quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Rússia diz que Pequim já apresentou plano de paz a Moscovo

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POR LUSA   22/02/23 

A China apresentou à Rússia a sua visão para "a solução política" do conflito na Ucrânia, que deve ser tornada pública ainda esta semana, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

"Os aliados chineses partilharam connosco os seus pensamentos sobre as causas profundas da crise ucraniana, bem como as suas abordagens para uma solução política", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em comunicado, após a viagem a Moscovo do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.

A diplomacia russa adiantou que o plano chinês deve ser conhecido ainda esta semana.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo esclareceu ainda que não se trata de "um plano de paz separado".

País aliado da Rússia, a China nunca apoiou, nem criticou publicamente, a invasão da Ucrânia, embora tenha expressado repetidamente o seu apoio a Moscovo face às sanções ocidentais.

Contudo, ao mesmo tempo, Pequim sempre pediu respeito pela integridade territorial da Ucrânia, enquanto Moscovo reivindica a anexação de cinco regiões ucranianas.

O Governo ucraniano já reagiu a este anúncio de Moscovo, dizendo que Pequim não consultou Kiev na preparação deste plano de paz para o conflito.

"A China não nos consultou", disse uma fonte do Governo ucraniano.

Contudo, na terça-feira, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, que se encontrou com o seu homólogo chinês na Alemanha, revelou em Bruxelas que este último o "informou sobre os elementos-chave do plano de paz chinês".

"Aguardamos pelo documento para o estudar em pormenor, para não tirarmos conclusões com base na apresentação oral", explicou Kuleba.

Hoje, um alto responsável ucraniano avisou que nenhum plano de paz deve ultrapassar "as linhas vermelhas" definidas por Kiev, incluindo concessões territoriais à Rússia, que ocupa territórios no leste e sul do país.

"Para a Ucrânia, as linhas vermelhas são os princípios da carta da ONU, incluindo o respeito pela integridade territorial ucraniana", disse este funcionário.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Tendências da seca no Corno de África são piores do que na fome de 2011

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POR LUSA  22/02/23 

As perspetivas da seca histórica no Corno de África são agora piores do que a situação que ocorreu em 2011, quando pelo menos 250 mil pessoas morreram de fome, alertou hoje um centro de estudos climáticos.

"Esta pode ser a sexta temporada de chuvas consecutiva falhada" na região, que inclui Somália, Etiópia e Quénia, revelou o Centro de Previsão e Aplicação Climática da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla em inglês), já que são esperadas chuvas abaixo do normal na estação chuvosa dos próximos três meses.

A seca, a mais longa de que há registo na Somália, dura há quase três anos, dezenas de milhares de pessoas terão já morrido e mais de um milhão foram deslocadas, de acordo com as Nações Unidas.

No mês passado, o coordenador da ONU na Somália alertou que o excesso de mortes neste país "quase certamente" superará as da fome declarada em 2011.

Cerca de 23 milhões de pessoas estarão em situação de elevada insegurança alimentar na Somália, Etiópia e Quénia, de acordo com estimativas de um grupo de trabalho de segurança alimentar presidido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a IGAD.

Já morreram 11 milhões de animais essenciais para muitas famílias, e muitas pessoas afetadas em toda a região são pastores ou agricultores que viram as colheitas murcharem e as fontes de água secarem.

Além disso, a guerra na Ucrânia afetou a resposta humanitária, uma vez que os doadores tradicionais na Europa desviam fundos para a crise mais perto dos seus países, refere ainda a organização regional em comunicado.

O secretário-executivo da IGAD, Workneh Gebeyehu, pediu aos governos e parceiros para agirem "antes que seja tarde demais".


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JOE BIDEN: Suspensão da participação da Rússia no START III é um "erro grave"

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POR LUSA  22/02/23 

O Presidente norte-americano, Joe Biden, considerou hoje que o homólogo russo, Vladimir Putin, cometeu um "erro grave" ao suspender a participação de Moscovo no último tratado remanescente do controlo de armas nucleares entre os Estados Unidos e a Rússia.

Ao comentar pela primeira vez a decisão russa, anunciada terça-feira por Putin, Biden, que está na Polónia para se reunir com os aliados do flanco oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), condenou a decisão russa de se retirar do Tratado de Desarmamento Nuclear START III, também conhecido por Novo START.

Quando Biden entrou no palácio presidencial em Varsóvia para uma reunião com países do flanco oriental da NATO, um jornalista pediu-lhe que reagisse à decisão de Putin.

A princípio, o presidente dos Estados Unidos disse, a brincar, que "não tinha tempo". No entanto, logo a seguir, depois de uma pausa, comentou: "grande erro".

Terça-feira, no discurso sobre o estado da nação, Putin disse que Moscovo vai retirar-se do tratado por causa do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e acusou Washington e os aliados da NATO de trabalharem abertamente para a destruição da Rússia.

A decisão de suspender a cooperação russa com as inspeções a mísseis e ogivas nucleares do tratado acontece depois de Moscovo ter cancelado, no final de 2022, as negociações que pretendiam salvar um acordo que ambos os lados se acusaram mutuamente de o violar.

Hoje, os deputados da Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) por unanimidade a proposta de Putin, que entrará em vigor após a publicação oficial. 

De acordo com o texto da lei, só o Presidente da Rússia pode vir a decidir "no futuro" se Moscovo regressa ao cumprimento das obrigações no quadro do tratado de controlo de armas, o último que estava vigente entre Moscovo e Washington. 

O Novo START foi assinado em Praga a 08 de abril de 2010 pelos antigos chefes de Estado norte-americano, Barack Obama, e russo Dmitri Medvedev e limitou o número de armas nucleares estratégicas a um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos (terra, mar e ar) para cada uma das potências. 


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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

OUSMANE SONKO: Justiça do Senegal mantém decisão de julgar líder da oposição

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POR LUSA  21/02/23 

A justiça senegalesa manteve , esta terça-feira, a decisão de julgar o líder da oposição, Ousmane Sonko, por alegada "violação e ameaças de morte", considerando "inadmissível" o pedido da sua defesa para anular esta decisão.

Ousmane Sonko, presidente do partido dos Patriotas do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (Pastef), foi acusado em março de 2021 de "violação e ameaças de morte", após a denúncia de uma funcionária de um salão de beleza em Dakar, onde o líder da oposição iria fazer uma massagem.

Um juiz de instrução decidiu, em 18 de janeiro, que Ousmane Sonko seria julgado num tribunal criminal, decisão que a defesa do líder do Pastef contestou.

"O recurso foi considerado inadmissível", disse hoje à agência de notícias France-Presse (AFP) um advogado de Sonko.

Nos últimos dois anos, Sonko, terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2019 e putativo candidato às eleições no próximo ano, foi por diversas vezes levado a tribunal, sempre acompanhado por grande aparato policial.

Em 03 de março de 2021, Sonko foi intimado pelo tribunal de Dakar para prestar declarações sobre essas acusações e nesse mesmo dia ficou detido por perturbar a ordem pública quando a sua caravana automóvel, rodeada por dezenas de apoiadores, se dirigia para o edifício.

A sua detenção desencadeou uma onda de protestos violentos que causaram 13 mortes e saques em vários supermercados e postos de gasolina (principalmente das empresas francesas Auchan e Total, como símbolo da agitação social que rodeou as relações de França com as suas ex-colónias), assaltos a uma estação de rádio e um jornal e ataques a edifícios públicos, entre outros.

Sonko tem insistido que está a ser alvo de uma conspiração para o manter fora das eleições presidenciais e que o poder judicial está a ser utilizado pelo presidente, Macky Sall, o que este refuta.

Conhecido pelo seu discurso soberanista e antissistema, o líder da oposição critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, e tem muitos seguidores entre a juventude senegalesa.

Sonko ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2019, nas quais Sall ganhou um segundo mandato, mas é o principal líder da oposição depois de o candidato que ficou em segundo lugar, Idrissa Seck, se ter juntado à maioria governamental.

O Senegal planeia realizar eleições presidenciais em 2024, escrutínio ao qual Sall ainda não deixou claro se concorrerá a um polémico terceiro mandato que a Constituição não permite.

Em agosto passado, Sonko anunciou a candidatura às eleições presidenciais após o sucesso da oposição nas eleições autárquicas e legislativas realizadas em janeiro e julho de 2022.

Nas autárquicas, Sonko foi eleito presidente da câmara de Ziguinchor, cidade capital da conturbada província de Casamansa, no sul do país e que faz fronteira com a Guiné-Bissau.


Poeiras do norte de África estão de volta. Atividades no exterior devem ser evitadas, diz DGS

 As poeiras do norte de África estão de volta e alastraram-se a todo o país. 

A Direção-Geral da Saúde recomenda às pessoas com doenças respiratórias que saiam o menos possível e que fechem bem as janelas de casa. 

Cnnportugal.iol.pt

Pelo menos 70 soldados mortos em 4 dias em dois ataques no Burkina Faso

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POR LUSA   21/02/23 

Pelo menos 70 soldados do Burkina Faso foram mortos em quatro dias em dois ataques no norte, que confirmam o ressurgimento das violências 'jihadistas' no país africano desde o início do ano.

Desde o início de janeiro os ataques mortíferos atribuídos a grupos 'jihadistas' provocaram mais de 200 mortos, civis e militares.

Na noite de segunda-feira, pelo menos 15 soldados foram mortos na província de Oudalan, norte, a poucos quilómetros da fronteira do Mali, indicaram fontes dos serviços de segurança citados pela agência noticiosa AFP.

"O destacamento de Tin-Akoff foi alvo de um violento ataque", indicou um dos responsáveis. No entanto, o balanço pode agravar-se, com uma segunda fonte a avançar com um balanço de 19 mortos e "dezenas de desaparecidos".

A resposta aérea e terrestre do exército permitiu "neutralizar dezenas de terroristas" e "as operações prosseguem na província de Oudalan", avançaram.

As Forças Armadas do Burkina Faso confirmaram na segunda-feira que 51 soldados foram mortos no ataque e acrescentaram que 160 rebeldes foram mortos em atentados subsequentes e em operações desencadeadas em resposta à emboscada.

O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro de 2022 contra o então presidente, Roch Marc Christian Kaboré, tem enfrentado uma insegurança crescente desde 2015.

A junta é agora chefiada por Traoré, que encenou uma revolta em setembro que foi considerada um "golpe palaciano" contra o então líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Os contínuos ataques no país, tanto por parte da Al-Qaida como das filiais do grupo terrorista Estado Islâmico na região, também contribuíram para um aumento da violência intercomunitária e promoveram o reforço de grupos de autodefesa, para os quais o governo do Burkina Faso recrutou "voluntários".

Em paralelo, no passado domingo, o exército do Burkina Faso anunciou o fim das operações da força francesa Sabre no país, três semanas após a denúncia pelo governo de transição dos acordos de defesa firmados entre Paris e Ouagadougou.

"O Estado-Maior General das Forças Armadas e o comando da Task Force Sabre organizaram no sábado, 18 de fevereiro 2023, no Campo Bila Zagre em Kamboincin [periferia de Ouagadougou], uma cerimónia solene da descida da bandeira que assinala o fim oficial das operações da 'task-force' a partir do solo do Burkina", anunciou o Estado-Maior em comunicado.

Uma fonte dos serviços de segurança local, citada pela agência noticiosa AFP, disse que "uma grande parte dos militares já partiu".

Um porta-voz do Exército francês não precisou a data da partida dos últimos soldados, acrescentou a AFP.

Fonte governamental francesa indicou, por sua vez, que os militares franceses ainda estão presentes no Burkina Faso, sem precisar o número.

Em 18 de janeiro, o governo de Ouagadougou denunciou um acordo relacionado com o estatuto das forças francesas no país e forneceu o prazo de um mês para a sua retirada. Esta decisão foi acatada por Paris alguns dias mais tarde.


"Um ditador nunca poderá acabar com o amor do povo pela liberdade"

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POR LUSA   21/02/23 

O presidente norte-americano, Joe Biden, assegurou, esta terça-feira, que "a Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia" e que o Ocidente não tenciona atacar Moscovo, como alegou o presidente russo.

"Falo uma vez mais para o povo russo. Os Estados Unidos e as nações da Europa não tentam controlar ou destruir a Rússia. O Ocidente não está a conspirar para atacar a Rússia, como disse hoje Putin", afirmou Joe Biden, durante um discurso, em Varsóvia, onde está depois de ter feito uma visita surpresa a Kyiv, na segunda-feira.

Esta terça-feira de manhã, Vladimir Putin declarou ser "impossível derrotar a Rússia no campo de batalha" e retirou o país do acordo de limitação de armas nucleares com os Estados Unidos.

O discurso de Putin, o primeiro sobre o estado da nação em quase dois anos, aconteceu três dias antes do primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

O presidente dos Estados Unidos condenou a "brutalidade" de Moscovo, que cometeu "crimes contra a Humanidade, sem vergonha nem escrúpulos": "Atacaram civis com morte e destruição, usaram a violação como arma de guerra", disse.

"A fome dos autocratas não pode ser saciada, temos de nos opor a ela. E os autocratas só entendem uma palavra: não, não, não. Não tomarás o meu país, não me tirarás a liberdade, não tomarás o meu futuro", declarou Joe Biden, acrescentando que "um ditador nunca poderá acabar com o amor do povo pela liberdade", e que as nações de todo o mundo não aceitarão "um mundo governado pelo medo e pela força".

Esta é a segunda visita oficial de Biden à Polónia nos últimos 12 meses.

Na quarta-feira, o presidente norte-americano deverá reunir-se, em Varsóvia, com os chefes de Estado e de Governo de nove países do flanco leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que ficam geograficamente mais próximos da Rússia.

Após um ano do início da ofensiva militar, levada a cabo sob o pretexto da necessidade de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia para segurança da Rússia, Putin não atingiu o objetivo de controlar totalmente o Donbass, ainda que tenha conseguido manter um corredor terrestre que une o leste ucraniano à anexada península ucraniana da Crimeia (em 2014), através da costa do mar de Azov.

Nas últimas semanas, fontes ucranianas e ocidentais têm alertado para o início de uma nova grande ofensiva russa, cenário que tem desencadeado apelos para aumentar o fornecimento de armamento a Kyiv.

Em reação à ofensiva russa, a comunidade internacional tem imposto à Rússia sanções políticas e económicas sem precedentes.


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A delegação da Guiné-Bissau na Cimeira da União África foi chefiada pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló participou em diversos eventos à margem.

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Neve, areia e mar! Uma praia no Japão junta todos esses elementos em apenas um lugar

Hokkaido Coast Japan: The Place Where the Sea Meets Snow | Nature of Japan | Heavy Snowfall   @TravelWiki


Uma praia japonesa chama bastante atenção por uma característica peculiar. O local junta o mar, areia e neve. Isso mesmo, o ambiente parece ter saído de um filme, mas a praia de Tottori, no Japão, é verdadeira.

Algumas fotos feitas do local chamaram a atenção dos internautas pelas camadas do elementos que destacam a beleza do lugar. As cores opostas e o que parece juntar paisagens distintas deixou as pessoas impressionadas.

A paisagem acontece apenas no inverno quando a neve é intensa o suficiente para cobrir boa parte da região na costa do Japão. Apesar de parecer algo muito raro, esse fenômeno é bastante comum em lugares em que o frio e a neve são insistentes.

Na Islândia, a praia de areia preta, Reynisfjara, destaca ainda mais o branco da neve.  A paisagem de tirar o fôlego também acontecem na Polônia, Noruega e Estados Unidos, assim como no Canadá.

Mesmo sendo comum, a imagem da fotógrafa Hisa, feita em San’inKaigan Unesco Global Geopark, localizado no oeste do Japão, destaca a beleza do local.

Por R7

G7: "Nunca reconheceremos anexações ou falsos referendos feitos à mão armada"

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POR LUSA  21/02/23

O grupo dos sete países mais industrializados (G7) anunciou, esta terça-feira, que jamais reconhecerá as anexações russas do território ucraniano e condenou novamente as "inaceitáveis violações" de Moscovo contra a "soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia".

Segundo uma declaração do Departamento de Estado norte-americano, citada pela agência EFE, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 afirmaram que os esforços do presidente russo, Vladimir Putin, para incorporar as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporiyia são mais um exemplo do "desrespeito flagrante pelo direito internacional" por parte da Rússia.

"Nunca reconheceremos estas chamadas anexações ou falsos referendos feitos à mão armada", declararam os ministros do G7 (Estados Unidos da América, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido), bem como a representação da União Europeia neste organismo.

O grupo de países advertiu ainda que irá impor mais sanções económicas à Rússia e às pessoas e entidades que prestam apoio político ou financeiro a estas "violações do direito internacional".

Além disso, os Estados condenaram, mais uma vez, a "retórica nuclear irresponsável" da Rússia e exigiram a Moscovo que "ponha um fim imediato" à guerra e retire todas as suas tropas e equipamento militar da Ucrânia.

A ofensiva militar russa, iniciada há um ano (em 24 de fevereiro), mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial, nos anos 40 do século passado.

O número de civis mortos na guerra e confirmados pelas Nações Unidas ultrapassou hoje a barreira dos 8.000, anunciou o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, acrescentando registar também 13.287 feridos civis.


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Parlamento Europeu envia delegação de observação às eleições na Nigéria

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POR LUSA    21/02/23 

O Parlamento Europeu vai enviar uma delegação de sete eurodeputados para observar as eleições gerais na Nigéria da próxima semana e "avaliar se estas decorreram de acordo com os compromissos internacionais e as leis nacionais do país".

Esta delegação de observação da assembleia esta terça-feira anunciada estará na Nigéria entre 23 e 27 de fevereiro e juntar-se-á à missão de observação eleitoral da União Europeia para acompanhar as eleições gerais na Nigéria, de 25 de fevereiro e 11 de março, nomeada pelo chefe da diplomacia, Josep Borrell, e encabeçada pelo eurodeputado irlandês Barry Andews.

Já a delegação do Parlamento Europeu, que não conta com qualquer deputado português, será encabeçada pelo eurodeputado sueco Evin Incir.

A UE já anunciara em janeiro que, na sequência de um convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral Independente da Nigéria, iria acompanhar o processo eleitoral, à imagem do que já fez em 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019.

Também a União Africana anunciou, na semana passada, que enviará 90 observadores às eleições gerais na Nigéria agendadas para 25 de fevereiro, integrados numa missão liderada pelo antigo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta.

O país mais populoso de África, com mais de 210 milhões de habitantes, escolherá no próximo sábado o sucessor do atual Presidente, Muhammadu Buhari, que não concorre à reeleição após terminar o segundo e último mandato de quatro anos.

As presidenciais são realizadas de acordo com um sistema a duas voltas, sendo que, para ser eleito na primeira volta, um candidato tem que receber a maioria dos votos e mais de 25% dos votos em, pelo menos, 24 dos 36 estados do país. Se nenhum candidato alcançar estes resultados, será realizada uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados no maior número de estados.

Os eleitores nigerianos escolherão ainda os 109 membros do Senado, a serem eleitos em outros tantos círculos eleitorais de um único lugar (cada estado tem três círculos, e existe ainda um para o Território da Capital Federal); e os 360 deputados à Câmara dos Representantes, mais uma vez em círculos eleitorais de um único membro.


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Carnaval2023_último dia do Desfile Nacional sob o lema "Coesão Nacional e Integração Regional" com participação alguns países da sub-região, com destaque para o Ministro da Cultura e Património Histórico do Senegal.

Vinte grupos culturais desfilam desde ontem, para demonstrar a identidade cultural que cimenta o mosaico étnico cultural do país.

 Radio Voz Do Povo 

"Traição". Grupo Wagner volta a apontar o dedo a Estado-maior russo

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POR LUSA   21/02/23 

O fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigojin, acusou, esta terça-feira, o Estado-Maior russo de "traição" por recusar-se a fornecer equipamento aos seus mercenários, na linha da frente no leste da Ucrânia.

As declarações do empresário Yevgeny Prigozhin mostram a existência de tensões entre o grupo Wagner e o exército russo, que parecem estar em competição no terreno na Ucrânia.

Prigozhin, conhecido pelos seus laços estreitos com o Kremlin, reconheceu que, por agora, a defesa russa tem ignorado todos os seus pedidos.

As tensões tornaram-se mais visíveis nas últimas semanas, à medida que as forças russas tentam conquistar a cidade oriental de Bakhmut com o exército e o grupo Wagner a reivindicar avanços, contradizendo-se.

"O Chefe do Estado-Maior e o ministro da Defesa dão ordens para que não deem munições ao grupo paramilitar Wagner, mas também para não o ajudar com o transporte aéreo", sublinhou Prigozhin, numa publicação no seu canal na rede social Telegram.

E acrescentou: "há uma oposição frontal que nada mais é do que uma tentativa de destruir Wagner. Pode ser comparada a uma traição à pátria, pois Wagner luta por Bakhmut sofrendo centenas de baixas todos os dias".

O grupo Wagner é um grupo privado criado por Prigozhin, um homem de confiança do presidente Vladimir Putin, que se dedica a combater em conflitos nos quais a Rússia é parte interessada.

Tornou-se influente em África, onde tem promovido a desinformação russa, construindo alianças com governos e obtendo acesso a petróleo, gás, ouro, diamantes e minerais valiosos.

O grupo mercenário instalou-se, nas últimas semanas, na parte oriental da Ucrânia, na região do Donbass, onde, segundo Moscovo, conseguiu avanços significativos para o exército russo.


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NATO pede a Putin para "reconsiderar" suspensão da Rússia do tratado nuclear

 Putin anunciou esta terça-feira que suspendeu a participação da Rússia no no tratado bilateral de controlo de armas nucleares Start. A NATO pede a Moscovo a reconsiderar. Durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e o chefe de política externa da UE, Josep Borrell - realizada logo após ter sido conhecida a decisão de Putin -, Stoltenberg diz que a Rússia é o "agressor"

“Foi o presidente Putin quem iniciou esta guerra imperial de conquista… Como Putin deixou claro, ele está a preparar-se para mais guerra. Putin não pode vencer, seria perigoso para a nossa própria segurança e para o mundo inteiro”, acrescentou Stoltenberg.

"Lamento a decisão da Rússia de suspender a sua participação num novo programa Start", concluiu.



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CRUZ VERMELHA RECUPERA MAIS DE 100 CRIANÇAS DESAPARECIDAS NO CARNAVAL 2023

Por: Ussumane Mané  radiosolmansi.net

Mais de cem crianças desaparecidas, foram recuperadas pela cruz vermelha da Guiné-Bissau durante três dias do carnaval 2023, na capital guineense.

Os dados foram revelados esta terça-feira (21 de Fevereiro de 2023) à Rádio Sol Mansi, pela cruz Vermelha da Guiné-Bissau, durante uma entrevista, que visa conhecer de planos de contingência da organização humanitária para o último dia do carnaval 2023.

Bubacar Condjera adjunto ponto focal RLF para o Sector Autónomo de Bissau, considera de preocupante a situação de perda de crianças verificada nos tres dias do maior evento cultural do país.

“Durante estes três dias de manifestações recuperamos mais de 100 crianças perdidas”, revelou adjunto ponto focal RLF para o Sector Autónomo de Bissau, considerando de preocupante os dados anunciados esta terça-feira.

Este responsável humanitário aconselha ainda os pais e encarregados de educação a cuidarem de seus filhos principalmente neste periodo de festejo do carnaval.

“Sempre aconselhamos os pais e encarregados de educação das criança para não deixarem os seus meninos principalmente, crianças com menos de cinco anos de idade a sair à rua neste periodo”, disse.

A Cruz vermelha da Guiné-Bissau, considera que na maioria das crianças desaparecida neste período de manifestação do carnaval, são as de menos de cinco anos de idade, que segundo a organização humanitária não tinham a necessidade de sair as ruas para assistir a maior manifestação cultural devido aglomeração de pessoas.


V Fórum Anual das Agências de Voluntariado no Espaço da CEDEAO decorre em Bissau sob o lema “Voluntários, Agentes de Coesão Social e da Promoção da Cultura de Paz face a Insegurança no Espaço da CEDEAO. O Ministro da Juventude, Cultura e Desportos, Augusto Gomes abriu o fórum que termina no próximo dia 24.

Radio Voz Do Povo 

Moscovo planeou "absorver" Bielorússia até 2030, revela investigação

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POR LUSA   21/02/23 

A Rússia elaborou uma estratégia em 2021 para "absorver" a Bielorrússia até 2030, assumindo o controlo da política, economia e potencial militar do país vizinho, segundo um documento do Kremlin ao qual o The Dossier Center teve acesso.

Segundo o The Dossier Center, do ex-oligarca e opositor no exílio Mikhail Khodorkovsky, trata-se de um documento desenvolvido pelo Kremlin em conjunto com o Serviço de Espionagem Externa, o Serviço Federal de Segurança (FSB), os serviços secretos militares (GUR) e o Estado-Maior General das Forças Armadas russas que está na posse de jornalistas da Estónia, Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, EUA, Alemanha, Suécia e Polónia.

"O Kremlin deveria adaptar a legislação bielorrussa ao russo, gerir a política externa da república no interesse da Rússia, aumentar a presença militar em território bielorrusso, alcançar a supremacia da língua russa sobre a bielorrussa e dar aos bielorrussos a cidadania russa. Todos estes objetivos foram planeados para serem alcançados em nove anos, até 2030", resume a investigação.

A Rússia já aumentou as tropas russas na Bielorrússia em 2021, sob o pretexto de exercícios militares conjuntos, um prelúdio para o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

O documento estudado pelo The Dossier Center, intitulado "Objetivos estratégicos da Federação Russa na direção da Bielorrússia", estabeleceria objetivos tais como "alinhar a legislação bielorrussa com a legislação russa e subjugar a vida sociopolítica, comercial, científica e cultural da Bielorrússia".

"Toda a estratégia da Administração Presidencial é construída em torno destas áreas. Cada um dos objetivos está dividido em tarefas de urgência variável, até 2022, 2025 e 2030", sublinha.

"Além da harmonização das relações comerciais e económicas, a Rússia planeia estabelecer o controlo no setor político-militar da Bielorrússia até 2030", afirma.

De acordo com a investigação, as tarefas dos serviços secretos russos incluem limitar a influência das forças "nacionalistas e pró-ocidentais", completar a reforma da constituição bielorrussa com base nos seus interesses, e reforçar os sentimentos pró-russos nas elites militares e políticas e entre a população através da introdução de "grupos de influência pró-russos".

Os "objetivos estratégicos" mencionam igualmente a garantia do controlo do espaço de informação da Bielorrússia até ao final desta década e a introdução de um procedimento simplificado para a emissão de passaportes russos a cidadãos bielorrussos "a fim de criar uma camada de russos interessados na integração e círculos empresariais centrados no mercado russo".

As orientações do documento tornariam também a educação "num instrumento" da Rússia na Bielorrússia, uma vez que teria como objetivo abrir pontos de exame de Estado Unificado para a entrada na universidade até 2030.

"Além disso, o Kremlin planeia abrir novos centros de ciência e cultura em Mogilev, Grodno e Vitebsk", acrescenta o The Dossier Center.

A Rússia e a Bielorrússia assinaram um tratado no final dos anos 1990 para criar uma União de Estado sobre integração política e económica, mas foi apenas em 2019 que as duas partes acordaram em 28 programas que foram assinados pelos presidentes russo e bielorrusso, Vladimir Putin e Alexander Lukashenko, em novembro de 2021.

A maioria dos programas diz respeito a questões económicas, tais como a harmonização da legislação aduaneira, fiscal, laboral e de pensões, a integração dos sistemas monetários, a criação de mercados únicos de energia e políticas comuns nos setores industrial e agrícola.

Lukashenko, confrontado com os receios de alguns bielorrussos de perderem a soberania, salientou em várias ocasiões que isto não acontecerá e que a Bielorrússia não será absorvida pela Rússia.


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Putin acusa Ocidente de "querer acabar" com a Rússia para sempre

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POR LUSA  21/02/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje o Ocidente de querer impor à Rússia uma "derrota estratégica" na Ucrânia e acabar com o país "de uma vez por todas".

"[Eles] querem acabar com ela [com a Rússia] de uma vez e para sempre", disse Putin durante o seu discurso sobre o Estado da Nação às duas câmaras do Parlamento.

O discurso, primeiro sobre o Estado da Nação feito por Putin em quase dois anos, acontece três dias antes de ser assinalado o primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

O Kremlin não permitiu que meios de comunicação social de países considerados como "inimigos" obtivessem acreditação para fazer a cobertura mediática do discurso.

O dia escolhido para o discurso coincide com a data em que Vladimir Putin assinou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região do Donbass (leste ucraniano).

Nesse mesmo dia, 21 de fevereiro de 2022, Putin ordenou a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, um prelúdio para o início da ofensiva militar contra a Ucrânia que aconteceria poucos dias depois.


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Human Rights Watch acusa Rússia de crime de guerra na Ucrânia

© ANATOLII STEPANOV/AFP via Getty Images

POR LUSA 21/02/23 

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) acusou hoje a Rússia de ter cometido um crime de guerra no ataque à estação de comboios de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, em abril de 2022.

"Na manhã de 08 de abril, várias centenas de civis estavam à espera na estação quando um míssil balístico equipado com uma ogiva de munições de fragmentação explodiu (...), matando pelo menos 58 civis e ferindo mais de 100. Os comandantes russos responsáveis por ordenar o ataque, que utilizaram uma arma inerentemente indiscriminada num conhecido grande centro de retirada de pessoas, deviam ser investigados e responsabilizados", sustentou a ONG.

"O ataque ilegal e terrível da Rússia à estação ferroviária de Kramatorsk matou e feriu civis que tentavam desesperadamente fugir dos combates", disse um responsável da HRW ligado à investigação de crises e conflitos Richard Weir.

"Os efeitos brutais das munições de fragmentação sobre multidões de pessoas deviam constituir razão suficiente para que as forças russas deixem de utilizar estas armas proibidas", defendeu.

A HRW visitou a cidade de Kramatorsk, na região de Donetsk, entre 14 e 24 de maio, para investigar o ataque e as consequências.

Os investigadores entrevistaram 69 pessoas, incluindo sobreviventes do ataque, familiares dos mortos, socorristas, médicos, pessoal hospitalar, funcionários governamentais e investigadores do Governo ucraniano.

A HRW e a SITU Research analisaram mais de 200 vídeos e fotografias e realizaram uma análise espacial e temporal do ataque. Os investigadores também analisaram imagens de satélite e inspecionaram uma antiga posição militar russa perto da aldeia de Kunie, na região de Kharkiv, um possível local de lançamento do míssil.

Nos dias anteriores ao ataque, dezenas de milhares de pessoas de toda a zona oriental do Donbass viajaram através da estação ferroviária de Kramatorsk, no âmbito de uma retirada encorajada e facilitada pelas autoridades locais.

Na manhã do ataque, mais de 500 civis foram reunidos na estação com os pertences, à espera de comboios para os levar para um local mais seguro no oeste da Ucrânia.

"A Rússia negou ter atacado a estação de comboios de Kramatorsk e afirmou repetidamente que as suas forças já não utilizam o sistema de mísseis Tochka-U. Contudo, a Human Rights Watch encontrou provas de que as forças russas tinham veículos de lançamento Tochka e mísseis Tochka na área em redor da aldeia de Kunie - a noroeste de Kramatorsk e dentro do alcance de tiro de 120 quilómetros da estação de comboios - por volta da altura do ataque, e que as forças russas lançaram regularmente ataques, a partir de posições à volta de Kunie, durante este período", pode ler-se na descrição da investigação da HRW.

"As munições de fragmentação são proibidas pelo direito internacional devido ao efeito indiscriminado generalizado e ao perigo a longo prazo para os civis", sublinhou ainda a ONG.


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Imagens mostram momento em que novo sismo fez tremer a Turquia

© Reuters

Notícias ao Minuto  20/02/23 

Terramoto foi sentido também noutros países. Nas redes sociais circularam já várias imagens do momento em que o abalo foi sentido.

Um novo sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter, abalou, esta segunda-feira, a Turquia, especificamente a província turca de Hatay, uma das mais afetadas pelos sismos de 6 de fevereiro, que mataram pelo menos 44 mil pessoas na Turquia e Síria.

Nas redes sociais já começaram a circular inúmeros vídeos, que mostram a intensidade do abalo e o pânico daqueles que o sentiram. 

Sublinhe-se que o sismo atingiu a cidade de Defne pelas 20h04 (17h04 em Lisboa) e foi fortemente sentido nas cidades de Antakya e Adana, a cerca de 200 quilómetros. Além disso, foi relatada uma segunda réplica, de magnitude 5,8, com epicentro em Samanda.

Dados sobre danos ou vítimas permanecem incertos. 

Dados do observatório Kandilli, em Istambul, indicam que o tremor também foi sentido em países vizinhos, como Síria, Jordânia, Israel e Egito.

Pelo menos um prédio já meio desmoronado desabou completamente e destroços de outras infraestruturas afetaram veículos estacionados, relatou a estação turca NTV. 

O vice-presidente turco disse que pelo menos oito pessoas ficaram feridas, segundo a BBC. 

Já do outro lado da fronteira, a Defesa Civil da Síria - organização voluntária - indicou, através do Twitter, que há pessoas feridas devido à queda de pedras ou edifícios, mas o número não é ainda conhecido. 

Ahmet Ovgun Ercan, prestigiado geofísico da Universidade Técnica de Istambul, assegurou à estação HalkTV que este terremoto, que estimou de 17 segundos de duração, é um fenómeno normal e antecipou que alguns edifícios já danificados terão desabado.

Desde o terremoto de 6 de fevereiro, praticamente nenhum dos edifícios de Antaquia está habitável, mas há equipas de trabalho de remoção de entulho que podem ter ficado retidas devido a desabamentos.

"Foi terrível, janelas partidas caíram sobre nós. Todos deixaram as lojas em pânico. Com a escuridão ainda não dá para ver o que aconteceu", realçou Ugur Sahin, repórter do jornal BirGün, à Efe por telefone.

Recorde-se que mais de 44 mil pessoas morreram na Turquia e na Síria na sequência de fortes abalos sísmicos no dia 6: ao terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter - com epicentro em território turco -- seguiram-se várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.


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