segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Cerca de 100.000 migrantes chegaram a Itália desde o início do ano

© Lusa

POR LUSA   14/08/23 

A organização não-governamental (ONG) Mediterranea Saving Humans adiantou hoje que cerca de 100.000 migrantes chegaram a Itália este ano, números já esperados por esta plataforma que pediu também uma "política de receção séria".

"Em Itália, vamos já em 100.000 chegadas, que já prevíamos. Mas não são números incontroláveis. O verdadeiro problema é que falta uma política de receção séria", sublinhou o responsável da plataforma, Luca Casarini.

O líder desta ONG falava desde Trapani, Sicília, onde o seu navio de resgate Mare Jónio está ancorado à espera de inspeções, marcadas para 22 de agosto.

"Depois, estaremos preparados para começar de novo", apontou.

Quase 20.000 homens, mulheres e crianças morreram a tentar chegar a Itália este ano.

Os mais recentes dados do Ministério do Interior italiano, divulgados na semana passada, apontavam que quase 94.000 migrantes desembarcaram na costa italiana este ano, mais do dobro em relação aos 45.000 registados no mesmo período do ano passado.

Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Mediterrâneo Central -- entre o norte da África e a Itália -- é atualmente a rota migratória mais perigosa do mundo. Desde 2014, a OIM contabilizou mais de 20.000 mortes.

No final de julho, ONG que conduzem operações de busca e salvamento no Mediterrâneo relataram à Lusa que estão a enfrentar dificuldades acrescidas este ano face ao endurecimento da política anti-imigração do novo governo italiano, queixando-se de restrições no acesso humanitário.

As ONG debatem-se com as dificuldades acrescidas impostas pela legislação adotada no início do ano pelo Governo de extrema-direita liderado por Giorgia Meloni, que restringe as atividades das organizações humanitárias e já levou à detenção de vários navios de busca e salvamento.


Candidaturas abertas ao Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLISBOA

Estão a decorrer as candidaturas para a nona edição do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, até ao dia 5 de novembro de 2023.

O Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa tem como objetivo estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela, conto e crónica) e da poesia, em língua portuguesa, por escritores que nunca tenham publicado uma obra literária e que procuram uma oportunidade de visibilidade e reconhecimento no cenário literário.

São admitidas candidaturas de concorrentes que sejam pessoas singulares, de qualquer nacionalidade, fluentes na língua portuguesa, com idade não inferior a 16 anos. No caso dos menores de 18 anos, a atribuição de prémios ficará sujeita à entrega de declaração de aceitação pelos respetivos titulares do poder paternal.

A participação na presente iniciativa deverá ser feita até às 24h00 do dia 05-11-2023, por correio eletrónico, para o endereço premioliterario@uccla.pt nos termos previstos no Regulamento.

Este prémio foi criado em 2015, conjuntamente com o Movimento (2014) 800 Anos da Língua Portuguesa. Em 2020 foram estabelecidas duas parcerias: uma com a editora Guerra e Paz, que passará a responsabilizar‐se pela edição da obra premiada e outra com a Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do Festival Literário de Lisboa ‐ 5L.

Constituição dos membros do júri, que integra reconhecidas personalidades do mundo literário e cultural de língua portuguesa:

Domício Proença - Brasil

Germano Almeida - Cabo Verde

Hélder Simbad - Angola

Inocência Mata - São Tomé e Príncipe

José Pires Laranjeira - Portugal

Luís Carlos Patraquim - Moçambique

Luís Costa - Timor-Leste

Tony Tcheka - Guiné-Bissau

Yao Jing Ming - Macau

Rui Lourido - Representante da UCCLA

João Pinto de Sousa - Representante do Movimento 800 Anos de Língua Portuguesa

Regulamento, Declaração de Conformidade (Anexo 1) e Regras relativas à edição da obra premiada (Anexo 2) - https://www.uccla.pt/sites/default/files/regulamento_2023-2024.pdf

Por Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação

Ministério da Cumunicação é um setor muito complicado porque depende do Ministério das Finanças

Radio TV Bantaba 

Communiqué de Presse - Press Statement - Comunicado de Imprensa


 Ecowas - Cedeao 

NÍGER: Tribunal anula condenação de dirigente de coligação apoiante do golpe

© Shutterstock

POR LUSA   14/08/23 

O Tribunal de Recurso de Niamey anulou hoje a condenação de um dirigente de uma coligação apoiante dos militares que deram o golpe de Estado, que estava detido há sete meses por um atentado fundamentalista, anunciou um dirigente associativo.

"O Tribunal de Recurso de Niamey anulou a decisão do Supremo Tribunal (...) que tinha condenado o nosso camarada Abdoulaye Seydou a nove meses de prisão", disse à imprensa Sanoussi Mahaman, secretário-geral do movimento M62 - que apoia os militares no poder - do qual Seydou é coordenador.

Abdoulaye Seydou tinha sido condenado a nove meses de prisão.

"Sempre dissemos que a detenção de Abdoulaye Seydou tinha sido uma decisão arbitrária (...) orquestrada do princípio ao fim", acrescentou Mahaman.

O movimento M62, criado há um ano, é uma coligação de cerca de 10 associações e organizações não-governamentais que se opõem à presença das forças militares francesas no Níger.

Em resposta a um apelo do M62, vários milhares de pessoas manifestaram-se em Niamey para "apoiar" os militares que derrubaram o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, em 26 de julho, e que são também muito críticos em relação à França.

Condenado em meados de abril, Seydou estava preso preventivamente desde janeiro.

O seu movimento tinha acusado as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de massacrar civis em represália de um ataque extremista islâmico, em 24 de outubro de 2022, contra uma esquadra de polícia em Tamou (sul).

Na sequência deste ataque, o exército retaliou e matou sete "assaltantes" num garimpo ilegal nas proximidades.

A oposição política e as organizações da sociedade civil afirmaram que os ataques tinham causado muitas mais vítimas.


Leia Também: Níger. Sanções da CEDEAO são "injustas" mas "vamos ultrapassá-las"

Suleimane Seide, novo Ministro da Economia e Finanças recebe o gabinete das mãos do Ministro das Finanças cessante Ilídio Vieira Té.


Dionísio Pereira, Novo Ministro das Pescas recebe o gabinete das mãos do Ministro das Pescas Orlando Mendes Viegas



Entrega de dociê ao novo Ministro do ambiente



Botche Cande ex_ministro de Agricultura entrega dociê ao novo ministro Mamasaliu Lamba.


Ex_Ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo, Fidelis Forbs entrega dociê ao novo Ministro Ildelfonso Duarte Pinto.


 Radio Voz Do Povo

Hoje decorreu no Ministério Das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo a cerimónia de transferência de poderes (passacão) entre o Ministro cessante Sr. Fidelis Forbs e o novo Ministro, Sr. Ildefonso Duarte Pinto

  Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo   MOPHU/ 14.08.2023 (Segunda-Feira)

Ataque terrorista no Níger mata pelo menos sete membros da Guarda Nacional

ISSIFOU DJIBO

Por  sicnoticias.pt  14.08.2023

O número de baixas é ainda provisório, já que “as operações de busca aérea e terrestre para encontrar os assaltantes ainda continuam”.

Sete membros da Guarda Nacional do Níger foram mortos no domingo num ataque terrorista contra um destacamento militar na cidade de Abalak, na região de Tahoua, no centro-sul do país.

Segundo uma fonte da segurança à agência de notícias EFE, o número de baixas é ainda provisório, já que "as operações de busca aérea e terrestre para encontrar os assaltantes ainda continuam".

O ataque, em que três veículos foram incendiados, foi atribuído a rebeldes do Daesh (autodenominado Estado Islâmico).

Abalak é uma das localidades frequentemente vítimas de ataques de grupos extremistas.

Para além da insegurança, o Níger vive uma crise política desde o final do mês passado.

O golpe de Estado de 26 de julho foi liderado pelo autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Nação, que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

Os militares justificaram o golpe com a "contínua deterioração da situação de segurança e má gestão económica e social" e sublinharam que "todas as instituições" da república estão suspensas.

O golpe foi condenado pela maioria da comunidade internacional, com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a decidir ativar a "força de reserva" do bloco para uma eventual intervenção militar destinada a "restabelecer a ordem constitucional" no Níger, embora tenha assegurado que continuará a apostar no diálogo.

Exército ucraniano diz ter recuperado três quilómetros em Bakhmut

© REUTERS/Anna Kudriavtseva

POR LUSA   14/08/23 

O exército ucraniano recuperou três quilómetros de território próximo a Bakhmut, no leste da Ucrânia, um dos alvos da atual contraofensiva das forças de Kiev, anunciou hoje a vice-ministra da defesa ucraniana.

"No setor de Bakhmut, foram recuperados três quilómetros na semana passada. No total, 40 quilómetros já foram reconquistados no flanco sul do setor de Bakhmut", cidade que foi capturada em maio pela Rússia, afirmou Hanna Maliar à televisão ucraniana.

Mais ao sul da frente leste, a vice-ministra ucraniana relatou uma situação "extremamente difícil" em torno de Avdiivka, localidade que as forças russas estão a tentar tomar aos ucranianos.

Na frente sul da ofensiva ucraniana, lançada em junho, as forças de Kiev registaram "alguns sucessos" ao sul de Staromayorske, uma localidade recuperada no final de julho das forças de Moscovo, acrescentou Hanna Maliar.

Os combates continuam, principalmente para retomar a cidade vizinha de Urozhaine.

Na região de Kherson, a vice-ministra também relatou ações conduzidas por "determinadas unidades" da Ucrânia na margem oriental do Dnieper, de onde o exército russo se retirou em novembro de 2022, tornando o rio a linha de frente.

"Não podemos revelar os detalhes, mas nós realizámos estas ações (...)", afirmou Hanna Maliar, acrescentando que "é preciso desalojar o inimigo e recuperar território" nesta frente de batalha.


Leia Também: Zelensky visita forças especiais perto de Bakhmut. As imagens

NICOLAU DOS SANTOS AGORA ESTÁ LIVRE DE ACUSAÇÕES DA POLÍCIA JUDICIÁRIA

Assim vai o caso Nicolau Dos Santos antigo Ministro da Agricultura, e atual Ministro da Defesa Nacional. A Polícia Judiciária sabe disto? Será um dia vai ser reaberto este processo? Meu Deus!?

Por notabanca.blogspot.com



Cientistas já estão a fazer a vacina contra a próxima pandemia

Por SIC Notícias  14/08/23

No Reino Unido, os investigadores chamam-lhe de "Doença X" porque não sabem que vírus a irá provocar e acreditam que em 100 dias terão uma vacina pronta.

A vacina contra a covid-19 demorou quase um ano a ser desenvolvida, um tempo recorde que pode ser batido na próxima pandemia.

Nos laboratórios mais seguros do Reino Unido, os investigadores estão a preparar-se contra a próxima pandemia. Chamam-lhe de "Doença X" porque não sabem que vírus a irá provocar e acreditam que em 100 dias terão uma vacina pronta.

NO COMMENT!

 Fonte: Gervasio Silva Lopes

Níger. Militares querem processar presidente deposto por "alta traição"

© Lusa

POR LUSA   14/08/23 

Os militares que fizeram o golpe de Estado em julho no Níger anunciaram no domingo que querem processar o presidente deposto, Mohamed Bazoum, por "alta traição" e "ataque à segurança do país".

Num comunicado lido na televisão nacional, o major coronel Amadou Abdramane, um dos membros do regime militar, disse que estão reunidas "provas para processar, perante as autoridades nacionais e internacionais competentes, o presidente deposto e os seus cúmplices internos e estrangeiros, por alta traição e atentado à segurança interna e externa do Níger".

O golpe de Estado no Níger de 26 de julho foi liderado pelo autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Nação (CNSP), que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

Os militares justificaram o golpe com a "contínua deterioração da situação de segurança e má gestão económica e social" e sublinharam que "todas as instituições" da república estão suspensas.

O golpe foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana, a Organização da Nações Unidas.

Em 30 de julho, quatro dias após o golpe, os líderes da CEDEAO decidiram sancionar financeiramente o Níger e deram aos militares um ultimato de sete dias para restaurar a ordem constitucional, ameaçando um possível uso da força como último recurso.

No domingo, a junta militar no poder no Níger manifestou vontade de conversar com CEDEAO.

"A junta militar do Níger quer iniciar conversações com a CEDEAO para resolver a crise que o país atravessa e levantar as sanções que lhe são impostas", disse à agência de notícias espanhola EFE, o xeque Abdul Rahman Ahmad, imã chefe da Ansar Ud Society da Nigéria, uma organização muçulmana.


Leia Também: Regime militar do Níger denuncia "sanções ilegais e desumanas" da CEDEAO

Regime militar do Níger denuncia "sanções ilegais e desumanas" da CEDEAO

© Lusa

POR LUSA   14/08/23 

Os militares que fizeram o golpe de Estado em julho no Níger denunciaram no domingo à noite "as sanções ilegais, desumanas e humilhantes" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Num comunicado lido na televisão nacional do Níger, um dos membros do regime, o major coronel Amadou Abdramane, disse que as sanções da CEDEAO estão a "severamente prejudicar" a população do país.

Abdramane disse que as sanções impostas devido ao afastamento do Presidente eleito Mohamed Bazoum "chegam a privar o país de produtos farmacêuticos, alimentares" e do fornecimento de energia elétrica".

No mesmo comunicado, o major coronel disse que o regime militar quer processar Bazoum "e os seus cúmplices internos e estrangeiros, por alta traição e atentado à segurança interna e externa do Níger".

O golpe de Estado no Níger de 26 de julho foi liderado pelo autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Nação, que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

Os militares justificaram o golpe com a "contínua deterioração da situação de segurança e má gestão económica e social" e sublinharam que "todas as instituições" da república estão suspensas.

O golpe foi condenado pela maioria da comunidade internacional.

Em 30 de julho, quatro dias após o golpe, os líderes da CEDEAO decidiram sancionar financeiramente o Níger e deram aos militares um ultimato de sete dias para restaurar a ordem constitucional, ameaçando um possível uso da força como último recurso.

No domingo, a junta militar no poder no Níger manifestou vontade de conversar com CEDEAO.

"A junta militar do Níger quer iniciar conversações com a CEDEAO para resolver a crise que o país atravessa e levantar as sanções que lhe são impostas", disse à agência de notícias espanhola EFE o xeque Abdul Rahman Ahmad, imã chefe da Ansar Ud Society da Nigéria, uma organização muçulmana.


China tenta atrair mais investimento estrangeiro para relançar economia

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POR LUSA   14/08/23 

O executivo da China publicou, no domingo à noite, novas diretrizes para "intensificar esforços para atrair investimento estrangeiro", num momento em que a recuperação pós-pandemia da economia chinesa desacelerou.

De acordo com um comunicado divulgado no portal do Conselho de Estado chinês na Internet, o objetivo das novas orientações é "otimizar ainda mais o ambiente para o investimento estrangeiro".

As diretrizes pretendem "melhorar o equilíbrio geral entre a conjuntura nacional e internacional" e "promover um ambiente empresarial de classe mundial, orientado para o mercado, baseado na lei e internacionalizado", referiu o executivo chinês.

O Conselho de Estado apelou às empresas para "aproveitarem as vantagens do enorme mercado chinês" e "fazerem mais esforços para atrair e utilizar o investimento estrangeiro e fazê-lo de forma mais eficaz".

O executivo admitiu que ainda é necessário mais trabalho para garantir que as empresas com investimento estrangeiro serão tratadas como de forma igual às locais, "reforçar a sua proteção" e "fornecer apoio fiscal e tributário".

O comunicado não revelou, no entanto, pormenores sobre as medidas concretas que serão implementadas.

As empresas estrangeiras presentes na China, principalmente as europeias e norte-americanas, têm nos últimos anos pressionado as autoridades a reduzir os setores ou atividades proibidas ou restritas ao investimento estrangeiro.

instituições da UE têm acusado Pequim de falta de reciprocidade no acesso das empresas europeias ao mercado chinês, alegando ainda que as empresas chinesas desfrutam de subsídios e muito mais liberdade para operar, investir ou comprar entidades na Europa.

Por outro lado, a China alterou, em julho, a Lei de Contraespionagem para incluir a "colaboração com organizações de espionagem e seus agentes" na categoria de espionagem e proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional.

Em maio, a polícia chinesa entrou nos escritórios de duas consultoras, a Bain & Co. e Capvision, e de uma empresa de diligência prévia, a Mintz Group.

Estas investigações semearam preocupação no setor e entre potenciais investidores estrangeiros, apesar de Pequim ter defendido tratarem-se de ações isoladas.

Na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva que limita o investimento em tecnologias mais avançadas, como a inteligência artificial ou em computação quântica, na China.

Após um início de ano promissor, a recuperação pós-pandemia da economia chinesa tem mostrado sinais de desaceleração, crescendo 6,3% em termos homólogos no segundo trimestre, menos do que o esperado.

O índice de preços ao consumidor, o principal indicador da inflação na China, registou uma queda homóloga, de 0,3%, em julho, num fenómeno designado como deflação, que reflete debilidade no consumo doméstico e investimento.


domingo, 13 de agosto de 2023

Níger. Junta militar "aberta" para resolver crise por via diplomática

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POR LUSA  13/08/23 

O regime militar do Níger tem-se afirmado aberto a resolver a crise pela via diplomática, informou hoje o chefe de uma delegação de clérigos nigerianos, um dia após a sua visita a Niamey.

O general Abdourahamane Tiani "declarou ter a porta aberta para explorar o caminho da diplomacia e da paz para resolver" a crise, afirmou hoje o xeque Bala Lau, líder do Izala, movimento islâmico, num comunicado de imprensa desta missão de mediação.

Este último foi conduzido com o acordo do Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que é também atual Presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que se reuniu com estes líderes religiosos no início da última semana.

Ainda de acordo com esta nota de imprensa, o General Tiani, durante o encontro, "também se desculpou por não ter dado a devida atenção à equipa enviada pelo Presidente Tinubu e liderada pelo antigo chefe de Estado, o General Abdulsalami Abubakar".

No dia 03 de agosto, uma delegação da CEDEAO chefiada pelo general Abubakar desembarcou em Niamey, capital do Níger, país que foi alvo de um golpe de Estado a 26 de julho. Mas partiu após poucas horas sem poder encontrar-se com o novo homem forte do país, general Tiani.

Na terça-feira, uma outra delegação, desta vez composta por enviados da CEDEAO, da União Africana (UA) e da ONU, não pôde deslocar-se a Niamey, porque o regime militar no poder alegou razões de segurança.

Segundo o comunicado da mediação religiosa, o general Tiani considerou "doloroso" para os autores do golpe de Estado que os dirigentes da CEDEAO "não tenham ouvido a sua versão dos factos antes de lhes enviarem um ultimato".

Em 30 de julho, quatro dias após o golpe, os líderes da CEDEAO decidiram sancionar financeiramente o Níger e deram aos militares um ultimato de sete dias para restaurar a ordem constitucional, ameaçando um possível uso da força como último recurso.

Na passada quinta-feira, numa nova cimeira, os dirigentes reafirmaram que privilegiam a via diplomática para restabelecer as funções do Presidente Mohamed Bazoum, deposto durante o golpe de Estado, ao mesmo tempo que ordenam a mobilização e destacamento da "força de prontidão" da CEDEAO.

Segundo o general Tiani, citado no comunicado da mediação religiosa, os militares derrubaram o Presidente Bazoum "por causa de uma ameaça iminente que teria afetado não só a República do Níger, mas também a Nigéria".

Dois dias depois do golpe, o general Tiani justificou a ação do exército pela "deterioração da segurança" do país, abalada pela violência dos grupos terroristas.

De acordo com o comunicado de imprensa da mediação religiosa, este deve reunir-se com o Presidente Bola Tinubu para lhe reportar o teor da sua discussão.


Leia Também: Níger. Junta militar no poder quer falar com CEDEAO para resolver crise

Níger. Junta militar no poder quer falar com CEDEAO para resolver crise

© AFP via Getty Images

POR LUSA   13/08/23 

A junta militar no poder no Níger, após o golpe de Estado, quer conversar com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), confirmou hoje um membro da delegação nigeriana de líderes religiosos que se reuniu com os militares.

"A junta militar do Níger quer iniciar conversações com a CEDEAO para resolver a crise que o país atravessa e levantar as sanções que lhe são impostas", disse à agência de notícias espanhola EFE, o xeque Abdul Rahman Ahmad, imã chefe da Ansar Ud Society da Nigéria, uma organização muçulmana.

A delegação, chefiada pelo Sheikh Abdulahi Bala Lau, desembarcou no sábado ao meio-dia em Niamey, onde se reuniu com o líder da junta, general Abdurahamane Tiani, e o primeiro-ministro nomeado esta semana pelo líder da junta militar, Mahamane Lamine Zeine.

"Eles disseram que foram mal interpretados e que as sanções ao país estão erradas. Portanto, gostariam de se reunir com a CEDEAO nos próximos dias para discutir a crise e ver como podem ser retiradas" essas medidas, acrescentou Ahmad.

Da mesma forma, segundo um comunicado do líder da delegação, Tiani mostrou-se aberto à via da diplomacia e desculpou-se por não ter recebido pessoalmente a outra delegação de alto nível enviada pela CEDEAO em 02 de agosto e chefiada pelo general Abdulsalami Abubakar, antigo Chefe de Estado da Nigéria.

O líder militar justificou a decisão com a insatisfação com o facto de o bloco regional ter dado à junta o prazo de sete dias, em 30 de julho, para devolver Bazoum ao poder, sem descartar o uso da força.

Por sua vez, no sábado, em declarações aos media nigerianos, o recém-nomeado primeiro-ministro descreveu as duras sanções económicas impostas pela CEDEAO como "desumanas e inaceitáveis".

No entanto, Zeine assegurou que as autoridades do país estão "abertas a seguir uma mediação, conseguir reduzir todas essas restrições e voltar à normalidade".

A delegação - a segunda de líderes religiosos desde o início da crise no país - chegou à capital do Níger, depois de se reunir no início da semana em Abuja (Nigéria) com o Presidente nigeriano e chefe de turno da CEDEAO, Bola Ahmed Tinubu.

O Níger e a Nigéria partilham laços históricos, étnicos e religiosos e acolhem uma maioria de muçulmanos sunitas, o que pode dar a esta equipa uma vantagem especial na resolução da crise, depois de a junta ter recusado na segunda-feira receber uma delegação tripartida de representantes da CEDEAO, União Africana (UA) e da ONU.

A CEDEAO ordenou, numa segunda cimeira extraordinária dos seus dirigentes, em 10 de agosto, a ativação da "força de reserva" do bloco para uma eventual intervenção militar destinada a "restabelecer a ordem constitucional" no Níger, embora tenha assegurado que continuará a apostar no diálogo.

No entanto, os autores do golpe de Estado de 26 de julho ignoraram as ameaças e, além de nomear um novo primeiro-ministro, formaram um governo de transição, reforçaram o aparato militar e fecharam o espaço aéreo, alertando que o uso da força terá um efeito "instantâneo" e resposta "forte".

O golpe de Estado no Níger de 26 de julho foi liderado pelo autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Nação (CNSP), que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

O Níger tornou-se assim o quarto país da África Ocidental liderado por uma junta militar, depois do Mali, Guiné-Conacri e Burkina Faso, onde também foram perpetrados golpes de Estado entre 2020 e 2022.


Leia Também: A Missão da ONU para a Estabilização do Mali (Minusma) anunciou hoje que antecipou a retirada definitiva de um acampamento em Ber, na região de Tombuctu, devido à "degradação da segurança" na zona e aos "riscos elevados".

Novo governo é "para quatro anos", diz primeiro-ministro da Guiné-Bissau

POR LUSA   13/08/23 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, disse hoje que o governo que lidera é "para quatro anos" e que as promessas eleitorais "devem ser cumpridas".

"Este será um governo de legislatura, um governo para quatro anos e, portanto, todas as promessas eleitorais que foram feitas devem ser cumpridas", afirmou, na tomada de posse dos 18 ministros e 15 secretários de Estado do novo executivo.

Assim, disse Geraldo Martins, o horizonte temporal para o cumprimento das promessas feitas durante a campanha não é "seis meses, não é um ano, são os quatro anos".

A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Indira Cabral Embalo, não esteve presente na cerimónia de tomada de posse.

O novo governo resulta da coligação Plataforma de Aliança Inclusiva (PAI)- Terra Ranka, liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as eleições legislativas de junho com maioria, conseguindo obter 54 dos 102 deputados do parlamento.

Após a vitória nas legislativas, a coligação assinou acordos de incidência parlamentar e governativa com o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), que integram também o novo executivo.

"Os guineenses podem esperar um governo que vai tentar resolver os seus problemas", afirmou o primeiro-ministro, reiterando que o executivo sabe "quais são as expectativas" e "as preocupações das populações".

Segundo Geraldo Martins, as populações querem que o governo ajude a comercializar a castanha do caju, o controle dos preços dos produtos de primeira necessidade, que as escolas públicas voltem a funcionar normalmente e que a prestação dos serviços de saúde e cuidados primários melhore, além do alargamento do fornecimento de água potável e que haja energia elétrica nas principais localidades e onde seja possível.

Estas são as prioridades do programa de emergência que será "o foco da governação nos primeiros seis meses", assegurou.

Ainda de acordo com o primeiro-ministro, paralelamente ao programa de emergência, o programa de governação será levado para aprovação à Assembleia Nacional Popular.

O programa de governação, referiu, será baseado no plano estratégico e operacional Terra Ranka e no próprio programa eleitoral da coligação PAI-Terra Ranka.

O plano estratégico abrange seis eixos: reforma e modernização do Estado, crescimento económico e redução da pobreza, relançamento do setor produtivo e a infraestruturação do país, valorização dos recursos humanos, política externa e preservação da biodiversidade.

"Todos estes eixos vão agora ser transpostos no programa do governo com medidas detalhadas e um cronograma de execução", adiantou, acrescentando que será dada "prioridade àquelas medidas e áreas que são prioritárias".

"O mais importante é que no final da legislatura possamos cumprir com a promessa eleitoral que fizemos ao povo guineense", referiu.


...CRUPTO KU CRUPTA KA PUDI PROMOVIDO… ???


 


DISCURSO DE LÍDER DA COLIGAÇÃO Eng° DOMINGOS SIMÕES PEREIRA


 Gervasio Silva Lopes

Triunvirato PAI-TERRA-RANKA, PRS e PTG

Por: Carlos Sambu

Confesso que esperava uma transição geracional mais acintoso no elenco, mas dou meus parabéns em especial aos jovens e os novatos que, por aqui tem campos abertos para fazer muita diferença! Aliás creio, da parte a parte, os nomes e as pastas não satisfaz e nem convenceram as agendas meticulosamente pensada após anuncio da vitoria e calculadas por parte dos (agora) aliados e da propria coligação vencedora! E, por consequência não houve grande entusiasmos entorno do novo Governo! Reduziu muita expectativa quando viram os rostos conhecidos e marcados 

Mormente, triunvirato que prometia ser cintilante entre aliados que detem uma maioria qualificada, não tinham antes de mais precavido todos os detelhes, digo isso, porque para mim, as pastas sociais não podia/devia ser todos ou mais, entregues aos acompanhantes (saúde e ensino superior PRS, agricultura PTG e entre outras) quando que, o vector crucial da vitoria fora cajú e problemas do ensino, educação e aumento desenfreada dos preços dos produtos da primeira necessidade e, sem contar que presumivelmente a pasta do comércio ficou para com um elemento da coligação! o povo votou e ouviu as promessas de quem ganhou e por isso devia ser ele ocupar-se das pastas sociais, mais isso, é só minha opinião! Portanto, competência e dinamismo do primeiro-ministro poderá fazer grande diferença nos "desfalque" do elenco. Boa sorte 

Carlos Sambu

Membros do Novo Governo recebido na Sede do PAIGC pelos militantes e simpatizantes do partido


 Radio Voz Do Povo 

𝗦𝗜𝗦𝗦𝗢𝗖𝗢 𝗘𝗠𝗕𝗔𝗟Ó 𝗣𝗘𝗗𝗘 𝗔𝗢 𝗡𝗢𝗩𝗢 𝗘𝗟𝗘𝗡𝗖𝗢 𝗚𝗢𝗩𝗘𝗥𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗔𝗟 𝗦𝗜𝗚𝗜𝗟𝗢 𝗡𝗢𝗦 𝗔𝗦𝗦𝗨𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗗𝗢


Durante a sua locução na cerimónia de tomada de posse dos novos membros do Governo liderado por Geraldo Martins, o Presidente da República aconselhou recém empossados a não partilha das informações do  Estado nas redes sociais.

© Rádio Jovem Bissau

𝗚𝗘𝗥𝗔𝗟𝗗𝗢 𝗠𝗔𝗥𝗧𝗜𝗡𝗦 𝗣𝗥𝗢𝗠𝗘𝗧𝗘 𝗔𝗖𝗢𝗠𝗣𝗔𝗡𝗛𝗔𝗥 𝗢 𝗣𝗥𝗢𝗖𝗘𝗦𝗦𝗢 𝗗𝗢𝗦 𝗧É𝗖𝗡𝗜𝗖𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗦𝗔Ú𝗗𝗘 𝗘 𝗗𝗔 𝗘𝗗𝗨𝗖𝗔ÇÃ𝗢


O líder do executivo falava hoje (13.08.2023) aos jornalistas no palácio presidencial, momentos após a tomada de posse do elenco governamental.

© Rádio Jovem Bissau

Rússia pode ter deixado de financiar Grupo Wagner

© Lusa

POR LUSA   13/08/23 

O Ministério da Defesa britânico (MoD) afirmou neste domingo que existe uma "possibilidade real" de que a Rússia tenha deixado de financiar os mercenários do Grupo Wagner.

Segundo o último relatório dos serviços secretos do MoD sobre a situação de guerra na Ucrânia, Moscovo "agiu contra alguns interesses comerciais" do proprietário do Wagner, Yevgeny Prigozhin, desde que este lançou um "motim" falhado contra o exército russo em junho passado.

Assim, "há uma possibilidade real de o Kremlin deixar de financiar o grupo", afirmou hoje o Ministério da Defesa na sua conta do Twitter, onde recordou que a Wagner está a passar por um processo de "cortes e reconfiguração" para "poupar nos salários" do seu pessoal nestes tempos de "pressão financeira".

"Se o Estado russo já não paga à Wagner", dizem os serviços secretos britânicos, o mais provável é que as "autoridades bielorrussas" assumam esse papel.

Na opinião do Ministério da Defesa, pagar a fatura dos mercenários na Ucrânia seria um "sorvedouro" para os "modestos recursos económicos" de um país como a Bielorrússia.

Em junho, Yevgeny Prigozhin pelou a uma rebelião contra o comando militar russo e entrou depois em território russo, com milhares de combatentes.

O motim acabou por não se concretizar, tendo Prigozhin e os soldados do Grupo Wagner rumado à Bielorrússia.


Tomada de posse do novo elenco governamental da XIª legislatura Liderado pelo Sr. Geraldo João Martins

Radio TV Bantaba  / Presidência da República da Guiné-Bissau

Cerimóni de Tomada de Posse do Chefe da Casa Civil - Sr. Soares Sambu.



 Presidência da República da Guiné-Bissau 

Mais de duas mil pessoas deslocadas de zonas inundadas no leste da Rússia

© Russian Emergencies Ministry/Handout via REUTERS

POR LUSA   13/08/23 

A Rússia retirou mais de duas mil pessoas das zonas inundadas no leste do país, na sequência da passagem da tempestade tropical Khanun, anunciaram hoje as autoridades.

"Mais de duas mil pessoas, incluindo 405 crianças, foram deslocadas [da região] de Primorye", informou o Ministério das Situações de Emergência na plataforma de mensagens Telegram.

O ministério adiantou que quase cinco mil edifícios foram inundados nesta região que faz fronteira com a China e a Coreia do Norte.

As equipas de salvamento criaram 13 centros de alojamento temporário na região, acrescentou.

A cidade de Ussuriisk registou as piores inundações da última década, de acordo com a agência de notícias estatal TASS.

Na semana passada, a tempestade Khanun, acompanhada de fortes chuvas e ventos violentos, assolou o Japão antes de atingir a península coreana.

A tempestade obrigou a evacuações por precaução e ao cancelamento de centenas de voos e comboios no Japão e na Coreia do Sul.


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Japão e EUA vão desenvolver novo sistema antimísseis hipersónicos

© Getty Images

POR LUSA   13/08/23 

O Japão e os Estados Unidos decidiram desenvolver conjuntamente um novo sistema antimísseis destinado a intercetar mísseis hipersónicos, perante os avanços da China, Rússia e Coreia do Norte neste campo, noticiaram no domingo os 'media' nipónicos.

A iniciativa visa melhorar a preparação conjunta para ameaças de armas que seriam difíceis de combater com a atual rede de defesa antimíssil, e poderá ser anunciada durante a visita do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a Washington no final da próxima semana, disseram fontes governamentais ao diário japonês Yomiuri.

Se o projeto for para a frente, será o segundo sistema intercetor de mísseis desenvolvido conjuntamente pelos EUA e pelo Japão, depois do SM3 Block 2A.

O objetivo é que o novo sistema seja capaz de intercetar mísseis como os utilizados pela Rússia na guerra da Ucrânia, os testados pela China ou os que estão a ser desenvolvidos pela Coreia do Norte, e que esteja operacional dentro de uma década, segundo o jornal japonês.

Os mísseis hipersónicos são capazes de voar a velocidades até cinco vezes superiores à velocidade do som (Mach 5) e a baixas altitudes e em trajetórias irregulares, o que os torna particularmente difíceis de detetar e intercetar com as tecnologias atuais.

O projeto poderá ser anunciado durante a cimeira entre Kishida e o Presidente dos EUA, Joe Biden, prevista para sexta-feira. O encontro vai acontecer no âmbito da visita do líder japonês a Washington para participar numa reunião trilateral com Biden e o líder sul-coreano, Yoon Suk-yeol.

As reuniões poderão também anunciar novos passos no sentido de uma cooperação trilateral mais estreita para melhorar as capacidades conjuntas de deteção de mísseis e aproveitar o que já se alcançou na partilha de dados de radar em tempo real.

O Japão também pretende intensificar a colaboração em tecnologia de satélites com os Estados Unidos, com o objetivo de reforçar as capacidades de defesa aeroespacial, como parte da estratégia para expandir o âmbito do poder militar face ao que classifica de ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.



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