domingo, 13 de março de 2022

O Presidente da República reuniu-se com potenciais investidores, este encontro foi organizado pelo Centro de Liderança de Qatar.

Após as suas visitas na Ruanda, Congo e Turquia, o Primeiro Magistrado de Nação continua sua disposição e dinamismo em Qatar desde ontém 12 de Março 2022. Hoje, no seu último dia de visita 13 do referido mês e do ano em curso, o General do Exército, manteve encontro com os altos responsáveis do Qatar;


Qatar 🇶🇦 13 de Março 2022

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia NacionalPresidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

VLADIMIR PUTIN - Putin: A criança que brincava com ratos e deixou o mundo em choque

© Getty Images

Notícias ao Minuto  13/03/22 

De que forma a infância do presidente russo o pode ter tornado o homem que é hoje? A história por detrás do homem que começou uma guerra e colocou o mundo à beira de um ataque de nervos.

Hoje conhecemo-lo por Vladimir Putin, o presidente russo que lançou uma ofensiva militar na Ucrânia sob pretexto de querer "desnazificar" o país. Mas que história se esconde por detrás do homem que governa a Rússia há mais de 20 anos e planeia manter-se no poder até 2036?

Putin cresceu nos anos 60, numa família pobre e com poucos recursos. O líder russo morava com a família num apartamento comunitário, infestado de ratos, no então Leningrado. 

O apartamento era partilhado por outras famílias, segundo descreve o jornal New York Post, e poucas ou nenhumas condições sanitárias tinha.

A casa de banho era inexistente, e o local onde tomavam banho muitas vezes nem água quente tinha. 

Para chegar ao apartamento no quinto andar, Putin tinha de subir um lance de escadas cheias de ratos. Primeiro afastava os animais com um pau e fugia deles, até que começou a observá-los e ao seu comportamento, numa espécie de passatempo. 

O "rato encurralado" e como isso o moldou para estar pronto a atacar

Na sua autobiografia oficial 'First Person', Putin conta como certa vez encurralou um desses ratos que, em resposta, o atacou. A sua vida e carreira viriam a ter muitos desses momentos de “rato encurralado” e isso moldou o outrora espião russo. 

Um desses momentos, que marcou permanentemente o líder russo, foi quando trabalhava enquanto oficial do KGB (principal organização de serviços secretos da União Soviética) durante a queda do Muro de Berlim, em 1989.

Uma multidão de alemães furiosos invadiu o Ministério da Segurança da Rússia (MGB), em Dresden, levando Putin a ter de falar com os manifestantes. Falou em alemão o que fez com que os alemães desconfiassem sobre o porquê de um oficial militar soviético comum falar alemão tão bem. 

Putin fala perfeitamente alemão uma vez que durante vários anos representou os serviços secretos soviéticos (KGB) em Dresden, na ex-República Democrática Alemã (RDA).

O líder russo mentiu afirmando que era tradutor e solicitou forças armadas de apoio, mas foi-lhe negado esse apoio porque “nada poderia ser feito sem ordens de Moscovo, e Moscovo ficou em silêncio”.

Os militares soviéticos acabaram por chegar, mas a sensação de estar encurralado permaneceu em Putin e, por isso, o líder russo aprendeu a estar sempre pronto a atacar, tal como o rato da sua infância.

Numa outra biografia, 'Vladimir Putin. Historia de vida', há excertos que podem indicar que o presidente russo não irá recuar nesta guerra contra a Ucrânia: "Acabei por entender que se se quer vencer, então tem que se lutar até ao fim em cada luta, como se fosse a última e decisiva batalha… é preciso assumir que não há recuo”.

Putin acredita ser um alvo dos EUA

Outro evento que marcou a personalidade de Vladimir foi a captura de Saddam Hussein por soldados americanos em 2003. 

Após ser condenado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal Especial do Iraque, Hussein foi condenado à morte por enforcamento, e Putin ficou chocado com as imagens da sua execução.

O então espião considerou a “execução atroz e bárbara” e achou que os EUA haviam deliberadamente derrubado Saddam e o seu regime com base no falso pretexto de o Iraque ter armas de destruição em massa. As secretas da Rússia sabiam que Saddam não dizia a verdade sobre a posse destas armas, portanto Putin concluiu que a inteligência dos EUA era incompetente por não saber disto. Desde então, Putin não olhou para os Estados Unidos da América com os mesmos olhos.

Em outubro de 2011, a morte do líder da Líbia, Moammar Khadafy, nas mãos de seu próprio povo também chocou Putin. Mais tarde, a secretária de Estado Hillary Clinton admitiu que brincou sobre a morte de Khadafy, afirmando: “nós viemos, vimos, ele morreu”. Este foi outro ponto negativo dos EUA que levou Putin a acreditar nas más intenções do país.

A juntar à paranoia de Vladimir Putin, em dezembro de 2011, ocorreu em Moscovo o maior protesto contra o governo desde o colapso da URSS após Putin ter anunciado que concorreria à presidência pela terceira vez. 

Nessa altura, Clinton criticou o resultado das eleições parlamentares da Rússia, que deram ao Partido Rússia Unida de Putin 50% dos votos e insinuou fraude. Esse 'golpe final' levou Putin a acreditar numa conspiração americana de que os EUA estavam a construir um movimento de oposição dentro do seu próprio país para derrubar o regime.

Todos estes pontos levaram Putin a convencer-se de que é o próximo alvo dos Estados Unidos da América.

Perante as considerações americanas de que o líder russo está "louco", Putin volta a sentir-se como o "rato encurralado" da sua infância. Essa é uma das razões que leva o chefe de Estado russo a atacar o Ocidente, ameaçando com uma guerra nuclear, em vez de chegar a acordo com Zelensky. 

Além disto, a sua crença de que não pode recuar para vencer fará com que Putin dificilmente abrande a sua ofensiva em busca de conquistar os seus objetivos. 

A invasão russa iniciou-se na madrugada de dia 24 de fevereiro sob pretexto de "desnazificação" do país. A generalidade da comunidade internacional condenou veemente o ataque e as sanções económicas rapidamente chegaram à Rússia numa tentativa de isolar o país e fazer com que pare a guerra. 

Putin aliou-se a Lukashenko, presidente da Bielorrússia, e não demonstra sinais de querer um acordo para pôr fim à guerra. 


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O Papa Francisco pediu hoje o fim do "massacre" e do "inaceitável ataque armado" na Ucrânia, país que está invadido pelas tropas russas desde o dia 24 de fevereiro.

No apelo, que foi feito após o Ângelus, o líder da Igreja Católica condenou também a "barbárie" de matar crianças e civis na Ucrânia.

"Em nome de Deus... parem este massacre", afirmou o Papa Francisco...Ler Mais


O exército russo terá feito ataques com bombas de fósforo branco na noite de sábado, denunciou hoje o chefe da polícia da cidade de Popasna, a 100 quilómetros a oeste de Lugansk, no leste da Ucrânia.

"Isto é o que os nazis chamavam uma 'cebola queimada' e é isto que os 'russistas' (combinação de russos com fascistas, segundo nota de redação da AFP) estão a desencadear nas nossas cidades. Sofrimento e incêndios indescritíveis", escreveu Oleksi Bilochytsky na rede social Facebook, embora esta informação não tenha sido ainda verificada...Ler Mais


ENTREGA DE CARTÕES AOS MILITANTES DO CÍRCULO ELEITORAL 28.

 Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática

Na democracia o poder reside no povo, a sua conquista exige ter maior número de povo eleitor. 

O MADEM-G15, enquanto organização que almeja o poder, não pode remar contra esta ideia de ter maior  número de povo eleitor. Com base nesta filosofia,  procedeu-se à entrega dos cartões de militante no Circulo eleitoral 28. 

Os novos militantes pertencem ao grupo "Bambaram di Ferro", que conta com 150 elementos na qual, todos se tornaram militantes do MADEM-G15.

#SPERANÇADIPOVO

Catar vai enviar uma equipa a Guiné-Bissau para identificar possíveis áreas de investimento

13 de Março 2022.

O Chefe de Estado da Guiné-Bissau reuniu-se este domingo em Doha com o Emir daquele Pais de golfo pérsico no âmbito de uma visita de trabalho de 24 horas a Catar.

No encontro com Umaro Sissoco Embaló, SHEIK TAMIM BIN HAMAD AL THANI, prometeu enviar para breve uma equipa de prospecção á Bissau para identificar as áreas de possíveis investimentos.

Na reunião com o Emir de Catar, Sissoco Embaló, falou das potencialidades da Guiné-Bissau, tendo destaco os sectores de Castanha de Cajú, Agricultura, Turismo, Minas, Pescas, porto de águas profundas e telecomunicações.

SHEIK TAMIM BIN HAMAD AL THANI, congratula-se com a visita do Presidente da Guiné-Bissau a Doha e promete tudo fazer para aprofundar as relações entre os dois Países e Promover investimento na Guiné-Bissau através de fundo especializado de investimento em África.

A Guiné-Bissau abriu em Catar pela primeira vez desde a sua independência, uma Embaixada e espera-se para breve a indicação de um Embaixador e a abertura da representação diplomática Cataris em Bissau.

O grupo de hackers Anonymous publicou uma mensagem especificamente para alcançar cidadãos russos

Com noticiasaominuto.com

Traduzida pelo jornal The Guardian, percebe-se que pedem aos russos que se levantem contra Putin e o removam do poder.

Dizem que "o regime de Vladimir Putin está a realizar crimes de guerra com a sua recente invasão da Ucrânia, que causou uma enorme crise de refugiados e inúmeras mortes".  Acrescentam que esta "é uma situação terrível em que se estão a colocar [os cidadãos russos]". Salientam que a única forma de evitar o colapso econômico iminente e a potencial guerra mundial "é tomar medidas para "resistir à guerra e ao regime de Vladimir Putin".

Afirmam que "Putin quer fazer um sacrifício com a população russa" e por isso a única forma de acabar com o conflito é o "o povo da russo levantar-se contra Putin e removê-lo do poder".

sábado, 12 de março de 2022

PR chega a Qatar para uma visita de trabalho de 24h

Umaro Sissoco Embaló analisa a crise Russa/Ucraniana com Erdogan

À margem do Fórum da Diplomacia que termina amanhã na ilha de Antalya, o Chefe de Estado guineense foi recebido pelo homólogo Turco, Recep Tayyip Erdogan com quem analisou a crise entre Moscovo e Kiev.

Na opinião do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, Turquia pelo seu peso na diplomacia mundial, deve assumir uma postura de neutralidade bem como aproximar as partes em conflito como tem feito até aqui.

Na quarta-feira passada, os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Ucrânia tiveram um primeiro encontro em Antalya desde o eclodir do conflito entre os dois países há duas semanas.

Na audiência com Umaro Sissoco Embaló, o Presidente Erdogan anunciou para breve a nomeação de um Embaixador para a Guiné-Bissau e o início da construção de raiz do edifício da Embaixada Turca em Bissau.

O Chefe de Estado Turco promete realizar depois do mês sagrado de Ramadão a sua visita a Guiné-Bissau devia ter lugar no mês passado e garantiu o objectivo é elevar o volume de negócio entre Bissau e Ancara para 100 milhões de dólares por ano.

Entretanto já está em curso a preparação de uma comissão económica mista entre os dois países bem como a assinatura de um acordo no domínio da indústria militar e na formação de quadros no domínio da defesa e segurança.



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Jornal Odemocrata
  12/03/2022

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, exortou a Turquia a assumir uma postura de neutralidade face ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, apelando ao seu homólogo turco a continuar a trabalhar para aproximar as partes e encontrar uma solução.

Embaló fez este apelo este sábado, 12 de março de 2022, depois do encontro com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, à margem do Fórum da Diplomacia que decorre na ilha de Antalya.

Durante a reunião, os dois chefes de Estados analisaram a crise entre Moscovo e Kiev.

Umaro Sissoco Embaló disse que a Turquia, “pelo seu peso na diplomacia mundial”, deve assumir uma postura de neutralidade e trabalhar para aproximar as partes em conflito.

No encontro, Erdogan anunciou, para breve, a nomeação de um Embaixador para Guiné-Bissau, bem como a construção, de raiz, do edifício que albergará a Embaixada turca em Bissau.

Erdogan confirmou ao chefe de Estado guineense que vai visitar a Guiné-Bissau, depois do mês de Ramadão, acrescentando que os dois países vão desenvolver relações com o objetivo de elevar o volume de negócios entre Bissau e Ancara para 100 milhões de dólares por ano.

Segundo o gabinete do Presidente da República, Bissau e Ancara estão a trabalhar na preparação de uma comissão económica mista e de um acordo no domínio da formação de quadros nos setores da defesa e segurança.

Refira-se que o Presidente Umaro Sissoco Embaló, deixou a Ancara (Turquia) e iniciou este sábado uma visita de 24 horas ao Qatar.

Por: Assana Sambú 

GUERRA NA UCRÂNIA - Cerca de 1.300 soldados ucranianos mortos desde o início da invasão

© Getty Images

Notícias ao Minuto  12/03/22 

Presidente Volodymyr Zelensky anunciou este sábado os números das vítimas causadas pela guerra na Ucrânia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou este sábado numa conferência de imprensa o número de vítimas mortais provocadas desde o início da invasão russa, há duas semanas. 

Depois de referir as perdas russas eram "colossais", Zelensky deu conta do número de soldados ucranianos mortos desde dia 24 de fevereiro: cerca de 1.300. 

O presidente ucraniano indica ainda, na mesma declaração, que cerca de 500 a 600 soldados russos se renderam às forças ucranianas na sexta-feira.

Zelenskiy disse ainda que as equipas de negociação ucraniana e russa começaram a discutir tópicos mais concretos em vez de trocar ultimatos e apelou a que o Ocidente esteja mais envolvido nas negociações para acabar com a guerra. 

Recorde-se que a guerra começou há 17 dias quando Vladimir Putin lançou uma ofensiva militar contra a Ucrânia sob pretexto de querer "desnazificar" o país. Desde então, registaram-se mais de 2,6 milhões de refugiados além das vítimas mortais da guerra que aumentam de dia para dia.

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Putin acusa Kyiv de "violações flagrantes" do direito humanitário e acusou ainda "batalhões nacionalistas" ucranianos de "perturbarem sistematicamente as operações de salvamento...???kkkkkkk

© Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS

Por LUSA  12/03/22 

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje as forças ucranianas de "violações flagrantes" do direito humanitário, pedindo ao Presidente francês, Emmanuel Macron, e ao chanceler alemão, Olaf Scholz, para pressionarem Kyiv a pôr fim a essa situação.

Numa conversa telefónica com os dois dirigentes, Putin falou em "assassínios extrajudiciais de opositores", "civis feitos reféns" e sua "utilização como escudos humanos" bem como a "colocação de armas pesadas em zonas residenciais, na proximidade de hospitais, escolas e jardins de infância", segundo um comunicado do Kremlin.

O líder russo acusou ainda "batalhões nacionalistas" ucranianos de "perturbarem sistematicamente as operações de salvamento e de intimidar civis que tentam sair" das zonas de combate.

"Vladimir Putin exortou Emmanuel Macron e Olaf Scholz a exercerem a sua influência sobre as autoridades de Kyiv para que ponham fim a estas ações criminosas", acrescentou o Kremlin.

Macron e Scholz tiveram uma conversa telefónica com Putin, um dia após a cimeira europeia de Versalhes, indicara antes o Palácio do Eliseu.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

Celebração do 39° aniversário da criação da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau

Rádio Jovem Bissau 

Le président a rencontré le président de la Guinée-Bissau Umaro Sissoco Embalo, qui se trouve en Turquie pour le Forum diplomatique d'Antalya.

Presidente Erdogan reuniu-se com o Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo, que se encontra na Turquia para o Fórum Diplomático de Antália.👇
Fonte: Erdogan Président

Guerra na Ucrânia: “As mães precisam de saber que os filhos foram enviados para o desconhecido, que civis inocentes são mortos e feridos”

Por  sicnoticias.pt

Três jornais nórdicos escrevem em russo para combater propaganda do Kremlin.

Três grandes jornais nórdicos anunciaram que vão traduzir para russo parte dos seus artigos sobre a guerra na Ucrânia, para chegar ao público na Rússia e contrariar a “propaganda” do Kremlin.”O nosso objetivo é dar aos russos acesso a uma cobertura não-partidária e fiável”, escrevem os editores-chefes dos jornais diários Politiken (Dinamarca), Dagens Nyheter (Suécia) e Helsingin Sanomat (Finlândia) numa coluna conjunta.”

A tragédia ucraniana não deve ser comunicada ao público russo através de canais de propaganda”, argumentam, denunciando o recente encerramento “dos últimos meios audiovisuais independentes na Rússia”, a Rádio Echo de Moscovo e o canal de televisão da oposição Dozhd.

Muitos órgãos de comunicação social estrangeiros também decidiram suspender as suas atividades na Rússia, depois de a Duma (Parlamento russo) ter aprovado uma lei que pune fortemente qualquer “informação falsa” após os militares russos terem invadido a Ucrânia.

O acesso à rede social Facebook também foi cortado, sinalizando, de acordo com os especialistas, a vontade do Kremlin de sufocar qualquer voz dissonante sobre o conflito ucraniano.

“As mães russas precisam de saber que os seus filhos foram enviados para o desconhecido, que civis inocentes são mortos e feridos, que dois milhões de ucranianos foram forçados a fugir do seu próprio país e que milhões de crianças ucranianas tiveram as suas infâncias destruídas”, escreveram os três editores, Christian Jensen (Politiken), Peter Wolodarski (Dagens Nyheter) e Kaius Niemi (Helsingi Sanomat).

No relato oficial russo, a invasão da Ucrânia é apresentada como uma operação de manutenção da paz limitada e destinada a proteger os ucranianos de língua russa de “genocídio”.A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,31 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

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SIC Notícias 12 Março, 2022 

Cerca de 50 países dependem das importações de trigo e obtêm 30% ou mais de seu trigo da Rússia e da Ucrânia.

Segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, 8 a 13 milhões de pessoas no mundo poderão sofrer de subnutrição se o bloqueio às exportações de alimentos na Ucrânia e Rússia perdurarem devido à guerra.

Há 50 países que dependem das importações de trigo e obtêm mais de 30% do trigo a partir da Rússia e Ucrânia.

O diretor-geral da FAO disse que “as interrupções nas cadeias de produção e fornecimento de transporte de grãos e oleaginosas, e as restrições impostas às exportações da Rússia, terão repercussões significativas na segurança alimentar”. É o caso da Ásia, África Subsaariana, do Médio Oriente e do Norte de África.

O Presidente francês alertou que as falhas nas cadeias de produção e fornecimento de alimentos também se poderão sentir na Europa nos próximos 12 a 18 meses.

A organização internacional recomenda que os países continuem as trocas tanto quanto possível, a fim de “proteger as atividades de produção e comercialização destinadas a atender às procuras nacionais e mundiais”.

“Para o grande número de pessoas adicionais em todo o mundo que correm o risco de serem empurradas para a pobreza e a fome devido ao conflito, devemos fornecer programas de proteção social adequadamente direcionados sem demora”, disse Qu Dongyu.

Kirill, Alice e Polina são alguns dos nomes das crianças vítimas dos ataques no país.

São já 79 o número de crianças vítimas da invasão russa contra a Ucrânia - iniciada no dia 24 de fevereiro - e mais de 100 feridas nos bombardeamentos e ataques russos no país.

O balanço é avançado pela Procuradoria Geral da República da Ucrânia, segundo o jornal The Kyiv Independent. 

Kirill, Alice e Polina são alguns dos nomes das crianças vítimas dos ataques no país...Ler Mais


Alex e Maria são pais de um bebé de apenas um mês. Não queriam ter de fugir da cidade onde viviam: Kharkiv.

Alex e Maria são um casal de russos que se viu obrigado a fugir da cidade onde moravam, Kharkiv, na Ucrânia, para a Polónia. Com um filho de apenas um mês, Alex queria acreditar no que dizia o presidente do seu país, Vladimir Putin, de que seria uma 'operação militar especial' que os civis não precisavam temer. 

"Dois a três dias" era o tempo que o russo acreditava que duraria a invasão, mas tal não aconteceu. Não queriam acreditar que teriam de abandonar a sua casa em busca de segurança, descreve o jornal espanhol El País...Ler Mais

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© Twitter

Notícias ao Minuto  12/03/22 

Ucranianos afirmam que Força Aérea está a funcionar contra as tropas de Putin.

O Ministério da Defesa ucraniano anunciou esta manhã a destruição de um posto de controlo russo que se dirigia a Kyiv. Numa publicação feita na rede social Twitter é divulgado ainda um vídeo da destruição desse mesmo posto. 

"A nossa Força Aérea está a funcionar", escreve o Ministério na publicação.

Recorde-se que a invasão russa à Ucrânia vai já no 17.º dia. Os ataques em várias cidades ucranianas mantêm-se intensos, no entanto, não se têm revelado tão eficientes quanto esperava o presidente da Rússia Vladimir Putin, revelando algumas fraquezas do exército russo. 

Daniela Melo, politóloga luso-americana especialista em relações internacionais que leciona na Universidade de Boston, disse em declarações à Lusa que a "guerra não está a correr bem a Putin" que esperava uma guerra rápida e acreditava que o Ocidente não se envolveria.

Pelo contrário, o Ocidente envolveu-se em força e os ucranianos estão a resistir desde o primeiro dia. 

A invasão russa iniciou-se na madrugada de dia 24 de fevereiro sob pretexto de uma 'desnazificação' do país. Desde então, a destruição tem sido massiva, tendo inclusive uma maternidade em Mariupol sido bombardeada. 

Desde o primeiro dia que a generalidade da comunidade internacional condenou veemente o ataque. Foram impostos vários pacotes de sanções que podem não se ficar por aqui. 

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VLADIMIR PUTIN: Putin "queria vitória esmagadora, agora parece que é um tolo"

© Amir Levy/Getty Images

Por LUSA 12/03/22 

Ao final da segunda semana de invasão da Ucrânia pela Rússia, o desenrolar da incursão militar está a causar surpresa e a demonstrar fraquezas no exército russo, disseram à Lusa cientistas políticos nos Estados Unidos. 

"A guerra não está a correr bem a Putin", afirmou Daniela Melo, politóloga luso-americana especialista em relações internacionais que leciona na Universidade de Boston. "O que nós presumimos que eram as expectativas iniciais que ele tinha, de que esta seria uma guerra rápida em que o Ocidente não se quereria envolver e em que poderia pôr rapidamente um governo em Kyiv, saíram furadas"

Com notícias de que haverá falta de rações e de gasolina no contingente russo, a imagem do presidente Vladimir Putin e do seu exército está a deteriorar-se, algo que poderá enfurecer ainda mais o chefe do Kremlin. 

"O que estamos a ver ao fim de duas semanas é uma série de surpresas", disse o especialista em relações internacionais Everett Vieira III, professor na Universidade Estadual da Califórnia, Fresno. "Pensei que Putin atacaria de forma mais rápida e eficiente. O facto de que as forças ucranianas conseguiram resistir está a surpreender muita gente".

Considerando que isto "está a mostrar fraquezas no exército russo", o académico ressalvou que a expectativa é de que Moscovo endureça os ataques de forma esmagadora. "Putin ainda não mostrou todas as suas cartas e não fez o pior", sublinhou Vieira. 

Putin pode ficar tão zangado e tão descontrolado que poderá começar a usar armas nucleares táticas

É por isso que está a aumentar o receio de que a Rússia passe a ataques nucleares ou recorra a armas químicas. 

"O exército russo poderá ser significativamente mais fraco que o que qualquer um de nós pensava. Talvez Putin pensasse que, com 200 mil militares, só o número seria suficiente para dominar a Ucrânia, mas tal não aconteceu", disse Thomas Holyoke, chefe do departamento de ciência política na Fresno State. 

"Putin pode ficar tão zangado e tão descontrolado que poderá começar a usar armas nucleares táticas, cujo poder nuclear é potencialmente maior que a bomba que caiu em Hiroshima", explicou. Um dos problemas, disse, é que o Kremlin não pode aceitar uma derrota. "Vai escalar e escalar, daí o medo de que use armas nucleares. Ninguém sabe bem qual é o objetivo final aqui".

Para Jeffrey Cummins, reitor interino da Faculdade de Ciências Sociais em Fresno, alguns sinais apontam mesmo para cenários catastróficos. 

"Há sinais de alerta que mostram que Putin tem os olhos postos em mais que a Ucrânia", disse à Lusa. "Uma delas é o facto de esta ser uma invasão total, que está a tentar tomar o controlo de todo o país", contrariando as análises preliminares que apontavam apenas para a anexação de território ucraniano com movimentos separatistas. 

O ataque a áreas civis, com a destruição de hospitais pediátricos e maternidades, evidencia essa intenção e é algo a que Daniela Melo chama de "estratégia de rendição": infligir o maior número de mortes e horror para forçar à rendição completa. "E uma certa certeza de que nunca serão levados ao Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra", frisou.

Por outro lado, Putin disse que via a ocidentalização da Ucrânia como uma ameaça existencial para a Rússia. "Não sei porque é que não pensará o mesmo de outros países da Europa de Leste que se tornaram mais ocidentais, alguns dos quais entraram na NATO", afirmou Cummins. 

"Poderá colocar esses países na mira, porque falou de querer restaurar a antiga União Soviética e o império russo", continuou. "Se esse é o objetivo último, então a invasão da Ucrânia é apenas um passo numa tentativa muito mais alargada de expandir o território da Rússia". 

O que os analistas consideram, apesar da resistência, é que Moscovo tem capacidade para tomar o controlo da Ucrânia, ainda que demorando mais tempo. 

"Em termos de número de armas e de capacidade militar, o mais provável é que Putin consiga na mesma ganhar a guerra convencional e que chegue a um ponto em que consiga mudar o governo em Kyiv", referiu Daniela Melo. "Mas aí também há uma grande probabilidade de uma insurreição e de um conflito muito longo".

Everett Vieira III deu o exemplo do Iraque, onde a insurreição dura há vinte anos, e disse que a Ucrânia pode seguir o mesmo caminho. "Salvo se houver uma completa aniquilação, consigo ver isto a durar anos e anos". 

Esse cenário indica que podemos passar a um jogo de espera. "O que é que aguenta mais tempo - a economia russa ou o interesse do Ocidente sobre o que se está a passar na Ucrânia?", questionou Daniela Melo. 

Sublinhando a complexidade da situação, que pode seguir em direções muito diferentes, a politóloga frisou que os efeitos negativos desta decisão de Vladimir Putin tornam difícil compreendê-la. 

"Não temos um tiro pela culatra político deste nível deste 1945", afirmou. "Temos a potencial criação de um estado pária, o isolamento internacional a um nível nunca visto desde o fim da II Guerra Mundial e o enfraquecimento geopolítico da Rússia, porque demonstrou que as suas forças armadas não são tão fortes nem tão organizadas quanto se acreditava". 

A isso junta-se o colapso da economia russa, que pode acontecer já este verão. "Putin precisa de uma porta de saída, mas ainda não deu sinais de estar pronto para o diálogo e para abdicar do que ele julga ser o direito a controlar a política interna e externa da Ucrânia", frisou Daniela Melo. 

No entanto, a especialista diz que ainda não há sinais de fissuras internas que levem a pensar num golpe de estado ou uma revolução dentro da Rússia. 

O que há, disse Thomas Holyoke, é embaraço e estranheza. "Putin queria uma vitória esmagadora, porque isso fá-lo-ia parecer muito forte", afirmou. "E agora o que parece é que é um tolo".