sábado, 27 de janeiro de 2024

"Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental, razão pela qual as empresas chinesas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir". disse o Embaixador da República Popular de China _Guo Ce...

 Embaixador Guo Ce: “SENSIBILIZAMOS EMPRESAS CHINESAS QUE A GUINÉ-BISSAU É PAÍS SEGURO PARA INVESTIR”

 O DEMOCRATA  26/01/2024 

O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, disse que a embaixada que dirige fez um trabalho de sensibilizar e informar as empresas chinesas e mais outras interessadas no mercado guineense que atualmente a Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental, razão pela qual essas empresas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir para além da comercialização da castanha de cajú e a criação das fábricas de transformação deste produto, energia entre outros setores. 

“Sabemos que no dia 01 de dezembro de 2023 registou-se um conflito neste país. Esta situação levou algumas empresas chinesas que planeavam visitar a Guiné-Bissau e fazer o reconhecimento do mercado a cancelar a deslocação para a Guiné, por causa daquela situação. A embaixada fez um trabalho de sensibilizar e informar àquelas empresas e mais outras interessadas no mercado guineense que atualmente a Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental. Essas empresas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir para além da comercialização da castanha e a criação das fábricas de transformação deste produto, energia entre outros setores” assegurou o diplomata, durante a entrevista conjunta concedida ao Jornal O Democrata e à Rádio Nacional para falar sobre o estado da cooperação bilateral entre os dois países, como também do interesse de empresários chineses na castanha de cajú da Guiné Bissau. 

“A Guiné-Bissau é um dos maiores produtores mundiais da castanha de cajú e a qualidade da castanha de cajú também está entre as melhores, o que atende às necessidades do mercado chinês. Na verdade, entre as castanhas de cajú importadas pela China, é provável que seja a castanha da Guiné-Bissau que foi transformada pelo Vietname e outros países. Estamos a trabalhar agora para limpar todos os obstáculos e permitir que a castanha de cajú da Guiné-Bissau seja vendida na China, sem passar por Vietname”, disse, acrescentando que o seu governo enviará à Guiné uma missão técnica que virá analisar localmente a castanha de cajú e o ambiente dos negócios, tendo assegurado que acredita que nos meados dos meses de junho e julho é possível que seja assinado o protocolo de acordo que permitirá a exportação da castanha de cajú da Guiné-Bissau para a China.

O Democrata (OD): Já se passaram quase três anos do seu exercício na Guiné-Bissau, como Embaixador da República Popular da China. Um exercício marcado por muitas intervenções em diferentes setores, mas particularmente a nível social. Que avaliação faz do estado da cooperação entre a China e a Guiné-Bissau?

Guo Ce (GC): Servi por três anos na Guiné-Bissau como embaixador, estou muito impressionado e pude testemunhar com os meus próprios olhos o desenvolvimento em vários setores e o aprofundamento da amizade Sino-Guineense.

Ao longo dos três anos, apesar da conjuntura internacional, as relações Sino-Guineense têm-se melhorado significativamente, graças aos esforços de ambas as partes, à confiança política mútua. Tem aumentado progressivamente e as cooperação prática em diversas áreas é frutívora.

De um lado, a Guiné-Bissau vai respondendo positivamente às principais iniciativas propostas pela China, nomeadamente as iniciativas de um futuro compartilhado, de desenvolvimento, de segurança e da civilização global e tem apoiado firmemente a posição da China nas organizações multilaterais, por isso agradecemos à Guiné-Bissau pelos apoios que nos tem dado nas organizações internacionais.

Nos últimos três anos, a China também prestou alguns apoios para o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Concluímos com sucesso o projeto de reflexão da conferência internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a construção do porto de Alto Bandim, em Bissau, e a reabilitação da sede da Assembleia Nacional Popular (ANP).

O projeto de construção da autoestrada Bissau/Safim também está a progredir significativamente. Em 2023 registamos destaques importantes na nossa cooperação e a Guiné-Bissau foi à China e pela primeira vez conseguiu montar a sua estrutura na sexta exposição nacional da importação da China.

O presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, condecorou a equipa médica chinesa no âmbito do sexagésimo aniversário da primeira equipa médica chinesa ao exterior e cerca de 140 oficiais guineenses visitaram ou fizeram formações na China no ano passado.  Tudo isso revela que, apesar das nossas diferenças geográficas, a China e a Guiné-Bissau são bons amigos e bons cidadãos que cuidam um do outro e se ajudam mutuamente.  

OD: O país tem um novo governo, embora mantenha-se o titular dos negócios estrangeiros, o interlocutor direto do Embaixador. Após o começo do novo ano, quais são as perspectivas da cooperação Sino-Guineense?

GC: Sobre o interesse dos empresários chineses à castanha de cajú guineense devo dizer-lhe que o processo está a progredir de forma consciente e esperemos que até à primeira metade de 2024 as alfândegas da China enviem uma missão de técnicos chineses a visitar o país e proceder às investigações no local.

A parte chinesa espera que tudo corra bem e que possamos assinar oficialmente um protocolo nos primeiros seis meses de 2024.

A construção da autoestrada Bissau/Safim deve ser concluída até agosto deste ano e até julho a segunda missão de técnicos agrícolas chineses chegará ao país, para continuar a desenvolver ações nas áreas técnico-agrícolas.

Também está prevista para este ano a vinda da nova missão médica chinesa. Além disso, estamos discutir um acordo com a parte guineense sobre a implementação de projetos como a peixicultura e produtos pecuários para a Guiné-Bissau.

A Guiné-Bissau como um país amigo vou promover uma visita para o Presidente da República e o primeiro-ministro para visitarem a China e a sua participação nas conferências internacionais.     

 OD: No final do mês passado, a China realizou a Conferência Central sobre o Trabalho Relacionado com os Negócios Estrangeiros. Que impacto terá na cooperação China-Guiné-Bissau? Reparamos que o conceito de Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade é um conteúdo importante da Conferência. Há perspectivas de envolver a imprensa nacional para a disseminação do grande projeto chinês, “Futuro Compartilhado” e que mecanismos a Embaixada pretende utilizar para envolver a mídia guineense?

GC: Agradeço-lhe pela questão. No ano passado todos os embaixadores e chefes de missão diplomática chinesa em todo o mundo voltaram para Pequim, capital da China, para assistir a esta conferência. A diplomacia chinesa é guiada pelo pensamento de Xi Jinping sobre a diplomacia e a conferência.

É imperativo e é um costume formar uma comunidade com futuro compartilhado para a comunidade. O objetivo é construir um mundo aberto, inclusivo, lindo e belo com paz duradoura e segurança universal.    

A China propôs essa iniciativa, futuro compartilhado para a comunidade, para o desenvolvimento, segurança e a civilização global. A Guiné-Bissau e a China já assinaram um memorando de entendimento sobre a iniciativa, uma faixa e uma rota, para pôr em prática o conceito comunitário de futuro compartilhado para a unidade.

A China está disposta a reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau no âmbito do conceito comunitário de futuro compartilhado, a iniciativa uma faixa e uma rota e as três iniciativas globais.

A conferência esclareceu que a China apela para um mundo multipolar, equitativo e ordinário, uma globalização económica universalmente benéfica e inclusiva, porque o mundo multipolar, equitativo e ordinário não é composto apenas pelos grandes países, mas também um mundo em que países em via de desenvolvimento ou emergentes são partes iguais.

O iluminismo e a geopolítica reforçam as autoridades a prática do verdadeiro multilateralismo e uma globalização económica universalmente benéfica e inclusiva é aquela que atende às necessidades comuns de todos os países em vias de desenvolvimento, promove a liberalização, a facilitação do comércio e o investimento.

 A globalização económica vai disponibilizar mais acesso aos produtos guineenses no mercado internacional e vai trazer, com certeza, mais dinâmica para o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau. 

Por exemplo, a China está a promover em conjunto com a Guiné-Bissau a exportação da castanha deste país à China, uma demonstração concreta da globalização económica e a liberalização do comércio.  

OD: Desde a retoma da cooperação bilateral entre os dois países em 2000, a relação está e continua estritamente a nível público. É possível explorar o setor privado, sobretudo convidando o setor privado chinês a investir na Guiné-Bissau? Qual é o fator determinante que está a condicionar o investimento do setor privado chinês na Guiné-Bissau, para além do investimento que se regista no setor pesqueiro…

GC: De acordo com a estatística chinesa, atualmente o stock de investimentos da China na Guiné-Bissau se estima-se em mais de 20 milhões de dólares norte-americanos incluindo os investimentos das empresas privadas. Ainda de acordo com o nosso conhecimento, as empresas chinesas, quer estatais, quer as privadas, prestam muita atenção e importância ao mercado da Guiné-Bissau. 

Estas empresas estão a buscar a oportunidade de investimento na Guiné-Bissau nas várias áreas, sobretudo nos setores da energia fotovoltaica, castanha de cajú e no setor pesqueiro. Eu acredito que nas áreas das infraestruturas, agricultura e outros setores, os nossos países têm ainda muitos espaços para cooperar. A embaixada tomou a iniciativa de encorajar as empresas privadas para investirem na Guiné-Bissau. 

As empresas privadas chinesas que querem investir na Guiné-Bissau estão reticentes em fazer grandes investimentos, por causa da instabilidade política, golpes de Estado e conflitos. Eu quero frisar que os golpes de Estados ou conflitos registados neste país vão afastar as empresas ou grupos de empresas que querem investir pesado na Guiné-Bissau. Queremos realçar aqui o bom ambiente político registado nos últimos anos e que oferece as pré-condições para o desenvolvimento económico neste país. 

Sabemos também que no dia 01 de dezembro de 2023 registou-se um conflito neste país. Esta situação levou algumas empresas chinesas que planeavam visitar a Guiné-Bissau e fazer o reconhecimento do mercado a cancelar a deslocação para a Guiné, por causa daquela situação. A embaixada fez um trabalho de sensibilizar e informar aquelas empresas e mais outras interessadas no mercado guineense que atualmente a Guiné-Bissau é o país mais seguro na região da África Ocidental. Essas empresas estão agora a pensar visitar a Guiné e fazer a prospecção do mercado e saber em que áreas podem investir para além da comercialização da castanha e a criação de fábricas de transformação deste produto, energia entre outros. 

Outro fator que condiciona o investimento de empresários na Guiné é o ambiente jurídico, lamentado pelos empresários que querem investir nesta terra. O governo deve engajar-se em trabalhar na política que facilita o investimento estrangeiro e a criação de serviços sociais completos e capazes de atrair investimento estrangeiro. O terceiro fator são as condições das infraestruturas…

Sabemos com a alegria que daqui a dois ou três meses a Guiné-Bissau vai resolver o problema de abastecimento da eletricidade a nível nacional. Esta é uma boa notícia para os investidores chineses que se sentirão encorajados para investir pesado neste país e precipitarão os investimentos na construção de fábricas de transformação da castanha de cajú. Para além disso, vimos também o esforço do governo em melhorar as condições das estradas, portos e outras infraestruturas e acreditamos que isso será importante para atrair o investimento estrangeiro. 

De facto as condições da Guiné estão a melhorar e a situação económica também. Nós vamos comunicar todas essas informações aos investidores chineses. 

OD: Os guineenses continuam a aguardar com muita expectativa uma intervenção robusta da classe empresarial chinesa na campanha de cajú desde ano. Sr. Embaixador, é possível a participação do setor privado chinês na campanha da castanha de cajú este ano?  

GC: Cada vez que vou de férias a China, levo comigo a castanhas de cajú para a minha família e meus amigos como presente. Digo a minha família e aos meus amigos que a castanha de cajú da Guiné-Bissau é de melhor qualidade no mundo. De facto há muitas variedades da castanha de cajú provenientes de diferentes países no mercado chinês e acredito que até é a castanha da Guiné que vem do Vietnam. 

Segundo as estatísticas, em 2021, as importações de castanha de cajú da China foram aproximadamente 400 000 toneladas, com um valor total superior a 6,2 bilhões de dólares norte-americanos, e mantém-se a tendência de crescimento em 2022 e 2023. A Guiné-Bissau é um dos maiores produtores mundiais da castanha de cajú e a qualidade da castanha de cajú também fica entre as melhores, o que atende às necessidades do mercado chinês. Na verdade, estre as castanhas de cajú importadas pela China, é provável que seja o cajú da Guiné-Bissau que foi transformado pelo Vietnam e outros países. 

Estamos a trabalhar agora para limpar todos os obstáculos e permitir que as castanhas da Guiné-Bissau sejam vendidas na China sem passar por Vietnam. A China enviará para a Guiné uma missão de técnicos que virão para analisar localmente a castanha e o ambiente do negócio. Esperamos que nos meados dos meses de junho e julho possamos assinar o protocolo da exportação da castanha de cajú da Guiné-Bissau para a China. 

Até agora várias empresas chinesas demonstram interesse em comprar a castanha e algumas querem vir fazer investigações sobre a viabilidade de construir fábricas de transformações da castanha. O fator determinante para a assinatura do protocolo de acordo para a exportação da castanha de cajú para a China é a qualidade do cajú guineense e o ambiente de investimento que a Guiné-Bissau oferece. O que nós podemos fazer é trabalhar afincadamente para a assinatura do protocolo de acordo. 

OD: Perspetiva-se a assinatura do protocolo de acordo para a exportação da castanha de cajú entre os meses de junho e julho, mas na Guiné-Bissau, a campanha de comercialização da castanha decorre entre março, abril e maio e já no junho se começa a exportação. Isto quer dizer que pode-se contar com as empresas chinesas só no próximo ano?

GC: Tudo vai depender dos resultados da equipa técnica a ser enviada para a investigação no terreno e que chegará no mês de abril deste ano. Se estes técnicos derem um resultado favorável e se chegarmos ao consenso quanto à assinatura do acordo, acredito que será possível exportar a castanha de cajú da Guiné-Bissau para a China ainda este ano. 

OD: A imprensa guineense e particularmente (imprensa amigo da China) reconhece o apoio recebido da Embaixada, mas continua a sonhar com apoios financeiros da China para a execução dos seus projetos. Senhor, é possível contar com o apoio financeiro da Embaixada para a execução de projetos?

GC: Agradecemos o apoio que a media guineense dá à cooperação e relações amistosas entre a China e a Guiné-Bissau. Agradecemos ainda os apoios que a media dá aos assuntos como a um cinturão e uma rota, bem como na divulgação de informações verdadeiras e favoráveis à China sobre este assunto.

A parte chinesa está disposta a convidar cada vez mais jornalistas estrangeiros, incluindo guineenses, a visitar e fazer formação na China, fazendo-os conhecer uma China verdadeira e mais vivida. No ano passado, a China convidou vários jornalistas da Guiné-Bissau a visitar a China e recebemos respostas favoráveis. Este ano, a China vai continuar a convidar jornalistas da Guiné-Bissau para visitarem a China. 

A media guineense é sempre bom amigo da Embaixada da China, e tem mantido boas relações de cooperação conosco. Estamos dispostos a oferecer mais apoio para a imprensa guineense no futuro. 

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú                     

O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, saudou hoje os Estados Unidos por suspenderem temporariamente o financiamento à agência de refugiados da ONU (UNRWA), após vários dos seus funcionários terem sido acusados de trabalhar para o grupo islamita Hamas.

© JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA   26/01/24 

Israel agradece aos EUA por deixarem de financiar UNRWA

O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, saudou hoje os Estados Unidos por suspenderem temporariamente o financiamento à agência de refugiados da ONU (UNRWA), após vários dos seus funcionários terem sido acusados de trabalhar para o grupo islamita Hamas.

"Obrigado à administração americana pela sua liderança e por ter dado um passo importante para responsabilizar a UNRWA", afirmou Gallant num comunicado divulgado pelo seu gabinete, no qual afirma que pelo menos uma dúzia de funcionários da organização estiveram envolvidos no ataque do Hamas de 07 de outubro que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns em Israel.

"São 'trabalhadores humanitários', com salários pagos por donativos internacionais e com sangue nas mãos. São necessárias mudanças importantes para que os esforços, os fundos e as iniciativas humanitárias internacionais não alimentem o terrorismo do Hamas e a morte de israelitas", acrescentou.

Yoav Gallant descreveu a situação como "terrorismo disfarçado de trabalho humanitário", considerando-a uma "vergonha para a ONU" e para os seus princípios.

O Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, anunciou hoje que irá rescindir imediatamente os contratos de vários funcionários depois de as autoridades israelitas terem fornecido "informações sobre o alegado envolvimento de vários funcionários da UNRWA nos terríveis ataques contra Israel em 07 de outubro".

Lazzarini disse ainda que vai também lançar uma investigação "para estabelecer a verdade sem demora" e "para proteger a capacidade da Agência de prestar assistência" na Faixa de Gaza, onde 85% da população (1,9 milhões de habitantes) está deslocada e a viver uma crise humanitária sem precedentes.

Na sequência do anúncio, os Estados Unidos decidiram suspender temporariamente o seu financiamento à UNRWA. "Os Estados Unidos estão extremamente preocupados com as alegações de que doze funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos no ataque terrorista do Hamas a Israel", afirmou o Departamento de Estado em comunicado.

No entanto, o governo americano reconheceu que a agência tem desempenhado até agora "um papel crítico" na prestação de assistência aos palestinianos, com alimentos e medicamentos, e tem "salvado vidas".

A Comissão Europeia (CE) e o Alto Representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Josep Borrell, disseram hoje que a UNRWA deverá oferecer "transparência total" e tomar "medidas imediatas" em relação ao pessoal que Israel alega estar envolvido no ataque do Hamas, apesar de considerarem aquela entidade "um parceiro crucial da comunidade internacional".

"Estamos extremamente preocupados com as alegações de envolvimento do pessoal da UNRWA nos ataques terroristas de 7 de outubro em Israel", afirmaram a CE e Josep Borrell em comunicado conjunto, deixando um aviso: "A Comissão avaliará os próximos passos e tirará conclusões com base nos resultados da investigação completa e exaustiva".


O provedor de Justiça ucraniano, Dmytro Lubinets, formalizou hoje um pedido à Cruz Vermelha para que esclareça se foi informada por Moscovo de que prisioneiros ucranianos iam ser transportados no avião militar que caiu em Belgorod.

© STRINGER/AFP via Getty Images

POR LUSA    26/01/24 

 Kyiv insta Cruz Vermelha a esclarecer se avião russo levava prisioneiros

O provedor de Justiça ucraniano, Dmytro Lubinets, formalizou hoje um pedido à Cruz Vermelha para que esclareça se foi informada por Moscovo de que prisioneiros ucranianos iam ser transportados no avião militar que caiu em Belgorod.

Moscovo afirma que 65 prisioneiros de guerra ucranianos que seriam trocados naquele mesmo dia morreram no incidente, juntamente com três soldados russos que os guardavam e seis tripulantes.

Segundo a versão russa, o avião foi abatido perto da aldeia russa de Yablonovo, a 45 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, na região de Belgorod por mísseis disparados pela Ucrânia, que não confirmou nem negou esta afirmação.

Kiev acredita que o avião não transportava prisioneiros de guerra, mas sim mísseis.

"Quero receber uma resposta oficial do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) sobre se a Federação Russa informou que transportaria prisioneiros de guerra ucranianos desta ou daquela forma", frisou Lubinets, em declarações à Liberty.

O Provedor de Justiça de Kiev observou que as partes envolvidas nas trocas de prisioneiros são legalmente obrigadas a informar a Cruz Vermelha sobre como são transferidos para o local de troca.

Lubinets também insistiu hoje que a Rússia não comunicou oficialmente quaisquer nomes dos 65 prisioneiros de guerra ucranianos que morreram no incidente.

Segundo os serviços secretos ucranianos, a Rússia ainda não forneceu qualquer informação sobre as alegadas vítimas ucranianas do incidente.

Segundo o porta-voz das informações ucranianas, Andri Yusov, as autoridades russas deveriam ter informado o CICV sobre a identidade e o estado de saúde dos prisioneiros que supostamente seriam trocados.

Yusov frisou também que a aeronave também deveria transportar diversas figuras relevantes da esfera política e militar russa, mas acabaram por não embarcar.

O Presidente russo Vladimir Putin acusou hoje as forças ucranianas de abaterem por "engano ou deliberadamente" um avião de transporte militar Il-76 na zona fronteiriça, acrescentando que os serviços secretos do Exército ucraniano sabiam que iam a bordo 65 militares ucranianos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

ENCONTRO DO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA.

Embaixador israelita acusa ONU de ser "arma dos nazis modernos"

© Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   26/01/24 

O embaixador israelita junto da ONU, Gilad Erdan, acusou hoje toda a estrutura das Nações Unidas de se ter "convertido numa das armas do arsenal dos nazis modernos" contra Israel.

Com uma enorme estrela amarela na lapela - como a imposta aos judeus na Alemanha nazi - Erdan foi um dos principais oradores na cerimónia da ONU em memória das vítimas do Holocausto, e aproveitou o seu discurso para criticar as Nações Unidas e todos as seus agências num tom muito irritado.

A partir da tribuna da Assembleia-Geral, Erdan comparou o Holocausto ao ataque que o grupo islamita Hamas realizou em 07 de outubro passado contra Israel, e sublinhou a natureza "genocida" desse ataque contra o povo judeu, mas reservou as suas maiores críticas contra a própria ONU.

"Até hoje, nenhuma instituição da ONU condenou os ataques", alegou Erdan, embora a Organização o tenha feito em numerosas ocasiões.

O diplomata referiu-se posteriormente ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia, que hoje ordenou a Israel que evite um genocídio em Gaza e anunciou que vai avançar com uma investigação às acusações de genocídio contra a população palestiniana no enclave.

"Mesmo o Tribunal Internacional de Justiça (...) não se sentiu moralmente obrigado a condenar este massacre bárbaro contra as nossas crianças e o nosso povo. Este silêncio é insondável", afirmou.

Erdan considerou simbólico que no mesmo dia em que se comemora o Dia Internacional em Memória do Holocausto tenha sido exposto que alguns funcionários da agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) poderão ter participado nos ataques de 07 de outubro, o que resultou na abertura de uma investigação ao mais alto nível nas Nações Unidas.

"A ONU não está apenas armada para deslegitimar a nossa existência, mas também para nos exterminar fisicamente", alegou o embaixador, que durante meses tem aproveitado todas as suas intervenções para desacreditar o trabalho da ONU na sua totalidade.

"Só podemos tirar uma conclusão: a ONU falhou na sua missão. Falhou", concluiu, num discurso dirigido aos quadros superiores das Nações Unidas e na sequência do pronunciamento do próprio secretário-geral, António Guterres.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, dos quais mais de 100 permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 112.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 26.083 mortos, 63.740 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome.


REINO UNIDO: O homem, que responde também pelo nome Adam Mendes, foi condenado na sexta-feira a passar o resto da sua vida num hospital de alta segurança, após os procuradores britânicos terem aceitado a sua confissão de homicídio involuntário.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   26/01/24 

 Luso-guineense condenado a reclusão em hospital por ataque em Nottingham

O homem, que responde também pelo nome Adam Mendes, foi condenado na sexta-feira a passar o resto da sua vida num hospital de alta segurança, após os procuradores britânicos terem aceitado a sua confissão de homicídio involuntário.

Valdo Calocane, um homem com nacionalidade portuguesa e guineense acusado de ter matado três pessoas num ataque em Nottingham, no Reino Unido, foi condenado a cumprir pena de prisão num hospital de alta segurança. No entanto, a sentença poderá remetida para o Tribunal de Recurso após o procurador-geral britânico ter recebido queixas de que a pena era "demasiado branda", segundo a Sky News.

O crime remonta a 13 de junho de 2023, quando Calocane, de 32 anos, esfaqueou Barnaby Webber e Grace Kumar, ambos com 19 anos, pelas 4h00. Após o crime, o agressor atacou Ian Coates, de 65 anos, um funcionário escolar que estava a ir para o trabalho.

O homem, que responde também pelo nome Adam Mendes, foi condenado na sexta-feira a passar o resto da sua vida num hospital de alta segurança, após os procuradores britânicos terem aceitado a sua confissão de homicídio involuntário.

A Sky News revela que os peritos concordaram que o luso-guineense sofria de esquizofrenia paranoica e, por isso, não era totalmente responsável pelos seus atos. 

No entanto, as famílias das vítimas consideraram que "a verdadeira justiça não foi feita" e a decisão poderá ser revertida por um Tribunal de Recurso. "Este homem [Calocane] ridicularizou o sistema e safou-se com um homicídio", acusou, em tribunal, James, filho de Ian Coates.

De acordo com o Daily Telegraph, os pais de Valdo Calocane, originários da Guiné-Bissau, trabalharam na ilha da Madeira e obtiveram a nacionalidade portuguesa. O casal ter-se-á mudado mais tarde para o Reino Unido com os três filhos e o suspeito terá o estatuto de residente enquanto cidadão europeu.  

Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou estar em contacto com as autoridades britânicas.  


O Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Marciano Silva Barbeiro conferiu posse hoje, sexta-feira, 26 de Janeiro, aos novos Governadores Regionais.

O Ministro da Administração Territórial, Marciano Silva Barbeiro deixa sérios avisos aos novos governadores regionais.  ©Rádio Capital Fm

Tratam-se de Martinho Moreira, para a região de Oio, Aminata Sila Cassamá, para a região de Tombali, Ramiro Bubacar Embaló, para a região de Bolama Bijagós, Mustafa Soares Cassamá, para a região de Bafatá, Elisa Maria Tavares Pinto, para a região de Gabú, António Mustafa Jaló, para a região de Quinará, Braima Camará, para a região de Cacheu e Salome A. L. dos Santos Allouche para a região de Biombo, respetivamente.

Ministério da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau 

O Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) lançou hoje um apelo aos presidentes de Portugal e de França para ajudarem o homólogo guineense a mudar a relação com a imprensa.

Indira Correia Baldé responde as acusações proferidas pelo presidente da República na inauguração da avenida Amílcar Cabral ©Tvbetegb

Por  rtp.pt/  26/01/2024

Sindicato pede ajuda a Marcelo e Macron para mudar relação do Presidente guinenese com a imprensa

O Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) lançou hoje um apelo aos presidentes de Portugal e de França para ajudarem o homólogo guineense a mudar a relação com a imprensa.

A posição do sindicato surge na sequência de declarações públicas do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que disse, na terça-feira, que os jornalistas são "todos da oposição" e ameaçou acabar com a audição de analistas, concretamente na RTP, sobre a situação política do país.

O órgão que representa a classe reagiu com "estupefação" ao que considerou de "ataques feitos" pelo chefe de Estado e, pela voz da presidente, Indira Correia Baldé, apelou à intervenção dos Presidentes de Portugal e de França.

"Em nome dos profissionais da Guiné-Bissau apelamos ao Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa - o Presidente da República da Guiné-Bissau fala quase todos os dias dele, que são amigos -, pedimos aqui, a partir da Guiné-Bissau, a partir da Casa dos Direitos, que nos acuda, que sensibilize o seu homólogo para como lidar com a imprensa e a importância de uma imprensa livre, a importância da informação como bem público", disse.

O apelo seguiu também para o Presidente francês, Emmanuel Macron, a quem o chefe de Estado guineense se refere também como amigo, "para que use a sua influência, que ajude o presidente Umaro Sissoco Embaló".

"Ele precisa de ajuda em termos da relação com a imprensa. Não é possível o Presidente dar instruções ao Ministério do Interior para monitorizar os órgãos de comunicação social e para que quem fizer algum pronunciamento que é contra ele ou o Estado ser detido", afirmou a presidente do sindicato.

"Em que mundo estamos, que tipo de informação agora vamos fazer. Se alguém [jornalista] fizer algo que não está certo, há tribunais para isso, agora instruir os polícias para fazerem isso, em que Estado estamos, que tipo de Democracia temos?", questionou.

A presidente do Sindicato dos Jornalistas guineense disse que os profissionais estão "cansados" e insistiu no pedido de ajuda exterior, dirigindo-se também ao parlamento português.

Indira Correia Baldé agradeceu "a prontidão dos colegas do sindicato dos Jornalistas de Portugal", que repudiou as declarações do chefe de Estado guineense e expressou solidariedade aos profissionais guineenses.

"Não estamos só, sabemos disso, recebemos várias outras mensagens de solidariedade dos nosso camaradas, vamos continuar a lutar, mas queremos que os homólogos do Presidente Umaro Sissoco Embaló nos ajudem para lhe fazer mudar o seu relacionamento com a imprensa , é fundamental", declarou.

Indira Baldé vincou que os jornalistas não são "opositores de ninguém, que "em todos os órgãos que ele (Presidente da República) frisou como exemplo, de países como Cabo Verde, Angola, Moçambique, França, Senegal, [em] todos esses países, todos os jornais apresentam após os noticiários análises e comentários".

Acrescentou que o chefe de Estado "imputa sempre a responsabilidade aos jornalistas" sobre a imagem do país, mas que é o Presidente que "está cada vez mais a colocar a imagem do país em causa, porque este ataque tem o seu peso para a imagem do país".

"Nós somos reprodutores dos factos que acontecem na nossa sociedade, daquilo que os políticos produzem, então que os políticos façam um bom trabalho e nós vamos reproduzir", afirmou.

EUA suspende fundos a agência da ONU suspeita de cumplicidade com Hamas

© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

POR LUSA    26/01/24 

Os EUA anunciaram hoje que vão suspender temporariamente futuros financiamentos à agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), após alegações de funcionários envolvidos no ataque do Hamas em 07 de outubro.

"Os Estados Unidos estão extremamente preocupados com as alegações de que 12 funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos no ataque terrorista do Hamas contra Israel em 07 de outubro", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, num comunicado.

Em resposta, o Departamento de Estado suspendeu o financiamento adicional ao UNRWA, enquanto analisa as alegações sobre esse envolvimento, bem como as medidas que as próprias Nações Unidas estarão a ponderar aplicar.

No comunicado, Miller esclareceu que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, já conversou sobre este assunto com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na quinta-feira, "para sublinhar a necessidade de uma investigação completa e rápida".

"Saudamos o anúncio da ONU de uma investigação 'abrangente e independente' à UNRWA", disse o porta-voz, referindo-se a necessidade de se responsabilizar todos os que participaram no ataque a Israel.

Os Estados Unidos reconhecem que a UNRWA desempenha "um papel fundamental na prestação de assistência vital aos palestinianos, incluindo alimentos essenciais, medicamentos e abrigo".

No comunicado, o Departamento de Estado norte-americano informa ainda que o Governo de Israel já foi contactado para obter mais informações sobre as alegações de envolvimento de membros da UNRWA no ataque de outubro.

O ataque de 07 de outubro causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas.

Cerca de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque de 07 de outubro, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma vasta operação militar que causou 26.083 mortos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano.


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ISRAEL/PALESTINA: ONU despede funcionários por alegada cumplicidade em ataque do Hamas

© REUTERS/Ronen Zvulun

Notícias ao Minuto   26/01/24  

A decisão foi tomada depois de alegações de que vários funcionários em Gaza terão participado no ataque levado a cabo pelo grupo islamita em Israel a 7 de outubro.

A Organização das Nações Unidas (ONU) despediu vários funcionários em Gaza, esta quinta-feira, devido à alegada participação no ataque de 7 de Outubro, que marcou o início do conflito entre Israel e o Hamas.

"Por forma proteger a capacidade da Agência de prestar assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e de abrir um inquérito para apurar a verdade sem demora", anunciou o diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini.

O responsável adiantou ainda na nota, citada pela agência France-Presse (AFP), que qualquer funcionário que tenha estado envolvido nestes atos "será responsabilizado".

"A UNWRA reitera a sua condenação, nos termos mais veementes, dos abomináveis ataques de 7 de outubro e apela à libertação imediata e incondicional de todos os reféns israelitas e ao seu regresso em segurança às respectivas famílias", refere ainda Philippe Lazzarini.

O diretor da agência notou ainda que estas alegações, feitas por Israel, surgem numa altura em que mais de dois milhões de pessoas em Gaza depende de assistência humanitária vinda da UNRWA. "Quem trai os valores fundamentais das Nações Unidas trai também aqueles que servimos em Gaza, na região e em todo o mundo", declarou.

A UNRWA foi fundada em 1949 por forma a prestar assistência humanitária e proteção aos refugiados palestinianos. Desde aí que já contratou cerca de 30 mil funcionários, a maioria dos quais são palestinianos.

Segundo a AFP, um relatório conhecido o ano passado concluiu que várias escolas geridas pela agência tinham glorificado o ataque que aconteceu a 7 de outubro.



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PRESIDENTE DA RÉPUBLICA DESPEDE-SE DE MÉDICOS NACIONAIS BOLSEIROS DE ESPECIALIZAÇÕES NA VENEZUELA

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, despediu-se de mais de oitenta médicos nacionais, bolseiros a caminho da Républica Bolivariana de Venezuela, para especializaçāo em difrentes areas,  acompanhados  do Ministro de Saúde, Domingos Malu,  Embaixador da Venezuela, Eldan Dominguez Fortyy. 

Os bolseiros fizeram questão de agradecer o chefe de Estado pela sua intervenção pessoal junto do seu homólogo Venezuelano, Nicolás Maduro, para a atribuição de bolsas. O chefe de Estado manifestou o seu apreço aos médicos pelos serviços prestados à nação e lembrou aos bolseiros de que estarão em dívida com a nação, um compromisso que  deve ser honrado com patriototismo, numa clara alusão ao regresso ao país para contribuir positivamente para o sistema nacional de saúde. 🇬🇼🇻🇪

Mais de oitenta médicos guineenses estāo a caminho de Venezuela, para especializaçāo em difrentes areas. A equipa médica acompanhada pelo Ministro de Saúde despediu-se esta tarde do Presidente da Republica. @Radio Voz Do Povo

 Presidência da República da Guiné-Bissau


Veja Também:

O Gabinete da Primeira Dama e a Fundação "Abene", assinaram hoje um acordo de parceria que visa promover uma cultura global de saúde e educação de assistência à população. 

O acordo abrange a criação de centros de saúde e hospitais, fontenários, escolas e centros de formação juvenil, refletindo um compromisso sólido com a melhoria contínua do sistema de saúde.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Primeira-dama da sul-coreana recebe 'presente envenenado'. Eis a polémica... Imagens podem vir a prejudicar os resultados eleitorais do partido do presidente, que vai a votos daqui a três meses.

© Samir Hussein/WireImage

Notícias ao Minuto    25/01/24 

Um ‘presente envenenado’ destinado à primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, pode fazer tremer a liderança do país já daqui a uns meses.

Em causa está uma mala da marca de luxo Dior, no valor de três milhões de won (cerca de dois mil euros euros) e a polémica veio ao de cima com a divulgação de imagens partilhadas por um pastor.

O responsável em causa, Choi Jae-young, terá gravado as imagens em questão com uma câmara embutida no seu relógio. 

Segundo a BBC, as imagens mostram Choi Jae-young a entrar numa loja para comprar uma mala de pele acinzentada e, num momento posterior, numa visita do pastor à primeira-dama. “Por que razão me traz estas coisas?”, questiona. Os media sul-coreanos apontam que as imagens são de 2022.

O vídeo não mostra a mulher do presidente Yoon Suk Yeol a aceitar explicitamente o objeto, mas o jornal Korea Herald referiu, citado pela imprensa britânica, que o gabinete presidencial confirmou que recebeu a mala e disse que “estava a ser administrada e armazenada como propriedade do governo”.

Já agência de notícias Yonhap diz que o presidente planeia falar sobre o caso “ainda este mês”.

Mas por que razão esta prenda é polémica… e o que pode daí vir?

Segundo explica a BBC, é ilegal que os responsáveis com cargos públicos e os seus cônjuges recebam presentes no valor de um milhão de won (690 euros), de uma só vez, ou um total de três milhões de won (2072 euros) num ano fiscal.

Após as imagens serem conhecidas, foi feita uma sondagem que, de acordo com a BBC, mostra de 69% dos eleitores sul-coreanos querem uma explicação sobre esta situação. Uma outra sondagem, realizada ainda em dezembro, mostrava que 53% dos inquiridos achava que a situação era inadequada.

Alguns analistas citados pela BBC adiantam que esta situação pode prejudicar o partido de Yoon Suk Yeol, que vai a eleições daqui a três meses.

No entanto, não foi só entre o eleitorado que esta situação terá criado problemas, mas também dentro do seu partido – já que o líder do Partido do Poder Popular terá sido pressionado pelo presidente, depois de este ter dito que a situação “podia ser um caso de interesse público”.

"Basicamente, tratou-se de uma armadilha planeada com uma câmara de espionagem. No entanto, houve vários erros na forma como as questões foram tratadas", afirmou Han Dong-hoon.

Já há algumas semanas, um outro dirigente do partido tinha comparado a primeira-dama a Maria Antonieta, rainha que era conhecida na corte francesa pelas suas extravagâncias.

Também a oposição já acusou a primeira-dama de estar envolvida na manipulação de preços de ações, mas o presidente já vetou um projeto de lei que pedia que esta fosse investigada.



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"Inacreditável". Encontro entre Lavrov e Guterres gera indignação

© Maxim Shipenkov/Pool via REUTERS

POR LUSA   25/01/24 

O encontro, esta semana, entre o chefe da diplomacia russa e o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, causou indignação junto de ucranianos e políticos europeus, que criticaram António Guterres por receber Sergei Lavrov.

Os detalhes do encontro entre ambos os líderes vieram da parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, que, na quarta-feira, no seu 'site', divulgou uma fotografia do aperto de mãos entre Guterres e Lavrov, gerando reações adversas nas redes sociais.

"Inacreditável", escreveu na plataforma X (antigo Twitter) o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, partilhando também ele uma fotografia do momento do aperto de mãos.

O deputado neerlandês Ruben Brekelmans foi outro dos políticos a juntar-se às críticas, considerando o momento "uma chapada na cara dos ucranianos".

"Dia 700 da guerra de agressão russa na Ucrânia, com mais um bombardeamento de alvos civis. Ótima oportunidade para Guterres tirar uma bela foto com Lavrov. Completamente desnecessário e uma chapada na cara dos ucranianos", avaliou.

De acordo com o Governo russo, o encontro aconteceu na terça-feira e resultou numa "discussão substantiva sobre vários aspetos da cooperação entre a Rússia e a ONU, assim como sobre questões-chave da agenda internacional".

"Ambas as partes salientaram a importância de reforçar ainda mais o papel central de coordenação das Nações Unidas na política global, tendo em conta toda a gama de opiniões dos seus Estados-membros", diz o comunicado.

Serguei Lavrov também "enfatizou que é imperativo que todos os membros do Secretariado da ONU observem rigorosamente os princípios de imparcialidade e equidistância, em total conformidade com a Carta da ONU",  tratado fundamental das Nações Unidas que a Rússia é acusada de romper com a invasão da Ucrânia.

O encontro entre os dois líderes já havia sido anunciado na semana passada pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, que, na ocasião, não adiantou os assuntos que seriam abordados. Contudo, ao longo dos três dias que passou em Nova Iorque, Lavrov participou em reuniões sobre as guerras no Médio Oriente e na Ucrânia e manteve reuniões bilaterais e entrevistas.

Entre os ucranianos a quem este encontro não agradou está Anton Gerashchenko, antigo conselheiro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, que questionou: "Como é que um representante de um Estado terrorista assassino é aceite na ONU ao mais alto nível?".

Lavrov aproveitou a sua passagem pelas Nações Unidas, concluída na quarta-feira, para reiterar críticas à Ucrânia e Estados Unidos, mas também para tentar 'sossegar' os países-membros quanto às intenções de Moscovo.

O ministro advogou que a Rússia não tem a necessidade de atacar ninguém, considerando que declarações feitas em sentido contrário por vários políticos europeus e da NATO são "absurdas".

Sobre o conflito em Gaza, Serguei Lavrov rejeitou a utilidade de uma conferência de paz no Médio Oriente e disse que seria "uma perda de tempo" se não for alcançada através de uma união prévia de todas as alas palestinas.

Serguei Lavrov aproveitou ainda a atenção internacional para acusar a Ucrânia de um "ataque terrorista" ao abater um avião militar russo que transportaria dezenas de soldados ucranianos capturados para uma troca de prisioneiros.

O ministro anunciou que Moscovo convocou uma sessão de emergência no Conselho de Segurança da ONU sobre o incidente, prevista para se realizar na tarde de hoje.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.



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Guiné-Bissau apresenta dia 1 candidatura dos Bijagós a Património Mundial

© Lusa

POR LUSA   25/01/24 

A Guiné-Bissau vai apresentar a 01 de fevereiro à UNESCO a candidatura dos Bijagós a Património Mundial, numa segunda tentativa de ver reconhecido o valor excecional e universal da biodiversidade das emblemáticas ilhas, foi hoje divulgado.

O anúncio da data da oficialização da candidatura foi feito pela diretora-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, Aissa Regalla de Barros, numa sessão que juntou várias entidades e representantes das comunidades locais, na sede do instituto em Bissau.

Uma década depois de a primeira candidatura ter sido indeferida pela organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (UNESCO, a Guiné-Bissau reviu o processo e elaborou um novo dossiê que concentra o propósito em três das 88 ilhas dos Bijagós, que são parques naturais, concretamente João Vieira e Poilão, Orango e Urok e a ligação entre esses três parques.

A diretora-geral do IPAB explicou à Lusa que as restantes ilhas representam a zona tampão do bem candidato à UNESCO, que reconheceu o conjunto dos Bijagós como Reserva Mundial da Biosfera em 1996.

Os responsáveis guineenses querem conquistar o estatuto de Património Mundial concentrando-se na zona mais relevante do ponto de vista da biodiversidade nas ilhas e ilhéus onde desovam tartarugas, habitam hipopótamos e se alimentam aves migratórias.

A candidatura será entrega na sede da UNESCO, em Paris, a 01 de fevereiro pelo ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, pela diretora-geral do IBAP e pela Embaixada da Guiné-Bissau em França.

O dossiê "já foi finalizado, está na fase de tradução de português para francês e, na segunda-feira 29 de janeiro" estará pronto para a entrega oficial, segundo Aissa de Barros.

A diretora-geral do IPAB esclareceu que nesta candidatura tentaram evitar abarcar toda a Reserva da Biosfera que abrange as 88 ilhas.

"Era uma zona muito vasta e temos, a nível económico, muita pouca capacidade de gestão de área, por isso é que nós nos concentramos nas áreas protegidas e em dois corredores de conectividade entre essas áreas porque houve estudos científicos que demonstraram que algumas espécies utilizam esses corredores", sustentou.

Esta candidatura a Património Mundial dos "ecossistemas costeiros e marinhos do arquipélago dos Bijagós" é, segundo disse, "muito mais robusta" que a indeferida em 2013.

Foram trabalhadas as 12 recomendações anteriores da UNESCO em relação ao limite do bem candidato, ao estatuto jurídico, à governação, ao desenvolvimento de outros setores e das ameaças, assim como ao envolvimento de todas as estruturas guineenses no processo de elaboração do processo.

"Criámos um comité de pilotagem, fizemos várias reuniões setoriais e com as comunidades, principalmente as comunidades Bijagós para que saibam o que é um sítio de património e porque é que queremos apresentar a candidatura à lista do património mundial", referiu.

Nas comunidades persistem dúvidas, nomeadamente entre os pescadores, às quais responde que vão "continuar as negociações, as discussões com os diferentes atores para ver onde é que a pesca é permitida, que tipo de engenho deve ser utilizado".

A diretora-geral salientou que foi retirada da candidatura "a parte terrestre porque existem atividades ligadas à agricultura, cajucultura" e por entenderem que "era mais viável porque o valor excecional de valor universal também se concentra mesmo nos mangais, nas espécies migradoras e nas interações ecossistémicas existentes dentro da parte marinha e costeira".

Os três parques naturais abrangidos são apontados como "a parte central da biodiversidade", como "zonas que permitem uma grande produtividade, que têm impactos além-fronteira".

Servem de "zona de alimentação para as aves que vêm de longe, às comunidades, às pescas", e permitem "a reprodução de um ciclo importante da biodiversidade ameaçada, como as tartarugas marinhas, tubarões e raias".

Estão, também, na rota migratória de aves do Atlântico Leste.

O arquipélago dos Bijagós é uma parte do território marinho e costeiro da Guiné-Bissau, constituída por 88 ilhas e ilhéus, 20 das quais habitadas, numa extensão de 2,6 quilómetros quadrados, albergando cerca de 33 mil habitantes.



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HUMAN RIGHTS WATCH: Ataques com drones contra civis mataram 60 pessoas no Burkina Faso

© iStock 

POR LUSA    25/01/24 

Três ataques de drones militares no Burkina Faso, que o Governo alegou terem como alvo fundamentalistas islâmicos, mataram pelo menos 60 civis em dois mercados e num funeral desde agosto, denunciou hoje a organização Human Rights Watch (HRW).

"O exército do Burkina Faso usou uma das armas mais precisas do seu arsenal para atacar grandes grupos de pessoas, causando a perda de numerosas vidas civis em violação das leis da guerra", disse Ilaria Allegrozzi, investigadora sénior da HRW para o Sahel.

Para esta ONG dedicada à promoção dos direitos humanos, "o Governo deve investigar com urgência e imparcialidade estes aparentes crimes de guerra, responsabilizar os culpados e prestar apoio adequado às vítimas e às suas famílias", refere-se no comunicado.

Na sua investigação, que ocorreu de setembro a novembro, a HRW entrevistou 30 pessoas por telefone e pessoalmente, incluindo 23 testemunhas dos ataques, e sete membros de organizações não-governamentais nacionais e internacionais. A ONG analisou, ainda, 11 fotografias e um vídeo enviados diretamente aos investigadores por testemunhas que mostram pessoas feridas e o rescaldo dos ataques, e três vídeos publicados online que mostram os ataques de drones, bem como imagens de satélite dos três locais.

Após concluírem a hipótese de se estar perante um crime de guerra, em 20 de dezembro, a Human Rights Watch enviou uma carta ao ministro da Justiça do Burkina Faso, partilhando as suas conclusões e solicitando respostas. A Human Rights Watch não recebeu qualquer resposta.

A organização documentou vítimas e danos consistentes com os efeitos de explosão e fragmentação criados pelo uso dessas munições guiadas em concentrações de pessoas, mas os meios de comunicação social controlados pelo Governo afirmaram que os três ataques mataram combatentes islamistas e não fizeram qualquer referência a vítimas civis.

As violações das leis da guerra cometidas com intenção criminosa, ou seja, deliberadamente ou de forma imprudente, são crimes de guerra. A utilização de armas de alta precisão, como os drones Bayraktar TB2 com bombas guiadas por laser, sugere fortemente que os mercados e os funerais eram os alvos pretendidos.

"As forças armadas do Burkina Faso efetuaram repetidamente ataques com drones em áreas com muita gente, com pouca ou nenhuma preocupação com os danos causados aos civis", afirmou Allegrozzi. "Os governos que transferem armas para o Burkina Faso que os militares utilizam com flagrante desrespeito pela vida dos civis arriscam-se a ser cúmplices de crimes de guerra", acrescentou.

O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro de 2022 contra o então Presidente Roch Marc Kaboré, tem vivido numa insegurança crescente desde 2015.

A junta militar no poder naquele país é agora liderada por Ibrahim Traoré, que protagonizou em setembro uma revolta, considerada como um golpe 'palaciano', contra o que até então era o seu líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Os ataques contínuos no país, levados a cabo tanto pela filial da Al-Qaida como pelo Estado Islâmico na região, também contribuíram para aumentar a violência intercomunitária e fizeram surgir grupos de autodefesa.

A deterioração da segurança causou uma onda de deslocados internos e refugiados para outros países da região.


Ministro israelita responsabiliza o Qatar pelo ataque de 7 de outubro

© Getty Images

POR LUSA   25/01/24 

O ministro das Finanças de Israel, de extrema-direita, acusou hoje o Qatar, um dos principais intervenientes nas negociações com o movimento palestiniano Hamas, de ser responsável pelo atentado de 07 de outubro do ano passado.

"O Qatar é um país que apoia e financia o terrorismo", afirmou Bezalel Smotrich, acusando diretamente Doha.

O emirado "é o patrocinador do Hamas e é o principal responsável pelos massacres cometidos pelo Hamas contra cidadãos israelitas", declarou ainda , líder do partido Sionismo Religioso que integra o Governo de Israel.

"Uma coisa é certa: o Qatar não se envolverá de forma alguma no que acontecer em Gaza depois da guerra", acrescentou o ministro através de uma mensagem divulgada através da rede social X.

O debate em Israel sobre a melhor forma de garantir a libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas está a aumentar à medida que as operações militares se intensificam no sul da Faixa de Gaza.

O Qatar, o Egito e os Estados Unidos estão a tentar mediar a situação para obter uma nova trégua, permitir a libertação dos reféns ainda detidos e fornecer mais ajuda humanitária ao território palestiniano.

Na quarta-feira, o Canal 12 de Israel difundiu uma gravação de um diálogo do primeiro-ministro israelita com familiares dos reféns, na qual Benjamin Netanyahu descreve o papel de Doha como "problemático".

"Não tenho ilusões em relação a eles", declarou Netanyahu no mesmo registo sonoro, acusando o emirado de financiar o movimento islamita palestiniano.

O Qatar disse estar "chocado, classificando os comentários de Netanyahu como "irresponsáveis e prejudiciais aos esforços para salvar vidas inocentes".

Doha acolhe a liderança política do Hamas e, nos últimos anos, concedeu centenas de milhões de dólares em ajuda destinada à população de Gaza, que está sob o controlo do movimento desde 2007.

A guerra em curso foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro do ano passado, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, na maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.

Cerca de 250 pessoas foram raptadas, das quais uma centena foi libertada no final de novembro durante uma trégua.

De acordo com a mesma contagem da AFP, 132 reféns ainda se encontram no território e 28 dos quais terão morrido.

Israel jurou aniquilar o Hamas e lançou uma vasta operação militar que matou 25.700 palestinianos, na maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento que controla o enclave.


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Comunicado do Conselho de Ministros_25.01.24.

25.01.24. Comunicado Final do Conselho de Ministros_ NOMEAÇÕES.👇👇
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