domingo, 17 de setembro de 2023

OMS pede "acesso total" a Pequim para determinar origem da Covid-19

© Lusa

POR LUSA    17/09/23 

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou estar pronto para enviar uma nova missão de peritos à China para descobrir as origens da Covid-19, pedindo "acesso total", numa entrevista ao Financial Times.

"Estamos a pressionar a China para que forneça acesso total e estamos a pedir aos países que abordem o assunto nas suas reuniões bilaterais (para encorajar Pequim a cooperar)", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus ao Financial Times.

"A OMS já pediu à China, por escrito, que forneça informações e estamos prontos a enviar uma equipa, se nos autorizarem a fazê-lo", explicou.

Até à data, a comunidade internacional não conseguiu determinar com certeza a origem da Covid.

Embora, à partida, os primeiros casos tenham sido detetados no final de 2019 em Wuhan, na China, existem duas teorias opostas: uma fuga de um laboratório na cidade onde estes vírus estavam a ser estudados, ou um animal intermediário que infetou pessoas que frequentavam um mercado local.

Uma equipa de especialistas liderada pela OMS e acompanhada por colegas chineses fez investigações na China, no início de 2021.

Num relatório conjunto, privilegiaram a hipótese de o vírus altamente contagioso ter sido transmitido aos seres humanos por um animal que atuou como intermediário entre o morcego e os seres humanos, possivelmente num mercado da cidade chinesa.

Tedros Adhanom Ghebreyesus declarou posteriormente que "todas as hipóteses continuam em cima da mesa".

Nenhuma equipa pôde regressar à China e os funcionários da OMS solicitaram repetidamente dados adicionais.

O diretor-geral da OMS disse em várias ocasiões que a OMS não tem intenção de abandonar a investigação e apelou repetidamente a Pequim para que "seja transparente na partilha de dados, efetue as investigações necessárias e partilhe os resultados".

Graças às vacinas, à imunidade adquirida após a infeção e a melhores tratamentos, o vírus está agora muito mais controlado, embora, com a chegada do outono, as infeções estejam de novo a aumentar no hemisfério norte e tenham surgido novas variantes.


Kremlin terá gasto 24 mil milhões a indemnizar famílias de soldados mortos. Rússia está a gastar 300 milhões por dia com a guerra

Dmitry Medvedev visita fábrica da UralVagonZavod, Nizhny Tagil, em outubro (Getty Images)

Por  João Guerreiro Rodrigues  cnnportugal.iol.pt

Mas nem tudo são más notícias para o Kremlin. A queda do valor do rublo fez com que os salários dos militares russos bem como as suas compensações por ferimento ou óbito fossem mais reduzidas face ao dólar.

A Rússia está a gastar perto de 300 milhões de euros por dia com a guerra, de acordo com uma investigação da Forbes. Pouco mais de um ano e meio depois das tropas da Federação russa terem invadido o território da Ucrânia, o Kremlin já gastou mais de 156 mil milhões de euros com a guerra.

Com base nos dados do Orçamento do Estado russo e com os números da Estado-Maior das forças armadas ucranianas, a publicação estima que dos 156 mil milhões gastos com a guerra cerca de 31 mil milhões correspondem só a equipamento militar perdido, como carros de combate, veículos blindados ou sistemas de artilharia.

De acordo com a plataforma de análise de dados open-source Oryx, entre abandonos, danos, capturas e destruições, a Rússia já perdeu 2315 tanques, 977 veículos de combate blindados, 2782 veículos de combate de infantaria e 351 veículos blindados de transporte. São números significativos de perdas e muito dispendiosos de repor.

Ainda assim a maior fatia dos gastos vai para a manutenção de operações militares. São os chamados custos operacionais, onde se incluem os valores da construção de estruturas defensivas e a sua manutenção, o equipamento militar, o combustível, a alimentação e o planeamento e execução de operações de combate. Com tudo isto a Rússia gastou perto de 48 mil milhões de euros.

A escala destes gastos não deve ser minimizada. Durante o ponto mais intenso da ofensiva russa, em 2022, o exército de Putin chegou a utilizar perto de 50 mil munições de 152 mm. O custo médio de cada um destes explosivos é de cerca de 800 euros. Desta forma, Moscovo terá gasto aproximadamente 8,4 mil milhões apenas neste tipo de munições.

Mas no que toca ao preço de armamento, nada se aproxima dos valores gastos em mísseis de longo alcance e de precisão lançados contra os mais variados alvos na Ucrânia. Cada um destes sistemas tem o custo de vários milhões e, ao longo dos últimos 18 meses, a Rússia tem disparado centenas deles. A Forbes estima que o custo total gasto nesta munições ultrapasse os 19,6 mil milhões de euros.

Não muito abaixo estão os salários dos militares que estão no terreno, com quem o Kremlin gastou 32,9 mil milhões de euros em 18 meses de combates. Segue-se o gasto de 23,9 mil milhões em compensações monetárias às famílias de soldados mortos e 19,6 mil milhões de compensação às famílias de militares feridos.

O estudo sublinha, no entanto, que o facto de o valor do rublo ter caído significativamente em relação ao dólar no último ano acabou por favorecer os cofres do Kremlin. A desvalorização da moeda russa fez com que o custo de cada soldado passasse de 200 dólares por dia (aproximadamente 187 euros) para apenas 120 dólares por dia (cerca de 112 euros) em termos reais. O mesmo acontece com as compensações por morte ou por ferimento em combate.

No entanto, estes fatores não foram suficientes para ajudar a Federação russa a equilibrar o seu Orçamento de Estado. Apenas nos primeiros seis meses de 2023, o Kremlin gastou 5,59 biliões de rublos em defesa, mais 600 mil milhões do que o inicialmente previsto para todo o ano. Isto obrigou a Rússia a rever os seus gastos para o orçamento federal com a defesa, aumentando-o 9,7 biliões de rublos.

Num país com um orçamento planeado de 29 biliões de rublos, isto significa que a Rússia prevê gastar 33% do seu orçamento apenas na área da Defesa. À medida que os custos da guerra na Ucrânia aumentam o Kremlin está deverá ter as suas finanças públicas cada vez mais pressionadas. No entanto, sem negociações de paz ou conquistas militares que determinem o fim do conflito, os custos com a guerra deverão continuar a aumentar.

Mísseis atingem fábrica de reparação de veículos blindados na Ucrânia

© Andre Alves/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   17/09/23 

Mísseis russos atingiram uma fábrica de reparação de veículos blindados ucranianos na região de Kharkiv, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo, enquanto um armazém de cereais foi também atingido na cidade de Odessa, segundo as autoridades ucranianas.

O governador de Odessa, Oleg Kiper, numa mensagem escrita na sua conta da rede social Telegram afirma que "os terroristas russos danificaram infraestruturas agrícolas, terrenos e um armazém de cereais", refere que "felizmente não há vítimas", especifica que os serviços oficiais "estão a trabalhar no local" e que não há a registar vítimas.

Além disso, diz que "as forças de defesa aérea destruíram dois drones e cinco mísseis", embora tenha confirmado que, apesar disso, alguns mísseis atingiram Bereziv.

O Ministério da Defesa russo, por sua vez, anunciou hoje que foi realizado um ataque com mísseis contra uma fábrica de reparação de veículos blindados ucranianos em Kharkiv, na região oriental da Ucrânia.

"Na zona da cidade de Kharkiv, um ataque com mísseis atingiu as oficinas da fábrica de blindados onde se realizava a reparação e restauração de veículos blindados das Forças Armadas da Ucrânia", adiantou o Ministério russo em comunicado.

Desde o início da guerra na Ucrânia e segundo a Rússia, as suas forças destruíram um total de 11.919 tanques inimigos e outros veículos blindados.

Além disso, mais de 600 soldados ucranianos foram mortos no sábado nos combates em diferentes frentes, refere um relatório militar russo, que não reconhece ainda os progressos reivindicados por Kyiv no leste e, sobretudo, no sul do país.

A cidade de Odessa, a terceira maior da Ucrânia, por seu turno, tem sofrido ataques frequentes das forças armadas russas, que se intensificaram desde meados de julho deste ano, altura em que a Rússia rompeu o acordo para a exportação de cereais através do Mar Negro.


"Temos de nos preparar para uma longa guerra na Ucrânia"

© Omar Havana/Getty Images

Notícias ao Minuto   17/09/23 

Ainda que tenha ressalvado que "todos desejamos uma paz rápida", o responsável salientou que, caso o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu povo "deixarem de lutar, o seu país deixará de existir".

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, advertiu que não há um fim à vista para o conflito na Ucrânia, aconselhando a que o mundo se prepare para "uma longa guerra" naquele país invadido pela Rússia.

"A maioria das guerras dura mais do que o esperado quando começam. Portanto, temos de nos preparar para uma longa guerra na Ucrânia", disse Stoltenberg numa entrevista ao grupo de comunicação alemão Funke, divulgada este domingo, e citada pela AFP.

Ainda que tenha ressalvado que “todos desejamos uma paz rápida”, o responsável salientou que, caso o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu povo “deixarem de lutar, o seu país deixará de existir”.

“Se o presidente Vladimir Putin e a Rússia baixarem as armas, teremos paz”, complementou.

Stoltenberg realçou ainda que “não há dúvida de que a Ucrânia acabará por fazer parte da NATO”, mas alertou que, quando a guerra terminar, serão necessárias “garantias de segurança”, para que a história “não se repita”.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.614 civis desde o início da guerra e 27.149 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.



Leia Também: Os conflitos na Ucrânia, Sudão e Haiti estão entre os dez principais desafios que as Nações Unidas (ONU) terão de enfrentar em 2024, antevê o International Crisis Group, que salienta a perda de "influência política" da Organização.

Angola. Alunos queixam-se de "burocracia" para obter vistos para Portugal

© Lusa

POR LUSA   17/09/23 

O agendamento de vagas para obtenção de vistos é uma das principais dores de cabeça dos estudantes angolanos que procuram formação em Portugal e se queixam de "dificuldades e burocracia" por parte do consulado português em Luanda.

Alguns, com sorte, conseguem em 15 dias o desejado agendamento, efetuado através do portal da VFS Global, órgão gestor do processo de emissão de vistos do Consulado Geral de Portugal em Luanda, mas a maioria aguarda meses para conseguir agendar vaga, já que, dizem, a página está "quase sempre bloqueada".

Vários utentes que acorrem ao Centro de Vistos para Portugal, em Luanda, disseram à Lusa que o processo para obtenção de vistos para estudantes "continua complicado" e receiam perder as vagas nos estabelecimentos de ensino.

Entre as dezenas de pessoas que aguardam por vistos para Portugal, está Amélia Correia, acompanhada pelo filho, que pretende viajar para obter formação no ensino médio (secundário) e disse que aguarda há um mês por uma resposta do consulado.

"O processo está complicado, consegui uma vaga para o ensino médio para o meu filho, mas há um mês que o consulado não autoriza dar entrada, os agendamentos estavam bloqueados, somente ontem abriram por alguns minutos", disse.

Amélia Correia, agente de viagens, salientou que após alguma persistência conseguiu o agendamento, mas apenas para 02 de outubro próximo, pedindo celeridade ao órgão consular porque as aulas em Portugal começaram em 15 de setembro.

"É complicado e nesta situação ficamos bloqueados, porque realmente não sabemos quem nos pode auxiliar com isso", realçou, receando que o filho perca a vaga.

Dezenas de cidadãos, maioritariamente jovens, lotam todos os dias úteis o Centro de Vistos do Consulado de Portugal em Luanda, na ânsia de obterem respostas para o seu processo migratório.

Fichas de pagamento, documentos escolares, passaportes e demais comprovativos é a papelada visível na mão de cada um deles, que à entrada do edifício são atendidos por efetivos da segurança privada e depois encaminhados ao 2.º andar do prédio para informações complementares.

Os requentes de vistos estão também a par da existência de "intermediários", que prometem celeridade e facilitação dos agendamentos, mas ninguém assume recorrer a estes facilitadores.

Mauro Jorge Binda, que há quatro meses aguarda por respostas para concluir o seu processo de viagem para formação, tem 28 anos e pretende embarcar para Portugal para continuar o ensino superior.

Diz que o recurso a intermediários "é um caminho que não vale a pena" e lamenta as "exigências burocráticas", que não são animadoras.

"Agora a questão é o tratamento da documentação, porque em Portugal as matrículas e inscrições subiram e há muita dificuldade de alunos aqui fazerem inscrições a partir de lá", disse.

Lamentou ainda o processo "muito demorado", situação que o obriga a remeter à VFS Global uma carta para que esta, junto das instituições de ensino, em Portugal, peça "celeridade" do processo.

"Estou há quatro meses à espera, é muito tempo, e hoje em dia pagas a inscrição, eles enviam uma mensagem para fazer a matrícula, mas não consegues entrar para o site para fazer a matrícula, e é muita complicação que tem acontecido concernente aos vistos de estudo", referiu.

Também Demilton Moreira Félix, 21 anos, foi dar entrada do pedido de visto para estudante, após conseguir agendamento, relatando uma "dor de cabeça", num processo em que não contou com "intermediários".

"Realmente é uma dor de cabeça, tanto quanto o site demora mesmo muito para ter vagas disponíveis, acho que isso acontece porque há muita gente a tentar ter o acesso para o agendamento e isso faz com que haja esta sobrecarga", contou.

Demilton, que espera licenciar-se em gestão empresarial em Portugal, disse ainda que as cobranças para o agendamento são praticadas, sobretudo, por algumas agências de viagem.

Já João Baptista Pereira agradeceu a Deus por ter conseguido o visto para estudante, após fazer agendamento online na madrugada de um sábado e por "influência de familiares".

Com viagem prevista já para o dia 24 deste mês, o estudante de 28 anos recordou os momentos de luta para conseguir o agendamento gratuito, após ter conseguido uma vaga no sistema durante a madrugada.

"É só mesmo ter paciência, não é fácil", disse, referindo que todos os requisitos para a solicitação do visto custaram-lhe perto de 200.000 kwanzas (225 euros).

Fazer formação superior em enfermagem em Portugal é o propósito de José Adriano Gonçalves, 27 anos, que lamenta a "burocracia" e a demora que diz existir, logo no primeiro contacto com os agentes da VFS Global.

Disse que os estudantes para o ensino superior estão isentos de agendamento, mas o processo para a cedência do visto para Portugal "continua difícil".

Em causa, observou, estará a burocracia da VFS: "não sei se o contrato que fez com a embaixada (de Portugal em Angola), mas isso tem dificultado muito para nós que queremos emigrar em busca de um ensino de qualidade".

"Dei entrada do processo na semana passada, porque ao que se diz devemos esperar por 15 dias, porque tem uma carta de chamada para exame", rematou o estudante, manifestando confiança de que em breve terá o tão desejado visto.


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"Guerra na Ucrânia nunca teria acontecido se eu estivesse na presidência"... As palavras são do antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

©Getty Images

Notícias ao Minuto   16/09/23 

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na sexta-feira, que a invasão da Rússia na Ucrânia não teria acontecido caso estivesse no poder.

"Pouco depois de ganhar a presidência, terei resolvido a horrível guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Nunca teria acontecido se eu lá estivesse", referiu Trump, citado pela CNN Internacional, ao discursar na Cimeira Nacional da Concerned Women for America, em Washington DC.

O antigo presidente dos EUA disse ainda que "costumava falar com Putin [presidente da Rússia] sobre isso", alegando que lhe disse para não o fazer [invadir a Ucrânia].

"Assim que saí, começaram a formar-se, e tivemos o desastre do Afeganistão, que penso ter sido o momento mais embaraçoso da história do nosso país", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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Nova Era?


 Viva Israel

sábado, 16 de setembro de 2023

Mali, Níger e Burkina Faso formam aliança de defesa

Em.com.br  16/09/2023 

Os líderes de Mali, Burkina Faso e Níger assinaram neste sábado uma carta que cria uma aliança de defesa, anunciaram delegações ministeriais dos três países da região africana do Sahel.

"Juntamente com os chefes de Estado de Burkina Faso e do Níger, assinei hoje a Carta Liptako-Gourma, que estabelece a Aliança de Estados do Sahel (AES), cujo objetivo é criar uma arquitetura de defesa coletiva e assistência mútua em benefício das nossas populações", publicou o líder da junta governante do Mali, Assimi Goita, no X, antigo Twitter.

A região de Liptako-Gourma, onde se encontram as fronteiras do Mali, de Burkina Faso e do Níger, foi devastada pelo jihadismo nos últimos anos. Os três países lutam contra a insurgência jihadista que explodiu no norte do Mali em 2012 e se espalhou para o Níger e Burkina Faso em 2015.

Os três países também sofreram golpes de Estado desde 2020, o mais recente no Níger, onde militares derrubaram em julho o presidente Mohamed Bazoum.

"Essa aliança será uma combinação de esforços militares e econômicos entre os três países", disse o ministro da Defesa do Mali, Abdoulaye Diop. "Nossa prioridade é a luta contra o terrorismo nos três países."

Além do combate aos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, as hostilidades por parte de grupos armados predominantemente tuaregues foram retomadas na semana passada no Mali.

Coreia do Norte vender munições à Rússia tem pouco relevo, dizem EUA

MAXIM SHEMETOV

Por SIC Notícias     16/09/23

Os Estados Unidos disseram suspeitar que a Rússia quer comprar armas a Pyongyang para usar na guerra contra a Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte quer adquirir tecnologias para os programas nuclear e de mísseis.

O principal oficial militar norte-americano considerou este sábado que a Coreia do Norte pode ter capacidade para aumentar o fornecimento de munições de artilharia à Rússia, mas que isso faria pouca diferença na guerra contra a Ucrânia.

Na Noruega, onde vai participar nas reuniões da NATO que começaram este sábado e se concentrarão no conflito na Europa, o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto das forças norte-americanas, disse que a recente reunião na Rússia entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente levará a Coreia do Norte a fornecer munições de artilharia de 152 mm da era soviética a Moscovo.

Se "faria uma diferença enorme? Sou cético em relação a isso", referiu Milley, salvaguardando que, sem querer minimizar muito essa possível assistência armamentista, duvida que ela seja "decisiva".

Os Estados Unidos disseram suspeitar que a Rússia quer comprar armas a Pyongyang para usar na guerra contra a Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte quer adquirir tecnologias para os programas nuclear e de mísseis.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se com Kim Jong-un na quarta-feira no cosmódromo de Vostochny, no extremo oriente russo.Washington advertiu Pyongyang de que sofrerá consequências se contribuir para o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.

Milley e os outros chefes de defesa dos países da Aliança Atlântica estão reunidos em Holmenkollen, nos arredores de Oslo, para discutir o apoio à Ucrânia e outras questões de defesa regional.

Da Noruega, Milley parte para a Alemanha, para a reunião mensal do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia, na terça-feira, grupo liderado pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e que é o principal fórum internacional para angariar apoio militar a Kiev.

As reuniões ocorrem numa altura em que as forças ucranianas estão a fazer progressos lentos, rompendo as linhas de batalha russas, numa contraofensiva que não avançou tão rapidamente ou tão bem como inicialmente esperado.

Milley disse que há uma necessidade contínua de mais armas e equipamentos na Ucrânia e que aliados e parceiros discutirão como responder a essa necessidade, manifestando-se confiante de que continua a haver um amplo apoio bipartidário nos Estados Unidos e no Congresso norte-americano para a ajuda.

A questão será um tema central em Washington na próxima semana, quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitar a Casa Branca e o Capitólio durante a sua viagem aos Estados Unidos para participar no debate anual da Assembleia Geral da ONU.

Céus de Nova Iorque iluminaram-se na defesa da Amazónia. Ora veja

© @Avaaz/ X (antigo Twitter)

Notícias ao Minuto   16/09/23 

A organização referiu que "mais magia" está por vir, o que indica que mais espetáculos de drones podem surgir nos céus brevemente.

Os céus de Nova Iorque, nos Estados Unidos, iluminaram-se na noite de sexta-feira em defesa da floresta amazónica.

Imagens partilhadas nas redes sociais mostram o momento em que um espetáculo de de mais de mil drones ilumina os céus, na semana antes de o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, estar na cidade.

Para além dos drones mostrarem algumas espécies de animais típicas da floresta amazónica, deixaram ainda mensagens de alerta.

"A Amazónia arde, o mundo arde", lê-se, depois de os drones mostrarem um planeta a vermelho, representando o fogo.

A organização, Avaaz, escreve ainda nas redes sociais que "mais magia está por vir", insinuando que esta não foi a última noite em que deixaram uma mensagem dos céus.

Lula da Silva deslocar-se-á a Nova Iorque na próxima semana, onde discursará na Assembleia Geral da Organização nas Nações Unidas. O discurso decorrerá na próxima terça-feira e o chefe de Estado do Brasil será - já por tradição - o primeiro a discursar.

Veja como os céus se iluminaram na galeria acima.☝


Preparados para uma dose de poesia e inspiração? 📖✨ Não percam a entrevista exclusiva de amanhã no Fala África VOA com a renomada autora Dra. Odete Costa Semedo, uma voz influente na educação, literatura e empoderamento feminino! 🌍

🖋️ Ela vai nos levar a uma jornada única através de seu novo livro "(In)confidências", mergulhando em temas profundos. 🎙️💫  "Em cada lugar por onde passamos, em cada experiência e convívio, algo fica conosco. Tudo isso é uma fonte de inspiração para mim," contou Semedo.

Por VOA Português 

O governo relança oficialmente as atividades de desminagem humanitária com exposição dos equipamentos para os campos contaminados

Radio TV Bantaba

Presidente da Associação Guineense dos Físicos e Matimáticos garante melhorar o ensino destas disciplinas no país

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O Ministro da Energia, Issuf Balde, promete fornecimento da energia eléctrica no quadro do projeto da OMVG à população da região de Oio.

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A batata-doce é melhor do que a batata comum? Tire as suas dúvidas (e passe esta informação quentinha a outros)

Batata (Pexels)

Por Wilson Ledo  Cnnportugal.iol.pt    

A culpa não é da batata. É de quem anda a espalhar mentiras sobre ela. Ou de quem a cozinha com métodos poucos saudáveis. Ou de quem não se sabe conter perante o seu sabor. A culpa não é da batata

Nisto da batata parece que cada um tem a sua lógica. E, com tanto mito à volta deste alimento, chegou a altura de perceber se, na hora de passar a batata para o seu prato, pode fazer escolhas mais equilibradas.

É que, apesar da palavra “doce”, há quem se bata na defesa de que a batata-doce é mais saudável. E quem faça exatamente o contrário. E quem tem razão? Nenhum: as nutricionistas ouvidas pela CNN Portugal asseguram que, em termos nutricionais, não há grandes diferenças. Já no que respeita a nutrientes, cada uma ganha em diferentes campos.

(Pexels)

Doce vs comum: uma luta sem vencedores

Vamos lá a comparações. A batata-doce é mais rica em hidratos de carbono, incluindo em açúcares. Logo, tem um valor energético maior. Em 100 gramas de batata-doce crua há 123 quilocalorias (kcal). Na mesma quantidade de batata branca crua são 90 kcal, aponta Cristiana Brito, nutricionista do Hospital Lusíadas Amadora.

No mesmo sentido aponta a nutricionista Magda Roma, falando em 70 calorias por 100 gramas de batata comum e 86 na mesma quantidade de batata-doce.

A batata comum também ganha no teor de proteína. Já a batata-doce tem um maior teor de fibra e “contribui para o aumento da saciedade e atraso da absorção intestinal de açúcares”, diz Cristiana Brito.

No que respeita a vitaminas, a batata-doce é mais rica em vitamina A e E, tendo um elevado potencial antioxidante e anti-inflamatório. Já nas vitaminas C, B6, B3 e B9, a batata comum fica à frente. Ambas são fonte de micronutrientes como potássio, fósforo e magnésio.

“Em suma, apesar das diferenças nutricionais, não podemos assumir que um tipo de batata é mais saudável do que outro, visto que ambas são fornecedoras de nutrientes cruciais para a manutenção de um adequado estado de saúde e, por essa razão, tanto a batata-doce como a batata comum devem ser incluídas numa alimentação completa, variada e equilibrada”, resume Cristiana Brito.

O truque está em ir variando.

(Pexels)

A cor importa?

Quando vai ao supermercado, deve deparar-se com batatas-doces de várias cores. E, se ficou a magicar se há alguma mais saudável do que outra, veio ao sítio certo. Fizemos essa mesma pergunta às nutricionistas. Para perceber que, em termos nutricionais, são todas muito semelhantes. “Varia apenas o teor em fitoquímicos responsáveis pelas cores distintas”, explicam.

Mas isso pode ter impacto na sua saúde. A batata-doce laranja é rica em betacarotenos, que podem ser convertidos em vitamina A no organismo. “São antioxidantes. Melhora a visão, protege a pele e tem ação nos sistemas cardiovasculares e imunitário”, traça Magda Roma. Na batata-doce branca também há betacarotenos, mas em menor quantidade.

Já a batata-doce roxa é rica em antocianinas, “que, além de terem uma ação antioxidante em várias funções do organismo, inclusive na melhora da função cognitiva, tem também ações anti-inflamatórias e protetoras do nosso organismo”, junta.

(Pexels)

E engorda?

Quando olha para a batata pensa “isto engorda”? Ou tem um familiar que está sempre a insistir nesta tese. Talvez seja altura de recuperar aquela que é a maior verdade da nutrição: engordar ou emagrecer só depende do que comeu ao longo do dia – e em que quantidades. Para funcionar bem, o nosso corpo precisa de um determinado número de calorias por dia. Tudo o que seja a mais, ajuda a engordar.

Por isso, a batata não é sua inimiga. Depende mais do que fizer com ela. Cristiana Brito lembra que “100 gramas de batata cozida têm 87 kcal”. Mas a mesma quantidade “frita tem 227 kcal”.

Já Magda Roma lembra que a batata pode convidar a quantidades acima do que necessitámos. Uma batata frita nunca é apenas uma batata frita, certo? E, por isso, não tem de andar constantemente a substituir a batata por outras opções na hora de compor o prato.

“O problema são as quantidades que se consomem. Comparemos 100 gramas de batata, que oscilam entre 70 a 80 kcal, com o arroz branco. A mesma quantidade tem cerca de 120 kcal”, conclui Magda Roma.

(Pexels)

Líder checheno está em estado crítico, revela Defesa da Ucrânia

© TATIANA BARYBINA/Press service of the governor of/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   16/09/23 

Kadyrov é um aliado próximo do Kremlin e inclusive chegou a enviar tropas e milicias chechenas para a Ucrânia, para auxiliar o exército russo em sua invasão ao país vizinho.

O líder da república russa da Chechénia, Ramzan Kadyrov, está em estado crítico, tendo ficado em coma, revelou o representante da Inteligência de Defesa da Ucrânia, Andrii Yusov, citado pelo jornal ucraniano Ukrainska Pravda.

"Podemos confirmar que ele teve outra exacerbação grave e está em estado crítico", declarou Yusov.

O mesmo jornal dá conta de que o Serviço de Segurança da Ucrânia colocou Kadyrov na lista dos mais procurados em setembro do ano passado, por invasão da integridade territorial e inviolabilidade da Ucrânia, que levou à morte de pessoas ou outras consequências graves, e de planeamento, preparação, desencadeamento e condução de uma guerra agressiva.

Por isso, Kadyrov pode ser condenado a uma pena de 10 anos a prisão perpétua, de acordo com o Código Penal da Ucrânia.

De recordar que Kadyrov é um aliado próximo do Kremlin e inclusive chegou a enviar tropas e milicias chechenas para a Ucrânia, para auxiliar o exército russo em sua invasão ao país vizinho.

Em julho deste ano, Kadyrov anunciou mais um envio de tropas chechenas para lutar na cidade ucraniana de Bakhmut. Segundo informações da mídia russa, essas tropas teriam assinado um contrato com o Ministério da Defesa de Putin no início deste ano.

Kadyrov, que governa a Chechénia com mão de ferro, é considerado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, e tem uma milícia paramilitar, a 'kadyrovtsy'. No início da ofensiva russa, circularam nas redes sociais imagens de uma praça em Grozny, capital da Chechénia, cheia de soldados supostamente a caminho da Ucrânia. As forças sob o controle de Kadyrov são acusadas de vários abusos na Chechénia.

A 26 de fevereiro, o líder da Chechénia confirmou a participação das tropas da república na invasão russa da Ucrânia.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Passadeira Vermelha # 186 : Jovens querem revolucionar o cinema na Guiné-Bissau


 Jovens querem revolucionar o cinema na Guiné-Bissau e filme zambiano mostra as dificuldades enfrentadas por um rapaz com albinismo. Já artistas sudaneses trabalham para curar o trauma da guerra enquanto o RAP ajuda as crianças de rua congolesas a encontrar a sua voz num pequeno estúdio de gravação. 
Por voaportugues.com

EUA: Biden incluiu China na lista dos países com maior produção de droga

© Getty Images

POR LUSA   16/09/23 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, incluiu esta sexta-feira a China na lista dos países com maior produção e trânsito de drogas devido à fabricação, no país asiático, de precursores químicos do fentanil, um poderoso opioide sintético.

Num memorando enviado ao Congresso, Biden acusou também a Bolívia e a Venezuela de não terem cumprido as suas obrigações internacionais de combate ao tráfico de drogas, e alertou que a produção de cocaína na Colômbia continua demasiado elevada.

A lista de países com maior produção e trânsito de narcóticos elaborada este ano por Washington é composta por Afeganistão, Bahamas, Belize, Bolívia, Birmânia, China, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Laos, México, Nicarágua, Paquistão, Panamá, Peru e Venezuela.

O presidente dos Estados Unidos deve enviar anualmente esta lista ao Congresso para determinar o orçamento dedicado ao combate ao tráfico de drogas.

Biden adicionou a China à lista, depois de a lei ter sido modificada para incluir países onde são fabricados produtos químicos usados na produção de drogas sintéticas.

"Os Estados Unidos instam fortemente a China e outros países produtores destes produtos químicos a fortalecerem as cadeias de abastecimento e a prevenirem o seu tráfico", afirmou o presidente no documento.

Segundo Washington, os cartéis mexicanos fabricam fentanil através de produtos cosméticos adquiridos legalmente na China e depois traficam-no para os Estados Unidos, onde esta substância causou a pior crise de opiáceos da história.

No memorando, Biden voltou a incluir a Bolívia, a Venezuela e a Birmânia na lista de países que não cumpriram as suas obrigações nos acordos internacionais contra o tráfico de drogas no último ano.

No entanto, descreveu os programas antidrogas dos Estados Unidos destinados a esses países como "vitais" para evitar que o Congresso reduza os seus orçamentos.

O presidente instou o Executivo de Luis Arce, na Bolívia, a tomar medidas para "reduzir os cultivos ilícitos de coca que continuam excedendo os limites legais estabelecidos na legislação boliviana".

Por outro lado, o presidente retirou o Afeganistão desta categoria depois de os talibãs terem feito "progressos" na redução das culturas de papoila, usada para produzir heroína.

Embora a Colômbia não tenha sido classificada, Biden alertou que "as plantações ilícitas de coca e a produção de cocaína permanecem em níveis historicamente elevados".

Por isso, instou o Governo de Gustavo Petro a "priorizar esforços para expandir sua presença nas regiões produtoras de coca e alcançar um progresso sustentável contra as organizações criminosas".



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Kim Jong-un "impressionado" com fábricas russas de produção de aeronaves

© Lusa

POR LUSA   16/09/23 

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ficou "impressionado" com a visita, na sexta-feira, a duas fábricas de produção de aeronaves na região de Khabarovsk, no leste da Rússia, informou hoje a agência de notícias estatal KCNA.

Kim Jong-un manifestou "profundo respeito pela tecnologia de aviação russa" e assegurou, no livro de visitas, que testemunhou o "rápido desenvolvimento" e "gigantesco potencial" da indústria russa, ainda segundo a agência.

O líder norte-coreano visitou uma das "principais instalações de produção de aeronaves", disse o ministro da Indústria e Comércio da Rússia.

"Vemos o potencial de cooperação tanto no campo do fabrico de aeronaves como em outras indústrias", sublinhou Denis Manturov.

"Isto é especialmente importante para cumprir as tarefas que os nossos países enfrentam para alcançar a soberania tecnológica", acrescentou o dirigente russo.

No entanto, segundo a presidência russa, nenhum acordo foi assinado entre os dois países durante a visita do líder norte-coreano ao país.

"Não foi assinado nenhum acordo, e isso não estava previsto", disse na sexta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas em Moscovo, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Os Estados Unidos disseram suspeitar que a Rússia quer comprar armas a Pyongyang para usar na guerra contra a Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte quer adquirir tecnologias para os programas nuclear e de mísseis.

Washington advertiu Pyongyang de que sofrerá consequências se contribuir para o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se com Kim Jong-un na quarta-feira no cosmódromo de Vostochny, no extremo oriente russo.



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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Conselho da ONU? "É tempo de privar Moscovo do seu poder de veto"

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Notícias ao Minuto   15/09/23 

O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhaylo Podolyak, referiu que a Rússia estava a "ocupar um lugar ilegalmente" e que estava na hora de ser reestabelecida a confiança na Organização das Nações Unidas.

O principal conselheiro da presidência da Ucrânia, Mykhaylo Podolyak, defendeu, esta sexta-feira, uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), um pedido já de muitos países - e defendido por Portugal.

"Reiniciar o Conselho de Segurança da ONU é o primeiro passo para restaurar a reputação das instituições globais, devolver estabilidade e aumentar a segurança", começou por escrever o responsável ucraniano numa publicação partilhada no Twitter.

Podolyak apontou que a atual composição do órgão e os "atores globais" credenciados "já são há muito tempo desadequados face à atual situação do mundo".

"Pelo menos um país, a Rússia, está a ocupar um lugar ilegalmente, ativamente usando o seu poder de veto e a prejudicar o Direito internacional", acusou.

Podolyak notou ainda que a Assembleia Geral da ONU é o local "ideal" para que a ação. "É tempo de privar Moscovo do seu poder de veto, renovar o Conselho de Segurança e restaurar a confiança na ONU", rematou.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estará na próxima semana na sede da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Naquela que é a segunda visita oficial ao país desde que a guerra na Ucrânia começou, o chefe de Estado ucraniano vai também a Washington, onde se ira encontrar com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden.

Zelensky nos EUA enquanto Congresso debate nova ajuda de 22.500 milhões

© Ukrainian Presidential Press Office via Getty Images

POR LUSA    15/09/23 

A viagem do chefe de Estado ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca e Capitólio, na próxima semana, decorrerá enquanto o Congresso norte-americano debate um novo pacote de ajuda à Ucrânia, de até 22.500 milhões de euros.

O Presidente norte-americano Joe Biden pediu ao Congresso para fornecer até 24.000 milhões de dólares (cerca de 22.500 milhões de euros) em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, enquanto este país continua a defender-se da invasão russa.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do Presidente norte-americano, confirmou esta quinta-feira que Joe Biden receberá Zelensky na Casa Branca, sendo a terceira vez que acontece.

"Certamente que estamos num momento crítico, enquanto a Rússia procura desesperadamente a ajuda de países como a Coreia do Norte para a sua guerra brutal na Ucrânia, enquanto as forças ucranianas continuam a fazer progressos na sua contraofensiva", destacou hoje Sullivan, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca.

Sullivan também confirmou que Zelensky visitará o Capitólio dos EUA.

"Acho que [Zelensky] está ansioso pela oportunidade não apenas de ver o Presidente Biden aqui na Casa Branca, mas também de ver os líderes do Congresso de ambos os partidos para defender que os Estados Unidos têm sido um grande amigo e parceiro da Ucrânia durante todo este período de guerra brutal", salientou.

O Presidente ucraniano fez uma visita a Washington durante a guerra, em dezembro de 2022, e proferiu um discurso apaixonado numa reunião conjunta do Congresso.

Na altura, foi a sua primeira viagem conhecida fora do país desde a invasão russa em fevereiro daquele ano.

No seu discurso emotivos perante os congressistas, Zelensky agradeceu aos norte-americanos por ajudarem a financiar o esforço de guerra e disse que o dinheiro "não é caridade", mas um investimento na segurança global e na democracia.

Detalhes da visita de Zelensky na próxima semana foram relatados pela primeira vez pelo Punchbowl News, sendo que o governante estará nos Estados Unidos para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O Congresso norte-americano está cada vez mais dividido sobre o fornecimento de financiamento adicional à Ucrânia, uma vez que a guerra já está no seu segundo ano.

Biden propôs um pacote de 13.000 milhões de dólares (cerca de 12.200 milhões de euros) em ajuda militar adicional para a Ucrânia e 8.000 milhões de dólares (cerca de 7.500 milhões de euros) para apoio humanitário.

Mas alguns congressistas republicanos conservadores têm pressionado por amplos cortes nos gastos federais e alguns procuram especificamente interromper o dinheiro para a Ucrânia, enquanto o Congresso trabalha para aprovar os seus projetos de lei de dotações anuais antes do prazo final de 30 de setembro para manter o governo dos EUA em funcionamento.


Mali. Junta afasta membro do Conselho Nacional de Transição após críticas

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POR LUSA   15/09/23 

O chefe da junta do Mali, coronel Assimi Goïta, destituiu hoje das suas funções um elemento do Conselho Nacional de Transição (CNT), criado pelos militares em 2020, após este ter criticado a atuação do Governo, segundo um decreto.

Amadou Ben Diarra, conhecido como Ben le Cerveau (Ben o Cérebro), foi condenado na quinta-feira a dois anos de prisão, após ter criticado o Governo, tendo os seus advogados afirmado que vão recorrer da sentença.

Hoje, o coronel Goïta assinou um decreto, a que a agência AFP teve acesso, anulando a nomeação de Diarra para o Conselho Nacional de Transição (CNT), criado pelos militares em 2020.

No dia 27 de agosto, Diarra apelou à junta para que respeitasse o prazo de março de 2024, no qual se tinha comprometido a devolver o poder aos civis eleitos, tendo criticado a gestão da junta e deplorado as detenções alegadamente efetuadas pelos serviços de segurança.

Diarra dirige a Yerewolo-Debout sur les remparts, uma das organizações mais ativas de apoio à junta que tomou o controlo do país pela força em 2020, num país que enfrenta a expansão extremista e uma crise profunda.

Trata-se da mais recente figura visada pela junta por alegadas posições políticas ou delitos financeiros.


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Golpistas no Niger tratam embaixador francês como um "refém"

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POR LUSA  15/09/23 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que o embaixador francês no Níger, Sylvain Itté, está a ser mantido "refém" pelos militares no poder e que não come mais do que "rações militares".

Os militares, que derrubaram o Presidente Mohamed Bazoum e tomaram o poder em 26 de julho, ordenaram a expulsão do embaixador francês no final de agosto, depois de Paris se ter recusado a cumprir um ultimato que exigia a sua partida. Desde então, a França continua a opor-se à sua partida, argumentando que o Governo não tem autoridade para fazer tal pedido.

"No Níger, neste preciso momento, temos um embaixador e membros do corpo diplomático que estão literalmente reféns na embaixada francesa", declarou o Chefe de Estado durante uma visita a Semur-en-Auxois (Côte-d'Or, centro-leste de França).

Os militares que efetuaram o golpe de Estado estão a "impedir a entrega de alimentos", por isso o diplomata "está a comer rações militares", acrescentou.

O embaixador Sylvain Itté "já não pode sair, é persona non grata e recusam-se a deixá-lo ter outros alimentos", insistiu Emmanuel Macron.

Questionado sobre a possibilidade de o embaixador ser repatriado para Paris, o chefe de Estado reiterou: "Farei o que for acordado com o Presidente (Mohamed) Bazoum, porque ele é a autoridade legítima e falo com ele todos os dias".

Mohamed Bazoum continua a ser considerado pela França como o chefe de Estado do Níger. A nação europeia recusa, desta forma, a legitimidade do golpe de Estado militar.

Em 10 de setembro, Emmanuel Macron já tinha sublinhado que qualquer reposicionamento das forças francesas no Níger só seria decidido a pedido do Presidente Bazoum.

Os militares no poder denunciarm os acordos de cooperação militar com a França e contam com a "rápida partida" dos cerca de 1.500 militares franceses presentes no país, uma vez que preferem acordos com a Rússia.

Emmanuel Macron confirmou também que a França "continuará obviamente a acolher" os artistas do Sahel, apesar da diretiva governamental que exige a suspensão de toda a colaboração com artistas do Níger, Mali e Burkina Faso, onde tem surgido um repúdio ao país europeu.

No entanto, o Presidente admite que, para os artistas do Níger que ainda não têm visto, a situação é complicada pelo facto do acesso aos serviços consulares franceses já não ser possível.

"Não é que o estejamos a proibir, é que não o podemos dar [acesso à embaixada] por causa dos golpistas e por razões de segurança", concluiu Macron.


Enfermeiros de Cabo Verde exigem respostas do Governo até ao fim do mês

© Lusa

POR LUSA   15/09/23 

O Sindicato Nacional Democrático dos Enfermeiros (SINDEF) de Cabo Verde deu hoje um ultimato ao Governo, até final deste mês, para resolver diversos problemas da classe, entre os quais a falta de aumentos salariais.

"A classe concede o prazo, até final de setembro, para [o Governo] resolver estas questões, sob pena de enveredarmos por outras formas de luta", afirmou o presidente do SINDEF, José Elídio Sanches, em conferência de imprensa, na Praia.

As reivindicações incluem questões como a falta de envio das contribuições para a previdência social, descanso semanal, suspensão de subsídios de risco e de turnos, transição de carreira e promoções.

"Todos estes aspetos foram objeto de acordo com o Ministério da Saúde em 2018", mas ainda não foram resolvidos, mesmo depois de condensados numa nota redigida em maio, momento ao qual já se seguiram dois encontros, sem consenso.

"Fazia parte do acordo que, até março, negociariam uma nova grelha salarial específica para a classe, o que não aconteceu", lamentou José Sanches, apontando que foi enviada, no mês de junho, a proposta de um aumento do salário base de 68 para 80 mil escudos cabo-verdianos (de 615 para 723 euros).

Por outro lado, o dirigente sindical considerou "deplorável e muito grave" a falta de encaminhamento das contribuições para a segurança social.

A Lusa tentou obter esclarecimentos por parte do Ministério da Saúde, mas, para já, sem resultado.

A ministra da Saúde de Cabo Verde, Filomena Gonçalves, anunciou no final de agosto que, pela primeira vez num Orçamento de Estado (para 2024), a despesa com pessoal deverá ultrapassar a despesa de investimento.

"É até um paradoxo, porque, normalmente, em orçamentos, a ênfase deve ser o investimento, mas, neste momento, na Saúde, a prioridade das prioridades são os recursos humanos", referiu a governante.

Cabo Verde tem mais de 1.000 profissionais na área da enfermagem, disse em junho o primeiro bastonário da Ordem dos Enfermeiros.


Negociações de Kyiv e Moscovo? Putin acusa EUA não saberem dançar 'tango'

© MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images)

Notícias ao Minuto   15/09/23 

O chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, acusou os Estados Unidos de não saberem dançar o "tango" das negociações. O seu homólogo bielorrusso reforçou a ideia, dizendo mesmo que Washington ordenou a Kyiv para pararem as conversações de paz com Moscovo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou, esta sexta-feira, sobre as negociações com a Ucrânia, que estão paradas há meses. Em conferência de imprensa com o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, em Sochi, na Rússia, Putin respondeu 'à letra' às declarações do secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, que referiu, esta semana, que eram "precisos dois para dançar" o tanto e que não via Putin interessado numa "diplomacia com significado".

"Nem os Estados Unidos sabem dançar o tango. O tango é maravilhoso e cheio de movimentos bonitos, mas os Estados Unidos resolvem todos os seus problemas com uma posição de força. Ou com a ajuda de sanções económicas, restrições financeiras ou ameaças do uso da força militar", referiu Putin, citado pela agência de notícias bielorrussa Belta.

"Estão a tentar ensinar todos [a 'dançar o tango', ou seja, negociar], quando eles, muito provavelmente, nem o querem fazer", insistiu.

As insinuações de Putin foram reforçadas pelo seu aliado bielorrusso, que referiu que as negociações de paz tinha sido travadas por Washington. "Eles [A Ucrânia] parecem ter começado a dançar o tango. Houve três rondas de negociações na Bielorrússia e em Istambul, mas depois Blinken e [Lloyd[ Austin [secretário da Defesa dos EUA] ordenaram a Zelensky que parasse as negociações. Esta é a realidade. A dura realidade. Sendo assim, não têm razão para culpar os outros", defendeu.

Sublinhando que Moscovo nunca recusou negociações, Putin afirmou que "se o outro lado quiser [retomar as negociações], têm de o dizer diretamente". O líder russo 'dançou' ainda ao som das palavras de Blinken, referindo que dançar o tango era bom, mas que era "importante que a Ucrânia não se esquecesse de como se dança o gopak", uma dança ucraniana. "Caso contrário, vão ter de dançar ao som da música dos outros, a toda a hora. Mas todos vão ter de dançar a barynya [dança russa], de uma forma ou outra. Ou kozatchok", avisou, referindo-se nesta última referência a uma música ucraniana associada aos cossacos, que se estabelereceram em território russo.