segunda-feira, 13 de junho de 2022

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE SOFRE GOLEADA HISTÓRICA DIANTE DA NIGÉRIA POR 10-0

 Rádio Jovem Bissau

A selecção santomense averbou esta tarde a segunda derrota consecutiva neste arranque da fase de qualificação ao CAN 2023 da Costa do Marfim.

Desta vez, os nossos irmãos da lusofonia foram goleados na recepção a Nigéria, por 10-0, no duelo referente a 2ª jornada do Grupo-A. O encontro foi disputado no Stade d'Agadir (Marrocos), pelo facto de São Tomé e Príncipe atualmente não possuir Estádios aprovados pela CAF.

Os golos da partida foram apontados por Victor Osimhen (4x), Moffi (2x) , Simon, Etebo, Lookman e Dennis (g.p).

Com essa derrota, a selecção santomense mantém-se lanterna vermelha da tabela classificativa do grupo. Ao passo que a Nigéria soma o segundo triunfo consecutivo, isolando-se na liderança com 6 pontos.

Para a conclusão da segunda ronda do grupo-A, defrontam-se ainda hoje , segunda-feira (13), às 17h, às seleções da Guiné Bissau e Serra Leoa.

Cerimónia de abertura da primeira Reunião Ordinária do Comité Consultivo de Concorrência da UEMOA na Guiné-Bissau (na sua 26.ª Sessão)


 Rádio Jovem Bissau 

UNIÃO EUROPEIA FINANCIA À GUINÉ-BISSAU 13 MILHÕES DE EUROS PARA AS ÁREAS DE SAÚDE E COOPERAÇÃO.

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

"- A União Europeia acaba de formalizar com as autoridades da Guiné-Bissau um acordo de financiamento para apoiar  a Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal e Infantil no país  e o Mecanismo de Cooperação  com a Guiné-Bissau.

Esta acção inscreve-se no âmbito de financiamento do plano de ação anual, 2021 de Bruxelas a favor da Guiné-Bissau".

#ChefiadogovernoGB2022 

#GCPM 

1️⃣3️⃣0️⃣6️⃣2️⃣2️⃣✔


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Por LUSA   13/06/22 

A Guiné-Bissau e a União Europeia assinaram hoje um acordo de financiamento de 13 milhões de euros para apoiar a saúde das mulheres e crianças e o mecanismo de cooperação, anunciou, em comunicado, o Ministério das Finanças.

Segundo o comunicado, a "ação inscreve-se no âmbito do financiamento do plano de ação anual 2021 de Bruxelas a favor da Guiné-Bissau e o acordo foi assinado entre o ministro das Finanças, João Fadiá, e a chefe da Unidade para a África Ocidental da direção-geral de Parcerias da União Europeia, Francesa Di Mauro.

O Ministério das Finanças precisa que para o setor da saúde vão ser desembolsados 10 milhões de euros para dar assistência à "saúde reprodutiva de modo a garantir uma cobertura universal de saúde, visando contribuir para a redução da mortalidade materna e infantil na Guiné-Bissau".

A União Europeia apoia desde 2013 através do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna Infantil na Guiné-Bissau a diminuição da mortalidade das crianças menores de cinco anos e das mulheres grávidas, com consultas, atos médicos e medicamentos gratuitos.

Os restantes três milhões de euros foram mobilizados no âmbito do "Mecanismo de Cooperação", que pretende reforçar a parceria entre a União Europeia e a Guiné-Bissau, acrescenta o comunicado do Ministério das Finanças.

Ex-primeiro-ministro russo questiona decisões de Putin e avisa Báltico... "Se a Ucrânia cair, os estados Bálticos serão os próximos"

© Getty

Notícias ao Minuto  13/06/22 

Mikhail Kasyanov governou a Rússia entre 2000 e 2004 e é um dos mais proeminentes críticos de Vladimir Putin.

O antigo primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Kasyanov, que governou o país entre 2000 e 2004, alertou esta segunda-feira que a guerra poderá durar dois anos e que as ameaças de Vladimir Putin sobre os países do Báltico não devem ser encaradas com leviandade.

Em entrevista à agência France-Presse, citada pelo The Guardian, Kasyanov - que passou para a oposição russa depois de ter sido afastado pelo atual presidente russo em 2004, comentou que Putin está "perdido, não em termos médicos, mas em termos políticos".

"Eu simplesmente conheço estas pessoas, e olhando para elas vejo que Putin está perdido. Não em termos médicos mas em termos políticos. Eu conheci um Putin diferente", afirmou.

Kasyanov é um histórico líder russo do pós-colapso da União Soviética, tendo passado pelos cargos de ministro das Finanças e primeiro-ministro, e ajudado o primeiro presidente russo, Boris Yeltsin, nos anos 90. Em 2004, o primeiro-ministro foi afastado pelo presidente, Vladimir Putin, com quem discorda. Após a sua saída, Kasyanov tornou-se num dos rostos da resistência russa, fundando o Partido da Liberdade e tentando concorrer contra Putin em várias eleições - sempre sem sucesso ou impedido de participar pelo autocrata.

O antigo líder russo também afirmou que acredita que a guerra irá prolongar-se durante dois anos, deixando claro que é crucial que a Ucrânia ganhe, pela segurança da Europa. "Se a Ucrânia cair, os estados Bálticos serão os próximos", disse, ecoando as esporádicas ameaças do Kremlin a países que pertenceram outrora à União Soviética ou ao Império Russo.

No que diz respeito ao futuro de uma Ucrânia, caso esse futuro consista numa tomada pelos russos, Mikhail Kasyanov acredita que Putin irá eventualmente nomear um hipotético sucessor ao seu poder, mas o antigo primeiro-ministro ainda acredita num final feliz.

"Estou certo que a Rússia regressará ao caminho da construção de um estado democrático", afirmou.

Desde o início da guerra, o regime russo tem impedido e oprimido quaisquer formas de manifestação e protesto contra a invasão, uma opressão que também passa pela suspensão de órgãos de comunicação social que não partilhem a propaganda do Kremlin.

A guerra na Ucrânia já matou mais de 4.200 civis ucranianos, segundo apontam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em cidades bombardeadas ou tomadas pelos russos, como é o caso de Mariupol, onde se estima que tenham morrido dezenas de milhares de pessoas.

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@Speak The Truth

A Polícia de ordem pública impediu a vigília dos professores convocada pela Frente Comum esta segunda-feira (13.06), alegando ordens superiores.

A vigília terminou com ferimentos e detenções.👇


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Por LUSA    13/06/22 

A polícia guineense dispersou hoje uma manifestação de um grupo de professores junto à sede do Governo, em Bissau, numa ação considerada de "violência desnecessária e excessiva" pelo porta-voz da Frente Comum dos Sindicatos dos Docentes, Sene Djassi.

Os professores recentemente admitidos no sistema do ensino público estavam a manifestar o seu desagrado por terem nove meses de salários por receber, observou o sindicalista.

Sene Djassi adiantou aos jornalistas que a carga policial resultou no "ferimento grave" de dois professores e na detenção de um docente levado para o Ministério do Interior.

"Com este tipo de atuação da polícia estão a afugentar os investidores no nosso país", disse o porta-voz dos sindicatos dos professores, que responsabiliza o ministro do Interior pelo sucedido.

"A responsabilidade é inteiramente do ministro do Interior, Botche Candé, que é curiosamente presidente do Partido dos Trabalhadores que hoje saíram à rua e foram barbaramente agredidos", notou Sene Djassi.

O sindicalista afirmou ainda que a violência utilizada pela polícia, que se defende dizendo que a manifestação não tinha sido autorizada, demonstra o "nível de degradação" do Estado em que se encontra a Guiné-Bissau.

Sene Djassi prometeu para quarta-feira o anúncio público de novas formas de luta, que disse, não passarão pelas manifestações de rua, mas, por exemplo, reter as fichas de avaliação dos alunos ou uma greve geral dos professores.

"Estamos num Estado de direito, não estamos num Estado selvagem", notou Djassi, para frisar que a manifestação dos trabalhadores ou de cidadãos não carece de qualquer autorização prévia por parte da polícia "ou de quem quer que seja", disse.

O sindicalista observou que os professores saíram à rua hoje devido ao "incumprimento de promessas" de pagamento dos salários, alegadamente feitos pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e pelo primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

"Prometeram que iam pagar até dia 10 do mês maio dois meses de salário em atraso e agora em junho outros dois meses", sublinhou Sene Djassi.

Presidência da República reage declarações do presidente do PAIGC.

Jun 12, 2022

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Bissau,13 jun 22(ANG) – O porta-voz da Presidência da República, disse que, uma vez mais, o líder do PAIGC Domingos Simões Pereira está a tentar focalizar uma questão de estrito interesse nacional, que é a participação do partido num Governo inclusivo de Iniciativa Presidencial, com as condições que chama de “mundanas” de índole pessoal, que visem “furtar-se” à justiça.

António Óscar(Kankan) Barbosa, reagia à uma alegada entrevista dada a Voz de América pelo líder do PAIGC, em que, Simões Pereira terá dito que apresentou ao Presidente da República algumas condições prévias antes de qualquer decisão  para satisfazer o  convite  para o PAIGC integrar o Governo de sua Iniciativa, nomeadamente  a abolição de quaisquer actos  de violação dos Direitos civis e políticos dos cidadãos, entre outras.

Kankan diz que são falsas e nega que nenhuma dessas questões foram  abordadas.

Num comunicado do Gabinete de Comunicações e Relações Públicas da Presidência enviada à ANG, Kankan disse que é ocasião para  dizer “basta” ao Domingos Simões Pereira e as suas “manobras sórdidas” e dizer-lhe para ter a coragem e hombridade de separar as águas e dignar-se, tal  como qualquer cidadão comum, a enfrentar a justiça.

“Estamos absolutamente certos, enquanto porta voz da Sua Excelência Senhor Presidente da República, daquilo que estamos a afirmar e disso podem testemunhar os dirigentes do PAIGC, nomeadamente o comandante Manuel dos Santos Manecas, Adiatu Djalo Nandigna, Ali Hijazy e Adriano Ferreira(Atchutchi), que tiveram a oportunidades de assistir as audiências acordadas pelo chefe de Estado ao PAIGC”, disse.

O comunicado  refere que, numa das audiências, Domingos Simões Pereiras tentou condicionar a participação do PAIGC no Governo de Iniciativa Presidencial ao solicitar a intervenção do Presidente da República no sentido deste mandar parar os processos judiciais que pendem sobre ele e da situação gerada por um militante do partido, a que Tribunal Regional de Bissau mandou suspender e fazer reiniciar todo o processo de preparação do Congresso do partido.

Como resposta, prosseguiu António Óscar Barbosa, o chefe de Estado dissera que os assuntos judiciais, nada têm a ver com o Presidente da República e que ele jamais interferiu e nunca intervirá  nos trabalho e nas decisões dos tribunais.

“Perante esta manobra do DSP, estamos a crer que chegou o momento dos guineenses principalmente, os dirigentes e militantes do PAIGC caírem na realidade de que Domingos Simões Pereira é um “embuste político”, que se serve, de forma descarada e cobarde, duma grande instituição política que é o PAIGC para se eximir das suas responsabilidades extra políticas de exclusivo foro judicial”, disse.

Segundo Kankan Barbosa, Domingos Simões Pereira, mais uma vez, está a utilizar o seu “malabarismo político”, para fugir a verdade, aproveitando-se de um convite do chefe de Estado para integrar um Governo de Iniciativa Presidencial, para “oportunamente”, trazer a colação, as questões alheias como a situação dos direitos humanos, que é da responsabilidade transversal de toda a sociedade e não do Presidente da República. 



Bissau, 13 Jun 22 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), não integrou o Governo de Iniciativa Presidencial, por incumprimento de condicionalismo para o partido prencher os postos ministeriais propostos.


A informação consta no comunicado sobre a 2ª  reunião extraordinária do Bureau Político(BP) do PAIGC, realizada no passado dia 09 de junho,na qual se analisou  a situação política vigente no país e o andamento e a avaliação do processo negocial por parte da Comissão Permanentente do partido para a eventual integração no Governo de Iniciativa Presidencial.

Segundo o comunicado, foram apresentadas algumas condições prévias, para o partido integrar o novo Gioverno.

Dentre as condições, constam a eliminação de todos os atos de violação dos direitos civis e políticos, dos cidadãos e das entidades nacionais, a eliminação de todas e quaisquer interferências de entidades estranhas ao jogo político, nomeadamente as instâncias judiciais e  criação de um ambiente de paz e de apaziguamento que permita a preparação do processo eleitoral com condições para garantir a liberdade,  justiça e  transparência do ato eleitoral.

Estas propostas, refere o comunicado, receberam o melhor acolhimento nas primeiras abordagens, seguindo-se inclusive promessas de seu imediato atendimento, tendo o coordenador da equipa de contacto recebido uma correspondência não assinada e sem logotipo institucional, através da qual se informava o partido de estar convidado para preencher algumas pastas no Governo.

“Apesar de reiteradas promessas e, perante a insistência da Comissão Negocial em dispor de evidências que assegurem o comprometimento das partes pelo respeito dos pressupostos acima descritos, as posições foram mudando, tendo passado de cumprimento absolutamente certo, para promessa de cumprimento, mas sem prazos fixos, até que finalmente chegou a indicação de que não se aceitava nenhum condicionamento ao preenchimento dos postos ministeriais propostos”, refere o comunicado.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reitera, por via desse comunicado, a determinação de manter a sua contribuição para a paz na Guiné-Bissau, com base na linha dos seus princípios e na defesa intransigente dos direitos e liberdades inerentes à Constituição de um Estado de Direito Democrático na República da Guiné-Bissau.

A nota acrescenta  que as pastas anteriormente concedidas ao PAIGC são, o Ministério da Economia, Plano e Integração Regional, o Ministério dos Recursos Naturais, Petróleo e Minas, o da Educação Nacional, a Secretaria de Estado do Plano e Integração Regional e a Secretaria de Estado da Juventude, Emprego e Formação Profissional e Posteriormente, e na sequência de contactos posteriores, seria verbalmente acrescentada a essa lista a Secretaria de Estado da Gestão Hospitalar.

A nota referiu também que o Bureau Político instruiu a Comissão Permanente do partido a manter aberta a via do diálogo, à luz do mandato recebido pelo BP, avaliando, a cada momento, os elementos disponíveis e tomar as decisões que entender coadunar-se com os superiores interesses do partido e da nação guineense. 

sexta-feira, 10 de junho de 2022

GUINÉ-BISSAU - NOTA INFORMATIVA № 00352 DE 09 DE JUNHO DE 2022: DECRETO PRESIDENCIAL № 26/2022

  • NOTA INFORMATIVA  00353 DE 09 DE JUNHO DE 2022: DECRETO PRESIDENCIAL № 27/2022👇



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O General Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas empossou esta manhã o novo Executivo Guineense, numa cerimónia que decorreu no Palácio da República.

No seu pequeno improviso, o Chefe de Estado colocou tónica em quatro questões que considera como fundamentais.
 
Primeiro que o Governo deve concentrar a sua atenção e determinação numa boa gestão da coisa pública e de trabalhar no sentido de organizar as próximas eleições legislativas de acordo com o calendário estabelecido;

Segundo deve o Executivo pautar a sua acção na transparência e rigor e só proceder a mudanças quando flas forem absolutamente necessárias em termos de pessoal nas diferentes direcções;

Terceiro e neste capítulo chamou a atenção da PGR e Tribunal de Contas, para a urgente necessidade de auditar com rigor e transparência todas as Instituições do Estado começando pela Presidência da República, acentuando que a luta contra a corrupção deve ser seriamente assumida, não com carácter persecutório, mas sim com justiça;

Na sua quarta prioridade chamou a atenção do Ministério do Interior para a urgente necessidade de tomar medidas adequadas de modo a proteger as populações alvos de roubos dos seus haveres. Outrossim, defendeu a urgência de se acabar com as violações dos direitos humanos exigindo uma conjugação de esforços entre a Guara Nacional e a Polícia Judiciária e a consequente tradução em justiça dos culpados. Neste capitulo chamou à responsabilidade do Presidente do STJ para o rapido preenchimento de todos os Tribunais, salientando que isso não era da competência do Presidente da República mas sim do Tribunal Superior.

 

São exonerados os membros do governo sob proposta do PM..
Fernando dias.
Mário Siano fambe.
Tcherno Djalo.👇


 
JORNAL ODEMOCRATA  11/06/2022

O Porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS), Raimundo Agostinho Ialá, afirmou esta sexta-feira, 10 de junho de 2022, que o partido vai integrar o governo para preencher o vazio deixado pelos três dirigentes do PRS exonerados ontem, na sequência da sua falta de comparência na cerimônia de tomada de posse do novo executivo de iniciativa presidencial.

O porta-voz do PRS disse que os dirigentes dos renovadores só não tomaram posse por “ lapso” de comunicação entre o partido e a Presidência da República.

Raimundo Ialá falava à imprensa após a reunião da Comissão Política realizada na sede histórica do partido, em “Kundoc”,  Bairro de Míssira.

Confirmou que o chefe de Estado endereçou um “convite formal”  ao partido, que o respondeu positivamente.

“O PRS sempre acompanhou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló”, disse, para de seguida informar que na última reunião da comissão política, o partido reiterou a sua posição de continuar no governo.

“Na reunião de hoje, o partido confirmou a mesma posição e congratula-se por os seus elementos terem tomado posse hoje e em relação aos que não tomaram, devido a um lapso de comunicação, o partido vai envidar esforços para colmatar essa vacatura”, assegurou.

Questionado sobre como o partido vai ultrapassar essa situação respondeu que na política sempre há “alternativas e saídas” para cada caso e que soluções podem ser encontradas, através de contatos que a direção superior irá promover, em breve.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A


PRS afirma que a ausência dos seus três dirigentes na cerimónia de posse dos membros do Governo da Iniciativa Presidencial foi uma falha de comunicação e, promete entabular contactos para superar a situação_ COMISSAO POLÍTICA NACIONAL_👇

@Radio Bantaba  Jun 11, 2022

sábado, 4 de junho de 2022

UCRÂNIA/RÚSSIA: Forças de Kyiv tentam retomar controlo total de Severodonetsk

© Lusa

Por LUSA  04/06/22 

As forças ucranianas tentam "retomar o controlo total" de Severodonetsk, uma cidade estratégica no leste da Ucrânia, afirmou hoje o presidente da câmara local, Olexandre Striouk.

"Tem havido alguns sucessos" das tropas russas "que conseguiram entrar na cidade e assumir o controlo de boa parte dela, dividindo-a em duas, mas os nossos militares conseguiram recolocar-se e construir uma linha de defesa", precisou.

"Atualmente está a ser feito tudo para que a Ucrânia consiga retomar o controlo total" da cidade, declarou o autarca de Severodonetsk, numa entrevista televisiva divulgada na conta regional na rede Telegram.

O Ministério da Defesa russo tinha anunciado pouco antes que unidades militares ucranianas retiraram-se da cidade de Severodonetsk.

"Unidades do exército ucraniano, tendo sofrido perdas críticas na luta por Severodonetsk (até 90% em várias unidades), recuam para Lysychansk", uma cidade vizinha, declarou o Ministério da Defesa russo, em comunicado.

"A situação é bastante difícil, fazemos o possível por afastar o inimigo da cidade, os combates de rua prosseguem, acompanhados por disparos regulares de artilharia", sublinhou Striouk.

"As nossas forças armadas estão confiantes que vão conseguir", acrescentou.

"Os combates pelo controlo total de Severodonetsk prosseguem", declarou, por seu lado, o estado-maior das forças ucranianas, num ponto de situação feito hoje, sem mais detalhes.

A conquista da cidade de Severodonestsk é essencial para a Rússia conseguir o controlo de todo o Donbass, uma região ocupada parcialmente por separatistas pró-russos apoiados por Moscovo desde 2014.

Severodonetsk tinha antes da guerra cerca de 100.000 habitantes.

A ofensiva russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para apoiar Kyiv e com o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


Itália diz que começou "guerra mundial do pão"... O ministro italiano dos negócios estrangeiros, Luigi di Maio, disse hoje que começou "a guerra mundial do pão", com o bloqueio de cereais na Ucrânia e o consequente "risco de novos conflitos em África".

© Lusa

Por LUSA  04/06/22 

"A guerra mundial do pão já está em marcha e temos de a parar. Arriscamo-nos a ter instabilidade política em África, a haver proliferação de organizações terroristas, a ter golpes de estado. É isto que pode produzir a crise dos cereais que estamos a viver", afirmou.

A Ucrânia, país em guerra desde 24 de fevereiro, quando foi atacado militarmente pela Rússia, é um dos maiores produtores mundiais de cereais e fertilizantes agrícolas, que exportava para todo o planeta, sendo estas produções fundamentais para a segurança alimentar em regiões como o Médio Oriente e o Norte de África.

O bloqueio dos produtos ucranianos por causa da guerra está a dificultar ou mesmo a impedir o acesso aos cereais por parte de países vulneráveis.

O ministro italiano disse que tem de haver "um acordo de paz o mais depressa possível, que abranja os cereais".

"Há 300 milhões de toneladas de cereais bloqueadas nos portos ucranianos pelos barcos de guerra russos", disse Luigi di Maio.

"Estamos a trabalhar para que a Rússia desbloqueie a exportação de trigo desde os portos ucranianos porque corremos o risco, neste momento, de estalarem guerras novas em África", acrescentou.

O chefe da diplomacia italiana lembrou que haverá uma "primeira sessão de diálogo" com os países do Mediterrâneo sobre a segurança alimentar", no dia 08 deste mês, e que Itália vai trabalhar junto de países como a Alemanha, Turquia, França e "muitos outros" para alcançar o objetivo de desbloquear o trigo que está na Ucrânia.

Itália ofereceu-se há alguns dias para desminar os portos ucranianos e criar "corredores marítimos" para o transporte de trigo.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, falou por telefone com o Presidente russo, Vadimir Putin, para lhe pedir o desbloqueio da exportação de cereais a partir da Ucrânia, incluindo dos portos do Mar de Azov, como Mariupol, ocupados pela Rússia.

Putin respondeu que haverá exportação de cereais se o Ocidente levantar as sanções que impôs à Rússia pelo ataque à Ucrânia.

A agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) já alertou para as consequências desta guerra na segurança alimentar em todo o mundo, já que tanto a Rússia como a Ucrânia são dos maiores produtores de cereais do planeta.

Itália, com a colaboração da FAO, que tem sede em Roma, está a organizar um encontro ministerial dos países do Mediterrâneo, no próximo dia 08 de junho, para fazer um diagnóstico da situação e tentar definir medidas que responsam às consequências da guerra na Ucrânia a nível da alimentação, sobretudo, na região do Mediterrâneo e em África.


Leia Também: Duplicar produção de cereais? "É uma boa notícia"

CEDEAO adia decisões sobre sanções ao Mali, Guiné-Conacri e Burkina Faso

© Yassine Gaidi/Anadolu Agency/Getty Images

Por LUSA  04/06/22 

Os líderes da África Ocidental, reunidos hoje em Acra, falharam um acordo sobre sanções contra os regimes golpistas no Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri, e voltam a reunir-se no dia 3 de julho na capital ganesa.

As decisões da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "são adiadas para uma cimeira aqui em Acra em 3 de julho", informou um funcionário da presidência ganesa da organização regional africana, em declarações a um correspondente da agência France Presse, sob condição de anonimato.

Um participante na cimeira fez saber, também sob condição de anonimato, que os chefes de Estado reunidos na capital do Gana não tinham chegado a acordo, "especialmente em relação ao Mali".

Os líderes dos Estados membros da CEDEAO tinham como objetivo decidir se deveriam aliviar ou endurecer as sanções contra os países em causa, onde as respetivas juntas militares não revelam intenções de entregar a curto prazo o poder a governos civis legitimamente eleitos.

"Esta cimeira irá rever e avaliar a situação no Mali, Guiné-Conacri e Burkina Faso à luz dos recentes acontecimentos na região e do contexto global que afeta os nossos países", afirmou o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, na abertura da sessão da CEDEAO, que contou com a presença dos chefes de Estado da maioria dos 15 países membros, com exceção dos três países.

A organização -- cujos trabalhos decorreram à porta fechada - começou por tentar decidir o que fazer em relação às duras medidas de retaliação impostas ao Mali em 9 de janeiro último para travar o plano dos militares, que decidiram estabelecer um período de cinco anos para a transição para a democracia.

O Burkina Faso, outro país da região do Sahel assolado pela violência de grupos extremistas islâmicos, e a Guiné-Conacri estão por enquanto apenas suspensos dos corpos da CEDEAO. Por outro lado, as juntas militares no poder nestes dois países pretendem levar por diante um período de transição de três anos.

A África Ocidental foi palco de uma sucessão de golpes de Estado militares levados a cabo por oficiais superiores, coronéis e tenentes-coronéis, em menos de dois anos. O primeiro ocorreu no Mali, em 18 de agosto de 2020, e foi desde logo fortemente repudiado pela comunidade internacional, com a França à cabeça, e sobretudo pela CEDEAO.

Em 20 de abril de 2021 foi anunciada a morte do Presidente do Chade, Idriss Déby Itno, em circunstâncias misteriosas na frente de batalha, não obstante ter quase 70 anos e mais de 30 anos de poder absoluto do país.

Nesse dia, o mundo foi informado de que um dos seus filhos, o general Mahamat Idriss Déby Itno, passava a dirigir os destinos do Chade, à frente de uma junta de 15 generais, e demitia o governo, dissolvia o parlamento e revogava a Constituição.

Não obstante as semelhanças em relação a outras "mudanças inconstitucionais de governo", a UA, mas também a UE, com a França à cabeça, e a CEDEAO apoiaram imediatamente o novo líder chadiano, não obstante não terem reconhecido e tivessem mesmo sancionado - e viessem a sancionar - golpistas militares noutros pontos do continente. O Chade é há décadas o principal aliado militar da França no Sahel.

Em 24 de maio de 2021, a junta militar no Mali voltou a fazer um novo golpe, expulsando o governo de transição que tinha começado por colocar no poder.

Ao segundo golpe no Mali, seguiu-se em 5 de setembro de 2021 um golpe militar na Guiné-Conacri e em 25 de janeiro deste ano no Burkina Faso.

Em todos os casos, as juntas militares que assumiram o poder prometeram transições para o poder civil, mas ou em prazos não especificados ou considerados demasiado longos pela União Africana e pelas organizações sub-regionais, mas também pela União Europeia e por várias capitais ocidentais.

Desde 2020, a CEDEAO, alarmada com o risco de contágio numa região vulnerável, multiplicou cimeiras, mediações e pressões para acelerar o regresso dos civis à liderança destes países.

As exigências têm chocado de frente com a intransigência dos novos homens fortes nesses países, seja o coronel Assimi Goïta, no Mali, o coronel Mamady Doumbouya, na Guiné-Conacri, ou o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, no Burkina Faso, todos eles instalados como presidentes após juramento.

Todos também usam como justificação para a tomada do poder o argumento das crises de segurança que os países enfrentam, sobretudo no Mali e no Burkina Faso. Querem ter o tempo necessário para o que apresentam como uma "refundação" dos estados, e para a organização de eleições credíveis.

No Mali, a junta recuou no compromisso inicial de renunciar ao poder após 18 meses, prazo em que deveria ter realizado eleições, inicialmente estimadas para fevereiro de 2022. Quando anunciou que necessita de mais cinco anos para concluir a transição, a CEDEAO decidiu em 9 de janeiro fechar as suas fronteiras ao país e suspender trocas comerciais e financeiras, com exceção de bens de primeira necessidade.

Depois de protestos em ambos os lados, Bamaco aceitou reduzir o prazo da transição para 24 meses, sendo que a CEDEAO tinha até então concordado com um máximo de 16 meses e indicado que as sanções só seriam levantadas gradualmente quando o Mali apresentasse um calendário aceitável.

O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, presidente em exercício da UA, disse recentemente em declarações à revista Jeune Afrique que podia ser acordado "um prazo entre 16 e 24 meses".

Em contrapartida, "no caso da Guiné, a CEDEAO terá de tomar medidas", acrescentou Sall, descrevendo como "impensável" o prazo de 39 meses -- entretanto reduzido para 36 - estabelecido por Doumbouya.

A CEDEAO instou Conacri no final de março a estabelecer até 25 de abril último um calendário "aceitável", sob pena de "sanções económicas e financeiras" entrarem de imediato em vigor. Entretanto, a organização anunciou já o congelamento dos ativos financeiros dos membros da junta militar da Guiné e das suas famílias.

A cimeira de Março deu ao Burkina Faso o mesmo ultimato que à Guiné Conacri. Porém, a pedido da junta militar liderada por Sandaogo Damiba, a CEDEAO enviou uma missão de três dias no final de maio para avaliar a situação no Burkina, onde não cessam os ataques sangrentos de grupos extremistas islâmicos.

O relatório dessa missão, hoje apresentado na cimeira em Acra, observa que "a situação humanitária e de segurança continua difícil".

"Temos obviamente de tomar nota desta situação", admitiu o presidente da comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou.


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quarta-feira, 1 de junho de 2022

A guerra na Ucrânia "poderia terminar amanhã", diz Antony Blinken

© Getty Images

Notícias ao Minuto  01/06/22 

Estas declarações foram feitas numa conferência de imprensa que contou com o secretário de Estado e o líder da NATO Jens Stoltenberg, onde discutiram o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Numa conferência de imprensa conjunta, esta quarta-feira, em Washington, o secretário de Estado americano Antony Blinken e o líder da NATO Jens Stoltenberg tiveram oportunidade de falar sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Assim, Antony Blinken diz que o novo pacote de armas para a Ucrânia, já anunciado esta terça-feira, é "exatamente o que eles precisam" e fortalecerá o país em quaisquer negociações no futuro.

Acrescentou ainda que a NATO só foi fortalecida pelo conflito, algo que ele acredita que a Rússia não esperava depois de invadir a Ucrânia. Reiterou igualmente que a NATO defenderá "cada centímetro" do território da aliança e que 20 mil tropas extra foram enviadas para o flanco leste.

Sublinhou também que a Suécia e Finlândia estão "mais do que qualificadas" para aderir "o mais rápido possível" à aliança atlântica.

Sobre as preocupações da Rússia interpretar o pacote de armas para a Ucrânia como uma escalada, Blinken sublinhou que o presidente dos EUA, Joe Biden, foi claro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre as consequências da invasão russa.

"Não havia como esconder a bola. Fomos extremamente claros sobre isso desde o primeiro dia, com o presidente Biden a comunicar diretamente ao presidente Putin. Fizemos exatamente o que dissemos que faríamos", afirmou.

E reforçou que o presidente dos EUA disse a Putin que queria menos NATO, mas em vez disso, “está a receber mais NATO, mais tropas e mais membros”.

Referiu ainda que a guerra na Ucrânia "poderia terminar amanhã" se a Rússia optar por pôr fim à agressão militar, "mas não vemos nenhum sinal disso por agora", sublinhou Blinken. Segundo o governante, olhando para o cenário atual no terreno, vão existir  "muitos meses de conflito pela frente".

Já Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança, confirmou que o papel dos EUA em ajudar a Ucrânia tem sido "indispensável" e está "a fazer a diferença no campo de batalha todos os dias".

Disse ainda que as tropas extra enviadas pela NATO são um esforço para impedir a escalada do conflito e remover "qualquer erro de cálculo em Moscovo sobre a prontidão da NATO". Para o líder da aliança o reforço de forças é outro exemplo de que as coisas não estão a acontecer da forma como Putin desejava.

Recorde-se que os EUA anunciaram, na terça-feira, o fornecimento à Ucrânia de sistemas de lançamento de foguetes ('rockets') montados em veículos blindados ligeiros, conhecidos pela sigla HIMARS, de 'High Mobility Artillery Rocket System´.

Estes sistemas têm um alcance de cerca de 80 quilómetros e representam um reforço significativo das capacidades das forças ucranianas, que têm recebido sistemas com um alcance de apenas 40 quilómetros. São também um equipamento que faz parte de um novo pacote mais amplo de assistência militar dos EUA à Ucrânia no valor total de 700 milhões de dólares (653 milhões de euros).

Na conferência de imprensa o Blinken clarificou: "Em relação aos sistemas de armas que fornecemos, os ucranianos deram-nos garantias de que não usarão esses sistemas contra alvos em território russo".


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Aviação Civil: Air Cotê D`Ivoire inaugura quinta-feira voos Abidjam-Bissau


Bissau, 01 jun 22(ANG) – O ministro dos Transportes e Comunicações, Aristides Ocante da Silva vai assinar, quinta-feira, com o seu homólogo da Costa de Marfim, um acordo para a abertura de uma linha aérea que passa a ligar Abidjam à Bissau, em três voos por semana.

Segundo um programa para o efeito, enviado hoje à ANG, ainda na quinta-feira , realizar-se-á a inauguração da Agência da Air Cotê D´Ivoire em Bissau.

O  voo inaugural da aeronave da companhia aérea da Costa de Marfim deve aterrar no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira de Bissau às 10,30 horas TMG.

O encontro oficial entre os ministros dos Transportes da Guiné-Bissau e da Costa de Marfim está prevista para as 11h30 horas, seguido da visita de cortesia ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, às 12 horas.

O programa indica  que a assinatura do acordo entre os dois países terá lugar às 13H00, na Presidência da República, seguida da inauguração da Agência da Air Cotê D`Ivoire às 13H30 horas. 

ANG/ÂC//SG

MOZAMBIQUE: ÚLTIMA HORA: MEN0R DE 15 ANOS DÁ LUZ NO DIA DA CRIANÇA

 Raimundo Dos Paúndeh_Official

Justamente numa data em que comemora-se o dia internacional da criança, uma menor de 15 anos de idade, deu à luz, como resultado de uma gravidez precoce.

 A m£nor de 15 anos de idade, de nome Ângela da Glória, deu à luz nas primeiras horas desta quarta-feira, no Hospital Provincial da Matola.

Por ter dado à luz num dia especial, a adolescente e estudante da nona classe, órfã de pai, vai receber apoio.

-TV muniga

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ DEFICA UMA ESPECIAL ATENÇÃO ÀS COMEMORAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA .

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Mali: Um soldado da ONU morto e três feridos durante ataque em Kidal

© Shutterstock

Por LUSA  01/06/22 

Um 'capacete azul' da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) morreu e outros três ficaram feridos hoje durante um ataque ao seu comboio em Kidal (norte), anunciou o porta-voz da missão, Olivier Salgado.

Os militares fazem parte do contingente jordano da Minusma, disse um oficial de segurança, sob condição de anonimato, citado pela agência France-Presse.

"Esta manhã, quatro elementos das forças de paz Minusma foram feridos [um dos quais acabou por morrer], enquanto repeliam um ataque terrorista em Kidal", disse o porta-voz da missão da ONU, Olivier Salgado, numa publicação na rede social Twitter.

"O seu comboio esteve sob fogo direto de armas ligeiras e RPG (lança-foguetes) durante cerca de uma hora", acrescentou.

Mais tarde acrescentou: "Infelizmente, um dos soldados da paz sucumbiu aos ferimentos após o ataque desta manhã".

Não foram fornecidos pormenores sobre os alegados perpetradores do ataque.

Com cerca de 13.000 elementos, a Minusma, criada em 2013 para apoiar o processo político do Mali, é a missão de manutenção da paz mais mortífera da ONU. No total, 171 dos seus soldados de manutenção da paz morreram em ataques, de acordo com dados da missão.

O Mali, um país pobre e sem litoral no coração do Sahel, assistiu a dois golpes militares em agosto de 2020 e maio de 2021.

A crise política está associada a uma grave crise de segurança que se tem mantido desde 2012 e ao surto de independência e insurreições de extremistas islâmicos no norte.

O país é agora governado por uma junta que se afastou da França e dos seus parceiros e se voltou para a Rússia, numa tentativa de travar a propagação do 'jihadismo', que se alastrou aos vizinhos Burkina Faso e ao Níger.

A violência tem deixado milhares de civis e soldados mortos e centenas de milhares de deslocados.


Leia Também: ONU regista "aumento exponencial" de violações de direitos em Mali

ACPF: Angola referida em relatório sobre crimes rituais contra crianças

© Lusa

Por LUSA  01/06/22  

Angola é o único país africano de língua oficial portuguesa referenciado num relatório divulgado hoje pelo Fórum Africano de Políticas da Criança (ACPF, na sigla em inglês) sobre a prática de ataques relacionados com rituais contra crianças.

No documento, "Revelando a Nossa Vergonha Oculta - Abordando Acusações de Feitiçaria e Ataques Rituais", apresentado terça-feira numa videoconferência a partir de Adis Abeba, "acredita-se que centenas de milhares de crianças em África sejam acusadas todos os anos do que é amplamente considerado em toda a África como um crime particularmente hediondo: bruxaria".

A diretora-executiva do ACPF, Joan Nyanyuki, defende na introdução que "em todo o continente africano, muito foi feito para melhorar as leis e políticas destinadas a acabar com a violência contra as crianças".

"Algum progresso também foi feito no estabelecimento dos sistemas e estruturas necessários para implementar e fazer cumprir essas políticas e leis. Esses esforços, no entanto, não abordaram suficientemente uma importante dimensão da violência contra crianças: acusações de feitiçaria e ataques rituais", acrescenta.

No documento são referenciados 19 países como cenário de casos de prática de crimes de infanticídio rural, ataques contra crianças com deficiência, ataques contra crianças com albinismo e casos de violência contra crianças acusadas de bruxaria.

"O relatório documenta, na medida do possível à luz da escassez de dados, como as acusações de feitiçaria são difundidas em todo o continente (embora variem em extensão ao longo do tempo e de lugar para lugar). As melhores estimativas sugerem que centenas de milhares de crianças enfrentam acusações todos os anos em África e, posteriormente, sofrem graves violações".

Os exemplos dados pelo documento apontam para casos relatados de infanticídio ritual no Benim, Burkina Faso, Etiópia, Gana, Madagáscar e Níger, enquanto Angola, Benim, Burkina Faso, Essuatíni, Etiópia, Gana, Libéria, Madagáscar, Ruanda e Zimbabué relataram ataques rituais contra crianças com deficiência.

O Burundi, República Democrática do Congo, Madagáscar, Malaui, Mali e Tanzânia relataram ataques a crianças com albinismo e na África do Sul, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Libéria, Nigéria e Tanzânia são referidos casos de violência contra crianças acusadas de serem bruxas.

"Para proteger as crianças do dano das acusações de feitiçaria, não é necessário negar que a 'feitiçaria' existe. Em vez disso, é importante priorizar a proteção infantil, ao mesmo tempo que se previne o abuso de crianças, abordando a crença de que tal abuso pode de alguma forma proteger as comunidades do perigo percebido", defende-se no documento.

A investigação de que resultou o relatório permitiu descobrir que à exceção do trabalho realizado por algumas organizações não-governamentais, "poucas organizações e Estados em África desenvolvem esforços sistemáticos para prevenir esse abuso".

"Poucos proíbem acusações. Os serviços para crianças que sofreram danos e violência relacionados a acusações são poucos e distantes entre si. Esta área precisa de atenção urgente", defende o relatório.

Joan Nyanyuki defende "ser necessário um esforço abrangente e coordenado por atores estatais e não estatais para descobrir a natureza, magnitude e impacto da violência relacionada com acusações de feitiçaria e ataques rituais. Essa abordagem garantirá que os sistemas, leis e políticas de proteção infantil sejam aprimorados para lidar adequadamente com essas formas de violência contra crianças".