segunda-feira, 25 de setembro de 2017

SAÚDE - Dormir poucas horas pode custar anos de vida

Se dorme pouco, temos más notícias. A privação do sono afeta dois em cada três adultos e é uma porta aberta a sérios riscos de saúde que podem mesmo custar-lhe anos de vida.

Dormir menos de 7h de sono é considerado privação de sono
WANG ZHAO/AFP/Getty Images

Se tem por hábito dormir mal ou por pouco tempo, é provável que a sua saúde esteja em risco. O diretor do Centro de Ciência do Sono Humano da Universidade da Califórnia, Matthew Walker, avisa que estamos perante uma “epidemia catastrófica de privação do sono” que pode aumentar a probabilidade de contrair problemas de saúde graves e de reduzir em algumas décadas a nossa vida. Para Walker,”não é natural que sejamos a única espécie animal que deliberadamente se priva de dormir”.

Walker passou os últimos quatro anos a escrever o livro Why We Sleep [Porque dormimos?], um resumo dos seus já 20 e poucos anos de experiência na análise do sono, e que revela ligações preocupantes entre a privação do sono e problemas de saúde como Alzheimer, cancro, diabetes, obesidade e distúrbios de saúde mental, como a depressão e paranóia.

A Organização Mundial de Saúde dita que o ideal são oito a nove horas de sono por noite, sendo que no mínimo dos mínimos, uma pessoa consegue ser saudável a dormir só sete horas. Abaixo disso, é privação do sono. Walker diz ao The Guardian que estamos a chegar a um ponto em que a intervenção tem de partir “do governo e de outras grandes instituições”.

Nenhum aspeto da nossa biologia é poupado quando se fala de privação do sono. Entra em cada canto e recanto e, ainda assim,ninguém faz nada em relação a isso. As coisas têm que mudar: no trabalho e nas comunidades, em nossa casa, com a nossa família. Mas quando é que viste um poster do Serviço Nacional de Saúde a alertar para a necessidade de dormir? Quando é que um médico, em vez de recomendar comprimidos para dormir, recomenda só dormir?“, questiona o especialista.

Mas por que somos tão maus a dormir um número de horas decentes? O que mudou tanto em tão pouco tempo? Em 1942, menos de 8% da população vivia a dormir menos de seis horas por noite. Mas em 217, uma em cada duas pessoas vive essa realidade.

2/3
Dois em cada três adultos em países desenvoldidos não dormem no mínimo 8h/noite, como recomenda a Organização Mundial de Saúde
6,5 horas
Quem dorme, em média, apenas 6,5 horas/noite não vive além dos 60 anos
–29%
Um estudo de 2013 diz que os homens que dormem abaixo do número de horas recomendado têm uma contagem de esperma 29% mais baixa quando comparados com homens que dormem as horas necessárias
11,5
Com menos de 5 horas de sono, a probabilidade de ter um acidente de carro é 4,3 vezes maior. Com menos de 4 horas, a probabilidade aumenta para 11,5 vezes
10 a 30%
A exaustão física é atingida 10 a 30% mais cedo para quem dorme menos de 6 horas/noite
1º C
É um mito que um banho quente ajude a adormecer por ajudar a relaxar. Com um banho quente, os vasos sanguíneos dilatam-se deixando escapar calor interior. A temperatura do núcleo do corpo reduz. Para o processo de sono se iniciar é preciso arrefecer, no mínimo, 1º C
+100
Há mais de 100 distúrbios do sono identificados e diagnosticáveis, sendo que as insónias são o distúrbio mais frequente, seguido da apneia do sono e da paralisia do sono (que em casos sistemáticos leva à demência)
0%
Percentagem da população que vive bem com menos de 5 horas de sono e sem complicações de saúde (arredondada a um número inteiro)
200%
Adultos com mais de 45 anos que dormem menos de 6 horas por noite correm 200% mais risco de sofrer um AVC ou um ataque de coração. Essa percentagem sobe para 400% se for fumador
19 horas
Ao fim de 19 horas acordados temos a mesma capacidade cognitiva que uma pessoa alcoolizada
Fonte OMS / Why We Sleep, Matthew Walker, The Guardian

Walker explica que as razões são simples: “Primeiro, demos luz à noite. A luz é um degradador profundo do nosso sono. Segundo, há a questão do trabalho: nunca é certo quando entras ou sais e a deslocação para o trabalho leva cada vez mais tempo. Ninguém quer abdicar de tempo com a família ou de entretenimento, por isso abdicam do sono”.

Um alerta que várias personalidades já deixaram, incluindo Arianna Huffington, para quem a privação de sono se tornou já numa “epidemia global“.


Mas o britânico, que agora vive nos EUA, explica que a psicologia também desempenha um forte papel. Somos levados a acreditar que dormir é uma fraqueza da qual devíamos ter vergonha: “Estigmatizámos o sono com o rótulo de preguiça. Queremos parecer ocupados e uma forma de expressarmos o quão ocupados estamos é ao proclamar quão poucas horas dormimos. É um crachá de honra!”

Ninguém olha para um bebé a dormir e diz ‘Ah, que bebé preguiçoso!‘ — Sabemos que o sono não é uma coisa negociável para um bebé, mas essa noção é abandonada à medida que crescemos. Os humanos são a única espécie que deliberadamente se priva de sono, sem razão aparente.”
Se tem aquele amigo que lhe diz que vive bem com cinco horas (ou menos) de sono sem grandes problemas, duvide: “O número de pessoas que vive bem com cinco ou menos horas de sono, expresso em percentagem da população e arredondado a um número inteiro é 0%.”


O estudo do sono é ainda uma ciência pouco explorada, mas Walker garante que pode ser a cura para muitos problemas: “Porque é que o nosso instinto, com uma gripe, é dormir? É o corpo a gritar por descanso. O descanso cura. Todos os animais o fazem, alguns durante meses, mas nós escolhemos estar acordados quando não devíamos”. A privação do sono resulta em distúrbios como insónias e, em alguns casos mais extremos, situações de apneia e paralisia do sono.

AVC e ataque de coração
A causa está na pressão arterial. Até uma noite de sono curta faz disparar a pressão arterial de uma pessoa (mais ainda se beber café ou bebidas energéticas)
Diabetes
A privação do sono impede que o corpo controle de forma eficaz o nível de açúcar no sangue. Nos testes realizados, as pessoas privadas de sono respondem menos à insulina e entram num estado pré-diabético de hiperglicemia
Obesidade
Com menos horas de sono, o corpo produz menos quantidades da hormona responsável pelo sentimento de saciedade, leptina, e aumenta os níveis da hormona responsável pela fome, grelina
Sistema imunitário
Se está cansado(a), é mais provável que apanhe uma constipação.O sistema imunitário precisa de no mínimo 7 horas por noite para otimizar as defesas. Mais gravemente, a falta de sono afeta as células responsáveis por combater cancros
Alzheimer
Pouco sono ao longo da vida adulta pode resultar em Alzheimer. As razões são difíceis de sumarizar, até porque o Alzheimer é uma doença pouco compreendida. Mas os depósitos de amilóides (uma proteína tóxica ligada ao Alzheimer) acumulam-se no cérebro e só são devidamente "limpos" durante o sono profundo 
Saúde mental
Walker sugere que sonhar (mesmo que não nos lembremos) acalma a mente, o cérebro e o sistema nervoso. O sono profundo é um tipo de sono terapêutico e que equilibra as emoções, coordenações e processamento de informação
Fonte OMS / Why We Sleep, Matthew Walker, The Guardian

Que importância tem a fase de sono profundo? É que dormimos em ciclos de 90 minutos (uma hora e meia) e no final desses ciclos atingimos sempre a fase de sono profundo. Primeiro, temos o sono NREM (ou não-REM), e seguidamente o sono REM.

“Durante o sono NREM, o cérebro entra num padrão sincronizado e rítmico, quase de cântico”, diz Walker. “Há uma união fantástica em toda a superfície do cérebro. Os investigadores foram enganados durante muito tempo ao acharem que o sono era como um coma – não há maior mentira possível. Quando dormimos, grandes quantidades de memória estão a ser processadas.”

O investigador britânico explica que “para produzir tais ondas cerebrais”, milhares de milhões de células “cantam juntas, e depois entram em silêncio e etc, etc”. É nesse momento que todo o trabalho de processamento de memória e de informação e restauro é feito. E de repente o corpo entra numa fase de pouca energia, a pressão sanguínea mais baixa possível: sono REM, também referenciado como sono paradoxal, porque o cérebro entra num estado altamente ativo, semelhante ao de uma pessoa acordada. “O teu coração e sistema nervoso entram em picos de atividade: ainda não sabemos porquê”, explica Walker.

Contudo, dormir demais não é um mar de rosas. “Demasiada água mata, demasiada comida mata, demasiado sono deve, em última instância, matar. Acho que 14 horas [a dormir] é demasiado“.


A solução pode passar por implementar medidas em casa e no trabalho (e até a nível legal), sugere Walker.: “Temos alarmes para acordar. Não podemos ter alarmes para nos mandar para a cama? Devíamos pensar na meia-noite como o que ela é: o meio da noite. E não hora de estar nas redes sociais“.

Observador.pt


PRIMEIRO GRUPO DE 220 PEREGRINOS GUINEENSES REGRESSA AO PAÍS

Dos quinhentos e dez peregrinos, duzentos e vinte regressaram hoje de Meca, onde foram cumprir o quinto pilar do islão.

No Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira”, chefe da delegação, Herry Mané qualificou de boa a peregrinação a cidade santa de Meca.

Falando a imprensa, alguns dos peregrinos afirmaram que cumpriram com sucesso, um dos seus sonhos.

De acordo com o informante de Notabanca, o segundo grupo dos peregrinos constituídos por, duzentos e noventa, regressa na terça-feira, dia 27.

Notabanca; 26.09.2017

PRS PRONTO PARA Vº CONGRESSO

O Presidente da Comissão Organizadora do Vº Congresso do Partido da Renovação Social (PRS) admite, esta segunda-feira (25), que tudo está pronto para realização do congresso dos Renovadores


O Vº congresso ordinário do PRS vai decorrer na localidade de Gardete, arredores de Bissau, sob o lema “Consolidação de Estado de Direito Democrático para melhor servir a Guiné-Bissau”. Será o primeiro congresso do PRS desde a morte do seu fundador Kumba Ialá (4 de Abril de 2014).

Em conferência de imprensa realizada na sede do partido, o presidente da comissão organizadora do Vº congresso dos renovadores, Orlando Mendes Viegas, revela que tudo está aposto para o evento partidário sublinhando que na democracia os partidos devem organizar-se (congresso) para consolidar o Estado de direito democrático. 

Sobre ameaça de impugnar o congresso por um dos candidatos, Orlando Mendes Viegas diz que a comissão não tem medo para do cenário uma vez que a acção da comissão enquadra-se no estatuto do Partido e do Regulamento do congresso como princípio base que rege o congresso.

Já são conhecidos os rostos dos candidatos à presidência do PRS, segunda força política da Guiné-Bissau. A eleição está prevista para o Vº Congresso do partido, a ter lugar de 26 a 29 de Setembro (terça a sexta-feira).  

Dos nove candidatos à liderança do partido passaram oito, nomeadamente, Alberto Nambeia, actual líder do PRS, Ibraima Sori Djaló, antigo presidente do parlamento, Artur Sanhá, antigo primeiro-ministro e antigo secretário-geral dos renovadores, e Sola Kilim, actual ministro da Administração Territorial.

Como também Fernando Correia Landim, ex-ministro das Pescas, Aladje Sonco, funcionário das Alfandegas, Aladje Nanque, ex-deputado, e Ribana Bder Na Nkek, membro do Conselho Nacional do PRS.

Segundo a comissão organizadora a candidatura de Camnate Djata, membro do Conselho Nacional do PRS, caiu uma vez que não conseguiu reunir a condição base.

Para o cargo de secretário-geral concorrem Florentino Mendes Pereira, actual secretário-geral e ministro de Estado e da Energia, e Duarte Quadé, professor no centro de formação de docentes “Tchico Té”, em Bissau.

Participam no congresso da segunda maior formação partidária do país 1001 delegados e cerca de cinco dezenas de convidados nacionais e estrangeiros. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi
Radiosolmansi

PR da Guiné-Bissau na tomada de posse de João Lourenço

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, viajou hoje para Luanda, Angola, para participar na terça-feira na cerimónia de tomada de posse do Presidente eleito nas eleições angolanas de 23 de agosto, João Lourenço.

"É uma honra para nós participarmos neste ato que simboliza as relações fortes de amizade entre a Guiné-Bissau e Angola, que existem desde a luta de libertação nacional. É neste sentido que com muita honra vamos representar o nosso país ao mais alto nível", afirmou o chefe de Estado guineense, numa curta declaração à imprensa no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau.

A tomada de posse do Presidente eleito nas eleições gerais angolanas de 23 de agosto, João Lourenço, vai contar com a presença de mais de mil convidados nacionais e estrangeiros, entre os quais 30 chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Foto:NO TERRA SABI 
24.sapo.pt

Aprovado fundo para África com objetivo de mobilizar até 44 mil milhões

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje o Fundo Europeu de Desenvolvimento Sustentável (FEDS), que tem como objetivo mobilizar até 44 mil milhões de euros de investimento em África e em países da política de vizinhança do bloco europeu.


Bruxelas, 25 set - O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje o Fundo Europeu de Desenvolvimento Sustentável (FEDS), que tem como objetivo mobilizar até 44 mil milhões de euros de investimento em África e em países da política de vizinhança do bloco europeu.

O FEDS, que faz parte do chamado "Plano Juncker" de investimento, visa apoiar investimentos no continente africano e em países da política de vizinhança da União, "com o objetivo de contribuir para a erradicação da pobreza e de dar resposta às causas profundas da migração".

O fundo -- que deverá arrancar na quinta-feira com um orçamento inicial de 3.350 milhões de euros - deverá também "contribuir para a execução do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, prevendo-se a afetação de pelo menos 28% do financiamento a investimentos que contribuam para a ação climática, as energias renováveis e a eficiência na utilização dos recursos".

Depois da luz verde do Parlamento Europeu, bastava apenas o aval dos 28 Estados-membros para o novo instrumento financeiro poder entrar em vigor.

NAOM

PR diz que solução da crise política na Guiné-Bissau está nas mãos do parlamento

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que a solução da crise política no país está nas mãos do parlamento, que deverá voltar a funcionar.


"A solução da crise não está nas mãos da comunidade internacional. Ela está dentro da Assembleia Nacional Popular, que deverá voltar a exercer a sua função Constitucional", disse o chefe de Estado, num discurso proferido em Gabu, leste do país, por ocasião das cerimónias para assinalar o 44.º aniversário da independência do país.

O parlamento da Guiné-Bissau está encerrado há cerca de dois anos devido a divergências profundas entre as duas principais bancadas, a do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, vencedor das legislativas de 2014) e do Partido de Renovação Social (PRS).

As duas bancadas não se entendem sobre os temas a constar na agenda de trabalhos e nem sobre o lugar dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, que tinham sido expulsos do partido e do parlamento, mas que, entretanto, foram readmitidos pela justiça na Assembleia Nacional Popular, apesar do regimento não prever deputados independentes.

"Há dois anos foi interrompida uma sessão legislativa de forma irregular e até hoje a Assembleia Nacional Popular, única instituição do Estado que não está a funcionar regularmente, apesar da petição da maioria dos deputados, exigindo a abertura da casa da democracia, mas por vontade de uma minoria continua encerrada. É hora de pôr termo definitivo a esta situação anómala", salientou.

Para o Presidente, os guineenses devem rapidamente "desbloquear o funcionamento do parlamento e promover o entendimento entre deputados".

Sobre o Acordo de Conacri, José Mário Vaz insistiu que foi aplicado porque quando nomeou primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló foi com base no consenso que obteve de mais de 50% dos deputados.

"Assim, o Presidente agiu em obediência estrita à Constituição da República da Guiné-Bissau e não violou o Acordo de Conacri, porque este acordo não prevê a escolha nem por maioria e nem por unanimidade, mas sim por consenso", disse.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

"O então partido maioritário (PAIGC) foi convidado a integrar o governo de acordo com a sua representação parlamentar. Porém, esse partido recusou publicamente integrar o executivo, violando assim o compromisso por ele assumido em Conacri", salientou.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do PAIGC e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem para um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

O Presidente sublinhou também que o Acordo de Conacri não é um acordo internacional, mas sim um acordo alcançado entre as partes internas em litígio.

"As partes signatárias não estão investidas de poderes para rubricarem Acordos Internacionais em nome do Estado da Guiné-Bissau. Trata-se de equívocos intencionais criados para colocar em causa a soberania da Guiné-Bissau, que é irrevogável e inegociável", disse, concluindo que os acordos servem para unir.

Dn.pt/lusa

Guiné-Bissau tem uma dívida de 46 mil e 439 dólares com a ONU e poderá ser impedida de votar durante esta Assembleia geral da organização.

Esta dívida foi contraída entre os anos 2015 e 2016.
Dois Toyotas 4X4 custam mais do que a dívida do país.
Os nossos dirigentes são mesmo sérios?


Umaro Djau II

NASA abre centro de pesquisa em honra de Katherine, o "computador humano"

Katherine Johnson, de 99 anos de idade, uma figura importantíssima no desenvolvimento do programa espacial norte-americano, viu a sua história ser contada em 2016 no filme 'Hidden Figures'.


Katherine Johnson, um dos “computadores humanos” da NASA, que ajudou a fazer os cálculos que tornaram possível a missão que levou pela primeira vez um astronauta norte-americano a orbitar o planeta Terra, viu um novo centro de investigação da agência espacial ser inaugurado com o seu nome.

A contribuição de Katherine, assim como de muitas outras mulheres afro-americanas, para o programa espacial norte-americano foi levada ao grande ecrã com o filme ‘Hidden Figures’ (‘Elementos Secretos’, 2016), que conseguiu três nomeações aos Óscares do mesmo ano: Melhor Filme, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Atriz Secundária.

O filme de Theodore Melfi relata a história destas mulheres matemáticas afro-americanas, cujos cálculos ajudaram a NASA a colocar os primeiros homens no espaço. Os cálculos matemáticos necessários para planear as missões eram extremamente complexos e os computadores da altura não eram suficientemente avançados.

O preconceito e o racismo foram os dois principais obstáculos ao reconhecimento do trabalho destas mulheres.

Katherine Johnson na cerimónia de entrega dos Óscares, em 2016, com as atrizes principais do filme: Janelle Monáe, Taraji P. Henson e Octavia Spencer.
© Getty Images

Katherine Coleman Goble Johnson esteve presente na inauguração do 'Katherine G. Johnson Computational Research Facility', em Hampton, Virgina. A inauguração contou com uma homenagem à matemática de 99 anos de idade. "Estamos aqui para honrar o legado de uma das pessoas mais admiradas e inspiradoras alguma vez ligadas à NASA e a pessoa que dá nome a este edifício, Katherine G. Johnson, a matemática, o computador humano", afirmou um responsável da agência especial.


Na inauguração, quando questionada sobre o facto do centro ter o seu nome, Katherine foi prática: “Quer uma resposta honesta? Acho que são malucos”, afirmou, acrescentando, num tom mais sério, que a decisão é um crédito para todos os que a ajudaram.

Notícias ao Minuto

Guiné-Bissau defraudou as "melhores expectativas" dos seus filhos

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que o país defraudou as expectativas do povo e o sonho da independência deu lugar à deceção.


"Após a independência, os guineenses sentiram na pele o que é viver num país desestruturado e os sonhos deram lugar à deceção, depois de uma luta armada bem-sucedida. O país defraudou as melhores expectativas dos seus melhores filhos até chegarmos ao ponto onde estamos hoje", disse o Presidente guineense.

José Mário Vaz falava na cidade de Gabu, leste do país, onde decorrem as cerimónias para assinalar o 44.ª aniversário da independência da Guiné-Bissau e para onde viajou depois de durante a manhã ter deposto, em Bissau, uma coroa de flores no túmulo de Amílcar Cabral, 'pai' da luta pela independência do país.

Para o Presidente guineense, o "Estado e as suas instituições existem só para os mais fortes e a grande maioria está entregue à sorte".


"Eu sou e serei o Presidente dos fracos, dos injustiçados, dos pobres e dos excluídos. Eu sou o Presidente da mudança para que fui eleito e da concretização dos sonhos da Independência que todos esperam", salientou.

Sublinhando que a Guiné-Bissau estará perdida, caso os fundamentos que estiveram na base da vitória pela independência não sejam revisitados, José Mário Vaz disse que o passado continua a "ensombrar" o presente, porque não há entendimentos e compromissos com o povo e o país.

"Hoje estamos confrontados com problemas de governação, e muitas das vezes transferimos as nossas responsabilidades no sentido de confiarmos mais nos outros lá de fora, do que em nós próprios, cá dentro", afirmou.

Explicando que ganhou "inimigos poderosos internos e externos" por querer colocar o "país em ordem", José Mário Vaz lembrou que foi eleito para "defender os interesses do povo guineense e não para servir interesses alheios" à população e à Guiné-Bissau.

Nesse sentido, o Presidente reforço que nos últimos três anos o país vive um "ambiente de paz", não foram registados tiros nos quartéis, violação dos direitos humanos, ninguém foi morto ou espancado por questões políticas e que a "comunicação social guineense funciona num registo de plena liberdade de imprensa e expressão".

NAOM

domingo, 24 de setembro de 2017

CRISE INTERNA DO PAIGC FALSO DILEMA


Reflexão de Ernesto Dabó em saudação ao 44º aniversário da independência da Guiné-Bissau.

No passado dia 15 deste Setembro nacional, recebi convite da Comissão organizadora da CONFERÊNCIA NACIONAL DE REFLEXÃO PARA SALVAÇÃO DO PAIGC DE CABRAL, patrocinado pelo grupo dos 15, sob o lema: “UM PAIGC REUNIFICADO E COESO PARA ENFRENTAR FUTUROS DESAFIOS”. Confesso que acolhi o convite com alguma surpresa e certo cepticismo. Mas quando me enviaram o material promocional e me inteirei da intenção e lema da conferencia, senti que se situava na linha de continuidade dos meus modestos esforços para promover um debate interno no sentido da procura de caminhos para se reunificar o partido e tirar o país desta injusta crise, que considero ter epicentro no PAIGC.

Me parece lógico que numa situação de crise de liderança a direcção dum partido ou um governo, tenha que observar uma das duas soluções: RECOMPOR-SE OU DEMITIR-SE. Leve o tempo que levar, uma das duas acabará por ser a saida da crise. No caso do PAIGC, a crise vigente progride cada vez com maior evidencia para uma das soluções. O mais forte indicador de via para a recomposição reside no disposto do ponto 10 do acordo de Conakri:

10. O principio de uma reintegração efetiva dos 15 deputados dissidentes no seio do PAIGC, sem condições mas tendo em consideração os textos em vigor no seio do PAIGC.

Ao aceitar o convite, iclusive para apresentar um tema, quis saber se foi convidada a presidencia do partido. Afirmaram-me que sim. Igualmente com cepticismo aguardei para ver se alguem tomaria parte na conferencia em representação da direcçõ do partido. Infelizmente aconteceu o indesejável: ninguem compareceu. Este facto deixou-me profundamente triste por se revelar uma clara fuga a uma oportunidade de dialogo, que bem serviria para conhecermos da vontade da direcção do partido se recompor ou dos fundamentos que impedem que isso aconteça. É do domínio publico um conjunto de factos que autorizam que questionemos quanto aos ganhos do partido sob o seu actual comando. Permitam-me uma curta listagem de coisas que acontecerem desde Congresso de Cacheu ao presente:

1- A composição dos orgão dirigentes do PAIGC, lista de candidatos a Deputado e de membros do Governo, respeitaram mais ou unicamente o resultado eleitoral registado no Congresso.

2- Apesar de ter maioria absoluta, o Partido preferiu constituir Governo com adversários, atiçando assim as hostes internas que se sentiram excluidas dos ganhos de um processo em que estiveram envolvidos;

3- Nas primárias do partido para a escolha de candidato a apoiar nas presidenciais, em vez de arbitrar, o Presidente do partido assumiu-se apoiante de uma candidatura, que acabou derrotada;

4- Alguns meses passados, é afastado o Secretario Nacional do partido e Deputado da nação;

5- O crescendo e variedade de conflitos na direcção superior do partido atinge a sua presidencia, processo que leva ao afastamento de dois Vice-Presidentes;

6- A seguir, naturalmente, a crise interna estravasa os limites do partido e ganha espaço na esfera do Estado, implicando partes como a Presidencia da Republica e a Assembleia Nacional Popular. Assim se instalou uma original e intensa confrontação entre três presidencias com responsabilidades unicas na condução do país, que são:
– Presidência do PAIGC, partido vencedor das lesgislativas;
– Presidência da Republica;
– Presidência da Assembleia Nacional Popular

7- É derrubado o governo eleito do PAIGC;

8- É nomeado um ex-Vice-Presidente a Primeiro Ministro;

9- Duas vezes mais, o Governo é chefiado por alguem oriundo do PAIGC e nenhum deles concluiu o mandato;

10- Agudiza-se a crise no partido, o que conduz à abstençaõ de 15 deputados do PAIGC aquando da votação dum programa de Governo do Partido e por consequencia ao derrube de um Governo do PAIGC;

11- O partido prefere reprimir os Deputados em vez de proceder a uma auscultação e negociação, internamente, dado o evidente risco de perda de poder subjacente ao sucedido na ANP. Num processo factualmente sumário, expulsou os 15 Deputados da ANP, solicitou a cessação dos mandatos de alguns deles no Parlamento da CDEAO, conseguiu que a Comissão Permanente deliberasse a retirada de mandatos aos 15 Deputados;

12-A CDEAO recusa a solicitação do PAIGC;

13- O Supremo Tribunal de Justiça anula a deliberação da comissão permanente da ANP e ordena a restauração dos mandatos dos 15 Deputados;

14- Por razões que não se conhecem, o Partido aceita ser parte de um acordo destoado da Constituição da Republica ou seja, inconstitucional, conhecido por Acordo de Conacri;

15- O Partido suporta o bloqueio da ANP;

16- O partido veda a Convenção e a Universidade de Verão aos 15;

17- Prosseguem expulsões e suspensões de dirigentes e responsáveis em todos os escalões do partido e em todas as regiões, registando-se já dezenas de expulsos e suspensos;

Conjugados os factos elencados, julgo justo aceitar que o balanço da governação partidária está longe de ser satisfatório. Quando assim é, noutras paragens do mundo, em nome dos superiores interesses do Partido ou Governo, a direcção abre um debate interno, critico e autocritico, visando, correcções, orientações e reorientações a favor da organização. Noutras, a direcção demite-se ou é demitida. À luz desta conclusão sou levado a outra ponderação.

Como se pode imaginar, esta sequência de factos, indissociáveis da crise no PAIGC, não são frutos do acaso nem da responsabilidade de uma unica pessoa, por mais reponsável que seja no partido. Resultam duma crise de liderança cuja raiz mais remota se situa no 20 de Janeiro de 1973, com a perda de Amilcar Cabral e conhece agravamento e extensão aceleradas, a partir de 14 de Novembro de 1980. Dessa data ao presente, nunca houve duradoira estabilidade na condução do PAIGC, por falta de competencia, nomeadamente, dos seus principais dirigentes em cada etapa. Todas as direcções saidas de sucessivos congressos do partido fizeram da expulsão principal arma de combate aos seus adversários internos. Todos, sem excepção! Nenhuma direcção concebeu e implementou um sustentado projecto de reforma do partido. Preferiu-se sempre varrer os problemas para debaixo do tapete. Porque não se cuidou do corpo partidário, tornou-se infestado de terriveis virus que corroeram todas as direcções do partido e do Estado sob mandato do PAIGC e não só.

Com o advento da democracia, o PAIGC e demais partidos não entraram suficientemente preparados para exercer com competencia no novo sistema. Em consequencia, todos os principais partidos do país, progressivamente se tornaram em meros clubes de interesses de grupo, a degladiarem-se internamente e nos processos eleitorais, pelo controlo e delapidação dos recursos do país. A expressão maior desse facto são os sucessivos golpes, assassinatos de politicos, purgas internas, impunidade, sinais mais que evidentes de enriquecimento ilicito de gente no aparelho de Estado. Outra, é a progressiva desestruturação do Estado e a manutenção do país, (intencionalmente, para ganhos dos clubes de interese), sem poderes locais eleitos pelas populações (autarquias). Uma especie de apartheid num “Estado de direito”. Basta nos abeirarmos dos congressoa de qualquer partido no país, para nos darmos conta, sem grande esforço, de que os grupos de interesse só têm como estratégia interesses próprios, que difundem todos com o mesmo dicurso, prenhe de demagogia e populismo baratos.

No caso do PAIGC, há a dizer que do ponto de vista social e histórico é um partido resultante duma forte aliança entre o campo e a “cidade”, num país cuja “economia é agricultura”, em que ainda hoje, 80% da sua população vive directamente do campo e os restantes 20% vivem com um pé na bolanha e outro no alcatrão. Se traduzirmos estes factos para a esfera socio-politica, veremos que é e será sempre um erro fatal para quem quer que seja o dirigente máximo do PAIGC, agir sem ter em devida conta esta realidade, como a teve Amilcar Cabral e venceu. Amilcar Cabral consguiu manter e consolidar esta aliança, com a aplicação rigorosissima do principio de IGUALDADE DE OPORTUNIDADES PARA TODOS.

O nosso país chegou a independencia sem uma elite digna desse nome, em termos quantitativos e muito menos qulitativos. O que o sistema colonial deixou é um embrião residual duma pseudo elite e fortemente alienada. Teimar em fazer dominante na esfera politica, os residuos dessa camada forjada pelo sistema colonial, é absurdo e francamente impossivel. Observe-se a cara social do país nos dias de hoje. Acredita alguem que a elitização em curso no país, deve ou pode obedecer a criterios coloniais de estratificação social? O ensino e o mercado estão abertos a todos. Hoje fidjus di bideras, camponeses e outros, que são a maioria esmagadora deste país, constituem a maioria de quadros qualificados deste país e dominam a esfera económica. Como vencer a nova elite em crescimento? Confundir alguem civilizado no presente com um “civilizado/ assimilado” do periodo colonial “ si ka tristi i ta da garaça”. Quem for Cabralista saberá que essa aberração histórica, foi uma das razões da Luta de libertação Nacional, organizada e conduzida pelo PAIGC, sob comando do genial AMILCAR CABRAL, que para prevenir as catalinadas de hoje no seu partido, de forma metafórica, recomendou o “suicidio de classe à pequena burguesia”.

AMILCAR CABRAL, JÁ ALVEJADO, MORTALMENTE, DE OLHOS FIXOS NOS EXECUTORES DO SEU ASSASSINATO, DISSE:
“CAMARADAS, SE HÁ PROBLEMAS, DEVEMOS DISCUTI-LOS NO PARTIDO”.

Este legado de transcendente importancia e utilidade no presente, interpela a todos os dirigentes, responsávei e militantes cabralistas, do PAIGC, a uma reflexão serena, desinibida, visando a recomposição da direcção do partido.

Disse e repito: O PAIGC É UM PARTIDO LIBERTADOR A LIBERTAR. Explico: É um partido a reformar e modernizar. Tem doutrina, história, experiencia e competencias suficientes para ser cada dia “mais partido” e melhor partido.

Se um dia for convidado pela direcção do PAIGC, a defender os meus pontos de vista acerca deste falso dilema (como o fizeram para participar na conferência patrocinada pelos 15), responderei pronto, como sempre o fiz nas horas dificeis na vida do partido ou da nação.

Em nehum espaço me conformarei com a divisão de guineenses. 

Antes e mais que os cartões partidários, o nosso Bilhete de Identidade é que deve fazer de todos os filhos da Guiné-Bissau, partes unidas em defesa da mesma causa:
NACIONAL
ED
Gazeta.gaznot.com

PAIGC cumpre Setembro Vitorioso com grande odisseia para chegar ao Boé


Mesmo sem a jangada, a caravana do PAIGC entrou em Madina do Boé da maneira como a fotografia documenta — com estilo. O colonialista não impediu a proclamação da independência nas matas do Boé, não será uma jangada a parar o caminho para a liberdade. 

Fonte: AAS

EUA querem manter apoio à Guiné-Bissau para reforço da democracia e crescimento económico

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou hoje, numa mensagem para assinalar o 44.º aniversário da independência da Guiné-Bissau, que os Estados Unidos pretendem continuar a apoiar o país na consolidação da democracia e crescimento económico.


"Os Estados Unidos e a Guiné-Bissau têm uma parceria longa e valiosa. Os Estados Unidos vão continuar a trabalhar com as autoridades guineenses para fortalecer as instituições democráticas, reforçar o crescimento económico, o desenvolvimento e melhorar a segurança e os direitos humanos na Guiné-Bissau", refere a mensagem, divulgada à imprensa.

Na mensagem, o secretário de Estado felicita também o povo guineense.

A independência da Guiné-Bissau foi proclamada em 24 de setembro de 1973 em Lugadjol, no setor de Mandina de Boé, por Bernardo "Nino" Vieira, na altura combatente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), tornando-se mais tarde Presidente do país.

Dn.pt/lusa

José Mário Vaz - Hoje celebramos 44º aniversário da nossa Independência, saúdo e felicito a todos e cada um dos guineenses, onde quer que se encontrem, por mais este aniversário da Independência, da Libertação, da Soberania e da Identidade. Este é um momento de reflexão, hora para fazer balanços, parar, pensar, e quando necessário, mudar de rumo.


Este ano, celebramos o Dia da Independência Nacional sob o lema “Juntos pela soberania, em busca de soluções nacionais para o desenvolvimento”. Este lema justifica-se e constitui hoje a nossa grande preocupação.

Em memória, o meu reconhecimento e eterno agradecimento a todos quantos sacrificaram a própria vida para que – com imenso orgulho nosso – a Guiné-Bissau seja hoje um Estado livre e soberano no concerto das nações.

Os nossos valorosos Combatentes da Liberdade da Pátria, por uma causa lutaram, por um futuro melhor lutaram e por um país melhor, lutaram.

Devemos novamente revisitar os fundamentos que estiveram na base da nossa vitória na luta pela independência. Caso contrário, estamos perdidos.

A solução da crise não está na Comunidade Internacional. Ela está entre os guineenses.

Afinal de contas, há também uma Guiné-Bissau positiva, Uma Guiné-Bissau em que os seus melhores filhos estão a fazer a diferença.

Renovo os meus mais profundos sentimentos de crença na Guiné do futuro que hoje vos proponho.
Obrigado a todos por nos acompanharem.

Viva a Independência Nacional!

José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau

CIDADE GABU ARREBENTA E CALA A MUITOS. JOMAV MOSTRA O SEU PODER POLITICO E O POVO, O GRANDE RESPEITO POR ELE







Fonte: Dokainternacionaldenunciante