sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

*PRESIDENTE DA REPÚBLICA GRADUA MAIS CINCO OFICIAIS-GENERAIS*

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O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco, graduou nos postos para os quais foram promovidos pela Decisão N°01/2023 do Conselho Superior da Defesa Nacional, em conformidade com o disposto no nº 01 do Artigo 34º da Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas - Lei n° 11/2011.

A cerimónia que teve lugar no Salão Nobre do Palácio da República, decorreu na presença do Senhor Marciano Silva Barbeiro, Ministro de Estado da Defesa Nacional e Combatentes da Liberdade da Pátria, d9 Senhor General Biagué Nan Tam, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, bem como as Chefias dosp Estados-Maiores dos diferentes ramos das Forças Armadas.

Encontravam-se igualmente presentes os Membros do Gabinete de Sua Excelência Senhor Presidente da República, bem como outras individualidades convidadas à assistirem a este acto no qual foram graduados os seguintes oficiais generais:

1. *Brigadeiro- General Quintino Quadé* , Presidente do Tribunal Militar Superior, promovido ao posto de *Major-General* ;

2. *_Coronel Mama Djaquite,* Inspector-geral do Ministério da Defesa Nacional, promovido ao posto de⁸ *Brigadeiro-General* ;

3. *Coronel Luís Amílcar Freire* , Presidente do Tribunal Militar Regional de Bissau, promovido ao posto de *Brigadeiro-General*; 

4. *Capitão de Fragata, Quinhin Nantote* , Chefe de Divisão da Saúde do EMGFA, promovido ao posto de *Comodoro Brigadeiro-General;* 

5. *Coronel Vasco Alaghate Na Dae* , Chefe da Direcção de Transmissões do EMGFA, promovido ao posto de *Brigadeiro-General*

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

UCRÂNIA/RÚSSIA: Violação de cessar-fogo? Rússia diz que só responde a ataques ucranianos

© Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  06/01/23 

O Ministério da Defesa russo declarou hoje que as suas tropas apenas estão a responder aos ataques ucranianos após a entrada em vigor do cessar-fogo unilateral de 36 horas decretado pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

"Apesar de as tropas russas estarem a observar o cessar-fogo desde as 12:00 [locais, 09:00 em Lisboa], o regime de Kiev continuou a atacar populações e posições de tropas russas com artilharia", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, tenente general Igor Konashenkov, citado pela agência oficial TASS.

Konashenkov especificou que, a partir de um local próximo da cidade de Novopavlivka, na região de Zaporijia, no sul da Ucrânia, as forças ucranianas realizaram oito ataques com fogo de artilharia e outros três na região de Lugansk.

"Com o fogo de resposta, as tropas russas esmagaram as posições das Forças Armadas ucranianas de onde os ataques foram lançados", disse Konashenkov.

Segundo o Kremlin, a decisão de Putin de declarar um cessar-fogo unilateral foi tomada em resposta ao apelo do Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, com o objetivo de se poder celebrar sábado o Natal ortodoxo.

Quinta-feira à noite, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de tentar "usar o Natal como disfarce" para deter o avanço do Exército ucraniano e reagrupar as suas tropas.

O exército russo já tinha reivindicado hoje estar a respeitar o cessar-fogo unilateral de dois dias decretado por Moscovo acusando, porém, Kiev de continuar com os bombardeamentos.

"Apesar da observância do regime de cessar-fogo pelas tropas russas [...] as autoridades de Kiev continuam a bombardear cidades e posições russas", indicou o Ministério da Defesa russo no habitual relatório diário.

No entanto, em Bakhmout, epicentro dos combates no leste da Ucrânia, os duelos de artilharia não pararam, apesar da entrada em vigor de um cessar-fogo unilateral decretado pela Rússia por ocasião do Natal ortodoxo.

Os jornalistas da agência noticiosa France-Presse (AFP) ouviram disparos, mas com uma menor intensidade do que nos dias anteriores, dos lados ucraniano e russo após o início do cessar-fogo nesta cidade, em que as ruas estão em grande parte destruídas e desertas, 

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Putin de "usar o Natal como disfarce" para impedir o avanço das forças ucranianas no Donbass, aproveitando para aproximar equipamentos e munições das suas posições.

"Querem usar o Natal como disfarce para deter, pelo menos brevemente, o avanço dos nossos homens em Donbass e trazer equipamentos, munições e militares para mais perto das nossas posições", afirmou.

A ofensiva militar russa foi lançada a 24 de fevereiro do ano passado para, segundo Putin, "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


CASO MBATONHA_ Ministro do Ambiente e Biodiversidade_ Ministro das Obras Públicas, Habitação Urbanismo_ Câmara Municipal de Bissau reagem.

Radio Voz Do Povo 

Conferência de imprensa de membros da Comissão permanente da ANP.

Radio TV Bantaba

GUERRA NA UCRÂNIA: Kremlin acusa Ucrânia de atacar Donetsk durante cessar-fogo russo

© Reuters

POR LUSA  06/01/23 

As autoridades russas acusaram esta sexta-feira a Ucrânia de ter atacado a cidade de Donetsk durante o cessar-fogo unilateral decretado pelo Presidente russo por ocasião do Natal ortodoxo, que começou às 9h00 de Lisboa.

O Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos Relacionados com Crimes de Guerra da Ucrânia (JCCC) referiu, numa mensagem divulgada na rede Telegram, que o ataque à cidade sob controlo russo foi realizado com artilharia e acrescentou que "foram disparados seis projéteis de 155 milímetros", mas não avançou informações sobre possíveis vítimas.

Solicitado pelo patriarca da igreja ortodoxa russa, Cirilo, o cessar-fogo unilateral, decretado por Vladimir Putin e rejeitado pela Ucrânia, entrou em vigor às 12:00 locais (09:00 em Lisboa).

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Putin de "usar o Natal como disfarce" para impedir o avanço das forças ucranianas no Donbass aproveitando para aproximar equipamentos e munições das suas posições.

"Querem usar o Natal como disfarce para deter, pelo menos brevemente, o avanço dos nossos homens em Donbass e trazer equipamentos, munições e militares para mais perto das nossas posições", afirmou.

A ofensiva militar russa foi lançada a 24 de fevereiro do ano passado para, segundo Vladimir Putin, "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Medvedev - Cessar-fogo? "Palhaços ucranianos" rejeitaram "misericórdia cristã"

"Putin vai morrer em breve" é propaganda ou informação de espiões? "Ainda vamos ouvir que os russos bebem o sangue dos ucranianos"

Vladimir Putin (Mikhail Klimentyev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP)

Por cnnportugal.iol.pt

A ser verdade, a informação pode ter chegado à Ucrânia através de "agentes infiltrados". Mas os analistas consideram que esta declaração mais não é do que "propaganda"

Muito se tem especulado nos últimos meses sobre o estado de saúde de Vladimir Putin, havendo mesmo quem justifique a invasão russa da Ucrânia como o seu último objetivo a cumprir. Desta vez, foi a Ucrânia a adensar o mistério em torno do presidente russo, com o chefe dos serviços secretos militares, Kyrylo Budanov, a afirmar que Putin luta contra um cancro há muito tempo e que irá morrer "em breve".

Os analistas políticos e militares não têm dúvidas de que esta declaração mais não é do que "propaganda" que tem como propósito "fragilizar" a imagem de Vladimir Putin e, como consequência, o regime russo. 

"É uma narrativa para nos ir entretendo. Há aqui uma intenção de desumanizar a outra parte com coisas que sabem que são mentira. Nós podemos não ter nenhuma simpatia pelo sr. Putin, mas é preciso ter rigor", defende o major-general Agostinho Costa.

Azeredo Lopes também acredita que esta declaração não passa de "propaganda" para atingir "a dimensão carismática de Putin": "Goste-se ou não dele, é um líder que não deixa ninguém indiferente."

"Putin cultivou sempre uma imagem de força absoluta, todos já vimos as imagens dele em tronco nu em cima de um cavalo, como especialista de artes marciais, etc. No leste da Europa, tudo isso é uma representação de virilidade, de poder", sustenta o comentador da CNN Portugal.

Putin passeia de cavalo em tronco nu durante umas férias na Sibéria em 2009 (Alexei Druzhinin/AP)  

Daí que declarações como estas que põem em causa a saúde e capacidade de Vladimir Putin sejam "tremendas do ponto de vista psicológico" para o próprio chefe de Estado, tornando-o "enfraquecido", e, por consequência, fragilizam o próprio poder russo.

Informação pode ter chegado por "agentes disfarçados"

Também o major-general Isidro de Morais Pereira desvaloriza estas afirmações, mas não exclui a hipótese de essa informação ter chegado à Ucrânia através da "human intelligence", isto é, "agentes disfarçados".

O especialista militar confirma que os serviços secretos militares ucranianos têm meios que lhes permitem ter acesso a essa informação, mas que há formas menos arriscadas de aceder a este tipo de dados confidenciais. "Num mundo cada vez mais tecnológico, há muita informação que é obtida através da escuta de comunicações no ciberespaço e também da chamada 'imagery intelligence', através dos satélites. É sabido que os EUA têm uma rede de satélite que consegue identificar pessoas pelo rosto no meio da multidão. O nível de resolução das câmaras que estão acopladas a esse tipo de satélite é extraordinário. Portanto, muita informação chega por aí", explica. 

Mas este avanço tecnológico não substituiu "as formas mais tradicionais de obter informação" dos serviços secretos, nomeadamente os agentes infiltrados ou "human intelligence". "Continua a ser uma doutrina e é, aliás, muito usada pelo MI5 [serviço de inteligência britânico]", destaca, assinalando esta opção como a mais provável no caso.

O major-general sublinha, por isso, que há duas hipóteses para esta informação ter vindo a público: "Ou isto foi uma jogada de propaganda, uma operação psicológica para atingir o próprio Putin, ou, a ser verdade, a fonte próxima a que Budanov atribuiu a informação são agentes infiltrados que eles têm na Rússia." Isidro de Morais Pereira sublinha mesmo que ucranianos e russos são muito parecidos, pelo que "os russos não conseguem perceber quem é quem".

Por sua vez, o major-general Agostinho Costa argumenta que "a Ucrânia é assessorada pelos serviços secretos britânicos", uma vez que "o estilo" de informação "é o mesmo".

"Ainda vão dizer o mesmo que os ingleses disseram em relação aos kosovares: que os soldados sérvios bebiam o sangue dos kosovares. Dentro de algum tempo, vamos ouvir que os russos bebem o sangue dos ucranianos", diz o especialista, referindo-se à tensão entre o Kosovo e a Sérvia, que esta última nunca reconheceu a secessão unilateral do primeiro declarada há mais de 18 anos.

Os rumores de uma possível doença de Vladimir Putin surgiram ainda antes da invasão da Ucrânia, no início da pandemia de covid-19, quando o presidente russo deixou de fazer tantas aparições em público. Mas a verdade é que ainda no mês passado o chefe de Estado russo visitou a Bielorrússia pela primeira desde o início da guerra para se encontrar com Alexander Lukashenko

Alexander Lukashenko e Vladimir Putin reúnem-se em Minsk (Andrey Stasevich/AP)

Apesar dos rumores que têm surgido nos últimos meses, tanto o Kremlin como os Estados Unidos já vieram a público negar que Putin esteja com qualquer problema de saúde. Em maio do ano passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, Sergey Lavrov, negou os rumores que surgiram na altura, também na sequência de uma entrevista de Kyrylo Budanov à Sky News, na qual o chefe da inteligência ucraniana adiantou que Putin estava "numa condição física e psicológica muito má". 

Na mesma altura, o diretor da CIA também veio a público garantir que o presidente da Rússia até está “saudável demais”, contrariando assim a informação avançada num relatório norte-americano, que relatava tratamentos em abril de 2022.

Caso Bolom Conté: Supremo Tribunal da Justiça “reativa o processo” contra PAIGC.

Por: Radio TV Bantaba  Janeiro 6, 2023

Pouco mais de um mês, após o Xº Congresso Ordinário do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, realizado sob decisão judicial, que deu improcedente o recurso interposto por [ militante] Bolom Conté, a Câmera Cível do Supremo Tribunal da Justiça da Guiné-Bissau “ reativou o processo” contra os libertadores.

No Despacho do Supremo Tribunal da Justiça a posse da Rádio TV Bantaba com a data de 3 de janeiro, a corte suprema guineense entendeu que “ o Venerando Juíz que o no aludido requerimento, apenas consta o pedido de interposição de recurso de agravo, sem especificar o fundamento da mesma”.

“ Não obstante o Art. 687º só exigir, normalmente para interposição do recurso, que se exprima a vontade de recorrer e se indique a espécie de recurso interposto, estando a causa dentro de alçada de juíz o requerimento da interposição terá de ser indeferido se não vier fundados daqueles excepções, por aplicação direta do que perceitua o nº 1 do Art. 687º”, Lê-se no Despacho do STJ.

No mesmo Despacho, a corte suprema disse que “ andou mal o Juíz, porquanto a reclamação entrou em tempo legal prevista na lei, o recorrente tem a legitimidade para o fazer e o valor da causa é superior a alçada do Tribunal requerido (…) portanto, não devia ter indeferido o recurso “.

“ Nestes e pelo exposto, tendo em atenção as reclamações expandidas e o quadro legal aplicável, julga-se procedente a reclamação apresentada, devendo, no entanto, a questão ser submetida apreciação do relator do Tribunal Superior a quem couber a decisão dos autos principais “, decidiu a Câmera Cível do STJ guineense.


UCRÂNIA/RÚSSIA: Tréguas? Kyiv convida Rússia a recordar ataques "sangrentos" de Ano Novo

© Getty Images

Notícias ao Minuto  06/01/23 

Antes, Podolyak referiu que "a Ucrânia não ataca territórios estrangeiros e não mata civis", ao contrário do regime de Moscovo, e que "destrói apenas os membros do exército que ocupa o seu território".

Depois de classificar o pedido de cessar-fogo do presidente russo, Vladimir Putin, como uma "hipocrisia", o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, propôs que as tréguas pelo Natal ortodoxo sejam discutidas "sob o uivo de mísseis e drones a voar para matar ucranianos", recordando os ataques levados a cabo pelo regime de Moscovo tanto a 25 de dezembro, como na noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro.

"Se calhar os russos não percebem linguagem humana. Proponho que Putin/Gundyaev [patriarca Kirill]/outros regressem ao dia 25 de dezembro ou à noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro e, sob o uivo de mísseis e drones a voar para matar ucranianos, discutam as 'tréguas de Natal'. No cenário sangrento tão querido aos seus corações", escreveu, na rede social Twitter.

Antes, Podolyak recorreu à mesma plataforma para apontar que “a Ucrânia não ataca territórios estrangeiros e não mata civis”, ao contrário do regime de Moscovo, e que “destrói apenas os membros do exército que ocupa o seu território”.

“A Federação Russa tem de deixar os territórios ocupados – só aí é que teremos umas ‘tréguas temporárias’. Mantenham a hipocrisia para vocês mesmos”, atirou.

De notar que o responsável se referia ao pedido por parte do líder da Igreja Ortodoxa Russa de um cessar-fogo entre o meio-dia de 6 de janeiro e a meia-noite de 7 de janeiro, “para que a população ortodoxa possa ir à missa na véspera de Natal e no dia do nascimento de Jesus Cristo”.

Este apelo foi acedido pelo chefe de Estado russo, na quinta-feira, perante uma onda de desconfiança e acusações por parte de Kyiv e dos aliados ocidentais de que tudo não passaria de uma “hipocrisia”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, inclusivamente, que a Rússia pretende “usar o Natal como disfarce para parar, pelo menos temporariamente, o avanço dos combatentes [ucranianos] no Donbass e trazer equipamentos, munições e homens mobilizados para mais perto das [suas] posições".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.919 civis desde o início da guerra e 11.075 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Cessar-fogo tem como objetivo "prejudicar a reputação da Ucrânia"

EUA. Republicanos continuam sem líder na Câmara dos Representantes

© Reuters

POR LUSA  06/01/23 

O candidato republicano à liderança da Câmara dos Representantes dos EUA Kevin McCarthy falhou pela 11.ª vez a eleição, com um grupo conservador do seu partido a manter o voto em outros candidatos.

Já para lá da décima tentativa para escolher o líder da Câmara dos Representantes, este cenário de crise não se registava na política norte-americana há 160 anos, noticiou a agência de notícias France-Presse (AFP).

Na 11.ª tentativa, McCarthy recebeu 200 votos, enquanto o líder dos democratas na câmara baixa, Hakeem Jeffries, manteve os 212 votos do seu partido, abaixo dos 218 necessários para a eleição.

Os candidatos alternativos propostos pelos conservadores que se opõem a McCarthy, Kevin Hern e Donald Trump, indicado pelo ultraconservador da Florida Matt Gaetz, obtiveram oito votos no total.

O republicano Byron Donalds também recebeu 12 votos, embora desta vez não tenha sido indicado.

Fala saber se os congressistas avançam para uma 12.ª votação ou se adiam a sessão para esta sexta-feira, noticiou a agência Efe.

Durante a votação, os 'media' norte-americanos, como o Washington Post e o The Hill, noticiaram que os republicanos tinham chegado a um acordo para eleger Kevin McCarthy, que teria cedido a muitas das exigências dos opositores dentro do partido.

No entanto, alguns dos congressistas recusaram-se a considerar a possibilidade de aceitar a eleição de McCarthy, que garantiu esta quinta-feira estar determinado em manter a candidatura.

Mas apoiantes e opositores surgiram esta quinta-feira aparentemente cada vez mais desesperados, perante uma situação sem fim à vista, noticiou a agência de notícias Associated Press (AP).

De acordo como regulamento do Congresso, a câmara continuará a reunir até que um candidato consiga os 218 votos necessários para a sua liderança.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já qualificou como "vergonhoso" o bloqueio à eleição do novo líder da Câmara de Representantes, devido às divisões internas dos republicanos.

Alguns dos opositores acusam McCarthy de financiar candidatos mais moderados nas eleições intercalares de novembro, nas quais os conservadores conseguiram retirar o controlo aos democratas, mas ficaram muito aquém dos bons resultados que muitos meios de comunicação social previam.

Outros criticam McCarthy por não negociar com eles a reforma das regras do debate e os nomes para liderar as comissões do Congresso no novo mandato.

O líder da Câmara dos Representantes é a terceira maior autoridade do país, depois do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da vice-Presidente, Kamala Harris, que também preside ao Senado.


Costa africana sofre cada vez mais com inundações

Um novo relatório do Centro de Estudos Estratégicos da África diz que as inundações "uma vez em cem anos" se tornarão mais comuns nas comunidades costeiras devido ao aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas.


Por VOA Português 

DOENÇAS RENAIS: Para cuidar da saúde dos rins, o melhor é apostar nestes alimentos... São ingredientes bastante diuréticos que só vão trazer benefícios.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto

Tratar bem dos rins é fundamental para evitar vários problemas. É na alimentação que consegue trazer benefícios. Apostar em ingredientes diuréticos acaba por ser uma boa solução.

A revista Saber Vivir juntou uma lista com os alimentos que contêm mais água. Deve consumi-los mais vezes para que os rins funcionem da melhor forma. Saiba o que tem de ter sempre em casa.

  • Aipo
  • Beterraba
  • Pera
  • Hibisco (infusão)
  • Pepino
  • Salsa
  • Melancia
  • Espargos
  • Repolho
  • Ananás

Alguns dos sintomas de doenças renais passam pelo cansaço, náuseas, vómitos, alterações do sono ou falta de concentração. Esteja atento a estes sinais e faça uma alimentação equilibrada de modo a juntar os ingredientes mencionados.


Leia Também: Formas de fazer uma alimentação mais saudável (e sem fazer dieta)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

ESTUDO: Mais de 80% dos glaciares do mundo pode desparecer até ao final do século

© Lusa

POR LUSA   05/01/23 

Mais de 80% dos glaciares do mundo pode desaparecer até ao fim do século, devido ao aquecimento global, indica um estudo hoje divulgado, segundo o qual mesmo limitando o aquecimento metade dos glaciares irão desaparecer.

O estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade de "Carnegie Mellon", Estados Unidos, mostrou que num cenário futuro com investimento contínuo em combustíveis fósseis mais de 40% da massa glaciar desaparece dentro de um século, com a grande maioria dos glaciares a acabar também.

A equipa de investigação, liderada pelo professor de Engenharia Civil e Ambiental David Rounce, calculou que mesmo num cenário de baixas emissões de gases com efeito de estufa, limitando o aumento da temperatura média mundial a 1,5 graus celsius (ºC) em relação aos níveis pré-industriais, mais de 25% da massa glaciar desaparecerá e quase metade dos glaciares desaparece também.

Segundo os modelos estabelecidos, o mundo pode perder até 41% da massa total de glaciares ou apenas 26%, consoante os esforços que os países façam de limitar as emissões de gases com efeito de estufa.

Os investigadores notam que a maioria dos glaciares que desaparecem são pequenos mas acrescentam que a sua perda pode ter um impacto negativo na hidrologia local, no turismo e nos valores culturais e dizem esperar que o estudo estimule os decisores políticos a tomar decisões no sentido de impedir um maior aumento da temperatura média do planeta.

As projeções indicam que regiões glaciares mais pequenas, como a Europa Central, o Canadá Ocidental e os Estados Unidos serão afetadas de forma diferente com temperaturas superiores a 2ºC, e mostram que com um aumento de 3ºC os glaciares nestas regiões desaparecem completamente.

David Rounce explica que os glaciares levam muito tempo a responder às alterações climáticas e avisa que uma redução imediata das emissões de gases com efeito de estufa, mesmo que fosse uma paragem total de emissões, não vai remover os gases já emitidos e só vai refletir-se na perda de massa dos glaciares num período que vai de 30 a 100 anos.


Leia Também: Imagens de satélite mostram desaparecimento de neve nos Alpes

GUERRA NA UCRÂNIA: Biden diz que Putin quer "ganhar fôlego" com anúncio de cessar-fogo

© Getty Images

POR LUSA  05/01/23 

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, está a tentar "ganhar fôlego", com o anúncio de um cessar-fogo na Ucrânia, durante o Natal ortodoxo.

"Ele (Putin) esteve pronto para bombardear hospitais, creches e igrejas (...) em 25 de dezembro e no Ano Novo (...) Acho que está a tentar ganhar fôlego", disse Biden, referindo-se ao anúncio do Presidente russo de que as tropas de Moscovo iriam observar um cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 06 de janeiro e a meia-noite de 07.

"Atendendo ao apelo de Sua Santidade o patriarca Cirilo, instruí o ministro da Defesa para introduzir um regime de cessar-fogo ao longo de toda a linha de contacto na Ucrânia desde as 12:00 de 06 de janeiro deste ano até à meia-noite de 07 de janeiro", refere o comunicado do Kremlin.

A declaração de Biden está em sintonia com a reação do Governo ucraniano ao anúncio russo do cessar-fogo, que criticou a "hipocrisa" da decisão do Kremlin.

Um conselheiro do Presidente ucraniano qualificou hoje de "hipocrisia" o anúncio de um cessar-fogo russo na Ucrânia por ocasião do Natal ortodoxo, e apelou às tropas russas para abandonarem o país.

"A Rússia deve deixar os territórios ocupados, e apenas assim será possível uma 'trégua temporária'. Fiquem com a vossa hipocrisia", escreveu no Twitter.

Também a chefe da diplomacia alemã desvalorizou hoje o cessar-fogo russo na Ucrânia por ocasião do Natal ortodoxo, afirmando que não trará "nem liberdade nem segurança às pessoas que vivem diariamente com medo sob ocupação russa".

"Se Putin quisesse a paz, retiraria os seus soldados para casa e a guerra acabaria", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, numa mensagem no Twitter.

"Aparentemente, [Putin] quer continuar a guerra, depois de uma breve interrupção", considerou a chefe da diplomacia alemã.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: "Putin quer continuar a guerra". MNE alemã desvaloriza cessar-fogo

Putin ordena cessar-fogo de 36 horas. "Dando-lhes a oportunidade"

Reuters

Notícias ao Minuto  05/01/23 

As tropas russas a combater na Ucrânia observarão um cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 6 de janeiro e a meia-noite de 7, decretou, esta quinta-feira, o presidente da Rússia.

Em comunicado, o Kremlin explicou que respondeu ao apelo deixado hoje pelo Patriarca Kirill, que pediu umas 'tréguas' para o Natal Ortodoxo, que se celebra a 6 e 7 de janeiro - véspera e dia. 

"Dado o apelo do Patriarca Kirill, pedi ao Ministro da Defesa da Federação da Rússia para cessar-fogo em todo a linha de combate", escreve a agência, citando Vladimir Putin, que nota que as 'tréguas' temporárias durarão 36 horas.

O responsável justifica ainda que há um "grande número" de ortodoxos nas zonas hostis, pedindo também "ao lado ucraniano para cessar-fogo, dando-lhes assim a oportunidade de irem às celebrações na véspera de Natal, assim como ao Dia de do Nascimento de Cristo".

O patriarca Kirill tinha apelado hoje aos beligerantes "no conflito fratricida para os convocar a estabelecer um cessar-fogo e selar uma trégua de Natal das 12:00 de 06 de janeiro às 00:00 de 07 de janeiro para que a população ortodoxa possa ir à missa na véspera de Natal e no dia do nascimento de Jesus Cristo".

Em resposta, o conselheiro presidencial do Presidente ucraniano Mykhailo Podolyak considerou o apelo de Kirill "uma armadilha cínica e um elemento de propaganda".

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também tinha pedido hoje, numa conversa telefónica com o seu homólogo russo, a adoção de um "cessar-fogo unilateral" na Ucrânia para poder ser negociada "uma solução justa".

"Os pedidos de paz e as negociações entre Moscovo e Kiev devem ser apoiados por um cessar-fogo unilateral", disse o chefe de Estado da Turquia a Putin, de acordo com um comunicado divulgado pela presidência turca.

Erdogan manteve hoje também um contacto telefónico com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Através do Telegram, Zelensky indicou que discutiu com o homólogo turco "a cooperação de segurança bilateral e questões de segurança nuclear", e neste ponto em particular a situação na central nuclear ucraniana de Zaporijia, sob ocupação russa.

"Também conversamos sobre a troca de prisioneiros de guerra com a mediação turca, o desenvolvimento do acordo de cereais e agradecemos a disposição de Turquia em participar da implementação de nossa Fórmula da Paz", adiantou o Presidente.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também:

© Lusa

POR LUSA  05/01/23 

Um conselheiro do presidente ucraniano qualificou hoje de "hipocrisia" o anúncio de um cessar-fogo russo na Ucrânia por ocasião do Natal ortodoxo, e apelou às tropas russas para abandonarem o país.

"A Rússia deve deixar os territórios ocupados, e apenas assim será possível uma 'trégua temporária'. Fiquem com a vossa hipocrisia", escreveu no Twitter.

Numa mensagem dirigida aos 'media', Podoliak denunciou o cessar-fogo ordenado pouco antes pelo Presidente russo Vladimir Putin de "puro gesto de propaganda".

"A Rússia tenta por todos os meios reduzir pelo menos temporariamente a intensidade dos combates e dos ataques aos centros logísticos, para ganhar tempo", prosseguiu Podoliak.

O conselheiro presidencial do Presidente Volodymyr Zelensky acusou Putin de "não ter o mínimo desejo de acabar com a guerra" e de tentar "convencer os europeus a pressionarem" Kiev para o início de negociações de paz, que a Ucrânia recusa há meses, exigindo uma retirada das forças russas dos territórios ocupados.

"Não é necessário responder às iniciativas deliberadamente manipulatórias dos dirigentes russos", indicou ainda.

O Presidente russo Vladimir Putin decretou hoje que as tropas russas mobilizadas na Ucrânia deverão cumprir um cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 06 de janeiro e a meia-noite de 07.

Num comunicado, a Presidência russa (Kremlin) afirmou que Putin respondeu a um apelo do patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, divulgado hoje de manhã.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Radio Voz Do Povo

Conselho de Ministros atribui o Estádio de Rocha em Bafatá o nome "ESTÁDIO REI PELE".

A decisão foi anunciada pelo Porta-voz do Governo Fernando Vaz no comunicado do Governo.

Radio Voz Do Povo

Tréguas propostas por Kirill? "Armadilha cínica e propanda", diz Podolyak... Acusações surgem na sequência do pedido do Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, que fez um apelo ao cessar-fogo no Natal ortodoxo.

© Getty

Notícias ao Minuto  05/01/23

O principal conselheiro da presidência da Ucrânia comentou, esta quinta-feira, o apelo do Patriarca da Igreja Ortodoxa Rússia, que pediu que um cessar-fogo no Natal ortodoxo, celebrado a 6 e 7 de janeiro, partilhado pelos dois países.

"A Igreja Russa Ortodoxa [ROC, na sigla em inglês] não é uma autoridade global e atua como um 'propagandista de guerra'. ROC apelou ao genocídio dos ucranianos", começou por escrever Mykhaylo Podolyak. numa publicação partilhada no Twitter.

Continuando a falar sobre a igreja, cujo chefe supremo é o Patriarca Kirill, o responsável ucraniano continuou a explicar que esta organização "incitou aos homicídios em massa e insiste numa maior militarização da Federação Russa".

"O comunicado da ROC sobre as 'tréguas de Natal' é uma armadilha cínica e propaganda", considerou.


As declarações surgem pouco tempo depois de o responsável russo ter pediu um cessar-fogo para a época festiva, de acordo com uma nota publicada no site da Igreja Ortodoxa Russa.

"Eu, Kirill, Patriarca de Moscovo e de toda a Rússia, pede a todas as partes envolvidas no conflito um apelo ao cessar-fogo para umas tréguas de Natal das 12h horas de 6 de janeiro à meia noite de 7 de Janeiro, para que os ortodoxos possam assistir aos serviços na véspera de Natal e no dia da Natividade de Cristo", refere o comunicado.


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BENTO XVI/ÓBITO: Cerca de 50 mil pessoas assistiram ao funeral do Papa emérito

© Getty Images

POR LUSA 05/01/23 

Cerca de 50 mil pessoas assistiram hoje na Praça de São Pedro ao funeral do Papa emérito Bento XVI, um número abaixo das primeiras estimativas avançadas pelas autoridades, segundo dados fornecidos pela polícia local.

A polícia de Roma chegou a estimar, na quarta-feira, que cerca de 100 mil pessoas estariam presentes no funeral do Papa emérito, depois de cerca de 200 mil fiéis terem passado pela Basílica de São Pedro nos três dias em que o corpo de Bento XVI esteve em câmara ardente.

O Papa Francisco chegou às cerimónias fúnebres, que presidiu na Praça de São Pedro, numa cadeira de rodas por causa de um problema no joelho, que tem causado problemas de mobilidade ao pontífice nos últimos meses.

Após a missa fúnebre, o caixão com os restos mortais do Papa emérito foi transportado para a Cripta da Basílica de São Pedro.

Por seu desejo expresso, Bento XVI será sepultado no túmulo que pertenceu a João Paulo II, antes dos restos mortais do Papa polaco terem sido transferidos para a superfície do templo em 2011 após a sua beatificação.

O caixão foi carregado por 12 "sediários" (indivíduos que tem por função carregar a sédia gestatória do Papa). A multidão presente na Praça de São Pedro saudou o momento com um grande aplauso.

Antes de entrar na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco parou alguns minutos em frente ao caixão e colocou a mão sobre este.

Os quase 130 cardeais que compareceram ao funeral também entraram na basílica para a despedida final, no momento em que os sinos de igreja de São Pedro tocaram.

Na Praça de São Pedro, alguns fiéis seguravam uma grande faixa onde se podia ler "Santo Súbito [Santo já]", um pedido que também foi feito durante o funeral do Papa João Paulo II.

O Presidente italiano, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, estavam entre as autoridades que compareceram ao funeral. O chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Rei Filipe e a Rainha Mathilde da Bélgica, e a Rainha emérita de Espanha Sofia estavam entre os dignitários que marcaram presença na cerimónia.

O Estado português foi representado nas cerimónias pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pela ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.

A partir das 06:00 locais (05:00 em Lisboa), o acesso à Praça de São Pedro começou a ser permitido aos fiéis, que lenta e ordeiramente começaram a ocupar os seus lugares no local.

Para chegar à Praça de São Pedro foi necessário passar por controlos e um detetor de metais, o trânsito foi encerrado e todos os veículos estacionados foram retirados das ruas adjacentes ao Vaticano.

De acordo com o plano de segurança aprovado pela polícia da capital italiana, o espaço aéreo em toda a área foi encerrado e foram mobilizados vários meios, incluindo helicópteros, forças especiais, bombeiros e polícia municipal.

No total, foram mais de 1.000 agentes de segurança destacados para a cerimónia fúnebre.

Entretanto, o Vaticano não declarou luto e tudo permanecerá aberto, inclusive os Museus do Vaticano, por exemplo, já que Bento XVI não é o Papa em exercício.

Joseph Ratzinger, que foi Papa entre 2005 e 2013, nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

O Papa emérito Bento XVI abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.

Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.

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Radio Voz Do Povo 

GUERRA NA UCRÂNIA: Erdogan pede a Putin um "cessar-fogo unilateral" que permita negociar paz... Putin diz a Erdogan que Ucrânia deve aceitar perda de territórios para que haja diálogo

POR LUSA  05/01/23 

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje, numa conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que adote um "cessar-fogo unilateral" na Ucrânia para poder ser negociada "uma solução justa", informou a presidência turca.

"Os pedidos de paz e as negociações entre Moscovo e Kiev devem ser apoiados por um cessar-fogo unilateral", disse o chefe de Estado da Turquia a Putin, de acordo com um comunicado divulgado pela Presidência turca.

O Presidente russo reiterou, por seu lado, que só suspenderá a ofensiva quando a Ucrânia "aceitar as novas realidades territoriais", numa referência à anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, áreas parcialmente ocupadas pela Rússia que, em setembro, foram declaradas parte do território da Federação Russa, embora a comunidade internacional tenha considerado a iniciativa como ilegal.

Erdogan, que deve encontrar-se hoje com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem tentado manter boas relações com os dois países em guerra desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado, embora seja um dos fornecedores de armas a Kiev.

Membro da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a Turquia não adotou sanções contra a Rússia e assumiu, sob a égide da ONU, um papel mediador entre Kiev e Moscovo, nomeadamente nos acordos que permitiram desbloquear os cereais ucranianos e os fertilizantes russos para voltarem a ser exportados através do mar Negro para o resto do mundo.

Ancara também desempenhou um papel importante numa troca de prisioneiros, realizada em setembro passado.

Apesar do papel de mediação, a Turquia forneceu armas à Ucrânia, incluindo 'drones' (aeronaves não tripuladas) e veículos blindados e fez acordos sobre energia e cooperação com Moscovo, conseguindo um equilíbrio complicado.

Erdogan e Putin também discutiram a cooperação energética, nomeadamente o projeto de estabelecer um centro regional de distribuição de gás natural na Turquia, tendo o Presidente turco pedido medidas concretas para colocar a infraestrutura em funcionamento o mais rapidamente possível.

Outro dos temas da conversa foi a situação na Síria, depois da primeira reunião de alto nível em 11 anos entre Ancara e Damasco, realizada em Moscovo no final de dezembro, com a participação dos ministros da Defesa da Turquia e da Síria e a mediação do ministro russo com a mesma pasta.

Patriarca russo Cirilo pede cessar-fogo na Ucrânia para o Natal ortodoxo

© Reuters

POR LUSA  05/01/23 

O patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Cirilo, pediu hoje a Moscovo e Kyiv um cessar-fogo na guerra da Ucrânia devido às festividades do Natal ortodoxo.

"Eu, Cirilo, Patriarca de Moscovo e de toda a Rússia, dirijo-me a todas as partes envolvidas no conflito fratricida para os convocar a estabelecer um cessar-fogo e selar uma trégua de Natal das 12h00 de 6 de janeiro às 0h00 de 7 de janeiro para que a população ortodoxa possa ir à missa na véspera de Natal e no dia do nascimento de Jesus Cristo", declarou o patriarca ortodoxo russo numa mensagem publicada no portal oficial da Igreja Ortodoxa russa.

A Rússia e a Ucrânia são países cuja população é principalmente de fé ortodoxa, mas Kyiv afastou-se da tutela religiosa de Moscovo nos últimos anos, principalmente ao fundar uma igreja independente.

O Patriarca Cirilo fez sermões desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, nos quais deu a sua bênção às tropas russas enquanto criticava as autoridades ucranianas.

A Ucrânia, por outro lado, realizou uma série de buscas em igrejas e mosteiros dependentes do Patriarcado de Moscovo como medida de contraespionagem.

Mesmo que a Igreja Ortodoxa ucraniana dependente do Patriarcado de Moscovo tenha rompido relações com a Rússia em maio, vários dos seus dignitários foram sancionados por Kyiv devido às suas posições consideradas pró-Rússia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


SAÚDE: Cientistas desenvolvem vacina que pode eliminar e prevenir cancro... É o resultado de uma investigação feita no Reino Unido.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   05/01/23 

Foi desenvolvida, uma nova terapia celular de ação dupla, administrada em forma de vacina, cujo objetivo é eliminar tumores estabelecidos, assim como treinar o sistema imunitário para que consiga eliminar o tumor primário e ainda prevenir a recorrência do cancro.

Trata-se de uma investigação feita no Brigham and Women's Hospital, membro fundador do sistema de saúde Mass General Brigham, no Reino Unido, e publicada na revista científica Science Translational Medicine.

"Usando a engenharia genética, estamos a redirecionar as células cancerígenas para desenvolver uma terapêutica que mata as células tumorais e estimula o sistema imunitário a destruir tumores primários e prevenir o cancro", explica Khalid Shah, líder do estudo. 

Aliás, em comunicado, os investigadores dizem que a vacina foi testada em ratos, com cancro no cérebro, e os resultados foram muito promissores. 

Agora, a missão dos cientistas é continuar a estudar e testar este efeito para conseguirem, no futuro, desenvolver uma vacina que poderá ser aplicada em humanos e que, "em última análise, terá um impacto duradouro na medicina", acrescenta. 


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