quinta-feira, 30 de novembro de 2017

NOVOS DIRETORES DE SERVIÇO DA RÁDIO JOVEM PROMETEM IMPRIMIR NOVA DINÂMICA NO ÓRGÃO


O diretor de Programas da Rádio Jovem, Zeca Cá prometeu para breve mudanças na programação da Rádio e pediu colaboração de todos os funcionários na efetivação dessa intenção.

Zeca Cá falava ,segunda-feira 27 de Novembro, durante a cerimônia de empossamento do seu cargo,  de Mayerson Tavares Arsala Indi, como Diretor Comercial e de Mustafa Barri como Contabilista e Financeiro da Rádio Jovem.

Cá disse esperar que a rádio consiga projetar-se ainda mais, tanto a nível nacional como no plano internacional.

Cá reconheceu que a rádio faz-se com uma equipa e não com uma só pessoa, pelo que pediu a união e trabalho do seus colegas de serviço.

“Peço a todos, união e trabalho e acima de tudo humildade, que são coisas que nortearam a criação desta rádio” vincou o responsável.

Para Zeca Cá, a mudança não é nada fácil e por isso, vai encarrar a nova etapa como um desafio.

A cerimónia de empossamento dos três dirigentes foi presidida pelo Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ) e igualmente Presidente do Conselho de Administração da rádio jovem.

No seu discurso de posse, Guere Gomes Lopes disse esperar que os recém-empossados possam acrescentar qualidade e contribuir para que a estação emissora possa alcançar os seus objetivos.

“Penso que esta cumprimentaridade vai ajudar a Rádio a estar mais forte e ser a voz da juventude guineense” afiançou Guere Lopes.

Segundo o presidente do Conselho de Administração, as nomeações visam colmatar os vazios internos em algumas direções administrativas da Rádio para poder dinamizar ainda mais o seu funcionamento, no âmbito da sua restruturação.

Recorda-se que, Zeca Cá já desempenhou as funções de Director de Programação da Rádio Jovem no passado,  função para qual foi renomeado.

Foram também empossados, Mayerson Tavares Arsala Indi, como Diretor Comercial, um quadro interno da Rádio e Mustafa Barri, como Contabilista e Financeiro.

// Alcene Sidibé

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Guterres: "Não é esta cimeira que vai resolver as questões do relacionamento entre a UE e África"

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse hoje em entrevista à Lusa que a renovação de líderes africanos é uma oportunidade para consolidar o desenvolvimento e atacar os problemas estruturais que dificultam o desenvolvimento económico.


"Espero que esta cimeira dê um impulso aos aspetos positivos de África, mas não tenho ilusões; não é esta cimeira que vai resolver de uma vez por todas as questões do relacionamento entre a União Europeia e África", disse António Guterres.

Em entrevista à Lusa à margem da cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que decorre até quinta-feira em Abidjan, na Costa do Marfim, o secretário-geral da ONU disse que "a cooperação com África é um elemento muito importante para ajudar o continente a resolver os seus problemas, mas também é muito importante do ponto de vista europeu".

Sobre os principais problemas do relacionamento entre os dois continentes, Guterres apontou a crise migratória como "uma das questões que ganhou uma grande dimensão".

Para o antigo primeiro-ministro português que foi também Alto Comissário para os Refugiados, "há hoje uma consciência internacional que é algo de profundamente errado que tem de ser corrigido".

É preciso, acrescentou, mudanças "a nível da cooperação para o desenvolvimento, criar mais opções para que as pessoas possam ter futuro nas suas próprias terras, a nível das opções de migração legal, que têm de ser consideravelmente aumentadas e que se justificam até pelo considerável défice demográfico europeu, e a nível do combate muito mais eficaz aos contrabandistas e traficantes".

Outro dos aspetos em que a cooperação europeia tem um papel importante é na transformação industrial africana, que precisa de criar valor para aumentar o desenvolvimento económico.

"Uma das grandes preocupações que a ONU tem na cooperação com África é acelerar o processo de industrialização e aumentar a cadeia de valor sobre os produtos africanos", disse Guterres na entrevista à Lusa.

"Isso exige investimento, capacidade técnica e é por isso que a cooperação europeia é muito importante", concluiu.

A quinta cimeira UE/África decorre entre 29 e 30 de novembro em Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim, com o tema "Investir na Juventude para um futuro sustentável", e conta com cerca de 80 chefes de Estado e de Governo dos países europeus e africanos

A primeira cimeira UE-África, que se realizou no Cairo (Egito) em 2000, foi promovida por Portugal, durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Em 2007, novamente sob a égide da presidência portuguesa, Lisboa acolheu a segunda edição destas cimeiras.

24.sapo.pt

Impeachment de Dilma é golpe de Estado, decide Tribunal Internacional


O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff se caracteriza como um golpe ao Estado democrático de direito e deve ser declarado nulo em todos os seus efeitos. Esta foi a tônica da sentença proferida hoje (20) pelos nove especialistas internacionais em direitos humanos que constituíram o júri do Tribunal Internacional Sobre a Democracia no Brasil, evento organizado no Rio de Janeiro pela Via Campesina, a Frente Brasil Popular e a Frente de Juristas pela Democracia. Segundo a sentença, que será encaminhada ainda esta semana aos senadores e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), “o processo de impeachment da presidenta da República, nos termos da decisão de sua admissibilidade pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, viola todos os princípios do processo democrático e da ordem constitucional brasileira”.

Participaram do corpo de jurados o bispo mexicano Raul Veras, que ficou conhecido por suas ações em prol dos direitos humanos quando era frei dominicano e concorreu ao Prêmio Nobel da Paz em 2010; o advogado e político mexicano Jaime Cárdenas; o jurista italiano Giovanni Tognoni, membro do Tribunal Permanente dos Povos; a senadora pelo Partido Comunista Francês Laurence Cohen; a filósofa espanhola Maria José Dulce, especialista em temas ligados à globalização; a advogada norte-americana com ascendência iraquiana Azadeh Shahshahani, especializada em defesa dos direitos humanos de imigrantes muçulmanos; o jurista e acadêmico costa-riquenho Walter Montealegre; o professor de Direito colombiano Carlos Augusto Argoti, da Universidade de Rosário, em Bogotá; e o argentino Alberto Felipe, professor da Universidade Nacional de Lanús.

Antes de proferir a sentença, os jurados tiveram de responder a quatro perguntas apresentadas pelo presidente do Tribunal, o jurista Juarez Tavares: 1) O impedimento da presidenta da República, em conformidade com os termos de sua tramitação no Congresso Nacional, viola a Constituição da República?; 2) O procedimento de impeachment, sem obter a demonstração do cometimento de delito de responsabilidade pela presidenta da República, se caracteriza como golpe parlamentar?; 3) No curso do procedimento de impeachment, o devido processo legal, cláusula constitucional com igual respaldo na Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) tem sido violada?; 4) O procedimento de impeachment caracterizado como golpe parlamentar deve ser declarado nulo e, portanto, também todos os seus efeitos?

Após ouvir as testemunhas e sustentações orais da acusação e da defesa e examinar todos os documentos, pareceres e declarações constantes dos autos, o júri internacional por unanimidade respondeu sim às quatro perguntas propostas por Tavares: “O fundamento comum de todos os pronunciamentos ofertados no Tribunal reside na vacuidade do pedido de impeachment e na inexistência de delito de responsabilidade ou de conduta dolosa que implique um atentado à Constituição da República e aos fundamentos do Estado brasileiro. Os jurados entenderam que o impedimento neste caso se caracteriza como verdadeiro golpe ao Estado Democrático de Direito e deve ser declarado nulo em todos os seus efeitos”, diz a sentença.

Sem crime de responsabilidade

Os jurados também consideraram que, no que diz respeito ao objeto do processo autorizado pelo STF e analisado pelo Congresso Nacional, as chamadas “pedaladas fiscais”, está provado que Dilma não cometeu crime de responsabilidade, o que justificaria seu impedimento: “Como se depreende do Artigo 85 da Constituição, não há que se confundir entre violação do orçamento e violação das regras de sua execução financeira. Estas últimas estão vinculadas às normas de administração financeira e não à lei orçamentária. Uma vez que não são normas orçamentárias, a sua violação não pode ser objeto de crime de responsabilidade”, diz a sentença.

Por seu turno, prosseguem os jurados, “os decretos expedidos pela presidenta da República e contestados no pedido de impeachment se destinavam à abertura de créditos suplementares necessários à execução do orçamento e estavam todos devidamente autorizados pelo Artigo 4 da Lei de Orçamento Anual de 2015”. Assim, segundo os julgadores internacionais, não se configuram como créditos abertos sem autorização.“Deve-se dizer ademais que essas aberturas de crédito não aumentaram os gastos da União. Mais de 70% dos créditos suplementares obedeciam a uma determinação do Tribunal de Contas da União. Isso implica que a presidenta da República, neste caso, ao expedi-los, limitava-se a cumprir um dever legal.”

Quanto ao suposto descumprimento, por parte da União, de dívidas com o Banco do Brasil relativas ao financiamento agrícola, ficou demonstrado, segundo o júri, que não havia prazo fixado para o pagamento, o que elimina a alegação de atraso: “Não se trata de empréstimo ou de abertura de crédito, mas sim de subvenção para que se efetuassem atos imprescindíveis à consecução da política agrária brasileira conforme as demandas populares pelas quais a presidente foi eleita. O atraso é irrelevante, pois todos os empréstimos foram quitados. Também neste caso as imputações feitas à presidenta da República não constituem crime de responsabilidade”, diz a sentença.

Mídia e Judiciário

A sentença proferida pelo júri composto por nove especialistas internacionais também procurou caracterizar o golpe em curso no Brasil: “Os golpes de Estado não podem ser reduzidos somente a intentonas militares, ainda que estas tenham sido sua forma mais comum. Também são caracterizados como golpes de Estado aqueles atos de destituição de governantes legitimamente eleitos quando tomados em desconformidade com as regras constitucionais e em violação de tratados e convenções internacionais. Essa violação pode acontecer tanto por decisão do Parlamento quanto da Suprema Corte. Na América Latina são paradigmáticos os golpes de Estado produzidos pelo Parlamento desde 1859, quando no Peru o governo foi destituído. Mais recentemente, isso aconteceu em Honduras em 2009 e no Paraguai em 2012”.

No Brasil, disseram os jurados, “o golpe está assentado não só na decisão parlamentar, mas também na legitimação que essa decisão política obteve no Poder Judiciário, que não enfrenta questões de fundo importantes, como a ocorrência ou não do crime de responsabilidade ou a violação de princípios constitucionais relacionados ao contraditório, à ampla defesa e à fundamentação das decisões”. O papel da mídia também não foi esquecido na sentença: “O golpe pode ser visto no reforço da agressiva desconstrução efetuada pelos meios de comunicação de massa da própria pessoa da presidenta, demonstrando – por vezes de modo disfarçado, por vezes notório – um preconceito machista”.

Segundo os jurados, “o golpe em curso no Brasil também incorpora outras motivações, como o mal-estar das elites frente ao acesso das camadas mais pobres da população aos recursos da sociedade de consumo e também frente à ampliação dos gastos com programas sociais de integração necessários ao cumprimento de finalidades expressas na Constituição brasileira em seu Artigo 3, como a redução da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais”.

Plantaobrasil.net

MP PEDE AO PARLAMENTO PROVAS DE TENTATIVA DE ASSASSINATO DE CIPRIANO CASSAMÁ E DSP DO PAIGC

Ministério Público (MP) reage sobre a denúncia do Gabinete da Imprensa da ANP de suposto assassinato de Cipriano Cassamá e de Domingos Simões Pereira.

Em comunicado de imprensa que Notabanca teve acesso, hoje 29, o Procurador-Geral da República instruiu vara crime do Tribunal Regional de Bissau para solicitar o Parlamento no sentido de fornecer todos os elementos probatórios que possam facilitar a identificação dos presumíveis autores, a fim de serem traduzidos a justiça.

Ainda, no documento lê-se que existe o braço-de-ferro entre a Policia Judiciária e ANP, na sequência de um inquérito em curso na PJ contra ao órgão de soberania, por suposta prática de facilitação à migração, por via de esquemas montadas.

No documento, a Procuradoria-Geral afirma que o inquérito em causa, a PJ enviou várias correspondências à ANP, nas quais pediu as ordens de missões, pedidos de vistos schengen e os protocolos de pagamentos dos seus funcionários que foram concedidos os vistos.

Face a situação, o Ministério Público adverte desde já a ANP a cumprir a “letra”o prazo fixado, referente a última correspondência da PJ para entregar todos os documentos solicitados.

A nota remata, instando ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para facultar todos os documentos relacionados com pedido de vistos providentes da ANP à PJ.

Recorde-se que, líderes da ANP, Cipriano Cassamá e do PAIGC, Domingos Simões Pereira, segundo a nota do Gabinete da Imprensa do Parlamento escaparam de morte, na marcha pacífica nos dias 16 e 17 deste mês, do Coletivo de Dezassete Partidos Políticos Democráticos.

O comunicado: 



Por Notabanca; 29.11.2017

Guiné-Bissau: Ministério Público investiga sobre supostos “esquemas” da ANP com Vistos Schengen


O Ministério Público (MP) esclareceu que a investigação em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP) está relacionada com uma suposta prática de facilitação à migração, através de “esquemas bem montadas”. Esta quarta-feira, 29 de novembro, o gabinete de Imprensa e Relações Públicas do MP avançou que a Polícia Judiciária (PJ) enviou várias correspondências à ANP, …Ler mais

ESCUTEM O QUE ANTÓNIO INDJAI DISSE - CIPRIANO CASSAMÁ É UM HOMEM ALTAMENTE PREIGOSO

1º É UM TRIBALISTA
2º SÓ PENSA EM MATAR
ESCUTEM
EU SOU DOKA INTERNACIONAL
E JOMAV ACREDITEM QUE ESTA NO CAMINHO DA VERDADE
ESCUTEM



Dokainternacionaldenunciante

À margem da 5° Cimeira UE-África, o Primeiro Ministro UMARO SISSOCO EMBALO, manteve vários encontros bilaterais, alguns com velhos amigos, como foi o caso do Presidente Denis Sassou Nguesso, de Congo Brazzaville, que também se encontra em Abidjan a participar na Cimeira.





O Primeiro Ministro UMARO SISSOCO EMBALO, aproveitou a estadia em Abidjan, onde está a participar na 5 ° Cimeira UE-África, para ontem fazer visita a uma unidade hospitalar modelo da capital Costamarfinense.







Sarathou Nabian

AFEGANISTÃO - O mercado em Cabul onde meninas e adolescentes são vendidas como esposas

Adolescentes e crianças são vendidas a homens que procuram uma ou mais esposas. Famílias vendem-nas para fazer face à pobreza.


No mercado mais antigo de Cabul, no Afeganistão, são transacionadas meninas, adolescentes e mulheres, que os intermediários vendem a homens à procura de uma (ou várias) esposa(s).

Amador Guallar, repórter do El Mundo, encontrou-se com um destes mediadores, um homem que admite não fazer mais do que seguir uma prática que tem já “centenas ou milhares de ano”.

Do bolso, o homem tira as fotografias de cinco meninas, menores de idade, que as famílias se predispuseram a vender para fazer face às dificuldades financeiras. Fazem-no, segundo o jornalista, num ato de desespero, ainda que no país o casamento infantil seja um crime.

“Eu não sequestro meninas, não obrigo ninguém a dar-me as suas filhas. O que faço é por as famílias em contacto com homens que procurem uma esposa. Uma mulher deve formar família e eu ajudo-as a encontrar marido”, alegou o homem cujo nome não é divulgado.

As adolescentes “facilitadas” (termo usado para dizer compradas/vendidas) são, admite o mesmo, “jovens, mas não suficientemente maduras para serem férteis”. Afinal de conta, tratam-se de meninas, crianças, ainda a atravessar a adolescência.

NAOM

Sociedade - P5 pede Ministério do Interior a providenciar segurança para marcha do Coletivo de partidos políticos


Bissau, 29 Nov 17 (ANG) – As cinco organizações internacionais residentes no país, denominada “P5” pediram hoje em comunicado ao Ministério do Interior e Coletivo de 18 partidos políticos a respeitarem o acordo do passado dia 17 de novembro entre as partes, que permitiu a realização da última marcha de uma forma pacífica.

 P5 que agrupa a União Africana (UA), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Europeia (EU), A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a ONU, encoraja o Ministério de Interior a providenciar a necessária segurança ao Coletivo dos Partidos para exercerem os seus direitos constitucionais de se manifestar pacificamente.

 Da mesma forma o grupo encoraja o Coletivo dos Partidos a seguir os procedimentos legais e administrativas adequadas para a organização de marchas pacíficas na Guiné-Bissau através do respeito do itinerário acordado e controlo rigoroso dos participantes.

No comunicado reitera que as autoridades nacionais e os actores políticos e sociais têm uma responsabilidade compartilhada pelo avanço da democracia, defesa dos direitos humanos e da manutenção da paz social.

ANG/MSC/ÂC/SG


COMUNICADO DA UA (que coordena o GRUPO P5)



Dollar Man

Jornal Donos da Bola - Efetivos descontentes na Guarda Nacional:

Descriminação na atribuição de patentes desestabiliza homens de Botché Cande. 
Reajustes de patentes que está a ser efetuado na corporação da guarda nacional está a provocar mal-estar, descontentamento e desconforto na congregação que garante segurança aos cidadãos, tudo por conta da descriminação de alguns efetivos, postos de lados na graduação em curso para reajustes de patentes no ministério do interior.

De acordo com a denúncia dos lesados que chegou a nossa redação antes do fecho da edição, o clientelismo e nepotismo orquestrado para descriminar alguns dos efetivos da corporação que não são “meninos bonitos” ou parentes dos comandantes, está a minar a boa camaradagem dentro da classe e pode refletir na ordem pública, e arrecadação de receita, isto é, no que diz respeito a Brigada de Ação Fiscal (BAF) ex-guardas fiscais.

Segundo apuramos foram alterados completamente as ordens e orientações do ministro do Interior, Botché Cande que estava direcionada em graduar cada efetivo com mais de três e quatro anos com mesmo galão, um grau acima do que já tinha, mas que fora feito tudo ao contrário das ordens do ministro da tutela, por haver pessoas promovidas duas ou três escalões acima do que haviam conquistado, exemplo dos que saíram do 1º sargento para capitão, quando deviam usufruir de patente de alferes.

De acordo com o nosso informante mais de metade da corporação foram ignorados, alguns com mais de dez, vinte e trinta anos sem serem promovidos, foram postos de lado ou simplesmente esquecidos como se não fizessem parte da corporação.

Segundo as orientações do ministro do interior, era para que as graduações seja efetuadas na base de transparência e clareza, para que cada agente subisse um grau apenas do que anteriormente tinha conquistado, facto que não se verificou.

Por agora foram estipulados vinte e um dias para os lesados reclamarem ou manifestarem seus descontentamentos junto do seu comando ante a injustiça da promoção, contudo estes não estão a ver com bons olhos a boa vontade dos seus comandantes se não houver a intercedência da força maior, uma vez que foram excluídos do processo sem que houvesse explicações para justificar a decisão.

Redação DB
Jornal Donos da Bola

Incrível, mas verdade! Uma rapariga de 11 anos deu à luz um bebé.

As duas crianças (mama e bebê) estão bem como você vê-los aqui 👇 no hospital de banankoro. NB: ela foi grávida pelo seu cunhado, um criminoso chamado Moussa Oulen de guekedou. O que acha deste homem?



Konia Media group 

PGR DIZ QUE CONSTITUIÇÃO NÃO IMPEDE MANIFESTAÇÕES PACÍFICAS GUINÉ-BISSAU


O Ministério Público da Guiné-Bissau esclareceu hoje que a Constituição do país não impõe qualquer limite ao exercício da liberdade de manifestação, mas que aquela deve decorrer de forma pacífica e obedecer a algumas normas.

«Uma vez que a Constituição não impõem qualquer outro limite substancial ao exercício da liberdade de manifestação remetendo a sua regulamentação `nos termos da lei´ então este direito não pode ser coartado, condicionado ou limitado por atos da administração para além dos limites normativos», refere, em comunicado, o Ministério Público.

No documento, o Procurador-geral da República, Bacar Biai, explica que os limites normativos existentes estão relacionados com o comportamento dos cidadãos e não com o direito de manifestação.

Assim, continuou, segundo a Lei da Manifestação, os «cortejos e desfiles só poderão ter lugar aos domingos, feriados e aos sábados depois das 13:00 horas e nos dias úteis depois das 19 horas».

A mesma lei refere que as autoridades podem impedir a realização de uma manifestação em lugares públicos situados a menos de 100 metros das sedes dos órgãos de soberania, estabelecimentos hospitalares e mercados e que é «expressamente interdita» a realização de manifestações a menos de 100 metros de instalações militares, representações diplomáticas e partidos políticos.

«O Ministério Público chama a atenção do Governo, partidos políticos e sociedade civil que a liberdade que a todos se reconhece é porém única e exclusivamente a de manifestar pacificamente e que essa cessará logo que perca o seu carácter pacífico, perdendo assim a proteção constitucional», esclarece.

Nesse sentido, Bacar Biai salienta que aquele direito deixa de ter «cobertura constitucional quando exercido com violência através do arremesso de pedras e outros objetos, com agressões a cidadãos, incluindo dos agentes policiais».

O Ministério Público da Guiné-Bissau solicitou ao Governo para respeitar e aplicar a Lei da Manifestação do país e aos partidos políticos e sociedade civil para salvaguardarem os direitos das pessoas que não participam em manifestações.

No comunicado, o Ministério Público salienta que vai defender a ordem jurídica e paz social e «responsabilizar criminalmente os eventuais atores de atos de restrições ilegais da referida liberdade», bem como «responsabilizar da mesma forma todos aqueles que pratiquem atos contra os limites impostos na lei da manifestação».

O Ministério do Interior da Guiné-Bissau tem proibido a realização de várias manifestações no país.

O movimento dos jovens inconformados tentou realizar no sábado uma manifestação, que o Ministério do Interior voltou a proibir.

Abola.pt

JORNALISTA NICOLAU GOMES SAI DO TRIBUNAL SEM MEDIDA DE COAÇÃO

O jornalista e apresentador do programa matinal “Alô Guiné” da Rádio Bombolom FM, Nicolau Gomes Dautarim, foi ouvido esta terça-feira, 28 de Novembro 2017, na Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau sem nenhuma medida aplicada.

O jornalista foi ouvido no âmbito de um processo em que é acusado de ter abusado de forma “excessiva” no seu programa, alegando suposto favoritismo, nepotismo na nomeação de membros da família do actual ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai.

À saída de audiência na Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, o advogado do Jornalista, Luís Vaz Martins, disse que o processo do seu cliente não tem “asas para voar mais longe”, sendo que o Nicolau Gomes Dautarim é inocente e também acredita que a justiça será feita duma forma justa e clara, “portanto saiu definitivamente sem nenhuma medida de coação”, conclui.

“É um processo apresentado por um cidadão de nome Albino Barai, contra o jornalista sobre suposta declaração excessiva por parte do jornalista em como teria havido nepotismo na nomeação familiar no Ministério da Saúde Pública, mas por enquanto é muito cedo falar dos meandros, sendo que é um processo crime, portanto acredito na inocência do meu cliente e na integridade da justiça de maneira que e o processo não tem asas para voar mais longe”, sustenta.

O Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga, assegurou que ainda não tem muita coisa para falar sobre o caso do Jornalista, Nicolau Gomes Dautarim, sendo que o processo ainda está em segredo de justiça.

“Estamos convictos e a luta vai continuar e vamos vencer”, afirmou Nhaga. “Trata-se de uma etapa de uma luta que estamos a atravessar e estou convencido que vamos sempre ganhar esta batalh. Ninguém pode beliscar a liberdade de imprensa hoje na Guiné-Bissau. Não é possível combater corrupção no país, combatendo o instrumento de luta contra da corrupção que é a imprensa. É errado. Os órgãos da comunicação social devem servir melhor para combater a corrupção. Portanto continuo apelar os profissionais da comunicação no sentido de trabalharem de forma independente, imparcial e isenta sem reboque de ninguém”, exortou António Nhaga. 

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: NGD
OdemocrataGB

BRASIL: Homem que se dizia herdeiro de R$ 9 trilhões dá golpe em 25 mil pessoas

Para a Polícia Federal, Celso Éder Gonzaga de Araújo não passa de um farsante

Imagina isso: você faz um investimento de R$ 1 mil para, mais tarde, receber R$ 55 milhões. Um baita negócio, né? Tão bom que tem cheiro de golpe. E é golpe, segundo a Polícia Federal. O homem por trás do esquema foi preso esta semana, em Mato Grosso do Sul. Ele se apresentava como cônsul-honorário de Guiné-Bissau e herdeiro de uma fortuna trilionária. Para a Polícia Federal, Celso Éder Gonzaga de Araújo não passa de um farsante, que fez mais de 25 mil vítimas pelo Brasil.

Veja na reportagem clican do AQUI

wscom.com.br

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Músico completo " koffi olomidé" seja bem vindo a nossa terra Guiné Bissau




Acot's Acot's Ékomock Blogckpaz


O maior escândalo financeiro na história da Guiné-Bissau conhece novos dados.

Entre Junho a Dezembro de 2015 foram movimentados no tesouro público mais de um bilhão e oitocentos milhões de francos cfas numa conta bancária no Banco da África Ocidental (BAO), resultado de um fundo proveniente de famoso “RESGATE DOS BANCOS” que, no entanto, viria a ser anulado pelo estado guineense.

Os dados constam de um mapa analítico do Ministério da economia e Finanças e revela que os valores foram movimentados por particulares sem nenhuma especificação em relação ao destino do dinheiro.

Eurizanda Cuino (ZANDA) que foi tesoureira particular de Domingos Simões Pereira, então Primeiro-ministro, figura no topo da lista e terá movimentado em diferentes operações no BAO 350 milhões de francos CFAS, seguido do empresário e Deputado Caramo Camará que movimentou na mesma instituição bancária 270 milhões de francos cfas em duas operações diferentes.

Albino Fonseca, antigo secretário-geral do ministério da economia e Finanças também consta na lista e efectuou duas operações diferentes num total de 250 milhões de francos cfas. Um desconhecido que responde pelo nome de Idrissa Candé, terá levantado de BAO em duas operações entre dois dias seguidos ou seja 11 e 12 de Agosto de 2015, 550 milhões de francos CFAS.

Academia Demba Sanó do empresário Catió Baldé, também usufruiu de 200 milhões de francos cfas numa operação efectuada no dia 16 de Novembro de 2015.

Outras figuras que movimentaram valores no Banco da África Ocidental e que constam no Mapa analítico do Ministério da Economia e Finanças, destaque para Baifaz António Correia, Tesoureiro da Assembleia Nacional Popular, Adulai Sow, Franklin Rodrigues, Aladje Tcham e Jailson Costa. O assunto já é do conhecimento do Ministério Publico.

RDN

GOVERNO DÁ MAIS DE SETECENTOS MILHÕES DE FRANCOS CFA PARA ACABAR COM AS GREVES




Para levantar a greve que assola o setor do ensino público cerca de dois meses, Governo de Umaro Sissoco Embaló deu luz verde para pagar os docentes. 

Governo disponibilizou mais de setecentos milhões de francos Cfa para liquidar as dívidas em atraso para com os professores.
A promessa motivou os dois sindicatos a levantar a greve nas escolas públicas.

O pagamento será feito em três prestações, revelou terça-feira em Bissau, o ministro da Educação, em conferência de imprensa.
Sandji Fati disse ainda que, no próximo dia seis de Dezembro o Executivo vai entregar certificados a 180 inspectores recém-formados para impulsionarem mais qualidade ao ensino público.

Sobre a carreira docente, o fulcro da exigência dos docentes, o titular da pasta da Educação garantiu apresentar o regulamento da mesma n reunião do Conselho de Ministros para anuência.

Por Notabanca; 28.11.2017

Homem condenado a maior pena da história. 472 anos de prisão

É a maior pena da história dos Estados Unidos por crimes de tráfico sexual de menores.


Um homem foi condenado a quase 500 anos de prisão, nos Estados Unidos, por tráfico sexual de menores, noticia o The Independent.

Brock Franklin, de 31 anos, geria um grupo de tráfico humano, sobretudo de menores, que atacava as suas vítimas, inicialmente, através das redes sociais.

Depois desta primeira abordagem e de se encontrarem com as crianças e mulheres, o grupo drogava e ameaça com violência as vítimas, que eram obrigadas a ter relações sexuais com os clientes do grupo. Esta relações aconteciam, sobretudo, em hotéis na zona do Colorado.

O líder do grupo foi condenado por 30 crimes, incluindo tráfico de menores, tráfico humano e prostituição infantil.

Foi condenado a 472 anos de prisão, a maior pena da história dos Estados Unidos em crimes desta natureza.

NAOM

COREIA DO NORTE - Coreia do Norte lança míssil balístico

É o primeiro teste balístico realizado pelo regime de Pyongyang desde setembro.


Coreia do Norte voltou a lançar um míssil balístico, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita fontes militares. Fonte do governo norte-americano também confirmou o lançamento. 

Não se sabe, para já, que tipo de míssil foi lançado.

O míssil terá sido lançado numa zona a norte de Pyongyang e dirigiu-se para leste. A trajectória do projéctil está a ser analisada pelas autoridades sul-coreanas e norte-americanas.

Fonte do governo japonês afirma, contudo, que o míssil poderá ter aterrada em zona económica exclusiva do país. 

Este é o primeiro teste realizado por Pyongyang desde setembro, quando foi lançado um míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido, no Japão. 

Até este último teste, a Coreia do Norte, principalmente desde abril, testou, em média, cerca de dois ou três mísseis balísticos por mês.

O teste desta terça-feira surge momento depois de fontes do governo norte-americano terem afirmado à Reuters de que Pyongyang estava a preparar um lançamento de um míssil "para os próximos dias". 

Uma das fontes ouvidas pela Reuters, diz que o governo japonês detetou sinais de rádio suspeitos nos últimos dias, vindos da Coreia do Norte. 

NAOM

ALSO...

EUA dizem que míssil balístico disparado por Pyongyang é intercontinental


O Pentágono anunciou que o míssil lançado hoje pela Coreia do Norte é um engenho balístico intercontinental, que realizou um voo de mil quilómetros.

"Detetámos um lançamento de míssil desde a Coreia do Norte. Estamos em processo de avaliação da situação e divulgaremos informação adicional quando esta estiver disponível", disse o porta-voz do Pentágono, coronel Robert Manning.

O míssil balístico intercontinental, com alcance que permite atingir território norte-americano, foi o primeiro ensaio em dois meses e meio, depois do último, de médio alcance, ter sobrevoado o norte do Japão antes de cair no mar.

"A Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado em direção a leste das cercanias de Pyongsong, província de Pyongan del Sur, a norte da capital norte-coreana (Pyongyang)", revelou o Estado-maior Conjunto sul-coreano.

Os continuados ensaios com armas feitos pelo regime de Kim Jong-un, entre os quais um ensaio nuclear no passado 03 de setembro, aumentaram a tensão na zona a níveis nunca vistos depois da guerra da península da Coreia (1950-1953).

No passado dia 21, os Estados Unidos impuseram sanções contra 13 entidades encarregadas do transporte marítimo e terrestre na Coreia do Norte, com o intuito de pressionar Pyongyang para que ponha um fim aos ensaios de mísseis balísticos e às suas aspirações nucleares.

As sanções foram divulgadas um dia depois de Donald Trump ter remetido para a Coreia do Norte a lista de países "patrocinadores do terrorismo", da qual o país asiático tinha saído há quase uma década.

Depois desta decisão, o Presidente dos Estados Unidos instou o regime comunista norte-coreano a "pôr fim a seu ilegal desenvolvimento nuclear e de mísseis balísticos".

Na assembleia-geral da ONU, em setembro, Trump foi duro quanto aos programas nucleares norte-coreanos e ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte se Pyongyang continuasse com as provocações.


Por várias vezes, Trump afirmou também que não descarta uma ação militar contra o regime de Pyongyang, uma vez que, disse, anos de diálogo não serviram para nada.

DIRECTOR DA PJ PROMETE ATENÇÃO AOS CRIMES CONTRA POVO


O novo director Nacional da Policia Judiciaria (PJ) da Guiné Bissau promete lutar contra todos crimes que mexem com sentimento popular no país. A determinação de Juscelino Degol Pereira foi ouvida na cerimónia da sua investidura que aconteceu, na manhã desta terça-feira (28), em Bissau

O responsável da polícia, aponta o trabalho árduo para alcançar os objectivos de combater os males que afectam a sociedade guineense.

“Enquanto religioso, levo a peito a palavra do evangelista Mateus só com o trabalho demostrado que somos felizes. Prometo o trabalho, trabalho e o trabalho felizmente ou infelizmente o país não tem o seu quadro normativo de crime de prevenção e de investigação prioritária mas todo os crimes que mexe com sentimento popular merecerá a nossa atenção”, promete.

Degol Pereira promete também alargar a PJ para todo o território nacional para servir como antecâmara de paz social na sociedade guineense.

“Iniciaremos com um plano de acção mediato para o redimensionamento e restruturação da PJ e isso pode passar por várias valências desconcentrar de Bissau para o interior por isso é nosso sentimento que a PJ não pode ser uma polícia Judiciaria de mercado de Bandim mas sim o povo lá do interior precisa da PJ para servir como antecâmara de paz social na sociedade guineense”, sublinha.

Juscelino Degol Pereira destaca por outro lado, o investimento nos recursos humanos como prioridade para poder fazer fase as novas formas de criminalidade no país.

O ministro da Justiça, Rui Sanha, que tutela a PJ guineense considera o novo director da Polícia Judiciaria de “servidor fiel” da pátria aos interesses da colectividade, no combate sem tréguas à criminalidade.

“Espero que, com a escolha deste magistrado exemplar, o país, nomeadamente o governo, não se vai arrepender, pois terá, indubitavelmente, mais um servidor fiel da pátria, dos interesses da colectividade, no combate sem tréguas à criminalidade durante o exercício da nobre função com perspicácia, rigor e firmeza de carácter”, promete.

Juscelino Degol Pereira nomeado a 22 Novembro, pelo conselho de ministros, em que substitui no cargo, Bacar Biai, actual Procurador-geral da República.

Recorde-se que a PJ guineense tem vindo a realizar várias operações como "Morte Lenta" que motivou nas apreensões de centenas de medicamentos falsificados em Bissau e Gabú, no leste, assim como desmantelou uma rede de desvio de dinheiro proveniente de impostos em conluio com alguns bancos comerciais do país entre outros.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Manuel Iambi
Radiosolmansi

União Europeia - África: Educação para conter a migração

'Investir na Juventude para um futuro sustentável', é o lema da quinta cimeira da União Africana-União Europeia (29/30.11), em Abidjan. Os temas principais são a migração e a segurança, mas também o futuro dos jovens.

Campo de refugiados em Nakivale, Uganda

As aulas para refugiados no Uganda, quando acontecem, estão a ser realizadas em barracas ou em baixo de árvores. Não existem escolas para todos. Há quatro anos, Natalia Mbisimo Peace e sua família fugiram da guerra civil no Sudão do Sul rumo ao país vizinho, Uganda. "Desde então, eu não fui mais para a escola", contou a jovem hoje com 20 anos. Ela espera que um dia possa continuar seus estudos. Essas declarações também fizeram parte de um recente encontro entre a jovem Peace e representantes da União Europeia e das Nações Unidas em Bruxelas. Com isso, a jovem refugiada pretende chamar atenção para as questões de sua geração.

Educação como resposta

Natalia Mbisimo Peace do Sudão do Sul vive atualmente no Uganda

"Educação é o que mais precisamos", afirmou Peace. Mesmo quando há aula, muitas crianças e jovens não podem comparecer. Eles têm outras responsabilidades. Como, por exemplo, buscar água para suas famílias. Mohamed Malick Fall, da UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, dá toda razão à jovem. Mas a situação no Uganda não é uma exceção. Em seu próprio país, na Nigéria, o problema é ainda mais evidente.

"Somente na Nigéria, cerca de 10 milhões de crianças não vão à escola. Isso significa um quinto de todas as crianças que não têm acesso à educação em todo o mundo", calculou Fall. Tanto na Nigéria quanto no Uganda, são os conflitos violentos que mantêm as crianças longe da escola. "No Norte, enfrentamos grandes problemas com a organização terrorista muçulmana Boko Haram", revelou Fall.

"Meninas são forçadas a casar desde muito cedo. Aos 20 anos, elas já têm cinco ou seis filhos", disse Fall. E então, o sonho de estudar é enterrado em definitivo. Ainda assim, as mudanças climáticas, com seus consequentes desastres naturais, como, por exemplo, a seca, são outros agentes do problema. Fall preocupa-se, sobretudo, com o que está para vir. De acordo com as previsões da ONU, a população da Nigéria deve atingir os 400 milhões de habitantes até 2050. E nos próximos 80 anos a população de África deverá quadruplicar. Aproximadamente, um em cada dois africanos vai ter menos de 15 anos. Fall adverte para que medidas urgentes sejam tomadas agora. 

Oferta de trabalho ao invés de fuga

A União Europeia está preocupada com o futuro dessa população num continente confrontado com o terrorismo, a fome, a má governação ou ainda as catástrofes climáticas. "É crucial que as crianças em África tenham acesso à educação", afirmou o comissário da União Europeia, Christos Stylianides, em entrevista à DW. Ele é responsável pelo departamento de ajuda ao desenvolvimento da União Europeia. Somente através da educação é possível mostrar aos jovens que "eles têm um futuro em África, que existe esperança para eles e para suas famílias", asseverou o político. Por isso, Stylianides aumentou o orçamento para educação oito vezes. "No entanto, isso ainda não é suficiente para dar conta de toda a demanda", destacou Stylianides.

"África precisa assumir a responsabilidade do seu futuro”, disse Cécile Kyenge

Cécile Kyenge sabe bem o que acontece quando os jovens em África não conseguem ter uma perspectiva. Eles migram. Ela foi ministra da Integração na Itália e responsável por milhares de migrantes, que aportavam anualmente no país pelo mar mediterrâneo. Atualmente, deputada no Parlamento Europeu, ela é responsável pela Cooperação com a África. No entanto, para ela, somente educação não vai resolver a questão. "Os jovens deixam a África porque eles não enxergam uma perspetiva diante de tantos problemas políticos, legais e económicos", explicou Kyenge.

É por isso que a questão da migração deve ser confrontada em diferentes níveis. Os jovens precisam ter uma chance de construir uma carreira onde vivem. "Acredito que as empresas europeias, que já estão presentes em África, poderiam oferecer mais oportunidades de emprego para esses jovens", avaliou Kyenge. E, para aqueles que não conseguem vislumbrar um futuro no seu país, é preciso garantir rotas seguras e legais para a Europa, para que eles não morram mais afogados no mar mediterrâneo.
    
"África precisa assumir a responsabilidade de seu futuro”

Kyenge espera que as próximas cimeiras entre os chefes de Estado europeus e africanos, como esta que arranca nesta quarta-feira (29.11), na Costa do Marfim, tragam resultados concretos. Quem sabe assim o número de pessoas que arriscam suas vidas pelo sonho de ter mais dignidade na Europa não diminui? Mas a deputada não está confiante. Ela não acha que apenas a Europa seja responsável pela solução dos problemas. "Chegamos num ponto em que a África também deve assumir a responsabilidade do seu futuro e assumir o controle da situação", advertiu Kyenge. Como exemplo, a eurodeputada citou a luta contra os ditadores. Ela salientou, entretanto, que a Europa não deve, por isso, deixar a África sozinha.

Mohamed Malick Fall, da UNICEF

Mohamed Malick Fall, da UNICEF, também considera importante que as mudanças necessárias sejam feitas pelos africanos. A partir daí, a União Europeia pode e deve apoiar a África. Fall está convencido de que as primeiras melhorias já são visíveis. "Na Nigéria, por exemplo, onde o Boko Haram está ativo, vejo todos os dias jovens professores, médicos e enfermeiras que realizam seus trabalhos sob risco de vida constante", contou.
      
"Mas não é por isso que se pode cometer o erro de pensar que esses problemas vão ser solucionados rapidamente", avisou Fall. Mesmo assim, ele permanece otimista: "Toda iniciativa que visa ajudar essas sociedades em áreas de conflito ou que tenham passado por desastres naturais a reconstruirem-se é um passo na direção certa. Tais ações podem dar mais esperança aos jovens em África. E assim diminuiria a quantidade de pessoas deixando tudo para trás para tentar a sorte na Europa", concluiu.

Dw.com/pt

UM EM CADA 10 COMPRIMIDOS VENDIDOS NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO SÃO FALSOS

Cerca de um em cada 10 medicamentos nos países em desenvolvimento são contrafeitos ou não cumprem os requisitos mínimos, revela o Sistema Mundial de Vigilância e Monitorização de produtos médicos de qualidade inferior e falsificados (GSMS), da OMS.


De acordo com o sistema criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estes medicamentos são usados para tratar doenças como a malária e pneumonia, e, provavelmente, responsáveis pela morte de dezenas de milhares de crianças.

Esta é a primeira tentativa por parte da agência de saúde da ONU de abordar o problema, com cerca de 100 estudos realizados por especialistas, envolvendo cerca de 48.000 produtos médicos, sendo que 65% dos considerados falsificados eram usados para tratar malária.

“Imagine uma mãe que não come, ou dispensa outras necessidades básicas, para pagar o tratamento do seu filho, sem saber que esses medicamentos não cumprem os requisitos mínimos ou são falsificados, e que esse mesmo tratamento causa a morte do seu filho. Isto é inaceitável”, apontou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Problema responsável por 116.00 mortes por malária

Segundo o responsável pela agência, este problema afeta os países mais pobres, nos quais entre 72.000 e 169.000 crianças podem estar a morrer de pneumonia todos os anos, depois de receberem fármacos falsos. Também os cientistas da Universidade de Edimburgo, e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres afirmaram que esta contrafação de remédios pode ser responsável por mais de 116.00 mortes de malária, principalmente em países da África subsariana.

Em 2013, a OMS lançou um sistema global de monitorização voluntária, tendo recebido cerca de 1.500 queixas de medicamentos problemáticos, que incluíam fármacos para doenças do coração, diabetes, problemas de fertilidade, doenças mentais e cancro, tal como vacinas falsas contra a febre-amarela e a meningite.

A instituição considerou ainda que essa base de dados foi responsável por salvar a vida de dezenas de crianças no Paraguai, depois de uma analise ter mostrado que tinham sido contaminas por um medicamento para a tosse, que continha a mesma droga que tinha causado a morte de 60 adultos no Paquistão, meses antes, em 2013.

A OMS acredita que os países têm gasto cerca de 30 biliões em medicamentos contrafeitos.

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ANP denuncia tentativas de assassinatos




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