quinta-feira, 7 de março de 2024

O Conselho Constitucional anunciou uma nova data para o escrutínio. O Presidente cessante, Macky Sall, anunciou a data de 24 de Março, mas o Conselho Constitucional indica o dia 31 de Março.

Senegal: eleições presidenciais marcadas para o final de Março. (ilustação) © William de Lesseux/RFI

Por:  Lígia ANJOS    RFI   07/03/2024 

 Senegal: eleições presidenciais marcadas para o final de Março

Senegal – Depois do adiamento da data das eleições presidenciais, que mergulhou o Senegal numa crise política sem precedentes, o Conselho Constitucional anunciou esta quarta-feira, 6 de Março, uma nova data para o escrutínio. O Presidente cessante, Macky Sall, anunciou a data de 24 de Março, mas o Conselho Constitucional indica o dia 31 de Março.

As eleições presidenciais no Senegal estão marcadas para o final deste mês de Março, anunciaram a presidência e o Conselho Constitucional esta quarta-feira. No entanto, persistem incertezas quanto à data exacta, com a Presidência a anunciar que a primeira volta teria lugar em 24 de Março e o Conselho Constitucional a fixá-la para 31 de Março.

O Conselho Constitucional rejeitou as recomendações do diálogo nacional que defendeu eleições a 2 de Junho e a reabertura da lista de candidatos além dos 19 já validados. Em resposta, o Presidente Macky Sall anunciou uma nova data das eleições presidenciais: domingo, 24 de Março.

Num comunicado de imprensa, o governo anunciou que a primeira volta das eleições presidenciais seria realizada a 24 de Março: "O Presidente da República informou o Conselho de ministros da marcação da data das eleições presidenciais para domingo, 24 de Março de 2024". O Presidente também dissolveu o governo, o primeiro-ministro, Amadou Ba, deixou o cargo para se dedicar à campanha eleitoral, e foi substituído pelo ministro do Interior, Sidiki Kara.

O Conselho Constitucional marcou a votação para 31 de Março, justificando que a data foi definida para “compensar a inércia das autoridades competentes”.

Os membros do Conselho Constitucional lembram que o mandato do chefe de Estado termina a 2 de Abril, pelo que não é possível organizar eleições depois desta data, rejeitando a possibilidade de o Presidente cessante se manter no cargo como presidente interino, caso um novo chefe de Estado ainda seja eleito até 2 de Abril. O Conselho Constitucional rejeita outra recomendação feita por Macky Sall, declarando que a lista de 19 candidatos já validados pela instituição não deveria ser revista.

O Senegal enfrenta uma grave crise política desde o anúncio do Presidente senegalês, que decidiu adiar as eleições presidenciais de 25 de Fevereiro para 15 de Dezembro. Este adiamento foi interpretado como sendo um "golpe de Estado constitucional" pela oposição e por grupos da sociedade civil, desencadeando actos de violência de que resultaram mortos.

SAÚDE: Cientistas descobrem número de passos diários para reduzir risco de morte... Um novo estudo apontam o número mínimo de passos diários benéficos para a saúde de pessoas sedentárias.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto    07/03/24 

Há mais razões para exercitar-se, de acordo com dois novos estudos científicos. Uma investigação feita por investigadores da Universidade de Sidney, na Austrália, e divulgada terça-feira no British Journal of Sports Medicine, indicou que cada passo conta para diminuir o risco de morte em pessoas sedentárias.

Segundo os cientistas, cada passo dado até aos 10 mil reduz o risco de morte e de doenças cardiovasculares graves. Este estudo é o primeiro a indicar as percentagens relativas à redução do risco de morte única e exclusivamente a partir da caminhada.

A investigação envolveu 72.174 voluntários que tiveram a sua caminhada diária monitorizada, durante sete dias, através de uma pulseira eletrónica. Depois, os dados foram comparados com os seus históricos de saúde. Foi assim que os autores do estudo concluíram que o ideal é dar entre nove a 10 mil passos por dia para reduzir em 39% e 21% o risco de morte por qualquer causa e de doença cardíaca grave, respetivamente. Para obter metade dos benefícios, os cientistas descobriram que eram necessários dar quatro a 4,5 mil passos.

"Estes resultados mostram que as pessoas podem e devem tentar compensar as consequências para a saúde do inevitável tempo que passam paradas, a trabalhar sentadas, por exemplo, e que isso pode ser feito aumentando a sua contagem diária de passos", afirma o cardiologista Matthew Ahmadi, o principal autor do estudo, em entrevista ao portal da Universidade de Sidney.

Um outro estudo, realizado por investigadores da Universidade de L’Aquila, em Itália, e publicado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, indica que o risco de acidente vascular cerebral (AVC) também diminui quando colocamos o corpo em movimento. Os cientistas referem que a recomendação da Organização Mundial da Saúde, de 150 minutos de atividade moderada por semana, levou a uma redução entre 18% a 29% do risco de AVC.


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STJ: DESPACHO № 07/PSTJ/2024

 


Comunicado de secretariado nacional de Madem-G15.




SAÚDE: Investigadores criam sistema que previne pé diabético através de app

© iStock

POR LUSA    07/03/24 

Investigadores do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) desenvolveram um sistema que, incorporado num sapato e ligado a uma aplicação móvel, permite monitorizar o pé diabético e prevenir o desenvolvimento de complicações.

A tecnologia desenvolvida no instituto do Porto foi integrada na palmilha de um sapato específico para o pé diabético, uma das complicações mais graves da diabetes.

O sistema foi desenvolvido no âmbito do SMART-HEALTH-4-ALL, projeto europeu que terminou em junho de 2023 e que culminou na criação de vários dispositivos médicos, entre os quais o 'My Care Shoe'.

"O que fizemos foi uma integração inovadora", afirmou, em declarações à Lusa, Nilza Ramião, investigadora que liderou o projeto e coordena as unidades de biomecânica e saúde do INEGI.

Segundo Nilza Ramião, o sistema desenvolvido integra sensores - que permitem monitorizar a zona planetária e dorsal do pé, mas também as zonas de maior tensão - e atuadores, que, de forma preventiva, permitem aumentar a circulação sanguínea.

"É um sapato para prevenir a úlcera do pé diabético", destacou a investigadora.

O sistema recolhe informação "em tempo real" sobre as três zonas do pé (antepé, retropé e mediopé) e envia-a, via 'Bluetooth', para uma aplicação móvel, que pode ser controlada pelo doente.

Na aplicação, pequenas bolas retratam os sensores integrados na palmilha e variam de cor consoante os níveis de pressão, alternando entre verde, amarelo e vermelho.

O vermelho surge quando é detetada hiperpressão e nessa situação é enviado para a aplicação móvel um alerta, sugerindo ao doente que faça um exercício de compensação.

"Ao acionar, o sistema de ativação vai abrir e fechar as válvulas de forma a redistribuir o ar para a zona das hipertensões", esclareceu, também à Lusa, a investigadora Arcelina Marques, acrescentando que o exercício, com uma duração de cerca de 40 segundos, requer que o doente esteja parado.

Outra funcionalidade da aplicação "extremamente útil para a prevenção" da doença passa pela estimulação sanguínea. O doente pode ativar este exercício através da aplicação que aciona a vibração da palmilha, estimulando "internamente o fluxo sanguíneo".

À semelhança de um telemóvel, a palmilha tem de ser carregada. Se o uso do sistema for intenso a palmilha tem uma duração de quatro horas, caso não o seja poderá durar todo o dia.

A par destes exercícios, o doente pode aceder ao histórico de alertas e dados sobre a sua condição.

Segundo a investigadora, que é também docente no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), os dados registados na aplicação podem ainda ser monitorizados por um médico, uma vez que a aplicação está diretamente ligada a um 'site'.

"Em função das características do paciente, o médico prescreve uma série de exercícios e depois pode avaliar mediante os dados recolhidos pela aplicação de forma a acompanhar nas consultas", acrescentou Acerlina Marques.

Nilza Ramião admitiu, no entanto, que a utilização deste sistema não substituiu as orientações médicas, pretendendo ser uma solução para "ajudar e prevenir" a doença.

O protótipo foi testado em seis pessoas sem a doença, estando neste momento os investigadores a otimizar algumas das funcionalidades da aplicação. Assim que concluída essa fase, tencionam testar a tecnologia em cerca de 200 doentes com diabetes.

Posteriormente, a intenção é avançar com a certificação do sistema desenvolvido e, com isso, potenciar a sua prescrição médica, para que o sapato possa ser acessível a todos os doentes.

No desenvolvimento do sistema estiveram envolvidos a Ortomedical, Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e o 2CABraga -- Centro Clínico Académico.

Com um financiamento comunitário superior a quatro milhões de euros, o projeto SMART-HEALTH-4-ALL arrancou em 2020 e reuniu mais de 20 parceiros entre empresas e instituições científicas.



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Cabo Verde participa no encontro internacional para proteção dos oceanos

© Lusa

POR LUSA   07/03/24 

Cabo Verde é o país convidado do encontro internacional de Líderes Azuis, dedicado à proteção dos oceanos, que hoje decorre em Bruxelas, apresentando o trabalho realizado pelo país no âmbito da economia azul.

O ministro do Mar, Abraão Vicente, participa do evento para dar conta da experiência cabo-verdiana ao nível da economia azul -- atividades relacionadas com os oceanos, da pesca ao turismo, entre outras -- e sua relação com princípios de sustentabilidade.

A organização Líderes Azuis inclui 24 países -- entre os quais, Portugal, o único lusófono -- que apelam a ações urgentes para salvar o oceano global face à crise climática, à sobrepesca, à poluição e a outras ameaças.

O grupo nasceu durante a Cimeira do Clima de 2021 (COP26), altura em que os países constituintes assinaram uma declaração com dois princípios principais: estabelecer "uma nova meta global para proteger pelo menos 30% do oceano global até 2030" e "concluir rapidamente um novo tratado das Nações Unidas para conservar e proteger a biodiversidade no oceano além da jurisdição nacional".

O encontro de hoje faz parte do programa da presidência belga do Conselho Europeu.

O programa do encontro prevê painéis de discussão com representantes de Governos e organizações internacionais da área da ciência e juventude.

Um dos principais documentos em foco será o Tratado de Biodiversidade de Áreas Além da Jurisdição Nacional das Nações Unidas (Tratado BBNJ ou Tratado de Alto Mar) e a ligação entre o oceano e o clima.

Na qualidade de arquipélago no oceano Atlântico, a quase totalidade do território de Cabo Verde é constituída por mar, ao qual o país -- 10 ilhas, nove habitadas -- está ligado para quase todas as áreas de atividade económica e social.



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Guiné-Bissau : Campanha de castanha de caju 2024, entrevista com Mestre Mamadu Serifo Baldé Consultor em Economia e Gestão


 Radio Voz Do Povo 

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE MISSÃO DO FMI

 Presidência da República da Guiné-Bissau / @Radio Voz Do Povo

O Chefe de Estado recebeu, hoje, uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), liderada por Jose Gijon, que se encontra no país para a avaliação ao programa de Facilidade de Crédito Alargado para a Guiné-Bissau, aprovado no final de Janeiro, 2023, no valor de 35,3 milhões de euros, que será executado nos próximos três anos.  

O programa do FMI relativo a Guiné-Bissau visa apoiar as reformas desenhadas pelo país, com o objetivo de estabilizar a economia, melhorar a competitividade e fortalecer a governação. A missão tem como objectivo avaliar como as metas e critérios exigidos no âmbito do Programa Alargado de Crédito estão a ser atingidos.

Até finais do Maio, a Guiné-Bissau pode beneficiar de 6 biliões de CFA para o apoio orçamental no quadro Programa de Assistência financeira do FMI. O Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo recebeu hoje (06.03) a missão do Fundo que se encontra no país para avaliar o Programa.  @Radio Voz Do Povo


Presidente senegalês, Macky Sall, dissolve o Governo e, substitui o Primeiro-Ministro Amadou Ba pelo Ministro do Interior, Sidiki Kaba e, define 24 de março como nova data para eleições presidenciais.

//TV VOZ DO POVO _ France_24

SENEGAL DEFINE 24 DE MARÇO COMO NOVA DATA PARA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

O Presidente senegalês, Macky Sall, agendou um adiamento das eleições presidenciais para 24 de março, disse o governo na quarta-feira, depois de um tribunal superior ter decidido que uma proposta para realizar a votação após o seu mandato expirar, em 2 de abril, era inconstitucional.

O anúncio encerra uma noite dramática em que Sall dissolveu o governo e substituiu o primeiro-ministro Amadou Ba pelo ministro do Interior, Sidiki Kaba, para que Ba, o candidato presidencial da coligação no poder, possa concentrar-se na sua campanha eleitoral, disse a presidência.

Anteriormente, o Conselho Constitucional decidiu que uma proposta de uma comissão de diálogo nacional para a votação a realizar em 2 de Junho não estava em conformidade com a Constituição.

“O Presidente da República informou o Conselho de Ministros que a data das eleições presidenciais estava marcada para domingo, 24 de março”, disse o conselho de ministros pouco depois em comunicado.

 O anúncio é a mais recente reviravolta numa crise eleitoral que já dura há um mês e que provocou agitação violenta e avisos por parte dos aliados internacionais do Senegal de que a sua reputação como uma das democracias mais estáveis ​​da África Ocidental atingida por golpes de Estado está sob ameaça.

A turbulência tem origem numa tentativa frustrada das autoridades de adiar a votação de 25 de Fevereiro para Dezembro. Sall citou preocupações sobre disputas eleitorais para a mudança, mas alguns membros da oposição disseram que equivalia a uma tentativa de golpe institucional.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE DIRECTOR GERAL DA MENZIES AVIATION

O Presidente da República recebeu hoje em audiência, Aliu Soares Cassamá, Diretor Geral da Menzies Aviation Bissau.

Na ocasião, o Director Geral apresentou ao chefe de Estado a certificação de serviço de qualidade do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, emitida após uma auditoria internacional realizada pela Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA). Esta conquista confirma que o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira reúne todas as condições de segurança exigidas pela IATA, e permitirá que mais companhias aéreas possam operar na Guiné-Bissau.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

quarta-feira, 6 de março de 2024

RÚSSIA: Apoio a Putin parou de crescer, segundo sondagens publicadas na Rússia

© Contributor/Getty Images

POR LUSA    06/03/24 

O apoio eleitoral ao Presidente russo, que procura este mês a reeleição para um quinto mandato, parou de crescer, apesar de se manter nos 75%, segundo os dados mais recentes do Centro de Estudos da Opinião Pública da Rússia.

Citados no diário moscovita "Nezavissimai Gazet" - "Jornal Independente", os números publicados a 04 de março resultantes de duas sondagens "anteriormente suspensas durante duas semanas" traduzem que "o apoio eleitoral de Vladimir Putin, tendo diminuído de 79% para 75%, não cresce há quase duas semanas".

O jornal notou que a sondagem mais recente do centro de estudos foi feita nos dias 02 e 03 de março, ou seja, após o discurso à nação do Presidente, que não alterou de forma alguma a posição do candidato, apesar de nessa ocasião ter avançado os pormenores do seu programa eleitoral.

A pausa na divulgação das sondagens terá beneficiado Putin porque ajudou a amenizar a sua descida nas sondagens, além de criar "uma espécie de reserva para o crescimento futuro na ponta final da campanha eleitoral", referiu o quotidiano moscovita.

Em 2018, Putin "alcançou 76,69% da votação, o que significa que nele votaram 110 milhões e 850 mil russos", com uma taxa de participação de 67,54%, indicou ainda o jornal.

A previsão da participação dos russos no ato eleitoral presidencial que se aproxima já ultrapassa os 80%.

Para que o Presidente Putin tenha uma votação superior a 77%, é necessário que recolha a tendência favorável de, pelo menos, 70 milhões de eleitores.

Quanto aos outros concorrentes às eleições presidenciais da Rússia, marcadas para os dias 15, 16 e 17 deste mês, Vladislav Davankov recolhe 0,6% da aceitação dos russos, Nikolai Kharitonov fica-se pelos 0,4% e Leonid Slutski não vai além dos 0,3%.

Vladislav Andreevich Davankov, com 40 anos, é empresário e vice-presidente da Duma Estatal (câmara baixa) da Assembleia Federal da Federação Russa desde 12 de outubro de 2021.

É o primeiro vice-presidente do partido Nova Gente, desde 11 de outubro de 2021. Devido ao seu apoio à invasão da Ucrânia, está sob sanções internacionais da União Europeia (UE), Estados Unidos, Reino Unido e vários outros países.

Nikolai Mikhailovich Kharitonov nasceu em 1948 na região de Novossibirsk e é presidente do Comité da Duma Estatal para o Desenvolvimento do Extremo Oriente e do Ártico, desde 12 de outubro de 2021, e membro do Comité Central do Partido Comunista da Federação Russa.

Foi consagrado, em 2023, como Herói do Trabalho da Federação Russa. Nas eleições presidenciais de 2004, ficou em segundo lugar com 13,69% dos votos. Por ter apoiado a invasão da Ucrânia, é igualmente alvo de sanções internacionais.

Leonid Eduardovich Slutski, presidente do Partido Liberal Democrático da Rússia desde 27 de maio de 2022, natural de Moscovo, nasceu em 1968 e é presidente do Comité dos Assuntos Internacionais da Duma desde 05 de outubro de 2016.

O seu nome consta também desde 2014 na lista dos sancionados pelos Estados Unidos, UE e outros países por apoiar a intervenção das forças armadas russas na Ucrânia e a anexação da península ucraniana da Crimeia.

Em 2018, Slutski tornou-se uma figura central do primeiro escândalo sexual envolvendo a Duma Estatal da Federação Russa, amplamente coberto pela imprensa nacional e internacional e que motivou um "boicote" ao deputado por vários meios de comunicação. Foi um dos representantes russos nas negociações russo-ucranianas, após a invasão, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.



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Espanhóis preocupados com "morangos de Marrocos" com "hepatite A"... Agricultores de Valência disseram que existe um "perigo para a saúde pública".

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   06/03/24 

A Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA, na sigla em espanhol) mostrou "preocupação" perante a notificação emitida no portal comunitário RASFF (Rapid Alert System Feed and Food), da União Europeia, alertando para a "presença de hepatite A em morangos de Marrocos", detetados num ponto de entrada de Espanha.

Segundo a AVA-ASAJA, em comunicado, trata-se de um assunto "sério", porque foi superado o "nível máximo permitido".

Tal "pressupõe um perigo para a saúde pública". A presença de hepatite A nestes morangos pode "ter aparecido por regar as explorações com águas fecais".

A AVA-ASAJA enviou uma carta ao ministro da Agricultura espanhol, Luis Planas, para pedir que "de maneira urgente peça explicações ao governo de Marrocos e concretize que medidas pensa aplicar para evitar que este tipo de situações voltem a acontecer".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a hepatite A é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite A (HAV), que se espalha principalmente quando uma pessoa não infetada (e não vacinada) ingere alimentos ou água contaminados pelas fezes de um pessoa infetada".


JUSTIÇA/GUINÉ-BISSAU: Presidente Umaro Sissoco Embaló debruça-se sobre actuais casos de justiça

PR Umaro Sissoco Embaló visita às obras de Mbatonha © Radio Voz Do Povo

Por: Mussá Baldé  RFI  06/03/2024 

Bissau – De regresso ao país após visitas de trabalho a Israel e à Palestina, o Presidente da Guiné-Bissau deu o mote: Todos os casos judiciais devem ser julgados nos próximos tempos. Umaro Sissoco Embaló referia-se aos casos ligados às tentativas de golpe de Estado de 2022 e 2023 e ainda ao caso ligado aos ex-governantes detidos por suspeita de corrupção.

O Presidente Embaló aproveitou a visita ao local, em Bissau, onde está a ser construído um complexo escolar que terá ainda um posto médico e uma mesquita, para comentar a actualidade política do país.

O Presidente Embaló não falou da sua recente deslocação a Israel e à Palestina, mas falou da tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022 e ainda da de 1 de Dezembro passado.

O Presidente também abordou o caso do pagamento, pelo anterior Governo, de alegadas dívidas a 11 empresários, um caso que levou à detenção do ex-ministro da Economia e Finanças e do ex-secretário de Estado do Tesouro.

Umaro Sissoco Embaló disse que estes três casos devem ir a julgamento nos próximos tempos para que os guineenses saibam quem lesou o Estado.

O Presidente disse que vai convocar, ainda esta semana, o presidente interino do Supremo Tribunal de Justiça, o presidente do Tribunal Militar Superior, o Procurador-Geral da República e o Chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas.

A todos vai transmitir a sua orientação no sentido de se dar prioridade aos três casos judiciais.

Entretanto, decorre uma greve de quatro dias do corpo da Guarda Prisional, que reivindica progressão na carreira.

Dizem que há mais de 10 anos que não há progressão na carreira, quando a lei diz que em cada três anos devem ser graduados.

A greve impede os reclusos, entre os quais os dois ex-governantes, de receber visitas ou alimentos fornecidos pelos familiares.

MIGRAÇÕES: Mais de 8.500 migrantes mortos tornam 2023 o ano mais mortal da década

© Lusa

POR LUSA   06/03/24 

Pelo menos 8.565 pessoas morreram em 2023 a percorrer as rotas migratórias mundiais, tornando o ano passado no mais mortal já registado, avançou hoje o Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O número de mortos em 2023 representa um aumento de 20% em relação a 2022, adianta a organização, sublinhando, em comunicado hoje divulgado, a "necessidade urgente de medidas para evitar mais perdas de vidas".

O total do ano passado ultrapassa o recorde de mortos e desaparecidos a nível mundial que tinha sido registado em 2016, quando 8.084 pessoas morreram durante a migração.

A travessia do Mediterrâneo continua a ser a rota mais mortal para migrantes, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecidos, o que constitui o número de vítimas mortais mais elevado da região desde 2017.

Mas a OIM também registou, em 2023, números sem precedentes de mortes de migrantes em África (1.866) e na Ásia (2.138).

Em África, a maioria destas mortes aconteceu no deserto do Saara e na rota marítima para as Ilhas Canárias, enquanto na Ásia, a situação pior foi vivida pelos refugiados afegãos e 'rohingyas', grupo étnico proveniente sobretudo de Myanmar.

O projeto da OIM, que assinala este ano 10 anos de existência, soma mais de 63.000 migrantes mortos em todo o mundo na última década, sendo que quase metade se deveu a afogamentos.

De facto, a travessia do mar Mediterrâneo contabilizou pelo menos 22.953 mortos em 10 anos, só naquela que é considerada a pior rota, a do Mediterrâneo Central, que sai da Líbia, Argélia e Tunísia em direção à Europa, nomeadamente Itália e Malta.

"Ao assinalarmos os 10 anos do Projeto Migrantes Desaparecidos, começamos por recordar todas as vidas perdidas. Cada uma é uma terrível tragédia humana que se repercutirá nas famílias e nas comunidades durante os próximos anos", disse o vice-diretor geral da OIM, Ugochi Daniels, citado no relatório da organização.

Mas "estes números horríveis recolhidos pelo Projeto Migrantes Desaparecidos são também um lembrete de que devemos voltar a comprometer-nos com uma ação maior que possa garantir uma migração segura para todos, para que daqui a 10 anos as pessoas não tenham de continuar a arriscar as suas vidas em busca de uma vida melhor", defendeu.

O Projeto Migrantes Desaparecidos foi criado em 2014, após dois naufrágios devastadores ao largo da costa de Lampedusa, Itália, e é reconhecido como o único indicador que mede o nível de "segurança" da migração nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular.

Dez anos depois, é hoje a única base de dados de acesso aberto sobre mortes e desaparecimentos de migrantes, mas assume que o número de casos reais em todo o mundo deverá ser muito mais elevado do que os 63 mil documentados.

Os restos mortais de mais de 26 mil pessoas que perderam a vida durante a migração não foram recuperados, refere o documento, explicando que a recolha de dados enfrenta muitos desafios, especialmente em locais remotos, como o Parque Nacional de Darién, Panamá, e as rotas marítimas, onde a OIM denuncia regularmente "naufrágios invisíveis", em que barcos cheios de migrantes desaparecem sem deixar rasto.


Por  Rádio Capital Fm

A Coligaçao da Juventude  dos Paises Africanos de Língua Oficial Portuguesa manifesta preocupada com a “deterioraçao dia após dia” da legalidade democratica na Guiné-Bissau.

Através de um comunicado à imprensa divulgado hoje, a Cordenaçao da organização juvenil de PALOP na Guiné-Bissau diz lamentar o “retrocesso” em relaçao à situaçao dos direitos humanos, com destaque para flagrantes violações dos direitos civis e politicos, assim como os de natureza económica, social e cultural.

Em comunicado, na posse da Capital FM, datado de 6 de março, assinado pelo seu coordenador nacional, Vladmir Victorino Gomes, a organizaçao lamenta ainda o “arastamento de insegurança, do medo de se expressar livremente” e a emigração dos jovens, que considera o disperdiçar da força ativa de transformaçao do país. 

A Cordenaçao Nacional da Coligaçao da Juventude de PALOP manifesta a profunda preocupaçao face ao “estremismo etnico-religioso” registado nos ultimos tempos na Guiné-Bissau e alerta ao Estado e ao povo guineense para os riscos e perigo que estes atos possam provocar, e que poderão atingir a “invejável coexistência e coabitação em paz e irmandade entre diferentes religioes e etnias no país.

A organizaçao pede ainda à mobilizaçao de todas as organizaçoes da sociedade civil, as lideranças religiosas e o poder tradicional na luta contra os “males” que afligem o país.

A Cordenaçao Nacional da Coligaçao da Juventude de PALOP oonvida os jovens da Guiné-Bissau para, no contexto atual, se levantarem e trabalhar no sentido de servirem de vanguarda da paz e estabilidade, regeitando quaisquer atos que ponham em causa os valores conquistados.

“A Guiné-Bissau, infelizmente, contra vontade e desejo de a ver como uma naçao próspera, continua a não encontrar o tão almejado caminho para a estabilidade politico-governativa, facto esse que, hodiernamente, tem refletido, de forma direta, em quase todos os setores chave da vida dao país" lê-se no comunicado. 

Por: Gil Fernando Gomes

Guiné-Bissau : Pouco mais de 19 milhões de francos CFA de fundo do Instituto Nacional de Pesquisa Agrária ( INPA), foram desviados pelo dirigente do Ministério da Agricultura, afirma um dos Investigadores de Pesquisa Agrária


 Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau : Porta-voz do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde fala sobre as atividades do Centenário Amilcar Cabral.


  Radio TV Bantaba 

Nigéria promete à Rússia manter cooperação incluindo na esfera militar

© Reuters

POR LUSA   06/03/24 

A Nigéria prometeu hoje manter a cooperação e até reforça-la, incluindo na esfera militar, com Moscovo, que elogiou a luta do país africano contra a ameaça terrorista e o tráfico de droga.

"Este processo [de cooperação] existe há muito tempo e vai continuar", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Yusuf Tuggar Tuggar numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, em Moscovo, onde o ministro africano está em visita oficial.

O MNE nigeriano acrescentou que o seu país está a fazer um esforço para aumentar a cooperação com a Rússia nas esferas comercial e militar, mantendo simultaneamente os laços nos domínios da energia e da saúde.

Lavrov, por seu turno, prometeu que Moscovo continuará a ajudar os países africanos a reforçar as suas forças armadas e a sua segurança "face aos desafios persistentes".

A este respeito, destacou a contribuição e a determinação das autoridades nigerianas na luta contra a ameaça terrorista e o tráfico de droga.

O chefe da diplomacia russa também agradeceu a Abuja a sua "compreensão da situação na Ucrânia e das causas" do início da guerra.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra, enquanto alguns países africanos tem manifestado o seu apoio à Rússia.


Leia Também: Peseiro pode voltar ao banco da Nigéria... uma semana depois do 'adeus'


Leia Também:  A Human Rights Watch criticou hoje, em comunicado, o projeto de lei de amnistia apresentado segunda-feira pelo Presidente do Senegal, Macky Sall, aos deputados, considerando que abre a porta à impunidade de crimes graves. 

Moscovo acusa Kyiv de ataque contra território russo

© Reuters

POR LUSA   06/03/24 

Um depósito de petróleo na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, incendiou-se após um ataque de 'drones' ucranianos que não causou vítimas, disse o governador regional, Roman Starovoyt.

"Um ataque com um 'drone' ucraniano no distrito de Jeleznogorskii causou hoje um incêndio num depósito de combustível e lubrificantes", escreveu o responsável local russo nas redes sociais.

"Um tanque de combustível está a arder. Não há vítimas", acrescentou.

Segundo a agência de notícias russa TASS, o depósito pertence ao grupo mineiro Varitchev, que faz parte da empresa siderúrgica Metalloinvest, fundada pelo "oligarca" Alisher Usmanov.

O Ministério da Defesa russo não comentou este ataque, como é habitual, mas indicou ter destruído três 'drones' ucranianos durante a noite, dois sobre a região de Voronezh e outro sobre a região de Belgorod, ambas perto da fronteira com a Ucrânia.

De acordo com a mesma fonte, também não se registaram vítimas.

Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, o território russo tem sido regularmente atingido por ataques atribuídos a Kyiv, tendo como alvo depósitos de petróleo e refinarias, em particular nas últimas semanas.


Leia Também: Kyiv diz ter abatido 38 'drones' lançados pela Rússia durante a noite


O Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científca faz balanço da participação na IXª Comemoração do Dia Africano da Alimentação Escolar realizada em Bujumbura, Burundi. Herry Mané aproveitou para denúnciar a existência do grupo organizado para perturbar o sistema do ensino no país.


 Radio Voz Do Povo

PR Umaro Sissoco Embaló visita às obras de Mbatonha


Por  Radio Voz Do Povo 

terça-feira, 5 de março de 2024

Coletivo Nô Raiz & Responsáveis das Balobas, (vítima de violência religiosa) promove uma conferência à imprensa no bairro de Mindará, na Baloba de Djoku.

 Radio Voz Do Povo 

Abençoada seja a mãe de Sissoco Embaló: Carinho, amor e atenção nunca faltam no coração do Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embalo, para com a sua mamãe.

 Eng Santos Pereira  05/03/2024

Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo: Anúncio de concurso público aberto para recrutamento do Director Executivo do fundo rodoviário

 Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo  MOPHU/05/03/2024

RESOLUÇÕES FINAIS DE CONSELHO NACIONAL EM LÍNGUA CRIÓLO.


MADEM-G15: E o Cda. Adulai Balde "NHIRBUI", Membro da Comissão Política Nacional e Deputado da Nação, nomeando como supervisor do MADEM-G15, na Província Leste.

40 reféns israelitas por 404 prisioneiros palestinianos: Hamas e Israel chegam a princípio de acordo sobre "pontos básicos" para cessar-fogo de 40 dias

Patrulha das forças israelitas perto da fronteira da Faixa de Gaza. (Abir Sultan/Lusa)

Cnnportugal.iol.pt  05/03/2024

Troca só inclui mulheres, crianças e homens com mais de 60 anos israelitas

O Hamas e Israel chegaram a acordo sobre os "pontos básicos" para uma trégua de 40 dias, disseram à agência de notícias espanhola EFE fontes palestinianas e egípcias próximas das conversações no Cairo.

Até ao momento, segundo a agência de notícias espanhola EFE, as partes chegaram a um acordo em que a trégua dura 40 dias - um período em que 40 reféns israelitas, incluindo mulheres, crianças e homens com mais de 60 anos, são libertados em troca de 404 prisioneiros palestinianos que se encontram nas prisões israelitas.

As fontes palestinianas e egípcias pediram para não serem identificadas, uma vez que as negociações ainda estão em curso na capital egípcia.

EM ATUALIZAÇÃO...


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Comunicado de Imprensa | Banco Mundial - Relatório Mulheres, Empresas e o Direito

Novos dados revelam uma disparidade global de género enorme e acima do previsto

As mulheres desfrutam de apenas dois terços dos direitos legais concedidos aos homens.

WASHINGTON, 4 de março de 2024 — A disparidade global de género no ambiente de trabalho é muito maior do que se pensava anteriormente, conforme demonstra um relatório inovador recém-lançado pelo Grupo Banco Mundial. Quando são levadas em consideração certas diferenças legais que envolvem violência e cuidados infantis, as mulheres gozam de menos de dois terços dos direitos dos homens. Nenhum país oferece oportunidades iguais às mulheres — nem mesmo as economias mais ricas.

A edição mais recente do relatório Mulheres, Empresas e o Direito apresenta uma imagem ampla dos obstáculos que as mulheres enfrentam para ingressar na força de trabalho global e contribuir para o aumento da prosperidade — delas próprias, de suas famílias e de suas comunidades. O estudo expande o escopo da análise, acrescentando dois indicadores que podem ter um papel crucial na ampliação ou restrição das opções das mulheres: segurança contra violência e acesso a serviços de cuidados infantis. Quando são introduzidas essas medidas, as mulheres desfrutam, em média, de apenas 64% das proteções legais oferecidas aos homens — muito menos que a estimativa anterior de 77%.

A disparidade de género é ainda maior na prática. Pela primeira vez,o estudo Mulheres, Empresas e o Direito avalia a lacuna entre reformas legais e resultados reais em 190 economias. A análise revela uma disparidade assustadora no que se refere à implementação de certas normas. Embora, segundo as leis em vigor, as mulheres pareçam gozar de cerca de dois terços dos direitos concedidos aos homens, os países introduziram, em média, menos de 40% dos sistemas necessários para sua plena implementação. Por exemplo, 98 economias promulgaram leis que determinam a igualdade de remuneração para as mulheres por atividades de igual valor. No entanto, apenas 35 economias — menos de uma em cada cinco — adotaram medidas de transparência salarial ou mecanismos de aplicação para eliminar as disparidades salariais.

A implementação eficaz das leis depende de um marco adequado que preveja mecanismos de aplicação robustos, sistemas para rastrear disparidades salariais relacionadas ao gênero e disponibilidade de serviços voltados às mulheres sobreviventes à violência.

“As mulheres têm o poder de turbinar a debilitada economia global”, disse Indermit Gill, economista-chefe do Grupo Banco Mundial e vice-presidente sênior de Economia do Desenvolvimento. “No entanto, em todo o mundo, leis e práticas discriminatórias impedem as mulheres de trabalhar ou abrir empresas em pé de igualdade com os homens. A eliminação dessa disparidade poderia aumentar o produto interno bruto global em mais de 20%, o que, em essência, duplicaria a taxa de crescimento global durante a próxima década. Contudo, o ritmo das reformas vem se tornando cada vez mais lento. O relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2024 identifica medidas que os governos podem adotar para acelerar o progresso rumo à igualdade de gênero no setor empresarial e na lei.”

A lacuna de implementação realça a magnitude dos esforços que ainda temos pela frente, inclusive nos países que já vêm instituindo leis de igualdade de oportunidades. O Togo, por exemplo, destaca-se entre as economias subsaarianas, tendo promulgado leis que conferem às mulheres cerca de 77% dos direitos disponíveis aos homens — mais que qualquer outro país do continente. No entanto, até agora, o Togo criou apenas 27% dos sistemas necessários para a plena implementação dessas leis. Esse índice é comum nas economias subsaarianas.

Em 2023, governos do mundo todo demonstraram assertividade na promoção de três categorias de reformas legais pra promover a igualdade de oportunidades: remuneração, direitos parentais e proteções no ambiente de trabalho. Contudo, quase todos os países apresentaram um desempenho pífio nas duas categorias analisadas pela primeira vez: acesso a cuidados infantis e segurança das mulheres.

Os resultados são piores no quesito segurança das mulheres, no qual a pontuação média global é de apenas 36, o que significa que as mulheres desfrutam de apenas um terço das proteções legais de que necessitam contra violência doméstica, assédio sexual, casamento infantil e feminicídio. Embora 151 economias tenham leis em vigor que proíbem o assédio sexual no trabalho, apenas 39 têm leis que o proíbem em espaços públicos. Isso costuma impedir que as mulheres utilizem o transporte público para irem ao trabalho.

A maioria dos países também atinge pontuação baixa nas leis relacionadas a cuidados infantis. Em média, as mulheres gastam, todos os dias, 2,4 horas a mais que os homens com tarefas relacionadas a cuidados não remunerados — e uma grande parte dessas tarefas envolve crianças. A expansão do acesso a cuidados infantis tende a aumentar inicialmente a participação das mulheres na força de trabalho em cerca de 1 ponto percentual, e esse efeito mais que se duplica no prazo de cinco anos. Atualmente, apenas 78 economias — menos da metade do total — fornecem algum apoio financeiro ou tributário a pais e mães com filhos pequenos. Apenas 62 economias — menos de um terço do total – adotaram padrões de qualidade para serviços de cuidados infantis, na ausência dos quais muitas mulheres com crianças pequenas hesitam antes de ingressar ou retornar ao mercado de trabalho.

As mulheres também enfrentam obstáculos significativos em outras áreas. No empreendedorismo, por exemplo, apenas uma em cada cinco economias adota critérios sensíveis ao gênero em seus processos de aquisições e contratações públicas, o que significa que as mulheres são, em grande parte, excluídas de uma oportunidade econômica equivalente a US$ 10 trilhões ao ano. No quesito remuneração, as mulheres ganham apenas US$ 0,77 para cada US$ 1,00 pago aos homens. Essas disparidades persistem até a aposentadoria. Em 62 economias, as idades em que homens e mulheres adquirem o direito de se aposentar não são as mesmas. As mulheres tendem a viver mais que os homens, mas, como recebem salários mais baixos enquanto trabalham, afastam-se do trabalho quando têm filhos e se aposentam mais cedo, acabam por receber pensões mais baixas e sofrer maior insegurança financeira na velhice.

“É urgente — mais do que nunca — que aceleremos nossos esforços para reformar as leis e promulgar políticas públicas capazes de empoderar as mulheres e permitir que trabalhem mais e abram e expandam suas próprias empresas”, disse Tea Trumbic, principal autora do relatório. “Atualmente, apenas metade das mulheres faz parte da força de trabalho global, em comparação com quase três em cada quatro homens. Isso não apenas é injusto, mas também constitui um desperdício. Aumentar a participação econômica das mulheres é a chave para amplificar suas vozes e moldar as decisões que as afetam diretamente. Os países simplesmente não podem se dar ao luxo de marginalizar metade de sua população.”

Contatos: 

Shane Romig, sromig@worldbank.org

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Nota à Imprensa

2024/049/DEC

Mensagens principais

O relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2024 introduz novas formas de medir o progresso rumo à igualdade legal de gênero em 190 economias. Esta edição — a décima da série — apresenta dois conjuntos de dados: Mulheres, Empresas e o Direito 1.0; e uma versão expandida, Mulheres, Empresas e Direito 2.0. Pela primeira vez, a avaliação vai além das leis em vigor — de jure — e passa a examinar os marcos legais que apoiam a implementação dessas leis e avaliar as opiniões de especialistas sobre seus resultados para as mulheres — de facto. Ao fazê-lo, abrange, agora, dez indicadores: segurança, mobilidade, ambiente de trabalho, remuneração, casamento, maternidade/paternidade, cuidados infantis, empreendedorismo, ativos e pensões.

Globalmente, a disparidade de gênero enfrentada pelas mulheres no trabalho é enorme — na verdade, muito maior do que se pensava anteriormente.

  • Embora as economias tenham feito progressos notáveis ao longo das últimas décadas no sentido de promulgar leis de igualdade de oportunidades sensíveis ao gênero, as mulheres de hoje desfrutam de menos de dois terços dos direitos legais oferecidos aos homens — e não de três quartos, como se estimava anteriormente. Esse resultado mais baixo reflete as principais deficiências reveladas a partir da introdução de dois novos indicadores este ano — segurança e cuidados infantis. As deficiências nessas áreas desencorajam as mulheres a ingressarem na força de trabalho global. Quando são levados em consideração esses indicadores adicionais, nenhum país oferece oportunidades iguais para as mulheres — nem mesmo uma única economia de renda alta.
  • Em 37 economias, as mulheres têm acesso a menos da metade dos direitos legais usufruídos pelos homens, o que afeta meio bilhão de mulheres.

A disparidade é ainda maior na prática do que as leis de igualdade de oportunidades parecem indicar.

A implementação eficaz das leis depende de um marco adequado — por exemplo, mecanismos de aplicação robustos, sistemas para rastrear as disparidades salariais relacionadas ao gênero e disponibilidade de serviços voltados às mulheres sobreviventes à violência. Pela primeira vez, o estudo Mulheres, Empresas e o Direito avalia a disparidade de implementação entre as leis e os marcos necessários para implementá-las em 190 economias.

  • A análise revela uma lacuna assustadora no que se refere à implementação. Embora, segundo as leis em vigor, as mulheres pareçam gozar de cerca de 64% dos direitos concedidos aos homens, as economias implementaram, em média, menos de 40% dos sistemas necessários para sua plena implementação. Por exemplo, 98 economias promulgaram leis que determinam a igualdade de remuneração para as mulheres por trabalho de igual valor. No entanto, apenas 35 economias — menos de uma em cada cinco — adotaram medidas de transparência salarial ou mecanismos que permitam a eliminação das disparidades salariais. Os especialistas consideram que aproximadamente metade das mulheres nas economias examinadas gozam de igualdade no que diz respeito a salários e acesso a empregos bem remunerados.

As mulheres têm o poder de turbinar a economia global, mas as leis e a falta de fiscalização tendem a mantê-las à margem da economia.

  • Numa era de crescimento persistentemente lento, o aumento da participação das mulheres na força de trabalho global poderia melhorar significativamente as perspectivas gerais.
  • Eliminar a disparidade de gênero no emprego e no empreendedorismo poderia aumentar o produto interno bruto global em mais de 20%. Na prática, a eliminação da disparidade de gênero na próxima década duplicaria a taxa atual de crescimento global.

Em 2023, governos do mundo todo foram particularmente assertivos na promoção de três categorias de reformas legais pra promover a igualdade de oportunidades: remuneração, direitos parentais e proteções no ambiente de trabalho.

  • Azerbaijão, Jordânia, Malásia, Omã, Serra Leoa e Uzbequistão juntos promulgaram dez reformas que determinam a igualdade de remuneração para atividades de igual valor, ou que eliminam restrições à capacidade das mulheres de trabalhar em atividades industriais ou perigosas.
  • Chipre, Malásia, Omã, Ruanda, Serra Leoa, República Eslovaca e Togo introduziram, ao todo, 15 reformas que ampliam a licença-maternidade e a licença-paternidade ou proíbem a demissão de mulheres grávidas.
  • Armênia, Guiné Equatorial, Jordânia, Moldávia e Suriname promulgaram 8 reformas que proíbem o assédio sexual no trabalho.

Quase todas as economias apresentaram desempenho ruim nos dois indicadores monitorados pela primeira vez: segurança e cuidados infantis.

  • Os resultados são piores no quesito segurança das mulheres. A pontuação média global é de apenas 36, o que significa que as mulheres desfrutam de apenas um terço das proteções legais de que necessitam contra violência doméstica, assédio sexual, casamento infantil e feminicídio. Embora 151 economias tenham leis em vigor que proíbem o assédio sexual no trabalho, apenas 39 têm leis que o proíbem em espaços públicos. As mulheres enfrentam, portanto, perigos ao utilizarem o transporte público para se deslocarem para o trabalho. No total, 139 economias não dispõem de legislação adequada que proíba o casamento infantil, o que tende a aniquilar as oportunidades educacionais e econômicas futuras das meninas.
  • A maioria das economias também apresenta uma pontuação baixa no que diz respeito a leis relacionadas a cuidados infantis. Em média, as mulheres gastam, todos os dias, 2,4 horas a mais que os homens com tarefas relacionadas a cuidados não remunerados — e uma grande parte dessas tarefas envolve crianças. A expansão do acesso a cuidados infantis tende a aumentar inicialmente a participação das mulheres na força de trabalho em cerca de 1 ponto percentual, e esse efeito se duplica no prazo de cinco anos. Apenas 62 economias — menos de um terço — definiram padrões de qualidade para serviços de cuidados infantis. Como resultado, em 128 economias, muitas mulheres com crianças pequenas hesitam antes de ingressar ou retornar ao mercado de trabalho.

As mulheres também enfrentam obstáculos significativos numa série de outras áreas.

Empreendedorismo

  • Globalmente, apenas 44% das disposições legais que apoiam o empreendedorismo das mulheres são efetivamente aplicadas.
  • No mundo todo, as mulheres ocupam apenas um em cada cinco cargos em conselhos de administração empresariais.
  • Apenas uma em cada cinco economias adota critérios sensíveis ao gênero em seus processos de aquisições e contratações públicas, o que significa que as mulheres são, em grande parte, excluídas de uma oportunidade econômica equivalente a US$ 10 trilhões ao ano.

Remuneração

  • As mulheres ganham apenas US$ 0,77 para cada US$ 1,00 pago aos homens.
  • Ao todo, 92 economias não têm disposições que determinem igualdade de remuneração para trabalho de igual valor; 20 proíbem as mulheres de trabalhar à noite; e 45 proíbem mulheres de realizar atividades laborais consideradas perigosas.

Capacidade de transitar livremente

Em 28 economias, a mulher não pode transmitir sua nacionalidade a seus filhos da mesma forma que o homem.

Em 50 economias, a mulher não goza de direitos iguais para conceder cidadania a seu cônjuge estrangeiro.

Essas disposições discriminatórias nas leis sobre nacionalidade e cidadania prejudicam as oportunidades econômicas das mulheres, limitando seus direitos de herança e de propriedade e suas oportunidades de emprego.

Aposentadoria

  • Em 62 economias, a idade com que homens e mulheres podem se aposentar não é a mesma, com as mulheres se aposentando mais cedo que os homens.
  • Em 81 economias, os benefícios previdenciários das mulheres não contabilizam eventuais períodos de afastamento relacionados a cuidados infantis.

Esta edição de Mulheres, Empresas e o Direito destaca o que os governos podem fazer para acelerar o progresso rumo à igualdade de gênero no setor empresarial e na lei.

  • Acelerar os esforços para reformar leis e promulgar políticas públicas que capacitem as mulheres a trabalhar e a abrir suas empresas.
  • Melhorar as leis relacionadas à segurança das mulheres, o acesso a cuidados infantis e as oportunidades de negócios.
  • Introduzir marcos que apoiem a implementação eficaz de leis que promovam a igualdade de gênero.
  • Promulgar reformas legais que imponham igualdade de remuneração para trabalho de igual valor e eliminem as restrições à capacidade das mulheres de trabalhar em atividades industriais.
  • Expandir as disposições sobre licença-maternidade e licença-paternidade e proibir a demissão de mulheres grávidas.
  • Proibir o assédio sexual no trabalho, em espaços públicos, nas universidades e online.
  • Fornecer apoio financeiro a pais e mães com filhos pequenos e estabelecer padrões de qualidade para os serviços de cuidados infantis.
  • Implementar quotas juridicamente vinculantes para mulheres nos conselhos de administração de empresas listadas na bolsa de valores e impor critérios sensíveis ao gênero nos processos de aquisições e contratações públicas.
  • Garantir benefícios previdenciários iguais para as mulheres, contabilizando os períodos de afastamento relacionados a cuidados infantis.

Cumprimentos,


Joana Rodrigues


Communications Consultant

Guinea-Bissau Country Office

External and Corporate Relations

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