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sábado, 18 de maio de 2024

Líder do PTG: “NÃO VAMOS CAMINHAR COM PESSOAS OU PARTIDOS QUE INSULTAM O PRESIDENTE DA REPÚBLICA”

  O DEMOCRATA  18/05/2024 
O líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Botche Candé, afirmou que o seu partido jamais vai juntar-se com pessoas ou partidos que insultam a figura do Presidente da República. Acrescentou que o seu partido tem as portas abertas para receber pessoas e partidos que querem apoiar o Presidente Umaro Sissoco Embaló para fazer o segundo mandato.

Botche Candé falava num pequeno comício realizado na secção de Cuntima, setor de Farim, região de Oio, norte da Guiné-Bissau, assinalando a entrega de cartões de militância do partido dos trabalhadores aos antigos dirigentes e militantes do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM) daquela região, com destaque a figura do deputado Secuna Baldé.
Ainda em relação às novas entradas, o líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (TPG)  disse que não esperava  falar sobre o assunto, mas realçou o peso dos novos militantes para PTG e pediu que sejam respeitados, por decidirem fazer uma militância arriscada, deixando as formações políticas a que pertenciam.

Botche Candé realçou a determinação dessas figuras, o que revela que têm um compromisso com o povo e de desenvolver a Guiné-Bissau.

“Perceberam que se aderissem  ao PTG e ao projeto político do Presidente Sissoco Embaló conseguiriam dar a sua contribuição e desenvolver o país. Apenas temos que trabalhar juntos, unir os guineenses, porque o PTG não tem inimigos”, enfatizou.

Frisou que as novas entradas representam uma força dentro de outra força política para ganhar as próximas eleições.    

Questionado pelo Jornal O Democrata sobre a libertação de ativistas da Frente Porpular detidos esta manhã pelas forças de segurança durante a manifestação pacífica, o ministro do Interior disse que deixou toda a responsabilidade ao Secretário de Estado, acrescentando que é a pessoa que gere o referido assunto.

“Eu não sou o ministro que entrega ao Secretário de Estado poder, ou seja, a cabeça e depois seguro a cauda. Neste momento, o Secretário de Estado é a única pessoa que pode falar sobre o que realmente aconteceu hoje em Bissau”, assegurou, sem no entanto, avançar mais pormenores sobre o assunto.

Em nome de novos militantes aderentetes ao projeto do PTG, Secuna Baldé disse que hoje o partido dos trabalhadores ultrapassou a dimensão do seu líder, Botche Candé, incluindo os seus dirigentes, “porque é um partido com a dimensão nacional”.

Assegurou que atualmente o PTG tem quadros suficientes para assumir a liderança do governo e, consequentemente dirigir o país.

“É chegado o momento de unir os guineenses e juntar os esforços para desenvolver o país”, disse, acrescentando ainda que devem unir esforços para apoiar a candidatura do Presidente Umaro Sissoco Embaló, ao segundo mandato.

Por: Assana Sambú


Veja Também:

Deputado Secuna Baldé, acompanhado de vários dirigentes políticos do Círculo-6, setor de Farim vai aderir ao PtG. A cerimónia decorre em Cuntima sob a liderança de Botche Candé.   


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

PRS e APU-PDGB assinam acordo político para as eleições na Guiné-Bissau

POR LUSA   14/01/24 

O Partido da Renovação Social (PRS) e a Assembleia de Povo Unido -- Partido Social Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) assinaram hoje um acordo político com o qual as duas formações prometem concorrer às próximas eleições no país.

O PRS torna-se no segundo partido apoiante da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI)- Terra Ranka, que governava o país, a celebrar acordos com outras forças políticas fora da coligação, depois de o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ter dissolvido o parlamento a 04 de dezembro de 2023, sem ainda ter anunciado data para novas eleições.

Declarações dos dois líderes momentos depois da assinatura do acordo de aliança entre o PRS e APU-PDGB @Radio TV Bantaba ☝

No momento da assinatura do acordo, o líder do PRS, Fernando Dias, e o presidente da APU- PDGB, Nuno Nabiam, salientaram a importância do entendimento hoje alcançado "após vários anos de tentativas de aproximação".

"O PRS e a APU são filhos de um mesmo pai que é Kumba Ialá", notou Nuno Nabiam, numa alusão ao facto de Ialá, falecido Presidente guineense, ter sido um dos fundadores do PRS e mentor político do próprio.

Os dois partidos admitem ter "a mesma base sociológica e eleitoral", conforme salientou no seu discurso Fernando Dias.

"Somos dois partidos com as mesmas bases pelo que devemos andar juntos", observou o líder do PRS.

O acordo foi celebrado no âmbito das comemorações do 32.º aniversário da fundação do PRS, testemunhadas pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que felicitou os dois partidos "pela decisão sábia".

Sissoco Embaló, que se considerou "um grande amigo do PRS", observou que se os dois partidos continuassem divididos estariam a favorecer o adversário, numa referência ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), líder da coligação PAI-Terra Ranka.

Nas últimas eleições legislativas realizadas em junho de 2023, o PRS obteve 12 dos 102 deputados no parlamento e a APU- PDGB apenas um, neste caso, o líder do partido, Nuno Nabiam, antigo primeiro-ministro guineense.

O PRS firmou, então, um acordo de incidência parlamentar e governativo com a coligação (PAI- Terra Ranka), encabeçada pelo PAIGC, vencedora das eleições com uma maioria absoluta de 54 deputados, ao abrigo do qual integrou o Governo.

Fernando Dias era primeiro vice-presidente do parlamento ao abrigo do acordo com a PAI- Terra Ranka.

Fontes do PRS adiantaram à Lusa que Fernando Dias iria anunciar hoje a renúncia do PRS ao acordo com o PAIGC, o que não aconteceu, sem que se explicasse os motivos, apesar da insistência dos jornalistas.

"Em tempo oportuno o presidente (do PRS) vai fazer um pronunciamento sobre a situação política do país", indicou uma fonte do partido que faz parte do novo Governo na Guiné-Bissau formado pelo chefe de Estado, detendo oito pastas, seis ministérios e duas secretarias de Estado, entre 28 ministros e nove secretários de Estado.

Nas celebrações do aniversário do PRS, participou também o líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Botche Candé, atual ministro do Interior, que anunciou que o seu partido vai assinar um acordo político com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15).

O Madem G-15, apoiante do Presidente Embaló, e o APU-PDGB eram os únicos partidos na oposição na Assembleia Nacional Popular com a maioria PAI-Terra Ranka.

"Brevemente vamos assinar um acordo com o Madem", disse hoje Botche Candé.

O líder do PTG anunciou "o fim do acordo" com a PAI -- Terra Ranka, dias depois de o Presidente guineense, Sissoco Embaló, dissolver o parlamento e demitir o Governo saído das eleições de junho.

Embaló evocou a existência de uma grave crise política no país, com foco no parlamento, e ainda denunciou a ocorrência de uma tentativa de golpe de Estado no final do ano passado, para justificar a sua decisão.

O Presidente apontou os combates ocorridos entre os dias 31 de novembro e 01 de dezembro, entre a Guarda Nacional e as Forças Armadas, como elementos da tentativa do golpe fracassado.

A PAI -- Terra Ranka e vários setores da sociedade guineense têm vindo a contestar a decisão do Presidente de dissolver o parlamento, com o argumento de que a Constituição do país proíbe aquela medida, nos 12 meses posteriores às eleições.


O cordenador Nacional do Madem-G15, Braima Camara, o lider do PTG, Botche Candé e o PR General Umaro Sissoco Embalo discursam nas celebraçōes 32o aniversario do PRS que culminam com a constituiçāo eleitoral entre o PRS e APU-PDGB.  Video: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15   CANAL FALADEPAPAGAIO



Leia Também: Cultura da Guiné-Bissau vai ter uma casa em Lisboa aberta ao mundo

domingo, 14 de janeiro de 2024

32° aniversário de PRS 🎂: Aliança entre o PRS e a APU-PDGB... Domingo, 14 de janeiro de 2024

O cordenador Nacional do Madem-G15, Braima Camara, o lider do PTG, Botche Candé e o PR General Umaro Sissoco Embalo discursam nas celebraçōes 32o aniversario do PRS que culminam com a constituiçāo eleitoral entre o PRS e APU-PDGB.  Video: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15   CANAL FALADEPAPAGAIO

Discurso emocionante do Coordenador Nacional de MADEM-G15 Braima Camara no evento de comemoração da aniversário de PRS 



Declarações dos dois líderes momentos depois da assinatura do acordo de aliança entre o PRS e APU-PDGB @Radio TV Bantaba 👇


Radio Voz Do Povo / Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15Iaia Ture

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

RUI DUARTE DE BARROS: Primeiro-ministro guineense promete liderar um Governo "para resultados"

POR LUSA   21/12/23 

O novo primeiro-ministro guineense, Rui Duarte de Barros, prometeu que vai liderar o Governo, que hoje tomou posse, "para resultados" e que tudo fará para "levar o país para a frente".

Em breves declarações aos jornalistas no palácio da presidência, em Bissau, Rui de Barros desdramatizou as críticas de militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do qual faz parte, que o acusam de "traição".


A coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka), liderada pelo PAIGC, vencedora das eleições legislativas de junho passado com uma maioria absoluta, distanciou-se do Governo de Rui de Barros, que considera ilegal e inconstitucional.

A PAI- Terra Ranka, que detinha 54 dos 102 deputados no parlamento, formou um Governo com outras formações políticas, nomeadamente o Partido da Renovação Social (PRS), que tinha 12 deputados no parlamento, e o Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG), que detinha seis mandatos.

O Presidente guineense dissolveu o parlamento e demitiu o Governo da PAI -- Terra Ranka no passado dia 04, invocando uma grave crise no país, na sequência de confrontos entre militares e a Guarda Nacional dias antes (na sequência da detenção de dois membros do Governo por alegada corrupção), situação que considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado.

A Constituição guineense estipula que o Presidente não pode dissolver o Parlamento nos 12 meses seguintes às eleições legislativas.

Vários militantes do PAIGC criticam o facto de Rui de Barros, deputado no parlamento agora dissolvido e dirigente do partido, ter assumido um Governo que aquela formação política não reconhece.

"Para nós, o importante é fazer tudo o que for possível para levar este país para a frente e para isso contamos com toda a gente", afirmou o novo primeiro-ministro guineense, que era presidente do Conselho de Administração no parlamento dissolvido.

Sobre a sua equipa, composta por 24 ministros e nove secretários de Estado, Rui de Barros disse que vai "trabalhar para resultados", sem olhar a personalidades e partidos, frisou.

Quem também tem sido alvo de contestações de militantes do PAIGC é Aly Hijazy, antigo Secretário Nacional do partido e que agora integra o Governo como ministro da Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social.

Questionado sobre se a sua decisão mereceu a aprovação do PAIGC, do qual é também dirigente, Hijazy disse que sempre pensou e agiu com a sua cabeça.

"É uma decisão minha, aliás, todas as decisões que tomei são minhas, ninguém me influenciou a fazer o que eu não quero fazer", declarou Aly Hijazy, lembrando ser "um cidadão livre".

"Eu acho que a Luta de libertação Nacional foi por causa disto: A liberdade para caminharmos com os nossos pés e guiados pelas nossas cabeças. Em qualquer lugar onde eu estiver, eu tenho de decidir por mim", reforçou Hijazy.

Além destes dois dirigentes do PAIGC, fazem parte do novo Governo guineense outros membros do partido, nomeadamente, Carlos Pinto Pereira, ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, José Carlos Esteves, ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital e Mário Muzante da Silva, ministro das Pescas e Economia Marítima.

A posse do novo Governo não contou com a presença de nenhum elemento da comunidade internacional, contrariamente ao que acontece normalmente no país.

Presidente da República empossa novo Governo que conta com 24 Ministérios e 09 Secretarias de Estado

Bissau, 21 Dez 23(ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, nomeou na noite desta quarta-feira, através do decreto presidencial nº 77/2023, os membros do governo liderado por Rui Duarte de Barros, que no total conta com 24 ministros e 09 secretários de Estado.

O governo integra dirigentes do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM- G15), do Partido da Renovação Social (PRS), Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), da Resistência da Guiné-Bissau Movimento Ba-fata, do Congresso Nacional Africano (CNA), do Partido Luz da Guiné-Bissau (PLGB).

Assim para a pasta da Economia, Plano e Integração Regional; foi nomeado Soares Sambú do Madem G15, Maria do Céu Silva Monteiro, ocupa a pasta da ministra da Justiça e Direitos Humanos; Carlos Pinto Pereira, do (PAIGC), foi reconduzido nas funções do ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades.

Marciano Silva Barbeiro do (MADEM-15), foi nomeado  ministro da Administração Territorial e do Poder Local; Botche Candé (PTG), voltou a ser indicado para ocupar a pasta do ministro do Interior e da Ordem Pública ; Nicolau dos Santos (PRS), foi reconduzido no cargo do ministro da Defesa Nacional.

Mário Muzante da Silva (PAIGC), foi nomeado ministro das Pescas e Economia Marítima; Malal Sané, figura ligada ao Presidente da República, vai ocupar a pasta da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares; Ilídio Vieira Té do (PRS) voltou a ser chamado para as funções do ministro das Finanças.

Malam Sambú do (PRS) foi nomeado  ministro dos Recursos Naturais; Valentino Hideberto Infanda da([APU-PDGB) ocupa a pasta da Energia; Fatumata Djau Baldé do (PTG) vai dirigir o pelouro da Agricultura e Desenvolvimento Rural; Alberto Demba Turé igualmente do (PTG), é o novo ministro do Turismo e Artesanato;, Maria da Conceição Évora ministra da Comunicação Social.

José Carlos Esteves (PAIGC), reconduzido ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital cargo que ocupava no anterior executivo da Coligação Pai Terra Ranka; Orlando Mendes Veigas do (PRS), ocupa a pasta do ministro do Comércio e Indústria.

Herry Mané do (MADEM), é o novo ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica; Aly Hizazy do (PAIGC) nomeado ministro de Administração Pública, Emprego, Formação Profissional e Segurança Social; Domingos Malú do([PRS), reconduzido no cargo do ministro da Saúde Pública, funções exercia no governo da Coligação Pai Terra Ranka.

Augusto Nhaga da (RGB – Mov. Bafata),  ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria;  Maria Inácia Có Mendes Sanhá (PRS), nova  ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social; Fidelis Forbs do (MADEM), ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo; Viriato Soares Cassamá (MADEM), ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática;,Augusto Gomes (APU-PDGB), ministro da Cultura, Juventude e Desportos.

Para a Secretaria de Estado de Estado do Tesouro, foi nomeado  Mamadu Baldé (P. da República); Mónica Buaro da Costa (PRS), nomeada secretária de Estado de Plano e Integração Regional; Cipriano Mendes Pereira (MADEM), novo secretário de Estado das Comunidades.

Nancy Raisa da Silva Alves Cardoso (Partido Luz), nomeada secretária de Estado da Cooperação Internacional; Elísio Gomes Sá (P. da República), nomeada Secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais; Garcia Bifa (APU-PDGB), secretário de Estado da Juventude; Djibrilo Djaló (CNA), secretário de Estado de Ensino; José Carlos Macedo Monteiro do  (MADEM),  secretário de Estado da Ordem Pública;  Abas Embaló (PRS) , Secretário de Estado de Gestão Hospitalar.

ANG/ÂC

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

PtG aprova entrada do PARTIDO no Governo da Iniciativa Presidencial.


Reunindo os órgãos, incluindo os deputados e ex-membros do governo, o PtG aprova a entrada no Governo da Iniciativa Presidencial em caso de convite formal. 
O lider Aladje Botche Cande destaca a participação no anterior Governo da PAI Terra Ranka e, lança novos desafios para o futuro.👇
  Radio Voz Do Povo

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Tiros de armas de guerra ouvidos em Bissau

© Lusa

POR LUSA    01/12/23 

Tiros de armas de guerra foram ouvidos hoje, em Bissau, capital da Guiné-Bissau, por volta da 1h20 (mesma hora em Lisboa), prolongando-se por alguns minutos, como testemunhou a Lusa no local.

Os tiros foram ouvidos no bairro de Luanda, arredores de Bissau e desconhece-se a origem dos disparos.

Os tiros acontecem na sequência de tensões vividas durante toda a noite de quinta-feira, depois de o Ministério Público ter decretado a prisão preventiva do ministro das Finanças, Sulemaine Seide, e do secretário de Estado do tesouro, António Monteiro.

Os dois membros do Governo foram levado para a sede da Polícia Judiciária, de onde terão sido retirados das celas por elementos da Guarda Nacional, segundo indicaram à Lusa várias testemunhas.

O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram hoje detidos no âmbito de um processo relacionado com pagamentos a empresários, disse à Lusa fonte judicial.

De acordo com a fonte, Seidi e Monteiro ficaram em prisão preventiva e foram conduzidos para as celas da Polícia Judiciária no bairro do Reno, perto do Mercado do Bandim, no centro de Bissau, após cerca de seis horas de audição no Ministério Público.

Os dois governantes estão a ser investigados no âmbito de um pagamento de seis mil milhões de francos CFA (cerca de 9,14 milhões de euros) a 11 empresários, através de um crédito a um banco comercial de Bissau.

A oposição, que denunciou o caso no parlamento, defende tratar-se de crime prevaricação e desrespeito a normas orçamentais, imputados ao Ministro da Economia e Finanças, ouvido na passada segunda-feira no parlamento.

Naquela instância, Suleimane Seidi confirmou a solicitação do crédito, defendeu que todo o processo obedeceu à legalidade e ainda reafirmou ser um procedimento normal entre os Governos da Guiné-Bissau.

A oposição, na voz do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15) considera o processo fraudulento por envolver "apenas empresários ligados ao Governo" da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka).

Logo após a denúncia do caso, o Ministério Público efetuou buscas e apreendeu documentos no Ministério da Economia e Finanças e ainda no banco que concedeu o crédito para o pagamento aos empresários.

Vários dirigentes do Ministério da Economia e Finanças já foram ouvidos desde a semana passada e hoje os dois principais responsáveis da instituição foram detidos.

Suleimane Seidi e António Monteiro são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI -Terra Ranka, no Governo, juntamente com o Partido da Renovação Social (PRS), Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG) e mais cinco pequenas formações políticas.

O Madem G15 e a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU - PDGB) são os únicos da oposição no parlamento.

A detenção do titular da pasta das Finanças ocorreu no dia em que o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o Orçamento Geral do Estado para 2024, agendado para discussão e votação na sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, que decorre até 27 de dezembro.


segunda-feira, 27 de novembro de 2023

GUINÉ-BISSAU: Primeiro-ministro guineense destaca "boa coabitação" com presidente

© Lusa

POR LUSA   27/11/23 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, defendeu, em entrevista à Lusa, que existe uma "boa coabitação" com o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, e acredita que "é desta" que um Governo completará quatro anos, sem ser demitido. 

Fazendo um balanço dos 100 dias da governação, Geraldo Martins disse à Lusa que, apesar de serem oriundos de famílias políticas diferentes, as relações institucionais e pessoais são boas com Sissoco Embaló, baseadas no respeito pelas regras democráticas e respeito mútuo.

O Presidente da República foi apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), que lidera a oposição no parlamento, e Martins é um dos vice-presidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI - Terra Ranka)  no Governo.

Geraldo Martins afirmou que, "apesar de ser uma experiência" para ambos, pelo facto de nunca um Presidente e um primeiro-ministro na Guiné-Bissau terem sido de campos políticos opostos, os dois responsáveis devem "fazer um esforço" para que a coabitação "seja saudável".

"Pela minha parte, eu vou continuar a trabalhar com o Presidente da República com todo o respeito, fazendo o meu trabalho e desempenhando o meu papel de chefe do Governo", destacou Geraldo Martins, apontando para as regras estabelecidas na Constituição e nas leis do país.

À pergunta sobre se acredita que é desta vez que um Governo eleito democraticamente vai até ao fim da legislatura sem ser demitido, o primeiro-ministro guineense disse, com um sorriso aberto, que, apesar de não depender apenas de si, tem esse sentimento.

"Claro que não depende apenas do primeiro-ministro, mas o nosso objetivo é termos a possibilidade de poder cumprir com o nosso mandato até ao final da legislatura. Eu penso que a Constituição da República e as leis foram feitas no sentido de proporcionar que os governos possam terminar os seus mandatos", sublinhou Geraldo Martins.

No que depender dele, o primeiro-ministro disse que "não vai acontecer qualquer crise no país que pudesse complicar o normal funcionamento das instituições", uma das premissas para que o Presidente da República demita o Governo.

"É evidente que o jogo democrático é complexo e muitas vezes não temos o controlo de todas as variáveis", frisou Geraldo Martins.

Entre várias tarefas previstas no programa do Governo recentemente aprovado pelo parlamento, constam a revisão da Constituição e da Lei Eleitoral, dois dos assuntos que mais polémica têm suscitado na classe política e na própria sociedade guineense.

Em relação à revisão constitucional, o Presidente Umaro Sissoco Embaló instituiu, em 2020, uma comissão que encarregou de formular um novo texto, uma iniciativa bastante criticada no país, sobretudo pela classe política e setores da justiça que dizem ser da exclusiva competência do parlamento.

O primeiro-ministro salientou ser do parlamento a decisão de avançar ou não para a revisão constitucional ou da lei eleitoral, mas lembrou que o Governo que lidera é uma emanação de uma maioria parlamentar.

Geraldo Martins, observou, contudo, ser "quase consensual" no país que é preciso rever a Constituição da República, de forma parcial ou pontual, para "clarificar algumas zonas sombras" no documento.

"Nós colocámos isso no nosso programa eleitoral, porque é um programa eleitoral de uma maioria e essa maioria está representada no parlamento, mas caberá a essa maioria tomar a decisão de avançar ou não com a revisão constitucional", defendeu Geraldo Martins.

O programa do Governo foi aprovado na primeira sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, que se prolonga até ao final de dezembro e que tem na ordem de trabalhos a discussão e votação do Orçamento Geral do Estado para 2024, que o executivo está a ultimar.

Se o previsto se confirmar, esta será a primeira vez que a Guiné-Bissau terá um orçamento preparado e votado antes do ano a que se destina.

O Governo tomou posse a 13 de agosto e resultou da nova composição da Assembleia Nacional Popular, com 102 deputados representativos de nove partidos.

O MADEM-G15, o partido do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, é o único da oposição, já que todos os outros apoiam a coligação da maioria que governa a Guiné-Bissau, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A coligação elegeu 54 deputados do PAIGC, da União para a Mudança (UM), do Partido da Convergência Democrática (PCD), do Partido Social Democrata (PSD) e do Movimento Democrático Guineense (ODM).

Aos cinco partidos juntaram-se mais tarde, através de um acordo de incidência parlamentar, o Partido da Renovação Social (PRS), com 12 deputados, o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), com cinco deputados, e um eleito do APU-PDGB.



Leia Também: Guiné-Bissau pede para crianças irem à escola, sobretudo as meninas

Guiné-Bissau. Primeiro-ministro quer fazer país crescer e infraestruturar

© Lusa

POR LUSA   27/11/23 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, quer pôr o país a crescer "sete a sete e meio por cento" até ao final da legislatura e infraestruturar o país, onde falta de quase tudo, desde estradas a energia.

Em entrevista à Lusa por ocasião dos 100 dias de governação, Geraldo Martins considerou "pouco" e "curto" o atual crescimento económico da Guiné-Bissau, em média de cinco por cento ao ano, e indicou como meta do Governo alcançar um valor de "sete, sete e meio por cento, nos próximos quatro anos".

O objetivo, disse, "vai implicar boas políticas macroeconómicas, a mobilização de poupanças, a atração de investimento estrangeiro e um setor privado que seja capaz de investir em áreas produtivas na Guiné-Bissau".

O chefe do executivo acredita que "esse crescimento económico vai proporcionar mais receitas ao Estado para financiar as suas atividades" e contrariar o atual cenário em que a Guiné-Bissau é um dos países que tem a menor taxa de pressão fiscal no mundo por só conseguir cobrar nove por cento da riqueza produzida anualmente no país.

A meta é chegar aos "15% no final da legislatura" e um dos caminhos traçados será o combate à economia informal com um programa de incentivo à formalização dos informais, que pagam, mas os pagamentos que fazem não chegam aos cofres do Estado porque "são feitas várias cobranças ilegais ou abusivas", segundo o primeiro-ministro.

Um suporte para o crescimento económico, acredita Geraldo Martins, é a infraestruturação do país, que classifica como "uma das coisas mais importantes".

O primeiro-ministro avançou que, em breve, a Guiné-Bissau deixará de depender de apenas um fornecedor de energia elétrica, o barco turco da Karpower, empresa que, em outubro, cortou o fornecimento durante dois dias por uma dívida de 15 milhões de dólares (13,7 milhões de euros).

Uma das soluções alternativas é o projeto da OMVG, a Organização para o Aproveitamento do Rio Gâmbia, que "está praticamente a colocar energia em Bissau, com uma capacidade mais ou menos semelhante à Karpower", especificou.

Geraldo Martins afirmou que a Guiné-Bissau não vai fazer "uma rutura imediata" com a atual fornecedora, mas, quando tiver outras soluções, "tudo vai depender daquilo que forem as negociações" com a empresa do barco.

O Governo guineense propõe-se, também, construir mais de mil quilómetros de estradas em quatro anos, com parcerias público-privadas, tendo como prioridade "as que servem para escoamento de produtos e produção agrícola local".

O chefe do executivo sublinhou que "o crescimento económico é fundamental para a redução da pobreza" num país "onde grande parte da população é pobre, cerca de 60% vive com menos de dois dólares por dia".

O turismo é outra aposta, com destaque para a divulgação das "ilhas paradisíacas" dos Bijagós, o arquipélago de 88 ilhas no sul do país, para atrair mais turistas.

"Vamos publicitar essas nossas ilhas, vamos criar condições infraestruturais para que as pessoas possam praticar o turismo, mas um turismo ecologicamente sustentável, por isso mesmo falamos em ecoturismo. Vamos criar outras condições, nomeadamente em termos de saúde, de prestação de serviços de saúde" para garantir segurança ao turista, afirmou.

Questionado pela Lusa, Geraldo Martins aproveitou para esclarecer uma dúvida que circula no país, a de que a ilha de Caravela, também no arquipélago dos Bijagós, teria sido vendida, pelo Governo anterior, a um grupo estrangeiro que opera no país.

Geraldo Martins confirmou ter "informações de que teria havido algum acordo, algum contrato em termos de cedência da ilha de Caravela para alguns grupos que pretendem fazer investimento nessa área", mas assegurou não ter tido acesso "a nenhum papel que prove que houve anuência do Conselho de Ministros para a cedência".

O programa do Governo aponta, como outro vetor do crescimento económico, o início da exploração de recursos naturais, nomeadamente os fosfatos em Farim, no norte, a bauxite, em Boé, no leste, e a areia pesada, em Varela, no norte.

Dos primeiros 100 dias da sua governação, o primeiro-ministro guineense elencou um conjunto de realizações que, disse, estão a atenuar as dificuldades da população, nomeadamente, a abertura do ano escolar, o abaixamento do preço do arroz (base da dieta alimentar do país), dos combustíveis e da farinha do trigo.

A redução do preço do peixe no mercado ainda não foi oficializada, mas o primeiro-ministro disse ser já uma realidade e defendeu ser imperativo que os guineenses comam mais peixe, um recurso abundante no país, mas pouco consumido pela população.

Geraldo Martins garantiu que, até o final do ano, os guineenses vão ter mais peixe no mercado.

O Governo tomou posse a 13 de agosto e resultou da nova composição da Assembleia Nacional Popular, com 102 deputados representativos de nove partidos.

O MADEM-G15, o partido do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, é o único da oposição, já que todos os outros apoiam a coligação da maioria que governa a Guiné-Bissau, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A coligação elegeu 54 deputados do PAIGC, da União para a Mudança (UM), do Partido da Convergência Democrática (PCD), do Partido Social Democrata (PSD) e do Movimento Democrático Guineense (ODM).

Aos cinco partidos juntaram-se mais tarde, através de um acordo de incidência parlamentar, o Partido da Renovação Social (PRS), com 12 deputados, o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), com cinco deputados, e um eleito do APU-PDGB.



Leia Também: O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, pede a pais e encarregados de educação para deixarem as crianças ir à escola, sobretudo as meninas, e promete políticas de sensibilização e criação de condições para a escolarização da população.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

O PtG reage detenção do seu vice-presidente e atual diretor-geral da Floresta, Leonel Infamara Mané pela Polícia Judiciária no âmbito da OPERAÇÃO BISSILÃO.

O Diretor-Geral da Floresta Leonel Mané, o seu contabilista, João Malaca Quindoco e um exator, Baba Baio são apresentados hoje ao Ministério Público por suspeitas de negócios ilegais de madeira. Recordar aqui o discurso do DG Floresta durante a posse dos delegados regionais.

Radio Voz Do Povo

domingo, 13 de agosto de 2023

Novo governo é "para quatro anos", diz primeiro-ministro da Guiné-Bissau

POR LUSA   13/08/23 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, disse hoje que o governo que lidera é "para quatro anos" e que as promessas eleitorais "devem ser cumpridas".

"Este será um governo de legislatura, um governo para quatro anos e, portanto, todas as promessas eleitorais que foram feitas devem ser cumpridas", afirmou, na tomada de posse dos 18 ministros e 15 secretários de Estado do novo executivo.

Assim, disse Geraldo Martins, o horizonte temporal para o cumprimento das promessas feitas durante a campanha não é "seis meses, não é um ano, são os quatro anos".

A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Indira Cabral Embalo, não esteve presente na cerimónia de tomada de posse.

O novo governo resulta da coligação Plataforma de Aliança Inclusiva (PAI)- Terra Ranka, liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as eleições legislativas de junho com maioria, conseguindo obter 54 dos 102 deputados do parlamento.

Após a vitória nas legislativas, a coligação assinou acordos de incidência parlamentar e governativa com o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), que integram também o novo executivo.

"Os guineenses podem esperar um governo que vai tentar resolver os seus problemas", afirmou o primeiro-ministro, reiterando que o executivo sabe "quais são as expectativas" e "as preocupações das populações".

Segundo Geraldo Martins, as populações querem que o governo ajude a comercializar a castanha do caju, o controle dos preços dos produtos de primeira necessidade, que as escolas públicas voltem a funcionar normalmente e que a prestação dos serviços de saúde e cuidados primários melhore, além do alargamento do fornecimento de água potável e que haja energia elétrica nas principais localidades e onde seja possível.

Estas são as prioridades do programa de emergência que será "o foco da governação nos primeiros seis meses", assegurou.

Ainda de acordo com o primeiro-ministro, paralelamente ao programa de emergência, o programa de governação será levado para aprovação à Assembleia Nacional Popular.

O programa de governação, referiu, será baseado no plano estratégico e operacional Terra Ranka e no próprio programa eleitoral da coligação PAI-Terra Ranka.

O plano estratégico abrange seis eixos: reforma e modernização do Estado, crescimento económico e redução da pobreza, relançamento do setor produtivo e a infraestruturação do país, valorização dos recursos humanos, política externa e preservação da biodiversidade.

"Todos estes eixos vão agora ser transpostos no programa do governo com medidas detalhadas e um cronograma de execução", adiantou, acrescentando que será dada "prioridade àquelas medidas e áreas que são prioritárias".

"O mais importante é que no final da legislatura possamos cumprir com a promessa eleitoral que fizemos ao povo guineense", referiu.


Triunvirato PAI-TERRA-RANKA, PRS e PTG

Por: Carlos Sambu

Confesso que esperava uma transição geracional mais acintoso no elenco, mas dou meus parabéns em especial aos jovens e os novatos que, por aqui tem campos abertos para fazer muita diferença! Aliás creio, da parte a parte, os nomes e as pastas não satisfaz e nem convenceram as agendas meticulosamente pensada após anuncio da vitoria e calculadas por parte dos (agora) aliados e da propria coligação vencedora! E, por consequência não houve grande entusiasmos entorno do novo Governo! Reduziu muita expectativa quando viram os rostos conhecidos e marcados 

Mormente, triunvirato que prometia ser cintilante entre aliados que detem uma maioria qualificada, não tinham antes de mais precavido todos os detelhes, digo isso, porque para mim, as pastas sociais não podia/devia ser todos ou mais, entregues aos acompanhantes (saúde e ensino superior PRS, agricultura PTG e entre outras) quando que, o vector crucial da vitoria fora cajú e problemas do ensino, educação e aumento desenfreada dos preços dos produtos da primeira necessidade e, sem contar que presumivelmente a pasta do comércio ficou para com um elemento da coligação! o povo votou e ouviu as promessas de quem ganhou e por isso devia ser ele ocupar-se das pastas sociais, mais isso, é só minha opinião! Portanto, competência e dinamismo do primeiro-ministro poderá fazer grande diferença nos "desfalque" do elenco. Boa sorte 

Carlos Sambu

sábado, 12 de agosto de 2023

Governação - Pesidente da República anuncia o elenco governamental liderado pelo primeiro-ministro Geraldo João Martins

Bissau, 12 ago 23 (ANG) - O Presidente da República anunciou no princípio da noite de hoje, sábado,  através do decreto presidencial númerro 52/2023, o elenco governamental, a ser liderado pelo primeiro-ministro Geraldo João Martins.

O executivo liderado por Geraldo João Martins da Coligação PAI-Terra Ranka, é ainda constituído por elementos do Partido da Renovação Social(PRS) e do Partido dos Trabalhadores Guineenses(PTG).

De acordo com uma Nota Informativa do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidencia da República, enviada a ANG, a orgânica do novo executivo conta com 19 Ministérios e 15 Secretarias de Estado contando com oito mulheres.

De acordo com o decreto presidencial número 52/2023, Domingos Quadé jurista e dirigente do Partido da Renovação Social, passa assumir a pasta da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, o advogado Carlos Pinto Pereira, é o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades.

Para as funções da ministra do Interior, foi nomeada Adiatu Djaló Nandigna, a pasta da Defesa Nacional foi confiada ao Nicolau dos Santos, o Ministério da Economia e das Finanças foi indigitado Suleimane Seide.

José António da Cruz Almeida foi nomeado ministro da Administração Territorial e Desenvolvimento Local, Tomásia Lopes Moreira foi nomeada ministra da Administração Pública, Trabalho e Modernização do Estado, Albino Gomes é o novo titular da pasta da Justiça e Direiros Humanos.

Ildefonso Duarte Pinto, nomeado ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Braima Sanha indigitado ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Ciêntífica, Domingos Malú nomeado ministro da Saúde Pública.

Cadi Seide, ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Mamadú Saliu Lamba, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Dionísio Reino Pereira, ministro das Pescas e Economia Marítima, José Carlos Esteves, ministro dos         Transportes e Comunicações.

Hotna Cufuk Na Doha, ministro dos Recursos Naturais, Issuf Baldé, ministro da Energia e Indústria, Jamel João Handem, ministro do Comércio, Indira Cabral Embalo, ministra da Cultura, Juventude e Desportos.

Para a secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, foi nomeado Augusto Menjur, na Secretaria de Estado do Tesouro foi indigitado António Monteiro.

Mussuba Canté foi nomeada secretária de Estado do Plano e Integração Regional, Marciano Indi, secretário de Estado da Ordem Pública, Ussumane Ianga, secretário de Estado da Cooperação Internacional, Maria Luísa Embalo, secretária de Estado das Comunidades.

Cadija Mané, nomeada secretária de Estado da Gestão Hospitalar, Hortência Francisco Cá, secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Ciêntífica, Valentina Mendes Djaló, secretária de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria.

Faustino Mamadú Saliu Djaló, secretário de Estado do Turismo, Gibril Mané, secretário de Estado das Telecomunicações e Economia Digital, António Samba Baldé, secretário de Estado do Ambiente e Biodiversidade, Francisco Muniro Conté, secretário de Estado da Comunicação Social Abás Embalo, secretário de Estado da Juventude e Desportos e Edil Jaime Barbosa Katar, secretário de Estado do Património Público.

ANG/ÂC



segunda-feira, 7 de agosto de 2023

PR da Guiné-Bissau recebe formalmente proposta de Geraldo Martins para PM

POR LUSA   07/08/23 

A Plataforma Aliança Inclusiva (PAI)-Terra Ranka, vencedora com maioria das legislativas da Guiné-Bissau, entregou hoje formalmente ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a proposta de nomeação de Geraldo Martins para o cargo de primeiro-ministro.

A proposta foi entregue pelo coordenador da coligação vencedora das legislativas de 04 de junho, Domingos Simões Pereira, ao Presidente guineense após audiências com todos os partidos com assento parlamentar.

"Já foi entregue", disse Domingos Simões Pereira.

Antes o também presidente da Assembleia Nacional Popular e líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) já tinha afirmado, no final da audiência com o chefe de Estado, que iria entregar ainda hoje a proposta formal de nomeação de Geraldo Martins para liderar o futuro Governo guineense.

Além da coligação PAI-Terra Ranka, o chefe de Estado guineense esteve reunido também com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), que disse ao Presidente não se opor à nomeação de Geraldo Martins para o cargo.

"O Madem-G15 não tem nada a dizer sobre a proposta apresentada pela PAI-Terra Ranka. O Madem está disponível e aberto. Respeitamos os resultados eleitorais e vamos fazer uma oposição democrática no sentido de continuar a estabilizar o país", disse Abdu Mané, líder parlamentar do partido.

O Madem-G15 elegeu 29 deputados e vai liderar a oposição no parlamento.

O Presidente ouviu também o Partido de Renovação Social, que assinou um acordo de incidência parlamentar e governativa com a coligação vencedora das eleições, e o PTG (Partido dos Trabalhadores Guineenses), que está também a negociar um acordo com a PAI-Terra Ranka.

Os encontros terminaram com a audiência ao primeiro-ministro cessante e líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, que informou que entregou a sua demissão do cargo.

"Nós reiteramos a nossa total colaboração, no sentido de o Presidente avançar e nomear o candidato proposto pela PAI-Terra Ranka para primeiro-ministro e consequente formação do novo Governo. Também apresentei a demissão do Governo por mim liderado", afirmou Nuno Gomes Nabiam.

O líder da APU-PDGB, que elegeu um deputado nas legislativas de 04 junho, disse também que não vai assinar nenhum acordo de incidência parlamentar com a coligação vencedora e que vai "colaborar com o novo Governo em tudo o que for bom para o país", mas que também é bom haver oposição.

"Isto é um processo democrático e quem ganha tem de governar e tem de haver oposição. O exercício tem de ser feito assim. A APU está preparada para fazer o seu trabalho enquanto oposição", salientou.


Assinatura do acordo de incidência parlamentar e Governativa entre coligação PAI e PTG.

Radio TV Bantaba 

Guiné-Bissau: Presidente da República ouve partidos sobre nomeação do primeiro-ministro