segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Governo angolano proíbe importação e venda de xaropes fabricados na Índia

© DR

Por LUSA  10/10/22 

O Ministério da Saúde de Angola proibiu a importação e venda de quatro lotes de xaropes fabricados pela indiana Maiden Pharmaceuticals Limited, devido à presença de substâncias contaminantes.

Num comunicado, a Agência Reguladora de Medicamentos e Tecnologias de Saúde alerta para a existência de lotes de produtos em solução oral de baixa qualidade, contendo elevadas quantidades das substâncias contaminantes, nomeadamente dietileno glico e etileno glicol.

Determinou, por isso, a retirada do mercado e a proibição do uso pelo Sistema Nacional de Saúde de quatro lotes dos xaropes Promethazine Oral Solution BP(ML21-202), Kofexmalin Baby Cough Syrup (ML21-199), Makoff Baby Cough Syrup (ML21-203) e Magrip NCold Syrup (ML21-198).

Apela ainda aos utentes que tiverem estes produtos na sua posse para que suspendam a medicação e contactem o seu médico ou farmacêutico.

"Todos os outros lotes dos produtos identificados devem permanecer em quarentena até nova orientação", acrescenta a nota.

MADEM G15: Uma visita de cortesia e manifesto de disponibilidade por parte dos órgãos do nosso grande partido à sua Exª. Presidente da República da Guiné-Bissau, Comandante em Chefe, General Umaro Sissoco Embaló, com o objetivo de alcançar o melhor para a Guiné-Bissau.


Uma visita de cortesia e manifesto de disponibilidade por parte deste grande partido com o objetivo de alcançar o bem comum.

Hoje, sensivelmente uma semana depois de ter sido reconduzido à liderança do MOVIMENTO PARA ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA (MADEM-G15) bem como o elenco que compõe a nova direção do partido, fomos recebidos por sua Exa. o Presidente da República da Guiné-Bissau, Comandante em Chefe, General Umaro Sissoco Embaló, numa visita de cortesia. 

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 / Braima Camará 


Guterres "profundamente chocado" com ataques russos com mísseis

© Lusa

Por LUSA  10/10/22 

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se "profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala" lançados hoje pela Rússia contra cidades ucranianas, segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

"O secretário-geral está profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala de hoje das forças armadas da Federação Russa em cidades da Ucrânia que terão resultado em danos generalizados em áreas civis e levaram a dezenas de pessoas mortas e feridas", disse Dujarric em comunicado.

Para António Guterres, esses ataques "constituem outra escalada inaceitável da guerra e, como sempre, os civis estão a pagar o preço mais alto".

A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando "uma manhã muito dura" no país, como afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.

O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos dez mortos e 60 feridos.

Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos.

De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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SINJOTECS ESPERA UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL ENTRE OS JORNALISTAS E FORÇAS DE SEGURANÇAS

Por: Alison Cabral Rádio Jovem  outubro 10, 2022

A presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, disse que espera uma relação “saudável” entre os profissionais da comunicação social e a forças das seguranças no sentido de promover a liberdade de imprensa no país.

“Sabemos que nos últimos tempos houve choques entre os profissionais da comunicação social e a força de defesa e segurança, que não é desejável e queremos remediar esta situação. A força de seguranças deve proteger-nos quando estamos no terreno, porque não somos inimigos”, disse.

“Penso que doravante, com esta ação de formação, vamos melhorar as nossas formas de estar no terreno entre os jornalistas e a forças de seguranças”, declarou Indira Correia Baldé.

Correia Baldé falava hoje na cerimónia de abertura do seminário de capacitação dos Atores Estatais, sobre Direitos Humanos, Media e Liberdade de Expressão, num dos hotéis em Bissau.

Presidindo a cerimónia, o presidente do Instituto de Defesa, Ibraima Papa Camará, disse que esta ação de capacitação é de extrema importância, uma vez que vai permitir aos profissionais da comunicação social e atores estatais visualizarem novos horizontes e conhecimentos.

Papa Camará, que representou o ministro de Defesa no ato, afirma que o executivo está empenhado em defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos na promoção da liberdade de imprensa positivo e no acesso da informação de qualidade.

A seção, que vai terminar no dia 14 do mês em curso, é organizada pela Fundação dos Media para África (MFWA) em colaboração com a SINJOTECS e com o apoio financeiro da União Europeia.

As formações fazem parte de atividades no âmbito do projeto de três anos da MFWA intitulado: “Promover a Liberdade dos Medias e Acesso a Informação de Qualidade na Guiné-Bissau”.

O projeto tem como objetivo geral assegurar que os jornalistas e outros atores da comunicação social estejam seguros e protegidos. Além disso, o projeto visa ajudar os jornalistas a produzir conteúdos jornalísticos eticamente apropriados, oportunos e baseados em factos.


Consulado alemão em Kyiv atingido por mísseis russos... Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha esclareceu, no entanto, que não existiam funcionários presentes no edifício.

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Notícias ao Minuto 10/10/22 

O edifício que alberga o consulado alemão em Kyiv foi atingido pelos ataques que assolaram, esta segunda-feira, a capital ucraniana, segundo avançado por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha num briefing, aqui citado pela Reuters.

No entanto, a mesma fonte esclareceu que não existiam funcionários presentes no edifício, visto que os mesmos já não trabalham presencialmente neste consulado desde o início deste conflito, a 24 de fevereiro.

"Há meses que não se trabalha no edifício", disse o funcionário governamental, que acrescentou que o Governo alemão estava em contacto com os seus funcionários em Kyiv para avaliar a extensão dos danos no local.

No mesmo briefing, este porta-voz acrescentou ainda que a Alemanha esperava entregar um sistema de defesa aérea à Ucrânia "muito em breve", e ainda mais três no próximo ano. Porém, não definiu prazos exatos para tal apoio.

De recordar que a Alemanha condenou imediatamente estes ataques russos, que tiraram a vida a, pelo menos, 11 pessoas e feriram outras 64 por todo o território da Ucrânia.

Em causa estão ataques que surgem, segundo assumido pelo Kremlin, como uma ação de retaliação face ao recente ataque ucraniano que atingiu a ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia e que é tida como um símbolo da anexação deste território por Moscovo.

Na sequência destas investidas russas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, irá falar numa reunião virtual de líderes do G7, agendada para terça-feira.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), 6.114 civis mortos e 9.132 feridos desde o início da guerra, apesar desta entidade alertar que estes números ficam bastante abaixo dos reais.


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Guiné-Bissau: Aumentaram processos por crimes contra mulheres e crianças

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Por LUSA 10/10/22 

O Ministério Público da Guiné-Bissau registou um aumento do número de processos por crimes contra mulheres e crianças nos primeiros seis meses do ano, segundo um relatório hoje apresentado para assinalar a criação daquela instituição.

"Acho que esses crimes estão a crescer, incluindo a subtração de menores. Vimos que esses crimes estão a aumentar, é um bom sinal, a população está a ficar sensibilizada e estão a apresentar queixa", afirmou Domingos Sambu, coordenador da vara crime do Ministério Público.

Domingos Sambu salientou que ainda "há pessoas que continuam inibidas em relação a apresentar queixa", mas a população está a ficar sensibilizada, "principalmente as mulheres", a denunciar aqueles crimes.

"Tendo em conta a nossa tradição, as pessoas preferem resolver na família, mas de facto a solução em família tem consequências que nunca são atenuadas e as pessoas estão a perceber que recorrer à justiça é melhor e o volume está a crescer", sublinhou Domingos Sambu.

Segundo o relatório hoje apresentado, o Ministério Público abriu nos primeiros seis meses do ano 1.749 processos.

A burla e burla qualificada representam 227 casos, seguido de furto com 189 processos, e de 108 processos abertos por violência doméstica.

Além da violência doméstica, o Ministério Público abriu também 49 processos por abuso sexual, 20 por violação sexual, 22 por sequestro, 29 por tráfico de menores, 16 por casamento forçado, dois por rapto e 11 por infanticídio.

Durante a cerimónia, que decorreu no Palácio da Justiça, em Bissau, também foram atribuídos 12 diplomas de mérito a antigos procuradores-gerais da República da Guiné-Bissau.

SAÚDE MENTAL: Menos de 30% dos países africanos têm políticas de saúde mental infantil

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Por LUSA  10/10/22 

Apenas 29 por cento dos países em África, onde mais de metade da população tem menos de 24 anos de idade, têm políticas de saúde mental para crianças e adolescentes, alertaram hoje as Nações Unidas.

"O maior desafio à prestação adequada de serviços de saúde mental em África é o investimento cronicamente baixo dos governos", afirmou a diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, numa declaração relativa ao Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala hoje, 10 de outubro.

"O sofrimento psicológico em que centenas de milhares de crianças e pais vivem em todo o continente tem um forte impacto nos indivíduos e, por extensão, no bem-estar e desenvolvimento das sociedades", alertou Mohamed Malick Fall, diretor regional para a África Oriental e Austral do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na mesma declaração.

Segundo as Nações Unidas, África conta com menos de um profissional na área da saúde mental infantil (0,2) e com menos de dois (1,6) especialistas em saúde mental de adultos por cada 100.000 habitantes, apesar do registo de quase 37 milhões de adolescentes (com idades compreendidas entre os 10 e 19 anos) com perturbações mentais no continente e de uma em cada quatro crianças viverem com um dos pais que sofre de perturbações mentais.

A organização registou também um aumento no consumo de álcool entre os jovens, algo que "pode estar ligado a problemas de saúde mental".

Mais de 80 por cento dos consumidores de álcool entre os 15 e 19 anos de idade em Angola, República Centro-Africana (RCA), República do Congo, República Democrática do Congo (RDCongo), Guiné Equatorial e Gabão consomem pontualmente grandes quantidades de álcool.

Por outro lado, África é a região com a maior taxa de mortes por suicídio no mundo, advertiu a OMS na semana passada.

Cerca de onze pessoas em cada 100.000 morrem anualmente por suicídio em África, acima da média global de nove por 100.000 pessoas, e o continente alberga seis dos dez países com as taxas de suicídio mais altas no mundo.

A situação é atribuída, em parte, a uma ação insuficiente na abordagem e prevenção dos fatores de risco, incluindo as condições de saúde mental que afetam atualmente 116 milhões de pessoas, número que compara com 53 milhões em 1990.

Os ministros da Saúde africanos aprovaram em agosto passado uma estratégia para reforçar os cuidados de saúde mental e estabelecer diversos objetivos a alcançar até 2030, incluindo o da elaboração de uma política ou legislação sobre saúde mental em todos países do continente.


Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones iranianos nos bombardeamentos

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Por LUSA  10/10/22 

A Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos realizados hoje contra várias cidades ucranianas, segundo um relatório da vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia também confirmou o uso pelas forças russas de 17 drones do tipo Shahed, fabricados pelo Irão, lançados da Bielorrússia e da Crimeia.

O lançamento dos mísseis contra Kiev, Lviv, Pryluky, Khmelnytskyi, Dnipro, Nizhyn, Jitomyr e Kharkiv foram feitos a partir do Mar Cáspio e das regiões de Nizhni Novgorod, cidade localizada no oeste da Rússia, segundo informações fornecidas pelo Ministério da Defesa da Ucrânia, citado pelos meios de comunicação do país.

Os bombardeamentos russos em larga escala lançados hoje contra cidades ucranianas causaram um número ainda indeterminado de mortes, enquanto a população busca proteção em abrigos. Em Kiev, segundo as autoridades, pelo menos oito pessoas foram mortas e 24 ficaram feridas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje numa mensagem ao povo ucraniano que os ataques maciços em várias regiões da Ucrânia visam danificar a infraestrutura de energia e causar baixas entre a população civil.

"A manhã está a ser difícil. Estamos a lidar com terroristas. Dezenas de mísseis, Shahed iranianos. Estes têm dois alvos", disse Zelensky.

O primeiro objetivo, indicou o Presidente ucraniano, são as instalações de energia em todo o país. O segundo, acrescentou Zelensky, "é o povo", e sublinhou que "tal momento e tais alvos foram especialmente escolhidos para causar o maior dano possível".

O drone Shaded 136 ("testemunha" em persa) é um dispositivo aéreo não tripulado e controlado remotamente, desenvolvido pela empresa HESA e que entrou em serviço em 2021.

Com um alcance de ação de 2.500 quilómetros, os "Shaded 136" são utilizados exclusivamente para ataques direcionados e os explosivos que podem carregar detonam no impacto com o seu alvo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou hoje Kiev com respostas mais "firmes", como os ataques de hoje com mísseis, "caso as tentativas de realizar ataques terroristas" no território russo "continuem".

O ressurgimento desses bombardeamentos ocorre após a explosão que no sábado causou danos a uma ponta na Crimeia, um revés para a frágil logística de guerra de Moscovo, que transporta equipamentos militares pesados e suprimentos para as tropas russas no sul da Ucrânia através dessa infraestrutura.

O ataque a ponte foi descrito por Vladimir Putin como um ato terrorista de Kiev.


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Ucrânia: Três fortes explosões ouvidas em Kyiv... Três fortes explosões foram hoje ouvidas no centro de Kyiv, constataram os jornalistas da agência de notícias France-Presse.

© Reprodução Twitter @KyivIndependent

Por LUSA  10/10/22 

As explosões ocorreram cerca das 08h15 (06h15 em Lisboa), tendo sido antecedidas pelos alarmes antiaéreos, durante várias dezenas de minutos.

Várias colunas de fumo negro eram visíveis em diferentes locais da cidade, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.

Um jornalista da AFP viu várias ambulâncias no centro da capital ucraniana a dirigirem-se para os locais das explosões.

O último bombardeamento em Kiev ocorreu em 26 de junho.

A agência de notícias ucraniana Ukrinform adiantou desconhecer, até ao momento, se o ataque tinha causado vítimas.

De acordo com o diário Kyiy Independent, citado pela agência de notícias EFE, pelo menos quatro explosões foram ouvidas no centro da capital esta manhã e era possível ver colunas do fumo no centro de Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Líder de Taiwan avisa não existir "margem para compromissos" sobre democracia

Tsai Ing-wen (AP)

Cnnportugal.iol.pt 10/10/22

Tsai Ing-wen comparou o conflito na Ucrânia com o objetivo da China de um dia assumir o controlo de Taiwan, ilha com 23 milhões de habitantes

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, avisou Pequim que a ilha não vai ceder no modo de vida democrático, no discurso proferido por ocasião do dia nacional.

"O mais amplo consenso entre o povo de Taiwan e os nossos vários partidos políticos é que devemos defender a nossa soberania nacional e o nosso modo de vida livre e democrático", afirmou.

"Neste ponto, não deixamos margem para compromissos", insistiu Tsai.

No discurso, a líder traçou um paralelo com a invasão russa da Ucrânia, que reavivou as preocupações em Taiwan sobre uma tentativa idêntica por parte de Pequim.

Tsai comparou o conflito na Ucrânia com o objetivo da China de um dia assumir o controlo de Taiwan, ilha com 23 milhões de habitantes.

"Não podemos absolutamente ignorar os riscos que estas expansões militares representam para a ordem mundial livre e democrática. Estes desenvolvimentos estão indissociavelmente ligados a Taiwan", sublinhou.

Pequim considera a ilha, que tem um governo autónomo, parte do seu território, a ser recuperada um dia, se necessário pela força, caso Taipé declare formalmente a independência.

No ano passado, Taiwan registou um recorde de 969 incursões aéreas militares chinesas, indicou a agência de notícias France-Presse, mais que o dobro das 380 incursões em 2020.

Em março, o porta-voz do Ministério da Defesa da China Wu Qian rejeitou as "tentativas do Partido Progressista Democrático" (PPD, no poder em Taipé) de estabelecer paralelos "entre a questão da Ucrânia e a questão de Taiwan".

"Taiwan não é a Ucrânia. A questão de Taiwan é um assunto interno da China, que não tolera qualquer interferência estrangeira", afirmou o porta-voz.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, depois da derrota na guerra civil frente aos comunistas.


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domingo, 9 de outubro de 2022

EMPREENDEDORA GUINEENSE ABRE SALÃO DE BELEZA EM FRANÇA PARA EMPREGAR JOVENS EMIGRANTES

By Rádio Jovem  setembro 9, 2022

Uma jovem empreendedora guineense radicada em França inaugura na próxima semana um salão de beleza com objetivo de empregar jovens.

Sali Mané é uma jovem empreendedora guineense residente em França, que outrora tentou criar um negócio em Bissau, inaugura na próxima segunda-feira em França um salão de beleza que, segunda ela, vai ajudar no emprego de jovens emigrantes.

Questionada pela nossa estação emissora esta quarta-feira (7.09.2022) para falar da sua iniciativa, Sali Mané informou que era um sonho trabalhar com os jovens na área de empreendedorismo.

“Desde 2001 que estive a trabalhar para várias empresas, sempre sonhei ter o meu próprio negócio. Um dos nossos objetivos é trabalhar com jovens que reúnem condições. Tendo este meu primeiro salão em França com ajuda dum familiar, graças a Deus consegui concretizar o meu sonho”, informou Sali Mané.

Um processo que Mané, vulgo DAMA DE FERRO, diz ser difícil de implementar naquele país europeu, devido à burocracia existente, mas garante a acessibilidade dos seus próximos serviços.

“Foi muito difícil, porque França é um país com tanta burocracia, foi um processo que durou um ano, mas tivemos toda a paciência, por exemplo o projeto tinha que ser aprovado pela Câmara Municipal e depois tivemos que comprar fundo de comércio, felizmente já reunimos todas exigências das autoridades francesa”, explicou a jovem empreendedora.

O primeiro salão de beleza denominada CABELEREIRO DAMA DE FERRO está localizado no Centro Comercial da cidade Ferney-Voltaire em França. Segundo a jovem, o valor investido no projeto ronda num montante de 80 mil euros.

Sobre o que motivou a não concretização da ideia inicial em implantar um microprojecto de género no país, a jovem empreendedora justificou que a principal causa foi as “barreiras” políticas.

“Tentei abrir uma loja na Guiné e que infelizmente não deu certo. Tive que desistir, devido a vários fatores, principalmente político, o que me deixou muito triste, porque depois de vários anos fora do país, chega o momento em que alguém pensa em investir no seu país, mas é impedido. É muito complicado quando tiver uma posição política contrária a do regime és oprimido. É focalizar no seu negócio sem ter opinião partidária, assim é muito triste”. Lamentou a Dama de Ferro.

Zaporíjia. Pelo menos 17 mortos e 40 feridos em ataque russo com mísseis

© Twitter / @NBouvier83

Por LUSA  09/10/22 

Pelo menos 17 pessoas morreram na cidade ucraniana de Zaporíjia, na sequência de um ataque com mísseis realizado pelas forças russas, informou hoje o autarca local.

"Como resultado do ataque (...) vários edifícios de apartamentos e algumas ruas residenciais da cidade foram danificados. De acordo com dados preliminares, cinco casas foram destruídas e cerca de 40 pessoas foram feridas. Neste momento, sabe-se que 17 pessoas foram mortas", escreveu o presidente da câmara interino, Anatoly Kurtev, na palataforma de mensagens Telegram, avançou a agência de notícias Ukrinform.

O exército russo bombardeou hoje com dez mísseis a cidade onde está localizada a principal central nuclear da Ucrânia, segundo o chefe da administração militar regional de Zaporíjia, Oleksandr Starukh.


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Ucrânia? Putin quer "reconstruir" o "império que a Rússia já teve"

© Bill Clark/CQ Roll Call

Por LUSA  09/10/22 

A Rússia quer reconstruir o que já teve como império e a China afastar-se-á do Kremlin se Moscovo continuar com as ameaças nucleares na guerra na Ucrânia, onde a NATO está "extraordinariamente unida" em pôr fim ao conflito.

O pensamento é do congressista democrata norte-americano Adam Smith, que, numa entrevista à agência Lusa, em Lisboa, afirmou que os Estados Unidos não estão contra a Rússia, nem contra o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem o Ocidente tem de demonstrar que as ambições militares russas na Ucrânia são "fúteis".

"[Putin] quer mais poder para a Rússia e está a perseguir essa ideia de formas variadas: tem tentado minar a democracia nos Estados Unidos, na Europa, semeando a discórdia com campanhas de desinformação. Mas o que quer verdadeiramente é reconstruir o mais possível o império que a Rússia já teve e pensou que poderia fazer isso começando na Ucrânia", afirmou Smith.

Para o mais novo senador de sempre nos Estados Unidos - foi eleito aos 25 anos por Washington DC e empossado em janeiro de 1991 - as ameaças nucleares de Putin já tiveram uma reação de desagrado de Pequim, que deixou a Rússia "ainda mais isolada", garantindo que se a China assim o entendesse, "poderia acabar amanhã com a guerra na Ucrânia".

"Se decidirem cortar o caminho à Rússia, tal como nós [Ocidente], a Rússia teria de recuar. E quanto mais a China pensar que isto representa um problema para ela, que o modelo Rússia/China não está a funcionar, então a China ficará nervosa", afirmou.

"A China não está satisfeita com a decisão russa de se manter na Ucrânia, e também não está satisfeita com a forma como a guerra está a decorrer, porque faz com que as autocracias, como as de Putin e de Xi [Jinping, Presidente chinês], pareçam más", argumentou.

Sublinhando as evidências da existência das contraofensivas ucranianas, postas em causa por eventual desinformação, Adam Smith sustentou que a mobilização de reservistas russos "tem sido um desastre, tal como as ameaças militares", admitindo que a Rússia, ao longo dos anos, construiu um grande arsenal e que grande parte desse armamento está no terreno na Ucrânia.

"Não há dúvidas quando a isso. Até têm um número muito razoável de soldados na Ucrânia. Não é o maior exército do mundo, de certeza, mas [os militares russos] têm muito pouca instrução militar. Mais a mais, a logística não está a funcionar bem", enfatizou.

Para agravar a situação, prosseguiu, Putin quer mais 300.000 soldados no terreno, mas, insistiu Smith, "não estão treinados e não querem ir para a frente de combate. "Não se pode fazer a guerra com números. Tem sido um desastre e o povo russo já está dividido".

"Os russos estão a abandonar a Rússia, a fugir à mobilização num número recorde, há protestos nas ruas e há pessoas em redor de Putin que estão a virar-se uns contra os outros, a tentar perceber de quem é a culpa de tudo isto. Está tudo a ser um desastre e isso continua a ser muito perigoso porque o exército russo tem muitos soldados e muitas armas. Também é preocupante saber o que Putin irá fazer", explicou.

Instado pela Lusa sobre se alguns membros do "staff" russo em torno de Putin possam ter a ideia de afastar o Presidente russo do poder, o congressista norte-americano foi irónico.

"Não. Não vou fazer previsões sobre se alguém ou quem irá cair de um edifício apesar de, ultimamente, parecer tratar-se de uma epidemia na Rússia. Esse não é o nosso foco e quero deixar 100% claro: a Rússia pode determinar quem quer deixar a Rússia. Essa é uma escolha deles", concluiu.

No entanto, a mensagem que o Ocidente (Estados Unidos e aliados) tem enviado é "clara": "Não estamos a ameaçar nem Putin nem a Rússia".

"A Rússia é um Estado soberano, com fronteiras bem delineadas e podem governar o país da forma que quiserem que não vamos interferir nisso. Mas não iremos permitir que, através da força, conquistem a soberania de outros países, neste caso a Ucrânia. É uma clara violação à lei internacional e uma clara ameaça à estabilidade em todo o mundo", adiantou.

"Putin tem de ser parado, porque ele quer conquistar toda a Ucrânia e tem de ser convencido de que tal não é possível. E é por isso que a contraofensiva ucraniana é crucial, e que se mantenha a coesão da NATO. Se Putin perceber que não pode conquistar toda a Ucrânia não tem outra alternativa do que alterar os objetivos, regressar à mesa de negociações e encontrar uma solução negociada. E é aí que nós queremos chegar. Mas temos primeiro de parar Putin para que possa vir sentar-se à mesa das negociações", sustentou Smith.

Questionado pela Lusa sobre se a Ucrânia alguma vez irá aderir à NATO, Smith manteve a dúvida no ar, uma vez que "o que se pretende primeiro é encontrar soluções pacíficas, à medida que procuremos o fim da guerra".

"Não sei se a Ucrânia alguma vez irá aderir à NATO. Mas a NATO está extraordinariamente unida. Estou no Congresso há 26 anos, servi no comité militar outros 26, trabalhei com a NATO numa série de temas e questões e sei que é difícil que 30 países encontrem uma maneira de se darem bem e tomarem decisões em conjunto. Mas nunca vi a NATO tão unida como está agora", assegurou.

"Putin pode ter pensado que a NATO sairia enfraquecida. Que poderia atacar a Ucrânia e enfraquecer o apoio dos aliados. Aconteceu precisamente o contrário e estamos a ter a adesão de mais países, como da Finlândia e Suécia", sustentou.

Adam Smith esteve em Lisboa à frente de uma delegação bipartidária de congressistas norte-americanos, que visitou Espanha, Croácia e Grécia para se reunir com altos funcionários governamentais e militares, com o objetivo foi discutir questões ligadas à segurança europeia e transatlântica no contexto da invasão russa da Ucrânia.

sábado, 8 de outubro de 2022

PR Umaro Sissoco Embalo, procedeu este sábado, (08.10) 2@ etapa de entrega de Materiais à Banda Musical das Forças Armadas " NÔ PINTCHA" .

Radio TV Bantaba

GUERRA NA UCRÂNIA: Motorista do camião que explodiu na Crimeia desconheceria "atentado"

Por LUSA  09/10/22 

O motorista do camião que explodiu, no sábado, na ponte que liga a península da Crimeia à Rússia continental "alegadamente não tinha conhecimento do atentado planeado", refere comunicado oficial, publicado no jornal russo RBC e citado EFE.

Segundo fonte das forças de segurança russas ao jornal RBC, o motorista recebeu a ordem para transportar fertilizantes pela Internet, tendo sido "utilizado, ou seja, alegadamente não tinha conhecimento do atentado planeado".

Esta versão corresponde à versão oficial divulgada no dia anterior pelo Comité de Investigação da Rússia e pelo Comité Nacional Antiterrorista.

De acordo com essas entidades, a explosão causou o incêndio de sete vagões de combustível de um comboio.

Especialistas em explosivos do departamento local do Serviço Federal de Segurança (FSB) estão a investigar a natureza e a origem dos explosivos.

Paralelamente está marcada para hoje uma avaliação das estruturas da ponte por parte de mergulhadores.

A ponte sofreu um desabamento da parte rodoviária em dois lados.

De acordo com o jornal Mash, o camião foi inspecionado visualmente antes de ir para a ponte, mas o agente que realizou esse trabalho não encontrou nada suspeito.

Num vídeo publicado no Telegram é possível ver o veículo a ser inspecionado, no entanto, a supervisão não incluiu raios-X.

Equipamentos especiais, instalados na entrada da ponte, em teoria, deveriam detetar explosivos em veículos, segundo avança o jornal 'online' Meduza.

Já o Mash afirma que o camião estaria a ser conduzido por Majir Yusubov, 52, tio do proprietário do veículo.

O canal Telegram Baza, por sua vez, transmitiu um vídeo do sobrinho, Samir Yusubov, de 25 anos, no qual este afirma que "não ter nada a ver com o que aconteceu na ponte da Crimeia".

Em setembro este camião foi visto no território de Krasnodar.

Por alguns dias, Majir, morador do território vizinho de Krasnodar, não entrou em contacto com a família.

A península da Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014.

A ponte que foi alvo de uma explosão provocada por um camião-bomba é um símbolo da anexação da Crimeia e é considerada uma infraestrutura cara a Vladimir Putin.

O incêndio aconteceu horas após explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, no sábado de manhã.

Segundo a União das Seguradoras da Rússia, os danos causados à ponte devem custar entre os 3,3 milhões e os 8,2 milhões de euros.


Abertura do II Congresso: LÍDER DA FREPASNA AFIRMA QUE O ESTADO ESTÁ REFÉM DE COMERCIANTES E FUNCIONÁRIOS CORRUPTOS

JORNAL ODEMOCRATA  08/10/2022 

O líder cessante da Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA),  Baciro Dja, afirmou este sábado, 08 de outubro de 2022, que a Estado guineense está refém dos comerciantes e funcionários públicos corruptos. 

“A Guiné-Bissau está capturada por três fatores, nomeadamente: primeiro são os interesses geopolíticos e estratégicos, segundo são os comerciantes que fracassaram no mundo empresarial e enveredaram pela política para fazer tráfico de influência e terceiro e o último fator, são os próprios funcionários públicos corruptos que capturaram o Estado, levando assim o país para o abismo”, disse. 

O antigo primeiro-ministro fez esta afirmação na abertura do segundo congresso ordinário da FREPASNA, no qual é o único candidato a sua própria sucessão na liderança daquela formação política criada em 2019. 

Sob lema “Transformação do Estado e desenvolvimento”, a reunião magna decorre nos dias 8 e 9 de outubro, no bairro de Bra, periferias de Bissau, contando a participação de 1500 delegados provenientes de todas as regiões do país e da diáspora. 

“É preciso o país partir da posição zero em termos de transformação do Estado para estar a altura dos outros Estados do mundo, capaz de responder os anseios e aspiração do seu povo”, defendeu. 

Instado a comentar sobre a não realização do congresso do PAIGC, Dja apelou aos militantes dos libertadores para procurarem um entendimento a volta de uma mesa. Contudo, advertiu que “sem a participação do PAIGC no processo eleitoral que se avizinha, a democracia terá outro sabor diferente” .

O político  lembrou que tinha alertado a população guineense nas eleições passadas que não deveriam dar o poder às pessoas que não estão na altura, sem nenhuma visão ou estratégias para a Guiné-Bissau. 


“A única coisa que unem essas pessoas são os interesses económicos. O povo sofreu muito durante estes anos, portanto esperamos que os guineenses aprenderam bastante com a democracia e erros cometidos para sancionar pessoas que estão a testa do poder no escrutínio de dezembro”, salientou. 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

VOLODYMYR ZELENSKY: Melhor opção para os ocupantes russos? "Fugir enquanto têm oportunidade"

© Getty Images

Notícias ao Minuto  08/10/22 

O chefe de Estado ucraniano afirmou que será garantida “a preservação da vida de todos os militares russos que voluntariamente deponham as suas armas e se rendam”.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu, este sábado, que “a melhor opção” para os ocupantes russos é “fugir enquanto têm uma oportunidade”. No entanto, assegurou, “se forem forçados a ficar” podem render-se com garantias de segurança.

"Hoje foi um dia bom e sobretudo ensolarado no território do nosso estado. Estava cerca de 20 graus e ensolarado em grande parte do país", começou por afirmar, na sua comunicação diária ao país, publicada no site da Presidência da Ucrânia.

"Infelizmente, estava nublado na Crimeia. Embora também estivesse quente", acrescentou, no que aparenta ser uma referência à explosão registada na ponte de Kerch, que liga a península anexada por Moscovo em 2014 à Federação Russa.

Zelensky frisou que "se os ocupantes fugirem enquanto têm uma oportunidade, esta será a melhor opção para eles". Já "se forem forçados a ficar, podem encontrar uma forma de se render ao cativeiro ucraniano”.

O chefe de Estado ucraniano afirmou que será garantida “a preservação da vida de todos os militares russos que voluntariamente deponham as suas armas e se rendam”, sublinhando que “a Ucrânia adere sempre a todas as normas e convenções internacionais”.

Zelensky referiu ainda que o trabalho que está a ser realizado nos territórios desocupados, referindo que Kyiv “não abranda o ritmo do trabalho de reconstrução por um único dia”. “É transporte, é eletricidade, é fornecimento de gás, são serviços postais, benefícios sociais”, enumerou.

Dirigindo-se aos cidadãos dos territórios desocupados, Zelensky pediu “especial atenção” às minas que podem ter sido deixadas pelos militares russos. “Por favor não ignorem os avisos de minas, não visitem áreas fechadas devido ao perigo, por favor comuniquem quaisquer minas ou engenhos por explodir encontrados à polícia, serviços de emergência ou autoridades locais”, apelou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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PR visita obra de reabilitação de estradas da cidade de Bissau

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

GUERRA NA UCRÂNIA: Sergei Surovikin é o novo comandante do exército russo

© Lusa

Por LUSA 08/10/22  

O Ministério da Defesa russo anunciou hoje a nomeação de Sergei Surovikin como novo comandante para sua "operação militar especial" na Ucrânia, após reveses no terreno e sinais de crescente descontentamento entre as elites sobre a condução do conflito.

"O general do exército Sergei Surovikin foi nomeado comandante do grupo combinado de tropas na área de operações militares especiais" na Ucrânia, anunciou o Ministério da Defesa russo no Telegram.

Surovikin, de 55 anos, é um veterano da guerra civil no Tajiquistão na década de 1990, da segunda guerra na Chechênia na década de 2000 e da intervenção russa na Síria lançada em 2015.

O agora novo comandante dos soldados russos liderava, até aqui, o grupo de forças "Sul" na Ucrânia, de acordo com um relatório do ministério russo datado de julho.

O nome do antecessor de Surovikin nunca foi revelado oficialmente, mas a imprensa russa falava do general Alexander Dvornikov, também veterano da segunda guerra chechena e comandante das forças russas na Síria de 2015 a 2016.

Esta decisão tornada pública por Moscovo, surge após uma série de derrotas sofridas pelo exército russo na Ucrânia e no dia em que uma explosão destruiu parcialmente a Ponte da Crimeia, uma infraestrutura fundamental para abastecer esta península anexada por Moscovo e forças russas na Ucrânia.

As forças russas foram expulsas de grande parte da região nordeste de Kharkiv no início de setembro por uma contra-ofensiva ucraniana que permitiu que Kiev retomasse milhares de quilómetros quadrados de território.

As tropas russas também perderam 500 quilómetros quadrados de território na região de Kherson, no sul da Ucrânia, e escaparam por pouco do cerco em Lyman, um centro logístico agora nas mãos do exercito ucraniano.

Sobre a explosão que ocorreu na ponte que liga a Rússia continental à península da Crimeia, esta aconteceu na sequência, de acordo com as agências de notícias RIA Novosti e Tass, de um incêndio num depósito de combustível.

A circulação rodoviária na ponte foi cortada, apesar de se tratar de um ponto de acesso chave que Rússia construiu depois de ter ocupado e anexado a Crimeia da Ucrânia, em 2014, em violação do direito internacional.

O incêndio aconteceu horas após explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, esta manhã.

Segundo a União das Seguradoras da Rússia, os danos causados à ponte devem ficar entre os 3,3 milhões e os 8,2 milhões de euros.

A ponte é um símbolo da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, uma infraestrutura que é cara a Vladimir Putin.

Estes reveses já provocaram críticas na elite russa, com o líder checheno Ramzan Kadyrov a ser muito crítico do comando militar, enquanto um alto funcionário parlamentar, Andrei Kartapolov, pediu publicamente ao exército que "pare de mentir".


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União Europeia condena decreto russo de controlo da central nuclear de Zaporíjia

ANDREY BORODULIN

Sicnoticias.pt  08/10/22

Borrell pede à Rússia para retirar as forças e equipamentos militares e devolver o controlo da central nuclear ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia.

A União Europeia (UE) condenou hoje "fortemente" o decreto do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre a "apropriação ilegal" da central nuclear ucraniana de Zaporíjia, a maior da Europa, e a criação de uma empresa governamental nesse sentido.

“A UE não reconhece e condena veementemente a anexação ilegal pela Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson. Consequentemente, o decreto sobre a apropriação da central de Zaporijia é ilegal, legalmente nulo e sem efeito”, disse o Alto Representante da UE para as Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, em comunicado.

O chefe da diplomacia comunitária insistiu que a Rússia "deve retirar as suas forças e equipamentos militares e devolver o controlo da central nuclear ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia".

Na quarta-feira, a Rússia apropriou-se formalmente da central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, ocupada militarmente há meses, o que levou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) a viajar de urgência para Kiev.

A Rússia “irá gerir as instalações nucleares da central (...) como propriedade federal”, refere o decreto, assinado por Vladimir Putin.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou a sua partida imediata para Kiev para “discutir o estabelecimento de uma zona de proteção” à volta da central nuclear ucraniana em Zaporijia, a maior da Europa.

Neste contexto, Josep Borrell afirmou ser urgente a "presença reforçada da AIEA no local e o seu acesso sem entraves à central, dado o interesse da segurança de toda a Europa".

Além disso, pediu que seja estabelecida “imediatamente” uma zona de proteção de segurança nuclear, sem prejuízo da soberania e integridade territorial da Ucrânia, uma tarefa na qual a UE apoia fortemente os esforços do diretor-geral da AIEA.

"A UE mantém o seu apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras, internacionalmente reconhecidas, e exige que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas tropas e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia", enfatizou Borrell.

Além disso, deixou claro que a UE "continuará a fornecer um forte apoio económico, militar, social e financeiro à Ucrânia pelo tempo que for necessário".

Tecnologia: China critica o mais recente controlo americano na exportação de chips

Foto de arquivo

Voaportugues.com  08/10/22

PEQUIM (AP) - A China criticou, neste sábado (8), a mais recente decisão dos EUA de reforçar o controlo de exportação que tornaria mais difícil obter e fabricar chips de computação avançados, chamando-a de violação das regras económicas e comerciais internacionais , que “isolarão e sairão pela culatra”.

“Pela necessidade de manter a sua hegemonia sci-tech, os EUA abusam das medidas de controlo de exportação para bloquear e suprimir maliciosamente as empresas chinesas”, disse a representante do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

“Isso não apenas prejudicará os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, mas também afectará os interesses das empresas americanas”, disse ela.

Mao também disse que a “armamentização e politização” dos EUA da ciência e tecnologia, bem como das questões económicas e comerciais, não impedirão o progresso da China”.

Ela falou depois dos EUA, na sexta-feira (7) actualizarem o controlo de exportação que incluíam a adição de certos chips de computação avançados e de alto desempenho e equipamentos de fabricação de semicondutores à sua lista, bem como novos requisitos de licença para itens que seriam usados num supercomputador ou para desenvolvimento de semicondutores na China.

Mitigar danos

Os EUA disseram que o controlo de exportação foi adicionado como parte dos esforços contínuos para proteger a segurança nacional dos EUA e os interesses de política externa.

As relações EUA-China se deterioraram nos últimos anos devido a questões de tecnologia e segurança.

Os EUA implementaram uma série de medidas e restrições destinadas a impedir que a China obtenha tecnologia de chip, enquanto a China destinou biliões para investimentos na produção de semicondutores.

As tensões tiveram impacto nas empresas de semicondutores nos EUA e globalmente, que exportam chips ou fabricam chips na China. Empresas de semicondutores como Nvidia e AMD viram um declínio de 40% no preço das acções no ano passado.

“Entendemos o objectivo de garantir a segurança nacional e instamos o governo dos EUA a implementar as regras de maneira direccionada – e em colaboração com parceiros internacionais – para ajudar a nivelar o campo de jogo e mitigar danos não intencionais à inovação dos EUA”, disse em comunicado a Associação da Indústria de Semicondutores, que representa o sector nos EUA.

Guiné-Bissau: Abertura do ano letivo 2022/2023

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 Rádio África fm News
 

UCRÂNIA: Ponte entre Rússia continental e Crimeia em chamas

© Reuters

Por LUSA  08/10/22 

A ponte que liga a Rússia continental com a península da Crimeia está em chamas, informaram as agências de notícias RIA Novosti e Tass, que citam um responsável russo local.

A mesma fonte indicou que se trata de um depósito de combustível que se incendiou, tendo sido cortada a circulação rodoviária na ponte.

Trata-se de um ponto de acesso chave que Rússia construiu depois de ter ocupado e anexado a Crimeia da Ucrânia, em 2014, em violação do direito internacional.

O incêndio ocorreu horas após as explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, esta manhã.

O autarca de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse na plataforma de mensagens Telegram que as explosões resultaram de ataques de mísseis no centro da cidade, não existindo informação de baixas até ao momento.


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© Reuters

Por LUSA 08/10/22

A Rússia abriu uma investigação criminal à explosão que provocou hoje o colapso de uma parte da ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, noticiou a agência France Prece (AFP).

O Comité de Investigação Russo disse que "abriu uma investigação criminal relacionada com o incidente na ponte da Crimeia", adiantando que a explosão ocorreu depois de "um camião ter explodido".

Segundo o Comité Nacional Anti-Terrorismo da Rússia, um camião bomba acionou sete vagões que transportavam combustível para pegar fogo, resultando num "colapso parcial de duas secções da ponte".

Trata-se de um ponto de acesso chave que a Rússia construiu depois de ter ocupado e anexado a Crimeia da Ucrânia, em 2014, em violação do direito internacional.

O incêndio ocorreu horas após explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, esta manhã.

O autarca de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse na plataforma de mensagens Telegram que as explosões resultaram de ataques de mísseis no centro da cidade, não existindo informação de baixas até ao momento.


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