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quarta-feira, 24 de maio de 2023

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.

© Getty Images

POR LUSA   24/05/23 

 Chefe do grupo Wagner admite fracasso da campanha militar russa

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.

"A operação militar especial foi lançada com o objetivo de 'desnazificação', mas transformámos a Ucrânia numa nação conhecida em todo o mundo", Prigozhin na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.

O empresário, que tem estado ao comando dos mercenários do grupo Wagner na linha da frente, disse que a invasão russa fez dos ucranianos "os gregos e os romanos da época do florescimento".

Prigozhin é um aliado do Presidente Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, entre outros objetivos.

Desde o início da guerra, Prigozhin tem sido um duro crítico do estado-maior russo e do ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

O chefe do grupo Wagner considerou que a Rússia também falhou o objetivo da desmilitarização da Ucrânia.

"Se antes do início da operação especial, eles [os ucranianos] tinham, digamos, 500 tanques, agora têm 5.000. Se na altura eram capazes de combater 20.000 soldados, agora têm 400.000", afirmou.

"Acontece que estamos a militarizar a Ucrânia, e de que forma!", criticou, numa alusão ao fornecimento de armamento por parte dos aliados ocidentais de Kiev como resultado da invasão.

Prigozhin disse também que o grupo Wagner "é o melhor exército do mundo".

"Para ser correto, devo dizer que o segundo melhor exército do mundo é o exército russo. Mas penso que os ucranianos têm um dos exércitos mais fortes", afirmou.

Prigozhin disse que os militares ucranianos conseguem usar com sucesso qualquer sistema de armas, seja soviético ou da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Também comparou a motivação dos soldados ucranianos à dos soviéticos durante a guerra contra a Alemanha nazi.

"Fazem tudo para atingir o objetivo supremo, tal como nós fizemos durante a Grande Guerra Patriótica", disse.

A Grande Guerra Patriótica é a designação dada na Rússia ao período da Segunda Guerra Mundial entre o início da invasão da então União Soviética, em 1941, e a capitulação da Alemanha, em 1945.

Prigozhin criticou igualmente os filhos da elite russa pela vida de luxo que exibem nas redes sociais, quando "as pessoas comuns veem os filhos serem-lhes devolvidos em caixões de zinco, feitos em pedaços".

"E não devemos pensar que são centenas, agora são dezenas de milhares de familiares dos mortos. E serão certamente centenas de milhares", acrescentou.

Prigozhin advertiu que esta dualidade de critérios "pode acabar como em 1917, numa revolução", referindo-se ao conflito de que resultou o fim da monarquia e a tomada do poder pelos bolcheviques liderados por Vladimir Lenine.

Além do fornecimento de armas, os aliados ocidentais de Kiev têm decretado pacotes de sanções contra a Rússia para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Desconhece-se o número de vítimas do conflito, que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

sábado, 24 de junho de 2023

RÚSSIA: Rebelião terminou para evitar "derramar sangue". Afinal, o que aconteceu?

© Mikhail Svetlov/Getty Images

POR LUSA   24/06/23 

Yevgeny Prigozhin, líder dos mercenários Wagner, protagonizou nas últimas horas um desafio inédito à autoridade do presidente russo, Vladimir Putin, mas deteve a sua "marcha" sobre Moscovo contra a cúpula militar russa, rebelião com contornos de guerra civil que sobressaltou o mundo.

As tensões entre os mercenários e Moscovo agudizaram-se na sexta-feira, quando Prigozhin, de 62 anos, acusou o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. O líder do grupo paramilitar desmentiu ainda Moscovo, ao dizer que as forças russas estavam a recuar perante a contraofensiva ucraniana.

Como resposta, Prigozhin convocou uma revolta contra o alto comando militar da Rússia, garantindo ter 25.000 soldados e convocando os russos a juntarem-se no que designou por "marcha pela justiça", sem esconder que estava disposto a "ir até ao fim" nesta rebelião, embora rejeitasse a existência de um golpe militar.

Moscovo não demorou a reagir e os serviços de segurança russos (FSB) acusaram o chefe do grupo paramilitar de lançar uma guerra civil e apelaram aos mercenários para deter o seu líder. Nesse sentido, o Ministério da Defesa russo prometeu "garantir a segurança" dos combatentes se eles se dissociassem da "aventura criminosa" encetada por Prigozhin.

As primeiras movimentações na sexta-feira à noite foram recebidas com prudência pela Ucrânia, cujo exército sublinhou estar "a observar" os desenvolvimentos do conflito entre o grupo Wagner e o alto comando militar russo. Foi já com a tomada da cidade de Rostov (sul) e o discurso de Putin, a rotular a rebelião como uma "traição" e a prometer "defender o povo", que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apontou a autodestruição russa.

"A fraqueza da Rússia é evidente. Quanto mais tempo a Rússia mantiver as suas tropas e mercenários nas nossas terras, mais caos, dor e problemas criará para si própria", referiu Zelensky, continuando: "Quem escolhe o caminho do mal destrói-se a si próprio".

Perante o maior desafio à sua autoridade desde o início da guerra na Ucrânia, Putin não nomeou Prigozhin no seu discurso na manhã de sábado através da televisão estatal russa, mas defendeu que a revolta do grupo Wagner foi causada por "ambições desmesuradas por interesses pessoais".

Reiterou ainda que não iria deixar cair o país numa "guerra civil", enquanto o grupo paramilitar já assumira o controlo das instalações militares e do aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque à Ucrânia.

A comunidade internacional segue atentamente os acontecimentos em Moscovo e a NATO assegurou que estava "a monitorizar a situação", enquanto a Comissão Europeia descreveu a rebelião como "um assunto interno" da Rússia e o G7 -- que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido -- falou sobre o tema com o líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.

Por outro lado, Turquia e Irão declararam apoio a Putin, com as autoridades russas a responderem com manobras defensivas para travar o avanço do grupo Wagner sobre Moscovo e noutras cidades, além do avanço das forças chechenas de Ramzan Kadirov e de avisos para o "Ocidente russofóbico" contra o aproveitamento da situação.

Já a Bielorrússia, um dos aliados mais próximos do Kremlin, catalogou a rebelião como "um presente para o Ocidente", tendo o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, anunciado ao final da tarde de sábado que, na sequência de conversações, Prigozhin teria aceitado parar.

A confirmação do grupo Wagner chegou pouco depois, também pela rede social Telegram, numa mensagem assinada por Prigozhin, que ordenou aos seus mercenários que interrompessem a marcha rumo a Moscovo e se retirassem para os seus campos na Ucrânia, para evitar derramar sangue russo, colocando, assim, um ponto final na rebelião.


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terça-feira, 27 de junho de 2023

Putin acusa responsáveis pela rebelião de "disparar contra os seus"

© Lusa

POR LUSA   27/06/23 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou na segunda-feira os responsáveis pela rebelião do último fim de semana de serem traidores e disse que as suas ações só beneficiaram a Ucrânia e aliados.

Num discurso de cerca de cinco minutos, transmitido pela televisão russa perto da meia-noite (22h00 em Lisboa), Putin acusou os responsáveis da revolta de tentarem forçar os mercenários do Grupo Wagner a "disparar contra os seus", numa referência aos soldados do exército russo.

Sem se referir ao líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, o chefe de Estado russo disse que "os inimigos da Rússia" esperavam que a rebelião armada dividisse e enfraquecesse o país, "mas eles calcularam mal".

Apesar de terem surgido, em vídeos publicados nas redes sociais, sinais de apoio da população à revolta, Putin garantiu que a Rússia permanece unida e elogiou os mercenários por terem evitado o "derramamento de sangue".

Horas antes, o Presidente russo tinha-se dirigido diretamente aos mercenários do Grupo Wagner, oferecendo-lhes a possibilidade de assinarem um contrato com o exército e de "regressarem às suas famílias e entes queridos" ou de "partirem para a Bielorrússia".

Putin teve ainda uma "reunião de trabalho" com responsáveis pela segurança do Estado, aos quais agradeceu o trabalho realizado durante a rebelião do Grupo Wagner.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu na segunda-feira que o seu país e a NATO não tiveram qualquer envolvimento na rebelião na Rússia pelas forças mercenárias do Grupo Wagner.

Biden confirmou que realizou uma videochamada com aliados no fim de semana e que todos estão em sintonia na necessidade de não dar ao Presidente russo "uma desculpa para culpar o Ocidente" ou a NATO pela rebelião.

Na rebelião armada de 24 horas, liderada por Yevgeny Prigozhin, os mercenários tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.

A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.

Yevgeny Prigozhin justificou na segunda-feira a "rebelião" do grupo com a necessidade de "salvar" a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos.

"O objetivo da marcha era evitar a destruição do Grupo Wagner", disse Prigozhin numa mensagem áudio de 11 minutos, em que quebrou o silêncio que mantinha desde sábado, quando recuou na "marcha sobre Moscovo", sem revelar onde se encontra, embora o Kremlin tenha garantido ao líder da organização paramilitar a possibilidade de se deslocar para a Bielorrússia.

Segundo Prigozhin, o grupo Wagner "estava ameaçado de desmantelamento pelas autoridades" russas.


sábado, 24 de junho de 2023

Guerra civil iminente na Rússia: cronologia dos acontecimentos

Por  SIC Notícias  24/06/23

Aumenta a tensão entre o grupo Wagner e o Kremlin. Depois de nos últimos dias o líder dos mercenários ter vindo a demonstrar descontentamento com Moscovo, Prigozhin lançou na sexta-feira um aviso: vai "até ao fim" e destruirá "tudo o que seja colocado" no seu caminho.

Ao início da noite de sexta-feira, o líder do grupo Wagner convocou os russos para uma revolta contra o alto comando militar russo e avisou que quem se atravessasse no seu caminho seria “aniquilado”.

Pouco depois, os serviços de segurança da Rússia anunciaram uma investigação a Yevgeny Prigozhin por incitar uma “rebelião militar”. O líder dos mercenários afirma que as suas forças já atravessaram a fronteira da Ucrânia para a Rússia e estão a caminho de Moscovo. Tomaram também a cidade de Rostov - sede militar das tropas russas no sul da Rússia.

A segurança na Rússia foi reforçada e em Moscovo foi ativada a “Operação Fortaleza” para garantir a prontidão militar. Vladimir Putin está a par da situação e a receber atualizações "constantes", informou o Kremlin.

Já durante a madrugada, Prigozhin disse que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas deu ordem para que as colunas militares do grupo Wagner fossem bombardeadas, ordens essas que os militares russos se terão recusado a cumprir.

Altos generais russos apelaram aos combatentes do grupo Wagner para que se retirassem, afirmando que estão a "fazer o jogo do inimigo".

A Casa Branca diz estar a acompanhar a situação e que irá consultar os aliados.

Nas redes sociais têm sido partilhados vários vídeos das alegadas movimentações do grupo Wagner.

O que fez aumentar a tensão entre o grupo Wagner e o Kremlin?

Prigozhin acusou na sexta-feira o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

"Realizaram ataques, ataques com mísseis, na retaguarda dos nossos acampamentos. Um número muito grande dos nossos combatentes foi morto", sublinhou Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio transmitida pelo seu serviço de imprensa.

A mensagem de Prigozhin foi acompanhada por vídeo com cerca de um minuto, onde se vê uma floresta destruída, alguns focos de incêndio e pelo menos o corpo de um militar.

O Exército russo negou de imediato a realização de ataques contra acampamentos do grupo Wagner.

"As mensagens e vídeos publicados nas redes sociais por Prigozhin sobre alegados 'ataques do Ministério da Defesa da Rússia nas bases de retaguarda do grupo paramilitar Wagner' não correspondem à realidade e são uma provocação", referiu o Governo russo em comunicado.

Estas fortes acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner tinha referido antes que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporijia, respetivamente, contradizendo as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.

Prigozhin disse que o mesmo está a acontecer em Bakhmut, onde as forças ucranianas estão a penetrar nas defesas russas.

Opositor russo exilado diz que "é altura de ajudar" Wagner contra Putin

© Reuters

POR LUSA   24/06/23 

O opositor do Presidente russo e empresário exilado Mikhail Khodorkovsky disse hoje que "é altura de ajudar" o chefe do grupo Wagner, que se rebelou contra o comando militar russo.

"Sim, até o diabo teria de ser ajudado se decidisse ir contra este regime! (...) Se este bandido [Yevgeny Prigozhinin] quer incomodar o outro [Vladimir Putin], não é altura de fazer caretas, é altura de ajudar", escreveu na plataforma de mensagens Telegram.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou que o seu exército privado cruzou a fronteira russa na região do Rostov, sul do país, e disse estar disposto a "ir até ao fim", após apelar a uma rebelião contra o comando militar do país, que acusou de atacar os seus combatentes.

"As alegações divulgadas em nome de Yevgeny Prigozhin não têm fundamento. (...) O FSB [serviços de segurança russos] abriu uma investigação por convocação de um motim armado", referiu o Comité Nacional Antiterrorista da Rússia em comunicado, citado pelas agências de notícias russas.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer e instou os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporíjia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kyiv era um fracasso.


Leia Também: O presidente da Câmara de Moscovo anunciou hoje que estão em curso "atividades antiterroristas" na cidade, após o grupo Wagner apelar a uma rebelião contra o comando militar do país, que acusou de atacar os seus combatentes.


Leia Também: O chefe do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, informou esta madrugada que as suas forças abateram um helicóptero do exército russo.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Prigozhin em Minsk é "ameaça para o povo bielorrusso", alerta oposição

© Getty Images

POR LUSA   29/06/23 

A dirigente da oposição da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaya, avisou hoje que o líder da Wagner, empresa de mercenários russa, e o Presidente bielorrusso "não são aliados e podem ser desleais um contra o outro".  

"A qualquer momento, o (Presidente Aleksandr) Lukashenko pode trair [Yevgeny] Prigozhin ou Prigozhin pode trair Lukashenko. Eles não são aliados. Não confiam um no outro", afirmou Tikhanovskaya.

Prigozhin chegou à Bielorrússia na terça-feira, de acordo com o anúncio do Presidente Lukashenko.

O empresário russo, líder do grupo Wagner, foi para a Bielorrússia no âmbito de um acordo negociado com Moscovo para pôr termo à rebelião que promoveu com os seus mercenários na Rússia.

Tikhanovskaya, que reivindicou vitória sobre Lukashenko nas eleições presidenciais de 2020, salientou que ainda "há muito por esclarecer" sobre o alegado acordo.

Para a dirigente da oposição bielorrussa, exilada na Lituânia, a decisão de Lukashenko de ajudar Vladimir Putin é um gesto de conveniência pessoal para salvar o regime de Minsk. 

"Não agiu para salvar a face de Putin, nem para salvar Prigozhin, nem para evitar que a guerra civil rebentasse na Rússia", afirmou.

"(Lukashenko) só se preocupou com a própria sobrevivência pessoal, porque Lukashenko sabe que, se as fações da Rússia entrarem em conflito, ele pode pagar o preço", disse.

"Se os combatentes de Prigozhin invadissem a Bielorrússia em grande número, poderiam ameaçar a Europa", acrescentou.

"A presença do próprio Prigozhin ou do grupo Wagner no nosso território é, antes de mais, uma ameaça para o povo bielorrusso e para a nossa independência", declarou Svetlana Tikhanovskaya.

Yevgeny Prigozhin, antigo aliado do Kremlin e empresário que criou o exército privado mais poderoso da Rússia, recrutou milhares de reclusos para combater na Ucrânia, além dos combatentes contratados destacados na Síria, África e América Latina.

No final da semana passada, liderou uma rebelião armada em território russo.

A líder da oposição da Bielorrússia avisou que o oligarca russo pode vir a usar as forças da empresa Wagner para reprimir ainda mais qualquer dissidência no país.

"Ele é a pessoa que trouxe violadores e assassinos para a nossa terra", acusou.

Tikhanovskaya criticou ainda a "falta de atenção do Ocidente" sobre a situação na Bielorrússia, cada vez mais sob o domínio de Moscovo. 

A falta de uma resposta firme da "comunidade internacional" sobre a transferência de armas nucleares da Rússia para a Bielorrússia encorajou Moscovo e Minsk.

"Ainda estamos à espera de uma resposta à instalação de armas nucleares no nosso território. Quando o mundo permanece em silêncio num momento tão importante, os ditadores encaram o silêncio como uma fraqueza", considerou.


Leia Também: Moscovo afasta extradição de líder do grupo Wagner

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Wagner tomou Bakhmut? "O inimigo não vai a lado nenhum"

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto   06/04/23 

As declarações de Yevgeny Prigozhin contrariam, no entanto, o que tinha dito em março, quando referiu que o grupo tinha assumido o "toda a parte oeste" da cidade de Bakhmut.

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, referiu, esta quinta-feira, não haver sinais de forças ucranianas a abandonar a linha da frente de Bakhmut.

"Deve ser dito claramente que o inimigo não vai a lado nenhum", referiu num comunicado, citado pelo The Guardian, acrescentando que qualquer retirada provavelmente resultaria noutro impasse nos arredores da cidade ou nas proximidades de Chasiv Yar.

"A primeira questão é garantir que nossos flancos estejam bem protegidos. A segunda é garantir que nosso comando esteja devidamente organizado", salientou ainda.

Segundo o chefe do grupo privado da milícia russa, a munição é outro problema, mas não tem permissão para falar publicamente sobre o assunto.

As declarações de Yevgeny Prigozhin contrariam, no entanto, o que tinha dito em março, quando referiu que o grupo tinha assumido o "toda a parte oeste" da cidade de Bakhmut, quando ergueram uma bandeira entre os escombros de um prédio administrativo no centro.

"As unidades de Wagner tomaram toda a parte oeste de Bakhmut, tudo o que fica a leste do rio Bakhmutka", disse Yevgeny Prigozhin, numa mensagem áudio.


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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

"Avião desmoronar-se-á no ar". Vídeo antigo de Prigozhin dá azo a teorias... O líder do Grupo Wagner afirmou, em abril, que a Rússia "está à beira do desastre" e que se as "engrenagens não forem ajustadas, então o avião desmoronar-se-á no ar".

© Wagner Account/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto   28/08/23 

Um vídeo antigo de uma entrevista ao líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, deu origem a novas teorias acerca da sua morte, uma vez que pode ouvir-se o empresário russo a dizer que preferia ser morto a mentir ao país e a falar sobre um avião que se "desmorona" no ar.

Em causa está o excerto de uma entrevista publicada a 29 de abril, com o blogger militar russo Semyon Pegov, na qual Prigozhin afirmava que a Rússia estava à beira do abismo porque a Defesa estava a expulsar aqueles que dizem a verdade e se recusam a dar graxa. 

"Hoje, chegámos ao ponto de ebulição", disse o russo, no vídeo que foi publicado na plataforma Telegram do Grupo Wagner. "Porque é que estou a falar tão honestamente? Porque tenho o direito, perante as pessoas que vão continuar a viver neste país. Eles agora estão a ser esmagados."

"É melhor matarem-me, mas não vou mentir. Tenho de dizer honestamente que a Rússia está à beira do desastre. E se estas engrenagens não forem ajustadas hoje, então o avião desmoronar-se-á no ar", acrescentou.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o vídeo divulgado pelo Grupo Wagner conta já com centenas de respostas. "Ele sabia", afirmou um utilizador.

Há também utilizadores que acreditam que Prigozhin está vivo e "rapidamente saltará de uma caixa de rapé e fará os demónios cagarem-se" ou então está com Sergei Surovikin, o antigo chefe das Forças Aeroespaciais que desapareceu após a rebelião falhada do Grupo Wagner, na Jamaica a "beber uma 'piña colada' e a fumar um charro".

Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, estaria na lista de passageiros de um avião do Grupo Wagner que caiu na quarta-feira, durante um voo entre Moscovo e São Petersburgo, e levou à morte de todas as 10 pessoas a bordo.

As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin, transportava outros responsáveis do Grupo Wagner, incluindo o fundador Dmitri Utkin.

Após dias de especulação, o Comité de Investigação Russo revelou, no domingo, que a morte de Prigozhin foi confirmada por exames genéticos.


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domingo, 25 de junho de 2023

Yevgeny Progozny, da rebelião ao exílio

Yevgeny Progozny, líder do grupo Wagner, deixa Rostov-on-Don,Rússia

Por VOA Português   junho 25, 2023

Depois de liderar uma revolta contra altos dirigentes militares russos, o líder do grupo mercenário Wagner chegou a um acordo negociado pelo Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

MOSCOVO — O líder mercenário russo Yevgeny Prigozhin, que na sexta-feira, 23, apontou seus combatentes do Grupo Wagner contra os líderes militates de Moscovo, vai passar a viver na Bielorrússia e viu as autoridades russas retirar todas as acusações contra ele devido à revolta que protagonizou.

Essa mudança decorre do acordo negociado pelo Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, com Prigozhin, que teve a aprovação do Presidente russo, Vladimir Putin, segundo o gabinete do Chefe de Estado do país vizinho.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que o acordo também garante que também os combatentes de Wagner não serão alvo de processo criminal ou militar.

“Sempre respeitamos seus feitos heróicos na frente”, afirmou ele, acrescentando que Moscovo agradeceu a Lukashenko pelo seu papel na solução da crise.

Aos combatentes que não participaram da rebelião, Peskov adiantou que seriam oferecidos contratos com o Ministério da Defesa, que tem procurado colocar todas as forças voluntárias autónomas sob seu controlo até o dia de Julho.

Questionado se haverá alguma mudança a nível do Ministério da Defesa como parte do acordo, Peskov respondeu que "esses assuntos são prerrogativa exclusiva e de competência do Comandante-em-Chefe Supremo, de acordo com a constituição do Federação Russa, sendo improvável que esses tópicos possam ter sido discutidos durante os contactos mencionados acima".

O porta-voz do Kremlin não revelou se houve alguma concessão para persuadir Prigozhin a retirar todas as suas forças, além das garantias para sua segurança – algo sobre o qual ele disse que Putin deu sua palavra – e para a segurança dos homens de Prigozhin.

Peskov, entretanto, classificou os eventos de sexta-feira de "trágicos".

Nas primeiras horas deste sábado, Yevgeny Prigozhin e seus combatentes chegaram a estar cerca de 200 quilómetros da capital Moscovo, antes dele ordenar que as suas tropas regressassem às bases na Ucrânia para, alegadamente, evitar derramamento de sangue.

Numa mensagem em áudio divulgada pelo seu serviço de imprensa, Prigozhin disse: "Eles queriam desmantelar a companhia militar Wagner. Embarcamos numa marcha pela justiça a 23 de Junho. e em 24 horas chegamos a 200 quilómetros de Moscovo, nesse período não derramamos uma única gota do sangue dos nossos combatentes".

"Agora chegou o momento em que o sangue pode ser derramado. Compreendendo a responsabilidade de que o sangue russo seja derramado de um lado, estamos mudando as nossas colunas e regressando aos campos conforme planeado", disse na mensagem divulgada no Telegram.

O líder do grupo mercenário não disse se o Kremlin respondeu à sua exigência de derrubar o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, ou o que Lukashenko lhe prometeu nas negociações.

Antes, as forças de segurança tomaram conta das principais estadas de acesso a Moscovo e lugares sensíveis da capital.

O Presidente Vladimir Putin, que ainda não havia se manifestado desde o início da crise, foi à televisão e numa mensagem à nação, ameaçou esmagar qualquer a rebelião e chamou o seu amigo de longa data de "traidor" e a acção de uma "facada nas costas".

No final de sábado, os combatentes mercenários russos foram vistos a deixar Rostov-on-Don, uma cidade de mais de um milhão de pessoas perto da fronteira com a Ucrânia que eles haviam assumido o controle um dia antes.

E foram aplaudidos pelos residentes.

Casa Branca e líderes mundiais em alerta

Os Estados Unidos e seus aliados mantiveram consultas permanentes durante todo o dia de sábado, sem, no entanto, fazerem pronunciamentos.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com os líderes da França, Alemanha e Grã-Bretanha em meio a preocupações de que o controlo do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre o país com armas nucleares possa estar a diminuir.

Biden e a vice-president Kamala Harris encontraram-se com o secretário de Defesa, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o Director Nacional de Inteligência e o director da CIA.

O secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, também conversou com seus colegas do Canadá, da França, da Alemanha, do Reino Unido e da Polícia, de acordo com seu porta-voz.

O chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, cancelou uma viagem a Israel e Jordânia, um sinal da grave preocupação na capital norte-americana.

O secretário de Estado Antony Blinken falou ao telefone com seus homólogos da Europa Ocidental e do Japão, tendo todos prometido"manter uma coordenação estreita", segundo revelu o porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller.

O chefe da Relações Exteriores da União Européia, Josep Borrell, evitou fazer comentários directos sobre o que chamou de assunto interna russa.

Mas ele disse que activou o centro de resposta a crises da União Europeu.

Na Rússia

O Governo russo alertou aos Estados Unidos e aliados a manterem-se afastados da situaçao.

"A rebelião faz o jogo dos inimigos externos da Rússia", disse o Ministério das Relações Exteriores um comunicado.

"Advertimos os países ocidentais contra qualquer indício de possível uso da situação interna da Rússia para atingir seus objectivos russofóbicos", concluiu a nota.

Por seu lado, o Governo da Bielorússia aliado de Moscovo, chamou a rebelião de um presente para o Ocidente.


Leia Também: Serviços secretos dos EUA sabiam que Prigozhin estava a planear ação armada na Rússia

segunda-feira, 26 de junho de 2023

SERGEI SHOIGU: Ministro da Defesa em primeira aparição pública após rebelião de Wagner

© Getty Images

POR LUSA   26/06/23 

A televisão estatal russa transmitiu hoje imagens do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, a inspecionar as forças russas na Ucrânia, naquela que é a primeira aparição pública após a rebelião suspensa do grupo paramilitar Wagner.

De acordo com imagens transmitidas pelo canal de televisão Rossiya 24, Shoigu, alvo de duras críticas por parte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, deslocou-se a um posto de comando das forças russas na Ucrânia e "reuniu-se com os líderes" de uma das unidades.

Durante a visita, o responsável "constatou uma elevada eficiência na identificação e destruição de equipamento militar e pontos de posicionamento inimigos nas áreas táticas da zona de responsabilidade" da unidade, declarou, em comunicado publicado na plataforma Telegram, o Ministério da Defesa russo, que também divulgou um vídeo.

"Shoigu prestou especial atenção à organização de um apoio abrangente às tropas envolvidas na operação militar especial e à criação de condições para o destacamento seguro de pessoal", continuou o ministério

O departamento governamental apontou ainda que o ministro ouviu uma exposição do comandante do grupo, o coronel general Yevgeny Nikiforov, "sobre a situação atual, a natureza das ações do inimigo e o desempenho das missões de combate das tropas russas nas principais direções táticas", bem como sobre os regimentos de reserva recentemente formados.

Embora não se saiba a data exata da visita de Shoigu, este não aparecia em público desde sexta-feira, quando informou o Presidente russo, Vladimir Putin, numa reunião do conselho de segurança, sobre a evolução da guerra.

Durante a rebelião organizada pelo líder do grupo Wagner, o ministro manteve-se em silêncio.

Yevgeny Prigozhin justificou a revolta armada com a falta de liderança de Shoigu e do chefe do Estado-Maior, Valeri Gerasimov, na Ucrânia, acusando-os de serem culpados pela morte de cerca de "100 mil soldados russos".

Prigozhin suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

Antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.


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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Prigozhin recusa assinar contratos com o Kremlin e Grupo Wagner fica impedido de combater na Ucrânia

Prigozhin (Imagem AP)

CNN Portugal,  29/06/23 

Para além de não poder participar na operação militar, o grupo Wagner perde ainda o financiamento do Estado russo

O líder do Grupo Wagner recusou assinar quaisquer contratos com o Kremlin, avança o presidente da Comissão de Defesa da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, citado pela RIA Novosti.

Segundo Andrey Kartapolov, Yevgeny Prigozhin recusou cumprir a decisão do Ministério da Defesa de reatribuir ao departamento os combatentes envolvidos na zona de operações militares na Ucrânia. Como resultado desta recusa, os combatentes de Yevgeny Prigozhin não podem continuar a combater na Ucrânia.

"Alguns dias antes da tentativa de rebelião, o Ministério da Defesa anunciou que todas as formações que realizam missões de combate devem assinar um contrato. E toda a gente começou a pôr em prática esta decisão, uma decisão absolutamente correcta. Todos, exceto o Sr. Prigozhin", revelou o deputado.

Para além de não poderem participar na operação militar, o grupo Wagner perde ainda o financiamento do Estado russo.

A agência RIA Novosti acrescenta ainda que Prigozhin já tinha sido informado, ainda antes de 24 de junho, de que os seus soldados não podiam continuar a combater na Ucrânia.


domingo, 25 de junho de 2023

RÚSSIA: Após rebelião, operação antiterrorista ainda está em vigor em Moscovo

© Lusa

POR LUSA    25/06/23 

A operação antiterrorista mantém-se hoje na região de Moscovo e arredores, apesar de o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, ter anunciado um acordo que travou a marcha das suas tropas até à capital russa.

Várias patrulhas das forças da polícia ainda estavam posicionadas ao longo da estrada principal que sai de Moscovo, no sul da capital, observou hoje um jornalista da agência de notícias AFP.

Na região de Moscovo, mantinham-se hoje as restrições de tráfego na estrada que liga Moscovo a Rostov - onde no sábado os paramilitares do grupo Wagner tomaram o controlo do quartel-general militar -, segundo um comunicado da agência Avtodor, responsável pelas estradas na Rússia.

O Comité Nacional Antiterrorista (NAK) ordenou no sábado um "regime de operação antiterrorista" em Moscovo e arredores, bem como na região de Voronezh, fronteira com a Ucrânia, após Yevgeny Prigozhin anunciar a marcha dos seus combatentes em direção à capital russa.

Este regime antiterrorista confere poderes acrescidos à polícia, nomeadamente para a realização de operações. Assim, troços importantes da estrada que liga Rostov a Moscovo foram bloqueados e foram realizadas operações para a verificação de identidade e veículos.

O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, decretou que na segunda-feira será um dia de folga, face à "difícil" situação.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou, no sábado, de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

No final do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.


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terça-feira, 21 de março de 2023

Líder do grupo Wagner diz que Kyiv planeia "ataque em grande escala"

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto   21/03/23 

Numa conferência de imprensa na segunda-feira, Yevgeny Prigozhin afirmou que uma investida dessa natureza estará a ser planeada para o final deste mês ou para o início de abril. 

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, terá avisado o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, de que a Ucrânia estará a preparar um "ataque em grande escala", reporta a Sky News.

Numa conferência de imprensa, na segunda-feira, Prigozhin afirmou que uma investida dessa natureza estará a ser planeada para o final deste mês ou para o início de abril. 

O líder do grupo Wagner terá, ainda, revelado que pediu ao governante russo citado para tomar "todas as medidas necessárias para evitar que a empresa militar privada Wagner seja isolada das principais forças do exército russo" no contexto de tal ofensiva, "o que terá consequências negativas para a operação militar especial" de Moscovo.

Yevgeny Prigozhin acrescentou, ainda, estar disponível para revelar o seu próprio plano acerca de como as forças russas devem combater a Ucrânia - não tendo, no entanto, revelado como teve conhecimento de tal alegada contraofensiva das forças de Kyiv.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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quarta-feira, 29 de março de 2023

Líder do Wagner prepara-se para presidência russa? Há quem pense que sim

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto  29/03/23 

Para os analistas, uma recente entrevista de Prigozhin sugere uma de duas coisas: ou o empresário está a "parodiar o estilo 'cinematográfico' de Putin", numa "campanha que procura gozar com o Kremlin", ou "traça paralelos táticos entre Prigozhin e o gabinete da presidência russa".

O fundador do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, pode estar a usar a sua influência na 'media" russa para se apresentar como candidato às eleições presidências de 2024 na Rússia, de acordo com o Instituto norte-americano para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês).

De acordo com o ISW, a agência de notícias de  Prigozhin - a Agência Federal de Notícias - publicou, a 14 de março, uma entrevista com o próprio, que conta também com jornalistas russos do Russia Today e RIA, que tem um "formato único".

Segundo o ISW, durante a entrevista "Prigozhin parecia imitar a maneira como o presidente russo, Vladimir Putin, filma as suas reuniões públicas coreografadas, seja para fazer troça de Putin silenciosamente ou para sugerir subtilmente que Prigozhin se poderia tornar presidente russo como Putin".

"A coreografia e a encenação da entrevista de Prigozhin colocam-no no enquadramento da câmara na mesa", em "frente ao seu público", "da mesma forma" que são filmadas as reuniões de Putin. Este é um estilo de filmagem "incomum" para o líder do grupo Wagner, que, geralmente, opta por se "filmar a si próprio".

"Prigozhin também usou esta entrevista para reiterar os seus argumentos anteriores sobre a necessidade de incutir uma ideologia de linha dura nos combatentes russos e insinuar que o Ministério da Defesa russo está deliberadamente a privar o Grupo Wagner de munição de artilharia", acrescenta o Instituto.

Desta forma, o Instituto acha que esta entrevista tem um de dois objetivos: ou serve para "parodiar o estilo 'cinematográfico' de Putin", numa "campanha que procura gozar com o Kremlin" ou "traça paralelos táticos entre Prigozhin e o gabinete da presidência russa".

O ISW lembra que Prigozhin já havia insinuado que poderia substituir Putin, quando a 11 de março anunciou que concorreria à presidência da Ucrânia em 2024 - "uma declaração que um proeminente estudioso russo ligado ao Kremlin argumentou que promoveu implicitamente uma narrativa de que Prigozhin concorreria às eleições presidenciais da Rússia, que também estão marcadas para 2024".

Note-se que, em janeiro, o empresário já tinha atacado diretamente a administração de Putin, ao referir que alguns dos seus funcionários querem que Moscovo perca a guerra. 

"O comportamento recente de Prigozhin – independentemente de sua intenção – está a avançar uma narrativa entre a sociedade russa de que este tem maiores aspirações políticas" no país, nota o Instituto. 


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sexta-feira, 14 de julho de 2023

Putin: "O grupo Wagner não existe"

PRESS SERVICE OF "CONCORD\

Por SIC Notícias  14/07/23

O Presidente russo ofereceu aos mercenários de Wagner a oportunidade de continuar a lutar, mas afastando Prigozhin , numa reunião poucos dias após o motim fracassado.

Vladimir Putin ofereceu aos mercenários do grupo Wagner a oportunidade de entrar no exército da Rússia, mas sugeriu que Yevgeny Prigozhin fosse afastado em favor de um comandante diferente.

Em entrevista ao jornal russo Kommersant, citada pela Reuters, o Presidente da Rússia diz que fez a oferta numa reunião com Prigozhin e com os combatentes do grupo Wagner apenas cinco dias depois da rebelião, no final de junho. Reforça ainda que o grupo Wagner não existe, já que não há, no país, legislação sobre organizações militares privadas.

Acordo e destino de Wagner envoltos em mistério

Inicialmente Putin prometeu esmagar o motim de 23 e 24 de junho, comparando-o com a turbulência do tempo de guerra que deu início às revoluções de 1917, mas horas depois foi fechado um acordo para permitir que Prigozhin e alguns dos seus combatentes fossem para a Bielorrússia.

O Kremlin disse na segunda-feira que Putin conversou com os comandantes de Wagner e Prigozhin numa reunião em 29 de junho, cinco dias após o motim. Os mercenários, disse o Kremlin, reafirmaram a sua lealdade a Putin.

Mas o Kommersant, um dos principais jornais da Rússia, publicou as declarações de Putin ao seu correspondente mais experiente no Kremlin, Andrei Kolesnikov, em que deixa transparecer que o futuro de Prigozhin e de Wagner está em dúvida.

"Mas Wagner não existe", disse Putin quando questionado se o grupo seria preservado como uma unidade de combate. "Não há lei sobre organizações militares privadas. Simplesmente não existe"

Putin relata detalhes da reunião no Kremlin

Putin relatou detalhes sobre a reunião no Kremlin de 29 de junho com 35 comandantes de Wagner, em que sugeriu várias opções para eles continuarem a lutar. Uma delas era afastar Prigozhin do comando para que fosse assumido por um elementos de Wagner, conhecido pelo nome de guerra "Sedoi" - ou “cabelo grisalho”.

"Sedoi" é um veterano altamente condecorado das guerras da Rússia no Afeganistão e na Tchetchénia. É de São Petersburgo, cidade natal de Putin, e já foi fotografado ao lado do Presidente.

“Todos eles poderiam ter-se reunido num só lugar e continuar a servir. E nada teria mudado para eles. Eles teriam sido liderados pela mesma pessoa que havia sido o seu verdadeiro comandante o tempo todo”, disse Putin, segundo o Kommersant.

Putin disse que muitos dos comandantes concordaram com a sua sugestão, mas Prigozhin, que estava sentado em frente, não aceitou.

"'Não, os rapazes não vão concordar com tal decisão'", disse Putin, citando Prigozhin.

As declarações não aparecem na transcrição oficial do Kremlin dos comentários que Putin fez a Kolesnikov e a um repórter da televisão estatal na quinta-feira. Prigozhin não respondeu a um pedido de comentário.

Prigozhin não é visto em público desde que deixou a cidade de Rostov, no sul da Rússia, em 24 de junho.


sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Wagner já estava a sair da Bielorrússia "antes" da morte de Prigozhin

© Getty Images

POR LUSA   25/08/23 

As autoridades ucranianas admitiram hoje que o número de mercenários do Grupo Wagner destacados na Bielorrússia tem diminuído gradualmente, num movimento iniciado antes da alegada morte do seu líder, Yevgeny Prigozhin, na quarta-feira.

O Serviço de Fronteiras da Ucrânia, que tem controlado a presença do Grupo Wagner na Bielorrússia desde a rebelião de Prigozhin em junho, disse que a situação na fronteira com o país vizinho estava estável.

"Não identificámos quaisquer ações invulgares que possam ter ocorrido do outro lado da fronteira", afirmou o porta-voz do Serviço de Fronteiras, Andri Demechenko, à televisão ucraniana.

Demechenko disse que a diminuição do número de efetivos do Grupo Wagner na Bielorrússia estava a ocorrer "mesmo antes dos acontecimentos de 23 de agosto", referindo-se à data da presumível morte de Prigozhin.

"Não de forma significativa, mas gradualmente o número de mercenários de Wagner na Bielorrússia tem vindo a diminuir. Agora, é claro que desde o dia 23 o seu número tem vindo a diminuir", afirmou.

O porta-voz acrescentou que a maioria dos mercenários foi para a Rússia "de férias" e não regressou, segundo as agências espanholas EFE e Europa Press.

Cerca de quatro mil mercenários do Grupo Wagner foram transferidos para a Bielorrússia no âmbito de um acordo entre o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e as autoridades russas após a breve rebelião de há dois meses.

A presença dos efetivos do grupo paramilitar russo na Bielorrússia motivou alertas na Polónia, que anunciou o reforço de segurança nas fronteiras com o país vizinho, por receio de provocações.

Além da Rússia e da Ucrânia, a Bielorrússia tem fronteiras com a Polónia, a Lituânia e a Letónia, três países membros da NATO e da União Europeia (UE).

As autoridades russas disseram que Prigozhin e outros dirigentes do Grupo Wagner faziam parte da lista de passageiros de um avião particular que se despenhou na quarta-feira a noroeste de Moscovo, provocando a morte das 10 pessoas a bordo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, enviou na quinta-feira uma mensagem de condolências à família de Prigozhin, em que afirmou que o antigo aliado era "um homem talentoso que cometeu alguns erros".

Criado em 2014 e com presença em países africanos e no Médio Oriente, o Grupo Wagner destacou-se na guerra russa contra a Ucrânia, protagonizando algumas das batalhas mais sangrentas desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022.

Prigozhin, 62 anos, antigo cozinheiro e aliado de Putin, revoltou-se no final de junho contra o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e as chefias militares, que acusou de não lhe fornecerem armas suficientes e de atacarem os efetivos do Grupo Wagner.

Durante a breve rebelião, Prigozhin ocupou o comando militar russo na cidade de Rostov-on-Don, sudoeste da Rússia, e mandou avançar uma coluna de mercenários para Moscovo.

A coluna voltou para trás quando estava a 200 quilómetros da capital russa após um acordo alegadamente mediado pela Bielorrússia.

Pelo caminho, os mercenários envolveram-se em confrontos com as forças de segurança, abatendo meia dúzia de helicópteros, de que resultou a morte de cerca de duas dezenas de elementos das forças de Moscovo.


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sábado, 24 de junho de 2023

RÚSSIA: Grupo Wagner suspende movimentações após negociar com Lukashenko

© Lusa

POR LUSA  24/06/23 

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, aceitou hoje suspender as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, depois de ter negociado com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

"Yevgeny Prigozhin aceitou a proposta [...] de parar as movimentações dos homens armados do grupo Wagner e tomar medidas para reduzir as tensões", adiantou o canal não oficial da Presidência Bielorrussa no serviço de mensagens Telegram.

A informação foi entretanto confirmada pela Wagner, através da mesma rede social, numa mensagem assinada por Prigozhin.

"Iam desmantelar o grupo Wagner. Partimos no dia 23 de junho [sexta-feira] na 'Marcha da Justiça'. Durante o dia avançamos até ficarmos a cerca de 200 quilómetros de Moscovo. Neste período, não derramamos uma única gota de sangue dos nossos combatentes", disse Prigozhin numa mensagem de áudio transmitida no Telegram.

"Agora, chegou a hora em que o sangue russo pode ser derramado. E, por isso, compreendemos a responsabilidade por este derramamento de sangue russo numa das partes e vamos organizar-nos e regressar aos acampamentos de acordo com o plano", acrescentou.

Lukashenko conversou com o Presidente russo, Vladimir Putin, hoje de manhã para "abordar a situação no sul da Rússia" após a ocupação de Rostov pelo grupo Wagner.

Mais tarde, o chefe de Estado bielorrusso, "de acordo com o Presidente russo, conversou com o líder do grupo Wagner", tendo decorrido negociações ao longo do dia.

O chefe do grupo paramilitar Wagner apelou hoje a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

Putin qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.


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sábado, 6 de maio de 2023

Grupo Wagner quer sair de Bakhmut e pede a Moscovo entrada das tropas do líder checheno

PRESS SERVICE OF "CONCORD

Por Lusa/SIC Notícias   06/05/23

Prigozhin tem acusado o Estado-Maior russo de não fornecer munições suficientes ao grupo Wagner, na linha da frente em Bakhmut, para impedir uma vitória que ofuscaria o exército do país.

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgueni Prigozhin, pediu este sábado permissão ao exército russo para entregar as posições na cidade ucraniana de Bakhmut às tropas do líder checheno Ramzan Kadyrov, em protesto pela falta de munição.

"Peço-lhe que emita uma ordem de batalha sobre a transferência, antes da meia-noite de 10 de maio, das posições do grupo Wagner para as unidades do batalhão Akhmat na localidade de Bakhmut e arredores", disse Yevgeny Prigozhin numa carta dirigida ao ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, citada pela AFP.

O líder checheno, Ramzan Kadirov, expressou na sexta-feira a disposição para substituir o Grupo Wagner em Bakhmut com as suas unidades especiais, depois do líder dos mercenários, Yevgueni Prigozhin, ter ameaçado abandonar esta frente de combate por falta de munições.

"Íamos tomar a cidade de Bakhmut antes de 9 de maio. Quando perceberam isso, os burocratas militares pararam as entregas", acusou Prigozhin num vídeo divulgado na sexta-feira.

Bakhmut é atualmente o principal objetivo da campanha militar russa

Bakhmut, palco desde agosto de 2022 da mais longa e sangrenta batalha da guerra na Ucrânia, é atualmente o principal objetivo da campanha militar russa.

Até agora, os mercenários e ex-presidiários recrutados por Prigozhin tomaram praticamente toda a cidade, onde os defensores ucranianos controlarão apenas 2,5 quilómetros quadrados.

O ultimato surge após semanas de tensão entre o grupo paramilitar e os militares russos.

Prigozhin tem acusado o Estado-Maior russo de não fornecer munições suficientes ao grupo Wagner, na linha da frente em Bakhmut, para impedir uma vitória que ofuscaria o exército do país.

Num outro vídeo publicado na madrugada de sexta-feira, Prigozhin acusou o ministro da Defesa russo e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de serem responsáveis pelas perdas do grupo paramilitar.

"Eles [mercenários] vieram aqui como voluntários e morrem enquanto vocês engordam nos vossos gabinetes", disse Progozhin dirigindo-se ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior, Valeri Guerasimov.

Não é a primeira vez que Prigozhin ameaça a retirada do grupo Wagner de Bakhmut devido à falta de munições.

©The Times and The Sunday Times  Wagner boss Prigozhin slams Russian officials from a field of corpses☝

quinta-feira, 23 de março de 2023

Wagner reduz operações? "Enquanto a Rússia precisar de nós, vamos lutar"

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto   23/03/23 

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou, esta quinta-feira, que as operações estejam a ser reduzidas na Ucrânia após o comando militar russo ter cortado  no número de pessoas e munições ao grupo.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou, esta quinta-feira, que as operações estejam a ser reduzidas na Ucrânia após o comando militar russo ter cortado  no número de pessoas e munições ao grupo, como sugeriu um relatório da Bloomberg.

Na plataforma Telegram, Prigozhin, afirmou: "Não sei o que a Bloomberg está a relatar, mas aparentemente eles sabem melhor do que eu o que vamos fazer a seguir".

"Enquanto o nosso país precisar de nós, vamos lutar no território da Ucrânia", frisou.

O Prigozhin tem estado envolvido numa disputa com o Ministério da Defesa da Rússia durante meses depois de ter criticado a sua estratégia militar na Ucrânia.

Recentemente queixou-se da falta de munições e de apoio aos seus combatentes na linha da frente em Bakhmut, no leste da Ucrânia, sugerindo que estava a ser propositadamente sabotado pelo Ministério da Defesa.

No início de março, Prigozhin advertiu que toda a linha da frente poderia entrar em colapso se as suas forças fossem forçadas a retirar-se de Bakhmut.

Há sinais crescentes de que a ofensiva russa no leste da Ucrânia e nos arredores de Bakhmut está a perder força, segundo os analistas da defesa. Além disso, o comandante das Forças Terrestres Ucranianas, Oleksandr Syrskyi, avançou mesmo que o país vai lançar uma contraofensiva "muito em breve" na área à volta de Bakhmut.


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