domingo, 26 de fevereiro de 2023

"Ao recuperarmos a Crimeia, restauraremos a paz", reafirma Zelensky

© Lusa

POR LUSA  26/02/23 

"Há nove anos, a agressão russa começou com a Crimeia. Ao recuperarmos a Crimeia, restauraremos a paz", escreveu Zelensky na rede social Telegram.

A mensagem de Zelensky refere-se ao Dia da Resistência à Ocupação Russa da Crimeia, que os ucranianos assinalam hoje.

Neste mesmo dia, em 2014, no seguimento de um apelo dos líderes dos tártaros da Crimeia, milhares de pessoas manifestaram-se para resistir à ocupação russa" da península no sul da Ucrânia, segundo a agência Urkinform.

"No dia seguinte, formações militares regulares da Federação Russa entraram nos edifícios governamentais da República Autónoma da Crimeia", disse a Ukrinform.

Posteriormente, as autoridades de ocupação organizaram um referendo, que decorreu sob ocupação militar, cujo resultado foi favorável à integração da Crimeia na Federação Russa.

O tratado nesse sentido foi assinado em 18 de março de 2014, em Moscovo, pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e por líderes pró-russos da Crimeia.

Na mesma altura, forcas separatistas de Donetsk e Lugansk, que formam a região do Donbass no leste da Ucrânia, iniciaram uma guerra contra Kyiv com apoio de Moscovo, que provocou 14 mil mortos até ao final de 2021, segundo a ONU.

A intervenção russa seguiu-se à revolução de fevereiro de 2014, a favor da integração europeia da Ucrânia, que depôs o presidente pró-russo Viktor Yanukovych.

Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu novamente a Ucrânia para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, e, desde então, declarou a anexação de mais quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia exige a retirada das tropas russas de todo o seu território, incluindo da Crimeia, como pré-condição para eventuais conversações com a Rússia sobre o fim da guerra.

Moscovo rejeita tais condições e afirma que Kyiv tem de se adaptar à nova situação, significando com isso a perda dos cinco territórios.

"Esta é a nossa terra. O nosso povo. A nossa história. Vamos devolver a bandeira ucraniana a todos os cantos da Ucrânia", proclamou hoje Zelensky na mensagem alusiva ao dia da resistência da Crimeia.

A efeméride também foi assinalada pela embaixadora dos Estados Unidos em Kyiv, Bridget Brink, numa mensagem vídeo na rede social Twitter, em que prometeu aos ucranianos o apoio de Washington na luta pela libertação da península.

"Em 26 de fevereiro de 2014, milhares de tártaros da Crimeia e outros ucranianos reuniram-se para declarar: 'Somos ucranianos. A Crimeia é a Ucrânia'", disse a diplomata.

"Enquanto continuarem a lutar pela vossa soberania e democracia, os Estados Unidos trabalharão convosco para criar um futuro que ofereça liberdade, dignidade e justiça para todos", acrescentou.

A atual guerra russa contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.


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Eleições na Nigéria prolongadas para domingo em dois estados do país

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POR LUSA   26/02/23 

A comissão eleitoral da Nigéria prolongou para este domingo o período de votação nas eleições presidenciais e legislativas em dois estados do país, devido à ocorrência no sábado de vários incidentes, noticia a agência EFE.

Em causa estão os estados de Cross River, no sudeste do país, e de Bayelsa, no sul.

"Decidimos prologar este domingo a votação em Cross River, nomeadamente na zona da administração local de Bakassi", justifica, em comunicado o comissário eleitoral para este estado (sudeste do país), Gabriel Yomere, citado pelo jornal nigeriano Premium Times.

Também o comissário local do estado de Bayelsa (sul do país), Wilfred Ifoga, deu conta da decisão de prolongar para este domingo o prazo de votação, devido aos protestos dos eleitores pelas dificuldades em exercer o direito de voto.

No sábado, dia marcado para as eleições, os responsáveis da comissão eleitoral manifestaram a sua oposição a qualquer tipo de adiamento nas votações, mesmo com a existência de problemas técnicos e com a ameaça de violência.

Segundo adianta o Premium Times, a comissão eleitoral chegou mesmo a ameaçar cancelar os resultados eleitorais em partes do estado de Kogi (centro do país), citando o comissário local, na sequência de vários incidentes violentos na região este e oeste, com o roubo de boletins de voto.

Também vários observadores do Centro para o Desenvolvimento e para a Inovação Jornalística da Nigéria e outros grupos da sociedade civil denunciaram "práticas constantes de má conduta por parte dos secretários da comissão eleitoral e das assembleias de voto", acusando-os de chegar tarde aos centros de votação.

Já a organização Human Rights Watch (HRW) alertou para a existência de um "clima de insegurança generalizada", que afetou o ato eleitoral.

"Isso criou um clima de medo que pode desencorajar as pessoas de votar. Continua a existir preocupação com a violência que se verifica em todo o país. Violência que as forças de segurança não foram capazes de travar", afirmou a ativista da HRW Anietie Ewang.

O grupo de monitorização Yiaga África também disse estar "profundamente preocupado" com os atrasos verificados no ato eleitoral e a empresa de análise SBM Intelligence registou no sábado "atos de intimidação e violência" em pelo menos 13 estados.

Perto de 94 milhões de eleitores nigerianos foram chamados no sábado às urnas para escolher o sucessor de Muhammadu Buhari, de 80 anos, que está no poder desde 2015 e se encontra impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.

Concorrem ao cargo de chefe de Estado 18 candidatos e, pelo menos, 4.223 pessoas aos 469 lugares na Assembleia Nacional, 109 senadores e 360 deputados à Câmara dos Representantes.

Pela primeira vez desde 1999, as eleições presidenciais podem vir a ser decididas em duas voltas, devido à popularidade crescente de um candidato alternativo aos dois partidos que historicamente disputam o cargo.

Bola Ahmed Tinubu, do Congresso de Todos os Progressivos (APC, na sigla em inglês, no poder), e Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP, maior partido da oposição), são os mais fortes candidatos de um sistema que se tem mantido estável desde o fim da ditadura militar em 1999, mas que, desta vez, é desafiado por um "forasteiro", Peter Obi, do Partido Trabalhista (LP), líder nas principais sondagens pré-eleitorais.

Os resultados eleitorais vão ser anunciados pelo INEC na próxima semana.

A Nigéria é o país mais populoso de África, com 222.182 milhões de pessoas, e quase 94 milhões de eleitores registados, dos quais quase 40% têm menos de 35 anos.

Apesar de ser a maior economia de África e um dos seus principais produtores de petróleo, a Nigéria encontra-se em crise económica


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NATO entrará na guerra? "Cenário absolutamente impossível; não existe"

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 POR LUSA     26/02/23 

A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, assegurou hoje que nenhuma tropa dos países da NATO, incluindo Espanha, participará na guerra na Ucrânia.

Em resposta aos avisos do parceiro governamental Podemos, segundo os quais a escalada da guerra poderia levar ao envio de tropas espanholas para a Ucrânia, Robles foi contundente.

"Trata-se de um cenário absolutamente impossível; não existe. Os soldados espanhóis só interviriam se houvesse agressão contra um país da NATO", afirmou em entrevista ao jornal La Vanguardia, citada pela agência espanhola EFE.

"Nunca, nunca nenhuma tropa de um país da NATO, e a Espanha é um deles, vai participar na guerra na Ucrânia. Nunca, nunca. Quero dizê-lo muito claramente, muito claramente", insistiu.

Robles invocou o artigo 5.º do tratado da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte, com 30 membros, incluindo Portugal) para frisar que "um país membro só intervém se outro país membro for atacado e pedir ajuda".

"Antes de falar, é preciso conhecer o tratado da NATO", disse.

Quanto aos tanques Leopard que a Espanha tem sem funcionar, Robles disse que "durante os anos do governo do Partido Popular, muito pouco foi investido na defesa" e referiu que os tanques em causa estão a ser reparados.

Disse esperar que essa reparação termine em breve para que possam ser integrados num batalhão com tanques doados por outros países.

Enquanto isso, decorre a formação dos militares ucranianos que vão operar os tanques, bem como dos responsáveis pela manutenção do equipamento de fabrico alemão.

"Gostaria de salientar que os Leopard têm apenas um objetivo: defesa, nunca agressão contra a Rússia", afirmou.

A ministra espanhola lamentou que se espere "uma primavera muito sangrenta" na Ucrânia, com a possibilidade de novas ofensivas dos dois lados, e enunciou que não se trata apenas de uma guerra entre exércitos, mas sim contra os civis ucranianos.

"Eles estão a ser massacrados", afirmou.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

Até ao final da semana passada, a ONU tinha confirmado a morte de 8.006 civis e a existência de 13.287 feridos.

Robles mostrou-se cética quando a possíveis negociações de paz, por considerar que o líder russo, Vladimir Putin, "deixou muito claro, sem qualquer dúvida, que quer continuar esta guerra".

Disse ainda não dispor de dados que permitam antever se o conflito resultará numa guerra nuclear, mas disse acreditar que não se chegará a um ponto "terrivelmente dramático para a Humanidade".

Putin ordenou a invasão em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A "operação militar especial", como lhe chama Moscovo, desencadeou uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia assinalaram o primeiro aniversário da guerra, na sexta-feira, com o anúncio de mais apoio militar a Kiev e de novas sanções contra Moscovo.


A guerra é sempre um negócio. Ações de empresas de armamento disparam mais de 100%

Guerra na Ucrânia (AP)

ECO - Parceiro CNN Portugal 26/02/23

As ações das empresas de armamento militar europeu dispararam desde o início da guerra da Ucrânia, mas a contar pelo aumento das suas carteiras de encomendas há ainda espaço para muito mais

Os carros de combate Leopard 2, desenvolvidos pelo grupo alemão Rheinmetall e utilizados pelo exército ucraniano, contribuíram fortemente para a valorização de 158% das ações da empresa alemã desde o início da guerra. EPA/JAKUB KACZMARCZYK POLAND OUT

Ser o maior fornecedor militar do país que mais gasta em armamento (EUA) é um título importante, mas para os acionistas da Lockheed Martin isso não basta. Com uma capitalização bolsista de mais de 120 mil milhões de euros, as ações desta empresa norte-americana contabilizam uma valorização de 26% desde o início da guerra na Ucrânia.

Na frente de batalha, a defender as posições do exército ucraniano, contam-se centenas de mísseis anti-tanque Javelin, que se tornaram num símbolo da resistência ucraniana, e de vários Sistemas de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars) enviados pelos EUA. Tudo propriedade da Lockheed Martin.

O gigante de armamento norte-americano é apenas uma das empresas que tem visto o seu negócio crescer à velocidade com que a guerra evolui na Europa, e muito por conta do pacote de ajuda de 100 mil milhões de dólares dos EUA e dos mais de 40 mil milhões de dólares dos países da NATO para armar o exército ucraniano contra as forças militares da Federação Russa.

Entre as empresas europeias, a estrela do batalhão tem sido o grupo alemão Rheinmetall, que produz os carros de combate Marder e o famoso tanque Leopard 2 – um pedido recorrente da parte de Volodymyr Zelensky aos seus aliados. De acordo com os dados oficiais, os países da NATO já enviaram 12 destes tanques para a Ucrânia – Portugal vai enviar três.

Fonte: Reuters. Evolução das ações na sua moeda local. Ações europeias medidas pelo desempenho do índice Euro Stoxx 50 e as ações mundiais medidas pelo índice MSCI World.

As ações da empresa liderada por Armin Papperger valorizaram 158% no espaço de um ano, que compara com uma subida de 5,8% do principal índice acionista alemão (DAX) ou com a valorização de 10,8% (incluindo dividendos) das ações das 50 maiores empresas da Zona Euro presentes no índice Euro Stoxx 50.

Recentemente, numa entrevista à revista Stern, Armin Papperger, CEO do Rheinmetall, antecipava que o negócio da empresa está somente a começar, perspetivando dois anos igualmente intensos a 2022, com as vendas a escalarem até aos 12 mil milhões de euros até 2025, cerca de mil milhões acima da meta anteriormente estabelecida.

Nessa entrevista, o líder da empresa alemã afirmou que a carteira de encomendas da Rheinmetall era de 30 mil milhões de euros em dezembro de 2022, um valor recorde que compara com os 24,5 milhões de euros no final de 2021, e 33% abaixo dos 40 mil milhões de euros com que espera terminar este ano.

A guerra da Ucrânia vista pelo sobe e desce da Bolsa

A guerra é o palco preferido das empresas de defesa e produção de armamento militar. É durante os períodos de conflito militar que estas empresas veem crescer o seu negócio. A última guerra no Afeganistão, que durou quase 20 anos (entre outubro de 2001 e agosto de 2022), é disso exemplo.

Segundo cálculos do think thank “Cost of War”, da Universidade de Brown, este conflito teve um custo de mais de 2 biliões de euros para o Tesouro dos EUA que se repercutiu em milhares de milhões de receitas para os cofres dos maiores fabricantes de armamento do mundo, onde se incluem as empresas pertencentes ao Complexo Industrial Militar Americano (CIMA): Lockheed Martin, Raytheon, General Dynamics, Boeing e Northrop Grumman.

Durante a guerra do Afeganistão, as ações das empresas que constituem o CIMA valorizaram, em média, 927%, cerca de 1,8 vezes mais que os títulos das 500 empresas que constituem o principal índice acionistas norte-americano (S&P 500).

A guerra na Ucrânia não foge à regra. Tem também sido o palco da amplificação do negócio de muitas empresas de defesa e produção de armamento militar. As ações das empresas do CIMA, por exemplo, contabilizam uma valorização média de 15% no último ano, face a uma desvalorização de 4% do S&P 500 no mesmo período.

As contas das principais empresas de defesa e armamento militar europeias apresentam uma carteira de encomendas para os próximos anos em números recordes".

Destaque para as ações da Lockheed Martin que acumulam uma subida de 25,6% desde 24 de fevereiro de 2022, mas que poderão ainda disparar mais caso os países da NATO cheguem a acordo para enviar para a Ucrânia alguns caças F-16, como tem sido pedido por Volodymyr Zelensky – aviões que são produzidos pela empresa norte-americana.

No entanto, na guerra da Ucrânia, têm sido as empresas militares europeias as mais beneficiadas, contabilizando para si a maior fatia dos pacotes de apoio à Ucrânia. Além da alemã Rheinmetall, destaque para as ações da sueca Saab que subiram 173% desde o eclodir da guerra, seguindo à boleia do sucesso do seu sistema de mísseis anti-tanque NLAW; e para os títulos da empresa italiana Leonardo, responsável pela produção do sistema de defesa para os tanques M1A1, que escalaram 66% no último ano.

Um negócio com presente e futuro

O bom momento para as empresas europeias de defesa e armamento militar não é apenas contabilizado no presente. A BAE Systems, a maior construtora de armamento do Reino Unido, apresentou na quinta-feira lucros de 2,7 mil milhões de euros e um recorde de encomendas no final de 2022 de 67 mil milhões de euros, como resultado de uma crescente procura por armamento por parte de vários países.

“Embora seja trágico que tenha sido necessária uma guerra na Europa para aumentar a consciência da importância da defesa em todo o mundo, a BAE Systems está bem posicionada para ajudar os governos a manter os seus cidadãos a salvo e seguros num ambiente de ameaça elevada“, referiu Charles Woodburn, CEO da empresa no decorrer da apresentação de resultados, sublinhando ainda que para 2023 antecipa um aumento das vendas entre 3% a 5%.

No último ano, as ações da BAE Systems, cotadas na bolsa de Londres, subiram 52% (já contabilizando os dividendos distribuídos) face a uma valorização de 9,8% dos títulos das 100 empresas que constituem o principal índice acionistas britânico (Footsie).

Uma carteira constituída há um ano de forma equitativa pelas quatro principais empresas de armamento militar europeu que mais têm ganho com a guerra na Ucrânia (Rheinmetall, Saab, Leonardo e BAE Systems) apresenta hoje uma valorização média de 111%.

O sinal dado por Charles Woodburn não é restrito às contas da BAE Systems. As contas das principais empresas de defesa e armamento militar europeias apresentam uma carteira de encomendas para os próximos anos em números recordes. A italiana Leonardo, por exemplo, que apresentará contas a 9 de março, já revelava em setembro uma carteira de encomendas de 37,4 mil milhões de euros, o equivalente a 2,5 anos de produção.

O mesmo sucede com a Saab, que além de registar um incremento de 16% das vendas em 2022, teve um crescimento de 21% da sua carteira de encomendas para mais de 12 mil milhões de euros e antecipa um aumento orgânico de 15% das vendas este ano. “Temos uma sólida carteira de encomendas e uma forte posição para captar mais crescimento”, referiu Micael Johansson, presidente e CEO da Saab.

Derrota? "Não podemos ignorar capacidades nucleares" da NATO, diz Putin

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Notícias ao Minuto  26/02/23 

Segundo o chefe de estado russo, o objetivo da NATO é "dissolver a antiga União Soviética e a sua parte fundamental - a Federação Russa".

O presidente russo Vladimir Putin disse, este domingo, que a Rússia não tem escolha senão ter em conta as capacidades nucleares da NATO, uma vez que a Aliança está à procura da derrota da Rússia.

"Nas condições de hoje, quando todos os principais países da NATO declararam que o seu principal objetivo é infligir-nos uma derrota estratégica, para que nosso povo sofra, como eles dizem, como podemos ignorar as suas capacidades nucleares nessas condições?", referiu Putin, em declarações à televisão estatal Rossiya 1, citado pela TASS.

Segundo o chefe de estado russo, o objetivo da NATO é "dissolver a antiga União Soviética e a sua parte fundamental - a Federação Russa".

O Ocidente, na ótica de Putin, foi cúmplice indireto dos "crimes" cometidos pela Ucrânia.

A Rússia já se tornou na nação mais sancionada do mundo no ano passado, alvo de sanções de mais de 30 países que representam mais da metade da economia mundial. Mas o aperto na sua economia, comércio e empresas ainda não desferiu um golpe decisivo.



sábado, 25 de fevereiro de 2023

Voo da TAP de Bissau para Lisboa desviado devido a colisão com ave

Por sicnoticias.pt  25.02.2023 

A segurança esteve garantida e não foi declarada emergência.

Um voo da TAP que partiu este sábado de Bissau com destino a Lisboa foi desviado para Dacar devido à colisão de uma ave com um dos motores, disse fonte oficial da companhia, garantindo que a segurança está garantida.

"A TAP confirma que o voo TP1478, que partiu hoje [sábado] de Bissau com destino a Lisboa, está a divergir para Dacar devido à colisão de uma ave com um dos motores à descolagem", disse, em resposta à Lusa, fonte oficial da TAP.

De acordo com a mesma fonte, "não foi declarada emergência, os parâmetros de voo estão estáveis e a segurança de voo está garantida", que não acrescentou mais informações.

Presidente da liga guineense dos Direitos humanos Augusto Mário da Silva, afirma este sábado "25.02.2023", em Gabú, que os guineenses não estão habituados do conceito de extremismo e radicalismo violento.

Más, não se deve ignorar, tendo em conta a configuração geográfica em que se encontra o país, e os contextos da sub-região. Por isso é preciso preparação para puder prevenir as eventuais situações.

Este responsável da liga guineense dos Direitos humanos, falava no abertura da 1ª formação das organizações da sociedade civil de Gabú e Bafafá, sobre o radicalismo e extremismo violento que decorre durante três dias.

Radio TV Bantaba

Governo procura certificação internacional para aeroporto de Bissau.

O Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira em Bissau funciona sem certificação das instâncias da aviação civil internacional, afirmou hoje o Ministro dos Transportes, após uma visita integrada por Sandji Fati, Ministro do Interior. Aristides Ocante da Silva garante que o governo está a trabalhar conseguir a certificação.

Radio Voz Do Povo


UE aplica sanções a grupo Wagner por violar direitos humanos em África

© Reuters

POR LUSA  25/02/23 

A União Europeia impôs novas sanções ao grupo privado militar Wagner, que mantém fortes relações com Moscovo, por violações dos direitos humanos em África.

Oito indivíduos e sete entidades ligadas ao grupo paramilitar foram adicionados à lista de congelamentos de bens e proibição de viagens no espaço europeu.

O Grupo Wagner - que luta ativamente com o exército russo na Ucrânia - já tinha sido sancionado pela União Europeia em 2021.

O Departamento de Estado norte-americano denunciou em janeiro que o Grupo Wagner está a obter "lucros ilícitos" em África que poderão ser utilizados para financiar a guerra na Ucrânia.

Na mesma altura, a publicação norte-americana Politico informou que os Estados Unidos acreditam que o Grupo Wagner estava a expandir seus projetos de mineração na África para arrecadar milhões para reforçar suas operações militares na Ucrânia, ampliando significativamente o seu trabalho na República Centro-Africana (RCA).

Em contrapartida, o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, sustentou recentemente que o Grupo Wagner foi para África "a pedido dos governos africanos para ajudar a normalizar a situação na região face à ameaça terrorista".

O chefe da diplomacia russa citou a este respeito também a República Centro-Africana (RCA), país considerado o laboratório Wagner no continente africano, antes de intervir noutros países, como o Mali e o Burkina Faso.

Este grupo paramilitar fundado em 2014 consolidou-se como um dos principais protagonistas do conflito na Ucrânia e os seus mercenários também foram avistados na Síria e na Líbia.

Os EUA, que há vários anos tentam contrariar a influência russa em África, acusam o grupo Wagner de "cometer violações dos direitos humanos e extorquir os recursos naturais" dos países africanos onde está presente.

Na Ucrânia, estima-se que o Grupo Wagner, que assumiu protagonismo nos últimos meses na intensificação do conflito no leste do país, tenha um contingente de milhares de combatentes, entre mercenários contratados e ex-prisioneiros russos.


Etnias que viveram na Guiné Portuguesa

Fonte: Gervasio Silva Lopes

G20 concorda com urgência no alívio da dívida em países vulneráveis

© Reuters

POR LUSA  25/02/23 

Os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 destacaram, este sábado, a urgência no alívio da dívida dos países de baixo e médio rendimento, no final da reunião de alto nível da presidência indiana do grupo.

"É necessário fortalecer a coordenação multilateral por parte dos credores oficiais bilaterais e privados para lidar com a deterioração da situação da dívida", disseram os responsáveis das finanças do G20 na cidade de Bangalore, no sul da Índia.

Países como a Zâmbia ou o Sri Lanka estão profundamente endividados, sem capacidade suficiente para manter o funcionamento dos seus governos, e à espera de uma ajuda financeira que está demorada devido aos problemas destas nações para cumprir as exigências dos organismos multilaterais.

Os ministros do G20 concordaram em pedir "uma conclusão rápida" do trabalho em andamento sobre o tratamento da dívida da Zâmbia e da Etiópia, bem como uma resolução da situação da dívida do Sri Lanka.

Na agenda de países como os Estados Unidos estava a prioridade de pressionar os credores bilaterais oficiais, incluindo a China, para procurar soluções significativas para a dívida de países emergentes em dificuldades.

A ministra das Finanças indiana, Nirmala Sitharaman, saudou como um sucesso que os países do G20 tenham alcançado uma linguagem comum sobre a dívida global, uma das discussões mais difíceis da reunião, que não conseguiu encontrar consenso sobre o texto final quanto à da guerra na Ucrânia.

Os membros do G20 e organizações como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm trabalhado em mecanismos de reforma que lhes permitam prestar a assistência necessária, sendo esta uma das prioridades dos ministros das Finanças do grupo das economias mais avançadas do mundo.

O tempo não está do lado de países como o Sri Lanka, que declarou moratória da dívida há quase um ano e se depara com dificuldades para enfrentar as suas despesas básicas, apesar de uma série de cortes e racionamento de recursos aos cidadãos.

"Por exemplo, o Sri Lanka está à espera de uma resolução, mas, devido aos atrasos, está a sentir ainda mais pressão", disse Sitharaman, que apontou que deve haver "mais eficiência e coordenação entre todos os países devedores e credores", concluiu.


Leia Também: Rússia acusa Ocidente de desestabilizar G20 por causa da Ucrânia


A Rede Oest Áfricana Para Edificação da Paz na Guiné-Bissau"WANEP-GB" assina acordo com o Centro Nacional de Coordenação do Mecanismo à Alerta Precoce.

Ato teve lugar esta Sexta-Feira(24-02), em Bissau.

Radio TV Bantaba

Comissão Europeia saúda pacote de sanções da UE "mais extenso de sempre"

© Lusa

POR LUSA  25/02/23 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje a aprovação, na sexta-feira, do décimo pacote de sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia por ter invadido a Ucrânia há um ano.

"Congratulo-me com a adoção formal do 10.º pacote de sanções contra a Rússia, o mais extenso de sempre", escreveu Von der Leyen na rede social Twitter, citada pela agência espanhola Europa Press.

A presidente da Comissão Europeia disse que as novas sanções se destinam a fazer esgotar o arsenal de guerra da Rússia e a atingir a economia do país.

"Estamos também a aumentar a pressão sobre aqueles que tentam contornar as nossas sanções", disse.

O novo pacote da UE inclui restrições às exportações de elementos tecnológicos europeus importantes para o funcionamento do exército russo e também visa o Irão pelo seu apoio à Rússia no contexto da guerra.

As novas sanções foram aprovadas duas horas antes de terminar o primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia, que mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O pacote inclui um veto à importação de vários produtos industriais russos, como borracha sintética, que esteve no centro das discussões dos últimos dias, face a divisões na UE sobre a quota permitida ou o período de transição para a aplicação da proibição de importação.

Ao abrigo do décimo pacote, a UE acrescentou cerca de 100 indivíduos e entidades à sua "lista negra", incluindo comandantes militares e políticos, bem como propagandistas e responsáveis pela difusão da desinformação sobre a invasão russa da Ucrânia.

No total, após um ano da invasão da Rússia, a UE já impõe sanções a mais de 1.300 indivíduos e mais de 170 entidades, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, e comandantes militares, oficiais e oligarcas que cooperam com o regime para facilitar a agressão contra a Ucrânia.

Putin ordenou a invasão em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

Além de novas sanções contra a Rússia, os aliados ocidentais da Ucrânia assinalaram o primeiro aniversário da guerra com o anúncio de mais apoio militar a Kiev.


A ONG IDC_ Instrutor do Desenvolvimento Comunitário realizou hoje a cerimónia de fecho e abertura de cofre para partilha das poupanças e lucros após 12 meses de atividades. Elizabete PUNGURA, responsável pelo Programa de Formação da ONG-IDC anuncia a partilha de poucos mais 4 milhões e 300 mil FCFA para 26 mulheres de atividade económica.

Radio Voz Do Povo

Divergências sobre a guerra dificultam aprovação de comunicado do G20

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POR LUSA  25/02/23 

A guerra na Ucrânia está a impedir os ministros das Finanças do G20 de aprovarem uma declaração conjunta na reunião que termina hoje na Índia, disse a ministra espanhola Nadia Calviño.

"As conversações para um acordo comum do G20 estão a tornar-se mais difíceis do que em reuniões anteriores, porque à medida que a guerra continua, algumas destas posições estão talvez a ser menos construtivas nestas questões", disse Calviño em Bangalore, Índia, citada pela agência espanhola Europa Press.

A vice-presidente do Governo e ministra dos Assuntos Económicos não identificou que país ou países estão a impedir a aprovação do comunicado conjunto, mas fontes concordantes disseram à agência francesa AFP que se trata da China.

Uma das fontes, que falou à AFP na condição de não ser identificada, disse que "a China não quer condenar a guerra" da Rússia contra a Ucrânia.

Outras fontes disseram que a China quer atenuar a linguagem sobre a Ucrânia.

Os ministros das finanças e os governadores dos bancos centrais das maiores economias do mundo realizam hoje a sua última reunião antes de apresentarem o acordo adotado em Bangalore, no sul da Índia.

O G20 é presidido atualmente pela Índia, que sucedeu à Indonésia na liderança rotativa do grupo.

Em novembro, durante uma cimeira do G20 na ilha indonésia de Bali, a declaração final referia que "a maior parte dos [países] membros condenou com firmeza a guerra" contra a Ucrânia.

O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, disse na sexta-feira que qualquer formulação mais moderada na Índia seria "inaceitável para a Alemanha".

Lindner foi apoiado nesta posição pelo seu homólogo francês, Bruno Le Maire.

"Vamos opor-nos a qualquer recuo no comunicado conjunto, em comparação com a declaração feita em Bali sobre a guerra na Ucrânia", disse Le Maire, citado pela AFP.

A China nunca apoiou ou criticou publicamente a ofensiva russa, mas expressou repetidamente o seu apoio a Moscovo face às sanções ocidentais.

A Índia, que preside atualmente ao G20 e tem laços de longa data com a Rússia, não condenou a intervenção militar de Moscovo.

Sobre a reunião, Calviño disse à Europa Press que existe um amplo consenso de que a gestão e o alívio da dívida pode ser um instrumento importante para prestar apoio financeiro aos países mais vulneráveis.

A ministra espanhola manifestou a sua esperança de que a guerra na Ucrânia "termine o mais depressa possível para que a economia mundial possa regressar ao caminho de uma forte recuperação ou de um forte crescimento" em que estava após a pandemia de covid-19.

A guerra contra a Ucrânia é "o principal elemento de incerteza e preocupação a nível mundial, com uma longa duração e um amplo impacto em todo o mundo", afirmou.

O G20 inclui também países como Rússia, Estados Unidos, Japão, África do Sul, Brasil, Turquia, Itália, Reino Unido ou Austrália.


Leia Também: Berlim e Paris pressionam G20 para falar claramente em "guerra"

A União Europeia pesa sanções contra a indústria de diamantes russa

 A União Europeia assinala o primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia com mais sanções contra Moscovo. As sanções anteriores tiveram como alvo matérias-primas como petróleo, gás, carvão, aço, cigarros, vodka e ouro.

Mas agora, uma importante fonte de divisas e particular exportação seja o novo alvo: os diamantes. A VOA foi à capital mundial do comércio de diamantes, Antuérpia, na Bélgica, para saber por quê.

VOA Português

Organização para a promoção da cultura tradicional papel (OTEPI) esta em Conferencia de Imprensa.

Radio Voz Do Povo 

China? "Aposta num agressor" e "oferece plano irrealista", diz Podolyak

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Notícias ao Minuto   25/02/23 

"China, a 'janela de oportunidade' não é infinita", escreveu o conselheiro presidencial da Ucrânia, na rede social Twitter.

O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, afirmou, este domingo, que a proposta de paz da China para acabar com a guerra é "irrealista".

"Se afirmas [China] ser um país com um importante papel global, não ofereces um plano irrealista", começou por escrever na rede social Twitter.

Na perspetiva de Podolyak, a China não deve "apostar num agressor que quebrou a lei [internacional] e que perderá a guerra", apontando que "quem tem um plano há décadas não joga 'jogos de três dias'".

"China, a 'janela de oportunidade' não é infinita", rematou.

Em causa está, recorde-se, um documento de 12 pontos apresentado por Pequim, com vista a solucionar o conflito no leste europeu.

A proposta surgiu um dia depois de a China ter optado pela abstenção numa resolução da ONU a apelar ao fim do conflito. A medida, aprovada com 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções, incluí a exigência da saída do exército russo de território ucraniano.


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A bênção em Kyiv antes de desafiar a morte no Donbass

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POR LUSA   25/02/23 

É no silêncio de um mosteiro em Kiev, à luz ténue de velas, que procuram conforto militares ucranianos antes de regressarem aos 'trovões' e clarões da artilharia no inferno da guerra contra os invasores russos na região do Donbass.

"Morreram muitos compatriotas desde que isto começou", disse Dmitry à Lusa no Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas, em Kyiv, a poucos metros da Catedral de Santa Sofia, pouco depois de, em silêncio, pousar quatro velas num castiçal de cinco velas.

Deixou a última vela na mão esquerda enquanto conversa com a Lusa, que vai apertando com alguma força enquanto fala: "Eu era advogado, mas em 2014 [com a ocupação da Crimeia] deixei de o ser."

Hoje, acrescenta sorridente, mas com um tom de voz muito baixo e pausado, que é o capitão do 101.º pelotão que está a tentar repelir a invasão russa no Donetsk. Ao seu lado tem o filho, de 25 anos, que "também está a lutar, contra a vontade do pai".

"Tenho medo do que possa acontecer ao meu filho, mas ele é adulto e tenho de respeitar que queira lutar pelo país. À minha filha nem lhe dei hipótese e disse-lhe logo para sair do país, quero que pelo menos uma pessoa desta família sobreviva", comentou, sempre sorridente, mas com o olhar vazio.

Dmitry faz parte de um grupo de 50 militares ucranianos que no dia 24 de fevereiro de 2023, exatamente um ano desde o início da invasão da Federação Russa à Ucrânia, receberam uma condecoração pelos serviços prestados, particularmente pelo salvamento da vida de compatriotas que estão ao seu lado a combater. Até ao início desta semana, estava a reforçar posições no Donbass - em localidades como Bakhmut, Kramatorsk e Chasiv Yar.

São na sua maioria oficiais, como Dmitry, e médicos. Valeria faz parte deste último lote. Tem 33 anos, cabelo ruivo e um piercing no lábio inferior. Diz que ainda não pode ser considerada uma médica por ainda não ter recebido o diploma, mas em período de guerra dispensam-se papéis e formalidades.

Chamou lar a vida toda a Mykolaiv e quando a Rússia invadiu, há um ano, não hesitou e integrou o esforço para ripostar. Mas a guerra e afastou-a das pessoas que mais ama.

"O meu filho tem 9 anos e quando isto começou foi viver com a avó para longe de Mykolaiv. O meu marido é militar e estava comigo, mas foi capturado pelos russos", explica, enquanto, emocionada, agarra com força três das quatro velas que traz na mão direita. Falar do marido, visivelmente transtornada, fê-la pedir para deixar de o fazer de todo.

"A guerra faz com que as pessoas encontrem na religião um alívio, ou então pode fazer precisamente o contrário", explica à Lusa Yurgen, um jovem capelão que é também militar. Só recentemente é que o Ministério da Defesa da Ucrânia "decidiu admitir capelães como militares" e desde então Yurgen tenta ajudar os militares com a sua espiritualidade.

Mas para outros o conforto é encontrado dentro do próprio pelotão e carece de necessidade de intervenção divina.

À saída do mosteiro está um grupo de quatro militares, todos com a mesma boina cinzenta, novos e animados, em contraste com a solenidade dos restantes militares presentes na cerimónia. À Lusa contaram que estiveram presentes, mas não são oficiais ou pessoal médico, fazem parte de um "pelotão especializado em fazer coisas um pouco mais arriscadas", conta Ivan, comandante desta unidade, conhecido como "Grizzly".

Ivan tem uma barba escura e farta, o cabelo praticamente rapado e é bem-disposto. É o seu aniversário, faz 26 anos, e depois do susto que apanhou há um ano consegue "colocar as coisas em perspetiva".

"No ano passado, no dia em que a guerra começou eu já estava no Donetsk, mas fui baleado e quase morri nesse dia. Já escapei à morte!", conta à Lusa, sorridente.

"Grizzly" é o mais novo do seu pelotão, mas aqui não há lugar para disputas geracionais. O comandante desta unidade é o mais alto e entroncado, assim como o que "mete mais respeito", diz um dos colegas daquele pelotão, a rir-se.

A boa disposição do grupo de quatro militares nem sequer foi resfriada por um pedaço do mosteiro que ruiu no final da cerimónia. "Quase me acertava aquele pedaço", refere um dos colegas de Ivan.

Sem revelar muito daquilo que o pelotão faz, Ivan explicou que é meio checheno, por isso "hoje o trabalho consiste mais em estar com chechenos".

Depois de uma curta cerimónia, os mais de 50 militares seguiram, cada um, para locais opostos. A maioria não se conhecia, apesar de estarem espalhados ao longo da linha da frente que agora aponta baterias a Bakhmut, e é preciso aproveitar enquanto é ainda é dia.

Amanhã o dia vai nascer e estes militares já estão a caminho do Donbass.


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Os novos órgãos Sócias do Clube da UDIB entra em funções.

Esta Sexta-Feira (24-02), novos órgãos sociais do Clube da Avenida entram em funções, na presença do Ministro do Desporto, Presidente da FFGB, Liga dos Clubes, jogadores e de mais convidados.

Fideles Forbes é o Presidente que vai liderar clube para quatro anos. 

No seu discurso promete colocar a equipa no top das equipas Áfricanos.

Radio TV Bantaba

Nigéria vota hoje para escolher sucessor do Presidente Buhari

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POR LUSA  25/02/23 

Quase 94 milhões de eleitores são hoje chamados às urnas na Nigéria para escolher o sucessor do Presidente Muhammadu Buhari, numa disputa renhida que pode forçar uma segunda volta, bem como os eleitos à Assembleia Nacional.

A maior e mais populosa economia de África elege o sucessor do Presidente, Muhammadu Buhari, 80 anos, impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato, entre 18 candidatos ao mais alto cargo da magistratura nigeriana, e, pelo menos, 4.223 candidatos concorrem aos 469 lugares na Assembleia Nacional - 109 senadores e 360 deputados à Câmara dos Representantes.

Pela primeira vez desde 1999, as eleições presidenciais podem vir a ser decididas em duas voltas, devido à popularidade crescente de um candidato alternativo aos dois partidos que historicamente disputam o cargo.

Bola Ahmed Tinubu, do Congresso de Todos os Progressivos (APC, na sigla em inglês, no poder), e Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP, maior partido da oposição) são os mais fortes candidatos de um sistema que se tem mantido estável desde o fim da ditadura militar em 1999, mas que, desta vez, é desafiado por um "forasteiro", Peter Obi, do Partido Trabalhista (LP), líder nas principais sondagens pré-eleitorais.

A Nigéria é o país mais populoso de África, com 222.182 milhões de pessoas, e quase 94 milhões de eleitores registados, dos quais quase 40% têm menos de 35 anos. O país tem uma das maiores populações jovens do mundo, com cerca de 64 milhões de pessoas com entre 18 e 35 anos e uma idade média de 18 anos.

A insegurança, principal bandeira nas duas campanhas presidenciais de Muhammadu Buhari, manteve-se, de resto como um dos principais temas na corrida presidencial de 2023, o maior fracasso do chefe de Estado cessante, a par da economia.

É tão presente que a antecipação de ataques de Boko Haram e extremistas islâmicos do Estado Islâmico (nordeste), de gangues criminosos (no noroeste e centro do país), e de separatistas armados (no sudeste) "pode perturbar a votação em muitos lugares", de acordo com o Internacional Crisis Group, e impediu que 240 das 176.606 mesas de voto espalhadas por todo o país abram hoje -- ou por não terem eleitores recenseados, devido à insegurança, ou porque as populações locais foram deslocadas pela violência.

A campanha que agora chega ao fim também não foi exceção ao retrato do país, do ponto de vista da violência. Nos 12 meses que antecederam as eleições, a ACLED - organização não-governamental especializada na recolha de dados sobre conflitos, análise e mapeamento de crises - registou mais de 200 eventos violentos envolvendo membros e apoiantes de partidos, resultando em quase 100 mortes registadas.

Apesar de ser a maior economia de África e um dos seus principais produtores de petróleo, a Nigéria encontra-se em crise económica.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá subir este ano 3,2% para uns impressionantes 574 mil milhões de dólares (541,8 mil milhões de euros), não obstante, o défice orçamental se ter aproximado dos 5% em 2022 e prevê-se que mais de 40% do orçamento da Administração Buhari para 2023 seja financiado pela dívida.


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BISSAU_setor privado em parceria com o governo entrega certificados a 20 empreendedores para o novo ambiente de negócios e, promoção económica, através de criação de postos de emprego no âmbito do acordo de cooperação com a Espanha.

Radio Voz Do Povo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Zelensky planeia encontro com Xi Jinping sobre esforços de paz

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POR LUSA   24/02/23 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou, esta sexta-feira, que planeia encontrar-se com o homólogo chinês Xi Jinping, lembrando que a China "respeita a integridade territorial" dos países e deve "fazer os possíveis para retirar a Rússia" da Ucrânia.

"Antes de mais, tenho planos para me encontrar com Xi Jinping", sublinhou Zelensky numa conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros em Kyiv, no dia em que se assinala um ano desde o início da invasão russa da Ucrânia.

O governante considerou o encontro "positivo" para os dois países e "para a segurança do mundo", noticiou a agência Efe.

Zelensky acrescentou que "a China respeita a integridade territorial" dos países e que, "por isso, deve fazer todo o possível para retirar a Rússia" do território ucraniano.

O chefe de Estado ucraniano manifestou também esperança de que a China não envie armas para a Rússia, decisão que os Estados Unidos consideram que Pequim está a ponderar, garantindo que está a trabalhar para impedir essa realidade.

Sem dar detalhes sobre o local ou o momento em que este encontro pode ocorrer, Zelensky sublinhou novamente a "fórmula para a paz" apresentada pela Ucrânia, que prevê uma cessação das hostilidades que passa pela retirada russa e enfatiza o cumprimento dos princípios da Carta da ONU.

Pequim apresentou um plano de 12 pontos com vista a um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.

No documento, a China apela a um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia e defende que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito.

O primeiro ponto destaca a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia.

O plano, divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, também pede o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a retirada de civis e ações para garantir a exportação de cereais, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

Ao longo do último ano, a China evitou condenar a Rússia pela sua campanha militar na Ucrânia e acusou a NATO e os Estados Unidos de estarem a fomentar este conflito e de "não terem em consideração as legítimas preocupações de segurança" de Moscovo.

O presidente ucraniano explicou que pretende, ao abordar países como China ou Índia - que esta quinta-feira se abstiveram de votar na ONU uma resolução, apresentada por Kyiv, que condenou a guerra da Rússia contra a Ucrânia - que estes exerçam a sua influência para conseguir a retirada das forças russas do seu território.

Zelensky procura também trabalhar para que países de África e da América Latina, que até agora evitaram apoiar abertamente a Ucrânia, se juntem nesses esforços.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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G7 ameaça países que ajudam Rússia a contornar sanções

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POR LUSA  24/02/23 

Os líderes dos países do G7 (os mais industrializados do mundo) ameaçaram, esta sexta-feira, com "consequências severas" os países que continuarem a ajudar a Rússia a contornar as sanções impostas por causa da sua invasão da Ucrânia.

"Pedimos a países terceiros e a outros atores internacionais que procuram contornar ou enfraquecer as nossas medidas para porem fim à sua ajuda material à guerra protagonizada pela Rússia, sob pena de se sujeitarem a consequências severas", declararam os dirigentes do G7, num comunicado aprovado no final de uma reunião virtual, realizada no dia do primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.

O grupo dos sete países mais industrializados do mundo é constituído por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia (UE) também esteja representada.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.