segunda-feira, 27 de março de 2023

ESCRAVATURA: Guterres pede introdução de conteúdos sobre escravatura nas escolas

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POR LUSA  27/03/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje aos Governos para introduzirem nos currículos escolares as causas, manifestações e consequências do comércio transatlântico de escravos, argumentando que a educação é a arma mais poderosa contra o racismo.

Num evento na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unias (ONU) para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravatura e do Tráfico Transatlântico de Escravos, assinalado no sábado passado, Guterres recordou a história de "crueldade e barbárie" e "de injustiça colossal" que devastou o continente africano, "impedindo o seu desenvolvimento por séculos".

"O empreendimento maligno da escravatura durou mais de 400 anos. Foi a maior migração forçada sancionada legalmente na história da Humanidade. Milhões de crianças, mulheres e homens africanos foram sequestrados e traficados através do Atlântico, arrancados das suas famílias e terras natais -- as suas comunidades dilaceradas, os seus corpos mercantilizados, a sua humanidade negada", relembrou o líder da ONU.

"Ainda assim, o legado do comércio transatlântico de escravos persegue-nos até hoje. Podemos traçar uma linha reta desde a era da exploração colonial até às desigualdades sociais e económicas de hoje. As cicatrizes da escravatura ainda são visíveis nas persistentes disparidades de riqueza, rendimentos, saúde, educação e oportunidades", avaliou.

De acordo com o ex-primeiro-ministro português, a longa sombra da escravidão ainda paira sobre a vida dos afrodescendentes que carregam consigo o trauma transgeracional e que continuam a enfrentar a marginalização, a exclusão e o fanatismo, algo que é visível no "ódio da supremacia branca que ressurge hoje".

Nesse sentido, e com foco no poder da educação, Guterres pediu aos Governos de todo o mundo que introduzam conteúdos sobre a escravatura nos currículos escolares, colocando ao dispor dos Estados-membros o programa Relembrar a Escravidão das Nações Unidas e o projeto Rota do Escravo da UNESCO, para ajudar nessa tarefa.

"Devemos aprender e ensinar a terrível história da escravatura. Devemos aprender e ensinar a história de África e da diáspora africana, cujo povo enriqueceu as sociedades por onde passou e se destacou em todos os campos da atividade humana. E devemos aprender e ensinar as histórias de resistência e resiliência", frisou.

Perante a Assembleia-Geral da ONU, Guterres aproveitou para recordar figuras históricas que lutaram pela liberdade e contra a escravatura, como a "rainha Ana Nzinga do Ndongo, na atual Angola, cuja hábil diplomacia e vitórias militares frustraram as ambições coloniais de Portugal e que inspiraram movimentos de independência durante séculos".

"Ao ensinar a história da escravatura, ajudamos a proteger-nos contra os impulsos mais perversos da Humanidade. Ao estudar as suposições e crenças predominantes que permitiram que a prática florescesse por séculos, desvendamos o racismo do nosso tempo. E ao homenagear as vítimas da escravidão, restauramos em alguma medida a dignidade para aqueles que foram impiedosamente despojados dela", concluiu o secretário-geral da ONU.

Polícia do Quénia lança gás lacrimogéneo contra marcha da oposição

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POR LUSA   27/03/23 

A polícia queniana lançou hoje gás lacrimogéneo sobre a marcha de apoiantes do líder da oposição, Raila Odinga, enquanto este apelava à manifestação contra o Governo e a inflação, um dia depois de o Governo ter proibido qualquer protesto.

Este é o segundo dia de manifestações, convocadas pelo líder da oposição contra o Presidente William Ruto.

Raila Odinga, o candidato presidencial que perdeu as eleições em agosto passado, continua a afirmar que lhe foi "roubada" a vitória e que o Governo de Ruto é "ilegítimo".

"Estamos a pedir uma redução do custo de vida, uma redução nos preços da farinha de milho, da gasolina, do açúcar e das propinas escolares", disse Raila Odinga para centenas de apoiantes da classe trabalhadora do distrito de Kawangware, antes de a polícia disparar gás lacrimogéneo e canhões de água contra a marcha, para a fazer mudar de direção.

Em Kibera, a maior favela da capital, os manifestantes atearam fogo a pneus e atiraram pedras à polícia.

Os manifestantes daquele reduto de Raila Odinga confrontaram a polícia, batendo em panelas vazias e cantando "não temos farinha de milho", segundo relatos de um repórter da agência de notícias francesa AFP no local.

A situação permaneceu calma no resto da cidade, especialmente nos bairros onde ocorreram confrontos na semana passada, e onde se estabeleceu uma forte presença policial para este dia arriscado.

Os esquadrões antimotim ocuparam pontos estratégicos em Nairobi e patrulharam as ruas, onde muitos negócios permaneceram fechados. As ligações ferroviárias entre os subúrbios e o distrito comercial central foram suspensas.

Raila Odinga manteve, este domingo, o seu apelo a manifestações contra os efeitos da inflação todas as segundas e quintas-feiras, pouco depois de o chefe da polícia, Japhet Koome, ter decretado uma proibição dos protestos marcados para hoje.

Koome tinha avisado que a polícia não permitiria que "hooligans viessem à cidade para pilhar e destruir bens e empresas das pessoas".

Em Kisumu, um bastião da oposição no oeste do país, a polícia gaseou cerca de 200 saqueadores.

Odinga descreveu, no domingo, a planeada manifestação de força na segunda-feira como a "mãe de todas as manifestações" e acusou o vice-Presidente, Rigathi Gachagua, de orquestrar uma operação para criar o "caos".

Na passada segunda-feira, manifestações da oposição levaram a confrontos entre manifestantes e polícia.

Um estudante foi morto por tiros da polícia e 31 polícias ficaram feridos nos confrontos em Nairobi e nos bastiões da oposição na parte ocidental do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram presas, incluindo várias figuras de liderança da oposição, e a marcha de Odinga já foi alvo de gás lacrimogéneo e canhões de água.

William Ruto, atualmente em viagem pela Europa, apelou na quinta-feira ao líder da oposição para que acabasse com os protestos: "Digo a Raila Odinga que se ele tem um problema comigo, deve enfrentar-me e parar de aterrorizar o país".

Muitos quenianos, confrontados com os elevados preços das mercadorias, estão a lutar para se alimentarem a si próprios. A inflação atingiu 9,2% em fevereiro, de acordo com o Governo, e o recorde de seca na região deixou milhões de pessoas sem recursos e sem alimentos.

"Se os líderes não se pronunciarem, aqueles que são afetados somos nós. Eles são pessoas ricas, e nós é que vamos dormir de estômago vazio", disse à AFP o motorista de táxi Collins Kibe.

O regulador de energia do Quénia anunciou um aumento dos preços da eletricidade a partir de abril, apesar de o presidente Ruto ter dito, em janeiro, que não haveria nenhuma subida dos preços da energia elétrica.

Durante a campanha eleitoral, o atual presidente retratou-se como um defensor dos mais desfavorecidos e prometeu melhorar a vida do cidadão comum do seu país. No entanto, retirou os subsídios ao combustível e à farinha de milho, um alimento básico.


Leia Também: Polícia do Quénia mata manifestante durante protestos contra o Governo


Leia Também: Proibidos protestos em Nairobi contra aumento do custo de vida

Rússia diz ter armas "capazes de destruir qualquer adversário". Até EUA

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Notícias ao Minuto   27/03/23 

Os comentários do influente secretário do Conselho de Segurança da Rússia são os últimos de um alto funcionário russo a levantar a hipótese de um confronto nuclear entre Moscovo e Washington.

Nikolai Patrushev alertou que a Rússia tem armas para destruir qualquer inimigo, incluindo os Estados Unidos, se a sua existência estiver ameaçada.

Os comentários do influente secretário do Conselho de Segurança da Rússia são os últimos de um alto funcionário russo a levantar a hipótese de um confronto nuclear entre Moscovo e Washington, algo que o Kremlin diz querer evitar.

"Os políticos americanos presos pela sua própria propaganda continuam confiantes de que, no caso de um conflito direto com a Rússia, os Estados Unidos são capazes de lançar um ataque preventivo com mísseis, após o qual a Rússia não poderá mais responder" começou por dizer, citado pela Sky News. 

"Isso é uma estupidez míope e muito perigosa", disse Patrushev ao jornal estatal Rossiiskaya Gazeta.

"A Rússia é paciente e não intimida ninguém com a sua vantagem militar mas possui armas modernas e únicas capazes de destruir qualquer adversário, inclusive os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, acrescentou.

A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra sem fim à vista, que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Parlamento quer esclarecimento sobre visita de Putin à África do Sul

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POR LUSA  27/03/23 

O comité parlamentar das Relações Internacionais sul-africano quer que o Governo esclareça o estatuto da visita do Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, à África do Sul em agosto, foi hoje anunciado.

"Vamos escrever à ministra [das Relações Exteriores e Cooperação] assim que reunirmos na próxima semana para discutir esse assunto, apenas para entender a abordagem do ponto de vista do poder executivo porque estamos a supervisioná-los", declarou Supra Mahumapelo, responsável do comité parlamentar sobre Relações Internacionais e Cooperação, ao canal público sul-africano SABC.

Na quinta-feira, a chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, confirmou que o país convidou Vladimir Putin para a cimeira do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em agosto, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Presidente russo.

Como Estado-membro do TPI, a África do Sul, que receberá a cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS na cidade portuária de Durban, sudeste do país, em agosto, é obrigada a cooperar na detenção de Putin, depois de o tribunal internacional ter emitido recentemente um mandado de detenção para o líder russo por alegados crimes de guerra.

A África do Sul afirmou no ano passado ter adotado uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.


Leia Também: Ucrânia. Governo belga pede a Pretória que ajude a abrir caminho de paz

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Radio Voz Do Povo

Comunidade muçulmana da Guine-Bissau recebe apoio da Fundação do Rei do Marrocos Mohammed VI_ULEMA_Africano no âmbito de Ramadão

 Radio Voz Do Povo

Uma delegação de investidores russos, integrada por departamentos governamentais visita Bissau em Abril próximo.

Anunciou hoje o Embaixador Russo na Guiné-Bissau após encontro de restituição com o presidente do parlamento Cipriano Cassama que participou recentemente em Moscovo na Conferência Internacional Parlamentar Rússia-África num Mundo Multipolar.

Radio Voz Do Povo

Moldova realiza exercícios militares com Roménia, EUA e Reino Unido

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POR LUSA  27/03/23 

A Moldova começou hoje exercícios militares conjuntos com a Roménia, os Estados Unidos e o Reino Unido, que vão permitir a transferência de equipamento militar para diferentes zonas do território.

O Ministério da Defesa da Moldova indicou que este equipamento será colocado à disposição das tropas envolvidas nas manobras nos centros de treino das Forças Armadas do país.

No entanto, as autoridades moldavas têm pedido à população que mantenha a calma e "não especule" sobre o objetivo final deste tipo de manobras militares, sobretudo em plena invasão russa na Ucrânia, de acordo com o canal de televisão Moldova 1.

Espera-se que os exercícios conjuntos durem pelo menos até 07 de abril.

"O objetivo destas manobras é trocar experiências entre militares dos quatro países e aumentar o nível de interação entre os contingentes", afirmou o Ministério da Defesa moldavo.

Assim, as manobras incluem tiro com munição real, saltos de paraquedas e exercícios de campo, entre outros.


Leia Também: "Não há perigo de guerra na Moldova enquanto a Ucrânia lutar"

O Ministro do Desporto Augosto Gomes em declarações aos jornalistas, após o último sessão de treinos dos "Djurtus" com olhos posto na partida de esta segunda-feira (27-03), com a seleção da Nígeria, jogo de apuramento para o CAN-2023, à disputar-se no ano 2024, em Côte d'ivoire.

Em  caso da vitória,  a turma nacional,  estará pela quarta vez  consecutiva, na fase final da maior festa de Futebol Áfricano.

 Radio TV Bantaba

QUÉNIA: Proibidos protestos em Nairobi contra aumento do custo de vida

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POR LUSA   27/03/23 

As autoridades do Quénia aumentaram hoje o dispositivo de segurança e proibiram manifestações, após mais um apelo da oposição à participação nos protestos semanais contra a subida do custo de vida.

Os efetivos da força antimotim estão hoje posicionados em pontos estratégicos da cidade de Nairobi, a patrulhar as ruas da capital do Quénia onde a maior parte dos estabelecimentos comerciais se mantêm encerrados.

As ligações ferroviárias entre a periferia e o centro financeiro da cidade encontram-se suspensas.  

No domingo, o líder da oposição, Raila Odinga, reiterou o apelo às manifestações contra os efeitos da inflação e que devem realizar-se duas vezes por semana: segundas-feiras e quintas-feiras. 

Odinga, derrotado por William Ruto nas últimas presidenciais, em agosto de 2022, disse que hoje se vai realizar a "mãe de todas as manifestações". 

"Quero dizer a Ruto e a Koome [o chefe da polícias do Quénia] que nós não nos vamos deixar intimidar", disse Odinga, acrescentando: "Não tememos o gás lacrimogéneo da polícia".

Há oito dias, os protestos terminaram em confrontos entre manifestantes e a polícia em várias zonas de Nairobi. 

Na última manifestação, um estudante foi morto a tiro pela polícia e 31 agentes ficaram feridos nos confrontos registados na capital e outras cidades do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram detidas, entre as quais altos responsáveis políticos da oposição, tendo a marcha onde se encontrava Odinga sido alvo das granadas de gás lacrimogéneo e dos canhões de água da polícia. 

Tratou-se do primeiro confronto violento depois de William Ruto ter assumido funções como Presidente do Quénia. 

Ruto que se encontra na Europa pediu hoje à oposição para desistir das manifestações de protesto. 

A inflação no país atingiu os 9,2% em fevereiro, de acordo com os dados do Governo, e numa altura em que a seca está a afetar de forma grave a produção agrícola do país. 

Entretanto, o organismo que regula a energia anunciou aumentos no preço da eletricidade a partir de abril, apesar das garantias do Chefe de Estado que afirmou em janeiro que não se iriam verificar subidas nos preços da energia elétrica. 


Leia Também: Quase 240 pessoas detidas e 31 polícias feridos em confrontos no Quénia

Governo do Burkina Faso ordena suspensão da transmissão da France 24

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POR LUSA  27/03/23 

O governo do Burkina Faso ordenou hoje a suspensão 'sine die' da transmissão do France 24 no seu território, na sequência da emissão de uma entrevista ao líder da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), no canal de notícias.

"Ao abrir a antena ao primeiro responsável pela AQMI, o France 24 (...) oferece um espaço para legitimar as ações terroristas. O governo decidiu, portanto, com plena responsabilidade, e em nome do superior interesse da nação, a suspensão por tempo indeterminado da transmissão dos programas da France 24 em todo o território nacional", segundo um comunicado assinado pelo porta-voz do governo, Jean-Emmanuel Ouedraogo.

No dia 06 de março, a France 24 transmitiu respostas escritas de Abou Obeida Youssef al-Annabi, chefe da AQMI, a 15 perguntas feitas pelo jornalista do canal francês e especialista em questões jihadistas, Wassim Nasr.

No início de dezembro, as autoridades de Ouagadougou já tinham suspendido a emissão da Radio France Internationale (RFI), do mesmo grupo da France 24, France Médias Monde.

A RFI foi nomeadamente acusada de ter transmitido "uma mensagem de intimidação" atribuída a um "líder terrorista".

O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro de 2022, contra o então presidente Roch Marc Christian Kaboré, vive uma insegurança crescente desde 2015.

A junta agora chefiada por Ibrahim Traoré, que protagonizou uma revolta em setembro considerada com um "golpe palaciano" contra o até então líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Desde 2015, o Burkina Faso vive uma espiral de violência perpetrada por grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que causaram um total de 10 mil mortos - civis e soldados - segundo Organizações Não Governamentais, e cerca de dois milhões deslocados.


Leia Também: Ataque extremista islâmico no Burkina Faso mata 10 civis e 4 militares

Líder da Crimeia cria o seu 'próprio Grupo Wagner'. Terá 300 combatentes

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Notícias ao Minuto   27/03/23 

Diz-se que a unidade mercenária é composta por 300 combatentes e já foi enviada para partes ocupadas da região de Kherson, no sul da Ucrânia.

O chefe da Crimeia instalado pelo Kremlin criou a sua própria unidade mercenária inspirada no Grupo Wagner.

Segundo a Sky News, Sergey Aksyonov recrutou um ex-comandante que trabalhou para o Grupo Wagner em África para liderar o seu novo grupo, ao qual chamou Convoy.

Diz-se que a unidade mercenária é composta por 300 combatentes e já foi enviada para partes ocupadas da região de Kherson, no sul da Ucrânia.

“Esta é a empresa militar privada de Aksyonov, mas todo o grupo é formado por ex-funcionários de Wagner”, disse um dos mercenários à estação de TV Rússia-24. No noticiário, os mercenários treinaram numa floresta, cavando trincheiras e aprendendo a colocar minas terrestres.

O canal Telegram do Convoy foi criado em novembro passado e apresenta imagens e ícones ortodoxos russos, referindo-se aos ucranianos como “satanistas”.

A oposição russa identificou o ex-comandante como Konstantin Pikalov, que trabalhou como comandante Wagner em Madagascar e na República Centro-Africana.

Recorde-se que fontes próximas do líder da empresa de segurança privada russa Wagner, Yevgeny Prigozhin, relatam que este vai reduzir as operações militares na Ucrânia e apostar no aprofundamento da presença em África, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg. 


Leia Também: Grupo paramilitar Wagner distancia-se da Ucrânia e vai apostar em África

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: Quase 80% dos jovens são-tomenses querem abandonar o país

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POR LUSA   27/03/23 

Cerca de 80% dos jovens são-tomenses querem abandonar o país em busca de melhores condições de vida, nomeadamente emprego e saúde, e muitos perderam esperança no desenvolvimento do arquipélago, indica um estudo do Conselho Nacional da Juventude são-tomense.

"O estudo provou que 78% dos jovens querem migrar. Quando nós vemos uma percentagem desse nível, de jovens que pensam sair do país, enquanto plataforma da juventude, isso preocupa-nos e preocupa-nos imensamente", disse à Lusa o secretário-geral do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) de São Tomé e Príncipe, Laudino Tavares.

Segundo o responsável, os inquiridos apontaram como motivos de querer emigrar a necessidade de encontrar melhores condições de vida, questões ligadas à saúde, e outros "vão aventurar-se por falta de oportunidade de emprego" em São Tomé e Príncipe.

"Um jovem que eu inquiria na altura disse-me que ele prefere ir para viver de baixo da ponte. Ficar em São Tomé é que ele não fica. [...] No fundo os jovens estão dispostos a sair do país, não importa para ir fazer o quê lá fora. O importante é sair", relatou o líder juvenil são-tomense.

O estudo foi realizado em julho do ano passado, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), quando São Tomé e Príncipe se preparava para as eleições legislativas, autárquicas e regional realizadas em 25 de novembro. Segundo Laudino Tavares, o documento não teve acolhimento dos partidos concorrentes às legislativas, nem do Governo de então liderado pelo ex-primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.

"Fizemos questão de enviar o resultado do inquérito para todos os partidos políticos, depositámos nas sedes dos partidos políticos para colocarem estas preocupações nos seus manifestos eleitorais e isso infelizmente não aconteceu", lamentou.

Após as eleições, o Governo são-tomense que passou a ser liderado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada, líder da Ação Democrática Independente (ADI), que venceu as legislativas com maioria absoluta de 30 deputados.

O secretário-geral do CNJ considera que, apesar da alternância, a imigração juvenil não parou de crescer e "tem sido o 'calcanhar de Aquiles' nos últimos meses".

"Indubitavelmente isso tende a agravar-se, porque eu converso com os jovens diariamente e o que eu percebo é que ninguém quer ficar no país. Quando se pergunta sobre as causas de emigração, já conhecemos, então é necessário criar condições para que os jovens não sintam essa necessidade de emigrar", sublinhou Laudino Tavares.

"Muita gente acredita que não há sinal de criação de condições para que os jovens fiquem no país", acrescentou.

O estudo realizado pela maior plataforma da juventude são-tomense concluiu também que "a não participação juvenil nas votações eleitorais tem como principais causas a corrupção política e ausência do cartão de eleitor".

Ainda assim, o secretário-geral do CNJ sublinhou que os dados do inquérito provaram que muitos jovens votam e votaram, sobretudo nas eleições presidenciais de 2021.

"Costumávamos pensar que a taxa de abstenção em São Tomé e Príncipe era um problema que vivia no seio da juventude, mas o inquérito que nós fizemos prova o contrário. De acordo com os resultados do inquérito, os jovens são-tomenses participam sim nas eleições, porque nós concluímos que em cada 10 jovens, oito participaram na eleição presidencial de 2021". Precisou Laudino Tavares.

Contudo, concluiu-se que "os jovens classificam a política em São Tomé e Príncipe como péssima" e "dizem que há muita corrupção".

"Ao nível dos resultados do inquérito, os jovens não têm esperança quanto ao desenvolvimento do país. Isso é preocupante, é necessário que os líderes, que os governos comecem a pensar seriamente nisso para tentar devolver essa esperança à juventude, porque principalmente a juventude sem esperança é uma juventude morta e que está à deriva e disposta a ir para onde o vento a atirar", referiu o secretário-geral do CNJ.

O estudo do CNJ foi entregue à nova ministra da Juventude e Desporto, Eurídice Medeiros, e tem sido analisado a nível do Governo.

Durante a campanha de auscultação da população para a preparação do Orçamento Geral do Estado, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, admitiu a preocupação do executivo perante a vaga de emigração jovem.

"Se a maioria da população é jovem e se 78% dessa maioria quer abandonar o país então o país também não tem futuro. [...] Nós não podemos impedir os jovens de sair, mas nós temos consciência de que se nós não fizermos alguma coisa para o jovem encontrar o seu futuro aqui, amanhã quando vamos precisar de um jovem para trabalhar, não teremos jovens para trabalhar", disse Patrice Trovoada durante a conversa com populares no distrito de Cantagalo.

O chefe do Governo são-tomense prometeu a realização de um inquérito para ouvir as ideias dos jovens a fim de "definir uma política que possa resolver o problema".

Na sexta-feira, o ministro da Saúde são-tomense, Celsio Junqueira, disse à Lusa que o sistema de saúde de São Tomé e Príncipe está com carência de profissionais devido ao aumento da emigração de quadros para Portugal desde a facilitação de visto no âmbito do acordo de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Desde que Portugal tornou fácil o acesso à entrada, muitos profissionais de saúde têm saído, então alguns serviços começaram a estar em causa, deixaram de ter o mínimo que é necessário para trabalhar e garantir qualidade de serviço", disse à Lusa Celsio Junqueira.

Face à "vaga de emigração", o ministro da Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais foi autorizado pelo Governo a proceder à contratação de profissionais reformados para compensar a saída de quadros.


Leia Também: Emigração para Portugal causa falta de profissionais de saúde em São Tomé

Rússia acusa NATO de participar diretamente do conflito na Ucrânia

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POR LUSA  27/03/23 

O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, acusou hoje a NATO de participar diretamente no conflito na Ucrânia ao fornecer armas ao país e informação com o objetivo de vencer a Rússia no campo de batalha.

"Na verdade, os países da NATO fazem parte do conflito. Eles transformaram a Ucrânia num enorme campo militar. Enviam armas e munições às tropas ucranianas, fornecem informações, inclusive de satélites e drones", disse o secretário do Conselho de Segurança ao jornal Russian Rossiiskaya Gazeta.

Patrushev adiantou que a NATO está a preparar os militares ucranianos, destacando igualmente que na linha da frente "estão mercenários dos países que lutam ao lado das Forças Armadas" ucranianas.

"Ao tentar prolongar ao máximo este confronto bélico, não escondem o seu objetivo principal, que é derrotar a Rússia no campo de batalha e depois desintegrá-la", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Desde o início da guerra, já morrerem mais de 8.300 civis, segundo dados da ONU, que alerta para o facto de os números estarem muito aquém dos reais.

domingo, 26 de março de 2023

O Treinador da Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau, Senhor Baciro Candé, promoveu, hoje, em Bissau uma Conferência de Imprensa sobre o jogo dos Djurtus contra as Águias da Nigéria...

 Ministério da Cultura, Juventude e Desportos da Guiné-Bissau

O Treinador da Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau, Senhor Baciro Candé, promoveu, hoje, em Bissau uma Conferência de Imprensa sobre o jogo dos Djurtus contra as Águias da Nigéria. 

Na ocasião, Candé, reafirmou que a sua Seleção Nacional está a crescer na unidade e com o espírito de trabalho para vencer os seus jogos, independentemente dos adversários serem mais fortes ou não. 

Este Treinador, assegurou ainda que vai alinhar os jogadores aptos para jogar, com vista a alcançar os resultados positivos.

Baciro, disse que o seu foco com os jogadores é vencer a Nigéria e garantir o apuramento para o próximo CAN. 

Por sua vez, o Capitão da Seleção, Senhor Bura Candé, confirmou que os Djurtus estão unidos para vencer a Nigéria. 

Bissau, 26.03.2023

Gabinete da Comunicação

O Treinador da Seleção Nacional de Nigéria, Senhor José Piceiro, promoveu, hoje em Bissau uma Conferência de Imprensa sobre o jogo da Nigéria conta a Guiné-Bissau...

  Ministério da Cultura, Juventude e Desportos da Guiné-Bissau

O Treinador da Seleção Nacional de Nigéria, Senhor José Piceiro, promoveu, hoje em Bissau uma Conferência de Imprensa sobre o jogo da Nigéria conta a Guiné-Bissau. 

Em declaração à Imprensa, Piceiro, expressou a sua vontade de ganhar o jogo amanhã, que não seria nada fácil. 

Este Treinador, confessou ainda que os jogadores não souberam aproveitar as oportunidades que tiveram em Abuja para ganhar, infelizmente perderam. 

Piceiro, reafirmou ainda que quer ganhar os restantes jogos para ficar em primeiro lugar no grupo de qualificação para o CAN. 

De salientar que o Treinador da Nigéria está acompanhado na Conferência de Imprensa com o Capitão de equipa. 

Bissau, 26.03.2023

Gabinete da Comunicação

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que "cerca de 1,5 milhões de meninos e meninas ucranianos correm o risco de desenvolver depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos" devido à guerra.

© Reprodução/ Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto   26/03/23 

"A guerra está a destruir a infância das crianças ucranianas"

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que "cerca de 1,5 milhões de meninos e meninas ucranianos correm o risco de desenvolver depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos" devido à guerra.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, destacou, este domingo, que a "guerra está a destruir a infância das crianças ucranianas", após o seu encontro com o embaixador da Boa Vontade da UNICEF, o ator Orlando Bloom, que se dedica, em conjunto com a equipa da organização, ao "apoio humanitário e à proteção de crianças".

Zelensky salientou, em comunicado, que Bloom esteve em território ucraniano mesmo antes da invasão russa e "sabe o que essa agressão trouxe, o quão grandes devem ser os esforços do mundo para detê-la, para restaurar a Ucrânia depois da guerra".

"Discutimos a questão da reconstrução do nosso país, da nossa infraestrutura escolar. Aprecio esta ajuda. Acordámos que as nossas equipas deveriam trabalhar em várias áreas", nomeadamente no que diz respeito ao regresso das crianças "que foram levadas à força para a Rússia", a "criação de abrigos antiaéreos para os nossos filhos" e "suporte técnico do ensino a distância nas áreas e regiões onde é impossível estudar offline devido a ameaças constantes", referiu o líder ucraniano.

E acrescentou: "Milhares de escolas na Ucrânia foram danificadas ou completamente destruídas. Quase 2,7 milhões de crianças em escolas ucranianas são forçadas a estudar online ou num formato misto. Cerca de 1,5 milhões de meninos e meninas ucranianos correm o risco de desenvolver depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos".

A UNICEF e o Governo, salientou Zelensky, estão a trabalhar com o objetivo de "devolver uma infância feliz às crianças ucranianas".

Leia Também: Zelensky visitou Kherson: "Vamos restaurar e reconstruir tudo"

Crise na exportação de cajú: GOVERNO COLOCA EM “QUARENTENA” MILHARES DE TONELADAS DE CASTANHA BLOQUEADAS NOS ARMAZÉNS

JORNAL ODEMOCRATA  26/03/2023  

O Diretor Geral do Comércio e Concorrência, Lassana Fati, disse que o executivo pretende colocar em quarentena mais de quarenta mil toneladas de castanha de cajú guardadas nos armazéns para depois procurar um comprador no exterior.

“O governo pretende colocar toda essa quantidade de castanha em quarentena, guardá-la nos armazéns e depois procurar um comprador no exterior. Outra possibilidade é encontrar uma fábrica de processamento da castanha no país que possa assumi-la. Essas opções estão todas em cima da mesa e a grande verdade é que nenhuma decisão foi tomada”, disse ementrevista telefonica ao Jornal O Democrata, para falar dos trabalhos que estão a ser feitos para a abertura da campanha e garantir que não hajam bloqueios da castanha no país. Uma eventualidade lamentada pelos empresários e que pode dificultar a próxima campanha de cajú, se não forem encontrados compradores das castanhas que ainda se encontram bloqueadas nos armazéns.

Mais de quarenta mil toneladas da castanha de cajú estão armazenadas em Bissau e nas regiões. Das 40 mil, segundo o levantamento feito pelo ministério do Comércio, mais de trinta mil estão em Bissau e dez mil nas regiões.  

DG COMÉRCIO: “GOVERNO SEGUE CAMPANHAS NOS PAÍSES VIZINHOS PARA DEFINIR O PREÇO DE REFERÊNCIA DA CASTANHA”

O Democrata soube que até o fecho desta edição, a Guiné-Bissau conseguiu exportar 198 mil toneladas da castanha de cajú a partir dos portos de Bissau, segundo os dados disponíveis do ministério do Comércio.

Fati explicou que, no levantamento nacional feito pela equipa do ministério do Comércio, registou-se um total de mais de 30 mil toneladas de castanha nos armazéns em Bissau e mais de dez mil nas regiões, acrescentando que, de acordo com as diligências feitas, das mais de 30 mil toneladas registadas em Bissau, 15 mil devem ser exportadas em breve, através de um barco que, segundo a sua explanação, está a caminho de Bissau.

“Se conseguirmos exportar mais 15 mil toneladas armazenadas em Bissau, ficarão cerca de 15 mil toneladas. As castanhas que se encontram armazenadas nas regiões devem ser escoadas  para a capital e nós vamos trabalhar para conseguir um comprador “, assegurou, esclarecendo que uma das razões da retenção dessa grande quantidade de castanha no país se deve primeiramente à queda do preço da castanha no mercado internacional, o que obrigou os comerciantes a recusar vender as suas castanhas para não perderem as suas margens de lucros, mas também a produção de outros países como a Tanzânia e Moçambique, acabaram por atrair os compradores.

“O terceiro fator tem a ver com os primeiros contratos assinados entre os nossos empresários e os indianos que até ao momento não conseguiram pagar as castanhas já exportadas. A castanha já foi levada, mas os empresários não receberam o dinheiro”, contou.   

Relativamente à campanha de cajú de 2023, cujo lançamentose pretende fazer lá para o final do mês em curso, disse que o governo espera que haja muita concorrência este ano na campanha com a entrada de um grupo de empresários chineses e de outros países interessados na castanha da Guiné-Bissau. Acrescentou que o grupo de empresários chineses esteve duas vezes no país e manifestou o interesse em comprar a castanha nacional, como também os empresários de outros países manifestaram o mesmo interesse, razão pela qual espera muita concorrência este ano e que o país venda muita quantidade da sua castanha. 

“O mercado chinês até ao momento não era aberto à castanha da Guiné-Bissau, mas se for aberto conforme o interesse que nos mostraram, penso que 2023 vai ser muito concorrido em termos de procura da castanha de cajú da Guiné-Bissau”, afirmou.

Questionado se o ministério do Comércio já tem um preço de base que pretenda apresentar ao Conselho de Ministros, respondeu que já há uma indicação do preço de referência dos países vizinhos que já iniciaram a campanha de cajú, por exemplo, “a Costa de Marfim começou a campanha de caju com o preço base de 315 francos cfa e o Burkina Faso com 300 francos cfa”.

“Esses são indicadores que nos permitem trabalhar na fixação do preço de referência da nossa castanha. Mas é bom dizer que há um trabalho que o comércio está a fazer, aliás, como se sabe existe uma comissão que envolve técnicos de outras instituições que estão a trabalhar na fixação do preço de referência da castanha nacional”, frisou, aproveitando a ocasião para aconselhar os produtores e os guineenses em geral que é preciso envidar  esforços para trabalhar a qualidade da castanha de cajú guineense, porque nos últimos tempos tem havido queixas dos compradores sobre a perda da qualidade da castanha, bem como constatam pedras nos sacos de castanha o que, na sua observação,  mancha a imagem do país e a sua produção.

INTERMEDIÁRIOS: “CASTANHAS NOS ARMAZÉNS JÁ ESTÃO A GERMINAR. A CONDIÇÃO PARA SUA EXPORTAÇÃO É BAIXA”

O presidente da Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau, Lassana Sambú, admitiu que há pouca possibilidade de a castanha de cajú que ainda se encontra nos armazéns ser exportada, porque “apresenta pouca qualidade, está a germinar e a condição para a sua exportação é baixa”.

Explicou que essa baixa qualidade se deve às más condições de armazenamento do produto, alertando que há grandes riscos de o novo ano agrícola ser comprometido porque não há nenhuma garantia de que as castanhas em condições péssimas ou em processo de germinação devido à humidade estejam a ser separadas das que têm condições para serem comercializadas.

“A qualidade da castanha corre o risco de baixar para menos,até de 48 por cento. Se acontecer, cairá o preço e baixará a economia nacional, porque é o produto que suporta, em parte,  a nossa economia”, enfatizou.

“Mais de 8 mil toneladas de castanha continuam com os produtores. Se adicionarmos essa quantidade à que está  estocada em Bissau, estaremos  a falar de quase  30 mil toneladas”, afirmou, para de seguida indicar que   tudo isso coloca a campanha de 2023 numa situação muito complicada. 

“Tínhamos alertado o governo que diligenciasse para viabilizar a próxima campanha, porque o seu sucesso dependeria do ano agrícola anterior. Era preciso que fosse escoada toda a castanha para Bissau para evitar a perda de qualidade e, consequentemente, a baixa do preço”, assinalou.

Apesar desses indicadores, Lassana Sambú disse esperar que a campanha de 2023 seja diferente da do ano passado, porque na abertura da campanha do ano passado foram introduzidos alguns impostos, principalmente o de Contribuição Predial Rústica  de produtor, mas essas taxas nunca reverteram em benefício dos produtores, dos operadores económicos nem na melhoria da produção, apenas o governo tem beneficiado desses impostos.

“Para onde foi canalizado o dinheiro desses impostos”, questionou, lembrando que na Contribuição Predial Rústica de exportação, 22 por cento reverteria para fundo de promoção para uma conta consignada, mas até ao momento não se sabe onde foi parar esse dinheiro. O governo tinha outra forma de alargar a sua base tributária para ganhar dinheiro, não superlotar o que já estava superlotado”, disse.

Sambú criticou a forma como o governo faz a sua previsão de receitas para o ano económico, acrescentando que as previsões de receitas a atingir deveriam basear-se no relatório do ano transato.

“Ainda não se conseguiu exportar toda a castanha e o governo nem sequer tem solução para tal e já fez a sua previsão adicional de receitas. Vamos ter problemas,  caso não sejam ultrapassados os problemas que estão a ser levantados”, alertou.

O intermediário espera que a estrutura do custo para a próxima campanha, 2023, seja muito clara, sem prejuízos nem penalizados.

Lassana frisou que, apesar do processo de conversações com o governo para solucionar o problema da castanha que ainda se encontra nos armazéns e a intenção de o governo em comprá-la, ainda há riscos de o preço baixar no mercado internacional.

“Vamos analisar a estrutura do custo, se vai ou não viabilizar a campanha de 2023, porque o governo precisa assumir a sua responsabilidade e concentrar toda a castanha em Bissau. Os compradores conhecem a nossa capacidade produtiva e o tempo em que a nossa castanha perde qualidade. Se a castanha começar a germinar nos armazéns, vai levantar muitas suspeitas sobre a qualidade do produto na próxima campanha e o seu preço no mercado internacional poderá cair”, referiu.  

EXPORTADORES: “GOVERNO NÃO DEVE ABRIR ACAMPANHA DE 2023 COM CASTANHAS AINDA BLOQUEADAS NOS ARMAZÉNS”

O presidente da Associação dos exportadores e importadores, Mamadu Iero Jamanca, alertou, que não é aconselhável abrir uma nova campanha com um  número significativo de castanhas do ano passado nos armazéns, principalmente quando não são criados sistemas de controlo para evitar riscos comerciais.

Interpelado pelos jornalistas à saída do encontro entre os intervenientes do setor privado e a delegação ministerial do Comércio da Gâmbia, disse que a campanha de cajú do anopassado ainda não fechou e nos armazéns continua uma quantidade estimada em 45 mil toneladas de castanha de cajú por exportar.

Jamanca garantiu que estão a ser tomadas medidas para solucionar o atraso na exportação da castanha de 2022 e abrir a nova, mas frisou que a não exportação da castanha poderá ser má para a economia guineense, poderá estar a favorecer riscos  e provocar  perdas económicas para o país e para os operadores económicos.

Apontou como uma das soluções, ter armazéns em condições que vão permitir a conservação adequada da castanha e garantir que não perca a qualidade.

“Parte das cerca de 45 toneladas pode ser dividida para a produção de viveiros novos em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa Agrária, INPA, permitindo a reestruturação de pomares”, esclareceu.

Relativamente ao encontro com as autoridades gambianas, Jamanca disse que sua organização está empenhada em explorar a parceria com a Gâmbia que tenciona explorar a castanha cajú guineense, devido à sua potencialidade e qualidade.

“Esta prospecção do governo Gambiano ao mercado guineense, particularmente no setor de cajú, vem sequência das orientações que os dois governantes receberam dos respetivos presidentes, sobretudo a sua transformação local. E nós, enquanto entidade que zela pelo setor, vamos explorar esta parceria, porque é possível ser processada e transformada a nossa castanha, mesmo que seja em pequena quantidade”, referiu.

Por: Assana Sambú/Epifânia Mendonça

Do amor ao ódio, o ser humano é capaz de tudo. Mas, afinal, porque odiamos tanto?

Por  cnnportugal.iol.pt   26/03/23

A espécie mais sociável da Terra é também aquela que é capaz de cometer as maiores atrocidades contra os seus semelhantes. E os mesmos humanos que acolhem refugiados de guerra são capazes de manter guerras antigas com o vizinho do lado, ou mesmo com familiares. A guerra na Ucrânia, por exemplo, veio mostrar que “ódio e amor são capazes de acontecer ao mesmo tempo”

Ricardo Barroso é psicólogo e trabalha com agressores. A experiência profissional levou-o, ao longo dos anos, ao contacto com homens e mulheres que agridem e matam os próprios companheiros. Que assaltam, sequestram, violam e roubam. Ricardo assegura que, por trás de cada sentimento negativo que leva alguém a agir assim, há uma história para contar.  

“Existe justificação para uma grande parte das manifestações de ódio que uma pessoa pode ter. As pessoas diferem muito umas das outras e o ditado ‘não faças aos outros o que não gostas que façam a ti’, por exemplo, não é visto da mesma maneira por todos. Há pessoas que até regulam a sua vida por esta frase e há pessoas para quem não faz sentido”, começa por explicar.

Os agressores conjugais, exemplifica Ricardo Barroso, têm “tipicamente trajetórias de vida complicadas e procuram pessoas mais frágeis, que não lhes ponham travão”.

“As pessoas vão-se deparando com um conjunto de obstáculos ao longo da vida, verdadeiras pancadas… que fazem com que, a determinado momento, vejam os outros como objetos”, acrescenta.

Ainda assim, há situações que Ricardo Barroso tem dificuldade em decifrar, como “casos em que uma mãe é conivente com o abuso sexual do seu filho no quarto ao lado". "São casos que ainda temos de perceber.”

O psicólogo sublinha que não se trata de uma justificação para o ódio e as suas manifestações, apenas de uma explicação. O especialista ressalva que todos somos responsáveis pelo nosso próprio comportamento e “o que não faltam são pessoas que tiveram histórias de vida complicadas e que têm o seu presente perfeitamente ajustado”. “A resiliência é isto: pessoas que, face às adversidades da vida, conseguem ultrapassá-las”, aponta.

Todos somos capazes de tudo

Não se iluda a si próprio, garantindo que nunca seria capaz de determinado ato. Todos somos capazes de amar desmesuradamente e de odiar como ninguém. Todos, a determinado momento e perante determinado contexto, somos capazes de materializar um sentimento negativo por alguém, por alguma instituição ou perante alguma situação.

“A mesma pessoa que poderá ter alguma aversão a alguma minoria em Portugal pode ter aberto as suas portas para acolher refugiados ucranianos. Não me espanta. A mesma pessoa pode ter várias identidades sociais e até várias identidades políticas. Ajusta-se e ajuda sobretudo na emergência… num terramoto, numa guerra... Mas, muitas vezes, os vizinhos vivem necessidades, ali ao lado, e não somos capazes de agir”, analisa o sociólogo Cristiano Gianolla, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC).

E há quem se aproveite dessa dualidade de sentimentos presente num único ser humano. O sociólogo lembra que “no contexto europeu, mas também noutros continentes, vemos uma ascensão de partidos que tentam crescer com base nessa polarização”. “A pandemia foi, se quisermos, um pretexto, como a guerra na Ucrânia agora também é, para jogar com essa polarização”, acrescenta.

A antropóloga Clara Saraiva dá outro exemplo que mostra como o ódio está presente em cada ser humano: “Os conflitos por causa das águas de rega, nos meios rurais, chegam a resultar em homicídios. Os humanos, muito facilmente escalam para a violência.”

O psicólogo Ricardo Barroso lembra que “o ódio pressupõe a indiferença e quando odiamos alguém, essa pessoa é-nos indiferente". "O desaparecimento dela é-nos indiferente e às vezes é até um alívio e motivo de satisfação e alegria.”

Tudo depende da narrativa

O sociólogo Cristiano Gianolla toma como exemplo a guerra na Ucrânia para nos mostrar como tudo pode mudar, consoante a perspetiva. “Temos ucranianos contra russos e temos minorias dentro da Ucrânia que a narrativa identifica como russos. Um grupo encara o outro como alguém que não merece viver. Que não tem a dignidade de ser humano. O amor e o ódio dependem muito do contexto ou da narrativa que está em volta do mesmo assunto”, resume o especialista.

“Não é uma questão racional. Uma pessoa que diz ‘eu não sou capaz de odiar ninguém’ não sabe como vai reagir se a narrativa mudar. Há ucranianos que não tinham ódio especial pelos russos, mas a guerra trouxe-lhes perdas de pais, de irmãos, de filhos, que os fizeram mudar o sentimento”, sublinha Cristiano Gianolla.

Jorge Silvério, psicólogo do desporto, lembra que o que gere o amor e o ódio “são sobretudo as emoções”. “A maneira como as pessoas veem a realidade deixa de ser racional” e por isso é que temos atletas que perdem a cabeça em campo, adeptos que agridem e ofendem rivais e até, nas camadas jovens, pais a ofenderem crianças da idade dos próprios filhos por razões clubísticas.

“Nos atletas, há um trabalho de controlo emocional muito maior. Temos de trabalhar esse ponto com eles, até porque se podem prejudicar a si próprios ou, no caso de um desporto coletivo, prejudicar a equipa”, explica Jorge Silvério.

A gestão do ódio passa, assim, por “trabalhar aquilo que controlamos”. É assim na vida e é assim no desporto. “Não conseguimos controlar as reações do árbitro, dos adversários, dos colegas, mas conseguimos controlar as nossas emoções. Respirar fundo, fazer respiração abdominal, contar até 10 antes de reagir”, diz Jorge Silvério.

Os efeitos do grupo

E se, na relação de um para um, o ódio já pode dar origem a episódios de violência extrema, o efeito grupo pode potenciar ainda mais a componente violenta dessa emoção negativa. “Sabemos o poder que a coesão grupal tem. Um grupo de 40 ou 50 pessoas que tem um sentimento negativo em relação a um indivíduo ou a outro grupo tem efeitos potencialmente mais agressivos, mais virulentos e até mais violentos. Quando o ódio se exponencia a um grupo tem consequências sociais e gerais muito mais violentas”, exemplifica a antropóloga Clara Saraiva.

E, num cenário macro, o ódio pode dar lugar a episódios ou marcas da História como o Apartheid, a invasão dos edifícios do poder no Brasil no início deste ano, ou a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, em janeiro de 2021.

E é também esse ódio grupal que está na origem de muitas guerras que a Humanidade atravessou e atravessa. “Esse ódio grupal grande que está presente também nas guerras é passado por um líder, que passa esse sentimento ao outro - a quem luta. E, muitas vezes, quem luta até nem conhece muito bem a verdadeira razão pela qual está a lutar, porque é movido por um ódio que não é seu. Numa guerra de trincheiras, como foi a II Guerra Mundial, há relatos de soldados alemães e aliados que se conhecem, se relacionam e deixam ser capaz de se matar mutuamente”, recorda Clara Saraiva.

Será o ódio genético ou cultural?

O ódio é, garantem os especialistas, um sentimento característico e inerente à espécie humana. “Nós humanos somos capazes de atos muito abjetos, que no reino animal acontecem por necessidade. O homem mata por ódio. Um tigre mata a gazela por que precisa de comer”, compara a antropóloga Clara Saraiva.

“Olhamos para as emoções como tendo uma parte biológica e inata, mas não podemos esquecer também que as emoções são construídas cultural e socialmente. As emoções não são apenas biológicas, são também culturais”, repete Clara Saraiva.

O psicólogo Jorge Silvério não podia estar mais de acordo e acrescenta que o ódio “pode claramente sofrer uma influência cultural, que tem a ver com os valores, com a forma como a pessoa foi educada, se vem de uma família estruturada ou não”. “Isso depois vai ter uma confluência com a componente genética, mas não há dúvida sobre a componente cultural do ódio”, admite Jorge Silvério.

Estamos a odiar mais agora?

Mas se o ódio sempre existiu, se é inerente à condição humana, porque temos a sensação de que nunca se odiou tanto como agora? Os media poderão ter uma quota parte da culpa. O psicólogo Jorge Silvério lembra que “as coisas têm uma amplitude diferente por causa da cobertura mediática e mais recentemente por causa das redes sociais”.

“Há uma maior perceção do ódio. Não acho que haja nada nos tempos atuais que justifique a crença de que odiamos mais. Não há mais episódios que justifiquem a convicção de maior prevalência de ódio. Mas há uma maior perceção do que é negativo. As redes sociais são um bom meio de manipulação nesse sentido. Usadas para alimentar discursos de ódio, respostas de ódio, fake news… Basta escolher meia dúzia de temas e são um combustível muito eficaz na manipulação das pessoas”, acrescenta Ricardo Barroso.

Também a antropóloga Clara Saraiva coloca na mediatização e sobretudo nas redes sociais a responsabilidade pela propagação do sentimento de que odiamos mais: “As redes sociais são um veículo que permite as pessoas conhecerem mais aquilo que os outros pensam. Mas não só: hoje em dia, temos a guerra em direto. Antigamente, as pessoas sabiam que a guerra existia, mas estava lá longe, mas hoje em dia ela entra-nos pela televisão e pela internet.”

“A Internet é um pau de dois bicos: serve para ajudar causas, resolver situações, mas também serve para muita coisa má. Não acho que a internet exacerbe mais os ódios. Mas é um veículo de divulgação importante”, acrescenta a antropóloga.

A utopia do fim do ódio

O sociólogo Cristiano Gianolla acredita que o combate ao ódio “é uma utopia pela qual vale a pena lutar e trabalhar”. E o psicólogo Ricardo Barroso lembra que esse combate é fundamental e dependente de cada indivíduo. Até porque o indivíduo que odeia é vítima do seu próprio sentimento.

“O ódio corrói-nos internamente e deixa-nos sem forças. Exige uma energia tal, física e cognitiva, uma centração em determinado objeto, que tem limites. O ódio passa a repulsa, como se houvesse vários níveis de ódio e a própria pessoa tem necessidade de não odiar tanto para ultrapassar e conseguir viver a sua vida”, explica Ricardo Barroso.

O combate ao ódio depende, afinal, de cada um de nós, como lembra o psicólogo: “A capacidade de reconhecer o erro e não voltar a repeti-lo é algo determinante no ser humano.”


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LITERATURA: DSP LANÇA LIVRO

Por Ditaduraeconsenso.blogspot.com, 26 de março de 2023

Eis o “KUMUS”, a primeira obra literária de Domingos Simões Pereira, com a chancela da Nimba Edições, prefácio de Mário Máximo, concepção gráfica de Edson Pereira e coordenação editorial de Luís Vicente.

(…) “KUMUS” é sentido pelo autor como um romance de aventura. E a verdade é a de que a vida da Guiné-Bissau nada mais tem sido do que aventura. O presente romance começa nos tempos idos dos anos cinquenta do século XX. Tempo em que os dois personagens principais nascem para a realidade de uma pátria cheia de tradições, dividida por etnias, separada por habitantes do campo e habitantes da cidade e subjugada a um poder colonial. Um poder que era europeu e de cor. Um poder de ascendência do homem branco sobre o homem negro. Mas o facto é que, mesmo sob um regime opressor, os homens e as mulheres e de entre eles, os mais jovens, têm sonhos, ansiedades e querem desbravar futuros. É precisamente esse desiderato que Homi e Kambanó perseguem. Cada um, trilha o seu caminho. Um caminho próprio influenciado por duas forças: a força das tradições da família e a vontade de encontrar, inovando, futuros de diferentes contornos. As mudanças radicais motivadas pela luta anticolonial, em primeiro lugar e, depois, em segundo lugar, motivadas pelas oportunidades franquiadas pela independência da Guiné-Bissau constituem fatores de mutação e aprendi- zagem constantes. Os jovens percebem que é possível chegar tão longe quanto chegam os outros povos ou, até, talvez mais longe".

“KUMUS” termina com dois discursos, perante uma assembleia de cidadãos. Discursos de homens que foram jovens e trilharam caminhos comuns, sentindo os mesmos sonhos. Jovens que, depois, pela força das coisas, isto é, pela força dos contextos e das incidências da vida, seguiram caminhos diversos, na procura de se realizarem pessoalmente e de desbravarem um destino. E tornaram-se homens.

KAMALA HARRIS: Vice-Presidente dos EUA salienta importância de África para o seu país

© Getty Images

POR LUSA   26/03/23 

A vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, iniciou hoje a sua primeira digressão africana no Gana, em que pretende salientar a importância daquele continente para os interesses externos norte-americanos.

"Estou muito entusiasmada com o futuro da África", disse Harris, numa declaração no aeroporto internacional de Kotoka (Acra), onde, ao lado do marido, Douglas Emhoff, foram recebidos pelo vice-Presidente de Gana, Mahamudu Bawumia, no início de uma digressão que passa ainda pela Tanzânia e pela Zâmbia.

Num breve discurso à chegada, a vice-Presidente norte-americana destacou o interesse do seu Governo em aumentar os investimentos dos EUA em África, dias depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, ter anunciado uma série de deslocações de altos diplomatas a vários países deste continente.

"Quando vejo o que está a suceder em África - onde a idade média é de 19 anos, com tudo o que isso nos diz sobre as oportunidades de crescimento e inovação - percebo um grande potencial tanto para as pessoas deste continente como para o resto do mundo", disse Harris.

A vice-Presidente norte-americana sublinhou o interesse dos EUA em trabalhar com os países africanos para enfrentar os efeitos da crise climática e melhorar a segurança alimentar do continente, o empoderamento de mulheres e jovens e a inclusão digital.

Harris permanecerá no Gana até quarta-feira, quando parte para Dar es Salaam, a cidade mais populosa da Tanzânia e sua capital económica.

A viagem de Harris a África segue-se à visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à Etiópia e ao Níger, no início deste mês, e à da primeira-dama dos EUA, Jill Biden, à Namíbia e ao Quénia, em fevereiro.

Em dezembro passado, durante a cimeira de líderes dos EUA e África, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um investimento mais de 15 mil milhões de euros para acordos comerciais bilaterais com vários países deste continente.


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