quarta-feira, 3 de maio de 2023

"Não atacámos nem Putin, nem Moscovo", garante Zelensky... A Rússia culpou Kyiv pelo incidente e ameaçou retaliar.

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Notícias ao Minuto  03/05/23 

Volodymyr Zelensky reiterou que Kyiv não é responsável suposto ataque ao Kremlin, depois de a Ucrânia ser acusada de uma tentativa fracassada de assassinar Vladimir Putin durante a noite.

A Rússia culpou Kyiv pelo incidente e ameaçou retaliar.

"Posso repetir a mensagem, penso que será clara para todos: Não atacámos nem Putin, nem Moscovo", afirmou o presidente após uma reunião com os chefes de Estado dos países nórdicos.

"Estamos a defender o nosso território, as suas aldeias e cidades. Apenas combatemos no nosso território", asseverou.

Recorde-se que o Kremlin acusou hoje a Ucrânia de tentar assassinar o Presidente russo, Vladimir Putin, num ataque com 'drones' que terão visado a sede da Presidência russa na noite passada.

"O regime de Kyiv tentou atacar a residência do Presidente russo no Kremlin", afirmou a Presidência num comunicado publicado na sua página na Internet, indicando que as forças militares intercetaram eletronicamente dois aparelhos aéreos não tripulados "que se dirigiam para o Kremlin". 

Os dois 'drones' inutilizados caíram dentro do recinto sem provocar danos ou feridos e Vladimir Putin "continua a trabalhar como habitualmente", acrescentou o Kremlin.


Conselho do Ministro reuniu-se esta quarta-feira (03.05), em sessão Extraordinária no Palácio da República sob presidência do presidente da República Umaro Sissoco Embaló.


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Presidente da República exonera e nomeia embaixadores no Qatar

Por Radio TV Bantaba

 Bissau, 3 de maio de 2023 – O Gabinete de Comunicação e Relações-Públicas da Presidência da República da Guiné-Bissau anunciou hoje que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, exonerou Malam Jaura do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário no Estado de Qatar. A exoneração foi efetuada pelo Decreto Presidencial n.º 27/2023.

Malam Jaura havia sido nomeado para o cargo em 17 de novembro de 2020, por meio do Decreto Presidencial n.º 57/2020. O novo decreto entra imediatamente em vigor.

Em seguida, o Presidente da República nomeou Umaro Djau como o novo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau no Estado de Qatar, através do Decreto Presidencial n.º 28/2023, que também entra em vigor imediatamente.

Ambos os decretos foram emitidos de acordo com a alínea q) do artigo 68°, conjugado com o artigo 70° da Constituição da República da Guiné-Bissau.




Zelensky afirma na Finlândia que este ano será decisivo

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POR LUSA   03/05/23 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez hoje uma visita surpresa à Finlândia, onde destacou que este ano, em que prometeu mais ofensivas contra a Rússia, será "decisivo para a Ucrânia e para a Europa".

"Acredito que este ano será decisivo para nós, para a Europa, para a Ucrânia, decisivo para a vitória" sobre a Rússia, declarou o chefe de Estado ucraniano durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto, à margem de uma cimeira dos países nórdicos.

O líder ucraniano felicitou a Finlândia, um país que faz fronteira com a Rússia, e que, após a invasão russa da Ucrânia, pediu a adesão à NATO, após décadas de neutralidade.

A Finlândia tornou-se o 31.º membro da Aliança Atlântica em abril passado.

A Ucrânia, que também pretende aderir à NATO, "precisa do mesmo nível de garantias de segurança", sublinhou.

Niinisto destacou, por seu lado, que era "muito importante" que "todos os países da NATO possam falar a uma só voz sobre este assunto" na cimeira da Aliança Atlântica agendada para Vilnius, Lituânia, em julho.

O dirigente finlandês voltou ao assunto do possível fornecimento à Ucrânia de caças F-18 norte-americanos ao serviço na Finlândia, mencionado anteriormente pela primeira-ministra finlandesa cessante Sanna Marin, referindo que tal não poderá ocorrer antes da entrega dos F-35 que os substituirão e que são esperados em 2025.

Mas Zelensky disse estar certo de que a Ucrânia obterá caças modernos -- em concreto F-16, que os países ocidentais ainda estão relutantes em fornecer - depois de provar a sua capacidade de realizar contraofensivas no terreno, tal como aconteceu na entrega de tanques de batalha modernos.

"Vamos realizar ações ofensivas e depois vamos conseguir aviões", afirmou.

Nesta passagem por Helsínquia, Zelensky também deve participar numa reunião com os primeiros-ministros da Suécia, Ulf Kristersson, da Noruega, Jonas Gahr Store, da Dinamarca, Mette Frederiksen, e da Islândia, Katrin Jakobsdottir.

"Para integrar a NATO e apoiar alianças para encontrar apoio, deve ser feito um trabalho diplomático fundamental. A Ucrânia está a fazer isso agora", escreveu Daria Zarivna, assessora do Presidente ucraniano, na plataforma Telegram.

Todos os países nórdicos prometeram apoio financeiro e militar à Ucrânia após a invasão russa em fevereiro de 2022.

Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega também uniram esforços para fornecer armas pesadas à Ucrânia, doando alguns de seus próprios tanques Leopard 2 ou oferecendo verbas para comprá-los.

Na terça-feira, a Dinamarca anunciou o envio de ajuda militar no valor de 228 milhões de euros à Ucrânia para "reforçar a sua capacidade de realizar uma ofensiva nos próximos meses".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



Líder da Duma exige uso de armas capazes de destruir regime de Kyiv

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POR LUSA   03/05/23 

O presidente da Duma (câmara baixa do Parlamento russo), Viacheslav Volodin, exigiu hoje o uso de armas capazes de destruir o regime de Kyiv, após um ataque de 'drones' contra o Kremlin que Moscovo atribui à Ucrânia.

"Exigiremos o uso de armas capazes de deter e destruir o regime terrorista em Kyiv", escreveu Volodin na rede social Telegram, onde também pediu que a Ucrânia seja considerada uma "organização terrorista".

O líder da Duma disse que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está "ao mesmo nível de outros terroristas internacionais" por alegadamente ordenar "ataques terroristas" contra a residência oficial de Putin, no coração de Moscovo.

Hoje, o Kremlin acusou a Ucrânia de tentar assassinar o Presidente russo, Vladimir Putin, num ataque com 'drones' que terão visado a sede da Presidência russa na noite passada.

"Os políticos dos países ocidentais que estão a injetar armas no regime de Zelensky devem perceber que se tornaram não apenas patronos, mas também cúmplices diretos de atividades terroristas", acusou Volodin.

No mesmo sentido, o líder do partido Rússia Justa, Serguei Mironov, disse, em comunicado, que o alegado ataque ucraniano ao Kremlin é causa suficiente para justificar a "eliminação da elite terrorista da Ucrânia".


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Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social_ SINJOTECS, celebra a data 3 de maio Dia da Liberdade de Imprensa, com uma jornada de reflexão sobre o contexto da Liberdade de Imprensa na Guiné-Bissau.

 Radio Voz Do Povo

Plataforma Eleitoral Inclusiva_Terra Ranka é o nome da coligação eleitoral liderada por PAIGC e integrada por cinco partidos.

O PAIGC, Partido Social-Democrata, União para a Mudança, Movimento Democrático Guineense e Partido da Convergência Democrática assinaram adenda que muda o nome do símbolo da coligação e já depositaram os documentos no Supremo Tribunal de Justiça, cujos juízes se encontram reunidos em plenária.

//TV VOZ DO POVO


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China é o país com o maior número de jornalistas detidos

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POR LUSA   03/05/23 

A China é o país com o maior número de jornalistas detidos, 158, dos quais 56 em Hong Kong, adiantou hoje em Londres a representante da organização não-governamental (ONG) Repórteres sem Fronteiras (RSF) no Reino Unido, Fiona O'Brien.

A situação contribuiu para a penúltima posição da China na 21.ª edição do 'ranking' mundial da liberdade de imprensa da RSF, publicado hoje por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado esta quarta-feira.

A China desceu quatro lugares, para a 179.ª posição, na lista composta por 180 países, ficando apenas acima da Coreia do Norte. 

"Esta é a posição mais baixa que a China alguma vez teve no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa. Há muito tempo que está no fundo, mas este é o pior", afirmou O'Brien, numa conferência de imprensa. 

Atualmente, segundo detalhou a representante, estão detidos 102 jornalistas ou trabalhadores de meios de comunicação social na China, número que sobe para 158 se forem incluídos os profissionais presos em Hong Kong.

De acordo com Fiona O'Brien, Hong Kong é um ótimo exemplo de como a China está a usar a legislação como uma arma para silenciar os jornalistas.

"A introdução de uma lei de segurança nacional em 2020 reduziu absolutamente a zero a imprensa independente em Hong Kong, o que é particularmente triste porque Hong Kong tinha um ambiente mediático muito vibrante, era conhecido como um dos mais vibrantes da região", afirmou.

Também presente na mesma conferência de imprensa, o editor do serviço em chinês da estação pública britânica BBC, Howard Zhang, afirmou que "ainda existe um pouco de liberdade de imprensa" para os meios de comunicação que deem também notícias positivas sobre o país.

Porém, Howard Zhang admitiu que "o espaço está a tornar-se cada vez mais estreito", referindo-se às restrições a vistos para jornalistas estrangeiros e a ameaça que representa uma nova lei de espionagem.

Zhang acredita que Macau tem sido poupado porque naquele território "têm sido bastante conformistas nas últimas décadas, colaborativos" com o regime.

"Estão mais interessados em fazer dinheiro [com a indústria do jogo] e não em expressar opiniões, por isso não têm sido tão incomodados", respondeu Howard Zhang, quando questionado pela agência Lusa.

O relatório da RSF - que analisa a situação em 180 países ou territórios - diz que a situação é "muito má" em 31 países, "má" em 42 países, "problemática" em 55 e "boa" ou "razoavelmente boa" em 52 países.

Pelo sétimo ano consecutivo, a Noruega aparece como o país com melhor ambiente para o jornalismo, mas o segundo lugar não é ocupado por um país nórdico (o que é invulgar em relação às recentes edições do inquérito), surgindo aí a Irlanda, que subiu quatro posições, ficando à frente da Dinamarca.

Portugal aparece em nono lugar, a primeira posição no patamar dos países com a classificação de ambiente "razoavelmente bom", a uma posição do patamar de "bom", atrás da Estónia e à frente de Timor-Leste, Liechtenstein e Suíça.

Nos três últimos lugares do 'ranking' da RSF aparecem apenas países asiáticos: Vietname (um país acusado de ter expulsado todos os jornalistas independentes), China e Coreia do Norte (que é considerado um dos maiores exportadores de propaganda).

O relatório revela ainda que o cenário de desinformação global tem sido favorável para o aumento de propaganda na Rússia, que aparece no lugar 164.º da lista, depois de cair nove lugares no último ano.

Os Estados Unidos também caíram três posições nos últimos 12 meses, com registo de um ambiente mais problemático para os jornalistas a nível da imprensa regional, nomeadamente por causa de situações de violência sobre repórteres.

"O Índice Mundial de Liberdade de Imprensa mostra uma enorme volatilidade, com grandes subidas e quedas e mudanças inéditas, como a ascensão do Brasil à 18.ª posição e a queda de 31 lugares do Senegal. Essa instabilidade é resultado do aumento agressividade por parte das autoridades em muitos países e da crescente animosidade contra jornalistas nas redes sociais e no mundo físico", comentou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.


Começa a plantação das palmeiras a partir de bairro de Penha até aeroporto de Bissau. No início dos trabalhos, o Coordenador do Projecto Homem_Novo, Juviano Landim disse que o seu sonho é transformar a cidade de Bissau

Radio Voz Do Povo

Ucrânia. Kremlin acusa Kyiv de tentar matar Putin com 'drones'

© Contributor/Getty Images

POR LUSA  03/05/23 

 O Kremlin acusou hoje a Ucrânia de tentar assassinar o Presidente russo, Vladimir Putin, num ataque com 'drones' que terão visado a sede da Presidência russa na noite passada.

"O regime de Kyiv tentou atacar a residência do Presidente russo no Kremlin", afirmou a Presidência num comunicado publicado na sua página na Internet, indicando que as forças militares intercetaram eletronicamente dois aparelhos aéreos não tripulados "que se dirigiam para o Kremlin".


Os dois 'drones' inutilizados caíram dentro do recinto sem provocar danos ou feridos e Vladimir Putin "continua a trabalhar como habitualmente", acrescentou o Kremlin.

"Estas ações são um ataque terrorista planeado, um atentado contra a vida do Presidente da Federação Russa cometido nas vésperas do Dia da Vitória e do desfile militar de 09 de maio", lê-se no comunicado, em que se reserva "o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando se considere oportuno".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu que o desfile militar na Praça Vermelha, em Moscovo, se mantém como previsto.

A autarquia de Moscovo proibiu hoje os voos de 'drones' não autorizados na capital russa.

O presidente da câmara, Serguei Sobianin, afirmou que a proibição se destina a impedir o voo de "drones" que possam "atrapalhar o trabalho das forças da ordem".

As autoridades ucranianas ainda não se pronunciaram sobre a acusação.


Leia Também: Kyiv nega responsabilidade no ataque de 'drones' contra o Kremlin

MP da Guiné-Bissau recebe formação em fiscalização eleitoral

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POR LUSA   03/05/23 

 Um grupo de magistrados do Ministério Público da Guiné-Bissau iniciou hoje uma formação técnica em fiscalização eleitoral sobre operações de atribuição de mandatos aos deputados, anunciou o procurador-geral da República.

"A fiscalização da operação de apuramento de resultados eleitorais é uma das atribuições do Ministério Público, garantindo a confiança no processo eleitoral", afirmou Edmundo Mendes.

"No entanto, aquela garantia não deve realizar-se por mero cumprimento das formalidades legais", acrescentou, defendendo que é preciso que os magistrados envolvidos na fiscalização eleitoral compreendam "adequadamente as ferramentas que são utilizadas para o apuramento dos mandatos pelo método de Hondt".

A formação, segundo Edmundo Mendes, vai permitir aos magistrados adquirirem os conhecimentos necessários para a "adequada verificação e confrontação de todos os resultados da votação nas assembleias de voto e nas comissões regionais de eleições".

Os magistrados vão também aprender de maneira prática as "diversas funções e ferramentas Excel no apuramento dos mandatos em conformidade com o método de Hondt, incluindo funções matemáticas, trigonométricas e estatísticas", precisou o procurador-geral da República, acrescentando que aquele conhecimento é essencial para os magistrados verificarem e confrontarem os resultados da votação.

O grupo, que inclui 35 magistrados, vai ter a formação, apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, até ao final da semana. O Ministério Público vai fazer ainda mais uma formação para outros 35 magistrados.

A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas em 04 de junho. A campanha eleitoral começa em 13 de maio e vai decorrer até 02 de junho.


Drones espiões da China voam em redor de Taiwan pela 2.ª vez numa semana

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POR LUSA  03/05/23 

As autoridades de Taiwan disseram hoje que capturaram um veículo aéreo não tripulado ('drone') chinês de reconhecimento de longo alcance, que voou em redor da ilha, a segunda operação do género realizada por Pequim no espaço de uma semana.

O 'drone' do modelo BZK-005, que voou em redor da ilha entre terça-feira e o início do dia de hoje, transportava um aparelho com capacidade para interferir nas comunicações, segundo informou o Ministério da Defesa de Taiwan num comunicado.

Esta é a segunda vez em poucos dias que a ilha autónoma é alvo de uma operação deste género, o que pode representar que o envio de veículos aéreos não tripulados possa estar a ser normalizado pela China, segundo analistas citados pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.

Na semana passada, as autoridades taiwanesas registaram as manobras de dois 'drones' que circularam a ilha.

"Enviar 'drones' para a zona de identificação aérea de Taiwan é uma maneira eficaz e de baixo custo para a China testar novas táticas que certamente se tornarão operações de rotina", disse Lu Li-shih, ex-instrutor da Academia Naval de Taiwan, citado pelos 'media'.

Até agora, as aeronaves não tripuladas utilizadas pelas forças chinesas nas proximidades de Taiwan - uma tática que o Exército de Libertação Popular usa desde 2020 - faziam rotas mais curtas.

Nos últimos meses, as tensões aumentaram no Estreito de Taiwan, onde a China realizou manobras de alta intensidade em diversas ocasiões, inclusive após a visita à ilha em agosto de 2022 da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Este mês, o Exército chinês lançou mais quatro dias de exercícios militares - que incluíram a simulação de um bloqueio -- após o encontro na Califórnia entre a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e Kevin McCarthy, o sucessor de Pelosi no cargo.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek.

Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês, comunista.

O território realizou reformas democráticas nos anos 1990 e é hoje encarada como uma das mais vibrantes democracias no leste da Ásia.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.


Sobe para 109 o número de mortes devido às chuvas torrenciais no Ruanda

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POR LUSA   03/05/23

 O número de mortos devido às chuvas torrenciais que atingiram o Ruanda na terça-feira subiu para 109, segundo indicou hoje o conglomerado de meios de comunicação públicos Rwanda Broadcasting Agency (RBA), citando autoridades regionais.

Entre as vítimas mortais, 14 morreram na província do norte e 95 na província do oeste, onde os distritos mais afetados foram Ngorororero, Rubavu, Rutsiro e Karongi, confirmou o governador do território, François Habitegeko.

"Planeamos deslocar temporariamente as pessoas em perigo para evitar catástrofes", disse o secretário permanente do Ministério da Gestão de Emergências ruandês, Philippe Habinshuti.

As chuvas provocaram deslizamentos de terras e o rebentamento das margens dos rios, danificando infraestruturas, cortando estradas e destruindo casas onde algumas famílias ficaram retidas.

De acordo com as autoridades, o número de vítimas poderá aumentar, uma vez que as operações de busca e salvamento ainda estão a decorrer numa zona onde o acesso à terra está cortado.

A estação das chuvas representa um perigo num país com tantas encostas como o Ruanda, a maior parte das quais são habitadas e utilizadas para o cultivo.

O risco está a ser maior neste mês de maio, uma vez que a Agência Meteorológica do Ruanda advertiu que a precipitação será ligeiramente superior ao normal em muitas partes do país.


ESPANHA: Há uma praia em que a areia parece pipocas. 'Roubos' colocam-na em risco... Governo local emitiu alerta para que turistas deixem de levar as rochas como recordação.

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Notícias ao Minuto   03/05/23 

Trazer lembranças das férias é um ato normal, mas uma praia nas Ilhas Canárias, em Espanha,  está a ter problemas com essa situação.

Em causa está a forma única da areia da praia de El Hierro, que muitos dizem parecer pipocas. A raridade tem encantado os turistas da região, que acabam por querer trazer uma amostra da areia como recordação.

A praia situa-se na cidade de Corralejo, no município de La Oliva, e já foi apelidada de 'Praia das Pipocas'.

O governo local já lançou campanhas para impedir que as pessoas levem as pedras da praia para casa, alegando que isso está a causar grandes danos à praia.

Especialistas alegam que todos os meses são "roubados" cerca de 10 quilogramas de 'pipocas' da praia. 

Esta não é a única praia com o areal semelhante, contudo é a única onde estas surgem em tamanha quantidade.


Depois de 70 anos de espera, Carlos III sobe finalmente ao trono. O que muda na vida de William, Kate, George e Harry?

Andreia Miranda  cnnportugal.iol.pt  03/05/23

Mais responsabilidade, mais visibilidade, mais exposição, mas também mais recato. Com a subida de Carlos III ao trono, os príncipes de Gales e o duque de Sussex vão sofrer mudanças "meramente simbólicas, mas também práticas"

No dia 8 de setembro, aquando da morte da rainha Isabel II, o príncipe William e a mulher, Kate Middleton, receberam novos títulos: deixaram de ser apenas duques de Cambridge e passaram a ser duques da Cornualha e de Cambridge. Essa mudança duraria até ao primeiro discurso do rei Carlos III, onde se ficou a saber que William e Kate iriam assumir os títulos de príncipes de Gales, que foram usados por Carlos e Diana. 

O acréscimo de títulos traz novas responsabilidades. William é não só filho do rei como o herdeiro ao trono, o que significa que é também o braço direito do novo soberano e quem assume compromissos em seu nome, à semelhança de outros membros trabalhadores.

Com a coroação de Carlos III, que acontece no próximo sábado, são várias as alterações na vida de William e Kate que, pouco antes da morte de Isabel II, já tinham assumido mais responsabilidades na família real e tinham até mudado de casa, passando a viver em Windsor para estar mais perto da rainha. Uma mudança que o embaixador José de Bouza Serrano considera normal, uma vez que "agora, William e Kate são os herdeiros aparentes e depois é o príncipe George".

Com a subida de Carlos ao trono, cada herdeiro muda de número na linha de sucessão, William passa a primeiro, George a segundo, Charlotte a terceiro, Louis a quarto, e Harry, que se afastou dos deveres reais, cai para quinto. 

Para o especialista em realeza Alberto Miranda, ao longo dos anos, Carlos teve como papel principal "assegurar que o seu descendente direto, herdeiro número um, está preparado no futuro para assegurar também a chefia de Estado". E William, apesar de não ter "um papel formal e constitucional" definido enquanto príncipe herdeiro, para além de esperar pela sua vez e gerar um herdeiro, sabe que "tem de cumprir os seus deveres oficiais em nome do rei".

William e Carlos (Jon Super - WPA Pool/Getty Images)

"De facto, a subida de Carlos ao trono implica uma mudança no seio da família real britânica e com efeitos, não só meramente simbólicos, mas também práticos. A começar desde logo pela maior exposição que o cargo lhes traz, uma maior exposição pública. Um papel que Diana sentiu logo na pele quando se tornou princesa de Gales. E esta exposição pública tem as suas consequências, mas tem também as suas vantagens", explica o jornalista, referindo-se às causas sociais apoiadas pelos duques da Cornualha.

Quem também passará a ter maior exposição pública será o príncipe George, que agora assume o papel que durante 40 anos foi de William - o de filho do herdeiro ao trono de Inglaterra - com o fator de ainda ser criança e de "gerar maior identificação, magia, atração e comunhão para com a família real".

José de Bouza Serrano lembra que "George ainda é pequenino" e que seguirá o pai "por osmose e por repetição", mas que toda a educação do príncipe vem do berço e que isso é visível no dia a dia. Opinião que Alberto Miranda corrobora, reiterando que "a educação para o futuro é muito importante".

"George vai ser chamado a reinar no futuro e é importantíssima esta educação dos filhos para a causa, porque há um papel futuro que é preciso fazer. Nós já sabemos que os filhos do William são educados desde o berço para este papel, mas a partir de agora a exposição é maior, e esse trabalho é feito diariamente desde o acordar até ao dormir, desde o nascimento até à morte. Este papel, esta educação, foi o que fez Carlos quando educou os seus filhos, William e Harry."

O ducado da Cornualha

Lembrando que William para além de príncipe de Gales é também duque da Cornualha, "título que foi de Carlos toda a vida até à morte da mãe", Alberto Miranda recorda que este é um "ducado que se transmite de príncipe herdeiro para príncipe herdeiro". 

"O próximo duque da Cornualha, quando William for rei, será o George, e depois o filho do George. Passa de geração em geração, mas sempre de príncipe herdeiro para príncipe herdeiro. E este é um ducado de onde provém os seus rendimentos pessoais privados e é muito lucrativo, por exemplo, por ano, valores recentes dizem que são mais de 23 milhões. Esta propriedade comercial é muito lucrativa e é agora a fonte de rendimento do cliente para si e para a sua família, e de onde ele paga aos empregados. Isto também é uma mudança na vida do William. Poderá não ter efeitos visíveis, mas é muito importante na vida desta mudança", afirma, acrescentando que "o príncipe Harry fala no livro 'A Sombra' que o pai cortou o apoio que lhe dava, tendo ele um ducado tão lucrativo quanto era o da Cornualha".

Segundo os últimos dados, o ducado da Cornualha vale mais de mil milhões de libras e os lucros revertem automaticamente para o herdeiro masculino do trono.

Também o príncipe Harry verá a sua vida mudar. A mudança mais esperada seria, segundo Alberto Miranda, "a verdadeira reconciliação com o pai", no entanto, além disso é esperado que o duque de Sussex passe a ter um "maior recato na sua exposição agora que o pai é rei".

"Sendo ele pai de dois príncipes, Harry terá de educar os filhos nesta tradição do que é ser príncipe. Porque queria tanto que os filhos fossem príncipes, e se fez essa exigência, e disse-o várias vezes, que achava discriminatório os filhos não serem príncipes, agora vai ter de educar os filhos como príncipes. Mas o que é que também se espera de Harry? Carlos quer que o filho, o seu amado filho, como ele diz, e que apesar de viver no estrangeiro, tenha agora um maior recato, uma maior contenção nas suas exposições, nas suas opiniões, porque tudo o que Harry tem falado afeta a imagem da família real. E a família real sendo a que dá o exemplo, a que é um modelo de virtudes, não pode ter este elemento perturbador."

A cerimónia de coroação do rei Carlos III e da rainha consorte Camilla vai decorrer no próximo dia 6 de maio, na abadia de Westminster, em Londres. Os britânicos vão ter direito a um fim de semana prolongado para festejar os novos reis, que contará não só com a cerimónia, mas também com um concerto e ações de voluntariado.

LÍBIA: Seis líbios enfrentam possível pena de morte após tornarem-se cristãos... Homens e mulheres foram detidos em março.

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Notícias ao Minuto  03/05/23 

Seis homens e mulheres líbios enfrentam uma possível pena de morte ao converterem-se ao cristianismo, avançou o jornal britânico The Guardian, citando ativistas que acusam o governo líbio de estar a utilizar estas leis para silenciar a sociedade civil.

A justiça líbia valeu-se do artigo 207 do código penal do país do norte de África, que prevê castigos para tentativas de partilhar opiniões que pretendam "alterar princípios constitucionais fundamentais, ou as estruturas fundamentais da ordem social".

Os seis elementos, alguns deles pertencentes a grupos étnicos minoritários, foram detidos em diferentes ocasiões, em março. Já no mês passado, também dois cidadãos norte-americanos terão sido detidos pela Agência de Segurança Interna da Líbia, acusados de professar o cristianismo e de apostasia do islão. Terão deixado, entretanto, o país.

"Houve um aumento no uso do artigo 207 contra ativistas da sociedade civil e organizações internacionais na Líbia, no ano passado. Até hoje, ainda sou ameaçada apenas por defender a liberdade de crença. A sociedade não aceita discussões sobre a liberdade de crença”, disse Noura Eljerbi, uma ativista dos Direitos Humanos citada pelo Guardian.

A ativista revelou ainda que, mesmo antes da detenção destas pessoas, "houve uma forte campanha contra eles nas redes sociais".

Se é certo que a constituição interina do país, aprovada em 2011, após a morte do antigo líder Muammar Gaddafi, garante aos não-muçulmanos a liberdade de praticar a sua fé, as lutas políticas entre o governo islamista de Tripoli e o governo secular de Tobruk levaram a uma suspensão da constituição, conforme explica o The Guardian.


Leia Também: Mais 470 migrantes intercetados no mar e devolvidos à Libia

Incêndio atinge depósito de combustível na Rússia junto à Ucrânia

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POR LUSA  03/05/23 

Um incêndio está a destruir um depósito de combustível em Volna, região russa de Krasnodar, a pouco mais de dez quilómetros da ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, território ucraniano anexado por Moscovo em 2014.

"O incêndio atinge uma superfície de 1.200 metros quadrados. No combate às chamas participam 23 unidades de veículos especiais e 85 bombeiros", disse o chefe da administração local, Fiodor Babenkov através de uma mensagem no sistema de mensagens Telegram.


Trata-se do segundo incêndio a atingir depósitos de combustíveis em território da Rússia nos últimos quatro dias.  

Na madrugada do passado sábado um ataque com aparelhos aéreos não pilotados (drones) provocou um incêndio num depósito de combustível no porto de Sebastopol, na Crimeia, a principal base da Frota Russa no Mar Negro. 

Segundo o governador de Krasnodar, Veniamin Kondratiev, o incêndio de Volna não provocou vítimas, até ao momento. 

"Nas redes sociais estão a ser difundidas informações de que começou a retirada dos habitantes de Volna (...) estas informações não correspondem à realidade", disse Kondratiev.

O governador acrescentou que a situação não exige a evacuação do local e pediu à população para "conservar a calma" não adiantando as causas que provocaram o fogo.

Até ao momento a situação em Volna ainda não foi verificada por fontes independentes. 


Cerca de 38 milhões de pessoas na UE não têm acesso a alimentos saudáveis

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POR LUSA   03/05/23 

Cerca de 38 milhões de pessoas na União Europeia (UE) não têm acesso a uma alimentação suficientemente saudável e sustentável, alertou hoje a organização não-governamental WWF, garantindo que é uma tendência que está a crescer desde 2015.

Num relatório hoje publicado, o World Wild Fund for Nature [Fundo Mundial para a Natureza] declarou que o atual sistema alimentar da UE é uma ameaça, pois depende fortemente da importação de matérias-primas agrícolas "caras" -- como fertilizantes - para apoiar a agricultura intensiva, "incentivando o consumo pouco saudável".

"O sistema alimentar da UE está a provocar a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas, ao mesmo tempo que torna extremamente difícil para muitos cidadãos o acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis", afirmou Giulia Riedo, responsável pela política alimentar e agrícola sustentável do WWF.

Na Europa, a proporção de terras de cultivo usadas para alimentar o gado é maior do que a média mundial, pois mais produtos de origem animal são consumidos 'per capita' e há um forte mercado de exportação de produtos de origem animal, segundo o documento.

A ONG apontou que se for promovida a produção de cultivos de origem vegetal e reduzido o consumo de carne, a importação de rações e o uso de fertilizantes diminuiriam 23,4% e, com a redução de custos, a alimentação saudável estaria mais acessível.

Além disso, o relatório salientou que a UE é particularmente "vulnerável" a distorções no mercado de fertilizantes, pois representam 18% dos custos das matérias-primas para as culturas.

Nos países da UE existem 179,9 milhões de hectares de terras agrícolas, dos quais 74% são fertilizados.

O WWF garante que a redução do consumo animal em alimentos, particularmente aquele proveniente de sistemas pecuários industriais intensivos -- que dependem em grande parte de rações e fertilizantes importados -- reduziria a quantidade total de terra necessária e teria efeitos benéficos no meio ambiente, no bem-estar e na saúde humana.


"As importações de ração e fertilizantes interrompem os ciclos de nutrientes, são um uso ineficiente de calorias e causam impactos ambientais significativos", observou o WWF.


O quadro legislativo da UE para sistemas alimentares sustentáveis, apontou a organização, deve estabelecer uma visão para 2050 e garantir a coerência entre as políticas relacionadas com a alimentação.

O relatório considerou que esta política comunitária tem de incluir objetivos vinculativos intermédios e finais que se apliquem a todo o sistema alimentar, desde a produção ao consumo, e incluir um mecanismo de avaliação que vigie todos os progressos.

De acordo com o WWF, a estratégia "Farm to Fork" da Comissão Europeia dá à Europa "a oportunidade de ser um exportador líquido de calorias, nutrientes e proteínas, ao mesmo tempo em que melhora a segurança alimentar e a resiliência a longo prazo".



ALEMANHA: Megaoperação contra máfia em vários países europeus, Portugal incluído

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Notícias ao Minuto  03/05/23 

Em território alemão, as operações decorreram, sobretudo, nos estados de Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado.

As autoridades alemãs iniciaram, esta quarta-feira, uma série de operações policias contra elementos do grupo mafioso 'Ndrangheta.

A polícia efetuou dezenas de detenções e buscas em residências esta madrugada em toda a Alemanha, numa operação que envolveu mais de mil agentes que realizaram buscas em dezenas de casas, escritórios e lojas nos estados da Baviera, Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado, informaram os procuradores num comunicado conjunto.

Outras forças de segurança atuam neste âmbito em países como a Bélgica, França, Itália - e mesmo em Portugal, refere o jornal alemão Bild.

As operações decorreram, sobretudo, nos estados de Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado.

"Entre outros crimes, os arguidos são acusados de branqueamento de capitais, evasão fiscal, fraude comercial e contrabando de estupefacientes", refere-se num comunicado do gabinete estatal de investigação criminal da Renânia do Norte-Vestefália".

As rusgas fazem parte de uma investigação conjunta que envolve a Europol.


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MINISTÉRIO DAS FINANÇAS ESCLARECE QUE, AS ISENÇÕES ADUANEIRAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS SÃO APLICADAS NO ÂMBITO DO REGIME GERAL DE ISENÇÕES E DA LEI QUADRO DE PARTIDOS POLÍTICOS.

Por Ministério das Finanças

Polícia detém homem suspeito de matar a tiro cinco vizinhos nos EUA

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POR LUSA  03/05/23 

A polícia do estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, anunciou ter detido o suspeito de ter matado a tiro cinco vizinhos após um deles se ter queixado do barulho, na sexta-feira.

Francisco Oropeza, 38 anos, foi detido na terça-feira, quatro dias depois, na cidade de Cleveland, a cerca de 72 quilómetros a norte da capital do estado, Houston, disse o xerife do condado de Montgomery, Rand Henderson.

O suspeito, de nacionalidade mexicana, foi detido sem incidentes, disse Henderson. O xerife não mencionou se Oropeza estava armado nem como as autoridades descobriram onde se encontrava o suspeito.

Mais de 250 agentes de várias forças de segurança, assim como drones e cães, participaram na caça ao homem por Oropeza, que incluiu vasculhar uma floresta densamente arborizada a alguns quilómetros do local do tiroteio.

O governador do Texas Greg Abbott tinha no fim de semana oferecido uma recompensa de 50 mil dólares (45 mil euros) a qualquer pessoa que tivesse informações que levassem à detenção de Oropeza.

Ao anunciar a recompensa, o republicano descreveu todas as cinco vítimas, de nacionalidade hondurenha, como "imigrantes ilegais", uma afirmação falsa que originou críticas e levou o gabinete de Abbott a pedir desculpas públicas na segunda-feira.

Oropeza tinha sido deportado quatro vezes para o México, de acordo com as autoridades de imigração dos EUA, a última das quais em janeiro de 2012.

O suspeito era conhecido na vizinhança de Cleveland porque gostava de disparar armas no jardim da sua casa e a polícia já tinha sido chamada a intervir algumas vezes, disse no sábado o xerife do condado de San Jacinto, Greg Capers.

Na noite de sexta-feira, o homem estava novamente a disparar quando foi abordado por um vizinho que lhe pediu que parasse porque já era tarde e estavam a tentar adormecer um bebé.

O suspeito respondeu invadindo a casa dos vizinhos, onde viviam dez pessoas naturais das Honduras, e matando cinco delas, incluindo uma criança de 9 anos, como se fosse uma "execução", descreveu Capers.

De acordo com o Gun Violence Archive (GVA), um projeto sem fins lucrativos que regista eventos de violência armada nos Estados Unidos, houve 176 tiroteios em massa desde o início de 2023

O Texas enfrentou vários tiroteios em massa nos últimos anos, incluindo o ataque do ano passado numa escola em Uvalde, que vitimou 19 alunos e dois professores.

Os líderes republicanos do Texas têm rejeitado repetidamente os apelos a novas restrições ao porte e uso de armas de fogo, inclusive este ano, em protestos liderados por várias famílias cujos filhos foram mortos em Uvalde.

Na segunda-feira, a Casa Branca voltou a pedir ao Congresso que aprove leis que restrinjam o uso de armas de fogo.


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REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS: Sete em cada 10 países tem um ambiente jornalístico mau

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POR LUSA  03/05/23 

O ambiente do jornalismo é mau em sete em cada 10 países, revela a 21.ª edição do Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, hoje divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

No Dia Mundial da Liberdade, que hoje se celebra, o relatório da RSF - que analisa a situação em 180 países ou territórios - diz que a situação é "muito má" em 31 países, "má" em 42 países, "problemática" em 55 e "boa" ou "razoavelmente boa" em 52 países.

Pelo sétimo ano consecutivo, a Noruega aparece como o país com melhor ambiente para o jornalismo, mas o segundo lugar não é ocupado por um país nórdico (o que é invulgar em relação às recentes edições do inquérito), surgindo aí a Irlanda, que subiu quatro posições, ficando à frente da Dinamarca.

Portugal aparece em nono lugar, a primeira posição no patamar dos países com a classificação de ambiente "razoavelmente bom", a uma posição do patamar de "bom", atrás da Estónia e à frente de Timor-Leste, Liechtenstein e Suíça.

Nos três últimos lugares do 'ranking' da RSF aparecem apenas países asiáticos: Vietname (um país acusado de ter expulsado todos os jornalistas independentes), China (que caiu quatro posições no último ano) e Coreia do Norte (que é considerado um dos maiores exportadores de propaganda).

O relatório revela ainda que o cenário de desinformação global tem sido favorável para o aumento de propaganda na Rússia, que aparece no lugar 164 da lista, depois de cair nove lugares no último ano.

Os Estados Unidos também caíram três posições nos últimos 12 meses, com registo de um ambiente mais problemático para os jornalistas a nível da imprensa regional, nomeadamente por causa de situações de violência sobre repórteres.

"O Índice Mundial de Liberdade de Imprensa mostra uma enorme volatilidade, com grandes subidas e quedas e mudanças inéditas, como a ascensão do Brasil à 18ª posição e a queda de 31 lugares do Senegal. Essa instabilidade é resultado do aumento agressividade por parte das autoridades em muitos países e da crescente animosidade contra jornalistas nas redes sociais e no mundo físico", comentou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.

A edição deste ano do Índice sublinha ainda os efeitos dramáticos provocados pelo impacto do ecossistema digital, nomeadamente as redes sociais digitais, no fluxo informativo.

Em 118 países, a maioria dos inquiridos por este inquérito relataram situações em que os atores políticos nos seus países foram sistematicamente envolvidos em campanhas massivas de desinformação nas redes sociais.

Por outro lado, este documento da RSF destaca que a fronteira entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o real e o fictício é cada vez mais ténue e difícil de aferir.

A organização antecipa que esta situação pode agravar-se nos próximos anos, com a emergência de mecanismos de Inteligência Artificial (IA) no terreno da produção de conteúdos informativos, alavancada pelas recentes evoluções.

"A IA está a digerir conteúdo e a regurgitá-lo de forma sintética com regras que desrespeitam os princípios de rigor e fiabilidade", concluem os analistas do Índice hoje divulgado.


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Frente Cívica pede a Marcelo que exonere o atual Governo

Por cnnportugal.iol.pt,  03/05/23

O pedido da associação surge depois de o Presidente da República ter mostrado a sua discordância em relação à recusa do primeiro-ministro, António Costa, em aceitar o pedido de demissão do ministro João Galamba

A associação Frente Cívica exortou na terça-feira o presidente da República a exonerar este Governo na sequência da recusa do primeiro-ministro em aceitar a demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Numa nota, a associação revelou que escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa para lhe pedir que demita o Governo, sugerindo ainda que “o líder do partido mais votado, que dispõe de uma maioria absoluta clara e que resulta de um resultado eleitoral ainda recente, deverá apresentar uma nova proposta de Governo e submeter o respetivo programa à Assembleia da República”.

O pedido da associação surge depois de o Presidente da República ter mostrado a sua discordância em relação à recusa do primeiro-ministro, António Costa, em aceitar o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba, na sequência de uma polémica com um seu ex-adjunto a propósito do caso TAP.

“Em síntese, o comportamento deplorável que ocorreu no Ministério das Infraestruturas não configura para o primeiro-ministro uma situação suficientemente grave para a exoneração do ministro. Esta atuação choca os portugueses e configura, em nosso entender, um irregular funcionamento das instituições”, defende, na carta enviada a Marcelo, a associação.

Nos últimos dias, o ministro das Infraestruturas tem estado envolvido em polémica com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, que demitiu há uma semana, sobre informações a prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.

O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestrutura e furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Na terça-feira, durante a manhã, o primeiro-ministro recebeu o ministro João Galamba na residência oficial de São Bento. Depois, de tarde, esteve no Palácio de Belém, entre cerca das 17:00 e as 18:45, numa audiência que solicitou ao Presidente da República.

Perto das 20:20, o ministro das Infraestruturas divulgou um comunicado a informar que "no atual quadro de perceção criado na opinião pública" tinha apresentado o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, "em prol da necessária tranquilidade institucional" – que António Costa recusaria cerca de meia hora depois.

António Costa considerou que a João Galamba não é "imputável pessoalmente qualquer falha" e disse que mantê-lo como ministro é uma decisão que o "responsabiliza integralmente" como primeiro-ministro, tomada provavelmente contra a opinião da maioria dos portugueses e certamente contra os comentadores.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, depois de António Costa anunciar a decisão de não aceitar o pedido de demissão de João Galamba, o Presidente da República assumiu uma discordância em relação ao primeiro-ministro "quanto à leitura política dos factos" que o levaram a manter João Galamba "no que respeita ao prestígio das instituições".

"O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.


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Costa assume que não demitir Galamba vai contra a maré da opinião pública

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POR LUSA   02/05/23 

O primeiro-ministro assumiu hoje que a sua decisão de não demitir o ministro João Galamba contraria a maré da opinião pública, mas contrapôs que recusa violentar a sua consciência e alimentar "a dança" dos populismos.

António Costa fez estas declarações em São Bento, depois de confrontado com a possibilidade de a sua decisão de não exonerar o ministro das Infraestruturas poder alimentar o radicalismo político no país e isolar o seu Governo.

Perante os jornalistas, o líder do executivo assumiu que, "porventura", estará a contrariar "o sentimento da opinião pública" ao não demitir João Galamba das funções de ministro das Infraestruturas no caso que o envolve com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro por causa de informação a prestar `à comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP.

Mas logo a seguir discordou que essa sua posição possa alimentar o radicalismo político no país.

"Alimentar o radicalismo e o populismo é adequarmos o nosso comportamento ao populismo. Se violentasse a minha consciência para fazer aquilo que a opinião pública acha que deve ser feito, para fazer aquilo que os comentadores acham que deve ser feito, então estaria talvez não só a violentar a minha consciência, mas a dançar a dança populismo", sustentou.

Para António Costa, contrariar "a dança do populismo exige que em determinados momentos se saiba ser firme mesmo quando se sente que se está a ir contra a força da maré".

"Quem é primeiro-ministro não pode andar ao sabor da maré. E tem de saber que muitas vezes tem de resistir com pé firme contrariando a maré. Não é contrariar por contrariar, não é um exercício de teimosia, é um exercício de consciência", advogou.

António Costa insistiu que, caso demitisse João Galamba, sentir-se-ia desconfortável com a sua consciência.

"A responsabilidade é minha, só minha, exclusivamente minha", acentuou.

De acordo com António Costa, ao longo dos últimos dias e, sobretudo, durante o dia de hoje, apurou factos diferentes daqueles que têm sido veiculados para a opinião pública em relação aos episódios que opõem João Galamba e o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, demitido na quarta-feira.

"Sei que aquilo que tem sido dito repetidas vezes é o contrário daquilo que apurei. Tem sido dito que o ministro quis ocultar informação à comissão parlamentar de inquérito, mas é falso; e diz-se que deu ordem aos serviços de informações ou quis utilizá-los, também é falso", considerou.

O primeiro-ministro concluiu então que não conseguiu corroborar "a essência das acusações que têm sido dirigidas ao ministro das Infraestruturas".

"Portanto, em consciência, não posso aceitar a sua demissão", frisou, já depois de ter pronunciado sobre o cenário de, mais tarde, o ministro revelar objetivamente que falhou no exercício das suas funções.

"O tempo permitirá revelar um excelente ministro das Infraestruturas. Se assim não for, a responsabilidade, naturalmente, é minha, porque é a mim que me cabe propor a nomeação e exoneração dos membros do Governo, e pelos seus atos e omissões sou eu que respondo", disse.

Mas António Costa foi ainda mais longe neste ponto, advertindo que "nem sempre é fácil tomar decisões".

"Seria seguramente muito mais fácil seguir a opinião unânime dos comentadores, seria seguramente mais fácil aceitar este pedido de demissão, seria seguramente mais fácil ouvir o que a generalidade dos agentes políticos tem dito. Mas entre a facilidade e a minha consciência, lamento desiludir aqueles que vou desiludir, mas dou primazia à minha consciência", acrescentou.


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Desinformação é ameaça e "sem imprensa não há liberdade", diz ONU

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POR LUSA   02/05/23 

 A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou hoje o crescimento da desinformação e o aumento da censura e dos ataques contra jornalistas, alertando que "sem imprensa não há liberdade".

A organização antecipou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado a 03 de maio, com um evento na sua sede para comemorar o 30.º aniversário do início desta celebração anual e analisar os principais problemas que os meios de comunicação enfrentam.

E o cenário é bastante preocupante, segundo as mensagens expressas hoje por dirigentes, especialistas e jornalistas das Nações Unidas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou numa mensagem de vídeo que a "verdade está ameaçada" por aqueles que procuram apagar "as linhas entre factos e ficção, entre ciência e conspiração".

Guterres denunciou também a "crescente concentração dos meios de comunicação em poucas mãos", o colapso financeiro que eliminou uma variedade de títulos independentes, a par do aumento das regulamentações que limitam o trabalho dos jornalistas e ampliam a censura e os ataques sofridos pelos repórteres.

"Jornalistas independentes e a liberdade de imprensa estão a ser atacados em todo o mundo. Sem jornalistas a fornecer notícias e informações nas quais as pessoas possam confiar, temo que continuaremos a ver os laços cívicos a desfazer-se, as normas democráticas corroídas e prejudicada a confiança em instituições e pessoas, que são tão essenciais para a ordem mundial", alertou Arthur Gregg Sulzberger, presidente e editor do The New York Times.

Sulzberger comparou a difícil situação com a "esperança" que existia há 30 anos, quando foi instituído o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, quando o fim da Guerra Fria sugeria a expansão das liberdades e em que os grandes meios de comunicação gozavam de força económica.

No entanto, o advento da Internet - com os danos ao modelo tradicional de negócio e a fácil disseminação da desinformação - transformou essa era em algo passageiro e resultou num período de "debilidade para a imprensa" que desestabilizou as democracias e beneficiou autocratas, observou.

O responsável pelo jornal nova-iorquino, que proferiu um dos discursos centrais da conferência de hoje, alertou para a difícil situação enfrentada em países onde as liberdades de imprensa eram robustas e noutros onde já eram débeis ou inexistentes.

No primeiro caso, disse Sulzberger, os jornalistas enfrentam agora campanhas sistemáticas que minam a sua credibilidade e ataques às proteções legais que garantem a realização do seu trabalho.

No segundo, os profissionais de comunicação sofrem crescentes níveis de assédio e violência, com números recorde de homicídios e prisões.

Sulzberger chamou a atenção para ataques à imprensa em países como China, Hungria, Egito, Nicarágua ou Rússia.

"Há um ataque global aos jornalistas, ao seu trabalho e ao direito do público de saber", insistiu.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, alertou para a ameaça que isso representa para todos os habitantes do planeta.

"Sem a imprensa não há liberdade", disse, citando a jornalista filipina Maria Ressa, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2021.

Guterres também insistiu nessa ideia: "Basicamente toda a nossa liberdade depende da liberdade de imprensa", sublinhou.