sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

ESTUDO: Sapos transparentes? Acumulam sangue no fígado sem coagular... Segundo os cientistas, pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Science, descobriu que o 'sapo de vidro' é capaz de acumular sangue no fígado enquanto dorme, sem ser afetado negativamente por coágulos. Segundo os cientistas, a investigação pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

Segundo o estudo, citado pela BBC News, esta descoberta pode permitir avançar na compreensão médica dos distúrbios na coagulação sanguínea - uma condição grave comum.

Os 'sapos de vidro' - que medem entre 19 e 24 milímetros e pesam de 70 a 80 gramas -, chegam a ficar 61% transparentes para se disfarçarem, escapando assim à atenção dos predadores, quando estão em folhas de tons claros.

Em alguns casos, a barriga é tão transparente que é possível observar os órgãos. "Se o corpo do sapo for virado de barriga para cima, é possível ouvir o coração a bater sozinho", explicou Jesse Delia, um dos investigadores que fizeram parte do estudo, pertencente ao Museu de História Natural, em Nova Iorque, acrescentando que "através da pele, é possível ver-se o músculo, visto que a maior parte da cavidade do corpo é realmente transparente".

Agora, as descobertas de Delia e Carlos Taboada, da Duke University, também nos EUA, revelaram como os 'sapos de vidro' realizam essa função de forma muito incomum. A verdade é que estes anfíbios conseguem 'esconder' até 89% dos glóbulos vermelhos no fígado.

"Eles, de alguma forma, acumulam a maioria dos glóbulos vermelhos no fígado, sendo, assim, removidos do plasma sanguíneo", avançou o cientista, explicando que estes animais "conseguem fazer isso sem desencadear um coágulo maciço".

As células sanguíneas do animal ficam compactadas, dobrando o tamanho do fígado e permitindo que o 'sapo de vidro' fique transparente. “Não é como se colocassem um pouco de sangue no fígado – eles colocam quase todo o sangue no fígado”, explicou Karen Warkentin, da Universidade de Boston, que não esteve envolvida no trabalho. 

À noite, quando a anfíbio quer voltar à aparência normal para caçar ou acasalar, liberta os glóbulos vermelhos de novo para a circulação do sangue e o fígado encolhe novamente.

O cientista explica que o sapo ainda é capaz de coagular o sangue quando necessário, por exemplo, quando está ferido.

Essa capacidade de acumular e coagular o sangue seletivamente é o "super poder" desses anfíbios, e pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

A maioria dos animais precisa de bombear continuamente glóbulos vermelhos por todo o corpo para fornecer oxigénio aos tecidos, e o acumular de sangue leva à coagulação, que pode ser fatal. No caso dos humanos, pode levar mesmo a ataques cardíacos. Segundo os cientistas, a aplicação desta descoberta na medicina humana pode demorar décadas.

Biden formaliza retirada do Burkina Faso de plano comercial para África

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POR LUSA  23/12/22 

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, formalizou hoje a retirada do Burkina Faso do programa de benefícios comerciais contemplado no African Growth and Opportunity Act (AGOA), a partir de janeiro, em resposta aos retrocessos democráticos no país.

"De acordo com a secção 506A(a)(3) da Lei Comercial, determinei que o Burkina Faso não preenche os requisitos descritos na secção 506A(a)(1) dessa Lei. Assim, decidi dar por finda a sua designação como país beneficiário da África subsaariana para os fins da secção 506A da Lei de Comércio, a partir de 01 de janeiro de 2023", lê-se no documento legal publicado pela Casa Branca.

Como argumenta Washington, o Burkina Faso não cumpre "a proteção do Estado de direito" e o "pluralismo político".

A decisão já havia sido antecipada em 02 de novembro, quando Biden anunciou que o Burkina Faso deixaria o plano AGOA para os países da África subsaariana a partir de 01 de janeiro de 2023.

Os Estados Unidos anunciaram também a rescisão da Etiópia, Guiné-Conacri e Mali, medida que entrou em vigor em janeiro passado, devido a violações dos direitos humanos, no caso da Etiópia, e devido à instabilidade e violência nos outros dois países africanos.

O acordo beneficia milhares de produtos africanos desde que os países exportadores cumpram as condições de respeito dos direitos humanos, boa governança e proteção dos trabalhadores, além de não impor medidas aos produtos norte-americanos que cheguem ao seu território.

No palácio já se ensaia! … O presidente da república se aventura em viola ritmo e coro!

@ Estamos a Trabalhar

Países Baixos disponibilizam 2,5 mil milhões de euros a Kyiv para 2023

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POR LUSA  23/12/22 

O governo dos Países Baixos anunciou hoje um pacote total de 2,5 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia para 2023, em grande parte destinado a equipamentos militares.

"Cerca de dois mil milhões são destinados ao apoio militar", precisou o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, no decurso de uma conferência de imprensa em Haia.

"O restante será para as áreas humanitária, para a reconstrução de infraestruturas" e no combate à impunidade, acrescentou.

"A utilização exata da contribuição depende das necessidades dos ucranianos e da forma como irá decorrer a guerra", sublinhou por sua vez o Governo em comunicado.

A ajuda aos trabalhos de reconstrução está destinado à recuperação de infraestruturas, incluindo as energéticas, para além de hospitais, habitações, agricultura ou operações de desminagem, pormenorizou o Governo.

Na semana passada, a ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, indicou que os Países Baixos disponibilizaram até ao momento cerca de mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

"Os Países Baixos continuarão a apoiar a Ucrânia enquanto a Rússia prosseguir a guerra na Ucrânia", declarou hoje Rutte em mensagem no Twitter, acrescentando que contactou por telefone o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre as decisões hoje anunciadas por Haia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv pede responsabilização de países "aliados" da Rússia

© REUTERS/Kemal Aslan

Notícias ao Minuto  23/12/22 

O conselheiro presidencial da Ucrânia endereçou ainda um aviso aos mesmos: Irão, Coreia do Norte e Bielorrússia.

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, fez um apelo, através de uma publicação na rede social Twitter, para que haja uma responsabilização do Irão, da Coreia do Norte e da Bielorrússia pelo seu alegado envolvimento na guerra da Ucrânia.

"Irão (drones/mísseis), Coreia do Norte (munições/armas), Bielorrússia (infraestruturas/território/equipamento)", começou por enumerar Podolyak, demonstrando o alegado contributo dado por cada um destes países, conhecidos pelas suas relações próximas com Moscovo.

De seguida, acrescentou, deixando um aviso: "Aliados factual e legalmente confirmados da Federação Russa na guerra de agressão, nos assassinatos em massa de civis e na destruição deliberada de cidades ucranianas. Haverá uma responsabilização conjunta".

A posição do conselheiro presidencial ucraniano surgiu depois de, na quinta-feira, ter sido noticiado que um alto funcionário do governo dos Estados Unidos revelou que os mercenários do Grupo Wagner, atualmente a combater na Ucrânia pela Rússia, receberam um carregamento de armas (foguetes de infantaria e mísseis) provenientes da Coreia do Norte, para ajudar a reforçar o esforço militar no terreno.

A acusação foi imediatamente rejeitada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, que deixou ainda uma crítica ao governo norte-americano por estar a fornecer armamento de defesa à Ucrânia.

Quanto a um outro aliado da Rússia, recorde-se que existiram várias alegações - ecoadas por autoridades ocidentais - que davam conta de que o Irão teria fornecido 160 veículos aéreos não tripulados a Moscovo, em troca de 140 milhões de euros em dinheiro e de uma seleção de armamento alegadamente capturado ao Reino Unido e aos Estados Unidos.

Já no que diz respeito à Bielorrússia, já desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, tem ficado evidente o apoio do regime de Aleksandr Lukashenko à investida militar do exército de Vladimir Putin. Mais recentemente, numa conferência de imprensa conjunta entre os líderes de ambos os países, foi destacada a colaboração técnico-militar entre ambos, com “fornecimentos mútuos” e a aposta conjunta na “indústria de alta tecnologia”.

A guerra na Ucrânia, que completa amanhã 10 meses de duração, provocou mais de 6,7 óbitos entre civis e de 10 mil feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


Leia Também: "Muito significativa". Para Podolyak, ida de Zelensky a EUA é "simbólica"

Junta no poder no Burkina Faso expulsa coordenadora da ONU

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POR LUSA   23/12/22 

A coordenadora da Organização das Nações Unidas (ONU) no Burkina Faso, a italiana Barbara Manzi, foi declarada 'persona non grata' e pediram-lhe "para deixar o país" a partir de hoje, pela junta no poder, num país marcado pela insegurança.

"Barbara Manzi, coordenadora residente do sistema das Nações Unidas, é declarada 'persona non grata' no território do Burkina Faso. Pede-se-lhe, portanto, que deixe o Burkina Faso hoje, 23 de dezembro de 2022", lê-se na declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Olivia Rouamba, esta expulsão justifica-se em particular pelo facto de Manzi ter decidido "unilateralmente" retirar o pessoal não essencial da ONU em Ouagadougou.

"É desacreditar, manchar a imagem do país e desencorajar potenciais investidores. É inconcebível e temos de assumir as nossas responsabilidades", disse a ministra numa entrevista na televisão nacional.

"Além destes factos, soubemos que a Sra. Manzi estava a prever o caos no Burkina Faso nos próximos meses. Não sabemos em que base ela pode fazer isso. Estão a ser feitos grandes esforços ao nível da segurança e a ONU deve formar uma estrutura de apoio", acrescentou a ministra.

Desde 2015, o país tem lutado para enfrentar ataques de grupos rebeldes ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico que já mataram milhares e forçaram cerca de dois milhões de pessoas a fugir das suas casas.

Rouamba, contudo, reforçou a diferença entre "a pessoa da Sra. Manzi e a ONU", organização com a qual o Burkina Faso "mantém sempre uma muito boa cooperação".

Uma fonte diplomática confirmou à agência France-Presse que uma "longa lista de recriminações" tinha levado "a diplomacia do Burkina Faso a assumir as suas responsabilidades".

Além do pedido de retirada de pessoal não essencial, Manzi é também acusada de uma "tentativa de influenciar negativamente" e de "interferir nos assuntos políticos do Burkina", de acordo com esta fonte.

A expulsão acontece dias após dois cidadãos franceses que trabalhavam para uma empresa do Burkina Faso terem sido expulsos por suspeita de serem espiões.

O Burkina Faso não é o primeiro país da África Ocidental a expulsar um funcionário da ONU este ano.

Em julho, o Mali, vizinho do Burkina Faso, também envolvido numa grave crise de segurança, expulsou Olivier Salgado, o porta-voz da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), por publicar o que a junta no poder disse ser "informação inaceitável" na sequência da detenção de 49 soldados marfinenses em Bamaco.

Manzi, que era também coordenadora humanitária da ONU, estava no Burkina Faso desde agosto de 2021. Apresentou as suas credenciais ao ex-presidente Roch Marc Christian Kaboré, que foi derrubado em janeiro de 2022 por um golpe militar.

O Burkina Faso é governado desde o final de setembro pelo capitão Ibrahim Traoré, autor de outro golpe militar.

O seu primeiro-ministro, Apollinaire Kyélem de Tembela, disse em meados de novembro que queria "diversificar as relações de parceria até encontrar a fórmula certa para os interesses do Burkina Faso".

Disse também que "certos parceiros" nem sempre tinham sido "leais", sem nomear, contudo, nenhum país.

Entre os novos parceiros previstos, a questão de uma possível aproximação à Rússia surgiu no Burkina Faso desde o golpe que levou ao poder o capitão Ibrahim Traoré.


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GUINÉ-BISSAU: Estudantes guineenses preocupados com perda de validade de passaportes

 Palavras para Quê...? 4.19pm

Putin termina "ano de fracassos" com "mais crueldade contra civis"

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Na ótica de Stoltenberg, o chefe de Estado russo "cometeu dois grandes erros estratégicos quando lançou sua brutal invasão", tendo não só "subestimado a Ucrânia", como também a NATO.

Com o ano de 2022 prestes a chegar ao fim, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, resumiu os últimos 10 meses de guerra na Ucrânia, considerando que o presidente russo, Vladimir Putin, teve um “ano de fracassos”, no qual não só infligiu “crueldade contra civis”, como “subestimou a unidade da NATO” e da Ucrânia.

“O ano de 2022 tem sido o mais desafiador para a segurança europeia desde a Segunda Guerra Mundial. Também foi um ano extraordinariamente doloroso para o povo da Ucrânia. Para o presidente Vladimir Putin, foi um ano de fracassos colossais”, começou por escrever Stoltenberg, num artigo de opinião publicado no jornal Financial Times, na quinta-feira.

Na ótica do responsável, o chefe de Estado russo “cometeu dois grandes erros estratégicos quando lançou sua brutal invasão”, tendo, num primeiro momento, “subestimado a Ucrânia”.

“Pensou que poderia tomar Kyiv e decapitar o governo em poucos dias. Dez meses depois, o povo ucraniano, as forças armadas e a liderança continuam a defender a sua pátria com habilidade, coragem e determinação que inspiram o mundo. Dezenas de milhares de soldados russos foram feridos ou mortos. Cerca de um milhão de pessoas deixaram a Rússia desde o início do ano, muitas para evitar serem recrutadas para uma guerra em que não acreditam. Essa guerra de escolha deixou a Rússia mais pobre e mais isolada do que em décadas”, disse, atirando que o segundo erro passou por “subestimar a unidade da NATO”.

“Pensou que poderia dividir-nos e impedir-nos de apoiar a Ucrânia. Embora a NATO não faça parte deste conflito, os aliados estão mais unidos do que nunca em fornecer assistência militar sem precedentes para apoiar o direito de autodefesa da Ucrânia, consagrado na carta da Organização das Nações Unidas, e ajudá-la a permanecer um país livre e democrático”, complementou Stoltenberg, recordando que desde de 2014 que países como o Canadá, o Reino Unido e os Estados Unidos treinam soldados ucranianos e apoiam a reforma das forças armadas daquele país, face à tomada da Crimeia.

Nessa linha, o secretário-geral da NATO notou que, se Putin pretendia ter menos territórios da Aliança Atlântica ‘à sua porta’, a ofensiva que lançou na Ucrânia gerou o efeito contrário, proporcionando o alcance de uma “NATO mais forte e maior”, não só através do aumento da sua presença no flanco Oriental e da prontidão das suas forças, como também através da adesão de novos países, nomeadamente a Finlândia e a Suécia.

“Putin está a terminar este ano de fracassos com mais crueldade contra civis, cidades, infraestruturas e instalações de saúde ucranianas. Ataques deliberados a civis são crimes de guerra e os autores devem ser responsabilizados. Cerca de 12 milhões de pessoas, mais de um quarto da população da Ucrânia, foram cortadas do fornecimento de energia. Milhões de ucranianos fugiram para o exterior. Muitos, incluindo crianças, foram deportados à força para a Rússia. Apesar da negação por parte da Rússia, as autoridades ucranianas e especialistas internacionais estão a investigar muitos relatos de que membros das forças russas cometeram violações, torturaram e realizaram execuções sumárias”, acrescentou, referindo ainda que Moscovo pretende obter armamento através de outros “regimes autoritários, como o Irão”, para congelar a guerra e “reorganizar-se”.

“O presidente Volodymyr Zelenskyy propôs à Rússia dar início à retirada das suas tropas até ao Natal, como um passo para acabar com o conflito, mas Moscovo rejeitou [a proposta]. Foi Putin quem começou a guerra. Pode acabar com ela hoje, saindo da Ucrânia. De momento, não mostra sinais de que procura paz verdadeira”, lançou Stoltenberg, apelando para que “não nos esqueçamos de que o que acontece na mesa de negociações está intrinsecamente ligado ao que acontece no campo de batalha”.

“Temos de continuar a apoiar a Ucrânia, para que possa prevalecer um estado soberano e independente na Europa”, disse, justificando que, “se Putin prevalecer na Ucrânia, a mensagem para a Rússia – e para outros regimes autoritários – será que a força conseguirá o que querem”, o que seria “uma catástrofe para a Ucrânia” e “tornaria o mundo inteiro mais perigoso”.

Stoltenberg rematou, assim, que é do interesse da Aliança manter o “apoio à Ucrânia neste inverno, e pelo tempo que for necessário”, assegurando que a NATO defenderá “cada centímetro do território aliado”.

“E estaremos ao lado da Ucrânia, pelo seu futuro e pelo nosso”, garantiu.

De notar que, segundo o The Wall Street Journal, as autoridades ucranianas estão a trabalhar numa proposta de 10 pontos para colocar um ponto final ao conflito de forma pacífica, que poderá vir a ser apresentada em fevereiro de 2023.

Recorde-se ainda que, no âmbito da visita do chefe de Estado ucraniano à Casa Branca, o homólogo norte-americano, Joe Biden, garantiu que os Estados Unidos defendem uma "paz justa" para a Ucrânia, mantendo, por isso, o apoio militar, concretamente para defesa aérea.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Parceiros internacionais acreditam nos atuais dirigentes da Guiné-Bissau

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POR LUSA  23/12/22 

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Ilídio Vieira Té, defendeu hoje que os parceiros internacionais "acreditam muito" nos atuais dirigentes do país, o que se prova com os apoios financeiros já recebidos e prometidos para 2023.

O governante falava aos jornalistas quando procedia ao balanço do desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau em 2022 que disse ser "muito positivo".

"Vamos dizer que o balanço do desempenho macroeconómico do país é muito positivo tendo em conta a conjuntura global devido à guerra da Rússia e Ucrânia e também o impacto da covid-19" declarou Vieira Té.

O ministro das Finanças sublinhou que embora seja um país economicamente frágil, a Guiné-Bissau conseguiu honrar todos os seus compromissos internos e externos em 2022 o que permitiu retomar o acordo de acompanhamento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ilídio Vieira Té assinalou que há seis anos que a Guiné-Bissau não tinha um acordo com o FMI, facto que disse ter permitido que o Governo recebesse "de forma imediata" apoios orçamentais de países como Portugal e França.

"Desde 1998 que a França não apoiava financeiramente a Guiné-Bissau", notou o governante guineense, destacando ainda os apoios do Banco Europeu de Desenvolvimento, do Banco Mundial e de outras instituições.

Os recursos em questão, frisou Ilídio Vieira Té, estão a ser canalizados para a construção ou reabilitação de infraestruturas como estradas, escolas e hospitais.

"Tudo isso demonstra que os parceiros acreditam nas pessoas que estão a dirigir o país neste momento, o que é graças ao empenho do Presidente da República e do primeiro-ministro", sublinhou Vieira Té.

O ministro das Finanças afirmou que em 2023 as reformas em curso irão continuar, prometeu melhorias na condição de vida da população, mas apelou a que haja mais "respeito pelas infraestruturas publicas".

Ilídio Vieira Té deu os exemplos de postos de semáforos que estão a ser derrubados em Bissau por motoristas, "mal são colocados" e ainda tanques de lixo que disse estarem a ser roubados.

"Temos de ter amor ao nosso país. A Guiné-Bissau deve estar acima de tudo e de todos", observou o ministro das Finanças.

Político russo pede investigação a Putin após uso do termo 'guerra'... "É importante para mim fazer isto, para chamar à atenção para a contradição e injustiça das leis que [Putin] adota e assina, mas que ele mesmo não cumpre", acusou.

© Reuters

Notícias ao Minuto  23/12/22 

Depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter usado o termo “guerra” para se referir à ‘operação militar especial’ da Rússia na Ucrânia, na quinta-feira, um político de São Petersburgo apelou junto das autoridades daquele país para que o chefe de Estado seja investigado, considerando que este infringiu a sua própria lei.

O conflito na Ucrânia é, desde a sua origem, designado pelo líder russo como uma ‘operação militar especial’. Putin decretou, inclusivamente, leis que determinam a aplicação de multas e até de penas de prisão para quem desacreditar ou propagar “informações deliberadamente falsas” sobre o propósito da presença das forças de Moscovo na Ucrânia, impedindo a população de utilizar o termo “guerra”.

Contudo, tudo mudou na quinta-feira quando, pela primeira vez, o chefe de Estado proferiu essa mesma palavra, ao ser questionado sobre o decorrer da ofensiva.

“O nosso objetivo não é fazer girar o volante do conflito militar, mas, pelo contrário, pôr fim a esta guerra”, disse Putin aos jornalistas, citado pela agência de notícias Reuters. “Esforçar-nos-emos por pôr fim a isto e, quanto mais cedo, melhor, é claro”, complementou.

Ainda que saiba que a sua denúncia não terá frutos, o político da oposição Nikita Yuferev avançou com um pedido para que o líder russo seja investigado, de modo a expor a “falsidade” do sistema.

“É importante para mim fazer isto, para chamar à atenção para a contradição e injustiça das leis que [Putin] adota e assina, mas que ele mesmo não cumpre", acusou, em declarações à Reuters.

"Acho que, quanto mais falarmos sobre isto, mais as pessoas duvidarão da sua honestidade, da sua infalibilidade, e menos apoio terá", acrescentou.

Assim, numa carta aberta endereçada ao procurador-geral da Rússia e ao ministro do Interior, Yuferev apelou para que Putin “seja responsabilizado ao abrigo da lei da propagação de informações falsas sobre as ações do exército russo”, recordando que vários críticos das ações daquele país na Ucrânia foram severamente punidos.

Entre eles está o membro da oposição Ilya Yashin, que foi, este mês, detido por divulgar “informações falsas” sobre as forças de Moscovo. Já em julho, o político Alexei Gorinov foi condenado a sete anos de prisão, por criticar o conflito.

No entanto, Yuferev terá, também, denunciado o uso do termo por parte de figuras como o diretor-adjunto da administração presidencial russa, Sergei Kirienko, e pelo deputado e líder do partido Rússia Justa, Sergei Mironov. No primeiro caso, as autoridades disseram-lhe que o responsável não fez nada de errado, recusando-se, depois, a avaliar o segundo pedido.

As declarações do chefe de Estado russo surgiram depois de o homólogo ucraniano ter visitado os Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente norte-americano, Joe Biden, e discursou perante o Congresso. De notar ainda que o país anunciou novos apoios à Ucrânia, particularmente no que toca ao envio de sistemas de defesa antiaérea Patriot.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


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Primeira parte do treino será feita nos Estados Unidos, enquanto a segunda deverá ser feita já na Europa. Sérgio Furtado, enviado especial da CNN Portugal à Ucrânia, conta mais detalhes do plano.

Sérgio Furtado cnnportugal.iol.pt

ESPAÇO: Astronautas da NASA completaram passeio no exterior da Estação Espacial... É o terceiro passeio espacial de Josh Cassada e Frank Rubio.

© Twitter / @Space_Station

Notícias ao Minuto  23/12/22 

Dois astronautas da NASA completaram esta quinta-feira, dia 22, um passeio espacial no exterior da Estação Espacial Internacional.

Era suposto que este passeio dos astronautas Josh Cassada e Frank Rubio tivesse lugar um dia antes, com a agência espacial a ter decidido adiar a saída para o exterior por um dia devido à aproximação de detritos.

Serve recordar que esta foi o terceiro passeio espacial de Cassada e de Rubio, com a dupla a ter tido de desempenhar tarefas de manutenção no exterior da estrutura. Por muito trabalhoso e cansativo que seja passar mais de sete horas a desempenhar estas funções, a paisagem parece fazer valer a pena.

Pode ver acima um dos vídeos captados pela NASA deste passeio espacial.


Leia Também: NASA observou estrela a ser 'engolida' por buraco negro

Seca afeta mais de 20 milhões de crianças no Corno de África, diz Unicef

© Lusa

 POR LUSA  23/12/22 

Cerca de 20,2 milhões de crianças na Etiópia, Quénia e Somália são afetadas pela pior seca na região em 40 anos, um número que duplicou nos últimos cinco meses, alertou esta sexta-feira a Unicef.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), quase dois milhões de crianças nestes três países do Corno de África sofrem de desnutrição aguda grave, o estado de fome mais "letal" que enfraquece o sistema imunitário e representa risco de morte.

Além disso, se não for tratada, a desnutrição pode perturbar gravemente o desenvolvimento físico e cerebral das crianças.

"Embora os esforços coletivos e acelerados tenham mitigado algumas das piores consequências que eram temidas, as crianças do Corno de África continuam a enfrentar a seca mais grave em mais de duas gerações", disse o diretor regional da Unicef para a África Oriental e Austral, Lieke van de Wiel.

Cerca de 2,7 milhões de crianças foram também obrigadas a abandonar a escola devido à seca e outros 4 milhões correm esse risco, segundo a agência da ONU.

"À medida que as famílias são levadas ao limite e enfrentam um stresse crescente, as crianças enfrentam uma série de riscos, incluindo o trabalho infantil, o casamento infantil e a mutilação genital feminina", acrescentou.

Nos três países, cerca de 24 milhões de pessoas sofrem de escassez de água e mais de dois milhões foram deslocadas internamente devido a chuvas fracas, refere a Unicef.

O país mais atingido foi a Somália, onde o número de pessoas afetadas aumentou de 3,8 milhões em janeiro para mais de 7,8 milhões atualmente, de acordo com a ONU.

Quase 1,3 milhões de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na Somália devido à seca, depois de o número de deslocados ter quintuplicado até agora este ano.

A ONG Plan International afirmou no início de dezembro que mais de metade de todas as crianças com menos de cinco anos na Somália - cerca de 1,8 milhões - está gravemente subnutrida.

"Cristiano Ronaldo quer entrar no mundo do cinema, de Hollywood"... O antigo companheiro de equipa do luso, no Sporting, comentou a atual situação de Cristiano Ronaldo.

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Cristiano Ronaldo encontra-se ainda sem clube, mas em negociações avançadas com os sauditas do Al-Nassr, segundo o que avança a imprensa espanhola.

Quem conhece bem o internacional português é Marius Niculae, antigo colega do madeirense no Sporting, entre 2001 e 2003. O romeno falou do futuro de CR7, mas também de uma parte menos conhecida do passado do craque luso.

"Ele não era um tipo sociável [no Sporting]. Tu tinhas de insistir muito para que ele fosse para a mesa connosco. Ele estava no seu próprio mundo. Às vezes, depois do treino, nós saímos juntos para comer, socializar, mas ele nunca vinha", começou por dizer Maris Niculae, ao portal DigiSport.

Já sobre a participação de Ronaldo no último Mundial: "Do meu ponto de vista, acho que o grupo já não o aceitou tão bem desta última vez. Acho que o Pepe é o único com quem ele se dá bem na seleção".

"As declarações que ele fez naquela entrevista [concedida ao Piers Morgan], que também levaram à sua saída do United, foram determinantes. Acho que ele agora escolherá o Al-Nassr ou então rumar aos Estados Unidos da América. Acho que ele quer entrar no mundo do cinema, de Hollywood", complementou.

Gabú: Jovens de "Boa Vontade" promovem a Gala regional, para distinção das personalidades que se destacaram na Região em 2022.

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Coreia do Norte forneceu Wagner? Conselho de Segurança dos EUA confirma

© Al Drago/Bloomberg via Getty Images

POR LUSA  22/12/22 

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americao revelou hoje que o Grupo Wagner, organização paramilitar russa, recebeu um carregamento de armas da Coreia do Norte, enquanto combate na Ucrânia juntamente com as forças do Kremlin.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, adiantou que os serviços de informaçõe dos Estados Unidos apuraram que a Coreia do Norte entregou à Wagner em novembro um carregamento de armamento, que incluía foguetes e mísseis.

"Avaliamos que a quantidade de material entregue à Wagner não vai mudar a dinâmica do campo de batalha na Ucrânia. Mas estamos preocupados com o facto de a Coreia do Norte estar a planear entregar mais equipamentos militares", referiu Kirby.

Segundo Kirby, os Estados Unidos calculam que a Wagner tem cerca de 50.000 funcionários a lutar na Ucrânia, incluindo 10.000 contratados e 40.000 condenados que o grupo recrutou nas prisões.

Os mercenários do Grupo Wagner já foram acusados pelo Ocidente e especialistas da ONU de vários abusos dos direitos humanos em África, inclusive na República Centro-Africana, Líbia e Mali.

A organização paramilitar enfrenta sanções dos Estados Unidos desde 2017.

O Departamento do Comércio norte-americano anunciou na quarta-feira novas restrições à exportação visando a Wagner, numa tentativa de restringir ainda mais o seu acesso a tecnologia e mantimentos.


Leia Também: EUA dizem que Coreia do Norte enviou armas ao Grupo Wagner

UE: "Fortalecer" uma Gâmbia democrática "é do interesse de todos"

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POR LUSA  22/12/22 

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, disse hoje que os 27 "condenam" a tentativa de golpe de Estado denunciada na quarta-feira pelo Governo da Gâmbia.

"A União Europeia condena a tentativa de golpe na Gâmbia e reafirma o seu total apoio ao Presidente Adama Barrow", escreveu Borrell na rede social Twitter.

Na sua mensagem, Borrell acrescenta que "fortalecer" uma Gâmbia democrática "é do interesse de todos".

O Governo da Gâmbia anunciou na quarta-feira que tinham sido detidos quatro militares e que tinha conseguido impedir um golpe de Estado, assegurando que a situação está "totalmente controlada"

De acordo com a agência France-Presse, não há qualquer outra confirmação desta alegada tentativa de golpe de Estado para além da declaração do Governo, havendo apenas alguns relatos de soldados que se deslocaram pelo quartel-general presidencial no centro da capital, Banjul, na terça-feira à noite, e boatos sobre uma tentativa de golpe.

Em comunicado, o porta-voz do Governo gambiano, Ebrima G. Sankareh anunciou que "a partir de informações secretas, alguns soldados do Exército gambiano estavam a conspirar para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow, mas o alto comando (das forças armadas da Gâmbia) montou rapidamente uma operação militar ontem [terça-feira] e deteve quatro soldados ligados a esta alegada tentativa de golpe".

Em Paris, o Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgou também hoje um comunicado que anuncia que "condena firmemente" a tentativa de golpe de Estado

A Gâmbia vive num regime multipartidário somente desde 2017, após cerca de 20 anos de ditadura de Yahya Jammeh.

A confirmar-se, esta seria a mais recente tentativa de golpe na África Ocidental desde 2020, após dois golpes bem-sucedidos no Mali e no Burkina Faso e outro na Guiné-Conacri, e uma tentativa na Guiné-Bissau, que está fisicamente próxima da Gâmbia, separada apenas por uma pequena faixa de 300 quilómetros de território senegalês.


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Administração Pública - Ministro qualifica de positivas atividades realizadas durante 2022

Bissau, 22 Dez 22 (ANG) – O Ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social qualificou de positivas as actididades levadas a cabo durante  2022 por aquela instituição.

Em declarações, esta quarta-feira, à imprensa, em jeito de balanço do ano prestar a terminar, e sobre as perspetivas para o próximo ano, Cerilo Mama Saliu Djaló  sustentou a sua afirmação com a promulgação do novo Código de Trabalho e a contenção, paulatina, da massa salarial, através do recenseamento de funcionários públicos.

Disse  que o recenseamento  permitiu ainda a abtenção de uma base única de dados, e que seja conheçida  a real situação da Função Pública, em termos de recursos humanos, e a formulação de programas de formação e de requalificação dos funcionários.

Segundo Cerilo Djaló, o novo Código de Trabalho prevê a criminalização do trabalho infantil, inclusão do trabalho portuário e doméstico  e aumentou o tempo de  licença de maternidade de 60 para 90 dias.

Acrescentou que o código permitiu ainda a atualização de multas,porque, diz, as antigas sanções  não desencorajam práticas de infrações.

Uma outra realização, segundo Cerilo  Djaló, tem a ver com a criação de um programa de trabalho digno, em parceiria com Organização Internacional de Trabalho(OIT).

Quanto ao Instituto Nacional de Segurança Social, destacou os trabalhos de   sensibilização sobre a prevenção e riscos de doenças profissionais para diminuir doenças e acidentes nos locias de trabalho e  sua integração   no protofolio de Conferência Internacional Africana de Previdência Social (CIPRES).

O ministro das Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social apontou a criação de condições para uma  maior robustez na proteção social, bem como a  mobilização de recursos externos e o reforço de capacidades de quadros e técnicos do INSS como vantagem da sua integração na CIPRES.

Nessa entrevista aos órgãos públicos de informação revelou que o rácio de funcionários público no páis é de 20 por mil habitantes, pelo que deve baixar mais porque ao nível da UEMOA o rácio  é de sete por mil habitantes.

 “Mama Saliu destacou que após o  recenseamento a folha de salário começou a ser processada a partir dos dados apurados e que atualmente, os salários de mais de quatro mil funcionários públicos entre pensionistas e activos, foram bloqueados definitivamente,”, disse o ministro.

Segundo o governante, os dados do recenseamento pirmitiram ao Governo, não só  saber quantos funcionários estão a caminho da reforma(552) assim como identificar as áreas com necessidade de  formação, conforme vagas apuradas, na Função Pública.

Perguntado sobre a estratégia para conter mais ingressos no aparelho de Estado, sem concurso público disse que a partir do próximo ano, o ingresso só será possível mediante realização de concurso público.

E quanto a ausência de avaliação de três em três anos, do desempenho determinado por lei,disse que é preciso que haja um conjunto de indicadores, tais como tarefas e  objectivos, e diz que “sem isso não é possivel fazer avaliação do desempenho dos funcionários públicos”. 

ANG/LPG//SG

Finanças - Ministro diz que o país caminha com “passos seguros” na implementação das metas traçadas pelo FMI

Bissau, 22 Dez 22(ANG) – O ministro das Finanças disse hoje que o país está a caminhar com “passos seguros” na implementação das metas traçadas pelos parceiros nomeadamente o Fundo Monetário Internacional(FMI).

Em entrevista exclusiva concedida à ANG, em jeito de balanço das atividades levadas a cabo durante 2022, Ilídio Vieira Té afirmou que se sentem que estão a cumprir à 100 por cento, as recomendações dos parceiros.

“Podem constatar que a título de exemplo, o país assinou um acordo com a equipa técnica do Fundo Monetário Internacional(FMI), que vai ser validado no seu Conselho de Administração, no próximo dia 30 de Janeiro de 2023”, salientou.

Acrescentou que chegar-se à essa etapa demonstra que o FMI considera que o país é credível e merece apoios.

Referiu que, há seis anos, o país não tinha nenhum acordo financeiro com o FMI, e que, com base neste bom desempenho, conseguiu-se arrastar apoio orçamental do governo francês e português que contribuíram com cinco mil euros cada.

“Isso significa que quando o dossiê da Guiné-Bissau for validado no Conselho de Administração do FMI, haverá mais apoios para o país”, sublinhou.

O governante frisou que as referidas “proezas” dignificam à todos os filhos da Guiné-Bissau, acrescentando que, isso deve-se, sobretudo, ao desempenho e a dinâmica do Presidente da República e do Primeiro-ministro.

Ilídio Té disse que o executivo está igualmente empenhado na melhoria de arrecadação de receitas, e que diz estarem a ser aplicadas na melhoria das infraestruturas do país.

“Penso que é visível o que está a acontecer na parte baixa da cidade de Bissau. As obras que estão a ser realizadas graças ao financiamento interno ou seja com fundos provenientes do Tesouro Público”, disse.

Afirmou que isso demonstra que o governo está empenhado em fazer um trabalho de forma a satisfazer as necessidades das populações no que toca a criação de infraestruturas.

Perguntado sobre o que estão a fazer para estancar a subida da massa salarial na Função Pública, uma vez que 80 por cento das receitas fiscais destinam-se ao pagamento de salário, Ilídio Té respondeu que, existe uma convergência no espaço UEMOA que estipula que a massa salarial não deve ultrapassar os 35 por cento.

“Ou seja a Guiné-Bissau já se situa em 80 por cento das nossas receitas fiscais, mas são aspectos que vêm de longos anos. Todos sabemos que é uma realidade no país, onde os partidos políticos metem as pessoas nas instituições do Estado para honrar os compromissos eleitorais”, disse acrescentando que o governo está a adoptar algumas medidas sobretudo no âmbito das reformas na Administração Pública.

Disse ainda   que existem muitas situações para resolver, sobretudo na carreira do pessoal, quadro orgânico, número elevado de conselheiros entre outros.

“A título de exemplo, quanto ao número elevado de conselheiros, o Presidente da República, tomou recentemente uma decisão sábia de redução drástica do número dos seus conselheiros ficando atualmente em 14, e os do Primeiro-ministro Ministro foram igualmente reduzidos restando com seis”, informou.

O governante sublinhou que, são exemplos de sinais visíveis do que está a ser feito no âmbito das reformas ao nível da Administração Pública, para a redução das despesas orçamentais. 

ANG/ÂC//SG

Vias rodoviárias - Ministro das Obras Públicas anuncia reabilitação de quase 37 por cento da rede rodoviária do país


Bissau, 22 Dez 22 (ANG) - O ministro  das Obras Públicas, Construção e Urbanismo anunciou que 37 por cento de 83 vias rodoviárias do país, que se encontravam num nível  de degradação muito elevado, estão reabilitadas.

Fidélis Forbs falava, quarta-feira (21) em entrevista conjunta aos órgãos públicos de informação, nomeadamente a ANG, jornal Nô Pintcha, RDN e TGB, em jeito de balanço dos trabalhos levados ao cabo pelo seu ministério em 2022.

O governante defende que é preciso ter um país estável para poder concluir grandes projetos e atingir os objetivos fixados no início da governação, em 2020.

Forbs diz estar minimamente satisfeito com os resultados das obras realizadas, apesar de faltar mais obras e projetos para concluir o que estava planeado para 2022 , no setor das obras públicas.

Disse que o governo, através das Obras Públicas, tem várias obras já executadas e outras em execução com financiamentos já aprovados.

A título de exemplo, citou a conclusão da Avenida Macky Sall e a Muhamudu Bhuri que foram  completamente recuperadas.

Referiu-se a obra da estrada de Sitec que também faz parte das obras  que foram executadas e que anteriormente estavam com um nível de degradação muito alto, e que era necessário, não só a sua reabilitação mais também que tinham uma necessidade urgente da sua ampliação e construção de passeios.

“Temos obras em execução, nomeadamente as do Aeroporto até Safim, a recuperação e manutenção profunda da estrada de Safim até  São Domingos, de mais ou menos 105 à 107 quilómetros”, salientou.

Forbs afirmou que estão igualmente empenhados na reabilitação do eixo Ingoré-Begene-Farim, uma extensão de 60 quilómetros.

Disse que, ao nível do Sul do país também existem obras em execução, nomeadamente  a  manutenção da estrada  Bambadinca-Buba,uma distância de 100 quilómetros bem como Fulacunda/Nova Sintra, na região de Quinará, tido como  um dos eixos principais para  circulação de pessoas e bens  ao nível daquela região.

Aquele governante sublinhou que têm ainda  em carteira com  início previsto para o próximo ano, as obras do troço da segunda cintura de Bissau ,que compreende a Retunda da Guimetal até a Escola Nacional de Saúde, passando  pelo prédio  libanês, Sobrade, Cuntum Madina,o Estádio 24 de Setembro e  até estrada das Nações Unidas.

Disse que o referido projeto vai abranger a segunda saída de Bissau que abrange áreas  de Antula em direção a  Universidade Jean Piaget, atravessando o canal impernal para Nhacra.

Segundo Fidélis, trata-se de uma obra já com garantias de financiamento  do Banco Árabe para o Desenvolvimento de África(BADEA).

Forbs disse que, neste momento, está em fase de atualização dos  estudos a estrada de Antula, em curso  há mais de oito anos, salientando que é preciso ser atualizado para depois passar a fase de preparação do caderno de encargo e posterior lançamento ao concurso e avaliação para se chegar a publicação do vencedor e dar  início a execução da obra.

“Ainda há outro projeto que é de Boké/Quebo que já ultrapassou todas estas fases de estudos de anteprojeto sumário e detalhado, caderno de encargo, concurso e neste preciso momento está em processo de avaliação para se anunciar  o vencedor e dar inicio a obra. Significa que, em 2023, estas obras vão começar”, diz Fidélis Forbs.

O governante referiu-se  ainda ao projeto de construção da  Ponte de  Farim e da estrada Farim/Dungal acrescido de quatro quilómetros de estrada dentro de  cidade de Farim, acrescentando  que é um projeto que está em curso e tem um financiamento aprovado.

“Outro projeto, muito importante, é a  construção da Estação de Pesagem de Viaturas, que se instalará  depois do aeroporto de Bissau, ao lado da fábrica de espuma”, disse.

Forbs realçou que a estação de pesagem é extremamente importante para a vida de uma estrada, porque define o gabarito e o próprio eixo do carro, tendo em conta que a viatura deve possuir um determinado peso para correr numa  estrada para  permitir que ela dure mais anos.

Disse que, um dos fatores de degradação da rede rodoviária é exatamente a falta de estação de pesagem de viaturas no país.

“Por essa razão, é primeira vez na história do país que vai ser construida uma estação de pesagem. Se tudo correr como planeado, no final de Janeiro de 2023 será feito o lançamento da primeira pedra para a sua construção”, disse.

Salientou  que está em curso uma grande obra rodoviária de transformação de cidade de Bissau com  várias fases e diz que dentro de duas  ou três semanas pode-se  estar a fechar o asfaltamento do projecto de Bissau Velho, para se avançar para  fases de pinturas.

Em relação aa obras de construção da autoestrada Aeroporto-Safim, Fidélis Forbs disse que as obras estão a decorrer no seu ritmo normal, apesar de pequenos atrasos, relacioanados a busca de  consensos entre o Governo e os moradores sobre o paagamento das indeminizações decorrentes das demolições  de casas e outras pertenças afetadas.

“Neste momento estamos a negociar com todas as pessoas que tem os seus documentos em ordem e já começamos o processo de pagamento de indemnizações”, disse o governante.

Assegurou que se tudo correr bem, na segunda semana de Janeiro, as demolições propriamente ditas vão arrancar.

ANG/MIÂC//SG    

ANÚNCIO DE CONCURSO PARA RECRUTAMENTO DE CONSULTOR(A) NACIONAL

JORNAL ODEMOCRATA  22/12/2022 

A Representação da FAO na Guiné-Bissau vem por este meio anunciar o lançamento de um concurso para o preenchimento do posto de Consultor(a)/Expert para prestação de serviços, no âmbito da implementação do Projeto: UNJP / GBS / 041 / PBF.

Consultor nacional sobre conflitos em pastorícia (12 meses com um período experimental de 3 meses).

Os candidatos interessados ao posto devem entregar os seus CV e uma carta de motivação redigidos em francês no escritorio da FAO, Avenida Francisco Mendes, ao lado do Restaurante Papalouca, com a menção do posto no envelope ou enviar por correio electrónico para o endereço  FAO-GW@fao.org.

A data limite para a entrega das candidaturas é no dia 07 de Janeiro de 2023.

A Representação da FAO na Guiné-Bissau


A mensagem do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló por ocasião da festa de Natal.

Radio Voz Do Povo


ÚLTIMA HORA: Caso da CNE: Cipriano Cassama põe "ponto final" nas auscultações com os partidos políticos.


Vídeo by:  Radio TV Bantaba

Cancro: o balanço de 2022 e as prioridades para 2023

Isabel Galriça Neto, Luís Costa, Teresa Bartolomeu e António Medina de Almeida durante a reunião moderada pela jornalista da Sic Notícias Nelma Pinto, ao centro

Sara Fevereiro  sicnoticias.pt  22 DEZEMBRO 2022

O ano de 2022 não foi mais fácil que o anterior e o ano que se segue também não se adivinha mais tranquilo. Na saúde, nomeadamente na área da oncologia, os desafios atuais são enormes e os objetivos claros. O novo plano nacional contra o cancro - que ainda não foi implementado - mostra que as metas traçadas requerem muito trabalho e reorganização para serem alcançadas.

Promover estilos de vida saudáveis, melhorar o ambiente, melhorar a cobertura dos rastreios já existentes e a sua acessibilidade, reformular a estrutura nacional de cuidados dentro do SNS, aumentar a capacidade de resposta dos cuidados paliativos, obter mais informação sistematizada sobre os sobreviventes de cancro no país e incluir os cancros pediátricos e hereditários pela primeira vez na estratégia são as propostas mais sonantes.

Mas estará este documento à altura de fazer frente às necessidades? Que balanço podemos fazer de 2022 e como devemos olhar para o futuro?

Para debater estas questões, o Tenho Cancro. E depois? contou com António Medina Almeida,diretor do Serviço de Hematologia do Hospital da Luz, Isabel Galriça Neto, diretora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, José Mário Mariz, médico onco-hematologista do IPO do Porto, Júlio Oliveira, presidente IPO Porto, Luís Costa, diretor Serviço de Oncologia Hospital Santa Maria, Maria Rita Dionísio, diretora Médica da Novartis, Teresa Bartolomeu, responsável de Marketing da Médis e Vítor Neves, presidente Europacolon Portugal.


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Conheça as principais conclusões do debate:

  • 2022 foi um ano pós-pandemia, um ano em que os profissionais se preparam para um fluxo muito grande de doentes, com uma estrutura que era a que existia prévia à pandemia, afetada porque durante o período mais crítico houve ajuste de recursos humanos, procedimentos diferentes e, sobretudo, profissionais muito desgastados;

  • Os casos de cancro em estado avançado tem aumentado, assim como as listas de espera. “Estamos a trabalhar no limite em termos de capacidade de resposta”, alerta Luís Costa, diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa;

  • Os cuidados de saúde primários estão a aproximar-se daquilo que era o seu funcionamento antes da chegada da covid-19, mas há um problema, que é a falta de recursos humanos, que se foi agravando durante a pandemia e que continua agora;

  • Os especialistas pedem mais autonomia para 2023, sendo depois pedida a responsabilidade por objetivos;

  • “As pessoas com cancro deixaram de ser prioritárias por causa da covid”, diz Isabel Galriça Neto, referindo também que, no que toca aos cuidados paliativos, como os doentes não têm resposta do público, fazem um “esforço hercúleo” para serem tratados no privado, que também já está a atingir o limite da sua capacidade;

  • O circuito de diagnostico e aprovações “ficou danificado” pela pandemia, explica António Medina de Almeida, e é urgente recuperá-lo;

  • Os curadores põe também a tónica na dificuldade de acesso. “Nós sentimos a carência dos especialistas em responder em tempo oportuno e isso resulta em falta de acesso os doentes”, diz Vítor neves. Um acesso que, apesar dos esforços que se têm feito, está longe de ser igualitário;

  • A preocupação dos portugueses com o acesso à saúde aumentou significativamente. Antes da pandemia, os seguros “abrangiam 2.5 milhões de portugueses e agora 3.3 milhões”, refere Teresa Bartolomeu;

  • Aumentar a literacia e a prevenção primária está entre as prioridades para o próximo ano, uma vez que ainda há muito a fazer nesta área. Hoje temos 1.3 milhoes de pessoas que fumam, diariamente, em Portugal. 67.6% da nossa população tem excesso de peso e 50% da população portuguesa não come fruta ou vegetais;

  • Diagnosticar precocemente continua a ser um dos focos principais para 2023, mas para isso, cuidados de saúde primários e rastreios têm que funcionar em pleno;

  • Quanto aos novos rastreios anunciados recentemente, os curadores do Tenho Cancro. E depois? acreditam que é um começo, mas que não basta identificar as pessoas, é preciso que depois seja dado o acompanhamento necessário em caso de suspeita de cancro;

  • Desburocratizar o sistema de saúde para agilizar processos é mais um dos problemas que migram para o próximo ano. "Tem que haver mudança nesse sentido para conseguirmos avançar mais rápido", acredita o presidente do IPO do Porto, Júlio Oliveira

  • Gerir melhor os dados e criar a tão desejada rede de referenciação - que está contemplada no novo plano de combate ao cancro, mas que ainda não existe -, são outras prioridades apontadas. Com a chegada do novo CEO do SNS, Fernando Araújo, há quem acredite a situação da oncologia portuguesa pode mudar finalmente porque ele é alguém “que tem uma capacidade e um conhecimento muito grande no sector”, diz José Mário Mariz, mas há também quem refira que quem está no terreno deve ser ouvido primeiro e que, só assim, se podem tomar decisões mais acertadas.

Saiba mais sobre o futuro da oncologia nacional na edição em papel de 23 de dezembro do Jornal Expresso