segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Finlândia reforça laços militares com os EUA após aviso de Putin

© Lusa

POR LUSA   18/12/23 

A Finlândia assinou hoje um acordo para reforçar a cooperação militar com os EUA, um dia depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado um reforço militar em resposta à adesão à NATO do país escandinavo.

O acordo - assinado em Washington e que formaliza laços mais estreitos entre Washington e Helsínquia - foi saudado pelo ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen, como "um forte sinal do compromisso dos Estados Unidos na defesa da Finlândia e de toda a Europa do Norte".

"Não esperamos que os Estados Unidos cuidem da defesa da Finlândia", acrescentou Hakkanen, recordando que "este acordo melhora significativamente a capacidade de agir em conjunto em todas as situações".

A Finlândia - que repeliu a invasão soviética no inverno de 1939-1940 - evitou aderir à NATO durante décadas, procurando não antagonizar o seu vizinho.

Contudo, as relações entre os dois países deterioraram-se consideravelmente desde fevereiro de 2022, com a invasão russa da Ucrânia, levando a Finlândia a aderir à NATO em abril deste ano.

No domingo, Vladimir Putin acusou o Ocidente de ter "arrastado a Finlândia para a NATO" e afirmou que esta adesão criaria problemas onde eles não existiam até agora.

O Presidente russo também anunciou a criação de um distrito militar russo perto da Finlândia, com os dois países a partilhar uma fronteira de 1.340 quilómetros de extensão.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que esteve presente na assinatura do acordo, disse que a Finlândia "sabe quase melhor do que ninguém o que está em jogo para a Ucrânia".

"Em 1939, os finlandeses também enfrentaram uma invasão russa e provaram que uma nação livre pode oferecer uma resistência incrivelmente poderosa", explicou Blinken.

Blinken e a ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, renovaram o seu apoio à entrada na NATO da Suécia, que lançou a sua candidatura ao lado da Finlândia, mas cujo processo de adesão tem sido adiado por reservas por parte da Turquia.



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Encontrada escuta em gabinete usado pelo chefe do exército ucraniano... "De acordo com dados preliminares, o dispositivo encontrado não estava operacional", revelaram os serviços de segurança da Ucrânia.

© Valentyna Polishchuk/Global Images Ukraine via Getty Images

Notícias ao Minuto   18/12/23 

Os serviços de segurança da Ucrânia revelaram, este domingo, ter descoberto uma escuta num dos escritórios usados ​​pelo chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, acrescentando, no entanto, que este "não estava operacional".

"Ressaltamos que o equipamento não foi encontrado diretamente no escritório de Valery Zaluzhny, mas numa das instalações onde costuma trabalhar" e onde deveria estar esta segunda-feira, indicaram os serviços de informação, em comunicado, citados pela agência France Presse.

E acrescentou: "De acordo com dados preliminares, o dispositivo encontrado não estava operacional. Não foram encontrados dispositivos de armazenamento de dados ou meios de transmissão remota de áudio. Este dispositivo técnico será enviado para análise".

O relatório surge num momento em que a Ucrânia luta para manter o apoio ocidental à guerra contra as forças russas, depois de a sua recente contraofensiva não ter conseguido fazer grandes progressos no leste e no sul do país.

Os órgãos de comunicação social ucranianos têm dado conta de uma tensão crescente nos últimos meses entre Zakuzhny, o principal general da Ucrânia, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Zaluzhny revelou, no mês passado, que o conflito com a Rússia tinha chegado a um "impasse" – uma avaliação rejeitada tanto pelo presidente Volodymyr Zelensky quanto pelo Kremlin.

O exército ucraniano tem lutado contra a força invasora russa desde fevereiro de 2022.



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Níger. Chefe da junta militar considera sanções "chantagem" da CEDEAO

© Shutterstock

POR LUSA   18/12/23 

O chefe da junta militar do Níger declarou, no 65.º aniversário da independência do país, que "não aceitará" qualquer "chantagem" ou "intimidação" por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), numa referencia às sanções económicas.

A CEDEAO reconheceu pela primeira vez a liderança militar na semana passada e prometeu negociar com a junta militar um regresso rápido à normalidade democrática, mas mantendo as sanções económicas impostas depois do golpe de Estado de julho.??????  O chefe da junta militar, Abdourahmane Tchiani, num discurso publicado na página da junta na rede social X (antigo Twitter), considera que a CEDEAO e a União Económica e Monetária da África Ocidental impuseram sanções "injustificadas, cínicas, iníquas, criminosas, desumanas e irresponsáveis" para "pôr o país de joelhos" e "trazê-lo de volta ao seio do regime deposto e da França".

"Estas organizações não sabem que estão a enfrentar um povo guerreiro", disse, acrescentando que o povo nigerino "tomou o seu destino nas suas próprias mãos" e que não aceitam "chantagens nem intimidações".

Tchiani reiterou que a junta se comprometeu a convocar "um Fórum Nacional Inclusivo" para "fazer um diagnóstico da situação do país, fruto da má governação dos regimes anteriores", e "o Fórum irá propor as reformas necessárias para o futuro, com um 'roteiro' para a transição e um programa estratégico de ações para a refundação do Estado".

Este fórum será convocado "em breve" para combater "o flagelo generalizado da corrupção", que, nas suas palavras, é "uma das causas" que levaram o exército a "assumir as suas responsabilidades para pôr fim ao regime" do presidente deposto, Mohamed Bazoum.

"Farei tudo o que for possível para garantir o progresso, a segurança, o desenvolvimento e a coesão social no país", afirmou.

Para Tchiani, o Níger "ficou refém de políticos que tentaram transformar a política num mercado, sem respeitar os mínimos de ética e deontologia consagrados nos textos da República".

Para o atual chefe de Estado, os governos antigos foram incapazes de lidar "com os desafios de segurança", uma vez que os ataques, nos últimos anos, de grupos terroristas com ligações à Al-Qaida, o Estado Islâmico e o Boko Haram aumentaram. 

Este aniversário da independência do Níger decorre "num momento de profundas mudanças geopolíticas na África Ocidental", na sequência de "mudanças de regime nos países do Sahel", referiu. 

"Esta dinâmica foi acompanhada por um forte apoio popular que levou não só a uma revisão da governação económica e financeira a nível interno, mas também das relações com o antigo país colonizador, a França", explicou.

"Foi neste contexto que denunciámos certos acordos que justificavam a presença de tropas francesas no Níger, bem como acordos que eram injustos. Esta dinâmica permitiu-nos implementar uma estratégia global de defesa, de luta contra o terrorismo e contra toda a agressão, qualquer que seja a sua forma", disse.

Neste seguimento, congratulou o acordo com as juntas militares do Burkina Faso e do Mali para a criação da Aliança dos Estados do Sahel, com o objetivo de tornar a região "uma zona de paz e de prosperidade".


PGR ESCLARECE QUE O CASO DE “30 DE NOVEMBRO E 01 DE DEZEMBRO” ESTÁ NA ALÇADA DO TRIBUNAL MILITAR

 O DEMOCRATA  18/12/2023  

A Procuradora-Geral da República (PGR) esclareceu que o Processo sobre o caso “30 de novembro e 01 de dezembro” deste ano está sob a alçada do Tribunal Militar, não do Ministério Público, como erradamente se difunde em alguns meios de informação.

A PGR fez este esclarecimento através de uma nota informativa a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso esta segunda-feira, 18 de dezembro de 2023, na qual informa que através dos órgãos tradicionais de informação e redes sociais, ouviu várias afirmações de individualidades e entidades sobre os casos: “30 de novembro e 01 de dezembro” e “seis mil milhões de Francos CFA”, pelo que emitiu a referida nota para esclarecer e repor a realidade dos fatos. 

Um grupo de elementos das forças da Brigada de Intervenção e Reserva (BIR) da Guarda Nacional invadiu, na noite de 30 de novembro, as instalações do Serviço de Piquete da Polícia Judiciária, ao lado do mercado de Bandim, retirando a força o ministro da economia e finança, Suleimane Seidi e, o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, detidos sob a ordem do Ministério Público, depois terem sido ouvidos pela Comissão de Inquérito do Gabinete da Luta contra a Corrupção, sobre o caso de pagamento de dívidas a 11 empresas no valor de seis mil milhões de francos cfa. 

Na madrugada, 01 de dezembro, um confronto entre as forças da Guarda Nacional e elementos das forças especiais do exército guineense, resultou em dois óbitos, alguns feridos e na detenção do Comandante da Guarda Nacional, Victor Tchongo e mais alguns elementos das forças do BIR.

A nota informativa assinada pelo coordenador do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Procuradoria-Geral da República informa ainda que também não corresponde à verdade, em como os Magistrados do Ministério Público ligados ao caso “seis bilhões de Francos CFA andam a ter encontros regulares” com o Presidente da República”.

“Foi a Direção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público quem manteve uma audiência com o Chefe de Estado, com o propósito de solicitar o exercício da sua magistratura de influência para execução do Estatuto Remuneratório do Magistrados, aprovado e promulgado desde 2018”, lê-se na nota, apelando aos cidadãos a contribuírem em prol de uma justiça efetiva no país, sobretudo, “quando o bem comum está em causa”.

Por: Assana Sambú



VATICANO: Papa autoriza padres a abençoar relações entre pessoas do mesmo sexo... Nota esclarece contudo que benção não deve estar associada a nenhum rito especial.

© Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images

Notícias ao Minuto   18/12/23 

O Papa Francisco deu hoje um importante passo nos seus esforços para tornar a Igreja Católica Romana mais acolhedora para os católicos L.G.B.T.Q., avança o The New York Times. O Sumo Pontífice acaba de autorizar os padres a abençoar relações entre pessoas do mesmo sexo.

A autorização foi partilhada esta segunda-feira pelo Vaticano, numa nota que esclarece esta benção não deve ter nenhum rito especial associado, para a distinguir de um casamento, e que, quando é dada ou recebida, "não se deve usar nem as vestes, nem os gestos, nem as palavras próprias de um casamento".

Este tipo de bênção "pode, pelo contrário, encontrar o seu lugar noutros contextos, como uma visita a um santuário, um encontro com um sacerdote, uma oração recitada em grupo ou durante uma peregrinação", pode ler-se.

A nota sugere que um padre pode abençoar os casais que o solicitem, pedindo "paz, saúde, espírito de paciência, diálogo e entreajuda, mas também a luz e a força de Deus para poderem cumprir plenamente a sua vontade".

Esclarece-se, ainda, que a pessoa que pede esta benção é alguém que "não reivindica a legitimidade do seu próprio estatuto, mas reza para que tudo o que é verdadeiro, bom e humanamente válido nas suas vidas e relações seja investido, santificado e elevado pela presença do Espírito Santo".

Esta nova norma foi inscrita na Declaração 'Fiducia supplicans'' sobre o sentido pastoral das bênçãos, publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé. O texto, que conta com prefácio do Cardinal Víctor Manuel Fernández, é aprovado pelo Papa Francisco


Acusação de Desvio de pescado guineense para Senegal: Ministro das Pescas, Dionísio Pereira está em conferência de imprensa no Porto de Bandim em Bissau para reagir rumores que dão conta do seu envolvimento na venda ilegal dos pescados dias depois da queda do governo.


Por: Ussumane Fitchas  CAP GB 

A Casa dos Direitos, através da RENLUV-GB, organiza Workshops sobre a importância da participação das Organizações da Sociedade Civil no Processo Eleitoral.

Radio Voz Do Povo 

PR de Cabo Verde convoca Conselho da República após tensão com Governo

© Lusa

POR LUSA   18/12/23 

O chefe de Estado cabo-verdiano convocou para hoje o Conselho da República, para debater as guerras e a comemoração de datas e eventos nacionais, assuntos que têm gerado tensão com o Governo e muita discussão no país.

Em nota de imprensa, a Presidência da República avançou que a reunião, marcada para as 09h00 locais (10h00 em Lisboa), vai debruçar-se, essencialmente, sobre as guerras geoestratégicas e conflitos armados em África e no mundo e seus reflexos em Cabo Verde e sobre a comemoração de datas nacionais e de eventos marcantes da República.

A questão das guerras e dos conflitos armados é um dos assunto que têm gerado tensão entre José Maria Neves, antigo primeiro-ministro apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, atualmente na oposição) e o Governo, em que o mais recente caso foi o encontro entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e Ulisses Correia e Silva, na ilha do Sal, cuja falta de articulação desagradou ao chefe de Estado cabo-verdiano.

Neste caso, José Maria Neves disse que foi confrontado com um "facto consumado" e, apesar de não ver "mal nenhum" em ter sido o primeiro-ministro a receber o Presidente ucraniano, reiterou o apelo por maior articulação política no país.

Há uma semana, o Presidente cabo-verdiano pronunciou-se contra a abstenção do país numa resolução das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas, aprovada na terça-feira por 153 dos 193 países, como havia feito em outubro.

O Governo cabo-verdiano, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD), justificou a abstenção com uma questão de coerência, pelo facto de a resolução (tal como a de outubro) não considerar "disposições relativas à condenação aos atos terroristas" do Hamas.

Outra questão que tem gerado discussão no país é a "comemoração de datas nacionais e de eventos marcantes" da República, em que o caso mais recente foi a votação contra do grupo parlamentar do MpD de uma resolução apresentada pelo PAICV para celebrar os 100 anos do nascimento do líder das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, em 12 de setembro de 2024.

Nessa altura, José Maria Neves pediu "estreita articulação" para elevar essa data e entendeu que o país "ainda vai a tempo" de "chamar a razão a todos" para encontrar uma forma de comemorar condignamente os 100 anos do nascimento do fundador da sua nacionalidade.

Entretanto, após muita discussão no país e no estrangeiro, o grupo parlamentar do MpD está a ponderar propor uma sessão solene extraordinária no parlamento de Cabo Verde no centenário do nascimento de Cabral, conforme disse à Lusa fonte oficial.

"A reunião do Conselho da República, que foi descentralizada pelo Chefe de Estado, José Maria Neves, para o Palácio do Povo, em São Vicente, acontece esta segunda-feira, excecionalmente, no Palácio do Presidente da República, na cidade da Praia, por questões logísticas", explicou a Presidência cabo-verdiana.

Além do Presidente, integram órgão de consulta o presidente da Assembleia Nacional, o primeiro-ministro, o presidente do Tribunal Constitucional, o Provedor de Justiça, o presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental, os antigos Presidentes da República, além dos cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado.


GUINÉ-CONACRI: Explosão em depósito de combustível na Guiné faz quatro mortos... Teme-se que o número de vítimas mortais possa vir a aumentar.

© Reprodução - X (Twitter) @TheInsiderPaper

Notícias ao Minuto   18/12/23 

Uma explosão em Conacri, capital da Guiné, na madrugada desta segunda-feira, fez pelo menos quatro mortos, estimando as autoridades do país que o número possa vir a aumentar. Para já, segundo o jornal Le Courrier de Conakry, a contagem de mortes confirmadas mantém-se em pelo menos quatro, além do registo de 100 feridos resultantes do incidente.

A explosão gerou ainda um incêndio de grandes dimensões, diz, por sua vez, a agência de notícias AFP.

A mesma agência revela que os dois principais hospitais da cidade, Ignace Deen e Donka, estão a receber grandes números de feridos resultantes da explosão, que causou a destruição de edifícios no bairro de Kaloum, onde estão localizados vários edifícios ministeriais e a própria sede da presidência do país.

Os seus residentes foram obrigados a fugir da área, onde as autoridades e os serviços de emergência tomaram conta do acontecimento.

"De certeza que há mortes e feridos", disse, por sua vez, um agente das autoridades do país, citado pela agência Reuters.


Leia Também: Imprensa privada na Guiné-Conacri marca protesto contra falta de liberdade

EUA: Carro colide contra comitiva de Biden. Presidente retirado sem ferimentos

© REUTERS/Nathan Howard

Notícias ao Minuto   18/12/23 

O acidente ocorreu poucos momentos depois de Joe Biden ter estado a responder a perguntas dos jornalistas, à porta da sede de campanha, em Delaware.

Um carro embateu, na noite de domingo, contra uma carrinha parte da comitiva do presidente dos EUA, Joe Biden. No SUV viajavam elementos da equipa de segurança de Biden. 

Segundo a Reuters, o presidente norte-americano e a mulher, Jill Biden, tinham acabado de deixar a sede da campanha, em Delaware, quando a colisão ocorreu.

O casal tinha estado no local para um jantar com a equipa responsável pela campanha de Joe Biden às eleições dos EUA, segundo um relatório da Casa Branca.

O acidente ocorreu poucos momentos depois de Joe Biden ter estado a responder a perguntas dos jornalistas, à porta da sede de campanha. Biden e a mulher foram retirados, de imediato, do local e voltaram em segurança para sua casa em Wilmington após o incidente, disse uma testemunha.

O carro que chocou contra o SUV da comitiva de Biden sofreu danos no para-choques e foi rapidamente cercado por agentes de segurança. Os agentes encurralaram o carro e apontaram armas para o motorista, que ergueu as mãos.

Pode ver algumas imagens na galeria.👇


China garante apoio a Pyongyang após novo lançamento de míssil balístico

© Reuters

POR LUSA  18/12/23 

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, garantiu hoje o “firme apoio” do seu país à Coreia do Norte, após Pyongyang ter lançado um novo míssil balístico intercontinental, algo criticado por Seul, Tóquio e Washington.

A China, que partilha uma fronteira comum com a Coreia do Norte, é o principal parceiro político e económico do país, alvo de uma série de sanções internacionais.

“Diante da turbulência internacional, a China e [a Coreia do Norte] sempre se apoiaram firmemente e confiaram uma na outra”, disse Wang Yi, durante uma reunião em Pequim com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Pak Myong Ho.

De acordo com um comunicado da diplomacia chinesa, Wang Yi disse que "a amizade tradicional” entre os dois países “é um ativo valioso".

Estes comentários foram divulgados depois de a Coreia do Norte ter lançado hoje um míssil balístico intercontinental (ICBM), o quinto disparado por Pyongyang este ano.

No sábado, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte avançou que Pak Myong Ho trocou “opiniões sobre o fortalecimento das relações bilaterais em 2024” com o seu homólogo chinês, Sun Weidong, em Pequim.

Os dois responsáveis discutiram em particular “questões de interesse comum e (...) o reforço da cooperação estratégica entre os dois países”, indicou a KCNA.

Num comunicado, o Estado-Maior Conjunto sul-coreano confirmou ter detetado "um míssil balístico de longo alcance lançado da zona de Pyongyang para o mar do Leste [nome dado ao mar do Japão nas duas Coreias] por volta das 08:24" (23:24 de domingo em Lisboa).

Horas depois, a presidência da Coreia do Seul condenou “de forma veemente” o lançamento, que ocorre depois de Pyongyang ter lançado outro míssil balístico de curto alcance, no domingo, e marca o 27.º teste de armamento só este ano.

Num comunicado divulgado após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, Seul acusou o Norte de criar “uma grave ameaça à paz e segurança da península coreana e da comunidade internacional”.

Os Estados Unidos e o Japão também condenaram o lançamento.

"Estes lançamentos, tal como os outros lançamentos de mísseis balísticos efetuados por Pyongyang este ano, violam várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou, em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA à agência de notícias France-Presse (AFP), quando ainda era domingo naquele país.

Os lançamentos "representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] e comprometem a segurança regional", acrescentou o comunicado.

O Japão também reagiu negativamente, admitindo que os últimos dois lançamentos de mísseis norte-coreanos constituem "uma ameaça para a paz e a estabilidade na região".

"Condenamos firmemente" estes lançamentos, notou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, sublinhando que os disparos violam igualmente as sanções contra Pyongyang adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A China, que partilha uma fronteira comum com a Coreia do Norte, é o principal parceiro político e económico do país, alvo de uma série de sanções internacionais.

“Diante da turbulência internacional, a China e [a Coreia do Norte] sempre se apoiaram firmemente e confiaram uma na outra”, disse Wang Yi, durante uma reunião em Pequim com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Pak Myong Ho.

De acordo com um comunicado da diplomacia chinesa, Wang Yi disse que "a amizade tradicional” entre os dois países “é um ativo valioso".

Estes comentários foram divulgados depois de a Coreia do Norte ter lançado hoje um míssil balístico intercontinental (ICBM), o quinto disparado por Pyongyang este ano.

No sábado, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte avançou que Pak Myong Ho trocou “opiniões sobre o fortalecimento das relações bilaterais em 2024” com o seu homólogo chinês, Sun Weidong, em Pequim.

Os dois responsáveis discutiram em particular “questões de interesse comum e (...) o reforço da cooperação estratégica entre os dois países”, indicou a KCNA.

Num comunicado, o Estado-Maior Conjunto sul-coreano confirmou ter detetado "um míssil balístico de longo alcance lançado da zona de Pyongyang para o mar do Leste [nome dado ao mar do Japão nas duas Coreias] por volta das 08:24" (23:24 de domingo em Lisboa).

Horas depois, a presidência da Coreia do Seul condenou “de forma veemente” o lançamento, que ocorre depois de Pyongyang ter lançado outro míssil balístico de curto alcance, no domingo, e marca o 27.º teste de armamento só este ano.

Num comunicado divulgado após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional, Seul acusou o Norte de criar “uma grave ameaça à paz e segurança da península coreana e da comunidade internacional”.

Os Estados Unidos e o Japão também condenaram o lançamento.

"Estes lançamentos, tal como os outros lançamentos de mísseis balísticos efetuados por Pyongyang este ano, violam várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou, em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA à agência de notícias France-Presse (AFP), quando ainda era domingo naquele país.

Os lançamentos "representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] e comprometem a segurança regional", acrescentou o comunicado.

O Japão também reagiu negativamente, admitindo que os últimos dois lançamentos de mísseis norte-coreanos constituem "uma ameaça para a paz e a estabilidade na região".

"Condenamos firmemente" estes lançamentos, notou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, sublinhando que os disparos violam igualmente as sanções contra Pyongyang adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.



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domingo, 17 de dezembro de 2023

CHADE: Votação no referendo à nova Constituição do Chade decorreu sem incidentes

© Getty Images

POR LUSA   17/12/23 

A votação no referendo à nova Constituição do Chade, no continente africano, decorreu hoje sem incidentes, depois de uma parte significativa da oposição e da sociedade civil ter apelado ao boicote.

As urnas abriram às 7 horas (hora local) e encerraram às 17 horas (hora local), mas algumas assembleias de voto prolongaram o horário para lá do estabelecido.

Os resultados oficiais provisórios do referendo deverão ser anunciados no dia 24 de dezembro, devendo depois o Supremo Tribunal validá-los no dia 28.

Apesar de os resultados só serem divulgados no final de mês, o sim deverá vencer, depois de o poder militar, que governa o país, ter financiado e liderado uma campanha nesse sentido, estabelecendo um regime em que o chefe de Estado concentra a maior parte do poder.

Já grande parte da oposição, que defendeu o não e o federalismo, apelou ao boicote ao referendo, apesar de várias intimidações e ameaças.

"Cada boletim de voto colocado na urna é mais um passo em direção à estabilidade e prosperidade do nosso país", afirmou o Presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby.

Na capital daquele país africano, a mobilização eleitoral parecia bastante limitada, segundo constaram jornalistas da Agence-France Press (AFP).



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Jovens de moda preocupados com o desemprego jovem na Guiné-Bissau


 Radio TV Bantaba

Israel alega ter descoberto o maior túnel do Hamas perto da fronteira

© Lusa

 POR LUSA   17/12/23 

O exército israelita anunciou hoje que descobriu o maior túnel do Hamas, com cerca de quatro quilómetros de comprimento e a 50 metros de profundidade situado, em Erez, na fronteira a norte do enclave palestiniano.

"Milhões de dólares foram gastos neste túnel, centenas de toneladas de cimento e muita eletricidade. Em vez de gastar todo esse dinheiro, o cimento ou a eletricidade em hospitais, escolas, habitações ou outras necessidades dos habitantes de Gaza", disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelita, em declarações proferidas no interior do túnel.

As declarações foram feitas a um pequeno grupo de meios de comunicação, incluindo a agência de notícias espanhola EFE.

Hagari mostrou uma das bocas de saída do túnel e vários metros do seu interior, onde se escondeu sob a areia a magnitude e a solidez deste projeto, que levou anos a ser concretizado.

Este túnel é considerado uma das principais estruturas que permitiram os ataques em solo israelita, ataques que causaram mais de 1.200 mortos e 240 pessoas raptadas.

"Este foi até agora o segredo mais bem guardado de Yahya Sinwar, mas nós descobrimo-lo e tornamo-lo público", disse Hagari, referindo-se ao chefe do grupo islâmico Hamas dentro da Faixa de Gaza.

Yahya Sinwar é considerado o mentor do ataque de 7 de outubro, o maior massacre de civis já ocorridos em Israel e o maior massacre de judeus desde o Holocausto.

Israel afirma que foi o seu irmão, Mohamed Sinwar, quem liderou e supervisionou a construção deste túnel e mostrou aos jornalistas vídeos gravados pelo grupo, encontrado pelo Exército israelita durante a sua ofensiva terrestre no enclave, nos quais é visto num veículo a circular dentro do túnel.

Embora não o tenham confirmado oficialmente, esta semana a aviação israelita lançou panfletos sobre as cidades de Gaza e Khan Younis - reduto da família Sinwar -, nos quais oferece recompensas financeiras aos habitantes de Gaza por fornecerem informações sobre o paradeiro de altos comandantes do Hamas.

Hagari prometeu derrotar o Hamas e destruir toda a sua infraestrutura de túneis, onde dizem que estão escondidos os seus principais comandantes, incluindo os irmãos Sinwar, embora provavelmente também mantenham lá alguns dos 129 reféns que permanecem cativos dentro do enclave.

Estima-se que cerca de 20 já tenham morrido.

"Este é o Hamas. Levará algum tempo para derrotar o Hamas, mas vamos conseguir apanhar Sinwar e os terroristas que participaram no ataque de 07 de outubro. Vamos encontrá-los seja acima ou debaixo de solo (...) Temos duas missões neste guerra: destruir o Hamas e resgatar nossos reféns", disse Hagari.

O túnel recentemente revelado, dentro do qual foram encontradas inúmeras armas, é uma peça-chave da extensa rede de túneis do Hamas, equipado com betão armado, eletricidade, ventilação, esgotos, redes de comunicação e estradas para o tráfego de veículos.

O exército de Israel assegura que, desde o início da ofensiva terrestre na Faixa, em 27 de outubro, foram encontrados numerosos túneis, sob hospitais, escolas e outras infraestruturas civis, como o hospital Shifa, na Cidade de Gaza.

A boca de saída deste túnel, com mais de três metros de diâmetro, foi descoberta num enorme buraco cavado pelas tropas israelitas na superfície, a apenas 400 metros da passagem de Erez, que liga o norte da Faixa a Israel.



Leia Também: O exército israelita atacou hoje posições da milícia xiita Hezbollah no sul do Líbano por via aérea e com artilharia, em resposta ao lançamento de foguetes e mísseis antitanque daquele território em direção a Israel. 


Nova constituição vai a votos no Chade dividindo militares e oposição

Os chadianos já começaram a votar no referendo sobre a Constituição. AFP - DENIS SASSOU GUEIPEUR

Por:  RFI  17/12/2023

A nova constituição no Chade está a ser votada hoje, com a junta militar a ser favorável ao "Sim", já que este é um texto que defende o Estado unitário, e o "Não" é defendido pela oposição, que defende o federalismo como a melhor maneira de administrar o país que desde 2021 está sob o controlo dos militares.

O referendo que decorre hoje no Chade pode ser o primeiro passo para a restituição da ordem constitucional e democrática no país que vive desde 2021 sob o comando de uma junta militar liderada pelo Presidente de transição General Mahamat Idriss Deby Itno. Assim, este referendo é visto como um momento-chave para uma futura realização de eleições presidenciais e legislativas livres, algo que não acontece nas últimas décadas neste país da África Central.

No entanto, muitos consideram que nova Constituição não muda muito face ao que vigorava no país até à morte em Abril de 2021 do Presidente Idriss Deby Itno, com o filho a ser escolhido pelos militares para a substituir no poder. Este é um texto fundamental que continua a defender a unidade nacional e que a oposição vê como uma maneira de legimitimar Mahamat Idriss Deby Itno no poder.

Para esta oposição, censurada no actual regime militar, o voto deve ser "Não", apelando mesmo a um boicote nacional ao escrutínio. Os partidos na oposição defendem uma gestão "federalista" e mais liberdade para as autoridades locais face ao Estado central.

Muitos opositores abandonaram entretanto o país depois de mais de 300 jovens que se manifestavam pacificamente em outubro de 2022 terem sido mortos pelos militares. Desde aí, mais de 1.000 opositores foram presos.

Quando chegou ao poder, o General Mahamat Idriss Deby Itno prometeu uma transição de 18 meses, mas o prazo foi alargado para mais dois anos, cristalizando no poder esta dinastia, com o pai a ter permanecido durante mais de 30 anos como Presidente do Chade.

As urnas de votação vão estar abertas até às 16:00 horas locais e os resultados deste referendo devem ser conhecidos no dia 24 de Dezembro.

DICAS E TRUQUES DE LAVANDARIA: As cascas de ovo deixam as roupas manchadas como novas. Ora aprenda!... Este truque é tão, mas tão simples que até parece mentira. Vai testar?

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   17/12/23 

Diga adeus às manchas na roupa. É que, segundo o Informe Brasil, há um truque bastante simples que pode ajudá-lo a salvar aquela peça de que tanto gosta. Só precisa de cascas de ovo. Sim, leu bem.

Tantas vezes ignoradas, as cascas contêm componentes de cálcio e minerais que ajudam a eliminar as manchas nas roupas. O melhor de tudo: funcionam bem em qualquer tecido e os resultados são imediatos.

Numa panela bem grande, comece por ferver água e adicione 10 cascas de ovos. De seguida, coloque a roupa na panela e comece a mexer delicadamente com uma colher de pau. Deve ser cuidadoso e rápido durante este procedimento, pois a mancha desaparecerá instantaneamente. No entanto, se deixar a roupa por muito tempo, pode acabar por remover completamente a cor da peça.

Por fim, basta retirar a roupa da água e enxaguá-la com água fria.


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Bubacar Turé é o novo Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Turé foi eleito este domingo no quinto congresso ordinário da LGDH com 69 % dos votos contra 31% de Vitorino Indeque. Bubacar Turé substituiu no cargo Augusto Mário da Silva após dois mandatos_ oito anos . A reunião magna da LGDH juntou durante dois dias 75 delegados sob o lema “a LGDH face aos Desafios de Consolidação da Democracia e do Estado de Direito Democrático”.


Por Radio Voz Do Povo

Preso por alta traição cientista de armamento hipersónico russo

© Lusa

POR LUSA   17/12/23 

Vladislav Galkin, um cientista da Universidade Politécnica de Tomsk, na Sibéria, especializado num ramo indiretamente ligado ao armamento hipersónico, foi preso por alta traição, informa o portal T-invariant.

Galkin foi detido pelo Serviço Federal de Segurança russo (FSB) e preso por ordem de um tribunal de Novosibirsk, a principal cidade da Sibéria, ao abrigo do artigo 275 do Código Penal.

O homem detido é coautor de vários artigos com Valeri Zveguintsev, diretor do Instituto de Mecânica Teórica e Aplicada de Novosibirsk, que também foi detido sob a mesma acusação em abril de 2023.

O portal T-invariant, que denuncia uma campanha contra todos os cientistas que trabalham em questões hipersónicas, afirma que estes cientistas, na sua maioria idosos, são "presas fáceis" para o FSB, uma vez que oferecem pouca resistência durante a investigação.

"Não há dúvida de que todos estes casos estão relacionados com a hipersónica (...) (O Presidente Vladimir) Putin ordenou há vários anos que se protegessem as tecnologias russas mais avançadas da hipersónica. E os chekistas puseram-na em prática", afirma Ivan Pavlov, diretor da organização de defesa dos direitos humanos Piervi Otdel (Primeiro Departamento).

Os resultados da sua investigação foram utilizados no desenvolvimento dos mísseis hipersónicos Kinzhal, Sarmat, Avangard e Tsirkon, que, segundo Putin, são capazes de escapar ao escudo de defesa antimíssil dos EUA.

No total, foram detidas 16 pessoas no departamento siberiano da Academia das Ciências da Rússia, conhecido pelos seus especialistas em física e matemática.

Um destes, Dmitry Kolker, de 54 anos, especialista em ótica quântica, morreu sob custódia em Moscovo, pouco depois de ter sido detido por agentes do FSB, por sofrer de cancro em fase terminal.

O Kremlin declarou que as acusações contra os cientistas siberianos eram "muito graves", depois de ter recebido uma carta aberta em que os seus colegas denunciavam a perseguição da comunidade científica.

"Cada um deles é conhecido por nós como patriotas e pessoas honestas, incapazes de cometer aquilo de que são suspeitos pelos órgãos de investigação", dizia a carta.

A caça às bruxas lançada pelas forças de segurança entre a comunidade científica russa para evitar o vazamento de segredos de Estado intensificou-se com a revelação do novo armamento hipersónico da Rússia em 2018, mas disparou com o início da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022.



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Putin avisa Finlândia que terá problemas com a Rússia por aderir à NATO

© Contributor/Getty Images

POR LUSA   17/12/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou hoje a Finlândia que a "relação amigável" entre os dois países poderá passar a ter "problemas" após a adesão do país nórdico à NATO.

"Não havia problemas. Agora, haverá. Vamos criar o distrito militar de Leningrado (noroeste) e concentrar ali unidades militares. Eles precisavam disso? É simplesmente um absurdo", disse Putin em declarações ao programa de televisão Moscou.

O líder russo referiu que todas as disputas territoriais entre os dois países foram resolvidas em meados do século XX, razão pela qual lamentou que "a Finlândia tenha sido arrastada para a NATO".

"Tínhamos relações muito boas e cordiais", insistiu.

Moscovo pretende reforçar o seu flanco noroeste, especialmente a região que rodeia a segunda cidade do país, São Petersburgo, que fica a apenas cerca de 300 quilómetros da capital finlandesa, Helsínquia.

Os especialistas consideram que a entrada finlandesa na Aliança Atlântica é um dos maiores erros de cálculo de Putin ao lançar a sua campanha militar na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Esta semana o Kremlin já alertou que o envio de tropas dos EUA para o território finlandês será uma ameaça óbvia para a Rússia.

A Finlândia e os Estados Unidos chegaram a um acordo de cooperação que permitirá às tropas norte-americanas utilizar 15 bases militares no país nórdico, informou na quinta-feira o governo finlandês.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês explicou em comunicado que esta medida irá reforçar a defesa do país nórdico, permitindo a presença e treino de forças norte-americanas e o armazenamento de material de defesa no seu território.

A Finlândia, o país da União Europeia com a maior fronteira com a Rússia (1.340 quilómetros), optou por abandonar a sua tradicional política de neutralidade após o início da campanha militar russa na Ucrânia e completou a sua entrada na NATO, em tempo recorde, em abril.

Moscovo ameaçou com contramedidas, incluindo "técnicas-militares".

Helsínquia fechou a fronteira com a Rússia em novembro e reabriu-a esta semana, mas voltou a fechá-la 24 horas depois devido ao aumento do número de migrantes do Oriente Médio.

As autoridades do país nórdico acusam Moscovo de recorrer a métodos de "guerra híbrida" semelhantes aos utilizados há dois anos pela Bielorrússia na fronteira com a Polónia.



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VLADIMIR PUTIN: Moscovo não tem "nenhum interesse" em lutar contra os países da NATO

© Contributor/Getty Images

POR LUSA   17/12/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje à televisão estatal que o seu país não tem "nenhum interesse" em lutar contra países da NATO, nem geopolítica, nem económica, nem militarmente.

"Toda a NATO não pode deixar de compreender que a Rússia não tem nenhum motivo, nenhum interesse, nem geopolítico, nem económico, nem político, nem militar em lutar com os países da NATO", disse em declarações ao programa "Moscovo. Kremlin. Putin".

Putin sublinhou que isto inclui os Estados Unidos, a quem chamou "o único dono da NATO", uma vez que o bloco militar é "o seu quintal".

"Não temos disputas territoriais com eles, nem temos qualquer desejo de estragar as relações com eles", sublinhou, afirmações que foram publicadas no Telegram por Pavel Zarubin, o apresentador do programa.

O Kremlin está interessado "em desenvolver relações" com estes países, que apoiaram a Ucrânia na sua guerra com a Rússia desde o início.

Putin considerou um "disparate soberano" as acusações do Presidente dos EUA, Joe Biden, de que a Rússia está a preparar-se para atacar a Aliança Atlântica.

"Penso que o Presidente Biden também compreende que se trata apenas de uma figura de estilo para justificar a sua política errática em relação à Rússia", afirmou.

Olhando para o passado, Putin acusou o Ocidente de procurar a desintegração da Federação Russa após a dissolução da União Soviética em 1991.

Desta forma, a Rússia "não terá peso nem voz e não poderá defender os seus interesses nacionais como o faz o Estado russo unido", afirmou.

"Terão de encontrar um terreno comum connosco, pois terão de nos ter em conta", insistiu o líder russo, que garante que o mundo está a mudar e que o Ocidente está a deixar de ser a única potência hegemónica.

Admitiu também ter pecado por "ingenuidade" nos primeiros anos do seu mandato à frente do Kremlin, ao pensar que os antigos inimigos da URSS compreenderiam que a Rússia é outro país, que o "antagonismo ideológico" tinha acabado e que era preciso renunciar à política de "confrontação".

Putin, que está no poder desde 2000 e que receberá hoje o apoio do partido do Kremlin para a sua candidatura à reeleição nas eleições presidenciais de 2024, assegurou esta semana, na sua primeira grande conferência de imprensa após a guerra, que não haverá paz na Ucrânia até que a Rússia atinja os objetivos que estabeleceu em fevereiro de 2022.



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Londres e Berlim por um cessar-fogo "duradouro" mas não imediato em Gaza

© Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   16/12/23 

O chefe da diplomacia britânica, David Cameron, e a sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, consideram que há "uma necessidade urgente" de um "cessar-fogo duradouro" na Faixa de Gaza, mas opõem-se à suspensão de hostilidades geral e imediata.

"Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para preparar o caminho para um cessar-fogo duradouro, que conduza a uma paz duradoura. Quanto mais cedo melhor, a necessidade é urgente", escrevem os dois ministros num artigo conjunto publicado no Sunday Times. "Muitos civis foram mortos", lamentam.

No entanto, acrescentam: "Não pensem que pedir agora um cessar-fogo geral e imediato, na esperança de que se torne permanente de uma forma ou de outra, seja o caminho a seguir".

Isto equivaleria a "ignorar porque é que Israel é forçado a defender-se: o Hamas atacou Israel de uma forma bárbara e continua a disparar foguetes para matar cidadãos israelitas todos os dias. O Hamas deve depor as armas", advogam.

Uma resolução não vinculativa foi adotada na terça-feira na assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), apelando a um "cessar-fogo humanitário imediato" em Gaza. O Reino Unido absteve-se.

Nos últimos dias, a administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, pressionou as autoridades israelitas para que passassem para uma fase menos intensa da sua ofensiva, a fim de proteger melhor os civis.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou no seu 71.º dia, foi desencadeada por um ataque sangrento e sem precedentes perpetrado pelo movimento islâmico palestiniano em 07 de outubro em solo israelita a partir da Faixa de Gaza.

Segundo Israel, 1.139 pessoas, a maioria civis, foram mortas neste ataque e cerca de 250 foram sequestradas e levadas para Gaza. Cerca de 129 reféns permanecem em Gaza, incluindo corpos, segundo o exército.

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, bombardeando o território palestiniano, sitiando-o e realizando, desde 27 de Outubro, uma vasta operação terrestre.

O Ministério da Saúde do Hamas informou na sexta-feira que 18.800 pessoas morreram em bombardeios israelitas, a maioria mulheres, crianças e adolescentes.


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Tensão entre o Governo e Presidência da República continua em Cabo Verde

Primeiro Ministro participa na Cimeira da Democracia a convite do Presidente norte-americano Joe Biden, 29 março 2023 © facebook Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva

Por: Odair Santos  RFI.FR  16/12/2023   

Em Cabo Verde, a tensão entre o Governo e a Presidência da República continua, com o chefe de Estado a considerar a situação normal, dizendo que estes incidentes ajudam a aumentar a literacia sobre a Constituição. 

A falta de acerto de posições em matérias importantes para a vida do país e na arena internacional tem aumentado a tensão entre o Governo e a Presidência da República. Depois de algumas trocas de comunicados entre o chefe do executivo e do chefe de Estado, o Presdiente José Maria Neves, abordado pela imprensa, considerou como "importante" a tensão existente porque ajuda a ampliar o debate sobre os poderes do Presidente e do Governo.

“Esta tensão num país como Cabo Verde é importante porque acaba por aumentar a literacia da constituição. Hoje as pessoas começam a perguntar quais são os poderes do Presidente e os do Governo.E esse debate é enriquecedor e por outro lado mostra que as instituições estão a funcionar e que é preciso melhorar a cultura política-institucional dos diferentes atores políticos e a praticar a democracia que é um espaço de divergência mas também de construção de entendimentos sobre o essencial” disse José Maria Neves.

Muito mais contido, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, também abordado pela imprensa sobre a tensão entre o Governo e Presidência da República disse que as relações acontecem na normalidade constitucional.

“Nunca houve relações fora daquilo que é relações institucionais. É claro que os procedimentos são os que acontecem na normalidade constitucional. E isto é importante para o país” disse Ulisses Correia e Silva.

A abstenção de Cabo Verde sobre cessar-fogo em Gaza foi duramente criticada por José Maria Neves que tem reclamado do governo articulação com a presidência. Entretanto, alguns analistas avançam que o executivo de Ulisses Correia e Silva tem seguido a Constituição da República, que diz que quem dirige a política interna e externa do país é o Governo.


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