segunda-feira, 4 de março de 2024

PRESIDENTE DA REPÚBLICA REUNE-SE COM HOMÓLOGO PALESTINO EM RAMALLAH

Após a visita a Israel, o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prosseguiu para Ramallah, na Cisjordânia, onde se reuniu com o Presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, no palácio presidencial.

Durante o encontro, entre os dois líderes, alargada às respetivas delegações, foi abordado os últimos desenvolvimentos da situação nos territórios palestinos e as relações históricas entre os dois países. Na ocasião o Presidente do Estado da Palestina elogiou as posições da Guiné-Bissau e da União Africana por apoiarem consistentemente a busca de paz  no Oriente Médio. 🇬🇼🇵🇸

 Presidência da República da Guiné-Bissau

HGC GLOBAL COMMUNICATIONS: Ataques dos Hutis no Mar Vermelho cortaram três cabos de dados submarinos

© Mohammed Hamoud/Getty Images

POR LUSA   04/03/24 

Três cabos submarinos do Mar Vermelho, que fornecem Internet e telecomunicações a todo o mundo, foram cortados naquela via marítima que continua a ser um alvo dos rebeldes Hutis do Iémen, indicou hoje a empresa responsável.

Numa declaração, a HGC Global Communications, com sede em Hong Kong, reconheceu os cortes, mas não disse os que causou.

O facto de os cabos serem alvo da campanha dos Hutis, que os rebeldes descrevem como um esforço para pressionar Israel a pôr fim à guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, tem gerado preocupações. No entanto, os Hutis negam ter atacado os cabos.

Embora o transporte marítimo mundial já tenha sido perturbado através do Mar Vermelho, uma rota crucial para o transporte de carga e de energia da Ásia e do Médio Oriente para a Europa, a sabotagem das linhas de telecomunicações poderá agravar ainda mais a crise que dura há meses.

As linhas cortadas incluem a Ásia-África-Europa 1, a Europe India Gateway, a Seacom e a TGN-Gulf, indicou a HGC Global Communications. 

A empresa indicou que os cortes afetaram 25% do tráfego que atravessa o Mar Vermelho, rota que, descreveu, é também "crucial" para a transferência de dados da Ásia para a Europa.

A HGC Global Communications, que indicou ter recomeçado já a reencaminhar o tráfego, descreveu a linha Seacom-TGN-Gulf como sendo dois cabos separados, quando na realidade é um só na zona do corte, de acordo com Tim Stronge, um especialista em cabos submarinos da TeleGeography, uma empresa de investigação do mercado das telecomunicações, com sede em Washington.

Em resposta a perguntas da agência noticiosa Associated Press (AP), a Seacom disse que os testes iniciais indicam que o segmento afetado se encontra dentro das jurisdições marítimas do Iémen, no sul do Mar Vermelho" e que estava a reencaminhar o tráfego que conseguiu alterar, embora alguns serviços continuassem inativos.

A Tata Communications, parte do conglomerado indiano e responsável pela linha Seacom-TGN-Gulf, disse à AP que "iniciou ações corretivas imediatas e adequadas" após o corte da linha, investindo em vários consórcios de cabos para reencaminhar os serviços.

No início de fevereiro, o governo internacionalmente reconhecido do Iémen no exílio avisou que os Hutis planeavam atacar os cabos. As linhas pareciam ter sido cortadas a 24 de fevereiro, com a organização NetBlocks a constatar que o acesso à Internet no Djibuti, país da África Oriental, sofreu interrupções dois dias depois. A Seacom serve o Djibuti.

Mas, por seu lado, os Hutis negaram ter visado os cabos e culparam as operações militares britânicas e norte-americanas pelas interrupções, não apresentando, contudo, provas para apoiar a alegação, tal como já fizeram no passado.

"As hostilidades no Iémen por parte das unidades militares navais britânicas e norte-americanas causaram uma interrupção nos cabos submarinos no Mar Vermelho, o que pôs em risco a segurança das comunicações internacionais e o fluxo normal de informações", alegou o Ministério dos Transportes controlado pelos Huthis em Saná, a capital do Iémen controlada pelos rebeldes.

Desde novembro, os rebeldes têm atacado repetidamente navios no Mar Vermelho e nas águas circundantes por causa da guerra entre Israel e o Hamas. Esses navios incluíam pelo menos um com carga destinada ao Irão, o principal apoiante dos Hutis, e um navio de ajuda que mais tarde se dirigiu ao Iémen. 

Apesar de mais de mês e meio de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos, os Hutis continuam a ser capazes de lançar ataques significativos, que incluem o perpetrado em fevereiro a um cargueiro que transportava fertilizantes, o Rubymar, que se afundou no sábado depois de ter andado à deriva durante vários dias, e o abate de um 'drone' (aeronave não tripulada) norte-americano no valor de dezenas de milhões de dólares.

Os Hutis insistem que os seus ataques vão continuar até que Israel pare as suas operações de combate na Faixa de Gaza, que enfureceram o mundo árabe em geral e fizeram com que os rebeldes ganhassem reconhecimento internacional.


Mulher mais velha do mundo está de parabéns. Comemora hoje 117 anos... Maria Branyas nasceu a 4 de março de 1907, em São Francisco, nos EUA, e era filha de pais espanhóis.

© Facebook

Notícias ao Minuto   04/03/24 

A mulher mais velha do mundo, Maria Branyas, comemora, esta segunda-feira, 117 anos. Nasceu a 4 de março de 1907, em São Francisco, nos EUA, e era filha de pais espanhóis.

A filha de Maria, Rosa Moret, revelou que a mãe tem "perdido peso nos últimos meses" e que desde o verão "tem sofrido um declínio lento". No entanto, Maria "não tem nenhuma doença". 

De acordo com o jornal La Vanguardia, Maria está a dois meses de se tornar uma das dez pessoas mais velhas da história, embora considere os registos "absurdos". “Ela diz que isso não tem mérito para ela ou para qualquer outra pessoa”, adiantou a filha.

De acordo com a associação Gerontology Research Group (GRG), que mantém os registos do Guinness, existiram onze pessoas que viveram mais tempo do que Maria. No entanto, nenhuma delas se encontra atualmente viva. Segundo os dados da GRG, apenas quatro pessoas no mundo atingiram os 118 anos e só uma mulher superou a marca, ao morrer aos 112 anos e 164 dias, em agosto de 1997. 

Devido à avançada idade, Maria perdeu a visão, a audição e tem já perdas de memória. Não consegue andar sozinha, mas mantém as suas faculdades mentais. 

Em maio de 2020, Maria Branyas tornou-se a pessoa mais velha do mundo a sobreviver à Covid-19, aos 113 anos, e, quase três anos depois, tornou-se a pessoa mais velha do planeta.


Leia Também: "O antigo Presidente cabo-verdiano Pedro Pires, de 89 anos, foi hoje operado com sucesso a uma fratura numa perna, no Hospital Agostinho Neto, na Praia, disse à Lusa fonte familiar.


Presidemte do Sindicato de Base da Direção-Geral do Serviço de Viação, acusa o Diretor-geral Amadu Djaló, de estar a agir de má fé naquela instituição


 Radio TV Bantaba 

Somália é o novo país membro da Comunidade da África Oriental

© Shutterstock

POR LUSA   04/03/24 

A Somália concluiu hoje o seu processo de adesão à Comunidade da África Oriental (EAC), depois de ter sido admitida em 24 de novembro como o oitavo membro do bloco regional.

"A República Federal da Somália é agora oficialmente um membro de pleno direito da Comunidade da África Oriental depois de ter depositado o seu instrumento de ratificação (do tratado de adesão) junto do secretário-geral (...) na sede da EAC em Arusha, na Tanzânia", declarou a organização na rede social X (antigo Twitter).

Este último passo na integração da Somália foi dado pelo ministro do Comércio e da Indústria da Somália, Jibril Abdirashid Haji Abdi, que se deslocou à cidade tanzaniana para entregar o documento ao secretário-geral da EAC, Peter Mathuki.

O evento teve lugar semanas depois de o parlamento somali ter ratificado o tratado de adesão, em 10 de fevereiro, com 148 votos a favor, um contra e uma abstenção.

"Isto marca o início de uma nova era de integração regional, cooperação e desenvolvimento. Juntos somos fortes", afirmou na altura Mohamed Osman, conselheiro económico nacional do Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud.

A Somália foi admitida como membro do grupo na Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da EAC, realizada em Arusha, em 24 de novembro.

Antes da adesão da Somália, a República Democrática do Congo (RDCongo) foi o último Estado a aderir ao bloco, que inclui também o Uganda, a Tanzânia, o Ruanda, o Burundi, o Quénia e o Sudão do Sul, em 2022.

A EAC foi fundada em 2000 e, em 2010, lançou o seu próprio mercado comum de bens, trabalho e capital na região, com o objetivo de criar uma moeda comum e, em última análise, uma federação política.

A admissão da Somália, que tem uma população de cerca de 17 milhões de habitantes, alarga o mercado da EAC a mais de 300 milhões de pessoas.

Além disso, a Somália acrescenta mais de 3.000 quilómetros de costa ao bloco, tendo a mais longa linha costeira de qualquer país africano continental.

No entanto, a Somália tem estado num estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.

O Governo da Somália enfrenta atualmente uma insurreição do grupo extremista Al Shabab.

O grupo, afiliado desde 2012 à Al-Qaida, efetua frequentemente ataques em Mogadíscio e noutras partes do país para derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer um Estado islâmico ultraconservador.

O grupo controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.


ONU acusa China de violar direitos humanos em Xinjiang e no Tibete

© Getty Images

POR LUSA    04/03/24 

O chefe dos direitos humanos da ONU acusou hoje a China de políticas que violam direitos fundamentais, particularmente nas regiões de Xinjiang e do Tibete, num discurso proferido no Conselho dos Direitos Humanos em Genebra.

Volker Turk apelou igualmente a Pequim para que liberte os defensores dos direitos humanos detidos ao abrigo de um "delito vago de 'provocação de disputas e distúrbios'" previsto no artigo 293.º do Código Penal chinês.

As críticas surgem quando se iniciam em Pequim as sessões parlamentares, o principal acontecimento político do ano na China, e a poucos dias do 65.º aniversário da revolta no Tibete, em 10 de março de 1959.

Desde que assumiu o cargo, em outubro de 2022, o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos tem sido criticado por não desafiar suficientemente a China em matéria de direitos fundamentais.

As críticas sugiram em particular desde a publicação, em agosto de 2022, de um relatório muito crítico publicado por Michelle Bachelet, que precedeu Turk no cargo.

Turk disse que "aguarda com expectativa a discussão" do artigo 293.º do Código Penal com as autoridades chinesas.

Referiu que está em curso com Pequim "um diálogo em áreas como as políticas de combate ao terrorismo, igualdade entre homens e mulheres, proteção das minorias, espaço cívico e direitos económicos, sociais e culturais".

"À medida que avançamos, é importante que este diálogo produza resultados concretos", insistiu o chefe da ONU para os direitos humanos.

Turk reconheceu que a China fez progressos na redução da pobreza e na promoção do desenvolvimento.

"Insisti para que esses progressos sejam acompanhados de reformas destinadas a alinhar a legislação e as políticas pertinentes pelas normas internacionais em matéria de direitos humanos", acrescentou.

A China tem sido regularmente criticada em relação à alegada perseguição da minoria muçulmana uigur de Xinjiang e ao Tibete, cuja população se revoltou em 1959 contra a anexação da região por Pequim.

O 14.º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, líder do budismo tibetano, fugiu na altura do Tibete e vive desde então no exílio na Índia.

A China nega tais acusações.


Coreia do Sul ameaça suspender licenças de médicos em greve há 2 semanas

© Kim Jae-Hwan/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   04/03/24 

O Governo da Coreia do Sul disse hoje que irá suspender as licenças dos médicos internos que não regressarem ao trabalho após duas semanas de greve contra um aumento das vagas nas escolas médicas.

"A partir de hoje, o Governo irá tomar medidas legais", disse o ministro adjunto da Saúde da Coreia do Sul, Park Min-soo, numa conferência de imprensa.

O executivo tinha dado aos estagiários até 29 de fevereiro para voltarem ao trabalho, mas o número de médicos internos que abandonou a greve foi mínimo, lamentou Park.

A lei da Coreia do Sul não permite aos médicos fazer greve, por serem considerados trabalhadores essenciais.

"Se violarem a ordem de regresso ao trabalho do Governo, uma suspensão de três meses é inevitável", disse Park, acrescentando que serão realizadas inspeções a partir de hoje para determinar quem regressou ao trabalho.

Caso "se confirme a ausência de médicos", estes serão notificados pelo Governo dos procedimentos de suspensão da licença profissional, acrescentou o ministro adjunto.

Além da suspensão da licença por um máximo de um ano, os estagiários poderão ter de pagar uma multa de cerca de 30 milhões de won (cerca de 21 mil euro).

Também hoje, a polícia da Coreia do Sul anunciou que chamou cinco atuais e antigos dirigentes da Associação Médica Coreana (KMA, na sigla em inglês), que representa cerca de 140 mil médicos sul-coreanos, para interrogatório, numa investigação sobre a greve.

Milhares de médicos participaram domingo, na capital sul-coreana Seul, numa manifestação convocada pela KMA.

Mais de 10 mil médicos estagiários (cerca de 80% do total no país) apresentaram a demissão e quase nove mil abandonaram efetivamente os empregos desde 20 de fevereiro.

A greve obrigou os principais hospitais da Coreia do Sul a adiar ou cancelar procedimentos não urgentes para garantir a resposta a casos de emergência.

As autoridades alargaram ao máximo o horário de consultas nos hospitais públicos, abriram ao público em geral as urgências dos 12 hospitais militares e deram aos enfermeiros proteção legal para realizarem alguns procedimentos normalmente reservados para médicos.

De acordo com sondagens, o plano que aumentaria as vagas nas escolas médicas em 65 por cento, ou mais duas mil pessoas por ano, a partir de 2025, tem um amplo apoio por parte da população da Coreia do Sul.

O Governo sul-coreano justifica esta medida como necessária para preparar o país para uma população cada vez mais idosa.

Cerca de 44% dos sul-coreanos terão mais de 65 anos em 2050, de acordo com projeções das autoridades.

O Governo calcula que faltarão 15 mil médicos para atender às necessidades do país até 2035 se nada for feito.

Mas os médicos opõem-se ao projeto por considerarem que a admissão de mais estudantes nas escolas médicas resultará numa queda no nível profissional dos futuros médicos e que a qualidade dos cuidados será prejudicada.



Leia Também: Coreia do Sul inicia exercícios militares conjuntos com Estados Unidos

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido pelo homólogo israelita, Isaac Herzog, na residência oficial, em Jerusalém.

Durante o encontro, o Presidente da República transmitiu ao Presidente Isaac Herzog a posição da Guiné-Bissau e do continente Africano com a escalada do conflito e apelou ao cessar fogo, ao diálogo e à protecção de civis inocentes, com vista a uma trégua na Faixa de Gaza. 

O chefe de Estado irá ainda se deslocar a Ramallah, na Cisjordânia, para se reunir com o Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. 🇬🇼🇮🇱

Presidência da República da Guiné-Bissau

General Umaro Sissoco Embaló condecorado com Grand Collar de Estado Palastiano pelo esforço na busca de Paz naquele País.




domingo, 3 de março de 2024

Rússia vai diminuir produção de petróleo em 470 mil barris diários

© Lusa

POR LUSA    03/03/24 

A Rússia vai reduzir a sua produção de petróleo em 471.000 barris por dia no final do segundo trimestre, uma decisão tomada "em coordenação" com os outros países da OPEP tendo em conta a situação do mercado.

A Rússia vai proceder a uma redução voluntária "suplementar" da sua produção de 350 mil barris por dia em abril, 400 mil em maio e 471 mil em junho, disse o vice-primeiro-ministro russo responsável pela Energia, Alexander Novak, citado num comunicado de imprensa.

No que diz respeito às exportações, a redução será de 121 mil barris por dia em abril e 71 mil em maio, segundo o dirigente russo.

O vice-primeiro-ministro russo explicou que este novo corte voluntário de produção se "junta" aos 500.000 barris por dia já anunciados pela Rússia em abril de 2023, que estão em vigor até ao final de 2024.

Este corte "reforça os esforços de precaução efetuados pelos países da OPEP para apoiar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados petrolíferos", explicou Novak no comunicado de imprensa emitido pelo Governo russo.

A Rússia, um dos principais membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem seguido nos últimos meses uma política destinada a conter a queda dos preços do petróleo.

Apesar de representar uma parte menor do orçamento federal do que antes do conflito na Ucrânia, a receita financeira da venda de hidrocarbonetos continua a ser essencial para Moscovo, num momento em que a sua economia está concentrada no esforço de guerra para apoiar a invasão militar.

Nos últimos dois anos, os aliados ocidentais de Kiev impuseram pesadas sanções ao setor energético russo, obrigando Moscovo a reorientar em massa as suas exportações para a Ásia e, em particular, para os dois principais países do continente, a China e a Índia.



Leia Também: O ministro da Defesa alemão acusou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, de tentar "desestabilizar" o país, na sequência da transmissão, a partir da Rússia, de conversas confidenciais entre oficiais alemães sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.

O projecto “Ferramentas de monitorização e Inteligência Artificial para a agricultura inteligente” pretende preparar Cabo Verde para os desafios agrícolas como os prolongados ciclos de seca.

A agricultura inteligente surge como uma solução inovadora e sustentável para enfrentar os desafios singulares de países com escassez de chuvas, como Cabo Verde. A implementação de sistemas de Agricultura Inteligente em Cabo Verde abarca uma diversidade de tecnologias, incluindo a Internet das Coisas (IoT), a Inteligência Artificial (IA) e o uso de drones para mapeamento e monitorização agrícola. O projecto inovador em agricultura inteligente está a ser implementado pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV). A coordenadora do projecto, Sónia Semedo explica que “neste projecto temos a regra inteligente, mas também monitorizamos o nível da água, porque a ideia é, pelo menos, daqui há nove meses poder quantificar com quanta água conseguimos aumentar a produção com esse sistema comparando o sistema tradicional”. Sónia Semedo refere que no âmbito do programa “foi desenvolvido dois drones para mapeamento agrícola, sistema híbrido de regra inteligente, onde o agricultor caso queira pode utilizar a regra à mão ou se quiser através de telemóvel pode acionar a regra quando for oportuno”. Um grupo de 10 agricultores da Ribeira de São Filipe, no município da Praia, na ilha de Santiago, foi capacitado para uso de ‘drones’ no mapeamento agrícola, no âmbito do projecto inovador em agricultura inteligente, desenvolvido pela Uni-CV. Esta iniciativa conta com parceiros internacionais, incluindo o Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento e pela Agência Sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional e os agricultores de uma pequena comunidade da cidade da Praia. O projecto piloto pretende preparar o arquipélago para enfrentar os desafios agrícolas como os prolongados ciclos de seca. LUSA - ELTON MONTEIRO
 Por: Odair Santos  RFI Português  03/03/2024  

Cabo Verde: Agricultores recorrem à inteligência artificial

O projecto “Ferramentas de monitorização e Inteligência Artificial para a agricultura inteligente” pretende preparar Cabo Verde para os desafios agrícolas como os prolongados ciclos de seca.

A agricultura inteligente surge como uma solução inovadora e sustentável para enfrentar os desafios singulares de países com escassez de chuvas, como Cabo Verde. A implementação de sistemas de Agricultura Inteligente em Cabo Verde abarca uma diversidade de tecnologias, incluindo a Internet das Coisas (IoT), a Inteligência Artificial (IA) e o uso de drones para mapeamento e monitorização agrícola. 

O projecto inovador em agricultura inteligente está a ser implementado pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV). A coordenadora do projecto, Sónia Semedo explica que “neste projecto temos a regra inteligente, mas também monitorizamos o nível da água, porque a ideia é, pelo menos, daqui há nove meses poder quantificar com quanta água conseguimos aumentar a produção com esse sistema comparando o sistema tradicional”. 

Sónia Semedo refere que no âmbito do programa “foi desenvolvido dois drones para mapeamento agrícola, sistema híbrido de regra inteligente, onde o agricultor caso queira pode utilizar a regra à mão ou se quiser através de telemóvel pode acionar a regra quando for oportuno”.

 Um grupo de 10 agricultores da Ribeira de São Filipe, no município da Praia, na ilha de Santiago, foi capacitado para uso de ‘drones’ no mapeamento agrícola, no âmbito do projecto inovador em agricultura inteligente, desenvolvido pela Uni-CV.

Esta iniciativa conta com parceiros internacionais, incluindo o Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento e pela Agência Sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional e os agricultores de uma pequena comunidade da cidade da Praia.

O projecto piloto pretende preparar o arquipélago para enfrentar os desafios agrícolas como os prolongados ciclos de seca.

A agricultura inteligente surge como uma solução inovadora e sustentável para enfrentar os desafios singulares de países com escassez de chuvas, como Cabo Verde. A implementação de sistemas de Agricultura Inteligente em Cabo Verde abarca uma diversidade de tecnologias, incluindo a Internet das Coisas (IoT), a Inteligência Artificial (IA) e o uso de drones para mapeamento e monitorização agrícola.

O projecto inovador em agricultura inteligente está a ser implementado pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV). A coordenadora do projecto, Sónia Semedo explica que “neste projecto temos a regra inteligente, mas também monitorizamos o nível da água, porque a ideia é, pelo menos, daqui há nove meses poder quantificar com quanta água conseguimos aumentar a produção com esse sistema comparando o sistema tradicional”.

Sónia Semedo refere que no âmbito do programa “foi desenvolvido dois drones para mapeamento agrícola, sistema híbrido de regra inteligente, onde o agricultor caso queira pode utilizar a regra à mão ou se quiser através de telemóvel pode acionar a regra quando for oportuno”.

Um grupo de 10 agricultores da Ribeira de São Filipe, no município da Praia, na ilha de Santiago, foi capacitado para uso de ‘drones’ no mapeamento agrícola, no âmbito do projecto inovador em agricultura inteligente, desenvolvido pela Uni-CV.

Esta iniciativa conta com parceiros internacionais, incluindo o Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento e pela Agência Sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional e os agricultores de uma pequena comunidade da cidade da Praia. O projecto piloto pretende preparar o arquipélago para enfrentar os desafios agrícolas como os prolongados ciclos de seca.

Popular ator nigeriano John Okafor morre aos 62 anos

© Reprodução/Instagram

POR LUSA    03/03/24 

O ator nigeriano John Okafor, estrela de Nollywood (a indústria cinematográfica da Nigéria), popularmente conhecido como "Mr. Ibu", morreu aos 62 anos, anunciou hoje o presidente do Sindicato dos Atores do país africano, Emeka Rollas Ejezie.

"'Mr Ibu' sofreu uma paragem cardíaca, de acordo com o agente que geria a sua carreira há 25 anos, Don Single Nwuzor. Anuncio com profunda dor que 'Mr Ibu' não sobreviveu. Que a sua alma descanse em paz", escreveu Ejezie, na noite de sábado, numa mensagem divulgada na conta pessoal na rede social Instagram e publicada hoje pela imprensa local.

O ator, especializado em comédia, morreu no sábado enquanto recebia tratamento num hospital de Lagos, capital económica da Nigéria, depois de sofrer uma paragem cardíaca.

Okafor atuou em mais de 200 filmes de Nollywood, incluindo "Mr. Ibu", "Mr. Ibu and His Son", "Coffin Producers", "Husband Suppliers" e "Mr. Ibu in London", entre outros.

Antes da carreira no cinema, o comediante, que se casou duas vezes e teve mais de dez filhos, foi pugilista, treinador de futebol e praticante de karaté.

Em 2012, o ator fez alguns comentários polémicos ao descrever a homossexualidade em Nollywood como um "vírus".

"Se há alguma maneira neste mundo de as pessoas forçarem vocês [homossexuais] a deterem ou a matarem o vírus, por favor façam-no", acrescentou o comediante, num país onde a homossexualidade é perseguida e constitui um crime que acarreta penas de até 14 anos de prisão.

Entre outras manifestações de luto, o principal líder da oposição e ex-vice-presidente da Nigéria, Atiku Abubakar, lamentou hoje a "grande perda" do ator para Nollywood, depois de ter proporcionado "momentos felizes no entretenimento" durante décadas.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA INICIA VISITA DE TRABALHO A ISRAEL

A convite do seu homólogo israelita, S.E Isaac Herzog, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, chegou hoje a Tel Aviv para uma visita de trabalho. 
🇬🇼🇮🇱
  Junior Gagigo  / Presidência da República da Guiné-Bissau

Quer emagrecer? Tente não comer estes alimentos de manhã... Médico enumera os alimentos a evitar. Tome nota!

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   03/03/24 

Muitos consideram o pequeno-almoço a refeição mais importante do dia. Concorda? Por exemplo, Michael Mosley, médico e autor, citado no Mirror, concorda e, além disso, menciona frequentemente a importância de comer os alimentos certos de manhã, algo especialmente importante quando está a tentar emagrecer. 

Segundo o especialista, deve mesmo "reduzir o açúcar, as bebidas e as sobremesas", ou seja, isto inclui "a maioria dos cereais de pequeno-almoço, que estão normalmente cheios de açúcar, assim como a maioria dos batidos e 'smoothies' comerciais".

Para além disso, o médico aconselha que evite os "hidratos de carbono ricos em amido", categoria que inclui coisas como o pão branco. Explica ainda que idealmente deve comer pães integrais como o de centeio.


Leia Também: O 'segredo' para emagrecer? Comer feijões pode ajudar

Mudança no código genético pode explicar como os humanos perderam a cauda

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Por  SIC Notícias/Lusa

Cientistas norte-americanos querem testar a teoria de que, numa "antiga compensação evolutiva", a perda de cauda em humanos contribuiu para os defeitos congénitos no tubo neural, como a espinha bífida.

Uma alteração genética nos ancestrais humanos pode explicar em parte por que os humanos não têm cauda, sugere um estudo hoje divulgado que é capa da revista científica Nature.

O estudo, liderado por cientistas da Faculdade de Medicina Grossman da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, comparou o ADN (código genético) de símios sem cauda (como gorilas, chimpanzés e orangotangos) e o ADN de humanos com o ADN de macacos com cauda e revelou uma inserção de ADN partilhada por símios e humanos, mas ausente em macacos.

Em laboratório, a equipa manipulou geneticamente ratinhos, para verificar se a inserção num gene chamado TBXT afetava as suas caudas, e detetou vários efeitos, com alguns roedores a nascerem sem cauda.

Os cientistas sustentam que as diferenças nos comprimentos de cauda encontradas não surgiram de mutações no gene TBXT, mas da inserção de um fragmento de ADN chamado AluY no código regulador do gene nos antepassados dos símios e humanos, refere a Universidade de Nova Iorque em comunicado.

A nota salienta que os genes influenciam frequentemente mais do que uma função no corpo, pelo que "alterações que trazem uma vantagem num local podem ser prejudiciais noutro".

Aumento nos defeitos do tubo neural

Os autores do estudo detetaram um pequeno aumento nos defeitos do tubo neural (estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal) nos ratinhos manipulados geneticamente.

Em futuras experiências, a equipa quer testar a teoria de que, numa "antiga compensação evolutiva", a perda de cauda em humanos contribuiu para os defeitos congénitos no tubo neural, como a espinha bífida, observados atualmente em "um em cada mil neonatos humanos".

O líder do partido conservador da Dinamarca, Soren Pape Poulsen, morreu no sábado, aos 52 anos, após sofrer um enfarte durante um congresso do seu partido no munícipio de Vejen, informou o De Konservative.

© Lusa

POR LUSA   03/03/24 

 Líder do partido conservador dinamarquês morre após enfarte num congresso

O líder do partido conservador da Dinamarca, Soren Pape Poulsen, morreu no sábado, aos 52 anos, após sofrer um enfarte durante um congresso do seu partido no munícipio de Vejen, informou o De Konservative. 

Pape, que liderava o De Konservative desde 2014, desmaiou na sexta-feira, enquanto participava no congresso, e foi internado no Hospital Universitário de Odense, onde, apesar das tentativas para o salvar, acabou por morrer no sábado.

"Desmaiou a meio daquilo a que tinha dedicado a sua vida", lê-se numa mensagem publicada no 'site' do seu partido, que integra o Partido Popular Europeu (PPE).

"Estava a falar connosco sobre políticas para a terceira idade e abordagens de política externa e a última coisa que sentiu foi uma grande salva de palmas dos seus colegas de partido", acrescentou o De Konservative.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, reagiu à morte de Pape recordando-o, numa mensagem nas suas redes sociais, como alguém cheio de humor e com consciência, empenhado e "conservador de corpo e alma".

Nascido em 1971, em Bjerringbro, Pape foi candidato a primeiro-ministro nas eleições de 2022, nas quais os conservadores obtiveram apenas 5,5% dos votos e 10 lugares, em parte devido às histórias difundidas sobre a sua vida privada antes das eleições.

Anteriormente, Pape tinha sido ministro da Justiça, entre 2016 e 2019, no gabinete da aliança liberal-conservadora liderada pelo primeiro-ministro Lars Lokke Rasmussen.


Navio afundado após ataque dos Huthi tinha 21.000 toneladas de amónio

© Israel Defense Forces/Anadolu via Getty Images

POR LUSA    03/03/24 

Os Estados Unidos disseram hoje que o cargueiro Rubymar, que se afundou no sábado no mar Vermelho após ser atacado por rebeldes huthis há duas semanas, transportava 21.000 toneladas métricas do fertilizante químico sulfato de amónio, altamente tóxico.

Em comunicado, o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) refere que o fertilizante representa "um risco ambiental no mar Vermelho" e que o navio afundado "representa também um risco de impacto para outros navios que transitam nas movimentadas rotas marítimas daquela via navegável".

Os EUA, que lideram a coligação naval no mar Vermelho para salvaguardar o comércio internacional na via navegável, acusaram os huthis, apoiados pelo Irão, de serem uma "ameaça crescente às atividades marítimas globais".

No sábado, o Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, que está a enfrentar os huthis, disse que o naufrágio representa "uma catástrofe ambiental sem precedentes".

O navio de bandeira britânica e pavilhão do Belize afundou-se completamente devido às condições meteorológicas no mar e aos ventos fortes, de acordo com o Governo iemenita, que atribuiu o desastre à falta de resposta da comunidade internacional para manter o navio à superfície e esvaziar a sua carga.

Os rebeldes huthi atacaram cerca de meia centena de navios desde novembro, causando vários danos, mas o Rubymar é o primeiro navio a afundar-se em resultado de uma operação dos rebeldes.

De acordo com as autoridades iemenitas, o navio era gerido por um cidadão sírio e a sua tripulação era composta por 24 pessoas - 11 sírios, seis egípcios, três indianos e quatro filipinos - que foram evacuados para Djibuti.

As águas iemenitas do mar Vermelho estiveram à beira de uma nova catástrofe ambiental após a decomposição do FSO Safer, encalhado ao largo da costa do Iémen desde 1988 e cujas operações de transferência dos mais de 1,14 milhões de barris de petróleo que continha foram concluídas com êxito em meados de agosto de 2023.



Leia Também: O navio Rubymar, carregado com milhares de toneladas de fertilizantes, afundou-se no mar Vermelho depois de ter sido atacado em meados de fevereiro pelos rebeldes huthis do Iémen, anunciou hoje o governo iemenita, reconhecido internacionalmente.

BURKINA FASO: Cerca de 170 pessoas executadas em ataques a aldeias no Burkina Faso

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POR LUSA   03/03/24 

Cerca de 170 pessoas foram "executadas" há uma semana durante "ataques assassinos em massa" em três aldeias do norte do Burkina Faso, anunciou o procurador público de Ouahigouya num comunicado divulgado hoje.

O procurador Aly Benjamin Coulibaly diz ter sido informado em 25 de fevereiro de "ataques assassinos em massa (que) teriam sido cometidos nas aldeias de Komsilga, Nodin e Soroe", na província de Yatenga, na região norte do Burkina Faso.

"As mesmas fontes indicaram que o balanço global provisório era de cerca de 170 pessoas executadas, para além dos feridos e de vários outros danos materiais relacionados", acrescentou.

Segundo refere, "tendo em conta a gravidade e as circunstâncias de todos estes relatos e informações, o Ministério Público encarregou o seu departamento de investigação criminal de abrir um inquérito para esclarecer os factos".

Aly Benjamin Coulibaly apelou "a quem tiver informações sobre estes factos que as transmita" ao Ministério Público e/ou à polícia.

O responsável acrescentou ainda que uma equipa de investigadores visitou as várias aldeias em causa no dia 29 de fevereiro para "fazer todas as avaliações necessárias e recolher todos os elementos de prova".

De acordo com habitantes locais contactados pela agência francesa AFP, os sobreviventes afirmaram que entre as vítimas estão dezenas de mulheres e crianças pequenas.

Estes ataques contra três aldeias do Norte são distintos dos que foram perpetrados no mesmo dia contra uma mesquita em Natiaboani (Leste) e uma igreja em Essakane-village (Norte), que fizeram "dezenas de mortos", segundo disseram à AFP fontes locais e de segurança.

Não foram avançados números oficiais sobre estes ataques.

O Burkina Faso enfrenta desde 2015 atos de violência jihadista atribuídos a movimentos armados afiliados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, que fizeram perto de 20.000 mortos e mais de dois milhões de deslocados internos.



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Dermatologista explica como prevenir os cabelos brancos... São algumas dicas que podem ajudar. Claro que é algo inevitável, mas poderá acontecer só mais tarde. Saiba tudo.

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Notícias ao Minuto   02/03/24 

Existe uma altura da vida em que começa a ficar com mais cabelos brancos. Nuns caos é mais cedo, noutros mais tarde, mas tudo depende de vários fatores. Ainda assim, existem formas de conseguir preveni-los.

O 'website' Health Shots falou com a dermatologista Rinky Kapoor para conhecer alguns truques para evitar o aparecimento de cabelos brancos tão cedo. Saiba tudo.

  • 1- Ter uma dieta equilibrada, rica em vitaminas, minerais e antioxidantes;
  • 2- Reduza o stress com meditação, ioga ou exercícios de respiração;
  • 3- Evite tratamentos químicos abrasivos para o cabelo;
  • 4- Faça massagem regulares ao couro cabeludo;
  • 5- Proteja o cabelo da poluição e da radiação solar;
  • 6- Beba bastante água;


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SENEGAL: Centenas de manifestantes exigem presidenciais no Senegal em abril

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POR LUSA 

Várias centenas de manifestantes exigiram hoje na capital do Senegal, Dacar, a realização das eleições presidenciais antes de 02 de abril, data em que termina o mandato do atual Presidente, Macky Sall.

O Senegal está mergulhado numa grave crise política desde que o chefe de Estado adiou as eleições presidenciais, inicialmente marcadas para 25 de fevereiro.

Este adiamento, denunciado como um "golpe de Estado constitucional" pela oposição, causou a indignação na opinião pública e manifestações que já provocaram quatro mortos. O Conselho Constitucional derrubou, finalmente, a proposta de Sall e o país tem estado desde então à espera de uma nova data para as eleições.

A pedido da "Frente de Resistência", uma união da sociedade civil e de organizações da oposição criada na quinta-feira, várias centenas de pessoas reuniram-se hoje num vasto terreno arenoso num bairro da classe trabalhadora da capital senegalesa.

Muitos deles usavam as cores do Senegal e agitavam fotos do opositor Ousmane Sonko, detido desde o final de julho, por "apelar à insurreição", e privado de concorrer às eleições presidenciais, depois de a sua candidatura ter sido considerada inválida. Sonko apoia agora a eleição de Bassirou Diomaye Faye, também detido, mas cuja candidatura foi aceite.

"Queremos que haja eleições antes de 02 de abril com os 19 candidatos selecionados pelo Conselho Constitucional e que a democracia senegalesa continue a brilhar", explicou Assane Camara, um comerciante de 27 anos.

"Macky Sall ditador", "Free Sonko", gritavam os manifestantes, que repetidamente cantavam uma canção em homenagem ao opositor do Presidente, "Sonko namenaaalaa" ("Sentimos a tua falta, Sonko", em Ouolof).

Vários responsáveis políticos que representam os candidatos às eleições dirigiram-se à multidão.

"O que pedimos ao Presidente Macky Sall é que organize as eleições antes de 02 de abril e que entregue pessoalmente as chaves do palácio ao seu sucessor, para que possamos começar a reconstruir o nosso país", declarou Aminata Touré, antiga primeira-ministra, e membro da coligação "Presidente Bassirou".

Um diálogo nacional, organizado no início da semana pelo Presidente e boicotado pela oposição, recomendou a organização das eleições em 02 de junho. O chefe de Estado indicou que iria encaminhar estas recomendações "para parecer" ao Conselho Constitucional.


Rússia anuncia mais meios devido a adesão de Finlândia e Suécia à NATO

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POR LUSA   

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou hoje que serão mobilizados mais recursos militares como resposta às adesões da Finlândia e da Suécia à NATO.

Lavrov destacou os distritos militares de Moscovo e Leningrado, para onde "serão destacadas forças adequadas aos desafios à segurança da Federação Russa que possam surgir dos territórios da Finlândia e da Suécia".

O chefe da diplomacia Russa fez estas declarações a partir do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia, onde lamentou que Helsínquia e Estocolmo tenham mudado "décadas de boa vizinhança" e neutralidade com a sua entrada na Aliança Atlântica.

Lavrov também garantiu que a Rússia está disposta a sentar-se para negociar com a Ucrânia, embora tendo sempre em conta os seus legítimos interesses e a legalidade internacional.

"A crise terminará quando Kiev começar a cumprir as normas mais básicas do direito internacional, incluindo o respeito pelos direitos humanos", sublinhou, embora tenha alertado que a Rússia "não tem o direito ou a opção de trair o povo russo do Donbass, de Novorosia".

Lavrov também denunciou uma atitude "agressiva" dos Estados Unidos e dos seus aliados e citou como exemplo uma fuga de conversas dentro das Forças Armadas alemãs nas quais se especula um ataque à ponte de Kerch, que liga Krasnodar à Crimeia, uma "revelação" sobre as posições distantes entre o Governo alemão, liderado por Olaf Scholz, e as Forças Armadas alemãs.

Esta posição é para tentar distanciar a Arménia da Rússia e prolongar o conflito na Palestina, onde alertou para a "limpeza étnica".

Para Lavrov, a única solução para o conflito israelo-palestiniano é a "implementação das resoluções da ONU" e a "criação de um Estado palestiniano".

Washington e outros governos ocidentais estão a "minar" esta criação de um Estado, "deixando tudo como está", razão pela qual alertou que um êxodo da população de Gaza concentrada em Rafah para o Egito é "inaceitável".

"Seria uma limpeza étnica de facto", frisou.

O chefe da diplomacia russa também propôs que a Al Fatah e o Hamas se reconciliassem e unissem forças na Organização para a Libertação da Palestina (OLP).



Leia Também: O chanceler alemão advertiu hoje que a União Europeia (UE) não vai enviar militares para a Ucrânia e que ninguém quer uma guerra entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e a Rússia.