terça-feira, 9 de novembro de 2021

Momentos da investidura do novo PR, José Maria Neves



 José Maria Neves Presidente

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José Maria Neves empossado como quinto Presidente da República de Cabo Verde

José Maria Neves foi hoje empossado como quinto Presidente da República de Cabo Verde perante a Assembleia Nacional, cerimónia à qual assistiram, na cidade da Praia, os chefes de Estado de Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Gana e Senegal.

"Juro por minha honra desempenhar fielmente o cargo de Presidente da República de Cabo Verde em que fico investido, defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição, observar as leis e garantir a integridade do território e a independência nacional", disse José Maria Neves, ao ler a declaração de juramento prevista na Constituição para a tomada de posse, pelas 11:30 locais (12:30 em Lisboa).

Conforme prevê a Constituição de Cabo Verde, José Maria Neves tomou posse perante a Assembleia Nacional, reunida em sessão especial de investidura, na presença de delegações representando governos de vários países e dos Presidentes das Repúblicas de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, de Angola, João Lourenço, da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, do Gana, Nana Akufo-Addo, e do Senegal, Macky Sall.

Marcam presença na cerimónia, ainda, o vice-Presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, o Secretário do Trabalho dos Estados Unidos da América, Marty Walsh, a ministra para a Igualdade de Género, Diversidade e Igualdade de Oportunidades de França, Elisabeth Moreno, o presidente da Câmara dos Deputados da Guiné-Equatorial, Mohaba Messu, o presidente da Assembleia de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, e o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean Claude Kassi Brou.

José Maria Neves nasceu em Santa Catarina, ilha de Santiago, em 28 de março de 1960, autarquia pela qual foi eleito presidente da Câmara em março de 2000.

Antes foi deputado à Assembleia Nacional, de 1996 a 2000, pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que passou a liderar em 2000. Venceu as eleições legislativas no ano seguinte, fazendo o PAICV regressar ao poder em Cabo Verde, uma década depois, assumindo o cargo de primeiro-ministro (2001 a 2016).

Com formação em Administração Pública, assumiu depois as funções de professor na Universidade de Cabo Verde e criou a Fundação José Maria Neves para a Governança, instituição dedicada à promoção das liberdades, à consolidação da democracia e do estado de direito, à boa governação, à efetividade das políticas públicas e ao desenvolvimento sustentável dos pequenos estados insulares.

"O essencial é trabalhar com todos. Serei um Presidente aberto a todas as sensibilidades políticas e sociais. Um Presidente que dialogará com o Governo, fará as articulações necessárias, será um fator de construção de consensos e procurará mobilizar toda a nação global cabo verdiana, nas ilhas e a diáspora, para que todos unidos possamos fazer face aos desafios com que Cabo Verde se confronta neste momento", afirmou José Maria Neves, em entrevista à Lusa após as eleições presidenciais de 17 de outubro, que venceu à primeira volta.

O PAICV, desde 2016 na oposição, apoiou a candidatura de José Maria Neves, sendo o Governo cabo-verdiano, liderado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD, maioria parlamentar).

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) cabo-verdiana proclamou José Maria Neves vencedor das sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde ao registar 95.974 votos, equivalente a 51,7% do total.

A eleição presidencial em Cabo Verde obriga a uma maioria absoluta de votos validamente expressos para a vitória à primeira volta. Sem essa maioria, os dois candidatos mais votados disputam uma segunda volta, o que aconteceu pela última vez em 2011, na primeira eleição do atual Presidente, Jorge Carlos Fonseca.

Com a totalidade das 1.294 mesas de voto apuradas, no arquipélago e na diáspora, a CNE anunciou ainda, após a reunião de apuramento geral, que o também antigo primeiro-ministro (1991 a 2000) Carlos Veiga ficou em segundo lugar, com 78.612 votos (42,4%), seguindo-se Casimiro Pina, com 3.346 votos (1,8%), Fernando Rocha Delgado, com 2.518 votos (1,4%), Hélio Sanches, com 2.185 votos (1,1%), Gilson Alves, com 1.410 votos (0,8%) e Joaquim Monteiro, com 1.403 votos (0,7%).

A votação de 17 de outubro registou uma taxa de abstenção de 52,01%, pelo que votaram apenas 191.335 eleitores, no arquipélago e na diáspora, dos 398.690 que estavam inscritos, enquanto 4.295 votaram em branco (2,24%) e foram considerados nulos 1.592 (0,83%).

A estas eleições já não concorreu Jorge Carlos Fonseca, que cumpriu o segundo e último mandato como Presidente da República, mas registou-se um recorde de sete candidatos presidenciais, quando o máximo anterior foi de quatro.

Cabo Verde já teve antes da eleição de José Maria Neves quatro Presidentes da República, desde a independência de Portugal em 1975, sendo o primeiro o já falecido Aristides Pereira (1975 - 1991) por eleição indireta, seguido do também já falecido António Mascarenhas Monteiro (1991 - 2001), o primeiro por eleição direta, em 2001 foi eleito Pedro Pires e 10 anos depois Jorge Carlos Fonseca.
Por Lusa

Sua Excelência Presidente da República General do Exército Umaro Sissoco Embaló, chega ao Parlamento Cabo-verdiano para assistir a cerimónia de Investidura do Presidente eleito de Cabo-Verde, José Maria Neves.


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

Cerimónia de Tomada de Posse do Novo Presidente Eleito da República de Cabo Verde, Dr. José Maria Neves - 09 Novembro 2021


Por  RTC - Rádio Televisão Cabo-verdiana 

DSP RECEBIDO EM CABO-VERDE ...Parte 1 & Parte 2


En haut : COMMENT LES AUTRES PRÉPARENT LEURS DESCENDANCES À L'AVENIR (Le Monde de demain)

En bas : COMMENT L'AFRIQUE ELLE ; ELLE PRÉPARE CES ENFANTS AU MÊME AVENIR👇

By: Rudy Mizere

Janice Taborda Cordeiro

Quatro astronautas regressam à Terra após seis meses no espaço

Observador.pt  
09 nov 2021

Foram 200 dias no espaço, numa missão a bordo da Estação Espacial Internacional. Dois astronautas norte-americanos, um japonês e um francês aterraram às 03h33 de Lisboa, na Florida.

Quatro astronautas regressaram esta terça-feira à Terra, no final de uma missão de seis meses, iniciada na primavera, na Estação Espacial Internacional, de acordo com uma transmissão da agência espacial norte-americana NASA.


A cápsula operada pela empresa privada SpaceX para a NASA aterrou no Golfo do México às 03h33 de Lisboa, ao largo da costa de Pensacola, na Florida, oito horas depois de os astronautas deixarem a Estação Espacial Internacional (EEI).

Os astronautas norte-americanos da NASA Shane Kimbrough e Megan McArthur, o japonês Akihiko Hoshide e o francês Thomas Pesquet chegaram à estação espacial em 24 de abril, tendo passado 200 dias no espaço.

Os quatro deviam ter voltado à Terra na manhã de segunda-feira, mas o vento forte na zona de recuperação da cápsula atrasou o regresso.

“Mais uma noite com esta vista mágica. Quem poderia reclamar? Vou ter saudades da nossa nave espacial”, escreveu o francês Thomas Pesquet, na rede social Twitter.
A próxima equipa de astronautas da EEI deverá partir na quarta-feira, juntando-se ao astronauta norte-americano e aos dois russos que permaneceram a bordo.

A partida do voo, igualmente operado pela SpaceX, do magnata Elon Musk, está marcada para as 21h03 de quarta-feira (02h03 de quinta-feira em Lisboa), a partir do centro espacial Kennedy, na Florida.

José Maria Neves toma posse como Presidente de Cabo Verde

José Maria Neves, Presidente eleito de Cabo Verde

Voaportugues.com

Cinco Chefes de Estado e uma dezena de delegações marcam presença na posse do quinto Presidente do país

PRAIA — A Assembleia Nacional de Cabo Verde dá posse nesta terça-feira, 9, a José Maria Neves como quinto Presidente da República.

Primeiro-ministro durante três mandatos (2001/2016), Neves sucede a Jorge Carlos Fonseca que cumpriu dois mandatos.

A cerimónia, que inicia às 10 horas locais, terá a presença dos Presidentes de Angola, João Lourenço, da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, do Gana Nana Akufo-Addo, que é também presidente em exercício da CEDEAO, do Senegal, Macky Sall, e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

O Brasil estará representado por uma delegação chefiada pelo vice-presidente Hamilton Mourão e a França pela ministra da Igualdade de Género, a franco-cabo-verdiana, Elisabeth Moreno.

São Tomé e Príncipe estará representado pelo presidente do Parlamento, Delfim das Neves, e desconhece-se o enviado de Moçambique à posse do Presidente cabo-verdiano, que terá a presença de uma dezena de delegações estrangeiras.

O Presidente americano Joe Biden designou o secretário de Estafo dos Transportes e antigo mayor de Boston, Martin Walsh, para o representar, numa delegação também integrada pela assistente especial do Presidente e directora sénior do Conselho de Segurança Nacional para a África, Dana Banks, o deputado democrata por Nova Iorque, Hakeem Jeffries, e o embaixador dos Estados Unidos na Praia, Jeff Daigle.

.Com 61 anos de idade, José Maria Neves, antigo deputado, ex-presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, ex-presidente do PAICV e primeiro-ministro entre 2001 e 2016, era docente da Universidade de Cabo Verde até ganhar a eleição presidencial, no passado 17 de Outubro, na primeira volta, com 51,7 por cento dos votos, numa votação em que havia sete candidatos.

Desde a independência nacional, Cabo Verde teve como Presidentes Aristides Pereira (1975 a 1991), António Monteiro (1991 a 2001), Pedro Pires (2001 a 2011) e Jorge Carlos Fonseca (2011-2021).

OPERAÇÃO MIRÍADE - Primeiro-ministro diz que suspeitas de tráfico afetam imagem das Forças Armadas

SIC Notícias  09.11.2021

António Costa garante, contudo, que ninguém está acima da Lei.

António Costa diz que as suspeitas de tráfico têm um impacto negativo na imagem das forças militares portuguesas, contudo, garante que ninguém está acima da Lei.

As declarações surgem após a polémica das suspeitas de tráfico de diamantes e ouro em missões militares portuguesas, como é o caso da missão na República Centro-Africana.

O primeiro-ministro critica a situação e garante que se fará cumprir a lei.

OPERAÇÃO MIRÍADE

A Polícia Judiciária deteve, esta segunda-feira, 10 pessoas durante as buscas em 100 locais em todo o país por suspeitas de tráfico de diamantes e ouro em missões militares noutros países, como na República Centro-Africana.

Os militares sob suspeita utilizariam os meios aéreos das missões ao abrigo da Nações Unidas para fazer o transporte para a Europa.

O objetivo final era fazer chegar os produtos à Antuérpia, na Bélgica.

Para além das suspeitas de tráfico de diamantes e ouro, está também em causa a suspeita de branqueamento de capitais e fraude, com o alegado uso de criptomoedas para uma espécie de lavagem de dinheiro, com o objetivo de esconder o que teria acontecido durante as missões.

Posse/PR: Líder do PAIGC espera que o PR possa ajudar Guiné Bissau a se reencontrar e criar consensos

Por asemana.publ.cv  Novembro 9, 2021

O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) falava à Inforpress, à saída do acto de tomada de posse de José Maria Neves como o quinto Presidente da República de Cabo Verde.

Para Domingos Simões Pereira, a eleição de José Maria Neves é um “voto na certeza” por parte dos cabo-verdianos, por entender que é “alguém com prova dada, com um percurso de vida em várias competências”, em que as probabilidades de algo de estranho acontecer são realmente mínimas.

“Nesta senda, espero aquilo que nos conhecemos de José Maria Neves, que á capacidade de congregar, capacidade de reconhecer uma identidade africana a Cabo Verde e nessa base uma irmandade com a Guiné-Bissau, ajudando o país que neste momento passa por momentos mais difíceis em reencontrar e a criar os consensos possíveis para dela sair”, mencionou.

Por outro lado, considerou toda a cerimónia de uma “grande elevação, de um grande sentido democrático e de uma preocupação de todos os intervenientes convocarem a nação cabo-verdiana para um momento de comunhão e de colocar Cabo Verde no topo das suas prioridades”.

“Mas, sobretudo, no sentido de tranquilizar as instituições e mostrar que ultrapassaram um período tenso das eleições e que agora é o momento de sarar as feridas e olhar para o futuro e dar confiança aos cabo-verdianos”, realçou.

José Maria Neves, 61 anos, foi eleito Presidente da República na primeira volta das eleições presidenciais, realizadas no dia 17 de Outubro, com 95.974 votos, o equivalente a 51,75% do total dos votos.

O antigo primeiro-ministro (2001 -2016) torna-se, assim, no quinto Presidente da República de Cabo Verde depois de Aristides Pereira (1975 a 1991), António Mascarenhas Monteiro (1991 a 2001), Pedro Pires (2001 a 2011) e Jorge Carlos Fonseca (2011-2021). A Semana com Inforpress

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

GUINÉ-BISSAU E PORTUGAL, DOIS NARCOESTADOS?

Por Jorge Herbert

Militares portugueses envolvidos no tráfico de armas, diamantes, ouro e droga, em missões das Nações Unidas!

À semelhança da Guiné-Bissau que foi rotulado de Narco-Estado, por alguns militares terem sido apanhados na malha do tráfico de droga, podemos agora chamar Portugal de um Narco-Estado?!

Claro que não! Porque a maioria dos portugueses de bem não aceitam serem rotulados de cidadãos de um Narcoestado, nem tão pouco de um Estado Pedófilo, por causa do envolvimento de altos representantes do Estado no caso Casa Pia. Contrariamente aos guineenses, inclusive políticos que perdem o poder na Guiné-Bissau e vêm instalar-se na Europa a denegrir a imagem do próprio país, a maioria das vezes com informações falsas, fazendo com que qualquer guineense seja julgado, a partida, fora do seu país, em muitas fronteiras do mundo, como potencial narcotraficante, até prova em contrário!

Ficarei atento, para saber se a RTP África vai tratar este assunto, da mesma forma que trata os assuntos de tráfico de droga na Costa Ocidental de África!

Jorge Herbert

Visita Presidencial! - (...) Numa tarde de passeata Presidencial, o Chefe do Estado Guineense visitou a gelataria em Cabo-verde;


Paria 08 de Novembro de 2021

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Passeata Presidencial! - (...) em Cabo-verde, o Embaló de passeio às ruas de Cidade Praia numa tarde brilhante aguardando o amanhecer do sol, para a cerimónia de investidura do Presidente recém reeleito Cabo-verdiano;


Paria 08 de Novembro de 2021

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Tráfico de droga : TRIBUNAL DECRETA PRISÃO PREVENTIVA PARA IVAN SAMPAIO, LUCAS ROCHA E UM EX-CAPITÃO DE EXÉRCITO

Odemocratagb.com

O Juíz de instrução criminal do Tribunal Regional de Bissau decretou a prisão preventiva aos cinco suspeitos de tráfico da droga detidos pela Polícia Judiciária (PJ), nomeadamente, Ivan Regalla Sampaio e Melo, Lucas Inocêncio Rocha, o ex-capitão do exército Amadu Lamine Conté, e os seus comparsas Ernesto Augusto Ndengle, Domingos Vasco Mbatcha e Edinho Constantino Almeida.  

Com a declaração da prisão preventiva dos suspeitos, a PJ intensifica a investigação do paradeiro de mais de novecentos quilogramas de cocaína pura que terão desaparecido das mãos de Ivan Sampaio e Lucas Rocha.

O Democrata soube que a droga foi entregue ao Ivan Sampaio, funcionário de uma uma transportadora aérea que opera na Guiné-Bissau, e Lucas Rocha, um dos responsáveis de uma agência funerária sita na Avenida Dom Settimio Arturo Ferrazzetta (estrada de Granja).

Ainda de acordo com a nossa fonte, a quantia estimada da droga estaria guardada na residência de Lucas Rocha, a pedido de Ivan Sampaio, que a recebera de Amadu Lamine Conté, que se identificou como  ex-capitão do exército guineense. 

“Dias depois foram informar ao ex-capitão Amadu Conté que foram assaltados, ou seja, assaltaram a casa de Lucas e levaram a droga”, contou a fonte.

A droga estimada em mais de 900 quilogramas desapareceu do esconderijo onde estava guardada por Lucas, mas como Amadu Conté e o seu grupo suspeitaram que estavam a ser traídos, raptaram o Ivan e o Lucas, levando-os para as localidades da floresta entre Mansoa e Bissorã, onde foram torturados, para revelar o esconderijo da droga.

“Amadu Conté não confiou nessas pessoas e acha que mentiram, por isso chamou Domingos e Ernesto, ambos apresentaram-se como militares, mas parece que não estão em ativo. Raptaram os dois rapazes e levaram-nos para a floresta”, revelou a fonte policial, acrescentando que a polícia suspeita que os dois rapazes foram assaltados por outros indivíduos até aqui não identificados e que terão levado os mais de 900 quilogramas de cocaína.

A fonte confessou que a situação “é complexa”, por isso a polícia intensificou a operação de investigação para descobrir mais implicados, dado que se trata de uma rede nova e bem estruturada. A PJ já deteve um dos elementos do grupo que assaltou a casa de Lucas e que terá levado a droga.

Por: José Augusto Silva 

Militares portugueses apanhados em rede de tráfico de droga, ouro e diamantes

Militares portugueses na República Centro-Africana (fotografia de arquivo) CEMGFA/LUSA

Sónia Trigueirão Publico.pt  
8 de Novembro de 2021

Polícia Judiciária fez buscas nas regiões de Lisboa, Funchal, Bragança, Porto de Mós, Entroncamento, Setúbal, Beja e Faro. Foram emitidos 100 mandados de busca e detidos dez arguidos. Forças Armadas sabiam da situação desde 2019 e a denúncia terá partido da Polícia Judiciária Militar.

A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo esta segunda-feira uma megaoperação, com o nome Miríade, de combate ao tráfico de droga, ouro e diamantes, avançou a TVI e confirmou o PÚBLICO.

Em comunicado, a PJ informou que foram emitidos 100 mandados de busca (95 domiciliárias e cinco não-domiciliárias) e para a detenção de dez arguidos, na sua maioria antigos militares. Entre eles está também um advogado de Cascais.

Três dos detidos ainda são militares e foram, por isso, levados para a prisão militar de Tomar, durante a tarde. Já os restantes ficam no estabelecimento prisional anexo à PJ. Só depois de serem presentes nas próximas 48 horas a um juiz, em Lisboa, se saberá as medidas que coacção a que ficaram sujeitos durante a investigação.

Foram realizadas buscas nas regiões de Lisboa, Funchal, Bragança, Porto de Mós, Entroncamento, Setúbal, Beja e Faro. Um dos alvos das buscas foi o regimento de Comandos, no quartel da Carregueira, em Belas, concelho de Sintra. 

Segundo a PJ, está em investigação uma rede criminosa, com ligações internacionais, que se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafacção e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas, tendo por objectivo o branqueamento de capitais.

Ao que o PÚBLICO apurou, os suspeitos são militares, comandos e ex-comandos, que não têm patentes altas. Suspeita-se de que terão usado as missões portuguesas, ao abrigo da ONU, nomeadamente na República Centro-Africana (RCA), para levar a cabo a actividade criminosa. Entre os suspeitos está também um actual elemento da GNR e um agente da PSP que participaram nestas missões. O elemento da PSP exerce funções no Comando Metropolitano de Lisboa.

Os militares transportavam droga, ouro e diamantes daquele país em guerra para a Europa, a bordo de aviões militares, cuja carga não é fiscalizada. A investigação apurou que, por exemplo, no que diz respeito aos diamantes em bruto, estes eram transportados por via terrestre para Antuérpia e Bruxelas, na Bélgica, onde eram vendidos a preços milionários. 

Para branquear o dinheiro compravam criptomoedas, moedas virtuais transaccionadas na Internet sem controlo das autoridades financeiras. E recorriam a testas-de-ferro que colocavam as suas contas bancárias à disposição sendo assim incluídos num circuito de ocultação do dinheiro.  Em troca disso, os testas-de-ferro chegavam a receber 50% do valor dos depósitos.

Esta investigação começou em 2020 e é dirigida pela 10.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa. O Ministério Público contou esta segunda-feira com o apoio de 320 inspectores e peritos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ nas buscas. A investigação foi acompanhada pelo juiz Carlos Alexandre. Nas buscas estiveram também elementos da Autoridade Tributária (AT).

Reacção do Governo

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou que o que aconteceu não deveria ter acontecido, mas não põe em causa a imagem das Forças Armadas portuguesas no mundo. “O que digo é que a imagem internacional de Portugal muito beneficia do facto de nós sermos, como gostamos de dizer, um contribuinte líquido para a segurança internacional, e do facto de, em particular nas missões de paz das Nações Unidas, mas também nas missões da NATO e da União Europeia, o papel desempenhado pelos militares portugueses ser unanimemente reconhecido”, afirmou.

E acrescentou: “Quer quando fui ministro da Defesa, quer agora como ministro dos Negócios Estrangeiros, não ouço de nenhum meu interlocutor internacional que fale sobre forças portuguesas destacadas em missões de paz internacionais outra coisa senão o pedido que nós continuemos e reforcemos a nossa presença”.

Também o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, comentou o assunto, dizendo que “as investigações são muito importantes” para a credibilidade das instituições militares. “Logo que houve algumas suspeitas sobre esta situação, os órgãos próprios passaram a fazer essa investigação e este resultado está agora a funcionar”, referindo desconhecer dados mais específicos sobre a operação policial em curso. O governante adiantou que, “neste âmbito, existe uma estrutura que é a Polícia Judiciária Militar que, desde o início, está envolvida, precisamente na investigação destas situações”, acrescentou, a partir da Marinha Grande.

“Aquilo que nós observamos é, com toda a tranquilidade, as instituições a funcionar, a esclarecer aquilo que têm de esclarecer e a actuar, se for caso disso, nesta situação”, considerou. Questionado sobre se esta situação afecta a imagem das Forças Armadas e de Portugal, Jorge Seguro Sanches respondeu: “Não, não afecta. Se houver alguma situação que deva ser esclarecida, ela tem de ser esclarecida. Se não fosse esclarecida é que poderia afectar...”

Denúncia chegou ao Estado-Maior-General das Forças Armadas em 2019

Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informou que, em Dezembro de 2019, foi reportado ao comandante da 6.ª Força Nacional Destacada (FND) na República Centro-Africana (RCA), o eventual envolvimento de militares portugueses no tráfico de diamantes. O comandante da FND relatou a situação ao EMGFA, que, por sua vez, entregou a denúncia à Polícia Judiciária Militar (PJM) para investigação.

Refere o mesmo comunicado que a PJM fez a respectiva denúncia ao Ministério Público (MP), que nomeou como entidade responsável pela investigação a Polícia Judiciária civil.

O EMGFA confirma, no seu comunicado, que o que está em causa de momento é a possibilidade de alguns militares que participaram nas FND na RCA terem sido utilizados como correios no tráfego de diamantes, ouro e estupefacientes. Estes produtos foram alegadamente transportados nas aeronaves de regresso das FND a território nacional.

Além da denúncia imediata, o EMGFA diz que mandou reforçar os procedimentos de controlo e verificação à chegada dos militares das FND e respectivas cargas e que, neste momento, os “inquéritos militares e respectivas consequências estão pendentes das investigações em curso, com o cuidado de não interferir neste processo, ainda em segredo de justiça”.

“Uma vez esclarecidas as responsabilidades, as Forças Armadas tomarão as devidas medidas, sendo absolutamente intransigentes com desvios aos valores e ética militar. As Forças Armadas repudiam totalmente estes comportamentos contrários aos valores da instituição militar”, lê-se.

Ministro da Defesa diz que informou a ONU em 2020

O ministro da Defesa revelou, por sua vez, que informou as Nações Unidas (ONU) em 2020 das suspeitas de tráfico que recaíam sobre alguns militares portugueses em missão na República Centro-Africana, garantindo que estes já não se encontravam naquele território.

“Informei [a ONU] de que a denúncia tinha ocorrido, que o assunto tinha sido encaminhado para as nossas autoridades judiciais e que todos os elementos pertinentes tinham sido entregues para investigação judiciária. E também, naturalmente, que os militares sob suspeita já não estavam na RCA e que portanto podiam ter toda a confiança em relação às nossas Forças Armadas como sempre tiveram”, adiantou João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa.

O governante garantiu ainda que “aqueles cujos nomes tinham sido indicados como suspeitos já não regressaram à RCA em missões posteriores”, vincando que “os militares denunciados já não estavam na RCA na altura da denúncia”.

GNR confirma detido na escola de formação em Portalegre

Já a GNR confirmou que foi detido pela Polícia Judiciária um guarda-provisório em formação, desde Junho de 2021, no 44.º Curso de Formação de Guardas em Portalegre, o qual ingressou na formação proveniente das Forças Armadas.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da Minusca (Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana). A 6.ª FND, que o comunicado do EMGFA refere, chegou à RCA em Setembro de 2019 e teve a função de Força de Reacção Rápida. Da 6.ª FND fizeram parte 180 militares, na sua maioria pára-quedistas, pertencendo 177 ao Exército e três à Força Aérea.

Os membros da 6.ª Força Nacional Destacada na República Centro-Africana foram condecorados no dia 27 de Fevereiro de 2020, antes de serem substituídos pela 7.ª FND em Março, numa cerimónia realizada na capital, Bangui, num momento em que o destacamento desta unidade estava a terminar naquele país. A atribuição das medalhas aos 180 capacetes azuis da Força de Reacção Rápida portuguesa ao serviço da missão das Nações Unidas na RCA (Minusca) decorreu numa cerimónia organizada pela ONU, em M'poko, Bangui. Nesta altura estavam na RCA também 14 elementos da Polícia de Segurança Pública.

Segundo um comunicado da Minusca, divulgado na altura, os 180 militares portugueses “estiveram encarregues de proteger civis, recolher informações, responder às crises envolventes, conduzir patrulhas de longo alcance e de operações de controlo de áreas e vigilância”.

Durante os seis meses de operação, a 6.ª FND, ainda de acordo com o mesmo comunicado, “interveio em cenários terrestres e aéreos em vários locais, tendo participado em operações e escoltado altas autoridades”.

Citado pelo mesmo comunicado, o comandante do contingente, o tenente-coronel Victor Sérgio Antunes, disse estar orgulhoso por vários grupos armados terem “entrado em negociações com o Governo da RCA para resolver pacificamente” os seus diferendos.

Ao que o PÚBLICO apurou, esta investigação envolve militares que fizeram parte da 6.ª FND, assim como de anteriores. Cada missão dura seis meses e estarão em causa práticas criminosas que foram passando de uma força para a seguinte que a veio a render.

Segundo dados do EMGFA, na sua página oficial na Internet, actualmente estão empenhados na RCA 180 militares portugueses no âmbito da Minusca e 45 meios. Também na RCA, mas no âmbito da missão de treino da União Europeia (EUTM-RCA), estão actualmente empenhados 25 militares.

A Minusca tem como objectivos “apoiar a comunidade internacional na reforma do sector de segurança do Estado, contribuindo para a segurança e estabilização” da República Centro-Africana, informa ainda o EMGFA.

Desde 2013 que a RCA vive no caos e na violência, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por vários grupos armados que se juntaram, formando uma aliança com o nome de Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas, por seu turno, sob a designação anti-Balaka.

Este território tem sido palco de confrontos entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas. com Lusa

ANP: Conclusão do Debate da Situação dos Combatentes da Liberdade da Pátria. Parte 2 - 08/11/2021

ANP: Conclusão do Debate da Situação dos Combatentes da Liberdade da Pátria.Parte 1 - 08/11/2021

Operação “RED”: POLÍCIA JUDICIÁRIA DETEVE OFICIAL SUPERIOR DA “PIR” ENVOLVIDO NO TRÁFICO DE DROGA

Odemocratagb.com

A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve esta segunda-feira, 08 de novembro de 2021, um oficial da Polícia da Intervenção Rápida (PIR), subintendente (capitão) Carlos Elitiano Silva Ferreira (Ely), considerado um dos elementos do grupo que teria assaltado a residência de Lucas Rocha, levando mais de novecentos quilogramas de cocaína.

O Democrata soube que a PJ ouviu hoje o oficial das forças de segurança e no final da audição foi declarada a sua prisão. A polícia apreendeu também uma viatura de marca Ford que, de acordo com a fonte policial, é o automóvel usado no assalto para transportar a droga.   

A droga em causa é estimada em mais de 900 quilogramas que terão desaparecido do esconderijo a guarda do Lucas, mas o ex-capitão, Amadu Lamine Conté e  o seu grupo, quando suspeitaram que estariam a ser traídos raptaram o Ivan e o Lucas, levando-os para as localidades da floresta entre Mansoa e Bissorã, onde foram torturados para revelar o paradeiro da droga.  

A unidade de combate à droga da PJ prossegue com os trabalhos da investigação no terreno à procura da cocaína escondida pelo grupo do oficial da PIR, Carlos Etiliano Silva Ferreira. No entanto, a fonte avançou que a polícia pode fazer mais detenções nas próximas horas.  

Por: José Augusto Silva  

Iniciou esta manhã, 8, em Bissau, a formação destinada aos Comandantes dos Postos e das Esquadras da Guarda Nacional e Polícia da Ordem Pública, respetivamente...

GUARDA NACIONAL (Guiné-Bissau)

Iniciou esta manhã, 8, em Bissau, a formação destinada aos Comandantes dos Postos e das Esquadras da Guarda Nacional e Polícia da Ordem Pública, respetivamente.

A iniciativa é no âmbito da cooperação técnico policial entre Portugal e a Guiné-Bissau.

Aos formandos serão ministrados temas como: Direito Penal, Direito Processual Penal, Comando e Liderança, Direitos Fundamentais e Cidadania, Legislação e Organização das Forças de Segurança, Técnicas de Intervenção Policial, Preenchimento de Livros de registo, Procedimento de Segurança e Controlo de armas, entre outros.

A sessão de abertura foi presidida por Sua Excelência Secretário de Estado da Ordem Pública, Dr. Afredo Malú, e o curso terá a duração de duas semanas, estando ser facilitados por técnicos nacionais e estrangeiros (da Guarda Nacional Republicana e da Polícia da Segurança Pública portuguesa).

Bissau, 08.11.2021

Sua Excelência Presidente da República General do Exército Umaro Sissoco Embaló, chegou a Praia esta segunda-feira, para participar na cerimónia de Investidura do Presidente eleito de Cabo-Verde, José Maria Neves.

À sua chegada a Cabo-Verde,  foi acolhido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Senhor Rui Figueredo Soares.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

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PR da Guiné-Bissau em Cabo Verde para tomada de posse de José Maria Neves

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, viajou hoje para Cabo Verde para participar na cerimónia de tomada de posse do Presidente eleito, José Maria Neves, informou a Presidência guineense.

José Maria Neves, professor universitário e antigo primeiro-ministro cabo-verdiano, de 61 anos, foi eleito, à primeira volta, nas eleições presidenciais de 17 de outubro, com 51,5% dos votos, de acordo com dados do apuramento provisório.

Apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), atualmente na oposição, José Maria Neves será o quinto Presidente da República do arquipélago lusófono, sucedendo a Jorge Carlos Fonseca, que cumpriu o seu segundo e último mandato.

"A seguir, o chefe de Estado desloca-se a França para participar no Fórum Paris sobre a Paz, que decorre entre 11 e 13 de novembro", refere a Presidência guineense.

Acompanham o chefe de Estado guineense, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, e o ministro das Finanças, João Fadiá.

Por Lusa