terça-feira, 13 de junho de 2023

Sua Excelência Presidente da Republica visita Estado Maior General das Forças Armadas ( AMURA).


 Presidência da República da Guiné-Bissau 

‼️🇦🇴 UNITA: "Atrasos no pagamento de salários da função pública angolana são inaceitáveis"

  DW Português para África    13/06/23

A UNITA considerou "inaceitável" que alguns setores da função pública em Angola estejam até agora sem receber o salário do mês de maio, sem explicações por parte do executivo. 

Profissionais da educação e da saúde, entre outros, do setor público, não receberam ainda o ordenado do mês passado e admitem paralisar as suas atividades. 

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) considera "inaceitável" que a situação se mantenha, 13 dias após o início do mês, sem que o executivo tenha explicado as razões do atraso, "provocando consequências dramáticas para a vida dos funcionários e suas famílias, privados dos seus rendimentos já de si insuficientes". 

Num comunicado de imprensa, o Grupo Parlamentar da UNITA instou o executivo a resolver "esta irregularidade" com celeridade e a esclarecer os motivos do atraso, que se tem tornado recorrente, "numa altura em que o país tem arrecadado avultados recursos com o diferencial do preço do barril do petróleo". 

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ESTUDO: Intensificação do aquecimento global leva a maior turbulência nos aviões

© Shutterstock

POR LUSA   13/06/23 

A turbulência aumentou em várias regiões do mundo e essa circunstância é consistente com os efeitos das alterações climáticas, de acordo com um estudo que aponta que os céus estão mais agitados do que há 40 anos.

A Universidade de Reading (EUA) publicou uma investigação na Geophysical Research Letters onde alertou para o aumento da turbulência em céu limpo.

Este estudo focou-se numa das rotas aéreas mais movimentadas do mundo, que passa sobre o Atlântico Norte, noticiou a agência Efe.

Nos pontos analisados ao longo desta rota, a duração anual de turbulência severa aumentou 55%, passando de 17,7 horas em 1979 para 27,4 horas em 2020.

O aumento da turbulência moderada chegou a 37% (de 70 para 96,1 horas) e a turbulência leve aumentou 17% (de 466,5 para 546,8 horas).

A equipa de investigação indicou que "os aumentos são consistentes com os efeitos das alterações climáticas", referiu a Universidade de Reading, em comunicado.

O ar mais quente das emissões de CO2 está a aumentar o cisalhamento do vento - uma mudança acentuada na sua direção e velocidade - o que aumenta a turbulência em céu limpo no Atlântico Norte e em todo o mundo, de acordo com os investigadores.

A turbulência torna "os voos irregulares e às vezes pode ser perigoso", salientou um dos autores do estudo, Mark Prosser.

O especialista acredita que as companhias aéreas devem começar a pensar na forma como vão lidar com o aumento da turbulência, que pode representar risco de ferimentos para passageiros e comissários de bordo, mas não só.

Prosser apontou que cada minuto adicional que um avião passa a atravessar turbulência aumenta o desgaste da aeronave, custando à indústria entre os 150 e os 500 milhões de dólares por ano apenas nos Estados Unidos.

O cientista e também autor do estudo, Paul Williams, observou que, após uma década de investigação a demonstrar que as alterações climáticas aumentariam a turbulência em céu limpo no futuro, existem agora "evidências que sugerem que o aumento já começou".

Por esse motivo, o investigador recomendou investir em melhores sistemas de deteção e previsão de turbulência, para evitar que o ar agitado se traduza em voos mais irregulares nas próximas décadas.


EUA fornecem 325 milhões de dólares em nova ajuda à Ucrânia

Vista aérea do Pentágono 

VOA Português   13/06/23

Pacote esperado para terça-feira marca a 40ª envio dos stocks militares dos EUA, e inclui veículos blindados que podem substituir os perdidos na contra-ofensiva

Os Estados Unidos estão a fornecer até 325 milhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia, disse à VOA um oficial de defesa dos EUA.

O pacote deverá incluir veículos blindados Stryker e Bradley que podem substituir os danificados e destruídos na contra-ofensiva ucraniana actualmente em curso, de acordo com dois responsáveis da Defesa, que falaram com a VOA sob condição de anonimato antes do anúncio esperado do pacote na terça-feira.

Os oficiais disseram que a última ajuda também inclui munições para os Sistemas Nacionais Avançados de Mísseis Superfície-Ar (NASAMS), juntamente com mais foguetes para os Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS) da Ucrânia.

O anúncio da ajuda surge no meio de informações segundo as quais a Ucrânia perdeu mais de uma dúzia de veículos de combate de infantaria Bradley nos últimos dias, o que realça os custos militares da actual contra-ofensiva.

O Presidente do Conselho da UE, José Manuel Durão Barroso, afirmou que "estes sistemas de topo, por muito bons que sejam, são vulneráveis e terão de ser substituídos. Terá de continuar a longo prazo", disse Bradley Bowman, director sénior do Centro de Poder Militar e Político da Fundação para a Defesa das Democracias, com sede em Washington.

Uma vez libertado, o último pacote de ajuda marcará a 40ª retirada presidencial autorizada de equipamento militar dos inventários do Departamento de Defesa desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022.

O Secretário de Defesa Lloyd Austin viaja para Bruxelas esta semana para uma reunião dos ministros da defesa da NATO, onde o apoio à Ucrânia será uma das principais prioridades.

Durante a sua estadia em Bruxelas, Austin organizará outra reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia para discutir a forma como os aliados ocidentais podem apoiar melhor as forças armadas ucranianas, agora que a sua nova contra-ofensiva começou, de acordo com as autoridades.

Os líderes da defesa também continuarão a definir planos para que os pilotos ucranianos treinem em caças F-16, acrescentaram as autoridades.

Os Estados Unidos prometeram mais de 39 mil milhões de dólares em assistência à segurança da Ucrânia desde a invasão russa, embora o Pentágono continue a resolver um erro de contabilidade que exagerou o montante do valor destinado a Kiev.

Ao calcular as estimativas do pacote de ajuda, o Departamento de Defesa estava a contabilizar o custo incorrido para substituir as armas dadas à Ucrânia, enquanto deveria ter totalizado o custo dos sistemas realmente enviados, disseram funcionários à VOA.

O erro deverá traduzir-se em milhares de milhões de dólares adicionais que estarão disponíveis para mais ajuda à Ucrânia, segundo as autoridades.

O Pentágono anunciou na sexta-feira que está a fornecer mais 2,1 mil milhões de dólares em ajuda de armas a longo prazo para a Ucrânia, incluindo mais munições da bateria de mísseis Patriot e pequenos drones Puma lançados à mão.

Ao contrário da ajuda imediata à Ucrânia enviada dos stocks do Pentágono através da autoridade presidencial, este dinheiro é fornecido ao abrigo da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia dos Estados Unidos e destina-se a ser gasto nas futuras necessidades de segurança da Ucrânia.

Moscovo iniciou uma nova ofensiva na Ucrânia no início deste ano, que estagnou, e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy confirmou recentemente que a contra-ofensiva maciça de Kiev já começou.

Um alto funcionário militar, falando à VOA sob condição de anonimato para discutir questões de segurança, disse que a contra-ofensiva ucraniana provavelmente não seria "tão dramática" como algumas pessoas esperam, mas ainda assim seria levada a cabo "deliberada e eficazmente", visando a capacidade da Rússia de controlar as suas defesas dentro da Ucrânia.

As forças russas passaram meses a fortificar fortemente as suas posições dentro da Ucrânia, tornando a contra-ofensiva de Kiev ainda mais difícil de executar.

"É mais difícil partir para o ataque do que para a defesa", disse Bowman. Os ucranianos "têm forças russas entrincheiradas e escavadas com campos de minas à sua frente. É o mais difícil que se pode fazer numa guerra".

PLANETAS: Detetado novo planeta semelhante a Tatooine, da 'Guerra das Estrelas'

© iStock

POR LUSA  12/06/23

Uma equipa internacional de astrofísicos, incluindo os portugueses Alexandre Correia e João Faria, detetou um segundo planeta extrassolar que orbita duas estrelas, depois de o primeiro ter sido descoberto em 2020, foi hoje anunciado.

A descoberta de BEBOP-1c, o segundo exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) a orbitar a dupla de estrelas BEBOP-1, envolveu astrofísicos da Universidade de Coimbra (UC) e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e foi publicada na revista da especialidade Nature Astronomy.

Trata-se de um novo sistema planetário semelhante ao planeta fictício Tatooine, da saga "Guerra das Estrelas". No filme, Tatooine é um mundo que orbita duas estrelas gémeas na galáxia Outer Rim.

Segundo João Faria, investigador do IA citado num comunicado conjunto da UC e do IA, a deteção do BEBOP-1c permitirá "estudar as condições em que estes planetas se formam, que são diferentes das que existiram durante a formação do Sistema Solar".

O exoplaneta apresenta uma massa cerca de quatro vezes maior do que a de Neptuno (um dos gigantes gasosos e o último planeta do Sistema Solar) e orbita as duas estrelas em 215 dias (sete meses), tendo sido descoberto pela equipa internacional a partir de observações com telescópios do Observatório Europeu do Sul, instalado no Chile, e de dados de dois espetrógrafos (instrumentos que registam o espetro luminoso).

O primeiro planeta, o BEBOP-1b, detetado em 2020 graças ao telescópio espacial norte-americano TESS, tem quase o diâmetro de Saturno e orbita as mesmas duas estrelas em 95 dias (três meses).

Em comunicado, a universidade britânica de Birmingham, que liderou o trabalho, salienta que são conhecidos à data 12 sistemas circumbinários (que contêm planetas que orbitam duas estrelas no centro em vez de uma, como sucede no Sistema Solar).

Contudo, o sistema BEBOP-1 é o segundo que alberga mais do que um planeta.


Leia Também: Nova imagem do James Webb sugere presença de planetas

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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Guiné-Bissau: Decreto Presidencial N° 35/2023

 
 Radio TV Bantaba

GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv sobe para 7 o número de aldeias já reconquistadas às forças russas

© Getty Images

POR LUSA   12/06/23 

A Ucrânia já reconquistou sete aldeias às forças russas no sul e leste do país desde o fim de semana, no âmbito da contraofensiva em três setores da linha da frente, anunciou hoje o governo ucraniano.

"Sete aldeias foram libertadas", realçou a vice-ministra da Defesa, Ganna Malyar, na rede social Telegram, referindo-se a várias localidades tomadas na região de Zaporijia.

A vice-ministra da Defesa especificou que as aldeias de Lobkovo, Levadne e Novodarivka, perto de Zaporijia, foram reconquistadas, assim como a aldeia de Storozheve, a sul da região de Donetsk.

"A área do território que está sob nosso controlo é de 90 quilómetros quadrados", garantiu, citada pela agência France-Presse (AFP).

O Exército ucraniano tinha destacado hoje ter feito progressos na região de Bakhmut.

Ganna Malyar tinha também divulgado hoje de manhã a reconquista de Storozhov, no leste da região de Donetsk.

Estes anúncios surgem um dia depois de as autoridades ucranianas terem avançado com a reconquista de três outras aldeias a sul da cidade de Velika Novosilke, na região leste de Donetsk.

Trata-se da primeira libertação de territórios ocupados desde o início da ofensiva ucraniana, há uma semana, e dois dias depois do Presidente Volodymyr Zelensky ter admitido, pela primeira vez, que a contraofensiva está em curso.

As palavras de Zelensky seguem-se às do Presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou, na sexta-feira, que a grande contraofensiva ucraniana destinada a expulsar as tropas de Moscovo já tinha começado.

Também hoje, o Ministério da Defesa russo insistiu na versão de que as suas tropas repeliram todos os ataques inimigos, nas regiões de Donetsk e Zaporijia, maioritariamente controladas por tropas russas.

Moscovo acrescentou que em três dessas ofensivas na fronteira administrativa entre as duas regiões orientais, as forças ucranianas teriam perdido mais de 120 militares, além de dois tanques e três blindados.

Estas alegações de Moscovo e Kiev não puderam ser verificadas de forma independente, de acordo com a AFP.

O avanço ucraniano ocorre numa altura em que as autoridades de ambos os lados da linha de frente ao longo do rio Dnieper, na região sul de Kherson, aumentam os esforços para resgatar e realocar os civis afetados pelas inundações causadas pela rutura da barragem de Kakhovka na semana passada.

No domingo, as autoridades ucranianas avançaram que três pessoas morreram quando as tropas de Moscovo abriram fogo contra um barco que retirava pessoas de áreas ocupadas pelos russos.

As autoridades ucranianas acusaram as forças russas, que controlavam a área ao redor da barragem, de destruí-la deliberadamente. As autoridades russas culparam os bombardeamentos ucranianos pela sua destruição.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


PRESIDENTE RECEBE O PARTIDO APU-PDGB

O Presidente recebeu, em audiência, esta segunda-feira, dia 12, o partido Assembleia do Povo Unido – Partido Social Democrata da Guiné-Bissau (APU-PDGB). Na ocasião, o Chefe de Estado, reafirmou a vontade de manter um diálogo permanente com todas as forças políticas com vista ao desenvolvimento social e económico do país.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

CHEFE DE ESTADO RECEBE O PARTIDO DOS TRABALHADORES GUINEENSES (PTG)

O Presidente da República, recebeu em audiência, o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG).

 Presidência da República da Guiné-Bissau

PRESIDENTE RECEBE O PARTIDO RGB-MB

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, o partido Movimento Resistência da Guiné-Bissau-Movimento Bafatá (RGB-MB).

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Ucrânia. Explosão destruiu comboio que transportava combustível russo

© Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  12/06/23 

O presidente da câmara da cidade ucraniana ocupada de Melitopol, que continua em funções em território controlado por Kyiv, indicou hoje que uma explosão destruiu esta madrugada a locomotora de um comboio utilizado pelos russos para transportar combustível.

"Segundo informação atualizada, a explosão da noite passada destruiu uma locomotora do inimigo numa estação. Os russos utilizam este equipamento para transportar combustível para a frente" de batalha, escreveu o autarca ucraniano, Ivan Fedorov, na sua conta da plataforma digital Telegram.

A explosão ocorreu, segundo Fedorov, na própria cidade de Melitopol.

A 22 de abril, outra locomotora teve o mesmo destino, na mesma estação, indicou o autarca, acrescentando que este tipo de acidentes mina a capacidade do exército russo para abastecer de combustível a linha da frente.

A Ucrânia intensificou nos últimos meses os seus esforços para destruir infraestruturas logísticas russas nos territórios ocupados, com ações de sabotagem ou utilizando mísseis de precisão enviados ao Governo de Kiev pelos seus aliados ocidentais.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 474.º dia, 8.983 civis mortos e 15.442 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Nigéria. Presidente quer compensar retirada de subsídios aos combustíveis

© Getty Images

POR LUSA    12/06/23 

O novo Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, prometeu hoje, durante um discurso para assinalar o Dia da Democracia, "investimentos massivos" para compensar os nigerianos da "dor" que vão sentir com a retirada dos subsídios aos combustíveis.

"Admito que a decisão vai impor uma carga fiscal adicional à maioria do nosso povo, e sinto a sua dor, mas é uma decisão necessária para salvar o país da ruína", argumentou o chefe de Estado, que enfrenta a mesma contestação à medida que a registada em Angola, que é igualmente um dos maiores produtores de petróleo na África subsaariana.

"O Governo que dirijo vai compensar-vos através de um investimento massivo em transportes, infraestruturas, educação, fornecimento regular de energia, cuidados médicos e outros serviços públicos que vão melhorar a qualidade de vida", prometeu.

Citado pela agência Europa Press, Tinubu disse também que "é natural" que aqueles que perderam estejam "dececionados" com o resultado eleitoral, mas salientou que "a beleza da democracia é que os que ganham hoje podem perder amanhã".

"Aqueles que não conseguem suportar e aceitar a derrota nas eleições não merecem a alegria da vitória, sobretudo aqueles que não estão de acordo com o resultado das eleições e aproveitam o máximo de disposições constitucionais para procurar compensações nos tribunais", disse o novo chefe de Estado.

Tibunu criticava assim os candidatos opositores Atiku Abubakar, do Partido Democrático, e Peter Obi, do Partido Trabalhista, que depois de perderem as eleições anunciaram que iam recorrer aos tribunais devido a alegadas irregularidades.

Tinubu sucedeu, em 25 de maio, a Muhammadu Buhari, que esteve à frente do país desde 2015 e que não pôde candidatar-se a um terceiro mandato por imposição constitucional.

As mais recentes eleições na Nigéria, em 25 de fevereiro, foram as primeiras a garantir uma governação civil desde 1999, já que nenhum dos candidatos tinha um passado militar, ao contrário de Muhammadu Buhari, que era um antigo líder militar que já tinha estado à frente do país entre dezembro de 1983 e agosto de 1985.


Número de turistas em Cabo Verde aumentou 52,6% no primeiro trimestre

© Lusa

POR LUSA     12/06/23 

Os estabelecimentos hoteleiros cabo-verdianos receberam 216 mil hóspedes no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 52,6% relativamente ao período homólogo, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as estatísticas sobre a movimentações de hóspedes, face ao primeiro trimestre de 2019 (período pré-pandemia), o INE constatou uma diminuição de 7,5% no número de hóspedes, passando de 233.721 para 216.148 hóspedes.

Os turistas que visitaram o país entre janeiro e março proporcionaram 1.302.979 de dormidas, num aumento de 54,3%, face ao mesmo período de 2022.

Comparativamente com o primeiro trimestre de 2019, o número de dormidas, no período em análise, registou decréscimo de 7,2%, ainda de acordo com o INE.

No período em análise, Reino Unido continuou a ser o principal país de proveniência de turistas, representando 54,1% das entradas nos estabelecimentos hoteleiros do país.

Seguem a Boa Vista, com 26,2%, Santiago com 10,3%, São Vicente com 5,1% e as restantes ilhas tiveram um peso de 4,3% nas entradas de turistas no arquipélago.

Em relação às dormidas, a ilha do Sal também continuou no primeiro lugar, com 57,4%, Boa Vista, com 34,9%, Santiago com 3,6%, e São Vicente com 2,5% e as restantes ilhas com um peso de 1,6% nas dormidas.

Por tipo de estabelecimento hoteleiro, os hotéis continuam a ser os mais procurados em Cabo Verde, representando 91,7% do total das entradas, seguidos pelas residenciais (3,9%) e as pensões (2,2%).

Por país de residência habitual dos hóspedes, os residentes em Cabo Verde originaram 4,5% das entradas e 2,1% das dormidas.

No trimestre em análise, o principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde foi o Reino Unido, com 25% do total das entradas nos estabelecimentos hoteleiros.

A seguir surgem Alemanha (12,0%), Países Baixos [Bélgica e Holanda] (11,8%), França (9,1%), Suécia (6,3%) e Portugal (5,7%).

Relativamente às dormidas, no trimestre em análise, o Reino Unido ocupou o primeiro lugar, com 30,1% do total, seguido de Alemanha (12,2%), Países Baixos (13,0%), França (7,1%), Suécia (8,4%) e Portugal (4,0%).

Entre janeiro e março, a estadia média dos turistas nos estabelecimentos hoteleiros em Cabo Verde foi de 5,9 noites, um ligeiro aumento de 0,1 ponto percentual relativamente ao primeiro trimestre de 2022.

Na semana passada, no parlamento, o ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, salientou o "impacto profundo" da covid-19 no turismo e apontou "medidas adequadas" que estão a ajudar na aceleração do ritmo de crescimento do setor.

"Ultrapassados que foram as restrições impostas pela pandemia da covid-19, cujos efeitos ficaram bem patentes nos números de 2020 e 2021, registamos atualmente uma retoma e mesmo uma aceleração do ritmo de crescimento do setor", afirmou o ministro.

Segundo o Inventário Anual de Estabelecimentos Hoteleiros de 2022, publicado em maio pelo INE, no ano passado o país tinha uma oferta recorde de 15.257 quartos, mais 4,2% do que 2021, e 28.851 camas, mais 19,4%.

De acordo com o mesmo documento, Cabo Verde contava no final do ano passado com 292 estabelecimentos hoteleiros em funcionamento, entre hotéis, 'resorts', pensões, residenciais e outros, um aumento de 1,4% face a 2021.

Ainda segundo o inventário, estes estabelecimentos hoteleiros empregavam 9.458 trabalhadores no final de 2022, número que compara com os 8.400 no ano anterior, um aumento de 12,6%.

O turismo representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto de Cabo Verde e em 2022 recebeu um recorde de 836 mil turistas, recuperando do total encerramento do setor após o início da pandemia de covid-19, em março de 2020.


Ucrânia acusa Rússia de fazer explodir outra barragem em Donetsk

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Notícias ao Minuto   12/06/23 

Shershen, porta-voz militar do exército da Ucrânia, assinalou que o objetivo russo era "abrandar a contraofensiva da Ucrânia", mas que foi uma tentativa falhada.

Numa altura em que os esforços de salvamento e de socorro às vítimas da destruição da central hidroelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, entraram no sétimo dia, os militares russos foram acusados pela Ucrânia de fazer explodir uma barragem, mais pequena, ao longo do rio Mokri Yaly, que se tornou o local mais utilizado para os avanços da Ucrânia na zona ocidental de Donetsk.

Valeriy Shershen, porta-voz militar do exército da Ucrânia, terá dito à agência noticiosa Ukrainska Pravda, e citado pelo The Guardian esta segunda-feira, que uma barragem ao longo do rio Mokri Yaly, tinha atacada pelas forças de ocupação russas, provocando inundações em ambas as margens.

Shershen assinalou ainda que o objetivo russo era "abrandar a contraofensiva da Ucrânia", mas que foi uma tentativa falhada. A explosão parece ter acontecido na aldeia de Klyuchove, mas a sua destruição não pôde ser verificada de forma independente, realça o jornal britânico.

As forças ucranianas avançaram ao longo do fim de semana, em ambas as margens do rio, a partir da cidade de Velyka Novosilka, declarando a libertação de uma série de aldeias: Blahodatne, na margem leste; Neskuchne, Makarivka e Storozheve, na margem oeste.

As forças armadas publicaram fotografias das suas unidades a hastear bandeiras nas aldeias que alegadamente foram reconquistadas. 

Trata-se das primeiras libertações de territórios ocupados desde o início da ofensiva ucraniana, há uma semana, e acontecem depois de o presidente Volodymyr Zelensky ter admitido, pela primeira vez, no sábado, que a contraofensiva estava "em curso".


Leia Também: Rússia diz ter repelido ataque ucraniano no mar Negro

SENEGAL: Partido do líder da oposição senegalês detido nega mediação sobre o caso

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POR LUSA    12/06/23 

O partido Patriotas Africanos para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (PASTEF) negou hoje que tenha iniciado um processo de mediação com o Presidente do Senegal sobre o líder da oposição Ousmake Sonko, condenado a pena de prisão.

"Até à data, nenhuma barricada foi erguida, nenhuma mediação foi iniciada, nenhum emissário foi enviado pelo regime", lê-se num comunicado do partido na oposição, no qual se acrescenta que também não houve qualquer "exfiltração" de Sonko, em referência aos rumores de que o líder da oposição teria sido resgatado da sua casa.

No comunicado, datado da madrugada de hoje e noticiado pelo jornal 'Sud Quotidien', o PASTEF convida a população senegalesa a ser "prudente" com as informações que circulam nas redes sociais e outras plataformas sobre o líder da oposição.

Por seu lado, um membro da coligação da oposição senegalesa Yewwi Askan Wi (YAW), Tidiane Dieye, disse que Sonko, que permanece em prisão domiciliária na sua casa no bairro de Keur Gorgui, em Dacar, "está fisicamente bem", embora esteja a sofrer "mentalmente" devido à sua situação.

"É como uma espécie de rapto de um adversário. É o que acontece nos piores regimes antidemocráticos que vemos. Isto não deveria acontecer no Senegal", disse Dieye, descrevendo a decisão contra o líder da oposição como "arbitrária", conforme noticiado pelo diário Le Quotidien.

Sonko foi condenado por "corrupção de jovens" num processo por alegada violação e ameaças de morte contra uma mulher, acusações das quais foi absolvido. Na quarta-feira, Sall ordenou investigações "imediatas e sistemáticas", depois de terem eclodido manifestações violentas por causa da sua condenação, que resultaram em mais de 20 mortos.

O processo contra Sonko por alegada violação foi aberto em março de 2021, altura em que a detenção do líder da oposição levou a uma nova vaga de protestos dos seus apoiantes, que resultou em 15 mortes e danos materiais consideráveis. Em maio, realizaram-se também manifestações para impedir a detenção do líder da oposição, das quais resultaram mais três mortes.

A oposição tem denunciado repetidamente os planos de Sall de se candidatar a um terceiro mandato. A Constituição senegalesa limita o número total de mandatos a dois e uma tentativa de prolongar a sua permanência no poder poderia conduzir à instabilidade, embora o Presidente Macky Sall tenha afirmado que seria legal concorrer a um terceiro mandato, o que ainda não confirmou.


Leia Também: Senegal expulsa 79 guineenses por participarem em protestos violentos

Declaração do líder de PTG após encontro com chefe de Estado Guineense General Umaro Sissoco Embalo na presidência da República.


 Gaitu Baldé

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO.


Fonte:  Gaitu Baldé  Bissau 12/ 06/2023

Eleições na Guiné-Bissau. PAICV felicita coligação liderada pelo PAIGC

© Lusa

POR LUSA   12/06/23 

O presidente do PAICV, oposição em Cabo Verde, Rui Semedo, enalteceu hoje a forma "ordeira e responsável" como decorreram as eleições legislativas na Guiné-Bissau e felicitou Domingos Simões Pereira e a coligação PAI -- Terra Ranka pela vitória.

Numa missiva, o presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) começou por notar que, tendo em conta as relações históricas e as afinidades culturais entre os dois povos, normalmente as eleições em Guiné-Bissau são seguidas em Cabo Verde e pelos cabo-verdianos, em geral, com grande interesse.

"O PAICV e eu, particularmente, pudemos acompanhar todo o processo e todos os desafios que o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) teve que enfrentar para cumprir a missão de se apresentar ao último pleito eleitoral do passado domingo, dia 4 de junho, na sequência da dissolução do Parlamento", escreveu o líder do maior partido da oposição cabo-verdiana, da mesma família política.

Sublinhando a forma "ordeira e responsável" como decorreu o ato eleitoral, Rui Semedo entendeu que os resultados eleitorais foram "claros e reveladores" de uma grande vontade dos guineenses em conferir a Coligação Eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka uma maioria absoluta para garantir a estabilidade e a governabilidade do país.

"O PAICV apresenta as suas calorosas e fraternais felicitações ao PAIGC e ao seu presidente, camarada Domingos Simões Pereira, e saúda ao povo irmão guineense, pelo civismo, elevada participação e pela escolha, livremente pronunciada", continuou.

Para o presidente, a Coligação PAI - Terra Ranka, da qual o PAIGC é "pedra essencial", terá as condições essenciais para implementar o seu programa eleitoral, melhorar as condições de vida dos guineenses e projetar este país para novos patamares de desenvolvimento.

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau divulgou na quinta-feira os resultados das eleições legislativas, que deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka, encabeçada pelo antigo primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.

Os resultados provisórios anunciados quinta-feira pela comissão eleitoral guineense referem também que o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019.

O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

O grande derrotado nas eleições legislativas é a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.


Região de Bafatá: TRABALHADORES DA CENTRAL ELÉTRICA DENUNCIAM QUE SÃO SUBMETIDOS À ESCRAVATURA

 O DEMOCRATA  12/06/2023  

Os sindicatos dos trabalhadores da Central Elétrica de Bafatá denunciaram irregularidades na delegacia regional da energia, desvio de fundos e disseram que foram submetidos à uma autêntica escravatura sem solução.   

Os trabalhadores revelaram que não recebem os seus salários a 38 meses (três anos e dois meses), com consequências graves na vida dos funcionários e respetivas famílias e da população em geral, que de igual modo está privada do direito de acesso à energia, revelou em entrevista telefónica ao jornal O Democrata, Adulai Candé, presidente da Associação dos trabalhadores, para falar dos reais problemas da central e dos dos trabalhadores.   

Cerca de 60 funcionários efetivos e alguns auxiliares contratados já abandonaram a central. Os auxiliares que eram pagos com as receitas internas ou dinheiro de multas para fazer trabalhos de manutenção e reparação de cabos e instalações também demitiram-se. Os funcionários da central queixam-se da falta de meios, nem sequer uma única viatura têm para movimentar escadas e outros materiais, por isso contrataram auxiliares que carregam materiais a pé para diferentes pontos da cidade, onde existam problemas.  

“A cidade de Bafatá tem pequenas rochas e montanhas de pequena dimensão. São os auxiliares que carregam todos os materiais, incluindo as escadas. Submeteram-nos à uma autêntica escravatura na central elétrica de Bafatá”, afirmou.   

NÍVEL DA DESORGANIZAÇÃO NA DELEGACIA DA ENERGIA ESTÁ A CEM POR CENTO

O presidente do sindicato dos trabalhadores da central elétrica de Bafatá afirmou que o nível da desorganização na delegacia da energia está a cem por cento, é tanta que levou os trabalhadores a abandonarem a central, porque “as portas da delegacia estão fechadas, os delegados não vão ao trabalho, muito menos se importam com a situação dos trabalhadores”.

“Havia uma única delegacia para Bafatá e Gabú, mas depois foram desmembradas. As duas delegacias eram coordenadas por uma delegacia provincial, que foi extinta pelo ministério para que pudesse reforçar os poderes aos novos delegados que nomeou, mas essa estratégia não deu certo “, afirmou.

Denunciou que o governo tem uma dívida de cento e vinte milhões de francos CFA com o cidadão Selo Djaló, que fornecia combustível à central elétrica e que decidiu cancelar o fornecimento, por falta de transparência, do conhecimento na área da energia, da contabilidade e gestão dos recursos energéticos dos atuais gestores da energia.

“A central está a ser gerida pelos senhores Jorge Cunté, professor do ensino primário, e Samba Buaró, do secundário”, insistiu, para de seguida defender que seria ideal que a gestão fosse entregue aos trabalhadores, que por meio de uma comissão de autogestão conseguiram, no passado, assegurar o funcionamento da central por seis anos sem interrupções e pagar salários aos trabalhadores efetivos e contratados.

“Tudo paralisou a partir do momento em que Jorge Malú nomeou os dois delegados. Depois tudo piorou quando Orlando Mendes Veigas e Augustos Poquena não tiveram coragem de mudá-los, mesmo sabendo que não estavam à altura dos desafios da central nem das suas funções, a pretexto de que não foram nomeados por eles”, frisou.

Segundo Adulai Candé, a falta de luz abriu caminhos para os ladrões cortarem todos os cabos de alta e baixa tensão e acusou os elementos indicados pelo ministério da Energia e Indústria de nada terem feito para mudar a situação da central, e acusou os sucessivos ministros desse setor (Jorge Malú, Orlando Mendes Veigas e Augusto Poquena) de cumplicidade na manutenção dos atuais delegados da energia na região.

“Os dois elementos da energia não fazem praticamente nada, apenas reagem se postes de luz forem derrubados. Cobram os infratores e nunca mais aparecem para solucionar os problemas que os trabalhadores e a central elétrica enfrentam”, acusou.

Adulai Candé disse que a central não tem segurança e corre sérios riscos de a qualquer dia explodir, por falta de evacuação de resíduos e de limpeza externa do perímetro das instalações.

SINDICATO  ACUSA DELEGADOS DA ENERGIA DE RETALIAR OS TÉCNICOS DOS GERADORES


Adulai Candé acusou Jorge Cunté e Samba Buaró, delegados da energia de Bafatá, de retaliar os técnicos dos dois grupos de geradores da central de Bafatá e contratar novos técnicos que estragaram um dos grupos e um deles terá sequestrado a placa eletrónica que comanda o motor de um dos grupos para reivindicar o pagamento da dívida.

“Mas nunca encetaram diligências para recuperar a placa elétrica. Estão parados, enquanto a central está a degradar-se aos poucos, deixando milhares de famílias às escuras e em insegurança, sem capacidade para desenvolver pequenas atividades geradoras de rendimento”, lamentou.

“Recentemente, um poste foi derrubado em Bafatá e o motorista foi multado. Pedimos apenas quatrocentos mil francos CFA para contratar um segurança para vigiar os postes de alta tensão, evacuar resíduos e limpar a parte externa das instalações da central, mas antes de os trabalhadores se reunirem para cobrar o dinheiro, já tinha sido levantado por dois elementos da delegacia”, denunciou.

Adulai Candé disse que, não obstante as denúncias dos trabalhadores sobre o roubo de cabos de alta tensão, a delegacia nunca diligenciou tomar medidas para conter a situação, deixando a central sob ameaça de qualquer dia explodir na sequência de um incêndio.         

“Neste momento, instalar eletricidade em Bafatá é um problema, um bicho de sete cabeças.  Não temos cabos de alta tensão que saem da subestação para a central. Os ladrões levaram quase tudo, por negligência da delegacia regional da energia. Os cabos da parte baixa da cidade foram cortados. Passei 22 noites a vigiar os cabos no bairro de Nema e com a ajuda da polícia, duas pessoas foram detidas e estão a aguardar julgamento na prisão.

Mas não pode ser só os trabalhadores a esforçarem-se para tornar a central ativa, enquanto a parte que tem a grande responsabilidade, a financeira, não se interessa”, criticou Adulai Candé.  

De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, os incêndios que ocorreram na região de Bafatá derivaram-se de resíduos inflamáveis e da falta de limpeza do centro da cidade.

“Os dois responsáveis têm agido à margem da lei. Provocaram sofrimento no povo, mas não foram nem estão a ser responsabilizados, pelo contrário reforçaram-lhes os poderes.  Até parece que pertencem a um determinado partido, a pessoa fica imune às regras, às leis. Roubar bens públicos já não é uma preocupação para muitos, porque ninguém tem medo da justiça. Cada um faz o que quer”, disse.

Dados recolhidos indicam que a comissão de autogestão que geria a central de Bafatá cobrava, por mês, 17.500 francos CFA aos clientes com pouco consumo e os que tinham eletrodomésticos eram obrigados a montar contadores e pagavam o que consumiam.

Neste momento a cidade de Bafatá tem um fornecedor privado, que distribui energia apenas no período diurno, “à noite tudo às escuras”, por isso muitos preferem usar geradores próprios.        

Solicitado a pronunciar-se sobre o assunto e esclarecer as acusações do sindicato, o delegado da energia para o setor de Bafatá, Jorge Cunté, disse que não tem nada absolutamente a esclarecer e que se o jornal quisesse informações sobre a central elétrica e a falta de energia que fosse entrevistar o cidadão que forneceu o seu número de telefone à redação do semanário.

Por: Filomeno Sambú

"Sucesso". Brigada ucraniana anuncia libertação de cidade em Zaporíjia

© Carl Court/Getty Images

POR LUSA   12/06/23 

A Brigada Separada de Defesa Territorial de Zaporijia anunciou hoje a libertação de uma cidade daquela província no sudeste da Ucrânia, horas depois de outras fontes militares ucranianas terem anunciado a reconquista de quatro aldeias de Donetsk.

"Em 4 de junho, no âmbito da operação de defesa (do território ucraniano), a cidade de Novodarivka foi libertada dos ocupantes", anunciou a brigada na rede social Facebook.

"As unidades da brigada continuam a ter sucesso! A vitória será nossa!", é referido na nota.

A Ucrânia lançou uma contraofensiva terrestre nos últimos dias, libertando quatro aldeias na província de Donetsk e o município de Novodarovka em Zaporijia.

A cidade de Novodarivka está localizada perto da fronteira entre Zaporijia e Donetsk, num dos setores da frente onde a Ucrânia lançou operações ofensivas.

Kyiv também anunciou mais avanços de tropas em torno de Bakhmut, uma cidade no leste da Ucrânia quase totalmente tomada pelas forças de Moscovo.

No sábado, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu a existência de "ações contraofensivas" do seu exército na frente de batalha sem, no entanto, esclarecer se se trata do grande ataque preparado por Kyiv há vários meses.

As palavras de Zelensky seguem-se às do Presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou, na sexta-feira, que a grande contraofensiva ucraniana destinada a expulsar as tropas de Moscovo já tinha começado.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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COLÔMBIA: Como sobreviveram as 'crianças da floresta' na Amazónia durante 40 dias

© Getty Images

Notícias ao Minuto   12/06/23 

O presidente colombiano declarou-as como "um exemplo de sobrevivência que ficará para a história", mas a verdade é que as crianças, criadas numa comunidade indígena autossuficiente, cresceram a preparar-se para um momento como este.

Depois de 40 dias perdidas na floresta colombiana, as quatro crianças da família Mucutuy foram surpreendentemente encontradas com vida, sobrevivendo não só ao despiste do avião, como também a uma ambiente inóspito e extremamente perigoso.

O avião despenhou-se no dia 1 de maio, e as crianças - de 13, 9, 4 e 11 meses de idade - acabaram por ficar sozinhas e isoladas, sem a mãe que acabara de morrer, numa zona onde animais selvagens vivem e caçam abundantemente.

As autoridades usaram tudo e mais alguma coisa para encontrá-las, desde panfletos largados do céu, a mensagens da sua avó em altifalantes. Eventualmente, na noite do dia 9 de junho, as quatro crianças da tribo Huitoto, um povo indígena na Colômbia, foram resgatadas vivas, com o presidente colombiano a declará-las as "crianças da floresta" e a declarar que são "um exemplo de sobrevivência total que ficará para a história".

Uma infância feita para lidar com frutos venenosos e animais selvagens

No entanto, muitos continuam estupefactos com a resiliência dos menores, questionando como é que as quatro crianças, a mais velha com apenas 13 anos e com dois bebés de colo, conseguiram sobreviver. A chave, como em todos os aspetos da sociedade, é a educação.

Depois do resgate, soube-se que a sobrevivência na floresta sempre fez parte da vida das crianças, que cresceram no seio de uma comunidade indígena habituada durante séculos a viver da terra. Citado pela BBC, o avô, Fidencio Valencia, explicou que as duas mais velhas, Lesly e Soleiny, com 13 e nove anos, estavam habituadas à fauna e flora do local, e John Moreno, um líder do grupo Guanano no sudeste da Colômbia, apontou que as crianças foram educadas pela avó, uma respeitada líder indígena.

"Elas usaram o que aprenderam na comunidade, confiaram no seu conhecimento ancestral para sobreviver", afirmou Moreno.

Já a tia, Damarys Mucutuy, contou aos jornalistas colombianos que eram comum a família brincar a jogos de sobrevivência enquanto cresciam. "Quando jogávamos, montávamos pequenos campos. Ela [Lesly] sabia que frutas não pode comer porque há muitos frutos venenosos na floresta. E sabia cuidar de um bebé", acrescentou.

As pistas deixadas pelas crianças, e encontradas pelas autoridades, foram dando esperança pelas equipas de resgate por, precisamente, demonstraram que alguém se encontrava no local - desde pegadas, a fruta parcialmente comida, a abrigos feitos com ramos e atados com elásticos do cabelo. A certa altura, foi encontrada farinha, confirmando-se mais tarde que estas tinham recuperado farinha do avião destruído.

Estas consumiram farinha até terminar, passando então a alimentar-se de sementes. "Há uma fruta, semelhante à romã. Elas estavam a procurar por sementes para comer a cerca de um quilómetro e meio do sítio do acidente", acrescentou Edwin Paki, um dos líderes tribais que ajudou nas operações de buscas.

Ainda é incerto sobre como é que as crianças conseguiram purificar e beber água, mas as dificuldades alimentares não foram as únicas. São, aliás, apenas um dos fatores de sobreviver na Amazónia que, como se sabe, é um berço de alguns dos animais mais perigosos do mundo.

A zona onde o avião se despenhou é prolífera em cobras, jaguares e mosquitos com doenças letais, entre muitos muitos outros. O presidente colombiano, Gustavo Petro, referiu após o resgate que as crianças tiveram de afugentar um cão selvagem.

Resgate dramático

O desaparecimento das crianças motivaram uma operação de salvamento épica, com voltas e contravoltas por parte de Petro, que chegou a ser muito criticado por publicar falsamente que as crianças já tinham sido encontradas.

As táticas usadas pelas autoridades incluíram a largada de 10 mil panfletos na floresta, com dicas de sobrevivência em espanhol e na língua nativa do povo Huitoto; e o voo de helicópteros com megafones, passando mensagens da avó das crianças a dizer quem estavam ser procuradas.

Foram mobilizados 150 soldados e 200 voluntários de organizações indígenas locais, mas a vasta e densa floresta tornou tão difícil a visão de toda a gente que, contou mais tarde o exército, chegou-se a passar cerca de 20 metros ao lado de onde as crianças se encontravam protegidas.

A televisão colombiana difundiu no domingo imagens do momento em que as quatro crianças foram resgatadas. As imagens, captadas de um telemóvel, mostram as quatro crianças visivelmente desnutridas, a mais nova nos braços de um dos homens indígenas, que cantam, fumam tabaco (uma planta sagrada entre a comunidade) e dão graças com alegria.

As crianças estarão agora a receber cuidados médicos, a nível físico e mental. Uma das principais preocupações, segundo a imprensa colombiana, será a de aferir o impacto psicológico dos traumas a que os menores foram sujeitos. Sublinhe-se que, para além dos 40 dias de incertezas e condições adversas em território inóspito, os menores ainda foram confrontados com a morte da mãe e da mais duas pessoas que seguiam com elas no avião.