 2022 divulgado hoje, a OMS alerta que "de forma alarmante, tem havido aumentos consistentes na prevalência do excesso de peso e obesidade na região europeia [que compreende 53 países, da Islândia ao Tajiquistão] e nenhum estado-membro está ao alcance da meta de travar o aumento da obesidade até 2025".

Quase dois terços dos adultos e 8% das crianças com menos de cinco anos têm excesso de peso, aponta a OMS, salientando que a pandemia de covid-19 teve um impacto "desfavorável no consumo de alimentos e padrões de atividade física", com as ordens de confinamento emitidas pelos governos a afetarem "de forma desproporcional as pessoas que vivem com excesso de peso e obesidade".

Por outro lado, o facto de a obesidade ser um fator de risco para casos mais graves de covid-19 levou a que as pessoas com este problema se tenham isolado mais em casa, com inúmeras aplicações digitais de entrega de comida à disposição, com acesso fácil a comidas com alto teor de sal, gordura e açúcar, cujo impacto específico ainda está por conhecer.

Entre a população adulta na região europeia, há uma prevalência de 59% de excesso de peso, mais elevada nos homens (63%) do que nas mulheres (54%).

A obesidade atinge 23,3% da população na região europeia, a segunda taxa mais alta do mundo, a seguir à região das Américas.

As medidas tomadas para conter o contágio por covid-19 fizeram subir os níveis de excesso de peso e obesidade entre crianças e adolescentes, conclui a OMS a partir de dados preliminares, agravando uma situação que já é preocupante: até aos cinco anos, a prevalência de excesso de peso e obesidade é de 9% e dispara para 30% nas idades entre os cinco e os nove anos.

Na adolescência, a prevalência da obesidade desce para 25% mas a OMS regista que entre 1975 e 2016, os números do excesso de peso e da obesidade triplicaram entre os rapazes com idades entre cinco e 19 anos e mais do que duplicaram entre as raparigas com as mesmas idades.

Nos adultos a prevalência da obesidade aumentou 138% entre 1975 e 2016. Só entre 2006 e 2016, o aumento foi de 21%.

Entre as várias consequências para a saúde está o risco aumentado de cancro.

"A obesidade é causa direta provável de pelo menos 200.000 casos de cancro anuais, um número que se prevê que aumente nas próximas décadas", para além de ser responsável por "1,2 milhões de mortes anuais" na região europeia da OMS.

"Para alguns países da região, prevê-se que a obesidade ultrapasse o fumo como fator de risco principal para cancros evitáveis nas próximas décadas", refere a OMS, apontando o excesso de peso como causa de pelo menos 13 tipos diferentes de cancro, incluindo cancros da mama, colorretais, dos rins, fígado e ovários.

As recomendações da OMS incluem mais impostos sobre alimentos "não saudáveis" e restrições na sua "venda, publicidade e tamanho de porções", a par de "subsídios para aumentar o consumo de fruta e vegetais".

Neste âmbito, a OMS destaca Portugal como país que "desde 2019 tem uma lei que restringe a publicidade de bebidas e alimentos ricos em gordura, sal e açúcar, que só podem ser publicitados se estiverem de acordo com os modelos nutricionais portugueses, baseados nos da OMS Europa".

"Algumas violações da lei foram denunciadas e encaminhadas para o sistema judiciário pela autoridade competente, mas estes processos demonstraram ser complexos e desafiantes para provar", ressalva a OMS, salientando que para se poder cumprir uma lei destas, é preciso "um sistema de monitorização rigoroso, especialmente com as novas tecnologias e técnicas" do 'marketing digital'.

Recomenda ainda que "todas os alimentos e bebidas servidos ou vendidos em ambientes públicos contribuam para a promoção de dietas saudáveis" e que se controle "a concentração de estabelecimentos de comida não saudável" na vizinhança de escolas.

Na frente do exercício físico, recomenda que as populações tenham "acesso conveniente e seguro a espaço público aberto e de qualidade", bem como incentivos como "caminhos pedestres seguros, ciclovias locais e percursos pedonais orientados por adultos para crianças dos estabelecimentos de educação locais".

Devem ainda existir "serviços para gestão do excesso de peso e obesidade" integrados nos cuidados de saúde universais, defende.

De acordo com os dados da OMS, 57,5% da população adulta em Portugal em 2016 tinha excesso de peso. Olhando só para as mulheres, o excesso de peso afetava 52%, enquanto nos homens a prevalência estava em 63,1%.

Das pessoas com excesso de peso, 20,3% eram consideradas obesas, com uma prevalência semelhante para homens e mulheres.

Ainda em Portugal, em números atualizados em 2020, 8,5% das crianças com menos de cinco anos têm excesso de peso, no que se incluem os casos de obesidade.

Para a faixa entre os cinco e os nove anos, dados de 2016 indicavam uma prevalência de excesso de peso de 37,2% e obesidade nos 15%.

Também em números de 2016, para os jovens com idades entre os 10 e os 19 anos, 31,2% tinham excesso de peso e 8,7% obesidade. A OMS cita também números de 2012 que indicam que mais de 40% dos adolescentes não comiam nem fruta nem vegetais diariamente.

A OMS nota um aumento na percentagem de mulheres com excesso de peso durante a gravidez, apontando Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda e Hungria como países em que "se estima que mais de 20% das mulheres tenham obesidade quando engravidam", uma tendência acentuada em mulheres "de estratos socioeconómicos mais baixos".

Втрати рашистів станом на 3 травня. ...#StopRussia

@armyinformcomua

A União Europeia quer aprofundar a cooperação com países africanos, como Nigéria, Senegal e Angola, para aumentar as compras de gás natural liquefeito e assim reduzir a dependência da Rússia em dois terços este ano.

© shutterstock

Por LUSA  03/05/22  

Europa recorre a África para reduzir compras de gás à Rússia

A União Europeia quer aprofundar a cooperação com países africanos, como Nigéria, Senegal e Angola, para aumentar as compras de gás natural liquefeito e assim reduzir a dependência da Rússia em dois terços este ano.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o esboço da nova estratégia europeia, que deverá ser aprovada pela Comissão Europeia ainda este mês no âmbito do plano para reduzir e dependência energética de Moscovo, pretende aprovar o potencial ainda por explorar dos países no ocidente de África, entre os quais estão os lusófonos Angola e Guiné Equatorial, ambos produtores de gás natural liquefeito.

O bloco dos 27 países europeus quer afastar-se do maior fornecedor, a Rússia, no seguimento da invasão da Ucrânia, e preparar a região para importar 10 milhões de toneladas de hidrogénio até 2030 para ajudar a substituir o gás da Rússia, em linha com o ambicioso projeto de descartar a utilização de combustíveis fósseis e atingir a neutralidade climática até meio deste século.

A Bloomberg, que cita a versão preliminar do documento, escreve que a União Europeia pretende aumentar as importações de gás natural liquefeito em 50 mil milhões de metros cúbicos e aumentar também os carregamentos de gás através de gasodutos de outros países além da Rússia em 10 mil milhões de metros cúbicos.

Para isso, Bruxelas quer implementar na totalidade o acordo com os Estados Unidos para a entrega de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito já este ano e cerca de 50 mil milhões anualmente até 2030, além de assinar um acordo trilateral com o Egito e Israel para aumentar os fluxos para a Europa já neste verão.

"A UE também precisa de enviar sinais consistentes ao mercado para equilibrar as necessidades de curto e médio prazo com os objetivos a longo prazo", lê-se no documento, que admite que "tudo isto precisa de uma política para o gás altamente bem coordenada para explorar o mercado e o peso político da união e desenvolver uma ferramenta para uma ação conjunta".

A generalidade dos analistas tem afirmado que países exportadores ou com capacidade para aumentar a produção e exportação de gás, como Angola, Guiné Equatorial ou Moçambique, poderão beneficiar da vontade de Bruxelas em diversificar as compras de gás à Rússia, principalmente no seguimento da invasão da Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Parlamento Europeu assinala Dia da Liberdade de Imprensa

© Getty Images

Notícias ao Minuto  03/05/22

O Parlamento Europeu (PE), reunido em plenário, em Estrasburgo, assinalou hoje o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrando os jornalistas que estão na Ucrânia e recordando que "uma democracia forte precisa de uma imprensa forte".

"Os jornalistas nunca deviam ter de escolher entre a verdade e a vida", assinalou a presidente do PE, Roberta Metsola, numa declaração na abertura dos trabalhos da sessão plenária, que decorre até quinta-feira, em Estrasburgo, França.

A líder do PE lembrou os jornalistas que se encontram a fazer cobertura da guerra na Ucrânia e realçou que "uma democracia forte precisa de uma imprensa forte" e que "não pode haver democracia sem liberdade de imprensa".

Na ocasião, Metsola lançou a segunda edição do Prémio de Jornalismo Daphne Caruana Galizia, lançado em 2020, por ocasião do aniversário da morte da jornalista, com o objetivo de premiar jornalismo de excelência que reflita os valores da União Europeia.

Daphne Caruana Galizia era uma jornalista, 'blogger' e ativista anticorrupção maltesa cujo trabalho jornalístico se centrava na corrupção, lavagem de dinheiro, crime organizado, venda de cidadania e nas ligações do governo maltês aos Panamá Papers, assassinada em 2017.

Por sua vez, a vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Vera Jourová, lembrou também os jornalistas na Ucrânia, salientando que os repórteres mostram o que a Rússia não quer que seja visto e garantindo que a sua segurança é "a primeira prioridade" da União Europeia.

Adicionalmente, a responsável da CE recordou as medidas apresentadas em setembro aos Estados-membros para a garantia da segurança dos repórteres.

"Queremos providenciar apoio psicológico e legal aos jornalistas que enfrentam ameaças, e aumentar a sua proteção 'online' e 'offline'", afirmou.

A par com a legislação, Vera Jourová disse ainda que vão ser delegados fundos "para apoiar projetos jornalísticos", destacando o financiamento de oito milhões de euros para parcerias na área, recentemente anunciado.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa celebra-se a 03 de maio e foi criado em 20 de dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas.


Leia Também: 

Um ataque para matar, ferir ou sequestrar um jornalista constitui um crime de guerra, alertaram hoje quatro organizações internacionais, incluindo a ONU e a OSCE, exigindo o fim dos ataques a profissionais de imprensa na Ucrânia.

"Estamos profundamente preocupados com a segurança dos jornalistas", afirmaram observadores de quatro organizações internacionais numa declaração conjunta divulgada a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala.

Na declaração, os representantes das Nações Unidas, da Comissão Africana de Direitos Humanos (CADH), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), destacam o "alto risco" que correm atualmente os jornalistas que estão a cobrir o conflito na Ucrânia.

"Um ataque para matar, ferir ou sequestrar um jornalista constitui um crime de guerra" e os responsáveis "devem ser levados à Justiça", defendem as organizações...Ler Mais

Exército russo está "mais fraco" depois de 13 anos de investimento ...Reino Unido aponta que os russos duplicaram o orçamento em defesa entre 2005 e 2018.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  03/05/22 

Anos e anos de investimento não estão a trazer bons resultados à Rússia. É esta a análise da inteligência britânica que, na sua atualização diária desta terça-feira, aponta que o exército russo está gasto e "significativamente mais fraco" com a guerra na Ucrânia, apesar dos milhões de rublos investidos desde 2005.

Através do Twitter, o Ministério da Defesa do Reino Unido afirma que "o orçamento de defesa da Rússia duplicou aproximadamente entre 2005 e 2018, com o investimento nas várias capacidades no ar, terra e mar".

Este investimento, que desde 2008 sustentou o programa de modernização militar 'New Look' - no mesmo ano em que a Rússia invadiu a Geórgia e anexou a Ossétia do Sul e a Abecásia - não resultou numa modernização eficaz, e "não permitiu que a Rússia domine a Ucrânia".

"O exército russo está agora significativamente mais fraco, tanto material como conceptualmente, graças à invasão na Ucrânia", constataram os britânicos, que referem ainda que as sanções irão "exacerbar" as dificuldades dos russos em recuperar militarmente a sua força.

"Falhas no planeamento estratégico e na execução operacional impossibilitaram a tradução da força numérica numa vantagem decisiva", acrescentam ainda.

As análises do Ministério da Defesa britânico têm assinalado constantemente as dificuldades operacionais da Rússia, especialmente no Donbass, causadas por mau planeamento e uma assunção de que a guerra seria ganha rapidamente.

Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 3.100 mortos entre a população civil. No entanto, a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.

Leia Também:


As forças ucranianas conseguiram travar as operações militares terrestres da Rússia no sul da Ucrânia, eliminando 122 soldados russos, afirmou hoje o Comando Militar Sul ucraniano na rede social Facebook.

© Reuters

Por LUSA  03/05/22

Kyiv diz que travou operações terrestres russas no sul do país

As forças ucranianas conseguiram travar as operações militares terrestres da Rússia no sul da Ucrânia, eliminando 122 soldados russos, afirmou hoje o Comando Militar Sul ucraniano na rede social Facebook.

"O inimigo, fortificado em posições defensivas, não realizou ações ativas nas regiões de Kherson e Mykolaiv (no sul do país, onde controla grandes áreas) nas últimas 24 horas", assegurou o comando ucraniano posicionado na área.

"No entanto, Mykolaiv e os seus arredores foram atacados por vários lançadores de foguetes. O inimigo mais uma vez disparou contra instalações industriais. Felizmente, nenhuma vítima foi relatada", acrescentaram os militares ucranianos.

O Comando Militar ucraniano explicou que na região de Kherson "uma tentativa de um grupo de sabotagem e reconhecimento de tomar nosso posto de observação foi frustrada e esmagada por fogo de morteiro".

"As nossas unidades de mísseis e artilharia realizaram mais de uma centena de lançamentos" que causaram uma "perda total de 122 (soldados mortos) nas fileiras inimigas nas últimas 24 horas", acrescentou a fonte.

As forças ucranianas, agrupadas no comando "Pivden", lembraram que, além de dois barcos de assalto blindados que foram abatidos ao amanhecer, os militares ucranianos também eliminaram várias unidades blindadas e autopropulsadas, assim como um 'drone' de reconhecimento "Forpost" que tentava sobrevoar a cidade de Odessa a partir do mar.

Depois de os russos atacarem duas vezes a região de Odessa com mísseis nas últimas horas, "continuaram a destruir a ponte sobre o estuário do Dnister, atingindo-a com mísseis de cruzeiro 'Yakhont'", disse o Comando Militar ucraniano.

Um míssil "Oniks", lançado do complexo "Bastion" na Crimeia, destruiu um prédio residencial em Odessa, onde um jovem de 15 anos morreu e outro menor foi hospitalizado com ferimentos, segundo o Comando.

A frota naval russa no Mar Negro continua a manobrar na costa sudeste da Ucrânia e mantém a ameaça de ataques com mísseis de alto alcance, disseram as forças ucranianas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


"Aborto é cuidado de saúde". Americanos na rua contra potencial decisão

© Twitter

Notícias ao Minuto  03/05/22 

Manifestantes protestaram contra a notícia de que o Supremo Tribunal poderá reverter o direito ao aborto, consagrado há praticamente 50 anos.

Poucas horas depois do Politico divulgar na segunda-feira um raro 'leak' de documentos do Supremo Tribunal, avançando que o principal órgão judicial dos Estados Unidos da América está a preparar uma reversão do famoso processo Roe v. Wade, uma pequena multidão em Washington D.C. deslocou-se às escadas em frente ao tribunal para protestar pelo direito ao aborto.

Segundo o site Politico, os juízes que compõem a maioria conservadora - três deles nomeados por Donald Trump no seu mandato - estão a preparar a reversão do processo que consagrou o direito ao aborto em todo o país.

Cerca de 200 manifestantes pró-aborto e pró-direitos das mulheres reuniram-se em frente ao Supremo, gritando frases como "aborto é cuidado de saúde".

Apesar da forte presença policial, e também de um pequeno grupo de ativistas antiaborto que foi celebrar a ocasião, não houve registo de incidentes ou altercações.
A luta contra o aborto tem sido um tema constante na agenda republicana e conservadora desde 1973 e, depois de ter sido eleito em 2016, Trump prometeu que nomearia juízes com uma visão conservadora sobre o aborto.

Dito e feito. Aproveitando uma transição no Supremo Tribunal, com uns juízes a reformar-se e outros a falecer, nomeadamente a juíza Ruth Bader Ginsburg, Trump nomeou uma maioria conservadora, que está finalmente a dar 'frutos' à luta antiaborto nos Estados Unidos.

Do lado democrata, seguiram-se várias condenações à decisão, com a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a lamentar a decisão e a afirmar que, "se o relatório for verdade, o Supremo Tribunal está encaminhado para infligir a maior restrição de direitos nos últimos 50 anos".

Leia Também: Supremo Tribunal dos EUA pronto para anular direito ao aborto

Repórteres Sem Fronteiras alertam para caos da informação na internet sem regulamentação. Saiba quais são os piores países para a imprensa

Produtos recondicionados

Por Cnnportugal.iol.pt

Fenómeno conduz ao crescimento da opinião pública fraturada e dividida

Os Repórteres sem Fronteiras (RSF) alertaram, num relatório publicado esta terça-feira, para os riscos de um espaço digital desregulamentado, com destaque para os efeitos desastrosos do caos da informação e desinformação espalhados pela internet.

Na 20.ª edição do 'ranking' mundial da liberdade de imprensa, publicado por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a organização não-governamental (ONG) internacional, sediada em Paris, avalia a prática do jornalismo em 180 países.

Os RSF apontaram para o desenvolvimento de meios de opinião, que imitam o modelo da rede norte-americana Fox News, e para a banalização dos circuitos de desinformação.

Estas práticas, "ampliadas pelo funcionamento das redes sociais", estão a conduzir ao crescimento da opinião pública fraturada e dividida, de acordo com o relatório.

"A invasão da Ucrânia [país classificado em 106.º lugar do índice] pela Rússia [155.º], no final de fevereiro é emblemática do fenómeno porque foi preparada por uma guerra de propaganda", sublinhou a ONG na análise da classificação.

Quanto à Rússia, além das perdas humanas, há as "consequências devastadoras" para a imprensa da região, com a morte de cinco jornalistas desde o início da ofensiva russa, mas também o facto de muitos jornalistas terem sido deliberadamente visados pelo exército russo.

A agência observou também que a China (175.º) utilizou um arsenal de legislação para confinar e isolar a população, e mais especificamente Hong Kong (148.º), que deslizou significativamente na classificação de 2022.

Os analistas internacionais que participaram no estudo tomaram, desta vez, em consideração cinco novos indicadores, para dar uma visão geral da liberdade de imprensa, tendo em conta o contexto político, jurídico, económico, sócio-cultural e de segurança.

A situação dos jornalistas é "muito grave" em 28 países, incluindo Rússia e Bielorrússia, cuja classificação foi analisada no início de 2022, na sequência da invasão da Ucrânia; "difícil" em 42 países, como México, Bolívia, Mali e Emirados Árabes Unidos; "problemática" em 62 países, incluindo Israel, Senegal, Panamá e Grécia.

A comparação com os países numa situação bastante boa (40 países) ou muito boa (oito países) mostra o desequilíbrio a nível global.

O caso da Europa

Na Europa, Noruega, Dinamarca e Suécia permanecem no topo da lista como um modelo democrático onde a liberdade de expressão prevalece, e embora haja melhorias na Moldova e na Bulgária, os RSF observou uma polarização dos meios de comunicação social nos Estados Unidos, em França e na Polónia.

A Holanda desceu 22 lugares para 28.º lugar, na sequência do homicídio, em julho passado, do investigador do crime organizado Peter R. de Vries, baleado numa rua de Amesterdão, lembrou os RSF, que está cada vez mais preocupada com os assassínios de jornalistas na UE.

Em países, como Alemanha, França, Itália e Holanda foram também noticiados numerosos ataques a jornalistas por parte de manifestantes contra medidas governamentais anticovid-19.

Em Espanha, no 32.º lugar neste relatório, a liberdade de imprensa é considerada "mais ou menos boa", embora tenha caído três lugares em relação ao relatório anterior.

Os piores países para a imprensa

A pandemia da covid-19 acelerou a censura e em regiões como a América Latina levou a graves dificuldades económicas para a imprensa e piorou o acesso à informação sobre o combate ao novo coronavírus por parte dos governos.

O México (127.º) continua a ser o país mais mortífero do mundo para a imprensa, e na Nicarágua (160.º) e em El Salvador (112.º) a situação está a agravar-se. A única exceção na América Latina é a Costa Rica, que ocupa a oitava posição na lista, entre os melhores.

Nos EUA, "apesar da eleição do Presidente democrata Joe Biden, o aumento das tensões sociais e políticas é acelerado pelas redes sociais e pelos novos meios de comunicação", sendo o mesmo verificado em França, indicou.

Por outro lado, a repressão da imprensa independente é um fator de "polarização intensa", observou o relatório, que citou o exemplo da Polónia e as estratégias para controlar os meios audiovisuais.

Neste contexto, Deloire defendeu a adoção de um quadro legal adaptado a um sistema de proteção dos espaços de informação democrática.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Ramadão_Eid al-Fitr_Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló no Palácio da República.

Lituânia começou a abastecer gás à Polónia através de novo gasoduto

© Lusa

Por LUSA  02/05/22

A Lituânia inaugurou um gasoduto que permite à Polónia receber, através do terminal do porto lituano de Klaipeda, gás natural liquefeito (GNL) para suprir parte do gás que a Rússia deixou de lhe fornecer, noticiou hoje a imprensa local.

O combustível regaseificado começou a fluir domingo à tarde para a Polónia através do gasoduto construído pela operadora lituana Amber Grid, de acordo com o site da televisão pública LRT.

A construção do gasoduto Polónia-Lituânia começou em 2015 e terminou este ano. O gasoduto percorre 508 quilómetros entre Jauniunai, no sul da Lituânia, e Holowczyce, no leste da Polónia.

"Este é um marco na história do desenvolvimento da independência energética entre a Lituânia e a Polónia, particularmente no contexto da segurança do fornecimento de gás", disse o presidente executivo da Amber Grid, Nemunas Biknius, citado pela imprensa local.

Depois de atingir a capacidade máxima em outubro próximo, prevê-se que o gasoduto transporte 2.000 milhões de metros cúbicos de gás por ano para a Polónia, o equivalente a 10% do consumo anual do país.

A inauguração oficial do gasoduto terá lugar no dia 5 de maio, com a presença dos Presidentes da Lituânia, Letónia e Polónia, bem como do Comissário Europeu da Energia e de vários ministros da Polónia e dos países bálticos.

O gasoduto será ligado à rede e aos sistemas de armazenamento do operador Conexus Baltic Grid, que deverá garantir a procura total de gás dos três países bálticos com GNL fornecido através do porto de Klaipeda.

Mais tarde, será também ligado por esta rede ao terminal de GNL flutuante ligado ao porto estónio de Paldiski, que será gerido pela Estónia e pela Finlândia.

Os planos das repúblicas bálticas para reduzir a sua dependência do gás russo foram acelerados pela invasão da Ucrânia e pelas ameaças de Moscovo de cortar o fornecimento em retaliação pelas sanções.

Os três países foram os primeiros na União Europeia (UE) a pôr fim às importações de gás russo, uma decisão que adotaram em abril passado.


Grupo Wagner está no Mali e na Líbia por "razões comerciais", diz Lavrov

© Getty Images

Por LUSA 02/05/22 

O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje que a empresa paramilitar privada russa Wagner está presente no Mali e na Líbia por "razões de natureza comercial".

Em entrevista à televisão italiana Mediaset, Lavrov reiterou a posição de Moscovo de que a Wagner "não tem nenhuma ligação ao Estado russo".

Acusada de ser próxima do Presidente Vladimir Putin, a empresa Wagner é acusada de empregar mercenários que cometeram abusos no Mali, Líbia e Síria.

Segundo Lavrov, Moscovo deu explicações à França sobre esta questão quando o Governo francês "ficou perturbado porque a Wagner assinou um acordo com o Governo do Mali para a prestação de serviços de segurança".

"O meu caro colega Jean-Yves Le Drian [homólogo francês], assim como [o chefe da diplomacia europeia] Josep Borrell, em setembro de 2021, disseram-me diretamente que a Rússia não tinha nada a fazer na África, nem por meios estatais, nem por meios privados, porque África é uma área [de interesse] da UE e da França", disse Lavrov.

"Também explicámos" que na Líbia "esta empresa militar privada foi convidada pelas autoridades para Tobruk, onde está localizado o parlamento", acrescentou.

"Eles estão lá numa base comercial, e o mesmo se passa no Mali", assegurou o chefe da diplomacia russa.

O governo de Bamaco, resultante de um golpe de Estado bem-sucedido de uma junta militar, evoca por sua vez a presença no seu território de simples conselheiros russos.

Entre "10 mil a 20 mil" mercenários da empresa paramilitar russa Wagner ou combatentes sírios e líbios estão atualmente a lutar ao lado das forças russas na Ucrânia, segundo uma autoridade europeia.

A Rússia invadiu, na madrugada de 24 de fevereiro, a Ucrânia e em resultado dessa operação já morreram mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Guterres quer países ricos a investir em África após pandemia e guerra

© REUTERS/Carlo Allegri

Por LUSA  02/05/22

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje aos países ricos para que aumentem os seus investimentos em África, de forma a ajudarem o continente a recuperar dos danos provocados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

"Esta guerra está a agravar uma crise tripla -- alimentar, energética e financeira - na região e mais além", disse Guterres no início de uma visita a três países da África Ocidental.

Para o secretário-geral da ONU, os problemas de segurança alimentar de África não serão resolvidos sem "reintegrar a produção agrícola da Ucrânia e a produção de alimentos e fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia nos mercados mundiais".

Guterres mostrou-se "determinado a fazer tudo para facilitar um diálogo que possa contribuir para se alcançar este objetivo".

O ex-primeiro-ministro português falava no domingo no Senegal, antes de partilhar o 'Iftar' (jantar que quebra o jejum no Ramadão) com o Presidente Macky Sall, que no início do ano se tornou presidente em exercício da União Africana.

O secretário-geral da ONU deverá viajar hoje para o Níger, onde se reunirá com muçulmanos para marcar o fim do mês do Ramadão, e na terça-feira segue para a Nigéria, onde deverá alertar contra a violência do extremismo islâmico.

Guterres disse estar preocupado com a forma como a guerra na Ucrânia está a afetar o continente africano e disse ter criado o Grupo de Resposta à Crise Global de Alimentação, Energia e Finanças para mobilizar as agências da ONU, os bancos de desenvolvimento e outras organizações internacionais para este problema.

Macky Sall lamentou, por seu lado, o "impacto dramático da guerra nas economias dos países em desenvolvimento".

Guterres pediu ainda a reforma do sistema financeiro global, que disse estar "moralmente falido", e defendeu que todos os mecanismos disponíveis devem ser usados para beneficiar os países em desenvolvimento e de médio rendimento, especialmente em África.

Voltou ainda a apelar à equidade vacinal para ajudar África a recuperar da pandemia.

"É inaceitável que hoje quase 80% da população africana ainda não esteja vacinada", disse, apelando aos países ricos e às farmacêuticas para acelerarem a doação de vacinas e investirem na produção local desses fármacos.

Antes de viajar para o Níger, Guterres também defendeu que as juntas militares no Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali devem devolver o poder aos civis "o mais depressa possível".

"Concordamos com a importância de continuar o diálogo com as autoridades de facto [desses] três países para estabelecer o retorno à ordem constitucional o mais depressa possível", afirmou Guterres em Dacar, após o encontro com Macky Sall.

Enfraquecida pela crise do Sahel, a África Ocidental foi ainda mais desestabilizada pelos golpes militares que ocorreram sucessivamente no Mali (agosto de 2020 a maio de 2021), Guiné-Conacri (setembro de 2021) e Burkina Faso (janeiro de 2022).


Leia Também: ONU quer transição "rápida" no Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali

Qual é o novo perigo digital? ...Saiba por que o sinal de paz e amor nas fotos pode te colocar em perigo:

Rodrigo Faustino

 Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Informática, com sede no Japão, fazer esse gesto pode expor suas informações biométricas.

Esse é um alerta importante, afinal ter a impressão digital de alguém facilita o acesso a dados sigilosos dessa pessoa, incluindo conta bancária.

Os pesquisadores ainda revelaram que que tirar uma foto fazendo esse sinal a pelo menos 3 metros da câmera diminui as chances de sofrer com surpresas indesejadas.

Entretanto, apesar dos sinais alarmantes, seria preciso um criminoso altamente qualificado para acessar uma foto sua e usar o gesto do sinal de paz para recriar sua impressão digital. Seria necessário obter a foto certa e, em seguida, fazer uma recriação intrincada, exata de sua impressão digital.


O Presidente da República, deseja à todos os fieis muçulmanos, votos de felicidades por ocasião de “Eid al-Fitr”

Que Allah guie os Guineenses pelo caminho do perdão e da reconciliação.

Ramadan Kareem!

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

Desejo Boas Festas de Ramadan, com saúde, paz e Unidade Nacional.

#eidmubarak, #badipovo#braimacamará

 Bá Di Povo

Veja Também:

Registadas duas explosões em Belgorod, avança o governador da região russa

Bombeiros combatem um incêndio num depósito de combustível, que no início de abril terá sido alvo de ataque militar ucraniano na cidade russa de Belgorod, segundo o governador da região, Vyacheslav Gladkov (Getty Images)

SIC Notícias  2 Maio, 2022 

 O responsável local diz que, no domingo, uma pessoa ficou ferida num incêndio que ocorreu em instalações do Ministério da Defesa russo.

Duas explosões ocorreram as últimas horas em Belgorod, região do sul da Rússia na fronteira com a Ucrânia, avançou o governador da região, Vyacheslav Gladkov. No domingo, o mesmo responsável disse que a ofensiva causou um incêndio numa instalação do Ministério da Defesa russo, uma pessoa ficou feridas e sete casas ficaram danificadas.

“Não houve vítimas ou danos”, informou também Gladkov, segundo a Reuters.

No domingo, o governador disse que uma pessoa ficou ferida num incêndio que ocorreu em instalações do Ministério da Defesa russo em Belgorod e que sete casas ficaram danificadas, na sequência da ofensiva ucraniana.

Também nas redes sociais, surgem informações que carecem de confirmação oficial, sobre explosões ouvidas durante a noite na região.

No mês passado, a Rússia acusou a Ucrânia de um ataque de helicóptero a um depósito de combustível em Belgorod, de bombardeamentos a algumas localidades e ataques com mísseis a um depósito de munições. Kiev negou a responsabilidade dos ataques.

Leia Também


Afundamentos surgem menos de um mês depois da destruição do navio russo Moskva.

A Ilha da Serpente voltou a ser palco de um vídeo impressionante na guerra na Ucrânia, com o governo ucraniano a publicar esta segunda-feira imagens da destruição de dois navios russos no mar Negro.

Através do Twitter, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que a força aérea abateu "dois navios Raptor russos" durante a madrugada. O anúncio também foi feito pelo Telegram, pelo chefe do Estado Maior, Valeriy Zaluzhniy...Ler Mais


A Rússia classificou hoje como um "ato de sabotagem" o colapso parcial de uma ponte ferroviária na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.

Na rede Telegram, o governador de Kursk, Román Starovoit, afirmou que a destruição parcial da ponte ferroviária "foi sabotagem", embora não tenha identificado a autoria do incidente, e indicou que irá ser investigado pelos "especialistas das forças e do corpo de segurança".

A ponte ferroviária era utilizada apenas para transporte de cargas e não houve registo de feridos.

Na sua conta no Telegram, citado pela agência Efe, Róman Starovoit já tinha revelado hoje que um posto fronteiriço na região de Kursk tinha sido alvo de novos ataques com morteiros a partir de território ucraniano...Ler Mais


© Getty Images

NOTÍCIAS AO MINUTO  02/05/22


Depois de relatos sobre a morte do mítico piloto, a Força Aérea Ucraniana desmentiu não só os rumores como a existência do militar, cuja história se tornou épica depois de muitos vídeos partilhados.

No dia 13 de março, um piloto chamado Stepan Tarabalka morreu nos céus ucranianos, depois de uma batalha contra os russos. O britânico The Times noticiou que a morte do major, de 29 anos, era também a morte do 'Fantasma de Kyiv', um mítico piloto que teria aterrorizado a Força Aérea russa ao abater 40 aeronaves.

No entanto, a Força Aérea Ucraniana veio desmentir, mais uma vez, a existência do 'Fantasma'

Através do Twitter, este ramo das forças armadas ucranianas afirmaram que "o 'Fantasma de Kyiv' continua vivo", pois "personifica o espírito coletivo dos pilotos altamente qualificados da Brigada Tática de Aviação, que defenderam com sucesso Kyiv e a região".

Os rumores sobre o 'Fantasma de Kyiv' começaram bem cedo na guerra, ainda em fevereiro, quando o próprio governo ucraniano catalogou com a alcunha um piloto que terá destruído seis aeronaves russas, na região de Lugansk.

Os vídeos virais do alegado piloto mortífero foram-se seguindo, uns atrás dos outros, criando uma imagem épica de um ás dos céus imbatível, digno de filme. Um dos vídeos foi tão partilhado que, pouco tempo depois, o Deutsche Welle analisou-o e confirmou que tinha sido retirado de um videojogo.

As forças ucranianas vieram agora admitir que, apesar de Tarabalka ser, ele próprio, um herói morto em combate, o mito foi uma bem sucedida ação de propaganda.

"O fantasma de Kyiv é um super herói — uma lenda e personagem criada pelos ucranianos", admitiram.

Para trás, fica a campanha de marketing, que colocou frente a frente um superpoder militar, dotado de uma força aérea composta por milhares de aeronaves, contra um único piloto. E fica também a venda de muitas, muitas t-shirts.


Rússia nega fim da guerra a 9 de maio, no Dia da Vitória

© Getty Imagens

Por LUSA  02/05/22 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo negou que a Rússia pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 09 de maio, quando se celebra o Dia da Vitória, apesar de analistas preverem o fim do conflito nessa data.

"Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas ações a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória", disse Sergei Lavrov numa entrevista à televisão italiana Mediaset, transmitida no domingo, referindo-se à data comemorativa de 09 de maio de 1945 e à rendição nazi aos Aliados, incluindo à antiga União Soviética.

"O ritmo da operação na Ucrânia depende, acima de tudo, da necessidade de minimizar possíveis riscos para a população civil e para os militares russos", acrescentou.

A Rússia celebra geralmente o Dia da Vitória com grande pompa e circunstância, com um grande desfile militar no centro de Moscovo e um discurso do Presidente, Vladimir Putin, saudando o papel de liderança do país na derrota do fascismo na Europa.

Contudo, as celebrações deste ano têm como cenário de fundo uma campanha militar de Moscovo na Ucrânia, que Putin justificou com a necessidade de "desnazificar" a antiga república soviética, com outras referências à Segunda Guerra Mundial.

"Celebraremos solenemente o 09 de maio, como sempre fazemos. Recordemos aqueles que caíram pela libertação da Rússia e de outras repúblicas da ex-URSS [União das Repúblicas Socialistas Soviéticas], pela libertação da Europa do flagelo nazi", disse Lavrov.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


RÚSSIA/UCRÂNIA: G7. Scholz convida Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para reunião

© Getty Images

Por LUSA  01/05/22 

O chanceler alemão, Olaf Scholz, planeia convidar a Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para a próxima reunião do G7, em junho, para fortalecer a coligação internacional contra a Rússia, noticiou hoje a Bloomberg.

De acordo com esta agência de informação financeira, que cita fontes conhecedoras da decisão, o líder alemão pretende convidar os homólogos da África do Sul, Indonésia e Senegal para o encontro nos Alpes da Baviera, de 26 a 28 de junho, devendo a decisão ser anunciada quando Scholz receber Narendra Modi em Berlim.

Nas últimas semanas, o chanceler alemão hesitou em convidar Modi devido à relutância da Índia em condenar de forma clara a invasão da Ucrânia pela Rússia e ao aumento da venda de crude da Rússia à Índia, mas Scholz decidiu-se pelo convite devido ao aumento da população indiana, à sua longa tradição democrática e ao valor de garantir um parceiro com influência para isolar a Rússia, escreve a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo de decisão, que acrescentam a importância da Índia nas questões do clima e de defesa.

Apesar de não serem esperados quaisquer acordos resultantes das reuniões bilaterais de segunda-feira entre os líderes alemão e indiano, as discussões vão centrar-se na facilitação da emigração de trabalhadores indianos qualificados para a Alemanha e na maneira de acelerar a transferência de tecnologia alemã para a Índia, que possa reduzir as nocivas emissões de carbono.

No seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, Scholz pretende fortalecer os laços económicos e políticos da Alemanha com os países democraticamente eleitos no mundo, e foi por isso que o primeiro destino asiático do sucessor da histórica Angela Merkel foi o Japão, ao passo que os seus antecessores escolheram a China, levando grandes delegações empresariais.

A Índia foi uma das mais de 50 nações que se abstiveram na votação que decidiu a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e está a aumentar as importações energéticas da Rússia, sendo também um importante cliente de armas, argumentando que são necessárias como medida de dissuasão face à China e ao Paquistão.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


domingo, 1 de maio de 2022

Nancy Pelosi visita Kyiv e reúne-se com Zelensky

© Lusa

Por LUSA  01/05/22 

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, esteve reunida com o presidente da Ucrânia durante uma visita à capital do país, Kiev, anunciou hoje Volodymyr Zelensky.

Pelosi, terceira na linha da presidência, é a líder americana de mais alto nível a visitar a Ucrânia desde o início da guerra, e a sua visita marca uma grande demonstração de apoio contínuo à luta do país contra a Rússia.

Nas redes sociais, o gabinete do presidente Zelensky divulgou hoje a presença de Pelosi com uma delegação do Congresso: "Os Estados Unidos são um líder nos esforços para apoiar a Ucrânia na luta contra a agressão russa, obrigado por ajudar a proteger a soberania e a integridade territorial do nosso Estado", afirmou Zelensky, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

"Estamos aqui para vos agradecer pela vossa luta pela liberdade", afirmou Pelosi, dirigindo-se a Zelensky.

"Estamos numa fronteira de liberdade e a vossa luta é uma luta para todos. O nosso compromisso é estar ao seu lado até que a luta esteja terminada", acrescentou a líder norte-americana, cuja visita não tinha sido anunciada.

Antes da líder do Partido Democrata na Câmara Baixa do Congresso dos EUA, já tinham estado no país os secretários de Estado e de Defesa Antony Blinken e Lloyd Austin, recorda a agência de notícias EFE.

O presidente norte-americano Joe Biden já manifestou em várias ocasiões vontade de viajar para a Ucrânia, mas sem tornar as suas intenções mais específicas.

ArmyInform: Today's the 67 day of 🇷🇺🇺🇦 confrontation - Enemy losses in infographics ...#StopRussia

@armyinformcomua

CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA: Angelina Jolie obrigada a fugir da estação de comboios de Lviv

SIC Notícias 1 Maio, 2022

A atriz Angelina Jolie foi obrigada a fugir da estação de comboios de Lviv, no oeste da Ucrânia.

As sirenes, que alertam para a possibilidade de ataques aéreos, começaram a soar e a atriz e a equipa tiveram de abandonar rapidamente o local.

Angelina Jolie estava de visita aos voluntários que estão na estação a acolher deslocados da guerra e esteve também com crianças obrigadas a fugir por causa do conflito. Jolie é enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados.

Em conversa com um dos voluntários tenta o trabalho que é realizado naquele local.

GUERRA NA UCRÂNIA: Ataque russo em Paris, Berlim ou Roma? "Não haveria sobreviventes"

Por Notícias ao Minuto  01/05/22 

Propaganda do Kremlin sobe de tom e televisão estatal russa simula como Putin lançaria um ataque nas principais capitais europeias.

A propaganda do Kremlin começa a subir de tom numa altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, já avisou que quer que o fim das sanções faça parte das negociações de paz. 

No programa '60 Minutos' da rede estadual 'Rossian-1', meio ligado ao Kremlin, é apresentado um mapa de como o presidente da Rússia lançaria um ataque nuclear nas principais capitais da Europa. 

Os apresentadores do programa proclamam que bastariam 106 segundos para destruir Berlim, na Alemanha, 200 para Paris, em França, e 202 para Londres, no Reino Unido. "Não haveria sobreviventes", declaram os apresentadores dando também como exemplo, além destes três acima referidos, Roma, em Itália. 

Neste programa foi ainda explicado que Putin lançaria mísseis nucleares a partir da cidade de Kaliningrado, enclave russo que faz fronteira com a Polónia e a Lituânia, e que fica a cerca de 600 quilómetros da fronteira mais próxima com a Rússia.

Recorde-se que Sergei Lavrov alertou anteriormente para a possibilidade de uso de armas nucleares por parte da Rússia, não descartando uma III Guerra Mundial.  "Se ocorrer, será nuclear e destrutivo", disse.

Sobre as sanções impostas, o ministro russo afirmou: "Biden é experiente e sabe que não há alternativa às sanções senão a guerra mundial".

Rússia tem o maior número de armas nucleares do mundo

A Rússia é, atualmente, o país que detém maior número de armas nucleares do mundo. No dia 25 de fevereiro, um dia depois do início da invasão russa, a organização Bulletin of Atomic Scientists publicou um estudo no qual a capacidade nuclear da Rússia foi analisada. Constatou-se que Putin terá cerca de 5.977 armas nucleares.

Atrás dos russos, só os EUA com número elevado de armas nucleares. Estes dois países têm, entre si, cerca de 90% das armas nucleares do mundo.

Leia Também:

O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, propôs hoje a confiscação de bens comerciais aos países "não amigos" da Rússia, em resposta a medidas semelhantes tomadas pelo Ocidente.

"Écorreto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", disse na sua conta Telegram, citado pela agência de notícias EFE.

"E o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país", acrescentou.

Volodin escreveu ainda que a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma lei que permite a transferência de bens congelados de empresas e cidadãos russos para a Ucrânia: "Foi criado um perigoso precedente, que deve ser um bumerangue sobre os próprios estados"...LER MAIS