domingo, 15 de janeiro de 2023

Rússia admite ataques de sábado sem mencionar prédio de Dnipro

© Lusa

POR LUSA  15/01/23 

A Rússia admitiu hoje que atingiu no sábado o sistema de comando e controlo militar e instalações energéticas da Ucrânia, sem mencionar o míssil que atingiu um prédio em Dnipro e que matou pelo menos 21 civis.

"Em 14 de janeiro, um ataque com mísseis foi realizado contra o sistema de comando e controlo militar da Ucrânia e instalações de energia. Todos os objetos designados foram atingidos. O alvo foi atingido", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, no relatório diário de guerra.

A onda de ataques russos no sábado em várias regiões da Ucrânia provocou pelo menos 26 mortos e 81 feridos, informou hoje o vice-chefe do gabinete do Presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko.

Numa mensagem no Telegram, citada pela agência Ukrinform, o responsável precisou que, segundo as administrações militares regionais, na região de Dnipropetrovsk houve 21 mortos e 74 feridos; em Donetsk, cinco mortos e quatro feridos; em Sumy, um ferido e, em Kherson, dois feridos.

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia informou que as forças russas lançaram três ataques aéreos e 57 ataques com mísseis no sábado e também abriram fogo com múltiplos sistemas de lançamento de foguetes em 69 ocasiões, especificamente contra a infraestrutura civil.

Os ataques russos foram realizados pouco depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ter telefonado ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para lhe anunciar que o Reino Unido será a primeira potência ocidental a enviar tanques de primeira linha para Kiev.

Isto apesar dos receios, no seio da NATO (sigla original da Organização do Tratado Atlântico Norte), de que esta decisão possa ser considerada pela Rússia como uma escalada da guerra.

O Ministério da Defesa russo garantiu também hoje que o país avançou na periferia norte da cidade ucraniana de Bakhmut, situada na região leste de Donetsk, e na estação ferroviária de Sol, a oeste da cidade de Soledar, localidades que Moscovo deu como conquistadas na noite de quinta-feira.

No relatório diário de guerra, a tutela indicou que, em Donetsk, as tropas russas "continuam com sucesso na direção da periferia norte da cidade de Artemovsk (Bakhmut) da República Popular de Donetsk e na estação de comboios de Sol".

O porta-voz Igor Konashenkov disse que mais de 80 soldados ucranianos, dois tanques, três veículos blindados de combate e três carros foram destruídos nesta frente nas últimas 24 horas.

A Rússia garante que a captura de Soledar, que a Ucrânia ainda nega, permitirá cortar as rotas de abastecimento das tropas ucranianas na vizinha Bakhmut e cercar as forças de Kiev naquela cidade.

A Rússia tenta sem sucesso há meses tomar Bakhmut, localizada a cerca de 60 e 45 quilómetros a sudeste das fortalezas ucranianas de Kramatorsk e Sloviansk, respetivamente.

A ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.

A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Ambulância dos bombeiros de Camarate furtada enquanto equipa assistia vítima

 Agência Lusa, DCT  15/01/2023

Foi apresenta queixa na esquadra da Polícia Segurança Pública. Duas horas depois, a viatura foi encontrada

Uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Camarate foi furtada esta manhã enquanto a equipa assistia uma vítima na Rua Cidade de Luanda no Bairro de Angola, Camarate, concelho de Loures, disse este domingo aquela corporação.

Em comunicado, o corpo de bombeiros adianta que o furto da ambulância de socorro ocorreu pelas 06:30, enquanto a equipa “prestava socorro a uma vítima de doença súbita”.

“Foi apresentada queixa na esquadra da Polícia Segurança Pública, que está, no momento, a tomar as devidas diligências no sentido de localizar o veículo, bem como o autor do roubo” acrescenta.

Numa outra publicação feita no Facebook, os Bombeiros Voluntários de Camarate revelam que a ambulância “foi encontrada pelas 8:30 em Lisboa, freguesia de Santa Clara pelos Bombeiros desta Corporação que após o alerta do furto colocaram vários meios no terreno na tentativa de localizar viatura furtada”.

O veículo foi encontrado rodagem com luzes de emergência ligadas e portas aberta, mas sem qualquer tipo de dano.

“A tragédia que aconteceu em Dnipro mostra a brutalidade do exército russo”

Pavlo Sadhoka defende que “a única solução” para o fim do conflito está na frente de batalha e não numa eventual negociação de paz entre os dois países.

“A única solução é que uma das partes tem de ganhar esta guerra”, diz, acrescentando que “nós, ucranianos, achamos que vai ser a Ucrânia”.

O representante dos ucranianos em Portugal considera que “os crimes cometidos pelos russos chegaram a tal ponto que não há outra solução”, até porque, diz, “a tragédia que aconteceu em Dnipro mostra a brutalidade do exército russo”. 


Cnnportugal.iol.pt   15/01/2023

GUINÉ-BISSAU: Atual sociedade guineense não foi a projetada por Amílcar Cabral

© Lusa

POR LUSA  15/01/23 

O investigador João José "Huco" Monteiro considera, em declarações à Lusa, que a atual sociedade guineense não é a que foi projetada por Amílcar Cabral, "pai" da independência do país, assassinado a 50 anos na Guiné-Conacri.

"Não. Digo perentoriamente que não. Em todos os aspetos", declarou "Huco" Monteiro, sociólogo e investigador no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) e antigo chefe da diplomacia guineense, para quem "o único projeto verdadeiramente nacional" foi o que foi idealizado por Cabral.

O ex-governante agora dono da Universidade Colinas do Boé, em Bissau, justifica sua opinião argumentando que Amílcar Cabral "sempre disse aos seus camaradas" da luta armada pela independência da Guiné e Cabo Verde que não podiam "aniquilar o colonialismo" nos dois territórios para praticarem os mesmos males às populações.

Para "Huco" Monteiro, Amílcar Cabral era um revolucionário que defendia uma rutura nas práticas de relacionamento entre os detentores do poder com a população.

"A sociedade que ele queria não era esta. Ele preconizava uma sociedade com um Estado. Já não falo de liberdades fundamentais porque na altura não estava na agenda. Nós éramos mais ou menos de orientação comunista, a liberdade individual submetia-se aos interesses coletivos (...) mas, a liberdade em si do nosso povo, o direito à palavra das pessoas, à crítica das pessoas, a preocupação com a unidade", afirmou Monteiro.

Um assumido "Cabralista", designação não oficial que é dado a alguém que estuda ou pratica os ideais de Amílcar Cabral, "Huco" Monteiro considerou que o "pai" das independências da Guiné e Cabo Verde "estava muito avançado no tempo".

Monteiro exemplificou que Cabral, assassinado a 20 de janeiro de 1973, na Guiné-Conacri, era contra a divisão dos guineenses com base na pertença étnica.

O antigo ministro considera que, "dificilmente, haverá um outro Amílcar Cabral", até pela sua singularidade de entre os da sua geração.

"Ninguém tinha" o gabarito de Amílcar Cabral e em Cabo Verde os intelectuais nunca se assumiram disponíveis em romper com a ordem colonial.

"Em Cabo Verde havia muitos intelectuais, mas mais conformistas do ponto de vista da política. Aceitaram a dominação colonial, Amílcar não, colocou-se num outro patamar da rotura nacionalista", observou Monteiro.

"Era um homem doutrinado nos ideais mais avançados e mais humanistas da atualidade internacional. Era um homem especial, muito especial", referiu Monteiro.

Mesmo estando a viver num Portugal ditatorial, Amílcar Cabral foi um privilegiado, por ter tido acesso ao mundo a partir da sua permanência e estudos no solo luso, defendeu o sociólogo guineense.

"Huco" Monteiro lembrou o facto de Cabral e outros jovens nacionalistas africanos terem recebido em Portugal o "pai" do pan-africanismo, o sociólogo norte-americano William du Bois e de outros companheiros ainda terem tido contactos com movimentos em França.

"Huco" Monteiro destacou ainda a facilidade com que Amílcar Cabral lidava com os nativos do território que o viu nascer a 12 de setembro de 1924 em Bafatá, leste da Guiné.

"Vivia com os guineenses numa sociedade complicada, sociedade colonial onde havia quase a estratificação racial. A classe social era quase secundada pelo aspeto racial ou cultural. Estava lá esse homem metido no desporto, na organização de bailes de confraternização com guineenses", frisou Monteiro.

O sociólogo também enfatizou o "carinho" que Cabral dispensava às crianças, que considerava as flores da luta e a razão do combate pela independência, e ainda a "atenção especial" que dedicava às mulheres.

"Hoje fala-se da quota das mulheres em diferentes serviços e em muitos países está em voga este aspeto do género que Amílcar já praticava na Luta de Libertação Nacional", observou "Huco" Monteiro dando exemplos com a presença de mulheres nos órgãos de decisão na luta armada e também, disse, fazia as mesmas exigências mesmo na formação de comités de 'tabancas' (aldeias).


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BEM-VINDO A JANSSEN O PLANETA INFERNAL DE LAVA E DIAMANTE


Discutir com alguém que se ama é saudável, se for como deve ser. Saiba como fazê-lo

Sandee LaMotte  Cnnportugal.iol.pt,  15/01/23

Esqueça o ditado "no amor e na guerra vale tudo" quando se trata de uma discussão com um ente querido. Os golpes baixos estão definitivamente fora, dizem os especialistas, e manter uma comunicação amorosa, sincera e aberta deve ser uma prioridade.

"Uma das coisas mais importantes que vimos na nossa pesquisa é que as pessoas beneficiam mais se forem diretas", declarou Jim McNulty, professor de psicologia na Universidade do Estado da Florida, que estudou recém-casados e relações próximas ao longo do tempo. "Estar com rodeios, insinuar coisas, ser sarcástico não funciona."

"Quando as pessoas têm perspetivas diferentes - e todos temos - é importante exprimi-las", declarou McNulty, "mas têm de o fazer de uma forma clara e tão construtiva quanto possível."

É saudável discutir – ou seja, carinhosamente

Se discutir com um ente querido é tão difícil, porquê fazê-lo? Muitas pessoas orgulham-se de nunca entrar em batalhas com os seus parceiros, disse McNulty. Foi um erro grave, declarou.

"Quando as pessoas evitam 'discutir', evitam falar", disse McNulty. "Estou constantemente a dizer à minha companheira: 'Se alguma coisa te está a incomodar, prefiro saber a não saber, para que possa fazer algo quanto a isso. Se não sei, não posso fazer nada."

Um estudo de 2008 que seguiu quase 200 casais durante 17 anos concluiu que casais em que ambos suprimiram a sua raiva no casamento eram os mais propensos a acabar mais cedo do que aqueles que não o fizeram.

"Evitar conflitos não funciona", disse Caitlin Cantor, uma terapeuta sexual certificada e especializada em indivíduos e casais em Filadélfia.

"Se puderem discutir e aprender a relacionar-se nas vossas diferenças e aprenderem mais um sobre o outro através da discussão, isso é realmente saudável."

Escolha uma boa hora para discutir

A maioria das pessoas vê o amor como um encontro de momento, muitas vezes desencadeado por sentimentos como "Não aguento mais isto".

"Nesses momentos é mais difícil morder a língua ou pensar no que está a dizer antes de o dizer", disse McNulty. "Muitas vezes, as pessoas arrependem-se do que dizem mais tarde, por isso tentam evitar estar nesses momentos."

Assim que começar a sentir a pressão, agende uma altura para discutir os teus sentimentos com o teu ente querido para que ambos estejam livres de distrações e stresse, disse McNulty. É mais difícil do que parece, acrescentou, porque muitas vezes as pessoas deixam as coisas acumularem-se até explodirem, ou enfrentam divergências quando estão cansadas, stressadas ou "irritadas".

E se se encontrar a discutir numa altura dessas?

"Carregar no botão de pausa e terminar a discussão pode ser bom", disse McNulty. Mas tem de ficar claro para o seu parceiro que está comprometido com a relação e na resolução do problema, só que agora pode não ser a melhor altura."

Analise os seus sentimentos

Agendar uma discussão também permitir que pense nos seus sentimentos e tente chegar ao fundo deles, dizem os especialistas. Mas não tente mencionar muito numa só vez: "Eu chamo-lhe 'pensamento de cozinha', atirar tudo o que está errado para a panela ao mesmo tempo", disse McNulty.

"É muito importante não fazer isso", disse Cantor. "Faz uma grande diferença quando se fala de uma coisa e de como nos sentimos magoados por isso."

E se não conseguir perceber porque se sente assim?

"Se as pessoas começam a sentir raiva que não faz muito sentido para eles, como 'Porque é que estou tão zangado com esta insignificância?' é provavelmente outra coisa completamente diferente", disse McNulty.

"É nessa altura que as pessoas podem precisar de fazer alguma introspeção e até de obter ajuda profissional para perceber porque estão infelizes", disse. "Se há questões significativas que continuam a repetir-se, é provavelmente uma boa altura para procurar ajuda também."

Seja bom ouvinte

Muitas pessoas pensam que uma discussão bem-sucedida tem tudo a ver com o quão bem comunicam os seus sentimentos ao seu parceiro. Fazê-lo é realmente importante, mas os especialistas dizem que é igualmente fundamental ouvir.

Ser bom ouvinte, disse Cantor, significa ser capaz de regular as suas emoções. Depois, quando ouvir algo de que não gosta, pode concentrar-se em compreender as palavras do parceiro em vez de ficar na defensiva, magoada ou zangada.

"Normalmente estamos a comunicar mal quando não verificamos o que estamos a ouvir", disse. "Estamos apenas a funcionar com o que pensamos que estamos a ouvir - e isso normalmente é baseado nas nossas reações defensivas e não no que está realmente a ser dito pelo nosso parceiro."

Pode fazer isso parando e repetindo ao parceiro o que pensava que ele tinha dito antes de responder com os seus próprios sentimentos, disse McNulty.

"Quando recuperar o fôlego e pedir esclarecimentos, vai ficar surpreendido com a frequência com que vai ouvir: 'Não, eu realmente quis dizer isto em vez disso'", disse McNulty.

Mas não o faça de forma acusatória, avisa McNulty: "Às vezes, as pessoas pensam que ouvir ativamente é apenas atirar à cara de alguém o que ouviram. Não é isso. É apenas um pedido calmo e comedido de esclarecimento."

Não diga "tu", "nunca" ou "sempre"

Evite colocar o seu parceiro na defensiva em qualquer desacordo. Quando começa por dizer: "Fazes-me sentir", não está a ter os seus sentimentos, disse Cantor.

"Há grande diferença entre dizer: 'Estás a fazer isto', ou 'És isto', contra 'sinto-me assim quando fazes isto'", disse ela. Usando a frase "sinto-me..." é muito menos provocador.

Usar sempre a palavra "eu" não é fácil, especialmente quando se está zangado com o parceiro, acrescentou.

"No início, tem de ser realmente intencional", disse Cantor. "Abrande e pense realmente no que realmente sente antes de falar."

Cuidado com a linguagem não-verbal

Escusado será dizer que usar um tom de voz desagradável com o seu ente querido vai dar mau resultado, mas também pode enviar mensagens insultuosas não-verbais, dizem especialistas.

"Revirar os olhos é uma das piores coisas que se pode fazer. Está a comunicar indiretamente que a outra pessoa é idiota”, disse McNulty.

Se está no limite, tente controlar-se com respiração profunda, disse Cantor.

"Se está realmente focado manter o controlo, pode manter-se calmo", disse. "Quer ser alguém que está a prestar atenção e a mostrar isso na linguagem e na linguagem corporal."


NEPAL: Avião cai no Nepal com 72 pessoas a bordo... O avião caiu entre o antigo e o novo Aeroporto Internacional de Pokhara, no centro do Nepal. Não sabem "se há sobreviventes"

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POR LUSA  15/01/23 

Um avião com 72 pessoas a bordo caiu hoje no Nepal no domingo, confirmou um porta-voz da companhia aérea Yeti Airlines, dizendo não saber "se há sobreviventes".

"Há 68 passageiros a bordo e quatro tripulantes (...) a ajuda está a caminho, não sabemos se há sobreviventes", disse Sudarshan Bartaula à agência France Presse.

O avião caiu entre o antigo e o novo Aeroporto Internacional de Pokhara, no centro do Nepal, 200 quilómetros a oeste da capital, Katmandu.

A cabine do avião, um ATR-72, estava a incendiar-se e as equipas de resgate tentavam apagar o fogo, disse, Gurudutta Dhakal.

"Os serviços de salvamento já chegaram ao local e estão a tentar apagar o incêndio" que originou na cabine do avião, disse um responsável local, Gurudutta Dhakal.

Os serviços de emergência estão "concentrado por agora em extinguir o incêndio e resgatar os passageiros", acrescentou o responsável.

O primeiro-ministro nepalês Pushpa Kamal Dahal disse que o avião voava de Katmandu para Pokhara e pediu ao pessoal de segurança e ao público em geral que ajude nos esforços de resgate.

Imagens e vídeos partilhados na rede social Twitter mostram nuvens de fumo a sair do local do acidente enquanto equipas de resgate e multidões se reuniam em torno dos destroços da aeronave.

O aeroporto de Pokhara serve de ligação para os viajantes que se dirigem à cidade de Jomsom, localizada no coração dos Himalaias, destino popular entre turistas estrangeiros que visitam o pico Annapurna (8.091 metros de altura) ou a região de Mustang, além de peregrinos hindus.

A indústria aérea do Nepal cresceu nos últimos anos, transportando mercadorias e pessoas para áreas de difícil acesso, bem como caminhantes e alpinistas estrangeiros.

No entanto, o setor tem tido problemas de segurança devido à falta de formação dos pilotos e manutenção dos aviões.

Desde 2013 que a União Europeia proíbe as companhias aéreas do Nepal de aceder ao espaço aéreo europeu, por razões de segurança.

O país dos Himalaias tem ainda algumas das rotas mais isoladas e complexas do mundo, ladeadas por picos cobertos de neve que desafiam mesmo os pilotos experientes.

Pilotos dizem que o Nepal carece também de infraestruturas para fazer previsões meteorológicas precisas, especialmente em áreas remotas com terreno montanhoso acidentado onde o clima muda rapidamente.

Em maio de 2022, todas as 22 pessoas a bordo de um avião operado pela empresa nepalesa Tara Air -- 16 nepaleses, quatro indianos e dois alemães -- morreram quando a aeronave caiu.

Após este acidente, as autoridades apertaram as regras, nomeadamente determinando que os aviões só possam deslocar se as previsões meteorológicas forem favoráveis ao longo da viagem.

Em 1992, todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram perto de Katmandu, no acidente aéreo mais mortífero da história do Nepal.


Leia Também: Pelo menos 67 das 72 pessoas a bordo do avião que caiu hoje no centro do Nepal morreram, segundo fontes oficiais, que avançam ainda que 15 dos passageiros eram estrangeiros, nenhum dos quais português. Este é já o pior acidente aéreo do país em 30 anos.

sábado, 14 de janeiro de 2023

PM japonês adverte que a Ásia se pode tornar "na Ucrânia de amanhã"

© Lusa

POR LUSA  14/01/23 

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, advertiu hoje que "a Ásia poderá tornar-se na Ucrânia de amanhã", no final de uma visita oficial aos Estados Unidos que completou o seu périplo pelos países do G7.

O chefe do Governo nipónico indicou ter manifestado junto dos dirigentes do G7 -- integrado pelos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão -- o seu "forte sentimento de crise em termos de segurança para a Ásia oriental".

Fumio Kishida, cujo país preside durante este ano ao G7, deslocou-se numa semana a cada um dos Estados-membros à exceção da Alemanha, por questões de agenda, mas assegurou que pretende visitar Berlim em breve.

"A lição a extrair da Ucrânia é que a segurança da Europa e da região do indo-pacífico são inseparáveis", indicou no decurso de uma conferência de imprensa um dia após o seu encontro com o Presidente dos EUA, Joe Biden.

"A situação em torno do Japão é cada vez mais grave, entre as tentativas de alterar pela força o 'staus quo' no mar da China oriental e no mar da China do Sul, e a promoção pela Coreia do Norte de atividades nucleares e de disparos de mísseis", considerou.

O líder nipónico fazia alusão ao empenho da China de aumentar o seu envolvimento numa ampla zona marítima em disputa, e que tem originado fricções com o Japão, as Filipinas e o Vietname.

A região também está suspensa pelas tensões em torno de Taiwan, a ilha que Pequim reivindica como parte integrante do país.

A deslocação de Fumio Kishida a Washington segue-se a uma decisão inédita de um país que se reivindica pacifista desde o final da Segunda Guerra Mundial.

O Japão anunciou que pretende duplicar o seu investimento na área da Defesa durante os próximos cinco anos.

Os dirigentes do G7 vão reunir-se em maio para a sua cimeira anual em Hiroxima, onde em 06 de agosto de 1945 os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica no primeiro ataque nuclear da História. A cidade é também um bastião eleitoral do primeiro-ministro japonês.

Líderes religiosos de Bolama, promove este sábado (14.01), a marcha para celebração do dia mundial de oração à Paz... O Ato contou com a participação de todos os líderes religiosos da cidade de "Bolama".

Radio TV Bantaba

PM | FESTIVAL DA UNIÃO E PROMOÇÃO DA MÚSICA TRADICIONAL GUINEENESE

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau  14/01/2023

Decorreu hoje na tabanca de N’anhe em Mansôa, festival de músicos tradicionais, num ambiente de união cultural e de forte exaltação da nossa identidade. 

Vários músicos tradicionais de renome abrilhantaram o evento que contou com a presença de milhares de pessoas amantes da música tradicional. 

Nuno Gomes Nabiam foi convidado pela organização para assistir ao festival acompanhado do Ministro da Juventude, Cultura e Desporto Augusto Gomes. 

O momento mágico do festival foi quando os três expoentes máximos da música tradicional Guineense apareceram para o delírio da multidão, Djenis de Rima, Domingos Broska e Rei Kabila. 

[seleção de imagens do festival] 


PM esteve no Festival de Broska em Mansoa e, dançou... Nuno Gomes Nabiam após a receção, usou de palavra, para destacar a necessidade de acompanhar o PR Umaro Sissoco Embaló no processo de estabilização do país, para que o governo possa realizar importantes obras do desenvolvimento.

Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau: Caso de incêndio na tabanca de Menegue, Ilha de Canhabaque, Bubacar Gomes um de testemunhos, assegurou que, era difícil neutralizar o fogo, por causa de mau tempo.

Explicou ainda que, momentos antes de sucedido, maioria da população se encontravam na cerimónia fúnebre. Por esta razão, fogo acabou por dominar o perímetro.

Radio TV Bantaba

COVID-19: OMS pede a Pequim "mais dados e transparência" após 60 mil mortes

© Reuters

POR LUSA  14/01/23 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje à China que forneça mais dados, depois de registar quase 60.000 mortes nos hospitais ligadas à pandemia de covid-19 desde o levantamento das restrições.

Além disso, a OMS pediu ainda "maior transparência" para entender as origens da pandemia.

"Hoje cedo, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, conversou com o ministro Ma Xiaowei, diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, sobre a situação da covid-19 no país", disse a organização, em comunicado.

Agradecendo a reunião, a OMS solicitou a divulgação pública de informação sobre a situação geral na China.

Nas últimas semanas, o diretor-geral e outros funcionários da OMS criticaram a relutância da China em partilhar dados confiáveis sobre a "onda de covid-19" que está a "varrer o país".

A OMS salientou estar a analisar informação do início de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 para uma melhor compreensão da situação epidemiológica e do impacto desta "onda de covid-19 na China".

A organização salientou ter tomado nota dos "esforços feitos pelas autoridades chinesas para reforçar" os cuidados de saúde, incluindo os cuidados intensivos.

A China registou quase 60.000 mortes nos hospitais ligadas à pandemia de covid-19 desde o levantamento das rígidas restrições para combater a doença feito no país há um mês, anunciaram hoje as autoridades.

"Um total de 59.938 [mortes] foi registado entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023", avançou à imprensa o responsável da Comissão Nacional Sanitária da China, Jiao Yahui, referindo que o registo não tem em consideração as mortes que aconteceram fora das estruturas médicas.


O coordenador do Madem-G15 para Setor Autónomo de Bissau, Sandji Fati apelou esta tarde no círculo-27 o recenseamento em massa da população, para garantir vitória nas legislativas 04 junho. O deputado Alanso Fati falou primeiro, mas alertou que é preciso trabalhar seriamente para assegurar a vitória.

Radio Voz Do Povo

Japan-France Summit, What Will It Bring

By: Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA)

Pyongyang, January 13 (KCNA) -- A researcher of the Society for International Politics Study in the DPRK, released an article titled "What will Japan-France summit bring to the Asia-Pacific region" on Jan.12, which said:

Japanese Prime Minister Kishida on January 9 arrived in France as the first schedule of his visit to the G7 member states and held a summit with President Macron.

At the summit, Kishida explained the purport and purpose of the new national security strategy set forth in December last year under the pretext of "threats" from neighboring countries, reckoning France as an "important partner necessary for building the free and open Indo-Pacific".

He asserted that the security of Europe and the Indo-Pacific region is in "inseparable relationship" and, therefore, substantial cooperation with France, including joint military exercises, should be continuously promoted.

This clearly proved the aim of Kishida's visit which is to win support from the member states for Japan's new national security strategy with preemptive attack and arms buildup as its gist.

The new national security strategy Japan peddles in the member states of G7 is a confrontational scenario as it turned the previous policy of "exclusive defense" into a policy of preemptive attack and war in its contents and character.

It is the international community's comment that Japan has completely cast away its veil of a "pacifist state" by deciding to possess the "capability of counterattacking enemy's base".

As the concern and repugnancy of neighboring countries over its new national security strategy have grown day by day, Japan set out on a solicitation trip to secure the support of countries sharing "common values".

What matters is that some Western countries are actively joining Japan in its moves to become a military giant, bringing the dark clouds of instability to the Asia-Pacific region.

There is a greater danger in the fact that all countries visited by Kishida are NATO member states.

In June last year, the U.S., Britain, France and other major NATO member states at a summit gave a warning to "China's systematic challenge to the region linked with the security of the alliance" and adopted a new "strategic concept" whose main point is to contain China.

It is well known to the world that NATO has made public its plan to deploy more warships in the Asia-Pacific region and take more active part in the joint military drills with its allies, escalating the regional tension.

In case of France alone, it dispatched a French air detachment to the Pacific region, under the pretext of demonstrating air force capability ranging from its mainland to the South Pacific, to join the U.S.-led joint air drill in September last year.

It is the sinister intention of NATO stretching its tentacles to the Asia-Pacific region to put pressure on China in an all-round way by justifying its advance into the Asia-Pacific region under various pretexts and steadily expanding its influence over the region.

This is clearly evidenced by the fact that the Japan-France summit called for "unilateral change of status quo" in the East and South seas of China, talking about the Taiwan issue that belongs to China's internal affairs.

Japan plays the role of a guide introducing NATO, a legacy of the Cold War, into the Asia-Pacific region, while NATO tries to set its foot in the region. Such behaviors are sowing the seeds of discord deep in the Asia-Pacific region where the interests are complicatedly intertwined over the historical and territorial issues and so on.

They must be making a wrong choice.

Asia-Pacific is not what was in the past, and regional countries are strictly watching the recent worrying moves of Japan and outside forces.

Kishida's foreign tour will only bring security instability to the Asia-Pacific region.


O MADEM-G15 está de portas abertas para todos aqueles que pretendam juntar-se para juntos trabalharmos para o melhor para a Guiné-Bissau.

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

A dinâmica do grande partido que oferece o desenvolvimento para o país, MADEM-G15 não tem como desacelerar. Com a presença dos altos dirigentes do MADEM-G15, vários militantes oriundos de vários quadrantes receberam os seus cartões de militante e, apostam cada vez mais nesta grande força.

O MADEM-G15 está de portas abertas para todos aqueles que pretendam juntar-se para juntos trabalharmos para o melhor para a Guiné-Bissau. 

HORA TCHIGA!

UCRÂNIA/RÚSSIA: Governador garante que cidade de Soledar continua sob controlo ucraniano

© Getty Images

POR LUSA  14/01/23 

A cidade de Soledar, no leste da Ucrânia, ainda está "sob controlo ucraniano", garantiu hoje o governador da região que o grupo paramilitar russo Wagner disse ter conquistado e que é palco de duros combates com a Rússia.

"Soledar está sob o controlo das autoridades ucranianas, as nossas forças controlam" a cidade, afirmou, acrescentando que esta localidade e a cidade vizinha de Bakhmut são atualmente os pontos "mais quentes" da frente de combates.

Segundo as autoridades ucranianas, apesar dos intensos combates com a Rússia, continuam "presos" na cidade 559 moradores, incluindo 15 menores com idades entre os 7 e os 15 anos.

Em declarações à televisão, citadas pela agência de notícias Unian, o chefe da administração militar regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, adiantou que as pessoas que continuam em Soledar têm a alimentação e os artigos de higiene necessários e acrescentou que sete pessoas foram retiradas na sexta-feira da cidade, cuja comunidade territorial conta com 20.000 habitantes.

"Assim que tivermos a oportunidade de chegar lá para retirar [as pessoas restantes], é claro que iremos", garantiu Kyrylenko,.

A Rússia anunciou, há dois dias, que unidades de assalto da empresa militar privada Wagner tinham conquistado Soledar, mas as forças ucranianas têm negado e dito que os intensos combates continuam.

Segundo o porta-voz do Grupo de Força Oriental das Forças Armadas Ucranianas, Serhiy Cherevaty, as tropas russas estão a tentar conquistar Soledar para avançar profundamente na região de Donetsk.

"Embora o inimigo tenha concentrado as suas maiores forças nessa direção, os nossos soldados - as Forças Armadas da Ucrânia, todas as forças de defesa e segurança - estão a proteger o Estado", a região de Donetsk, sublinhou na sexta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo o porta-voz do Estado-Maior do Exército ucraniano, a cidade foi atingida nas últimas semanas por violentos combates, mas apenas as infraestruturas civis na região de Konstantinovka foram atingidas por mísseis das forças de Moscovo e várias posições militares ucranianas foram visada por bombardeamentos aéreos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Ksenia Ashrafrullina, ativista russa, considera que os sinais de nervosismo apresentados esta semana por Vladimir Putin são um sinal de que “a Rússia está a perder”, uma vez que “o plano inicial” era “tomar Kiev em três dias”.


“É evidente que dentro dos grupos à volta de Putin, que lhe tinham prometido a vitória, há uma guerra”

Ksenia Ashrafrullina, ativista russa, considera que os sinais de nervosismo apresentados esta semana por Vladimir Putin são um sinal de que “a Rússia está a perder”, uma vez que “o plano inicial” era “tomar Kiev em três dias”.

“É evidente que dentro dos grupos à volta de Putin, que lhe tinham prometido a vitória, há uma guerra” e que há homens que “estão a tentar estar mais próximos do presidente e influenciar sobre as decisões dele”.

A ativista defende que há a “necessidade de mostrar não só resultados”, mas também “indicar quem poderia ser o próximo a garantir a vitória”.

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José Palmeira, especialista em relações internacionais, explica que os ataques levados a cabo pelas tropas russas esta manhã “já tinham sido previstos pelas autoridades ucranianas, que já tinham alertado a população de que era previsto que acontecessem”.

Para o especialista, o objetivo desta nova investida russa “é, desde logo, provocar danos ao quotidiano dos cidadãos”, uma vez que “os principais alvos são estruturas elétricas, manter a pressão sob todo o território ucraniano”.

Apesar de os ataques deste sábado se terem concentrado em Kiev e Kharkiv, José Palmeira alerta que “os ataques com mísseis e com drones podem acontecer em qualquer local”.

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Covid-19. China anuncia 60 mil mortes desde levantamento das restrições

© Lusa

POR LUSA  14/01/23 

A China registou quase 60.000 mortes nos hospitais ligadas à pandemia de covid-19 desde o levantamento das rígidas restrições para combater a doença feito no país há um mês, anunciaram hoje as autoridades.

"Um total de 59.938 [mortes] foi registado entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023", avançou à imprensa o responsável da Comissão Nacional Sanitária da China, Jiao Yahui, referindo que o registo não tem em consideração as mortes que aconteceram fora das estruturas médicas.

A Comissão Sanitária Nacional da China anunciou neste sábado um total de 59.938 mortes relacionadas à covid entre 8 de dezembro, quando as autoridades começaram a relaxar as restrições que mantinham contra a pandemia, e 12 de janeiro deste ano.

A China aboliu, no início de dezembro, várias medidas de prevenção contra a covid-19, incluindo o isolamento em instalações designadas de todos os casos positivos, sinalizando o fim da estratégia 'zero casos', que se tornou fonte de descontentamento popular.

Na altura, o Conselho de Estado (executivo) anunciou que quem testasse positivo para infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 podia passar a cumprir isolamento em casa, em vez de ser enviado para instalações designadas, muitas vezes em condições degradantes, e que as escolas que ainda não tinham tido surtos iam voltar ao ensino presencial.

A mudança de política aconteceu após protestos em várias cidades do país contra a política de 'zero casos' de covid-19, que gerou casos de alegado abuso de autoridade e impôs, durante quase três anos, uma quarentena a quem chegava do estrangeiro.

De acordo com os dados hoje avançados, citados pelo jornal Global Times, a idade média dos mortos registados nos centros médicos foi de 80,3 anos, sendo que 90,1% tinham mais de 65 anos e mais de 90% sofriam de doenças subjacentes.

A comissão sanitária esclareceu ainda que realiza testes de PCR para classificar se as mortes tiveram origem na covid-19 e que as principais causas diretas foram insuficiência respiratória (5.503) ou doenças anteriores que pioraram após o desenvolvimento da infeção pandémica (54.435).

Autoridades ucranianas relatam ataque com míssil da Rússia contra Kyiv

© Getty Images

POR LUSA  14/01/23 

Várias explosões abalaram Kyiv hoje de manhã e minutos depois as sirenes de ataque aéreo soaram devido a um aparente ataque com mísseis em curso contra a capital ucraniana, indicaram as autoridades locais.

O chefe adjunto do gabinete presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko, disse, no Telegram, que o alvo eram infraestruturas críticas de Kyiv.

A administração militar da cidade indicou que uma parte não identificada de uma infraestrutura foi atingida e que os serviços de emergência já estavam no local do ataque.

O presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, afirmou que foram ouvidas explosões no distrito de Dniprovskyi e apelou aos residentes para "permanecerem em abrigos".

O responsável local disse ainda que caíram fragmentos de um míssil sobre uma área não residencial na zona de Holosiivskyi.

Até cerca das 11:30 locais (menos duas horas em Lisboa), não havia conhecimento de mortos ou feridos, e ainda não era claro se várias instalações em Kyiv foram alvo de ataques ou apenas a que foi reportada como tendo sido atingida.

Desde a noite de ano novo que a capital ucraniana não era atacada com mísseis.

Na região periférica de Kyiv, um edifício residencial na aldeia de Kopyliv foi atingido e as janelas das casas próximas rebentaram, disse Tymoshenko.

Ao início do dia de hoje, dois mísseis russos atingiram Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, informou o governador daquela região.

Oleh Syniehubov disse que as forças russas dispararam dois mísseis S-300 contra a região industrial de Kharkiv. A extensão dos danos do ataque não era imediatamente clara, mas não foram relatadas quaisquer baixas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Guiné-Bissau: Em Bafatá decorre marcha a favor da paz, organizada por diferentes religiões em prol da conveniência pacífica, característica da região.

Radio Voz Do Povo