sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Ministro da Agricultura guineense quer aumentar produção de arroz no país

O ministro da Agricultura da Guiné-Bissau, Nicolau dos Santos, defendeu hoje o aumento da produção de arroz no país para garantir a segurança alimentar e a mecanização do setor agrícola. 


"Há um défice de 80 mil toneladas entre o que produzimos e o que consumimos", afirmou, em conferência de imprensa, o ministro.

Salientando que para "acabar com a fome e resolver o problema de segurança alimentar", o Governo forneceu a nível nacional sementes de arroz, amendoim, milho e feijão, o ministro defendeu, contudo, a mecanização do setor para aumentar a produção.

"Não podemos continuar com a agricultura tradicional. Temos de mecanizar a nossa agricultura e desenvolver o potencial agrícola do país", afirmou o ministro.

Para Nicolau Santos, o setor agrícola pode revolucionar a economia do país, mas é preciso "educar os agricultores".

Cada guineense consome cerca de 130 quilogramas de arroz por ano, o que significa um consumo anual total de 200.000 toneladas.

A Guiné-Bissau produz apenas cerca de 100.000 toneladas de arroz.


MSE // EL

Guiné-Bissau mantém proibição de crianças talibés pedirem esmola

O primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que os pais devem ser sensíveis à questão dos talibés que andam a mendigar pela cidade e que mantém a proibição que impede aqueles estudantes do Corão de pedir esmola.


Qualquer pessoa que é mãe ou pai tem de ser sensível a essa situação e não fazer política com este assunto", afirmou, em conferência de imprensa, Umaro Sissoco Embaló.

O primeiro-ministro guineense proibiu os talibés (crianças e jovens que estudam o Corão) de pedir esmola em Bissau.

"Para as crianças irem à escola e aprenderem há horas normais. Imaginem que enviam uma criança para a feira do Bandim pedir esmola entre as 06:00 e as 19:00, a que horas é que essa criança vai aprender ensinamentos corânicos?", questionou o primeiro-ministro.

Umaro Sissoco Embaló reforçou a sua posição com o facto de ser muçulmano, ter estudado em pequeno o Corão, e nunca ninguém o ter mandado pedir esmola.

"O Corão está traduzido em todas as línguas. Vão ver nesse livro se há algum parágrafo a dizer que os meninos têm de mendigar na rua", disse aos jornalistas.

Para o primeiro-ministro, as escolas corânicas são para transmitir conhecimento e os estudantes que as frequentam também vão à universidade.

"Eu gosto muito dos meus filhos e por isso é que vou proibir os filhos dos outros de andarem a pedir na rua", disse, acrescentando quem quiser ter uma escola para talibés tem de ter condições e pedir autorização.

O primeiro-ministro disse também que o "Governo tem de criar condições para haver escolas corânicas, associadas à escola oficial e na língua oficial que é o português".

"O que é grave é crianças inocentes andarem a pedir esmola. Como guineense isto toca-me", concluiu.

Noticiasaominuto

Instituto Nacional da Meteorologia da Guiné-Bissau vai voltar a emitir boletim meteorológico


O Ministro dos Transportes e Comunicações, Fidélis Forbes, defendeu, esta sexta-feira, 18 de Agosto, que o Instituto Nacional da Meteorologia (INM) tem de ser apetrechado em equipamentos modernos e o dotar de meios materiais e “financeiros suficientes” para ser eficaz na sua missão. No ato da inauguração da sede dos Serviços da Meteorologia, Fidélis Forbes ... Ler mais

ESTUDO - Descobertas mais provas de que aprendemos durante o sono

Afinal, adormecer sobre os livros pode ser uma boa forma de aprender – desde que os tenha lido primeiro, claro.


O sono é essencial para recuperarmos energia, mas também pode ser crucial para a nossa aprendizagem.

Segundo um estudo publicado recentemente na revista científica Nature Communications, o cérebro é capaz de assimilar novas aprendizagens enquanto dorme, mas só durante a fase do sono REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês).

Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de terem reproduzido padrões de som complexos para adormecer um grupo de voluntários. Quando os participantes acordaram, conseguiam realmente reconhecer os diferentes sons. Sendo que o voluntários que memorizaram melhor os padrões de som eram os que os ouviram durante a fase de sono REM. Os que ouviram os sons durante as fases de sono mais leve não reconheceram nenhum dos sons.

Embora o estudo do sono tenha usado um grupo muito pequeno com apenas 20 participantes, as suas conclusões trazem uma informação promissora.

Como cita o site Refinery 29, os autores do estudo concluíram que "os traços de memória podem ser formados ou suprimidos durante o sono, dependendo da fase de sono".

O site Quartz destacou que os investigadores poderiam ter testemunhado o processo do cérebro de classificar as memórias do dia e priorizar o que considera importante. Os investigadores esperampoder estudar o fenómeno de forma mais completa e ver se é possível aprender informação de matemática, línguas e vocabulário com faixas de som durante o sono.

Notícias ao Minuto

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Barcelona: Driss Oukabir detido, um outro suspeito abatido

O homem que tinha alugado as carrinhas usadas no ataque terrorista já terá sido detido, segundo a avança a RTVE. Um outro suspeito terá sido abatido pela polícia, não se conhecendo ainda a sua identidade.

De acordo com as últimas informações dos meios de comunicação espanhóis, Driss Oukabir, o suspeito cuja imagem já tinha sido revelada pelas autoridades, foi detido. Oukabir terá sido quem alugou as duas carrinhas utilizadas no atentado desta quinta-feira.

Driss Oukabir já tinha um mandado de captura devido a acusações de violência doméstica, mas nunca tinha sido ligado ao extremismo islâmico, embora estivesse sinalizado pela polícia. De nacionalidade marroquina, morava em Ripoll, na Catalunha.

Um dos outros suspeitos do ataque terrorista, não identificado ainda, foi abatido a tiro pela polícia em Sant Just Desvern

Os meios espanhóis indicam que este suspeito abatido será um ocupantes do veículo que atropelou três agentes dos Mossos D’Esquadra (polícia catalã) quando se recusaram a parar num ponto de controlo policial na Avenida Diagonal, em Barcelona, ao tentar sair do local.

De acordo com a mesma fonte, os ocupantes do carro, um Ford Focus branco, dispararam contra os agentes ao tentar fugir.

O última balanço oficial do atentado em Barcelona dá conta de 13 mortes e mais de 50 feridos.



Atentado terrorista na Espanha deixa vários mortos e feridos


NAOM

Agência da ONU ajuda população após cheias arrasadoras na Serra Leoa

Organização Internacional para Migrações, OIM, forneceu US$ 150 mil para o país africano; segundo relatos, centenas de pessoas morreram e muitas outras estão desaparecidas.

Deslizamentos de terra na Serra Leoa. Foto: Unicef

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.*

A agência das Nações Unidas para migrações concedeu US$ 150 mil para resposta de emergência e ajuda humanitária à Serra Leoa, após as cheias e os deslizamentos de terra que deixaram centenas de mortos.

Na sede da ONU em Genebra, o chefe da Organização Internacional para Migrações, OIM, afirmou que a agência está pronta para trabalhar com o governo do país africano para responder ao que chamou "terrível evento".

Resgate

Em Dacar, no Senegal, o chefe regional da OIM na África Ocidental, Richard Danziger, afirmou que a agência juntou-se às autoridades da Serra Leoa e à equipa da ONU no país para avaliar os danos na área afetada próxima à capital Freetown.

Segundo relatos, centenas de pessoas morreram e muitas outras estão desaparecidas após cheias e deslizamentos de terra ocorridos em diversas comunidades.

Equipas de resgate esperam descobrir mais corpos nos próximos dias e semanas.

Água

O acesso à água potável e a falta de moradia generalizada devem ser as preocupações imediatas para milhares de pessoas na capital que tem 1 milhão de habitantes.

Na semana passada, a OIM e o governo do Japão entregaram à comunidade de Mile 6, na área rural de Koyal, a primeira instalação de purificação de água de Serra Leoa, a 50 quilómetros de Freetown.

O mecanismo fornece água potável segura à população reassentada após as cheias que atingirem a capital em setembro de 2015.

*Apresentação: Denise Costa.

Unmultimedia.org


OPINIÃO: SUPER BOMBA!!! ANTÓNIO SEDJA MAN APANHOU PRINCÍPIOS DE TROMBOSE( AVC) ???

Fonte: Guineendade.blogspot.sn

WarningSome news from Guineendade.blogspot.sn are not to be relied on!!!


O Procurador Geral da República António Sedja Man apanhou princípios de trombose na lateral. Sedja foi evacuado de uma forma secreta para as pessoas não saberem mas houve fuga de informação no ministério público. Há quem diga que a dias o Presidente José Mário Vaz informou-o que o iria exonerar e fontes próximas indicam que ao sair do palácio Sedja Man foi carregado para entrar no carro. 


Suleimane C.

OPINIÃO - O país caminha perigosamente para um beco sem saída.

Apesar de todos estarmos consciente disso nada se faz para desviarmos do rumo que seguimos. 

A Direção da CNE tem o mandato expirado, a ANP, órgão competente para eleger a direção da CNE, tem o seu mandato valido até 2018. Terminada a legislatura preclude os poderes da ANP de eleger a Direcção da CNE, competência reservada ao seu Plenário que deixa de funcionar, e sem a direcção da CNE com mandato valido não temos eleições. 

Pergunto, porque será que continuamos nesta via?

Fonte: Ansumane Sanha via facebook

Populares de Mafanco atacaram na noite passada o Gabinete do Serviço de Informação do Estado local


O Gabinete do Serviço de Informação do Estado da secção administrativa de Mafanco, no sector de Sonaco, região de Gabú, foi na noite passada alvo de apedrejamento por parte dos habitantes daquela mesma localidade.

Segundo um dos agentes presente durante a invasão popular, “tudo aconteceu depois dos agentes, numa operação desencadeada, terem apreendido droga(Cannabis/Liamba) na casa dum suposto traficante. Vários jovens munidos de pedras, da mesma localidade, seguiram de imediato para o referido gabinete onde se encontravam três agentes numa reunião, sobre o mesmo assunto com o chefe da tabanca (Djarga) e só foi possível dispersa-los após um tiro dado ao ar por parte de um dos agentes encurralados no interior da esquadra”. Em consequência desta invasão um agente foi ferido e evacuado para o hospital regional de Gabú e o gabinete vandalizado pelo apedrejamento.




Fonte: ONU na Guiné-Bissau

Menina de 10 anos dá à luz. Foi violada diversas vezes pelo tio

O Supremo Tribunal da índia impediu a rapariga de abortar. Tanto a menina como a bebé estão bem.


Uma menina indiana de dez anos, que engravidou depois de ter sido violada várias vezes pelo tio, deu à luz esta quinta-feira num hospital em Chandigarh, noticia a BBC.

Segundo a mesma estação britânica, nunca foi dito à menina que ela estava grávida. Durante o parto, disseram-lhe que as dores se deviam a uma enorme pedra no estômago.

O parto não teve complicações e tanto a menina como a bebé estão bem.

No final do mês de julho, o Supremo Tribunal da Índia impediu a menina de abortar, devido ao facto de a gravidez já estar demasiado avançada.

A lei indiana proíbe o aborto depois das 20 semanas de gestação.

A gravidez da rapariga só foi descoberta no início do mesmo mês, depois de esta se ter queixado de dores no estômago aos pais.

O tio da menina, que a terá violado diversas vezes, foi detido pelas autoridades indianas.

NAOM

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Justiça - Presidente do Supremo Tribunal defende democratização dos direitos dos homens em África


Bissau, 16 Ago 17 (ANG) – O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça disse  terça-feira ser imperativo a democratização dos direitos dos homens nos Estados e nas comunidades africanas.

Paulo Sanhá que falava no acto de enceramento do seminário de sensibilização e protecção dos direitos humanos, organizado pelo Tribunal Africano em colaboração com o governo e a Ordem dos Advogados, explicou que a democratização seria  o garante dos direitos humanos, individuais ou colectivos das pessoas e dos povos no continente.

Considerou que a eventual ratificação do protocolo que criou o Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos e a submissão à respectiva declaração irá reforçar a tutela jurisdicional internacional dos direitos dos guineenses, mas também alinhar-se com o objectivo de consolidação da democracia e do estado de direito democrático.

Por sua vez, em representação do primeiro-ministro, o ministro da presidência e porta-voz do governo afirmou que o país está empenhado na criação de condições  necessárias para a garantia e efectivação de mecanismos de protecção dos direitos humanos. 

Soares Sambú garantiu que, se a situação de bloqueio institucional for ultrapassada, a Guiné-Bissau procederá a ratificação do protocolo da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos .

O Bastonários de Ordem dos advogados disse que o referido seminário tem um significado especial, porque corresponde uma das suas preocupações, que é de assegurar maior acesso dos cidadãos aos instrumentos internacionais relativo à justiça.

Basílio Sanca disse que a Ordem pretende lançar um programa para a protecção dos direitos humanos, através de  comunicação telefónica de rede fixa, a ser colocada em todas as esquadras de polícias de ordem pública e judiciária.

A iniciativa deve permitir que a Odem dos Advogados tenha, atempedamente, informações sobre as detenções, e para que seja garantida a presença de um advogado para apuramento das razões da detenção. 

“O direito a justiça gratuito será implantado pela primeira vez no país e estendida aos líderes políticos e aos dirigentes das associações e organizações não-governamentais que actuam no domínio da defesa e promoção dos direitos humanos, “revelou. 

O seminário que se organizou na sequência da visita duma delegação do Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos, que ainda se encontra no pais, visa encorajar as autoridades do país a ratificarem o referido protocolo de adesão e submeter-se à declaração prevista no artigo 6º e 34º dos seus estatutos que permite acesso das ONG,s e dos indivíduos ao tribunal.

ANG/JD/JAM/SG

Telecomunicações - “Operadores de rede móvel contam desde 2016 com cerca de 1.5 milhão de assinantes” diz presidente da ARN


Bissau, 16 Ago 17 (ANG) – O Presidente do Conselho de Administração da autoridade Reguladora Nacional (ARN), afirmou terça-feira que o mercado nacional de telecomunicações já conta com cerca de um milhão e meio de assinantes da rede móvel, segundo dados de 2016.

Abdu Jaquite que falava na abertura da palestra alusivo as comemorações dos 18 anos da ARN revelou  que a taxa de penetração é de 84 por cento ou seja, em cada 100 pessoas, 84 possuem linha telefônica móvel incluindo os de cartão  duplo . 

“Este facto vem testemunhar uma vez mais o nível de entrada dos telemóveis na vida socioeconômica do pais”, sintetizou o Presidente do Conselho de Administração da ARN.
A efeméride da ARN se celebra no próximo dia 20 do corrente, sob o tema “As Tecnologias de Informação e Comunicação como Instrumento Estruturante para o Desenvolvimentos Sustentável”,  

“A comunicação tornou parte integrante de vida da nossa população, por isso as actividades da Autoridade Reguladora Nacional estarão sempre centradas na melhoria da acessibilidade às redes e de atração de novos serviços e empregos, sobretudo para os jovens”, explicou.

 Na palestra, o representante do Ministro dos Transportes e Comunicações realçou  que a ARN foi fundada com o objectivo de apoiar o Governo na coordenação e no planeamento do sector da tecnologia de informação e comunicação, bem como na regulação, controlo e representação técnica do sector.

Mamadu Serifo Jaquite frisou que a decisão do Executivo surgiu na sequência da nova política sectorial que consiste no aumento da eficácia das redes e serviços das telecomunicações com a finalidade de permitir o melhor desempenho na área através do fornecimento da competitividade no âmbito regional e da integração do ARN na economia mundial.

“ O tema da palestra foi escolhido dada a importância que tem no contexto de elaboração de políticas públicas tendentes a criação de condições para atingir as metas das Nações Unidas sobre os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável baseando nos três eixos - desenvolvimento econômico, inclusão social e proteção do ambiente”, frisou.

Operam no pais duas empresas estrangeiras de telecomunicações, estando outras duas empresas nacionais, um fixo e um móvel, inoperacionais, por falência.

 ANG/MSC/JAM/SG

O advogado José Paulo Semedo denunciou esta quarta-feira ter sido vítima de agressões verbais e injúrias por parte de um agente da Polícia Judiciária.

Numa conferência de imprensa para denunciar a agressão, Paulo Semedo afirma que tudo começou depois de ter questionado se a decisão do inspector não era uma coacção.

Por outro lado, considerou o acto da Polícia Judiciária como instrumento de satisfazer desejos de pessoas ainda por identificar.

 Entretanto, o cidadão em causa Nelson Indi sublinhou que a denúncia que motivou a sua detenção foi feita por um dos membros da antiga comissão de gestão dos bens da comunidade.

 De referir que segundo o colectivo dos advogados, José Paulo Semedo é a terceira vítima da Policia judiciária.

Radiosolmansi

Revealed: The Largest Military Transport Aircraft In the World Used The US Air Force


The Lockheed C-5 Galaxy is a large military transport aircraft originally designed and built by Lockheed, and now maintained and upgraded by its successor, Lockheed Martin.

- Wingspan: 68 m
- Weight: 172,400 kg
- Length: 75 m
- Fuel capacity: 193,600 L
- Range: 11,705 km
- Engine type: General Electric TF39
- Manufacturers: Lockheed Martin, Lockheed Corporation.

Quase 60% das crianças nascidas na China são já segundo ou terceiro filho

Quase 60% das crianças chinesas nascidas nos primeiros cinco meses de 2017 são já o segundo ou terceiro filho da família, em resultado do fim da política de filho único, indicam estatísticas oficiais.


De acordo com os dados da Comissão da Saúde e Planeamento Familiar chinesa, 57,7% das 7,41 milhões de crianças nascidas na China, entre janeiro e maio, tinha já um ou dois irmãos.

No período homólogo de 2016, aquele indicador fixou-se em 49,2%, segundo os mesmos dados, divulgados na terça-feira.

O rígido controlo da natalidade da política de "um casal, um filho" esteve em vigor na China entre 1980 e o início de 2016.

A queda da população em idade ativa no país, e consequentes riscos para a estabilidade económica e a sustentabilidade da segurança social chinesa, levou o Governo a optar pela abolição daquela política.

No final do ano passado, a China tinha mais de 230,8 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos, o equivalente a 16,7% da população total chinesa, ilustrando as rápidas mudanças demográficas no país mais populoso do mundo.

Por Lusa

Investigadores aconselham grávidas a não usar sabonetes antibacterianos

Estudo revela que os químicos presentes nestes produtos podem aumentar o risco de obesidade das crianças e prejudicar o seu desenvolvimento.


Tem por hábito usar sabonetes antibacterianos para lavar as mãos? Se está grávida, não devia. Os investigadores alertam que a exposição do bebé no útero aos químicos presentes nos sabonetes antibacterianos pode aumentar o seu risco de sofrer de obesidade e até prejudicar o seu desenvolvimento.

Em estudos realizados em ratos provou-se que o químico triclocarban (TCC) pode passar da mãe para o bebé e descobriu-se que os bebés expostos a este químico enquanto estavam no ventre nasciam 11% mais pesados no caso das fêmeas e 8% mais pesados no caso dos machos.

Este químico, que interfere no metabolismo lípido diminuindo a degradação natural que o corpo faz da gordura, é passado para o bebé através da placenta ou pela amamentação. Os investigadores do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, disseram que a exposição diária também pode levar a danos irreversíveis nos órgãos vitais.

Como cita o Daily Mail, a principal autora do estudo Dra. Heather Enright, disse: "Demonstrámos que a TCC transfere-se, efetivamente, de mãe para filho, tanto na pela placenta como na lactação. A exposição ao TCC durante o desenvolvimento pode representar um grave risco para a saúde do embrião e do feto em desenvolvimento. Pois eles são mais sensíveis às alterações nos níveis hormonais, o que pode resultar em mudanças que muitas vezes são irreversíveis.”

NAOM

Fazer isto nos primeiros 6 minutos do dia pode trazer energia e motivação

Realizar esta série de atividades todas as manhãs pode ajudá-lo a ter dias melhores.


Várias estrelas dos negócios já revelaram algo que têm em comum para além do sucesso: levantar-se cedo, praticar desporto, meditar, aprender e melhorar.

Hal Erold, corredor de ultramaratona, artista e escritor de ‘best sellers’ motivacionais, revela que o segredo ideal para quem busca sucesso, mas não tem uma hora para se dedicar ao desporto e à meditação pela manhã. No seu livro ‘Manhãs Milagrosas’ revela que basta investir os seis primeiros minutos do dia todas as manhãs para conseguir ser, desde a primeira hora, a pessoas que precisamos de ser para que o dia nos corra bem.

O El Confidencial revelou o que é preciso fazer nesses seis minutos:

1º minuto – Acorde calmamente e passe o primeiro minuto sentado tranquilamente em silêncio e a respirar fundo. Pode aproveitar para meditar ou agradecer o dia que tem pela frente;

2º minuto – Leia em voz alta frases que recordem o seu potencial ilimitado e as suas grandes prioridades. Centre-se no que é mais importante para si, pois isso vai aumentar a sua motivação;

3º minuto – Feche os olhos e imagine-se a alcançar os seus objetivos. Visualize também o dia perfeito que vai ter pela frente;

4º minuto – Dedique um minuto a anotar algumas coisas pelas quais se sente grato e tem orgulho, bem como os objetivos que se compromete a alcançar nesse dia. Ao fazê-lo criará um estado mental de força, inspiração e confiança em si mesmo;

5º minuto – Pegue num livro de autoajuda e invista um minuto a ler uma ou duas páginas. Aprenderá uma ideia nova e provavelmente algo que pode incorporar no seu dia para o melhorar;

6º minuto – Finalmente, levante-se e passe o último minuto a mexer o corpo. São só 60 segundos, mas pode aproveitar para correr estaticamente, saltar à corda, fazer abdominais ou flexões. O objetivo é aumentar a sua frequência cardíaca, aumentando também o seu estado de alerta e a sua concentração.

Tenha um bom dia!

Noticiasaominuto

Três mulheres fazem-se explodir na Nigéria provocando 28 mortes

Três mulheres fizeram-se explodir terça-feira à noite numa cidade a 25 quilómetros de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, matando 28 pessoas e ferindo mais de 80, disseram hoje fontes locais.


"Três mulheres acionaram os seus cintos explosivos à entrada de um campo de deslocados (na cidade de Mandarari), fazendo 28 mortos e 82 feridos", disse Baba Kura, membro das milícias civis que lutam contra o grupo jihadista Boko Haram.

A primeira mulher rebentou o cinto cerca das 18:00 (mesma hora em Portugal) no mercado que está à entrada do campo, disse a mesma fonte.

A fonte, citada pela agência de notícias France Press, disse que a explosão provocou o pânico e que quando os comerciantes estavam a fechar as lojas as outras duas mulheres fizeram-se explodir.

Ibrahim Liman, outro dos chefes das milícias civis, confirmou o triplo atentado e disse que os feridos foram levados para o hospital de Maiduguri.

Fontes hospitalares falaram de "um grande número de pessoas que chegaram" ao fim do dia.

A região tem sido alvo de inúmeros ataques do grupo Boko Haram, uma organização fundamentalista islâmica que desde 2009 já provocou mais de 20.000 mortes e levou 2,6 milhões de pessoas a deixarem as suas casas.

NAOM

Lofteidir Icelandair assina acordo de gestão da Transportes Aéreos de Cabo Verde


A companhia aérea Lofteidir Icelandair, do grupo Icelandair, vai gerir a Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) ao abrigo de um contracto assinado dia 10 de Agosto corrente com o governo do arquipélago, de acordo com um comunicado oficial terça-feira divulgado na Praia.

O primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva disse no acto de assinatura que o contracto de gestão marca o início de uma nova era no desenvolvimento do sector dos transportes aéreos em Cabo Verde e acrescentou estar convicto de que a solução encontrada para o problema da TACV “é viável, sustentável e ultrapassa aquilo que têm sido os modelos de gestão e de governação no sector de transportes aéreos.”

“Cabo Verde conseguiu, através do Icelandair, o melhor parceiro para dotar a TACV de uma gestão de excelência e para concretizar o hub aéreo”, disse Correia e Silva, para acrescentar esse “hub” vai criar mais valor económico e maior sustentabilidade através de mais mercados, mais clientes, dotando a TACV de capacidade de gestão e de competitividade.

O contracto de gestão assinado entre o governo de Cabo Verde e grupo Icelandair é válido por um ano, com possibilidade de renovação e destina-se a preparar a Transportes Aéreos de Cabo Verde para que possa ser alvo de um processo de privatização.

Cabo Verde vai ter de desembolsar 925 mil dólares com a assinatura deste contracto, sendo 100 mil devidos pelo primeiro mês e 75 mil dólares por cada um dos 11 meses restantes, valor que se destina a cobrir os custos relacionados com os recursos humanos e técnicos que o grupo IcelandAir afectará a esta operação. 

(Macauhub)

Mortes na Serra Leoa ascendem a 400 e há centenas de desaparecidos

Equipas de resgate sem mãos a medir

Presidente pede ajuda internacional para enfrentar consequências do deslizamento de terra

O Presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, pediu nesta terça-feira, 15, ajuda urgente à comunidade internacional, após os deslizamentos de terra e inundações que provocaram, por agora, mais de 400 mortos em Freetown na segunda-feira, 14.

“Estamos devastados" pelo desastre, revelou Koroma emocionado quando se dirigia aos jornalistas em Freetown.

Equipas de resgate recuperaram quase 400 corpos após um deslizamento de lama nas redondezas da capital de Serra Leoa, Freetown, disse o chefe legista nesta terça-feira, quando as buscas continuavam por mais vítimas.

Agência de notícias avançam que admite-se que entre 500 e 1.500 pessoas encontram-se desaparecidas.

“Nunca vi nada como isto", disse à AP Abdul Nasir, coordenador da Cruz Vermelha Internacional.

"Um rio de lama surgiu vindo do nada e engoliu comunidades inteiras, simplesmente varreu-as. Estamos numa corrida contra o tempo, contra mais inundações e contra o risco de doenças, para tentar ajudar as comunidades afetadas a sobreviver e a lidar com a sua perda", disse o responsável da Cruz Vermelha, para quem cerca de nove mil pessoas terão sido afetadas pelos deslizamentos de terra e inundações.

OIM ajuda

O director geral da Organização Internacional ds Migrações (OIM), William Lacy Swing, revelou em comunicado que a organização fez uma doação de 150 mil dólares como contribuição inicial para apoiar o Governo de Serra Leoa a fazer frente a "este terrível acontecimento".

As linhas de comunicação e a electricidade foram interrompidas, estando por apurar a extensão total dos prejuízos.

A OIM assinalou que o acesso a água potável e o elevado número de pessoas que ficaram sem casa são a preocupação imediata para milhares de cidadãos na capital, cuja população supera um milhão de habitantes.

Na Serra Leoa, com mais de sete milhões de habitantes, são frequentes nesta época do ano as fortes chuvas.

As autoridades temem a explosão de uma nova epidemia de cólera.

VOA

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sociedade civil guineense em crise


Adiamento de congresso electivo abre discussão sobre o futuro O congresso electivo do Movimento Nacional da Sociedade Civil, na Guiné-Bissau, não tem data marcada, depois de uma acção judicial interposta por um dos candidatos à liderança da organização que viu a sua lista excluída pela Comissão Organizadora.

Previsto para os finais do ano passado, o congresso foi adiado e deu caminho a um debate sobre o que tem sido o papel da sociedade civil guineense.

Criado em 1999, o Movimento Nacional da Sociedade Civil, estrutura que, inicialmente, congregava 171 organizações, está reduzido na actualidade a menos de 50.

Muitos consideram que a sociedade civil está longe de exercer papel que deve desenvolver.

Tânia Pereira, activista cívica, considera, no entanto, que é a sociedade civil que tem vindo a dar respostas em muitas situações.

"Em grande parte é ela que tem estado a dar resposta aos problemas da população a nível da saúde, de suade e outros. Com o Estado numa situação complexa há mais de 20 ou 30 anos, é a sociedade civil que está a tentar dar esta resposta", defendeu Pereita.

Por seu lado, para o sindicalista Luís Nancassa, um dos membros fundadores do Movimento Nacional da Sociedade Civil, a organização deixou de desempenhar o seu papel.

"Hoje, não vale a pena chamá-la de sociedade civil porque não joga este papel. A nossa sociedade perdeu o norte. Ela está dividida", diz.

Tânia Pereira considera, pelo contrário, "que a sociedade civil que está a trabahar, através dos grupos de mulheres e dos jovens. São eles que estão a sentir directamente as dificuldades das populações e tentar, por vários, meios dar respostas a estas dificuldades".

Nancassa insiste em afirmar que o Movimento Nacional da Sociedade Civil guineense desviou-se dos objectivos que motivaram a sua criação.

Contudo, acredita que "se encontrarem a pessoa ideal, idónea e que tenha a coragem de se afirmar como um elemento da sociedade talvez conseguiremos ter uma sociedade civil à altura".

VOA

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

OMS - Casos de cólera no Iémen ultrapassaram o meio milhão

O número de casos de cólera já ultrapassou o meio milhão no Iémen, país onde a epidemia causou perto de 2.000 mortos desde o final de abril, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).


Neste país devastado pela guerra foram registados 503.484 casos suspeitos e 1.975 mortes devido à cólera, precisou a agência da ONU.

Mais de um quarto dos mortos e mais de 41 dos doentes são crianças, indicou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitárias (OCHA) das Nações Unidas num comunicado.

A OMS assinalou que a velocidade de propagação da epidemia abrandou acentuadamente desde o início de julho, alertando contudo que a doença ainda afeta diariamente cerca de 5.000 pessoas.

O Iémen é palco há dois anos de uma guerra que opõe o governo, apoiado por uma coligação árabe conduzida pela Arábia Saudita, aos rebeldes Huthis, aliados a unidades do exército que permaneceram fiéis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh e acusados de ligações ao Irão.

O conflito já causou mais de 8.300 mortos desde março de 2015.

Após uma primeira epidemia o ano passado, a cólera reapareceu em abril no Iémen. O conflito no país pobre com 27 milhões de habitantes dificulta a distribuição de medicamentos e a ajuda humanitária internacional, sendo a propagação da epidemia também facilitada pela falta de água potável.

"O pessoal de saúde trabalha em condições impossíveis no Iémen", disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Guebreyesus, citado num comunicado.

Segundo a OMS, mais de 99% das pessoas infetadas com cólera podem sobreviver se forem tratadas, mas mais de 15 milhões de iemenitas não têm qualquer acesso a cuidados de saúde básicos.

Por Lusa

Deslizamento de terras provoca mais de 300 mortes em Freetown

Inundações na capital da Serra Leoa

Mais de 300 pessoas morreram nesta segunda-feira, 14, em Freetown, capital de Serra Leoa, devido a deslizamento de terra provocado pelas fortes chuvas que afectam a cidade, revelou a Cruz Vermelha.

Os próprios moradores tentavam retirar as vítimas do local da tragédia e várias casas foram destruídas em dois bairros da cidade.

O vice-presidente do país, Victor Foh, disse que centenas de pessoas estão presas debaixo dos escombros, enquanto jornais locais admitem que mais de 50 crianças estão entre os mortos.


Segundo a Associated Press, equipas militares foram deslocadas para comandar as operações de resgate.

Muitas das áreas pobres da capital de Serra Leoa estão ao nível do nível do mar, e tem sistemas de drenagem ineficientes, tornando as estações chuvosas ainda mais perigosas.

VOA

Integração subregional - Financia construção de habitações sociais

Bissau, 14 Ago 17 (ANG) – A Guiné-Bissau vai beneficiar de 10 mil milhões de FCFA para a construção de habitações sociais, disponibilizados  pela União Económica e Monetária dos Estados Oeste Africana (UEMOA). 

Um acordo para o efeito foi assinado sexta-feira, entre o presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB) e o representante da UEMOA, em Bissau.  

Durante o acto, o presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB) Baltazar Alves Cardoso salientou que a Guiné-Bissau integrou-se há  mais de 16  anos na UEMOA, mas não tem estado a beneficiar dos fundos que a organização dispobiliza aos paises membros mediante apresentação de projectos.

Alves Cardoso acrescentou  que os seus técnicos já efectuaram os estudos nos locais onde eventualmente as referidas habitações poderão vir a ser construídas.

Adiantou que o início da execução  do projecto será  ainda este ano, acrescentando  que, se tudo correr bem até 2020, os citadinos guineenses irão beneficiar de novas habitações.

Por seu Turno, o representante da UEMOA, Georges Sehoue disse que a comissão da UEMOA apoia-se sobre dois principais pilares da integração: q a complementaridade e a solidariedade.

“E neste quadro que a senhora Si foi dispensada pela comissão, a fim de vir avaliar as necessidades que a Guiné-Bissau, como sendo pais membro da UEMOA, precisa colmatar”, disse  Sehoue.

Para o representante da UEMOA, o estado central não pode fazer tudo, por isso acredita que a iniciativa irá  contribuir significativamente para a resolução de problemas de habitação.

Georges Sehoue acrescentou  que a comissão da UEMOA não só vai financiar o projecto assim como vai acompanhar, através de seus técnicos, a execução do projecto. 

ANG/LLA/SG

Direitos humanos - Missão do tribunal africano em visita ao país

Bissau, 14 Ago 17 (ANG) – Uma Missão do Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos está no país para uma visita  de dois dias,  no quadro de uma campanha de sensibilização e  denuncias de eventuais violações dos direitos humanos.


A saída do encontro com Primeiro-ministro guineense, o presidente do tribunal informou que o propósito da missão é dar a conhecer o papel do tribunal na protecção dos direitos humanos no continente Africano.

Sylvian Ore explicou que os cidadãos podem recorrer ao referido órgão quando foram esgotados todos os instrumentos nacionais.

“A Guiné-Bissau assinou o protocolo de acordo de Adesão do Tribunal Africano, mas ainda não o ratificou”, revelou.

O chefe da missão disse estar confiante que a ratificação será feita brevemente para que o povo guineense possa beneficiar do mandato do tribunal e ver se estão de acordo com a Carta Africana dos Direitos dos Homens e as regras internacionais. 

Sylvian Ore esclareceu que o tribunal não tem missão de fazer uma avaliação ou apreciação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, mas sim promover a protecção dos direitos dos povos. 

A missão do tribunal africano vai ainda hoje manter  encontros com o Presidente da República, o presidente da ANP e do Supremo Tribunal de Justiça.

A referida missão, em colaboração com governo, vai organizar amanhã, terça-feira um seminário de sensibilização. 

ANG/JD/SG

"Estamos a morrer de doenças que se relacionam com a alimentação"

Detentor daquilo a que a ciência chama de alimentação de excelência, Portugal parece estar de costas voltadas para a dieta mediterrânica. Qual o impacto disso? Mais peso e menos saúde. Falamos com Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, sobre o verdadeiro impacto da alimentação na saúde.


Jovens com peso a mais, idosos com nutrientes a menos. Portugal assume-se como um país bipolar a nível nutricional e não faltam culpados para isso.

Da falta de formação, à má informação, passando pela escassez de acesso até ao comodismo a uma cultura sedentária que se alastra de dia para dia, são muitos os fatores que interferem com a saúde dos portugueses. E em todos eles há um denominador comum: a alimentação.

Em conversa com o Notícias ao Minuto, Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, não hesita na hora de dizer que "nunca se comeu tão mal como se come hoje" e que a prova é bem mais dramática do que podemos pensar: "Estamos a morrer de doenças que se relacionam com a alimentação".

O problema não é de agora, destaca, e por isso mesmo diz que o imposto sobre o açúcar "veio tarde, porque o excesso de peso e a obesidade não é um assunto de ontem e já há algumas décadas que nós sabemos que temos este problema". Quanto a taxar o sal, o outro inimigo da saúde, "se me pergunta se eu implementaria, não teria dúvidas em dizer que sim, porque somos um país que come o dobro do sal que tem de comer", frisa.

Para a porta-voz dos nutricionistas portugueses, está mais do que na hora de olhar para alimentação com outros olhos, dando-lhe a devida importância para a saúde.

⇓ Assim como a saúde tem de estar em todas as políticas, a alimentação, que mais impacto tem na saúde, também tem de estar em todas as políticas

Somos um país com uma dieta alimentar bastante cobiçada, não só pelo sabor, mas também pelos benefícios que traz para a saúde, mas mesmo assim estamos entre os mais obesos. O que pode estar a correr mal?

Temos um passado de uma dieta alimentar que é considerada muito saudável, como sabemos. A dieta mediterrânica está mais do que estudada, em termos de evidências científicas dos benefícios para a saúde, agora, a questão é se as pessoas comem dessa forma. E essa forma simples de comer tem por base os produtos de origem vegetal, ou seja, os hortícolas, as frutas, os cereais e bem sabemos que, nos dias de hoje, acontece muito um consumo excessivo de outros alimentos que não têm uma boa relação com a saúde, sobrecarregados de açúcar, sobrecarregados de gordura e também com imenso sal.

Ora, desta forma, só podemos vir a ter peso a mais, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial... e é disso que estamos a morrer atualmente. Podemos dizer que estamos a morrer de doenças que se relacionam com a alimentação porque nos afastamos cada vez mais daquilo que é um padrão alimentar saudável.

Por que razão estão os portugueses a abandonar a dieta mediterrânica?

Por motivos vários, não consigo encontrar um só. Mas acaba por ser o envolvimento nesta sociedade global, a que cada vez mais nos aculturamos. Vivemos de uma forma apressada e não pensamos naquilo que devia ser a organização do nosso dia alimentar.

A questão é que nunca tanto se soube da relação entre a alimentação e a saúde e nunca as pessoas tiveram tantos conhecimentos em termos de alimentação e em termos de nutrição, conhecimentos que, no fundo, são mais teóricos, porque na prática nunca se comeu tão mal como se come hoje. O que é preciso é que todos nós tenhamos consciência disto e todos nós façamos um esforço para alterar o paradigma.

⇓ É preciso que haja uma festa alimentar, mas festa alimentar não é sinónimo de exagero

Sim, até porque há cadeias de fast-food que vendem hambúrgueres a um euro, o que faz com que seja quase impossível resistir...

As questões são mesmo essas e por isso é que é necessário um envolvimento individual. Eu própria tenho de saber como me alimentar e ter literacia suficiente, mas também tenho de ter vontade de organizar a minha vida alimentar, porque de nada me vale eu saber o que é que me faz bem e o que é que me faz mal se não o ponho em prática. E no fim disto tudo é também preciso haver a lógica do prazer, porque comer bem e saudável também quer dizer comer com prazer. O comer saudável é comer de uma forma equilibrada, é comer com prazer, que me saiba imensamente bem, comer com companhia, que pode ser dos familiares ou dos amigos, é preciso que haja uma festa alimentar, mas festa alimentar não é sinónimo de exagero.

E a nível geral, o que é preciso fazer?

Além desta necessidade individual, é preciso que haja também uma vontade coletiva e essa vontade coletiva inicia-se pelo Governo, mas depois inicia-se também por todas as partes que devem estar envolvidas, desde a indústria alimentar, que tem de providenciar produtos mais saudáveis. Atualmente fala-se disto, mas há 10 anos, ou 15 ou 20 anos, a indústria alimentar visava o lucro sem pensar na saúde do consumidor, hoje em dia sabe que obviamente tem de visar o lucro, mas pensando na saúde do consumidor. A restauração a mesma coisa.

Há uns anos era impensável pensarmos que local de trabalho tinha de ter a obrigação de pensar na saúde dos seus trabalhadores e a saúde dos seus trabalhadores também passa pela alimentação. Quando um local de trabalho tem um refeitório em que a oferta alimentar não é saudável, então não se está a cumprir com aquilo que devem ser a normas de viver em sociedade.

E por aí adiante, as escolas, as próprias cidades, que têm de estar organizadas em termos de saúde. Já pensou que as cidades já estão na era - e convém que seja para sempre - da mobilidade, da deslocação dentro da cidade por transportes sem motor, o andar a pé, andar de bicicleta, e que isto tem de ser pensado no desenho da cidade. Quanto às questões ambientais, não há cidade alguma que pense 'bem, eu não tenho nada a ver com as questões ambientais, não quero saber da recolha do lixo, das zonas urbanizadas'... isto é impensável.

Portanto, os municípios reclamam, só que há uma ou outra dimensão para a cidade, que é o comer saudável e com tradição cultural e devo-lhe dizer, já que estamos em período eleitoral para as autárquicas, que é importante que os autarcas pensem nisso. Cidades como Nova Iorque e Londres têm sido das que mais pensam na responsabilidade da autarquia ou município para a saúde alimentar da sua população e são os próprios habitantes que reclamam que o programa eleitoral tenha medidas promotoras de saúde através da alimentação.

A cidade pode fazer imensas coisas em termos da oferta da alimentação saudável, desde o local em que devem estar os supermercados, desde os locais que podem ou não podem vender à volta das escolas, desde oferta alimentar para quem é mais carenciado com vales para a aquisição de alimentos saudáveis, desde a carta dos restaurantes, que deve cumprir o requisito da tradição local mas com a tónica da saúde e a tónica da saúde é tão simples como a medição do sal.

⇓ Os nossos idosos carregam um rosário de doenças crónicas o que torna muitas vezes difícil que tenham acesso, e aqui a palavra é mesmo acesso, a uma alimentação equilibrada

O recente estudo do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2017 diz que 15% dos idosos estão em risco de desnutrição. Porque é que temos uma balança tão discrepante, com peso a mais de um lado e peso a menos do outro?

Existe, sim, uma discrepância e é preocupante, porque nós sabemos que muitos dos nossos idosos ou têm problemas económicos, ou têm problemas de isolamento ou têm problemas de saúde que torna mais difícil o controlo do seu estado nutricional. Os nossos idosos carregam um rosário de doenças crónicas, pois têm a diabetes, doenças cardiovasculares, problemas osteoarticulares, problemas de dentição e tudo isto torna muitas vezes difícil que tenham acesso, e aqui a palavra é mesmo acesso, a uma alimentação equilibrada. Esse acesso depende disto tudo, acesso económico, acesso a uma literacia suficiente para saber como hei-de organizar o meu dia alimentar, acesso físico aos alimentos. É

Muitos dos nossos idosos, e isto é particularmente relevante, estão institucionalizados e esta desnutrição é mais acentuada quando eles estão institucionalizados, ou seja, quando estão em lares ou em centros de dia, o que nos permite pensar: Então se eles estão numa instituição que tem a obrigatoriedade de lhe providenciar tudo aquilo que necessitam, porque é que os idosos institucionalizados têm um estado nutricional pior? Pode ser por duas dimensões, uma porque os idosos institucionalizados estão em pior estado de saúde e, segundo, porque estas instituições não têm a capacidade de lidar com as questões nutricionais de idosos. E esta segunda digo-lhe claramente que é verdadeira.

E essa segunda deve-se a quê? Falta de informação, falta de formação?

Deve-se a falta de formação e formação e desde logo por não terem os quadros técnicos adequados. Não vejo uma instituição destas sem ter o auxílio de um nutricionista, mas digo-lhe que estas instituições não ficam muito satisfeitas se falarmos nesta questão e digo-lhe porque sei do que estou a falar. Imaginam que ter um nutricionista numa instituição particular de solidariedade cas e as questsocial - a maior parte dos lares que temos no nosso país - é um custo e não será um custo, será uma poupança, porque o nutricionista saberá com correção acautelar todas as questões alimentares e ao fazê-lo também saberá fazer uma boa gestão económica daquilo que é o providenciar a alimentação aos idosos.

Julgo que está para breve uma resolução da Assembleia da República neste sentido, pelo menos há vontade. A Ordem dos Nutricionistas tem vindo a dar dimensão a esta questão, porque os dados estão aí e não se podem esconder. Há, de facto, estudos que nos demonstram que os idosos gozam de mau estado nutricional e se eles têm mau estado nutricional, muito mais quando estão institucionalizados, então é preciso trabalhar estas questões.

Há pouco falava da literacia para conseguirmos organizar a vida alimentar. Onde podemos encontrar esse conhecimento?

A escola é a chave, o que não quer dizer que outros locais não devam ser trabalhados. Mas o passado já nos demonstrou essa questão com a educação ambiental, em que, de facto, foram as crianças que levaram o conhecimento e as questões de alerta ambientais para os seus pais e avós. É uma maneira mais eficiente de trabalharmos o nosso presente e futuro, mas, claro está, a nossa literacia não é só termos mais conhecimento. A literacia alimentar é trabalharmos o nosso conhecimento, mas também as nossas atitudes e comportamentos, porque se vou só imprimir o aumento de conhecimento, posso ter uma população que sabe imenso mas que nada faz. Tenho também de trabalhar as questões motivacionais.

E no caso dos jovens, porque é que os nossos miúdos são dos mais obesos da Europa?

Porque estas questões não foram convenientemente trabalhadas no passado e continuam a ser trabalhadas de uma forma incipiente no presente. É preciso imprimir mais vontade e mais força para trabalhar estas questões, porque a situação é urgente. Repare, a obesidade é uma doença crónica que ainda por cima não é uma doença só por si isolada, é um risco para outras doenças que são pesadíssimas em termos económicos, sociais e pessoais.

O aumento da prevalência da diabetes no nosso país deve-se, em muito, ao aumento do peso da nossa população. Isto quase parece um dominó, em que a primeira peça cai e arrasta a outras todas. Portanto, há que trabalhar o determinante de saúde que mexe com isto tudo, que é a alimentação. Se há que trabalhar, há que em todas as políticas trabalhar de uma forma forte a alimentação. Assim como a saúde tem de estar em todas as políticas, a alimentação, que mais impacto tem na saúde, também tem de estar em todas as políticas, mas não pode ser só o Ministério da Saúde a tratar as questões da alimentação, por isso é que esta estratégia inter-ministerial pela alimentação saudável tem tanta importância. É o mesmo que o nosso Governo dizer que a questão alimentar não pode ficar só na alçada do Governo, tem de estar também na alçada dos outros parceiros que se relacionam, como a indústria alimentar e da restauração. Mas mesmo dentro do Governo, têm outros ministérios de estar envolvidos, e pensamos logo no Ministério da Educação, da Agricultura, mas também no da Solidariedade Social e porque não no da Economia?

⇓ Não quer dizer que os bolos não têm lugar na nossa vida, claro que têm, assim como rissol, o bolinho de bacalhau, só não pode ser diário

Em que medida a falta de consciência sobre o impacto da comida na saúde interfere com estas taxas elevadas de obesidade e excesso de peso em Portugal?

Há aqui uma questão importante que é: as escolhas saudáveis deverão ser mais fáceis. E atrás do fácil tem de estar tudo, tem de estar mais disponível, não pode ser mais caro, tem de ser mais saboroso... pelo menos estes três vetores são muito importantes.

Trocando isto por miúdos seria assim: paro a meio da manhã, vou a um café fazer a merenda e o que é que eu tenho de oferta alimentar que me salte aos olhos? Bolos, rissóis, croquetes, refrigerantes, vá lá que até vou tendo uma meia-de-leite. 

A questão do ser fácil tem de estar à cabeça, tenho de entrar num sítio e a montra ser muito apelativa para estas coisas mais saudáveis e saborosas. Aqui é evidente que estes espaços têm de perceber esta dimensão e quando me dizem 'temos de providenciar prazer e ter lucro', mas nada contra, é óbvio, trata-se de um negócio, é evidente que tem de ter lucro, que tem de proporcionar prazer à pessoa e rapidez, mas isto não é antagónico, não é antagónico eu chegar a um café e pedir um iogurte com fruta, tem de passar a ser uma coisa simples.

Tem de haver um esforço coletivo, mas isso não quer dizer que os bolos não têm lugar na nossa vida, claro que têm, assim como rissol, o bolinho de bacalhau, só não pode ser diário, porque estão carregados ou de gordura e sal ou de açúcar e isso não é saúde.

E por falar em açúcar, o imposto veio tarde?

Posso dizer que veio tarde porque o excesso de peso e a obesidade não é um assunto de ontem e já há algumas décadas que nós sabemos que temos este problema. Na década de 70, alguns pensadores da área da saúde alertavam para estas situações e lembro aqui o falecido Emílio Peres e o Gonçalves Ferreira, que falavam nestas questões e adivinhavam as primeiras estratégias. Este Programa Nacional de Promoção para a Alimentação Saudável tem coisas idênticas e similares àquelas que estiveram a ser pensadas na década de 70, é interessantíssimo ler os documentos dessa altura e pensar 'como é que é possível não se ter dado seguimento a estas coisas?'.

Poderíamos ter prevenido muita coisa...

Não tenha dúvidas. Aliás, a Ordem dos Nutricionistas tem vindo a reclamar junto do Governo e da Assembleia da República a criação de um conselho nacional na área da alimentação e da nutrição. Aqui há uns dias saiu uma resolução da Assembleia da República em que os senhores deputados recomendam isso mesmo ao Governo, que queriam um tal conselho nacional, mas este conselho já existiu na década de 80. Portanto, quando a Ordem dos Nutricionistas reclamava junto do Governo que é necessário que haja um organismo que, de uma forma forte e transversal coordene tudo o que são diretrizes de alimentação e nutrição e faça a respetiva vigilância do estado de saúde através da alimentação, não foi uma ideia milagrosa que teve, porque isto já existiu, porém foi descontinuado.

Em abono da verdade, este Governo tem querido fazer. Temos, felizmente, um Secretário de Estado da Saúde, o professor Fernando Araújo, que é muito conhecedor e muito sensível para esta causa, porque ele sabe que, se nada fizermos, o Serviço Nacional de Saúde vai ser incomportável no futuro. Mas é preciso fazer mais, muito mais.

E aproveito para dizer que é com muito descontentamento que eu vejo uma promessa do Ministério da Saúde para abrir 55 vagas para nutricionistas nos cuidados de saúde primários, nos centros de saúde, e que ainda só está em promessa. Puxo a brasa à minha sardinha porque me interessa que os nutricionistas trabalhem nos locais para os quais foram formados, mas puxo a brasa à minha sardinha coletiva, porque ter nutricionistas nos centros de saúde é importantíssimo para o estado de saúde da população.

⇓ Somos um país que come o dobro do sal que tem de comer

Além deste imposto centrado no açúcar, um imposto para o sal ou para os alimentos processados não poderia fazer falta?

É uma medida que tem de ser equacionada, mas se tem de ser implementada já é outra questão. Se me pergunta se eu implementaria, eu não teria dúvidas em dizer que sim, e não tenho dúvidas nenhumas de dizer que sim porque somos um país que come o dobro do sal que tem de comer. 

A tese de doutoramento de uma colega, a Carla Gonçalves, foi precisamente sobre o sal e consumo de sal em adolescentes portugueses e culminou na produção de um equipamento doseador rápido de sal. É fantástico. Temos possibilidade de ser o primeiro país do mundo a produzir um aparelho simples que mede a quantidade de sal e que indica quais os alimentos que mais contribuem para o consumo de sal. Por exemplo, os enchidos têm muito sal, mas será que importa taxá-los? Porque é um produto local, que é consumido mais esporadicamente.

Ou seja, sim, é importante equacionar esta medida, acho que é importante levá-la a efeito, mas acho que para desenhar uma medida destas é preciso um trabalho intenso para ser uma boa medida, senão é uma medida económica e não uma medida de saúde. E não é isso que se pretende. 

POR DANIELA COSTA TEIXEIRA
Notícias ao Minuto