quinta-feira, 13 de julho de 2023

Russa vai considerar presença de F-16 na Ucrânia ameaça de âmbito nuclear

© Lusa

 POR LUSA  13/07/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo advertiu hoje que a Rússia considerará uma ameaça de âmbito nuclear a presença na Ucrânia de caças F-16, provavelmente no final do primeiro trimestre de 2024.

"Informámos as potências nucleares dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França que a Rússia não pode ignorar a capacidade destes aviões para transportar armas nucleares. Não há garantias que ajudem", declarou Sergei Lavrov, numa entrevista ao diário Lenta.ru.

Lavrov advertiu que, em plena guerra, os militares russos não determinarão se cada avião F-16 está ou não equipado para transportar armas nucleares.

"O próprio facto de existirem tais sistemas nas Forças Armadas ucranianas será considerado por nós como uma ameaça do Ocidente na esfera nuclear", sublinhou o ministro.

Na terça-feira, 11 países parceiros ucranianos assinaram um memorando que define as condições de formação dos pilotos ucranianos nos caças F-16.

"Os F-16 protegerão os céus da Ucrânia e o flanco oriental da NATO. A força aérea ucraniana está pronta para os dominar o mais rapidamente possível", afirmou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksy Reznikov.

A formação, que vai durar entre seis a oito meses, começa no final do verão - agosto ou início de setembro - e os primeiros caças F-16 ocidentais são entregues a Kiev no final do primeiro trimestre de 2024, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.


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Ucrânia: Rússia lançou ataque com 'drones' e mísseis nas últimas horas

© Arsen Dzodzaev/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   13/07/23 

As Forças Armadas da Ucrânia reclamam a destruição de 20 aparelhos voadores não tripulados ('drones') e de dois mísseis lançados pela Rússia nas últimas horas, tendo um míssil Iskander russo passado as defesas ucranianas.

Até ao momento não há informações por parte das Forças Armadas da Ucrânia sobre os estragos ou eventuais vítimas, que o míssil terá provocado, em território ucraniano. 

Informações do Ministério da Administração Interna da Ucrânia - não coincidentes com a comunicação militar - indicam que a destruição de 'drones' "provocou dois feridos" e a destruição de várias casas na região de Kyiv.

As equipas de salvamento extinguiram um incêndio num edifício de 16 andares, bem como num edifício não residencial, segundo o Ministério do Interior.

Os destroços também "danificaram a fachada" de um edifício de apartamentos de 25 andares, escreveu o ministério num comunicado divulgado nas redes sociais.

Autoridades locais da zona de Kyiv adiantaram que estilhaços caíram em cinco distritos de Kyiv. 

Por outro lado, as autoridades ucranianas regionais de Khmelnytskyi, no oeste da Ucrânia, informaram que "um míssil de cruzeiro foi intercetado sobre a região e não registou vítimas".

"O inimigo (Rússia) usou dois mísseis de cruzeiro Kalibr que foram lançados do Mar Negro e um míssil balístico Iskander lançado da Crimeia", disse hoje Estado Maior ucraniano sobre os ataques das últimas horas.  

De acordo com a mesma comunicação militar ucraniana, divulgada através da plataforma digital Facebook, os drones "foram destruídos principalmente na região de Kyiv".

As consequências do disparo do míssil Iskander "ainda estão a ser apuradas", disse a fonte militar sem mais detalhes. 

Por outro lado, o Estado Maior da Ucrânia afirma que nas últimas 24 horas foram "liquidados" 510 combatentes russos, o que "eleva para 236 mil o número total de russos mortos desde o início da invasão".

Tratam-se de números muito superiores aos que têm sido divulgados por Moscovo. 

A Rússia não fornece números de baixas desde setembro do ano passado, quando o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, falou da morte de 5.937 militares russos desde o início da campanha.  


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CHEFE DE ESTADO RECEBE DIRECTOR GERAL DE ORANGE

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da Républica, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, o Director Geral da empresa de telecomunicações Orange, Brutus Sadou Diakité.

Na ocasião, o Director Geral revelou que está planeado a implementação de um projeto de modernização e extensão da rede de telefonia móvel, prevendo uma cobertura, “quase que total” da população guineense, na perspectiva de fazer da Guiné-Bissau um dos países mais avançados em termos de novas tecnologias de comunicação móvel a nível do espaço comunitário e continental.


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Mulheres indígenas continuam a ser esterilizadas à força no Canadá

© Getty Images

POR LUSA   13/07/23 

Décadas depois de muitos outros países desenvolvidos terem parado de esterilizar mulheres indígenas à força, vários ativistas, médicos, políticos e pelo menos cinco ações coletivas alegam que esta prática não terminou no Canadá.

Um relatório do Senado, no ano passado, concluiu que "esta prática horrível não se limita ao passado, mas claramente continua até hoje".

Em maio, um médico foi punido por esterilizar à força uma indígena em 2019, noticiou a agência Associated Press (AP).

Líderes indígenas referem que o país ainda não reconheceu totalmente o seu passado colonial conturbado, ou pôs fim a uma prática de décadas que é considerada genocídio.

Não há estimativas sólidas sobre quantas mulheres estão a ser esterilizadas contra a sua vontade, mas especialistas indígenas garantem que ouvem regularmente reclamações sobre este tema.

A senadora Yvonne Boyer, cujo gabinete está a recolher os dados limitados disponíveis, destacou que pelo menos 12.000 mulheres foram afetadas desde a década de 1970.

"Sempre que falo com uma comunidade indígena, fico inundada de mulheres a dizerem-me que foram alvo de esterilização forçada", frisou Boyer, que tem herança indígena Metis, à AP.

Autoridades médicas nos Territórios do Noroeste do Canadá sancionaram um médico em maio por esterilizar à força uma mulher indígena, de acordo com documentos obtidos pela AP.

Andrew Kotaska realizou uma operação em 2019 para aliviar a dor abdominal de uma mulher indígena, sendo que tinha o consentimento por escrito desta para remover a trompa de falópio direita, mas não a esquerda, o que a deixaria estéril.

Apesar das objeções de outra equipa médica durante a cirurgia, Kotaska retirou as duas trompas de falópio.

A investigação concluiu que não havia justificação médica para a esterilização e descobriu que Kotaska se envolveu numa conduta não profissional.

Milhares de mulheres indígenas canadianas nas últimas sete décadas foram esterilizadas coercivamente, em linha com a legislação de hominicultura que as considerava inferiores.

As Convenções de Genebra descrevem a esterilização forçada como um tipo de genocídio e crime contra a humanidade e o governo canadiano condenou a esterilização forçada em outros locais, inclusive de mulheres uigures na China.

Em 2018, o Comité das Nações Unidas contra a Tortura disse ao Canadá que estava preocupado com relatos persistentes de esterilização forçada, referindo que todas as alegações deveriam ser investigadas.

Em 2019, o primeiro-ministro Justin Trudeau reconheceu que os assassinatos e desaparecimentos de mulheres indígenas em todo o Canadá representavam "genocídio", mas ativistas dizem que pouco foi feito para lidar com os preconceitos enraizados contra os indígenas, permitindo que as esterilizações forçadas continuem.

Num comunicado, o governo canadiano realçou à AP que estava ciente das alegações de que mulheres indígenas foram esterilizadas à força e que o assunto está nos tribunais.

Os povos indígenas correspondem a cerca de 5% dos quase 40 milhões de habitantes do Canadá.

As mais de 600 comunidades indígenas em todo o Canadá, conhecidas como Primeiras Nações, enfrentam desafios de saúde significativos em comparação com outros canadianos.

Até a década de 1990, os indígenas eram, na sua maioria, tratados em hospitais segregados, onde havia relatos de abusos.


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Hackers chineses atacam agências governamentais dos EUA

WILFREDO LEE

SIC Notícias  13/07/23

Uma das agências atingidas foi o Departamento de Estado. Este ataque acontece menos de um mês depois de um grupo de hackers russos se infiltrar em várias agências governamentais norte-americanas.

Piratas informáticos (hackers) chineses atacaram sistemas de correio eletrónico de agências governamentais nos Estados Unidos da América, incluindo o Departamento de Estado, informou a Microsoft.

Em mensagem colocada no seu blogue, na terça-feira, a empresa norte-americana identificou o grupo de piratas como ‘Storm-0558, que está focado, adiantou, em atos como espionagem e roubo de dados.

Dirigentes norte-americanos avançaram que piratas apoiados pelo Estado chinês penetraram na nuvem da Microsoft e entraram em sistemas de correio eletrónico governamentais não classificados em várias agências, incluindo o Departamento de Estado.

A Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestruturas e a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) determinaram que os hackers acederam e roubaram informação "de um pequeno número de contas".

Não obstante, o presidente da comissão de Informações do Senado, Mark Warner, emitiu um comunicado em que adianta que "está a monitorizar de muito perto o que aparenta ser uma significativa violação de cibersegurança pela espionagem chinesa", que mostra que a China "está a melhorar constantemente as suas capacidades informáticas de recolha de informação dirigidas contra os EUA e aliados".

Departamento de Estado dos EUA confirma ciberataque

O Departamento de Estado dos EUA confirmou que foi alvo de um ciberataque, menos de um mês depois de um grupo de piratas informáticos russos se infiltrar em várias agências governamentais norte-americanas.

Em comunicado, este Departamento informou que foi detetada esta quarta-feira uma "atividade anormal" nos seus sistemas, face ao que foram tomadas "medidas imediatas".

Esta situação ocorre depois de, em 15 de junho, um grupo de hackers russos ter conseguido infiltrar-se em várias agências governamentais, como informou a Agência de Segurança de Infraestruturas e Cibersegurança (CISA, na sigla em Inglês).

A autoria do ataque foi atribuída ao grupo “CL0P”, também conhecido como “TA505”.

Na altura, não houve sinais de que os hackers tivessem atuado em coordenação com o governo russo, como então adiantou um funcionário.

O maior ataque deste tipo ao governo dos EUA dos últimos anos aconteceu em 2019, quando cerca de 18 mil agências e serviços foram vítimas de uma pirataria massiva, também por parte de agentes russos, através do uso do programa informático SolarWinds.


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quarta-feira, 12 de julho de 2023

MIGRAÇÕES: Senegal desmente haver 300 cidadãos seus desaparecidos no Atlântico

© Getty Images

POR LUSA    12/07/23 

O Governo do Senegal desmentiu que 300 cidadãos senegaleses estejam desaparecidos no Atlântico desde final de junho, após terem tentado chegar em embarcações precárias às ilhas Canárias de forma irregular, noticiou hoje a imprensa senegalesa.

O desmentido consta de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros senegalês em que se declara que, na sequência de investigações, as informações publicadas nas redes sociais sobre o desaparecimento no mar "de pelo menos 300 senegaleses, candidatos à migração, cujas embarcações se dirigiam de Kafountine (na província de Casamansa) para as ilhas Canárias" são "infundadas".

O ministério sublinhou ainda que, entre 28 de junho e 09 de julho, 260 senegaleses "em dificuldade" foram resgatados nas águas territoriais marroquinas, e que foram tomadas as medidas necessárias para que sejam "atendidos e repatriados o mais rapidamente possível".

O comunicado do ministério senegalês foi publicado depois de a imprensa local ter feito eco das informações divulgadas pela organização não-governamental (ONG) espanhola Caminhando Fronteiras, segundo o qual três canoas senegalesas com 300 pessoas a bordo estão desaparecidas no Atlântico.

Numa nota enviada à agência Efe, a ONG afirma que "em relação ao comunicado publicado sobre os factos pelo Governo senegalês, a Caminhando Fronteiras escusa-se a tecer considerações sobre as razões que levaram as autoridades senegalesas a fazer este tipo de declarações".

"O que podemos dizer é que, desde o final de junho, há 300 pessoas que deixaram a costa senegalesa e estão agora desaparecidas na rota para as ilhas Canárias", acrescenta-se na nota.

A rota de migração do Atlântico é uma das mais mortíferas do mundo, com cerca de 800 pessoas a morrerem ou a desaparecerem só na primeira metade deste ano, segundo a ONG.

Nos últimos anos, as Canárias tornaram-se um dos principais destinos das pessoas que tentam chegar a Espanha, com um pico de mais de 23 mil migrantes a chegaram em 2020, segundo o Ministério do Interior espanhol.

Na primeira metade deste ano, mais de sete mil migrantes e refugiados conseguiram alcançar as Canárias.


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Os mosquiteiros distribuídos recentemente estão a ser comercializados e usados para outros efeitos

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Sindicato de Base de Tribunal de Contas denuncia interferência do conselheiro do presidente daquela instituição pública no assunto da renovação de mandato daquela organização sindical.

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Seita cristã no Quénia já fez 372 mortos. Foram encontrados 12 corpos

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POR LUSA   12/07/23 

O número de membros de uma seita cristã mortos no sul do Quénia após serem persuadidos a jejuar para se encontrarem com Cristo subiu hoje de 360 para 372, após terem sido encontrados mais 12 corpos, segundo a polícia.

De acordo com a inspetora da polícia queniana Rhoda Onyancha, as escavações - retomadas na segunda-feira após semanas de paragem - ainda não estão completas e o número de mortos pode continuar a aumentar nas próximas semanas.

As autoridades quenianas continuam a abrir valas comuns e sepulturas encontradas na floresta de Shakahola, no condado costeiro de Kilifi.

Quase todos os corpos do chamado "massacre de Shakahola" foram exumados da floresta, que cobre mais de 320 hectares, enquanto apenas alguns morreram no hospital depois de terem sido resgatados devido ao seu estado grave.

Rhoda Onyancha, citada pela imprensa queniana, confirmou na terça-feira que o número de pessoas resgatadas com vida continua a ser de 95, enquanto 613 pessoas foram dadas como desaparecidas até agora.

Em 27 de junho, o patologista chefe do Governo, Johansen Oduor, disse que, dos 338 corpos examinados até à data, 117 eram crianças e 201 adultos, enquanto 20 estavam demasiado decompostos para se poder determinar a idade.

As autópsias revelaram igualmente que, embora todos os corpos apresentassem sinais de inanição, alguns deles, especialmente as crianças, apresentavam também vestígios de estrangulamento e sufocação.

As primeiras investigações da polícia sugerem que os fiéis foram forçados a continuar o jejum, mesmo que o quisessem abandonar.

Até à data, foram detidos pelo menos 37 suspeitos relacionados com o caso, que chocou o país.

O ministro do Interior do Quénia, Kithure Kindiki, culpou terça-feira as forças de segurança e o sistema judicial quenianos de negligência por não terem tomado medidas adequadas em relação a alegações anteriores contra o alegado líder da seita, o pastor Paul Mackenzie.

O principal suspeito, que se encontra sob custódia policial desde 14 de abril, dirige a Igreja Internacional da Boa Nova e já trabalhou como motorista de táxi.


O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proclamou hoje uma "vitória de segurança significativa" para o país na relação com a NATO, após ter irrompido na cimeira de Vilnius com críticas à ambiguidade dos aliados, no que Portugal considerou um "mal-entendido".

© Celestino Arce/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

 NATO. Zelensky leva "vitória significativa" após "mal-entendido" inicial

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, proclamou hoje uma "vitória de segurança significativa" para o país na relação com a NATO, após ter irrompido na cimeira de Vilnius com críticas à ambiguidade dos aliados, no que Portugal considerou um "mal-entendido".

No primeiro dia da cimeira em Vilnius, o Presidente da Ucrânia exigiu "respeito", um calendário que delineasse o caminho para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e o fim da postura "absurda" que estava a atrasar a adesão do país que está há mais de um ano a tentar fazer face a uma invasão da Rússia.

A "bomba" de Volodymyr Zelensky ecoou imediatamente e irrompeu pela reunião. E nem a introdução da palavra "convite" nas conclusões da cimeira convenceu Zelensky, apesar da relutância de Washington e de Berlim em incluí-la.

Mas para o primeiro-ministro português, António Costa, "houve, seguramente, um mal-entendido" do Presidente da Ucrânia quanto às intenções dos aliados e foi precisamente isso que transmitiram a Zelensky.

Da noite para o dia, o discurso que até então sabia a pouco deu lugar a uma conquista. Os países que compõem o G7 (Alemanha, França, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Canadá e Japão) anunciaram uma declaração que dá garantias de segurança até à eventual adesão do país.

Não é um convite, muito menos um calendário, mas é um "primeiro documento legal que é como um guarda-chuva" para assegurar que a Ucrânia vai continuar a receber apoio, disse Zelensky.

A moeda de troca é o fim da guerra e o cumprimento das condições estabelecidas. Só aí é que vai ser possível olhar para a Ucrânia com um candidato à Aliança Atlântica.

O documento "cobrirá todos os aspetos que agora estão em falta como a defesa aérea, as aeronaves militares" e tudo o resto que a Ucrânia necessite para expulsar os militares russos do seu território.

Mas Zelensky lembrou que, no passado, o país ficou com um documento parecido "na mão" e isso não impediu a Rússia de violar a integridade do seu território, advertindo que, desta vez, tem mesmo de haver "respeito" pela Ucrânia.

Entre as declarações de unidade renovada, o Presidente da Ucrânia anunciou, ao lado do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que regressaria "a casa com uma vitória significativa de segurança" e um "sinal tático" para o Kremlin.

"Não é uma candidatura, mas é uma mobilização para a Ucrânia e um sinal poderoso", advogou.

E as críticas do dia anterior converteram-se, nas palavras do próprio, em sensatez, para tentar apaziguar a frustração da população ucraniana e de alguns aliados, como a Lituânia, que optariam por ir mais longe no processo de adesão.

"Percebemos isso, somos sensatos, os parceiros neste momento estão a ajudar-nos com armas, este é um momento de sobrevivência, entendemos que haja algum receio em falar sobre a nossa adesão agora. Ninguém quer uma guerra mundial, quero que todos entendam isso: a Ucrânia não pode aderir enquanto a guerra continuar, isto é absolutamente claro", esclareceu Zelensky.

Do encontro de dois dias, Portugal conseguiu convencer os aliados a incluir na declaração final o compromisso para uma "reflexão abrangente e profunda sobre ameaças e desafios" no flanco sul da NATO, que será feita até à próxima cimeira, em 2024, nos Estados Unidos da América.

Esta é uma 'bandeira' antiga do país, que tem alertado para várias preocupações no continente africano, nomeadamente na região do Sahel, e que incluem terrorismo praticado por mercenários como os do grupo Wagner.

No final do encontro, António Costa adiantou que Portugal respondeu à chamada e subscreveu as garantias de segurança dadas à Ucrânia pelos países do G7, ressalvando que ainda vai ser discutido de que forma é que o país pode ajudar a assegurá-las.

Portugal, que é um dos Estados-membros fundadores da Aliança desde 1949, vai ainda reforçar em um milhão e meio de euros a comparticipação no fundo da NATO "para a parceria com os países da vizinhança sul" da Aliança e participar no novo Fundo para a Inovação, constituído durante esta cimeira.



Japão promete enviar a Kyiv sistema de deteção de 'drones'

© Reuters

POR  LUSA   12/07/23 

O Japão anunciou hoje o envio de sistemas de deteção de 'drones' para a Ucrânia, para ajudar o país a fortalecer a sua defesa contra as tropas invasoras russas.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante a cimeira da NATO que hoje terminou em Vílnius, capital da Lituânia.

Embora tenha lembrado a importância de não alterar o 'status quo' pelo uso da força, o chefe de Governo japonês prometeu que o seu país aumentará a cooperação com outros países para "manter e fortalecer uma ordem internacional aberta e livre".

Fumio Kishida disse ainda que a segurança na Europa e na região do Indo-Pacífico são questões inseparáveis e expressou a sua determinação em trabalhar para "reforçar as relações entre a NATO e países parceiros", como Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia.

O líder japonês visitou a Ucrânia em março passado e anunciou uma ajuda de quase 30 milhões de euros em material não letal, através de um fundo criado pela NATO, o mesmo que Tóquio usará agora para enviar sistemas de deteção de drones.


ONU estima que 735 milhões de pessoas no mundo passam fome

© REUTERS/Ali Khara

POR LUSA  12/07/23 

Cerca de 735 milhões de pessoas passam fome no mundo, mais 122 milhões face a 2019, revelaram hoje as Nações Unidas (ONU) num novo relatório, que aponta múltiplas crises, incluindo a guerra na Ucrânia, como motivo para o aumento.

As conclusões constam na edição de 2023 do relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo" (conhecido pela designação SOFI), publicado hoje em conjunto por cinco agências do sistema das Nações Unidas, que estimam que entre 691 milhões e 783 milhões de pessoas foram vítimas do flagelo da fome no ano passado, numa média de 735 milhões de pessoas a viver em tal situação.

Se a tendência se mantiver, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de acabar com a fome até 2030 não será alcançado, advertiram a Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), as agências que assinam o relatório.

De acordo com a ONU, a pandemia de covid-19 e repetidos choques climáticos e conflitos, como a guerra em curso na Ucrânia, contribuíram para que mais 122 milhões de pessoas fossem empurradas para a fome desde 2019 - ano em que esse número se fixou em 613 milhões de pessoas.

"A recuperação da pandemia global foi desigual e a guerra na Ucrânia afetou os alimentos nutritivos e as dietas saudáveis. Este é o 'novo normal' em que as mudanças climáticas, os conflitos e a instabilidade económica estão a empurrar os que estão à margem para mais longe da segurança", disse o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, citado no comunicado.

No ano passado, o progresso na redução da fome foi observado na Ásia e na América Latina, mas este flagelo ainda estava a aumentar na Ásia Ocidental, nas Caraíbas e em todas as sub-regiões de África. O continente africano continua a ser o mais afetado, com uma em cada cinco pessoas a passar fome, mais do dobro da média global.

"Há sinais de esperança, algumas regiões estão a caminho de atingir algumas metas nutricionais para 2030. Mas, no geral, precisamos de um esforço global intenso e imediato para resgatar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Devemos construir resiliência contra as crises e choques que levam à insegurança alimentar -- dos conflitos ao clima", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa mensagem de vídeo durante o lançamento do relatório na sede da ONU, em Nova Iorque.

De acordo com as cinco agências da ONU que elaboraram o relatório, quase 600 milhões de pessoas ainda passarão fome em 2030.

Ainda em relação a 2022, o relatório constata que aproximadamente 29,6% da população global, equivalente a 2,4 mil milhões de pessoas, não tinha um acesso constante a alimentos.

Entre estas, cerca de 900 milhões enfrentavam insegurança alimentar severa.

Enquanto isso, a capacidade das pessoas de ter acesso a dietas saudáveis deteriorou-se em todo o mundo: mais de 3,1 mil milhões de pessoas no mundo -- cerca de 42% da população global -- não conseguiram ter acesso a refeições adequadas e equilibradas no período em análise.

Isso representa um aumento geral de 134 milhões de pessoas em comparação com 2019.

De acordo com as conclusões do documento, a insegurança alimentar é mais sentida em áreas rurais.

Também milhões de crianças com menos de cinco anos continuam a sofrer de desnutrição: em 2022, 148 milhões de crianças com idades inferiores a cinco anos (22,3%) tiveram um crescimento atrofiado e 45 milhões (6,8%) estavam abaixo do peso recomendado.

Ainda na mesma faixa etária, 37 milhões de crianças (5,6%) apresentavam excesso de peso.


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G7 compromete-se em fornecer apoio militar à Ucrânia "a longo prazo"

© Getty

POR LUSA   12/07/23 

Os sete países mais industrializados do mundo (G7) comprometeram-se hoje em fornecer um apoio militar "a longo prazo" a Kyiv, com o objetivo de combater a atual ofensiva russa e dissuadir Moscovo de qualquer ataque futuro contra a Ucrânia.

"Vamos trabalhar com a Ucrânia na base de compromissos de segurança específicos e bilaterais a longo prazo, para garantir uma força duradoura e com capacidade de defender a Ucrânia hoje e de dissuadir no futuro qualquer agressão russa", indicou a declaração dos membros do G7 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, Itália e Japão).

"No caso de futuro ataque armado da Rússia (...), temos a intenção (...) de fornecer à Ucrânia uma assistência rápida em termos de segurança, equipamentos militares modernos nas áreas terrestre, marítima e aérea, e ainda uma assistência económica, e de impor custos económicos e outros à Rússia", acrescentou o documento redigido à margem da cimeira da NATO em Vilnius, que hoje termina na capital lituana.

Previamente, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha saudado o anúncio deste compromisso, apesar de sublinhar que não poderá substituir uma adesão do seu país à NATO.

O líder ucraniano referiu ainda a determinação em tudo fazer para que essa adesão se concretize "após a guerra".

A decisão do G7 foi já comentada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que advertiu que a concessão de garantias de segurança à Ucrânia "compromete a segurança da Rússia".

"Ao dar garantias de segurança à Ucrânia, [o G7] está a minar a segurança da Rússia", avisou Peskov.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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NASA celebra 1.º aniversário do James Webb com nova (e espetacular) foto... A fotografia mostra a Rho Ophiuchi, uma região de formação de novas estrelas.

© NASA

Notícias ao Minuto     12/07/23 

A NASA partilhou uma nova fotografia captada pelo James Webb destinada a celebrar um ano desde que foi revelada a primeira imagem captada por este telescópio espacial.

A imagem em questão é da Rho Ophiuchi, a região mais próxima da Terra onde são formadas novas estrelas - a qual fica a ‘apenas’ 390 anos-luz do nosso planeta. Na fotografia foi possível ao James Webb observar 50 jovens estrelas, com muitas a terem uma massa muito próxima à do nosso Sol.

Mais do que a fotografia em si, os investigadores da NASA enaltecem as capacidades do James Webb e o que o telescópio espacial tem permitido no espaço do último ano.

“Já com um ano de ciência completado, sabemos exatamente quão poderoso é este telescópio e partilhámos um ano de dados e descobertas espetaculares”, notou uma das responsáveis pelo projeto do James Webb, Jane Rigby.

 

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Direção do UNTG liderado pelo Júlio António Mendonça disse ser impedido pelo governo liderado pelo Nuno Gomes Nabiam de participar no Atelier organizada pela CEDEAO e OIT

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Cientistas descobrem na África do Sul vestígios de glaciares datados de há 2,9 mil milhões de anos

Estes glaciares não são apenas gelo: são fragilidade e beleza

Por cnnportugal.iol.pt,  12/07/23

Trabalho está a ser apresentado pela primeira vez na conferência de geoquímica Goldschmidt, em Lyon

Vestígios dos glaciares mais antigos do mundo, datados de há 2,9 mil milhões de anos, foram encontrados por baixo dos maiores depósitos de ouro do planeta, na África do Sul, anunciaram em Lyon cientistas sul-africanos e norte-americanos.

O facto sugere a presença de calotes polares continentais nessa altura e que a área se encontrava mais próxima dos polos, ou que partes da Terra poderão ter congelado num período de glaciação global anteriormente desconhecido, com um clima extremamente frio.

O trabalho está a ser apresentado pela primeira vez na conferência de geoquímica Goldschmidt, em Lyon, e foi publicado recentemente pela revista Geochemical Perspectives Letters.

Os cientistas concordam que deve ter havido grandes variações no clima da Terra primitiva, mas tem sido difícil encontrar provas convincentes das condições exatas no planeta nesse período.

Agora, os investigadores – um sul-africano, Axel Hofmann, da Universidade de Joanesburgo, e outro norte-americano, Ilya Bindeman, da Universidade de Oregon - descobriram no chamado Supergrupo Mesoarqueano Pongola, na África do Sul, provas de concentrações relativas de isótopos de oxigénio em rochas antigas, bem como provas físicas que revelam a existência de glaciares há 2,9 mil milhões de anos.

"Encontrámos depósitos glaciares extremamente bem preservados perto dos campos de ouro da África do Sul. Esta é uma das poucas áreas que permanecem relativamente intactas e inalteradas desde os primórdios da Terra”, anunciou Ilya Bindeman

Estes depósitos são moreias glaciares fossilizadas - restos deixados por um glaciar à medida que este se derrete e contrai gradualmente –, e são os “mais antigos alguma vez encontrados”, sublinhou ainda Bindeman.

“Conseguimos correlacionar isto com a análise dos isótopos de oxigénio destas rochas, o que mostrou que o clima devia ser frio quando as rochas foram depositadas", explicou.

Os investigadores propuseram algumas explicações possíveis, a área onde foi desenvolvida a exploração e recolha de amostras poderia estar próxima dos polos no período de formação das moreias,

Mas outra possibilidade é que toda a Terra estivesse num período de glaciação global, quando as baixas concentrações atmosféricas de CO2 e CH4 causaram um "efeito de estufa inverso", fazendo com que grande parte do planeta congelasse.

Os cientistas acreditam que isto pode ter acontecido em algumas ocasiões no passado mais recente e, se assim for, este terá sido o período mais precoce de arrefecimento global de que há registo.

“Qualquer uma destas possibilidades é cientificamente interessante", afirmou Axel Hofmann.


Leia Também: Pelo menos seis pessoas morreram e quatro ficaram feridas na terça-feira à noite num tiroteio perpetrado por homens armados não identificados no sul da África do Sul, anunciou hoje a polícia sul-africana.

FIM DOS TEMPOS

 
Por  Pastor Belizio

QUÉNIA: Polícia queniana dispersa com gás lacrimogéneo protestos não autorizados

© Lusa

POR LUSA   12/07/23 

A polícia queniana disparou hoje gás lacrimogéneo contra manifestantes que desafiaram a proibição de manifestações da oposição para protestar contra a subida dos preços e novos impostos decretados pelo Governo.

As lojas foram encerradas e a capital do país, Nairobi, esteve sob forte vigilância policial. No bairro pobre de Mathare, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra os manifestantes, que atiraram pedras. A polícia também usou gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes na cidade portuária de Mombaça, no sul do país.

Na terça-feira, o chefe da polícia nacional proibiu as manifestações convocadas pela oposição, alegando que esta não tinha informado as autoridades, e convidou a população a não aderir às "concentrações ilegais".

Na passada sexta-feira, realizaram-se manifestações contra o Governo do Presidente William Ruto em várias cidades, em resposta a um apelo do líder da oposição, Raila Odinga.

Em Nairobi, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra a caravana de Odinga e o mesmo foi feito para dispersar as manifestações em Mombaça (sul) e Kisumu (oeste).

De acordo com fontes hospitalares e policiais, pelo menos três pessoas foram mortas na sequência das manifestações nos últimos dias. A Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia apelou a que seja feita uma "investigação exaustiva de todos os casos de brutalidade policial".

No último sábado, ativistas afirmaram que a polícia disparou gás lacrimogéneo contra representantes da sociedade civil, incluindo um antigo presidente do Supremo Tribunal queniano Willy Mutunga, que exigiam a libertação de dezenas de pessoas detidas durante os protestos.

A aliança Azimio, liderada por Odinga, tenciona organizar manifestações semanais contra as políticas do Governo de William Ruto.

Odinga, que perdeu as eleições presidenciais de agosto de 2022 para o seu rival, afirma que as eleições lhe foram "roubadas".

No início de julho, Ruto promulgou uma lei das finanças que introduz uma série de novos impostos, apesar das críticas da oposição e da população de um país atingido por uma inflação elevada.

A lei prevê, nomeadamente, um aumento do IVA sobre os combustíveis de 8% para 16%, bem como uma taxa impopular sobre os salários para financiar um programa de habitação económica. Inicialmente prevista em 3%, esta taxa foi reduzida para 1,5%.


Leia Também: Polícia do Quénia proíbe "manifestações ilegais" da oposição

Taiwan prepara exercício de evacuação face a ameaça chinesa

© Getty Images

POR LUSA   12/07/23 

Taiwan vai fazer este mês o primeiro exercício de evacuação em larga escala em várias décadas, num sinal de que está a tentar reforçar as defesas civis contra um possível ataque chinês.

O exercício vai abranger diferentes partes do território, que abrigam, no total, três milhões de pessoas. A ilha tem 23 milhões de habitantes.

A polícia e os funcionários da defesa civil vão conduzir para abrigos antiaéreos todas as pessoas que estiverem nas ruas no momento do exercício, afirmou o Ministério da Defesa do território.

Num contexto de crescente intimidação militar chinesa, os planos marcam uma mudança significativa em relação a edições anteriores do chamado exercício de ataque aéreo de Wan'an, que Taiwan faz anualmente.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

No ano passado, o Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas chinesas, fez exercícios em grande escala ao redor da ilha e intensificou continuamente as patrulhas aéreas e navais nas proximidades do território.

O ministério da Defesa de Taiwan disse que 34 aeronaves militares chinesas operaram perto de Taiwan na terça-feira, entre as quais 29 cruzaram a linha mediana não oficial do Estreito de Taiwan.

No passado, o exercício de Wan'an exigia apenas que os civis ficassem em casa e o tráfego parasse por um período de 30 minutos quando as sirenes soassem.

No ano passado, as autoridades realizaram evacuações práticas pela primeira vez, mas as pessoas foram levadas para abrigos em apenas três aldeias, com uma população total de 32.000 habitantes.

"[Vamos] testar a paragem do trânsito e a retirada de pessoas para instalações reais de evacuação de defesa aérea", disse Chu Sen-tsun, funcionário da Agência de Mobilização de Defesa Total do Ministério da Defesa.

Acrescentou que o exercício visa fazer com que as pessoas "se acostumem a retirar imediatamente após o alarme soar, para que possamos consciencializar a sociedade sobre a defesa aérea".

As autoridades instruíram as pessoas a descarregar uma aplicação da polícia para localizar abrigos próximos e sugeriram que guardem um mapa que funciona sem ligação à rede, para localizá-los em caso de emergência se as comunicações forem cortadas.

Os Estados Unidos, o principal aliado de Taiwan no caso de um conflito com a China, pressionam Taipé há anos para fortalecer as suas defesas.

Os planos seguem um aumento nos gastos com a Defesa. A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ampliou o período de serviço militar obrigatório de quatro meses para um ano e está a tornar o treino para recrutas mais rigoroso, enquanto Taipé planeia tornar as infraestruturas de telecomunicações mais resilientes.

Em entrevista à agência Lusa, o almirante Lee Hsi-ming, ex-vice-ministro da Defesa de Taiwan, defendeu a mobilização e treino da população taiwanesa, para resistir a uma "iminente" invasão chinesa através de táticas de guerra assimétrica.

"Temos que nos libertar do pensamento convencional em matéria de Defesa", frisou Lee Hsi-ming, defendendo o fornecimento de drones ("veículos aéreos não tripulados"), foguetes antitanque, granadas e outras armas pequenas à sociedade de Taiwan, junto com treino militar, para resistir a uma potencial ofensiva por parte da China.

Capacidades de combate assimétrico incluem o uso de sistemas de armas menores ou não convencionais, que são estrategicamente implantadas contra um inimigo muito maior. Este modelo tem sido usado na resistência e contraofensivas da Ucrânia na guerra com a Rússia.


Leia Também: Taiwan deteta 38 caças e 9 navios de guerra chineses perto da ilha

Governo considera irreparável a perda humana por descarga elétrica em Boé.

© Radio TV Bantaba  Julho 12, 2023

Na Nota de Condolências datado de 11 de julho de 2023, na posse de TV BANTABA, o Ministério da Administração Territorial e Poder Local disse ter recebido a triste notícia de que sete pessoas desapareceram e mais de uma dezena ficaram feridas no último fim de semana na tabanca de “Poro”, localizada a alguns quilômetros da fronteira com a Guiné Conacri.

A informação foi comunicada pela Brigada da Guarda Nacional estabelecida no setor de Boé.

Segundo a Nota,, de acordo com informações apuradas, essa tragédia ocorreu devido a uma forte descarga elétrica que resultou na perda de vida da quelas pessoas.

Diante deste triste evento que resultou na morte de compatriotas, o Ministério da Administração Territorial e Poder Local expressa suas sinceras condolências às famílias enlutadas e a toda a comunidade local por essa perda irreparável.

O Ministério encerra sua mensagem rogando a Deus que conceda consolo e força aos afetados por essa tragédia.

NATO: Cimeira da Aliança Atlântica termina hoje com participação de Zelensky

© Lusa

POR LUSA    12/07/23 

A cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius, na Lituânia, termina hoje com a participação do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Os trabalhos retomam pelas 9h00 locais (mais duas horas do que em Portugal continental), com uma reunião entre os 31 Estados-membros da NATO, e a participação, como convidados, da Suécia, dos parceiros do Indo-Pacífico e da União Europeia.

Com o processo de adesão da Suécia a avançar para a última etapa depois do desbloqueio do impasse imposto pela Turquia, na véspera do início da cimeira, e o esclarecimento no primeiro dia quanto a uma eventual adesão da Ucrânia, o último dia da cimeira vai abordar as "ameaças híbridas" e, em particular, a "assertividade chinesa" que "afeta a segurança" dos aliados e seus parceiros.

Por isso, países como o Japão, a Coreia do Sul, Nova Zelândia e a Austrália foram convidados a participar nas reuniões de hoje.

De acordo com o programa oficial, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky vão dar uma conferência de imprensa conjunta, que antecederá a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.

Este conselho coloca a Ucrânia em pé de igualdade com os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ainda que não faça parte dela.

Ao final do dia, o secretário-geral da NATO dará nova conferência de imprensa. O primeiro-ministro português António Costa também deverá falar à imprensa.

No primeiro dia da cimeira, o secretário-geral da NATO anunciou que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

A Lituânia, país anfitrião da cimeira, aderiu à NATO em 2004, juntamente com a Bulgária, a Estónia, Letónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia, e faz fronteira com a Bielorrússia, a Letónia e o enclave russo de Kaliningrado.


Leia Também: A Ucrânia afirmou hoje ter abatido onze aparelhos aéreos não tripulados (drones) na região de Kyiv, na segunda noite de ataques da Rússia, na mesma altura em que decorre na Lituânia a Cimeira da NATO. 

Cuba denuncia presença de submarino nuclear americano em Guantánamo

© Reuters

POR LUSA    12/07/23 

Cuba denunciou terça-feira a presença "provocadora" de um submarino de propulsão nuclear norte-americano na baía de Guantánamo, que acolhe uma base militar dos Estados Unidos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba "rejeita categoricamente a entrada na Baía de Guantánamo, em 05 de julho de 2023, de um submarino de propulsão nuclear que permaneceu até 08 de julho na base militar dos Estados Unidos", disse em comunicado.

Segundo o ministério trata-se de uma "escalada provocativa dos Estados Unidos, cujos motivos políticos e estratégicos não são conhecidos", o que constitui um "perigo representado pela presença e circulação de submarinos nucleares" nas Caraíbas.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, , citando "o porta-voz do Pentágono", afirmou que "continuaremos a voar, navegar e mover ativos militares onde quer que isso seja apropriado pela lei internacional".

Esta denúncia ocorreu quando, nos últimos meses, Havana e Moscovo multiplicaram os sinais de aproximação com o anúncio de futuros projetos conjuntos em várias áreas, em particular na "técnico-militar".

Na terça-feira, o navio-escola Perekop, da Marinha Russa, entrou no porto de Havana para uma "visita oficial" até quinta-feira, segundo a televisão cubana.

Os EUA também acusam a China de, durante anos, tentar desenvolver operações de espionagem a partir de Cuba, que fica a 160 quilómetros da Florida.

Havana reclama regularmente que sejam devolvidos os 117 quilómetros quadrados onde está localizada a base americana, propriedade dos Estados Unidos desde 1898.

Desde 2002, os Estados Unidos usam esta base como uma prisão militar como parte da "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro de 2001.


Leia Também: Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado, depois de Pyongyang ter ameaçado abater aviões espiões norte-americanos no espaço aéreo norte-coreano, anunciaram hoje as forças armadas da Coreia do Sul.


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