quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Cancro: o balanço de 2022 e as prioridades para 2023

Isabel Galriça Neto, Luís Costa, Teresa Bartolomeu e António Medina de Almeida durante a reunião moderada pela jornalista da Sic Notícias Nelma Pinto, ao centro

Sara Fevereiro  sicnoticias.pt  22 DEZEMBRO 2022

O ano de 2022 não foi mais fácil que o anterior e o ano que se segue também não se adivinha mais tranquilo. Na saúde, nomeadamente na área da oncologia, os desafios atuais são enormes e os objetivos claros. O novo plano nacional contra o cancro - que ainda não foi implementado - mostra que as metas traçadas requerem muito trabalho e reorganização para serem alcançadas.

Promover estilos de vida saudáveis, melhorar o ambiente, melhorar a cobertura dos rastreios já existentes e a sua acessibilidade, reformular a estrutura nacional de cuidados dentro do SNS, aumentar a capacidade de resposta dos cuidados paliativos, obter mais informação sistematizada sobre os sobreviventes de cancro no país e incluir os cancros pediátricos e hereditários pela primeira vez na estratégia são as propostas mais sonantes.

Mas estará este documento à altura de fazer frente às necessidades? Que balanço podemos fazer de 2022 e como devemos olhar para o futuro?

Para debater estas questões, o Tenho Cancro. E depois? contou com António Medina Almeida,diretor do Serviço de Hematologia do Hospital da Luz, Isabel Galriça Neto, diretora da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz, José Mário Mariz, médico onco-hematologista do IPO do Porto, Júlio Oliveira, presidente IPO Porto, Luís Costa, diretor Serviço de Oncologia Hospital Santa Maria, Maria Rita Dionísio, diretora Médica da Novartis, Teresa Bartolomeu, responsável de Marketing da Médis e Vítor Neves, presidente Europacolon Portugal.


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Conheça as principais conclusões do debate:

  • 2022 foi um ano pós-pandemia, um ano em que os profissionais se preparam para um fluxo muito grande de doentes, com uma estrutura que era a que existia prévia à pandemia, afetada porque durante o período mais crítico houve ajuste de recursos humanos, procedimentos diferentes e, sobretudo, profissionais muito desgastados;

  • Os casos de cancro em estado avançado tem aumentado, assim como as listas de espera. “Estamos a trabalhar no limite em termos de capacidade de resposta”, alerta Luís Costa, diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa;

  • Os cuidados de saúde primários estão a aproximar-se daquilo que era o seu funcionamento antes da chegada da covid-19, mas há um problema, que é a falta de recursos humanos, que se foi agravando durante a pandemia e que continua agora;

  • Os especialistas pedem mais autonomia para 2023, sendo depois pedida a responsabilidade por objetivos;

  • “As pessoas com cancro deixaram de ser prioritárias por causa da covid”, diz Isabel Galriça Neto, referindo também que, no que toca aos cuidados paliativos, como os doentes não têm resposta do público, fazem um “esforço hercúleo” para serem tratados no privado, que também já está a atingir o limite da sua capacidade;

  • O circuito de diagnostico e aprovações “ficou danificado” pela pandemia, explica António Medina de Almeida, e é urgente recuperá-lo;

  • Os curadores põe também a tónica na dificuldade de acesso. “Nós sentimos a carência dos especialistas em responder em tempo oportuno e isso resulta em falta de acesso os doentes”, diz Vítor neves. Um acesso que, apesar dos esforços que se têm feito, está longe de ser igualitário;

  • A preocupação dos portugueses com o acesso à saúde aumentou significativamente. Antes da pandemia, os seguros “abrangiam 2.5 milhões de portugueses e agora 3.3 milhões”, refere Teresa Bartolomeu;

  • Aumentar a literacia e a prevenção primária está entre as prioridades para o próximo ano, uma vez que ainda há muito a fazer nesta área. Hoje temos 1.3 milhoes de pessoas que fumam, diariamente, em Portugal. 67.6% da nossa população tem excesso de peso e 50% da população portuguesa não come fruta ou vegetais;

  • Diagnosticar precocemente continua a ser um dos focos principais para 2023, mas para isso, cuidados de saúde primários e rastreios têm que funcionar em pleno;

  • Quanto aos novos rastreios anunciados recentemente, os curadores do Tenho Cancro. E depois? acreditam que é um começo, mas que não basta identificar as pessoas, é preciso que depois seja dado o acompanhamento necessário em caso de suspeita de cancro;

  • Desburocratizar o sistema de saúde para agilizar processos é mais um dos problemas que migram para o próximo ano. "Tem que haver mudança nesse sentido para conseguirmos avançar mais rápido", acredita o presidente do IPO do Porto, Júlio Oliveira

  • Gerir melhor os dados e criar a tão desejada rede de referenciação - que está contemplada no novo plano de combate ao cancro, mas que ainda não existe -, são outras prioridades apontadas. Com a chegada do novo CEO do SNS, Fernando Araújo, há quem acredite a situação da oncologia portuguesa pode mudar finalmente porque ele é alguém “que tem uma capacidade e um conhecimento muito grande no sector”, diz José Mário Mariz, mas há também quem refira que quem está no terreno deve ser ouvido primeiro e que, só assim, se podem tomar decisões mais acertadas.

Saiba mais sobre o futuro da oncologia nacional na edição em papel de 23 de dezembro do Jornal Expresso

Rússia só tem um porta-aviões. Esta manhã, incendiou-se em Murmansk... Não há feridos a registar. Vinte pessoas tiveram, contudo, de ser retiradas do navio.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  22/12/22 

O'Almirante Kuznetsov' é o único porta-aviões que a Rússia tem na sua frota. Esta manhã, incendiou-se em Murmansk, avançou a agência de notícias TASS. Não houve vítimas a registar, mas vinte pessoas tiveram de ser retiradas.

O navio encontra-se, atualmente, em reparações na doca seca do estaleiro ártico da referida russa e, por razões ainda não apuradas, ocorreu um fogo a bordo. 

"Não houve um incêndio, apenas uma ignição local, que foi apagada às 11h30 pela força de trabalho e pelos bombeiros presentes nas dependências do estaleiro. O sistema de controlo de avarias do navio foi prontamente acionado e não há danos", assegurou Alexey Rakhmanov, o CEO da United Shipbuilding Corporation, à agência. 

Atrasos e acidentes prejudicaram a revisão em curso do 'Almirante Kuznetsov', que teve início em 2017 e que estava inicialmente prevista para terminar em 2021, segundo a agência norte-americana AP. Rakhmanov disse à imprensa russa, em junho, que esperava que o 'Almirante Kuznetsov' voltasse ao serviço no início de 2024, com quase três anos de atraso.

O 'Almirante Kuznetsov' construído na década de 1980, nos Estaleiros do Mar Negro, na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, que integrava então a União Soviética.

Com um convés de 306 metros de comprimento, o 'Almirante Kuznetsov' tem capacidade para transportar 26 aviões e 24 helicópteros. Dispõe de diversos sistemas de lançamento de mísseis e uma tripulação de 1.960 efetivos, incluindo 518 oficiais.

Foi usado pela primeira vez em missões de combate na Síria, entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com a TASS.

Heavy aircraft-carrying cruiser Admiral Kuznetsov

© Lev Fedoseyev/TASS, archive


A Comissão Política de Movimento para Alternância Democrática ( MADEM G-15) de Região de Gabu realiza um marcha pacífica sob lema " Bai recensea, bu futuro sta na bu mon"

Radio TV Bantaba / Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

O Director-Geral do Turismo continua em Cabo-verde em missaão de seviço onde desde sexta-feira última participa num encontro sobre a "Economia Azul"...

A margem do encontro, esta quinta-feira, 22, Dr. Umaro Balde, foi recebido pelo seu homólogo na cidade turística de Sal uma das maravilhas caboverdianas mais visitadas por turistas.

//BDS.

Ministério do Turismo e Artesanato  Bissau: 22/ 12/ 2022.

Braima Camara líder do Movimento para alternância democrática MADEM-G15 recensea_se em Bissau


Vídeo by: Radio Voz Do Povo

Cientista quer criar "primeiro ventre artificial do mundo"... Hashem Al-Ghaili diz que o seu ‘concept’ é capaz de incubar 30 mil bebés por ano.

© Reprodução The Next Web

Notícias ao Minuto  22/12/22

Um cientista de nome Hashem Al-Ghaili sediado em Berlim, Alemanha, acredita ter criado uma solução para combater os problemas de natalidade na Europa através do “primeiro ventre artificial do mundo”.

A solução deste cientista dá pelo nome de EctoLife e é um ‘concept’ que consiste em 75 laboratórios separados, os quais conseguem acomodar 400 “cápsulas de crescimento” que são capazes de replicar as condições do ventre de uma mãe.

Al-Ghaili diz que um único destes laboratórios é capaz de incubar 30 mil bebés por ano, com o crescimento a poder ser monitorizado diretamente através do telemóvel dos respectivos pais.

Nota o site The Next Web que este ‘concept’ de Al-Ghaili também permite aos pais (que estejam dispostos a pagar por isso) escolherem diversos aspetos genéticos dos filhos: como altura, tom de pele, inteligência, etc.

Neste momento trata-se apenas de um ‘concept’ e ainda não há planos para construir um destes EctoLife.





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PR Umaro Sissoco Embaló recebeu as cartas de acreditação de Mário Augusto Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na Guiné-Bissau.

Radio TV Bantaba

NIGÉRIA: Duzentos criminosos e 10 civis mortos em operação do exército nigeriano

© iStock

 POR LUSA  22/12/22 

Pelo menos 200 criminosos foram mortos numa operação militar realizada pelo exército nigeriano no noroeste do país, na qual 10 civis e 10 soldados também perderam a vida, disseram fontes militares à agência noticiosa EFE.

"Lançámos uma grande operação no domingo, envolvendo tropas terrestres e a força aérea, em [na cidade de] Dansadau, no [estado de] Zamfara", disse na quarta-feira um oficial do exército sob anonimato à EFE por telefone.

O oficial do exército afirmou ainda que os confrontos duraram dois dias e que "pelo menos, 200" criminosos foram capturados. 

"Após dois dias de luta contínua contra os criminosos, neutralizamos pelo menos 200 deles", disse a fonte, acrescentando que alguns dos bandidos tentaram fugir mas foram, mais tarde, abatidos com ataques aéreos.

A fonte acrescentou, ainda, que "infelizmente" perderam "10 homens e 10 civis foram mortos no fogo cruzado".

"Alguns dos nossos foram também mortos durante a operação", disse à EFE Attahiru Mohammed, secretário da Coligação de Grupos da Sociedade Civil de Zamfara.

"Enquanto parabenizamos os militares pela operação em Dansadau, pedimos que evitem esse tipo de dano colateral da próxima vez", pediu o ativista.

Os estados centrais e noroeste da Nigéria sofrem ataques frequentes de "bandidos", o termo utilizado localmente para bandos criminosos que cometem assaltos em massa, roubos e raptos para obterem resgates lucrativos.

A violência continua apesar das repetidas promessas do Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, de acabar com o problema e do destacamento de forças de segurança adicionais para a área.

Em meados de novembro, um grupo de bandidos raptou quase uma centena de pessoas em várias cidades Zamfara, incluindo Kanwa e Maradun, assim como em aldeias mais pequenas.

Esta insegurança tem sido agravada desde 2009 pelo grupo terrorista Boko Haram e, desde 2016, pelo seu descendente, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês).

Ambos os grupos já mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, na sua maioria na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do Governo e da Organização das Nações Unidas.


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Guiné-Bissau: Lançamento oficial do novo partido político na Guiné-Bissau "Partido Luz"

Radio Voz Do Povo  


GÂMBIA: União Africana e CEDEAO condenam alegada tentativa de golpe na Gâmbia

© Reuters

POR LUSA  22/12/22 

A União Africana (UA) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenaram "veementemente" a alegada tentativa de golpe de Estado anunciada pelo Governo da Gâmbia na quarta-feira.

"Condeno veementemente a tentativa de desestabilização do Governo da Gâmbia. A União Africana rejeita veementemente qualquer tomada de poder pelas armas e mantém-se solidária com o Governo da Gâmbia", disse na quarta-feira o chefe de Estado senegalês e presidente em exercício da UA, Macky Sall, na rede social Twitter.

O bloco regional de 15 países da África Ocidental, a CEDEAO, também condenou os acontecimentos num comunicado e expressou a sua "rejeição total" de qualquer mudança "inconstitucional" de Governo nos seus estados membros.

"A Comissão da CEDEAO saúda a liderança e o pessoal dos serviços de segurança da Gâmbia pela sua adesão ao seu papel constitucional e por impedir esta conspiração ilegal", disse a organização.

O Governo da Gâmbia alertou na quarta-feira para uma alegada tentativa de golpe de Estado, que levou à prisão de quatro soldados do exército da Gâmbia e três outros alegados cúmplices estão a ser procurados.

"O Governo da Gâmbia anuncia que, com base em informações secretas, que alguns soldados do exército gambiano estavam a conspirar para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow", escreveu o porta-voz do executivo e conselheiro presidencial, Ebrima G. Sankareh.

Na declaração, o porta-voz do Governo anunciou que "numa rápida operação militar", realizada na terça-feira, o Alto Comando das Forças Armadas Gambianas "prendeu quatro soldados ligados a esta alegada conspiração golpista".

Segundo os "relatórios dos serviços secretos", "alguns soldados do exército gambiano conspiraram para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow", explicou.

"As investigações sobre este assunto continuam e os cidadãos serão devidamente informados de quaisquer novos desenvolvimentos", disse o porta-voz do executivo e conselheiro da presidência, acrescentando que a situação estava "totalmente sob controlo".

A confirmar-se, esta seria a mais recente tentativa de golpe de Estado na África Ocidental desde 2020, após dois golpes bem-sucedidos no Mali e no Burkina Faso e outro na Guiné-Conacri, e uma tentativa na Guiné-Bissau, que está fisicamente próxima da Gâmbia, separada apenas por uma pequena faixa de 300 quilómetros de território senegalês.

A Gâmbia, um pequeno país que só desde 2017 tem um regime democrático, é considerado frágil, depois de 20 anos de ditadura de Yahya Jammeh.

A Gâmbia é presidida por Adama Barrow desde dezembro de 2016, quando derrotou nas urnas o ex-presidente Yahya Jammeh, que tinha governado o país com mão de ferro desde 1994, num regime caraterizado por graves violações dos direitos humanos, incluindo desaparecimentos forçados, tortura e execuções extrajudiciais de estudantes, ativistas, opositores e funcionários públicos.

Em 2018, Barrow lançou a Comissão de Verdade, Reconciliação e Reparação, que investigou estes abusos durante três anos e em finais de novembro de 2021 apresentou as suas conclusões finais ao Presidente, apelando à acusação dos responsáveis pelos crimes cometidos durante o regime de Jammeh.

Barrow foi reeleito como Presidente da Gâmbia em dezembro de 2021 para outro mandato de cinco anos, enquanto Jammeh está no exílio na Guiné Equatorial desde a sua derrota eleitoral.


Leia Também: Gâmbia aborta tentativa de golpe de Estado. Quatro soldados foram detidos

Zelensky recebe ovação de pé no Congresso dos EUA. "Mundo depende de vós"

© Reprodução @readparadigm/ Twitter

Notícias ao Minuto  22/12/22 

O líder ucraniano disse ainda aos congressistas norte-americanos que estes podiam acelerar a vitória da Ucrânia.

O presidente da Ucrânia recebeu, na quinta-feira, uma ovação de pé ao entrar no Congresso dos Estados Unidos (EUA), onde discursou.

"As nossas duas nações são aliadas nesta batalha e o próximo ano vai ser um ponto de viragem. Sei disso. O ponto em que a coragem ucraniana e a determinação norte-americana têm que garantir o futuro da nossa liberdade comum. A liberdade das pessoas que apoiam estes valores", afirmou Volodymyr Zelenksy durante o seu discurso, momento depois de ter sido recebido pela presidente da Câmara dos Representantes dos EUA.

O líder ucraniano disse ainda que sabia que "tudo" depende das Forças Armadas ucranianas. "Ainda assim, há tanta coisa que depende do mundo. Há tanto no mundo que depende de vós", referiu, dirigindo-se ao Congresso. A Rússia pode parar a sua agressão, se quisesse. Mas vocês podem acelerar a nossa vitória", rematou.

Momentos depois, e já na sala onde discursou, o chefe do Estado ucraniano dirigiu-se para o púlpito, onde discursou para democratas e republicanos. Para além de cumprimentar novamente Nancy Pelosi, Zelensky teve ainda oportunidade de conhecer a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

Esta é a primeira viagem oficial ao estrangeiro que o líder ucraniano faz desde que a guerra começou, a  de fevereiro. Mais de 300 dias depois da invasão da Rússia, que ainda ontem fez soar os alarmas aéreos em toda a Ucrânia, Zelensky dirigiu-se para junto dos aliados norte-americanos para agradecer todo o apoio, seja monetário, humanitário e também em termos de artilharia, já que nestas horas os EUA também anunciaram a doação de mísseis Patriot, "críticos" na defesa aérea, de acordo com o que lembrou ontem Zelensky, quando estava ao lado do presidente Joe Biden.

A líder da câmara dos Representantes evocou ainda Churchill durante a visita de Zelenksy, lembrando que o seu pai, o representante Thomas D'Alesandro Jr., assistiu a um discurso do líder britânico dos EUA.  "Oitenta e um anos mais tarde, é particularmente comovente para mim estar presente quando outro líder heroico se dirige ao Congresso em tempo de guerra, e com a própria democracia em jogo", afirmou a democrata.

Veja o momento em que Zelensky recebe uma ovação na galeria acima.


Volodymyr Zelensky no Congresso dos EUA: Apoio dos EUA "não é caridade" mas "um investimento na liberdade"

© Lusa

POR LUSA  22/12/22 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, salientou esta quarta-feira, perante o Congresso norte-americano, que o dinheiro entregue pelos Estados Unidos à Ucrânia "não é caridade", mas "um investimento na liberdade" e na "segurança global".

Zelensky destacou que "contra todas as probabilidades" a Ucrânia ainda está de pé, depois de ser recebido com uma ovação estrondosa por parte dos congressistas presentes no Capitólio dos Estados Unidos.

"A Ucrânia está viva e em luta", sublinhou.

"A tirania russa já não tem qualquer controlo sobre nós", acrescentou o líder de Kiev num discurso em inglês de 20 minutos, que fechou a primeira viagem do líder ao estrangeiro desde a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro.

O chefe de Estado ucraniano realçou que o que está em jogo no conflito é maior do que apenas o destino do seu país, salientando que a democracia em todo o mundo está a ser testada.

"Esta batalha não pode ser ignorada, à espera que o oceano ou qualquer outra coisa forneça proteção", frisou, agradecendo aos norte-americanos pelo apoio e liderança internacional na ajuda à Ucrânia.

Em referência ao recente sistema de defesa Patriot, que os EUA vão entregar a Kiev, Zelensky disse esperar que este ajude a "parar o terror russo contra as cidades" ucranianas.

O Presidente ucraniano também deu a entender que não vai relaxar a pressão para obter mais armamento e equipamento mais pesado.

"Temos artilharia, sim", disse, acrescentando: "Será suficiente? Sinceramente, nem por isso".

Disse também que "os soldados ucranianos podem perfeitamente operar tanques e aviões americanos", numa referência ao equipamento que Washington se recusou a fornecer até agora.

Já sobre a ajuda financeira, o governante ucraniano destacou que esta é muito importante: "O vosso dinheiro não é caridade, é um investimento na liberdade, numa segurança global, que gerimos da forma mais responsável possível".

Na ocasião, Zelensky relacionou a luta contra a Rússia à ameaça colocada pelo Irão, um tema caro ao campo republicano que critica o Presidente democrata, Joe Biden, por ser demasiado complacente com Teerão.

"Os 'drones' [aparelhos aéreos não tripulados] mortais enviados pelo Irão para a Rússia às centenas tornaram-se uma ameaça para as nossas infraestruturas estratégicas. Dois (estados) terroristas encontraram-se. E é apenas uma questão de tempo até que ataquem os seus outros aliados", advertiu.

No final do discurso, Zelensky dirigiu-se à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e à vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, que presidiam a sessão.

"Quando eu estava ontem [terça-feira] em Bakhmut [uma cidade na região de Donetsk devastada por combates], os nossos heróis deram-me a bandeira, a bandeira deles. A bandeira daqueles que defendem a Ucrânia, a Europa e o mundo à custa das suas vidas", sublinhou, antes de entregar às duas responsáveis a bandeira ucraniana, azul e amarela, coberta com as assinaturas dos militares.

Em troca, recebeu uma bandeira norte-americana que tinha sido hasteada no topo do Capitólio nesse mesmo dia para assinalar a visita.

O discurso perante o Congresso foi a segunda paragem da visita a Washington, depois de Zelensky se ter reunido na Casa Branca com Biden.

A visita do líder ucraniano ocorre em plena negociação no Congresso dos orçamentos para o ano fiscal de 2023, que contemplam mais 45.000 milhões de dólares (42 mil milhões de euros) em assistência à Ucrânia.


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O Capitão dos Portos de Bissau pede à colaboração entre os responsáveis das pirogas e tripulantes no que tange a uso de coletes salva vidas, nesta quandra festiva nas viagens de zona insular para continente vise-versa.

Aliu Cassamá que falava ontem, à nossa reportagem.

Radio TV Bantaba

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Ministro promete construção de raiz da Feira Artesanal de Bissau...

 Ministério do Turismo e Artesanato  Bissau: 21/ 12/ 2022.

O ministro do Turismo e Artesanato Fernando Vaz afirmou que já estão a diligenciar um espaço e o financiamento para a construção, de raiz, de uma Feira Artesanal em Bissau.

O governante falava à imprensa após a visita que efetuou hoje à Feira Provisória do Artesanato sita nos Coqueiros e que foi alvo de trabalhos de requalificação de forma a dota-la de um aspecto mais condigno.

“Fizemos algumas intervenções no mercado,  pintamos o muro de vedação e colocamos dois portões de Bambu em duas entradas da Feira, tornando-a mais atrativa”, disse.

Fernando Vaz acrescenta que pretendem construir uma Feira Artesanal de raiz com todas as condições de forma a promover o que diz ser “lado cultural muito rica que  a Guiné-Bissau dispõe”.

Perguntado sobre qual é a visão do Governo em relação ao artesanato, o ministro respondeu que, se enquadra no âmbito comunitário, frisando que o país está inserido numa comunidade económica, a UEMOA, e que tem políticas comuns.

Acrescentou que ao nível do país, já estão a implantar as Antenas Regionais de Artes e Ofícios em todo o território nacional.

“Vamos organizar da mesma forma que os outros países da sub-região onde o sector artesanal já contribui com um peso substancial no Produto Interno Bruto”, disse.

O diretor-geral do Artesanato, Maurício Mendes pediu aos utentes da Feira de Artesanato para fazer um bom uso dos portões de bambu colocados na Feira.

@ANG /BDS.


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Cimeira EUA-África: Sassou-Nguesso sai esperançoso da cimeira

O presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso, diz que desenvolvimentos significativos surgiram da Cimeira de Líderes de África e EUA deste ano em Washington.

Também presidente do Comité de Alto Nível da União Africana para a Líbia, Sassou-Nguesso tem chamado a atenção do mundo para a resolução da crise política na Líbia.

Voaportugues.com

GUERRA NA UCRÂNIA: Joe Biden: "São 300 dias de uma ofensiva não provocada e injustificada"

© Alex Wong/Getty Images

Notícias ao Minuto  21/12/22 

Os presidentes ucraniano e norte-americano reuniram-se, esta quarta-feira, naquela que é a primeira viagem de Zelensky ao estrangeiro desde o início da guerra na Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse esta quarta-feira que decorreram já "300 dias de uma ofensiva não provocada e injustificada", aludindo ao contexto da guerra na Ucrânia. "É ultrajante o que ele [Vladimir Putin] está a fazer", considerou, fazendo referência ao presidente da Rússia.

"São 300 dias [da Ucrânia] a mostrar à Rússia e ao mundo a sua espinha dorsal de aço, o amor pelo seu país e a sua determinação inquebrável", acrescentou ainda o chefe de Estado norte-americano, que fez questão de recordar que a "Rússia continua a tirar a vida a crianças" ucranianas no decorrer da sua invasão, que dura já há quase dez meses.

As declarações foram proferidas no decorrer da conferência de imprensa conjunta com os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, Joe Biden e Volodymyr Zelensky, que se seguiu ao encontro entre ambos que aconteceu, esta tarde, na Casa Branca. 

Recordando que, ao longo dos últimos tempos, ambos têm conversado bastante ao telefone, para discutir as temáticas referentes ao conflito, Joe Biden destacou os "ataques brutais" que têm sido levados a cabo pelas tropas russas e que têm sido direcionados, nomeadamente, a "infraestruturas críticas do país" invadido.

Porém, os militares ucranianos têm sido capazes de mostrar-se à altura do desafio, considerou Biden: "A Ucrânia ganhou a batalha de Kyiv, ganhou a batalha de Kharkiv, ganhou a batalha de Kherson. A Ucrânia tem desafiado as expectativas da Rússia em cada momento".

Apesar disso, o chefe de Estado norte-americano não prevê que Vladimir Putin tenha "qualquer intenção de pôr fim a esta guerra cruel". Mas, ainda assim, acredita que o exército invasor "vai falhar e já está, inclusive, a falhar" na sua missão - até porque não "há forma de ocupar toda a Ucrânia e de isso ser aceite pelos ucranianos".

Quanto ao papel da NATO neste conflito, o chefe de Estado daquela que é tida como a principal potência militar do mundo quis reforçar que a união da Aliança Militar é, neste momento, inegável, ao contrário do que seria esperado pelo presidente russo. “Nunca vi a NATO tão unida”, assegurou.

Antes da reunião, sabia-se já que os Estados Unidos iam fornecer uma ajuda militar adicional, no valor de 1,85 mil milhões de dólares (1,75 mil milhões de euros), à Ucrânia - algo que foi confirmado no decorrer desta conferência de imprensa. Do pacote de ajuda faz parte, nomeadamente, uma bateria de mísseis Patriot, para robustecer a capacidade de defesa aérea do país - um equipamento que, até ao momento, não tinha sido fornecido aos militares ucranianos.

A propósito deste tema, Joe Biden ressalvou que, numa altura em que a "Rússia está a usar o inverno como arma", os mísseis Patriot serão uma "importante arma" para fazer face às investidas no terreno. Os Estados Unidos comprometem-se, assim, a apoiar a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", voltou a reforçar, à semelhança do que tinha já feito por outras vezes.

De seguida, foi a vez Volodymyr Zelensky fazer referência a este mesmo equipamento de defesa Patriot, destacando que o mesmo "é um passo muito importante para criar um espaço aéreo seguro para a Ucrânia".

O presidente ucraniano, durante a sua intervenção na Casa Branca, considerou assim que trará "boas notícias quando regressar a casa", à Ucrânia, fazendo referência a este "novo pacote" de material de defesa. "Só dessa forma seremos capazes de privar o país terrorista dos seus ataques ao nosso setor energético, às nossas pessoas e às nossas infraestruturas", destacou.

O chefe de Estado ucraniano agradeceu ainda a Joe Biden o "apoio cândido" e por "compreender" a missão levada a cabo pela Ucrânia. "Estou grato ao presidente Biden pelos seus passos e esforço pessoal, na tentativa de unir os parceiros a nível internacional", acrescentou ainda.

Durante a reunião entre ambos, esta quarta-feira, foram discutidos os "passos estratégicos" a tomar para dar resposta ao conflito iniciado pela Rússia, "o que esperam para 2023 e para o que se preparam" em conjunto. "Isso é muito importante para todos os ucranianos e eu estou bastante esperançoso", apontou o presidente Zelensky.

A propósito da sua visita a Washington, o chefe de Estado ucraniano considerou que se tratava de um "momento histórico para a relação" entre ambos os países e as suas "lideranças".

E elaborou: "Nos últimos 30 dias desta guerra, nós demos início a uma nova fase da nossa relação com os Estados Unidos. Tornámo-nos verdadeiros parceiros e aliados". 

A propósito de uma eventual viragem política no Congresso dos Estados Unidos, Zelensky mostrou-se confiante de que, independentemente de quaisquer mudanças que possam ocorrer, continuará a existir um apoio bipartidário ao esforço militar da Ucrânia.

Recorde aqui a conferência de imprensa:

O chefe de Estado ucraniano seguirá para o Capitólio, onde se espera que discurse perante o Congresso norte-americano, por volta das 00h30 (hora de Portugal Continental).

A visita do presidente da Ucrânia aos Estados Unidos, esta quarta-feira, tratou-se da sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início do conflito no país, a 24 de fevereiro.

A guerra no leste europeu tem motivado uma forte onda de apoio à Ucrânia e de condenação à Rússia por parte dos países ocidentais. Os Estados Unidos têm-se apresentado, recorde-se, como um dos principais aliados do país invadido, através do fornecimento de vários pacotes de apoio financeiro, militar e humanitário ao país liderado por Zelensky.

Segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito, que dura há praticamente dez meses, provocou um total de 6.755 civis mortos e 10.607 feridos.

A Ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa recebeu hoje as cópias figuradas do novo Embaixador de Angola designado para Guiné-Bissau.

O encontro serviu também para abordarem espectros relacionados com as relações bilaterais entre os dois países.

Mário Augusto entrega amanhã as Cartas Credenciais, ao Presidente da República, General Umaro Sissoco Embalo.

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Presidente de ANP Cipriano Cassama recebeu esta quarta-feira (21.12), o Embaixador da Cuba na Guiné Bissau.

Radio TV Bantaba

Perspetivas: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ANUNCIA QUE 2023 VAI SER UM ANO DE CRIAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS

O Democrata/ Nô Pintcha  21/12/2022  

O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos disse que 2023 será um ano de construção de muitas infraestruturas, para elevar a performance das operações no setor.

A propósito, anunciou a construção da nova sede da Polícia Judiciária (PJ), a instalação da primeira diretoria provincial, em Bafatá que vai cobrir toda a região Leste.

Teresa Alexandrina da Silva fez esse anúncio em entrevista coletiva concedida aos órgãos públicos da comunicação social, para o balanço de 2022 e perspetivar 2023, tendo admitido que a PJ funciona numa instalação “muito precária”.

“Os arquivos estão estragados por causa da umidade, numa instituição em que os funcionários trabalham no combate à corrupção e outros males”, lamentou.

A governante destacou que a   vedação de um espaço de cinco hectares disponibilizado para a construção de uma prisão de alta segurança será um dos desafios do governo para 2023, bem como a edificação de uma Casa de Justiça e uma prisão em Buba, sul do país. 

Teresa Alexandrina da Silva anunciou igualmente que o tribunal setorial de Bubaque passará, em 2023, a funcionar como uma instância judicial regional, para minimizar o sofrimento da população das ilhas, bem como alargar o plano de cooperação bilateral no domínio da justiça com novos países, nomeadamente Cabo Verde.

Afirmou que em 2022, o governo fez “grandes realizações”, nomeadamente no setor legislativo que resultou nos pacotes produzidos no quadro de um convênio assinado com a Faculdade de Direito de Bissau com o apoio financeiro do PNUD.

“Os documentos foram finalizados e alguns já aprovados em Conselho de Ministros, como: Estratégia Nacional de Combate à Corrupção, Plano Nacional Estratégico para os Direitos Humanos, o Código de Proteção da Criança, novos Estatutos da PJ” frisou, indicando outros como a Lei de Cooperação Judiciária Internacional, a Lei de Proteção de Dados, que ainda aguarda aprovação do plenário governamental.

Ucrânia. Zelensky já está reunido com Biden na Casa Branca

© BRENDAN SMIALOWSKI/AFP via Getty Images

POR LUSA  21/12/22 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou à Casa Branca, em Washington, pelas 14:00 de hoje (19:00 em Lisboa), para se reunir com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden.

À entrada da Casa Branca, Zelensky foi recebido, com guarda de honra, pelo próprio chefe de Estado norte-americano e pela primeira-dama Jill Biden, tendo tirado uma fotografia protocolar com o casal presidencial.

O avião que transportou o Presidente ucraniano para os Estados Unidos aterrou hoje numa base aérea perto de Washington, capital norte-americana, onde irá mais tarde proferir um discurso no Congresso.

Zelensky vai tentar nos Estados Unidos obter mais apoio para a Ucrânia e "enviar uma mensagem desafiante aos invasores russos", afirmou um alto funcionário da Administração Biden.

Na conta pessoal da rede social Twitter, o Presidente ucraniano disse, antes de iniciar da partida para Washington, que a sua primeira viagem conhecida para fora da Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro, destina-se a "fortalecer a resiliência e as capacidades de defesa" de Kiev e a discutir a cooperação com os Estados Unidos.

Antes da chegada de Zelensky, os Estados Unidos anunciaram hoje que fornecerão ajuda militar à Ucrânia no valor de 1.850 milhões de dólares (1.750 milhões de euros), incluindo uma bateria de mísseis Patriot.

O anúncio da Casa Branca surgiu poucas horas antes da chegada de Zelensky, sendo que o pacote de ajuda inclui 1.000 milhões de dólares em armas e equipamentos dos 'stocks' do Pentágono, incluindo a primeira transferência do sistema de defesa aérea Patriot, e 850 milhões de dólares em financiamento através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês).

Parte da USAI será usada para financiar um sistema de comunicações por satélite, que provavelmente incluirá o Starlink, o crucial sistema de rede de satélites da SpaceX, de propriedade de Elon Musk.